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Livro Eletrônico Aula 00 Administração p/ MP-PI (Técnico - Área Administrativa) Com videoaulas - Pós-Edital Professor: Rodrigo Rennó 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79 Aula Demonstrativa: Gestão de Processos Olá pessoal, tudo bem? Meu nome é Rodrigo Rennó e tenho o grande prazer de iniciar com vocês um curso de Administração para o concurso de Técnico do MP-PI. O edital acabou de sair e a banca será mesmo o Cespe. As provas estão previstas para o dia 23 de setembro. Nosso objetivo é lhe preparar para conseguir uma das vagas desse concurso! Irei trabalhar a teoria necessária e comentar centenas de TXHVW}HV�SDUD�TXH�YRFr�FKHJXH�SURQWR�SDUD�R�TXH�³GHU�H�YLHU´�QR� dia da prova! Não se preocupe, sei que você não tem apenas essa matéria para estudar. Minha proposta é trabalhar os tópicos na abrangência e profundidade necessárias, sem mais nem menos. Vamos fazer um estudo direcionado, focando apenas no que a banca costuma cobrar! Tenho o hábito de escrever como se estivesse conversando com o DOXQR��SRUWDQWR�QmR�HVWUDQKHP�R�HVWLOR�³OHYH´��SRLV�DFUHGLWR�TXH�ILFD�PDLV� fácil de passar o conteúdo, e, principalmente, mais agradável para vocês dominarem essa matéria. Estarei junto a você, comentando os principais temas e as ³SHJDGLQKDV´�GDs principais bancas, de modo que você, em pouco te mpo, esteja preparado para dominar essa matéria. Além disso, temos um fórum de dúvidas que você poderá interagir conosco e ver não só as suas, mas também as dúvidas dos colegas respondidas. Tenho certeza de que esse curso fará a diferença na sua preparação! Antes de qualquer coisa, vou dizer um pouquinho sobre mim: como você, já fui concurseiro e disputei diversos concursos da área de Administração e sei como é encarar esse desafio. Quando eu estudava para concursos, eu trabalhava durante o dia e tinha somente poucas horas para me dedicar aos estudos. Raramente, conseguia estudar mais de 3 horas por dia (só nos meus finais de semana conseguia dar XP�³JiV´�PDLRU�HP�DOJXPDV�PDWpULDV��� Sei o que é chegar em casa cansado e enfrentar duras horas de estudo, abrindo mão do lazer e do convívio com a família. Por isso mesmo, WHQWR�PRQWDU�XP�PDWHULDO�PDLV�OHYH�H�IRFDGR��VHP�³ILUXODV´�H�WHPDV�TXH� não costumam ser cobrados. Sou professor de Administração especializado em concursos há muitos anos e tive o prazer de ajudar milhares de candidatos a atingir seu sonho: alcançar o objetivo de ser aprovado! 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 79 Atualmente, sou Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental no Ministério do Planejamento, tendo sido também Auditor de Controle Interno na Secretaria de Fazenda do Governo do Distrito Federal. Sou carioca e formado em Administração pela PUC do RJ, com Pós- Graduação em Gestão Administrativa. Além disso, sou autor de três livros na área: Os tópicos cobrados pela banca serão disponibilizados de acordo o cronograma abaixo: Aula 0: Gestão de processos. Aula 1: Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização. Aula 2: Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; administração direta e indireta. Administração Geral para Concursos 2º Edição - Teoria e mais de 800 questões Administração Geral e Pública ʹ Cespe/UnB Mais de 900 questões comentadas Administração de Recursos Materiais para Concursos - Teoria e mais de 370 questões comentadas 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 79 Vamos então para o que interessa, não é mesmo? Quer receber dicas de estudo e conteúdo gratuito de Administração em seu e-mail? Cadastre-se na nossa lista exclusiva, no link a seguir: http://goo.gl/EUKHHs Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram o cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 79 Sumário Gerenciamento por Processos ..................................................................... 5 Gestão Funcional versus Gestão por Processos ............................................... 8 O Gestor de Processos ........................................................................ 13 Cadeia de Valor ............................................................................... 14 Tipos de Processos ............................................................................ 15 Processos Transversais ..................................................................... 19 Níveis de detalhamento dos processos ....................................................... 