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Desenvolva um fichamento analisando sujeito ativo, sujeito passivo, objeto jurídico, elemento subjetivo, consumação, tentativa e ação penal dos delitos previstos nos Arts: 315, 322, 332, 334 e 334-A do Código Penal. Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Art. 315. - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Sujeito ativo: Funcionário público (crime próprio ou especial) Sujeito passivo: estado Administração pública, e secundário a pessoa física ou jurídica prejudicada pela conduta criminosa. Objeto jurídico: regular o funcionamento da máquina publica Elemento subjetivo: dolo Consumação: Crime Material ou causal: consuma-se com a efetiva aplicação das vendas ou rendas públicas em finalidade diversa da legalmente prevista. É irrelevante, todavia, a efetiva comprovação de prejuízo aos interesses da administração pública, o qual se presume como consectário da violação do princípio da legalidade. Tentativa: É admissível (crime comissivo), em face do caráter plurissubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Ação penal: Publica incondicionada Violência arbitrária Art. 322. - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência. Sujeito ativo: Funcionário público (crime próprio ou especial) Sujeito passivo: O estado (administração pública) Objeto jurídico: regular o funcionamento da máquina publica Elemento subjetivo: dolo, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo especifico), consiste na intenção do funcionário público de abusar de sua autoridade. Não se admite a modalidade culposa. Consumação: Crime Material ou causal: consuma-se no momento em que o funcionário público, de forma abusiva, pretica o ato violento, no exercício da função ou a pretexto de exerce-la. Exige um resultado naturalístico o crime se consuma quando o funcionário pratica violência Tentativa: É admissível (crime comissivo), é possível, em face do caráter plurisubsistente do delito , permitindo o fracionamento do iter criminis Ação penal: Publica incondicionada Trafico de influência Art. 332. - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. Sujeito ativo: O crime é comum ou geral. Pode ser praticado por qualquer pessoa inclusive pelo funcionário público. Sujeito passivo: Estado Administração pública, e mediante, o comprador da influência, ou seja, a pessoa que paga ou promete vantagem com o propósito de obter algum benefício, licito ou ilícito junto ao funcionário público. De fasto, mesmo na hipótese em que o comprador da influência objetiva um benefício ilícito, ainda assim ele será vítima do crime definido no art.332 do código penal. Em outras palavras e coexistência de sua fraude (torpeza bilateral) não afasta a posição de vitima Objeto jurídico: regular o funcionamento da máquina publica Elemento subjetivo: dolo, o código não o prevê ação culposa, acrescido de um especial fim de agir, representado pela expressão “ para si ou para outrem”. Exige- se, portanto, a intenção do agente de ter para si ou destinar para outra pessoa a vantagem. É de ressaltar, porém, que o mero recebimento de vantagem em razão de um trabalho licito exercido ou a ser exercido perante a administração pública evidentemente não caracteriza o crime de tráfico de influência e face da ausência do elemento subjetivo especifico legalmente exigido no Art. 332 caput. Do código penal. Consumação: nos núcleos solicitar, exigir e cobrar o tráfico de influência é crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado. Consuma- se com a realização da conduta legalmente descrita, independentemente da efetiva obtenção da vantagem desejada. De outro lado, no núcleo obter o crime é material ou causal operando-se consumação no instante em que o sujeito alcança vantagem almejada. Tentativa: é possível nas situações em que o delito apresentar-se como plurissubsistente. Não será cabível o conatus, entretanto, quando o tráfico de influência apresentar-se como crime unissubsistente, impossibilitando o fracionamento do itercriminis. Ex: solicitações, exigência ou cobrança efetuada verbalmente, casos em que com a realização da conduta o crime estará consumado. Ação penal: Publica incondicionada Contrabando ou descaminho Art. 334. - Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Sujeito ativo: O descaminho é um crime comum ou geral. Podendo ser praticado por qualquer pessoa, inclusive o funcionário público, desde que não possua especial dever (funciona) de impedir o descaminho. Nessa situação o agente público pode ser coautor ou participe do crime tipificado no Art.334 caput do código penal. De outro lado, se o funcionário público é dotado do especial dever de impedir a pratica do descaminho, e concorre para realização do delito, a ele será imputado o crime de facilitação ao descaminho (CPart318) de natureza funcional. Com efeito, o legislador abriu uma exceção é teoria unitária ou monista no concurso de pessoas, disciplinada no art. 29 caput, do código penal. Sujeito passivo: Estado Administração pública, é afetado em sua tarefa de arrecadar tributos. Objeto jurídico: regular o funcionamento da máquina publica Elemento subjetivo: dolo, independentemente de qualquer finalidade especifica. O código não o prevê ação culposa, Consumação: Crime formal o crime consuma-se com o ato de iludir o pagamento de impostos devido pela entrada ou saída de mercadoria do pais, cuida-se de crime formal de consumação antecipada ou de resultado cortado. Seu aperfeiçoamento ocorre com a manobra fraudulenta e independente da obtenção do resultado naturalístico consiste no sucesso atinente ao não pagamento do tributo. Tentativa: É admissível, em face do caráter plurisubsistente de delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Ação penal: Publica incondicionada, em todas as modalidades do delito. Art 334 A - contrabando Importar ou exportar mercadoria proibida Sujeito ativo: Trata-se de crime comum ou geral, pois pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive pelo funcionário público, desde que não possua o especial dever (funcional) de impedir o contrabando. Nessa situação, o agente público pode ser coautor ou participe do crime tipificado no art.334-A do código penal. Por sua vez se o funcionário público dotado do especial dever de impedir praticar do contrabando, e concorrer para a realização do delito, a ele será imputado o crime de facilitação o contrabando (CP, art 318) de natureza funcional. Com efeito, o legislador abriu uma exceção a teoria unitária ou monista no concurso de pessoas, disciplinada no art.29 caputs, do código penal. Sujeito passivo: Estado administração pública atacado na sua tarefa de impedir a importação ou exportação de mercadoria que ofenda a saúde pública, a moralidade administrativa ou a segurança pública. Objeto jurídico: regular o funcionamento da máquina publica Elemento subjetivo: dolo, independentemente de qualquer finalidade especifica. O código não o prevê ação culposa Consumação: no contrabando a conduta diz respeito a importação ou exportação de mercadoria proibida. No campo da consumação, entretanto, duas situações diversas devem ser analisadas. O agente importa ou exporta a mercadoria proibida pelas vias ordinárias, isto é, vencendo a fiscalização alfandegaria. O crime estará consumado no instante em que ultrapassa a barreira fiscal, ou seja noinstante em que a mercadoria é liberada pela autoridade alfandegaria, e O sujeito se vale de meios clandestinos para importarou exportar a mercadoria proibida. Nesse caso, a consumação de delito se verifica no momento em que são transpostas as fronteiras do brasil. Em se tratando de importação efetuado por meio de embarcação ou aeronave o crime se consuma no momento em que a mercadoria proibida ingressa no território nacional. Todavia, exige-se o trancamento da embarcação ou o pouso da aeronave no território pátrio, pois se o sujeito encontrar- se somente em transito pelo brasil faltar é interesse para a punição do delito. O contrabando é crime Formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-se com a entrada ou saída do brasil de mercadoria proibida independente da efetiva lesão à saúde pública, a moralidade administrativa ou a segurança pública. Tentativa: É admissível ( crime comissivo) em face do caráter plurisubsistente do delito, permitindo o fracionamento do iter criminis. Ação penal: Publica incondicionada, em todas as modalidades do delito.
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