21 Ciclo de Gerenciamento de Processos ....................................................... 23 Ciclo do CBOK ............................................................................ 23 Ciclo da SDPS .............................................................................. 24 Projeto de Mapeamento e Modelagem de Processos ........................................ 25 Técnicas de Mapeamento de Processos ................................................... 29 Técnicas de Coleta de Dados .............................................................. 30 Nível de Maturidade em Processos .......................................................... 31 Visão do CBOK ............................................................................ 32 Visão da SDPS ............................................................................. 34 Processos e certificação ISO 9000:2000 ..................................................... 36 Noções de Estatística Aplicada ao Controle e à Melhoria de Processos ................... 38 População e Amostra ....................................................................... 38 Média e Variabilidade ..................................................................... 40 Melhoria dos Processos .................................................................... 41 Lean Management ............................................................................ 42 Reengenharia .................................................................................. 43 Tecnologia da informação e Automação .................................................... 46 Cultura organizacional e a gestão por processo ............................................. 47 Resumo ........................................................................................... 49 Questões Comentadas ........................................................................... 52 Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................70 Gabarito .......................................................................................... 77 Bibliografia ...................................................................................... 77 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 79 Gerenciamento por Processos A gestão de processos é uma das ferramentas de gestão mais utilizadas ultimamente. Além disso, é um dos temas mais cobrados em concursos de Administração nos últimos anos. Vamos ver então do que se trata? Todos nós sabemos o que é uma atividade, não é verdade? Quando carimbamos um papel, por exemplo, estamos executando uma atividade. O mesmo acontece quando telefonamos para um cliente, quando preenchemos um formulário, dentre diversas atividades que são necessárias para fazermos nosso trabalho. Mas as atividades normalmente têm uma lógica, um encadeamento necessário para que as empresas consigam fazer e vender seus produtos. (VWH�³HQFDGHDPHQWR´�GDV�DWLYLGDGHV�p�TXH�FKDPDPRV�GH�XP�³SURFHVVR´� Fique Atento! De acordo com Davenport, um processo é uma série de atividades estruturadas para produzir um produto ou serviço para um cliente ou mercado em particular. 'H�DFRUGR�FRP�D�QRUPD�,62������������SURFHVVR�p�´um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em produtos (saídas) ´� Já Palvarini descreve um processo como1: ³&RQMXQWR� LQWHJUDGR� H sincrônico de insumos, infraestruturas, regras e transformações, que adiciona valor às pessoas que fazem uso dos SURGXWRV�H�RX�VHUYLoRV�JHUDGRV´. Um processo é, assim, um conjunto de atividades e tarefas que são estruturadas para que a organização possa oferecer seus produtos e serviços aos seus clientes. Portanto, nenhuma organização existe sem a existência de processos e todo tipo de trabalho importante em uma organização faz parte de algum processo2. Sem eles, as empresas não teriam como ter uma consistência na oferta de produtos ou serviços. 1 (Palvarini, 2010) 2 (Gonçalves, As empresas são grandes coleções de processos, 2000) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 79 Muitos autores conhecem um processo como um fluxo de trabalho. Vamos ver na prática como isso funciona? Você chega em uma sapataria e vê um sapato bonito na vitrine. Ao entrar na loja, o vendedor vem ao seu encontro e você mostra o modelo que lhe interessou. Este vendedor logo lhe perguntará seu número para que possa checar no estoque se este par está disponível. Ele poderá solicitar ao estoquista o modelo pedido. Se estiver disponível, ele trará o par para que você possa experimentá-lo. Se o par não estiver no estoque, o vendedor lhe oferecerá outro modelo semelhante. Após sua escolha, ele o encaminhará para o caixa. Este profissional solicitará seu modo de pagamento, e procederá com o processo de cobrança. Finalmente, outro profissional fará o empacotamento do produto para que você possa leva-lo para casa. Reparou que neste processo de compra existiram várias atividades? Todas elas são interdependentes e interligadas, pois não adianta o vendedor lhe atender bem se o caixa te insultar, não é mesmo? Todos os envolvidos neste processo devem fazer seu trabalho com qualidade para que a venda tenha sucesso. O importante é que o cliente final seja bem atendido e saia satisfeito. Isto é o que chamamos de processo organizacional. Uma definição adequada de processo seria: a utilização de recursos da empresa para oferecer resultados objetivos aos seus clientes3. Para facilitar a visualização do que ocorre em um processo, podemos imaginá-lo como um fluxo. Na entrada existem demandas e recursos (informações, materiais, ferramentas, etc.), ou seja, os inputs. Estas demandas e recursos serão trabalhados de diversas formas para gerar valor. Assim, várias atividades são executadas dentro do processo. Finalmente, o processo gera algum produto ou serviço para um cliente, que pode ser interno ou externo. Este produto ou serviço é o que chamamos de outputs. 3 (Harrington, 1991) apud (Gonçalves, As empresas são grandes coleções de processos, 2000) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 79 Figura 1 - Esquema básico de um processo Naturalmente, cada uma destas tarefas ou atividades pode agregar ou não valor ao processo. O cliente não está interessado em uma atividade LVRODGD�� SRLV� HVWD� QmR� OKH� ³VHUYH´� VHP� TXH� DV� RXWUDV� VHMDP� EHP� executadas. %DVWD� XP� GHVWHV� ³DWRUHV´� HQYROYLGRV� HP� QRVVR� H[HPSOR� ³SLVDU� QD� EROD´� SDUD� TXH� R� DWHQGLPHQWR� QmR� DWLQMD� R� UHVXOWDGR� GHVHMDGR�� $VVLP�� dizemos que um processo envolve atividades interligadas e interdependentes. Assim sendo, a gestão por processos trD]�XP�HQIRTXH�QR�³FRPR´�RV� SURGXWRV�H�VHUYLoRV�VmR�HQWUHJXHV�DRV�FOLHQWHV��H�QmR�XP�IRFR�QR�³TXr´�p� produzido. $EDL[R�SRGHPRV�YHU�PHOKRU�RV�³SDVVRV´�TXH�VmR�GDGRV�SDUD�TXH�R� processo de atendimento acima seja realizado: Figura 2 - Processo simplificado de atendimento Vendedor inicia o atendimento ao cliente Vendedor solicita ao estoquista o modelo de sapato pedido pelo cliente Estoquista entrega o par ao vendedor Vendedor auxilia o cliente com o sapato Vendedor encaminha o cliente ao caixa Caixa pergunta ao cliente qual modo de pagamento Caixa processa o pagamento Embalador finaliza o pacote e entrega o produto ao cliente 00000000000 - DEMO ==0== Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 79 Claro que este é um exemplo muito simplificado, mas nos serve para entendermos que um processo de trabalho envolve uma série de atividades relacionadas. Continuando, vamos agora entender melhor a diferença entre a gestão de um processo e a gestão por processos? Quando falamos de gestão de processo, estamos nos referindo ao gerenciamento de um processo específico, ou seja, a análise e melhoria de um fluxo de trabalho, como o de atendimento em uma sapataria que mencionamos acima. Já a gestão por processos significa muito mais do que isso. É uma forma diferente de gerenciarmos uma empresa ou instituição. Neste modelo, não ficamos focados nas necessidades de cada departamento, mas nas interdependências entre eles e nos fluxos de trabalho (os processos). Gestão Funcional versus Gestão por Processos A gestão por processos tenta mudar bastante o enfoque utilizado pelas empresas, tradicionalmente chamada de gestão funcional. Na gestão funcional tradicional, as organizações funcionam com uma visão verticalizada, com cada área ou setor se preocupa somente com suas necessidades ± sem uma visão sistêmica. Com isso, muita energia se perde e muitas vezes as pessoas perdem de vista os interesses dos seus clientes, sejam eles internos (outros órgãos da instituição) ou externos (os clientes finais). Assim, os departamentos trabalham isolados uns dos outros e a coordenação dos trabalhos é difícil. As empresas que trabalham de forma verticalizada são mais voltadas para dentro, ou seja, preocupadas com seus problemasinternos4. A gestão por processos não deixa de ser então um novo direcionamento ± a organização volta suas atenções para os seus clientes e como satisfazê-los. Devem estabelecer seus processos mais críticos para que os clientes sejam bem atendidos e definir quais tarefas geram ou não valor para esse cliente. De acordo com Nunes5, ³2�PRGHOR�GH�RUJDQL]DomR�RULHQWDGR�SRU�SURFHVVRV� passou a ser considerado como alternativa mais adequada para promover uma maior efetividade organizacional��´� 4 (Davenport, 1992) 5 (Nunes, 2010) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 79 A ideia principal dos autores que propõem a gestão por processos é a de uma derrubada geral das barreiras internas da empresa, de maior interação entre as diversas áreas (além de fornecedores e clientes), gerando uma visão do todo e um melhor resultado6. Para que as empresas possam funcionar neste novo modelo, necessitam rever o seu modo de trabalhar. Todos os executores envolvidos no processo precisam se conhecer e saber qual é a necessidade de cada um. Cada ator precisa saber qual é o seu papel e como seu trabalho influência no resultado final. Esta nova visão deve alterar a divisão das pessoas em departamentos e setores. De acordo com Hammer e Stanton7, ³$R� SURFXUDU� VH� HVWUXWXUDU� SRU� SURFHVVRV�� DV� empresas acabam descobrindo que é impossível sobrepor um processo integrado a uma organização IUDJPHQWDGD�SHOR�GHVHQKR�IXQFLRQDO�WUDGLFLRQDO��³ Dessa maneira, as organizações tradicionais, ou seja, que são estruturadas por departamentos, precisam ser remodeladas e redesenhadas para que possam passar a ser gerenciadas por processos. De acordo com Gonçalves8, as principais mudanças necessárias para que estas organizações mudem de uma gestão tradicional para uma gestão por processos envolvem: 6 (Nunes, 2010) 7 (Hammer e Stanton, 1999) apud (Gonçalves, As Empresas são Grandes Coleções de Processos, 2000) 8 (Gonçalves, Processo, que Processo?, 2000) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 79 Figura 3 - Passos para que uma organização tradicional se adapte para a gestão por processos Desta maneira, a gestão por processos visa à melhoria dos processos críticos e o melhor aproveitamento dos recursos e profissionais envolvidos. Quando isso ocorre, menos tempo é necessário para que os produtos e serviços fiquem prontos e menor é o gasto de energia (dinheiro, esforço, materiais, etc.) no processo. Além disso, estas organizações passam a se conhecer melhor e conhecer a fundo as necessidades de seus clientes. Com isso, ficam mais ágeis e mais focadas nas mudanças externas. Tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de aprendizado9. Abaixo, temos as principais diferenças entre a gestão funcional e a gestão por processos: Característica Gestão Funcional Gestão por Processos Alocação de Pessoas Agrupados junto aos seus pares em áreas funcionais Times de processos envolvendo diferentes perfis e habilidades Autonomia operacional Tarefas executadas sob rígida supervisão hierárquica Fortalece a individualidade dando autoridade para tomada de decisões Avaliação de desempenho Centrada no desempenho individual do indivíduo Centrada nos resultados do processo de negócio 9 (Gonçalves, 1997) apud (Gonçalves, As Empresas são Grandes Coleções de Processos, 2000) A definição das responsabilidades pelo andamento dos processos A minimização das transferências internas (a troca de informações e materiais entre os setores) A maximização do agrupamento de atividades conexas A diminuição do gasto de tempo e energia 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 79 Cadeia de Comando Forte supervisão de níveis hierárquicos superpostos Fundamentada na negociação e colaboração Capacitação dos indivíduos Voltada ao ajuste da função que desempenham / especialização Dirigido às múltiplas competências da multifuncionalidade requerida Escala de valores da organização Metas exclusivas de áreas geram desconfiança e competição entre as áreas Comunicação e transparência no trabalho gerando clima de colaboração mútua Estrutura organizacional Estrutura hierárquica, departamentalização - vertical Fundamentada em equipes de processos - horizontal Medidas de desempenho Foco no desempenho de trabalhos fragmentados das áreas funcionais Visão integrada do processo de forma a manter uma linha de agregação constante de valor Natureza do trabalho Repetitivo e com escopo bastante restrito / mecanicista Bastante diversificado, voltado ao conhecimento / evolutivo- adaptativo Organização do trabalho Em procedimentos de áreas funcionais / mais linear Por meio de processos multifuncionais / mais sistêmico Relacionamento externo Pouco direcionado, maior concentração no âmbito interno Forte incentivo por meio de processos colaborativos de parcerias Utilização da tecnologia Sistemas de informação com foco em áreas funcionais /ŶƚĞŐƌĂĕĆŽ�Ğ� ?ŽƌƋƵĞƐƚƌĂĕĆŽ ?�ĚŽƐ� sistemas de informação Tabela 1 - Principais diferenças entre a gestão por processos e a gestão funcional. Fonte: (De Sordi, 2008) Vamos praticar agora? (CESPE ± IBRAM - ADMINISTRADOR) Pode-se considerar como processo organizacional o conjunto de atividades, mesmo que não relacionadas entre si, que transformam insumos (entradas) em produtos ou serviços (saídas) que têm valor para um grupo específico de clientes. Pegadinha na área! A frase está toda bonitinha, mas as atividades devem ser relacionadas entre si para que sejam consideradas um processo. O gabarito, portanto, é questão incorreta. 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 79 Vamos praticar agora? (FGV ± IBGE ± ANALISTA ± 2016) Determinada organização adotou uma nova perspectiva de gestão, assumindo o Gerenciamento de Processos de Negócio ± BPM. Assim, é possível inferir que ela: a) reforçou a visualização das operações de negócios com base nas áreas funcionais e localizações envolvidas. b) adotou uma nova forma de visualizar as operações de negócios que vai além das estruturas funcionais tradicionais c) reforçou a visualização das operações de negócios com base nas competências de seus colaboradores. d) adotou uma nova forma de visualizar as operações de negócios que está baseada nas estruturas funcionais e hierárquicas. e) reforçou a visualização das operações de negócios com base nas estruturas funcionais tradicionais. O enfoque ou abordagem de processos engloba uma visão da organização baseada em seus processos, e não em seus departamentos ± a visão tradicional da gestão. Esta gestão tradicional causa uma dificuldade na coordenação entre os vários setores envolvidos em um processo de trabalho. Cada área funcional busca apenas seus objetivos internos e perde o foco nas necessidades dos clientes.A dificuldade na comunicação e na harmonização dos esforços gera desperdícios e perda de competitividade, além da insatisfação dos clientes. Na abordagem de processos, os profissionais envolvidos em um processo devem trabalhar juntos e conhecer as demandas e problemas de cada área. Esta seria uma visão horizontal da instituição, que olha para VHXV� IOX[RV� GH� WUDEDOKR� H� QmR� DSHQDV� SDUD� DV� ³FDL[LQKDV´� RX� departamentos. Deste modo, o gabarito é mesmo a letra B. Vamos praticar agora? 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 79 (CESPE ± TCE-ES - ACE) O foco no processo, a promoção de uma visão sistêmica da organização e a melhor compreensão da cadeia de valor da organização caracterizam a gestão por processos. Perfeito. A gestão por processos envolve, naturalmente, um foco nos processos críticos das organizações. Esta visão engloba desde os fornecedores até os clientes e pRVVLELOLWD�XPD�YLVmR�GR�³WRGR´��RX�VHMD�� uma visão sistêmica da instituição. Para gerenciar estes processos críticos, devemos ter em mente quais são as cadeias de valor ± quais são os processos e atividades que geram benefícios para os clientes - e buscar melhorá-los de forma contínua. O gabarito é questão correta. O Gestor de Processos Em organizações que estão focadas em processos, existe um responsável por cada processo, o gestor de processos. De acordo com De Sordi10, ³2�DVSHFWR�PDLV� YLVtYHO� GH�GLIerenciação entre as organizações tradicionais estruturadas por funções empresariais e as empresas orientadas a processos de negócios é a existência do gestor, o dono do processo de negócios (em inglês chamado de SURFHVV�RZQHU��´� O gestor de processos, ao contrário do gerente funcional, não lida apenas com profissionais especializados em uma função ou área, mas sim com todos os profissionais envolvidos no processo. Desta forma, sua equipe envolve pessoas de diversas especialidades e funções, que podem estar em diversos setores da empresa. Deste modo, deve ser um profissional que saiba gerir conflitos e tenha uma visão sistêmica da organização. Outro aspecto importante é que sua posição é perene, não temporária. Ao contrário do gerente de projetos, que lida com seu projeto 10 (De Sordi, 2008) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 79 durante um tempo determinado, o gestor de processos não tem um prazo determinado para gerir seu processo. Dentre suas responsabilidades e atividades, temos11: 9 Assegurar os recursos necessários para atender às demandas do processo de negócios conforme seu projeto em vigor; 9 Realizar a medição contínua do desempenho de aspectos críticos do processo; 9 Assegurar a capacitação dos profissionais que cooperam com o processo por meio de programas de treinamento; 9 Definir e coordenar as alterações necessárias para a evolução contínua do processo. Cadeia de Valor Quando falamos de valor gerado ou agregado pelos processos, não estamos necessariamente falando de valor financeiro. Estamos nos referindo ao benefício gerado para seus clientes com as diversas atividades de um processo. De acordo com Maranhão e Macieira12, ³$� DJUHJDomR� GH� YDORU� HP� XP� SURFHVVR� p� D� diferença de valor entre o produto (na saída de um processo) e a soma dos valores das entradas (matérias-primas ou insumos), acrescida dos custos intUtQVHFRV�GH�WUDQVIRUPDomR��´ Desta maneira, quando estamos vendo que alguma atividade ou processo não agrega valor para os clientes, devemos eliminá-los. O FRQFHLWR�GH� ³YDORU´�HVWi� OLJDGR�FRP�DV�HQWUHJDV� ILQDLV��RX�VHMD��R�TXH�p� ³HQWUHJXH´�SDUD�R�FOLHQWH��seja ele um cliente interno ou externo. A preocupação de um gestor na abordagem por processos deve ser a de visualizar qual é a cadeia de valor ± as atividades e processos que efetivamente agregam benefícios aos clientes. De acordo com Porter13, ³&DGHLD� GH Valor é o conjunto de atividades tecnológicas e econômicas distintas que uma organização utiliza para entregar produtos e VHUYLoRV�DRV�VHXV�FOLHQWHV��´ 11 (De Sordi, 2008) 12 (Maranhão & Macieira, 2010) 13 (Martins, Humberto Falcão & Marini, 2010) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 79 Dentro desta ideia de cadeia de valor, devemos analisar quais são as atividades que geram valor para que possamos melhorá-las. Já as atividades que não agregam valor devem ser reduzidas ou eliminadas. Quanto mais valor agregado, mais competitiva ficará a empresa, de acordo com o conceito de vantagem competitiva de Porter. Mas este conceito também é usado no setor público ± a criação de valor público. Este valor público, de acordo com Maranhão e Macieira, ³9DL� PXLWR� DOpP� GR� SRQWR� GH� YLVWD� PHUDPHQWH� financeiro. Nesta linha, estariam enquadrados resultados mensuráveis como a redução da pobreza e do analfabetismo, ou a melhoria das condições do PHLR�DPELHQWH��HQWUH�RXWURV�DVSHFWRV��´� Por isso que a gestão por processos é fundamental também para o setor público: para que o Estado consiga utilizar da melhor forma possível seus recursos na geração de serviços desejáveis pela população. Vamos praticar agora? (CESPE ± TCDF - ACE) De acordo com a abordagem por processos, o fato de um auditor procurar reduzir os custos financeiros dos insumos envolvidos no desenvolvimento de suas atividades de fiscalização constitui um exemplo de auditor que busca melhorar a cadeia de valor do seu processo de fiscalização. O erro da frase está no seguinte: a cadeia de valor não está ligada diretamente ao custo dos produtos e serviços. O conceito não é financeiro, mas sim ligado aos benefícios gerados para os clientes. Um bom atendimento pode custar até menos do que um atendimento ruim. Um custo reduzido pode identificar uma empresa ou órgão do governo como eficiente na sua gestão interna, mas não necessariamente uma que está oferecendo um melhor serviço ao seu cliente. O gabarito é mesmo questão incorreta. Tipos de Processos As bancas costumam cobrar diversas classificações ou tipos de processos nas provas. Abaixo, vou citar os principais tipos cobrados para que vocês não esqueçam na KRUD�³+´� 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 79 O primeiro tipo divide os processos em três: processos de negócios, os processos organizacionais e os processos gerenciais14. Os processos de negócio VmR�DTXHOHV�PDLV�³FHQWUDLV´�SDUD�TXH�D� organização cumpra sua missão e atenda aos seus clientes. São, portanto, os que caracterizam a atuação da empresa. Como exemplo, poderíamos citar o processo de atendimento em um hotel. Estes processos são, naturalmente, suportados pelos outros tipos de processos que existem na organização. Já os processos organizacionais são aqueles que integram todos os setores da instituição e viabilizam os subsistemas da organização. São SURFHVVRV�TXH�QmR�³DSDUHFHP´�SDUD�RV�FOLHQWHV�H[WHUQRV��PDV�VmR�YLWDLV� para que a organização funcione. Como exemplos destes processos poderíamos citar: o processode contratação de funcionários, o processo de faturamento, o processo de treinamento dos novos funcionários, dentre outros. Finalmente, teríamos os processos gerenciais. Estes últimos incluiriam todos os processos que facilitam a tomada de decisão gerencial, como os processos de avaliação de desempenho, bem como as pesquisas de opinião. Sem estes processos, a vida de um gestor seria muito complicada, pois não teriam informações de qualidade para que pudessem gerenciar as instituições. Abaixo, podemos ver as principais características dos três tipos de processo, de acordo com Gonçalves: 14 (Gonçalves, As empresas são grandes coleções de processos, 2000) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 79 Figura 4 - Tipos de processos. Fonte: (Gonçalves, Processo, que Processo?, 2000) Desta forma, os processos de negócio estão ligados à cadeia de valor (que veremos a seguir), ao negócio da empresa ou o que é chamado de VHX�³FRUH�EXVLQHVV´��6HP�HOHV��QHQKXPD�RUJDQL]DomR�DWLQJH�VHXV�REMHWLYRV� estratégicos e alcança sucesso. Outra classificação envolve a geração de valor para o cliente. Esta classificação divide os processos em processos primários e processos de suporte15. Os processos primários são aqueles que geram os produtos e VHUYLoRV�� 6HULDP� RV� SURFHVVRV� SULQFLSDLV� H� TXH� ³GHILQHP´� R� VXFHVVR� GD� organização. Já os processos de suporte são todos os demais, que naturalmente são necessários para que os processos primários possam existir. Em um hotel de veraneio, por exemplo, o processo de atendimento seria um processo primário. Já o processo de compra dos materiais seria um exemplo de processo de suporte. Sem que os materiais estejam comprados, seria muito difícil que o atendente consiga satisfazer o cliente, não é mesmo? Fazendo uma correlação com a classificação anterior, os processos primários seriam os mesmos dos que os processos de negócio. Já os processos de suporte englobariam tanto os processos organizacionais e os processos gerenciais. 15 (Martin, 1996) apud (Gonçalves, As empresas são grandes coleções de processos, 2000) Processos gerenciais Facilitam a tomada de decisão dos gestores. Processos organizacionais Funcionam como integradores dos diversos sistemas e setores da organização. Processos de negócio São os principais processos da empresa, que geram os produtos e serviços desejados pelos clientes. 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 79 Abaixo temos um resumo destes tipos de processos: Figura 5 - Processos quanto à geração de valor. Outra classificação divide os processos em verticais e horizontais16. Esta classificação entende os processos como fluxos de informação e decisão. Assim, processos verticais HQYROYHULDP�IOX[RV�GH�³FLPD�SDUD�EDL[R´� ou GH�³EDL[R�SDUD�FLPD´��6HULDP�UHODFLRQDGRV��SRU�H[HPSOR��FRP�R�SURFHVVR� de planejamento estratégico da instituição. O processo de planejamento estratégico inicia-se na cúpula da empresa e é desdobrado até seu nível operacional. Assim, é um processo que funFLRQD�HP�XPD�OyJLFD�GH�³FLPD�SDUD�EDL[R´��2XWURV�H[HPSORV�VHULDP�� o processo de orçamento e de orientação. Mas nem todos os processos de uma organização tem uma lógica vertical, muito pelo contrário. Os principais processos têm uma lógica horizontal, que acompanham o fluxo de trabalho. Estes processos estariam classificados como processos horizontais. Seriam todos os processos principais, ou de negócio, que geram os produtos e serviços das instituições. São eles que integram as diversas áreas e profissionais da empresa na produção destes bens e possibilitam a satisfação dos clientes finais. 16 (Gonçalves, As empresas são grandes coleções de processos, 2000) ?são os processos que geram os produtos e serviços desejados pelos clientes Processos Primários ?São todos os demais - tornam possíveis os processos primários Processo de suporte 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 79 Figura 6 - Processos verticais e horizontais Outra classificação divide os processos em processos internos e processos externos. Os primeiros são aqueles que começam e terminam dentro de uma mesma empresa ou órgãos públicos. Já os processos externos são aqueles que não se limitam à apenas uma empresa. Eles dependem da atuação de mais de uma instituição para que sejam realizados. Naturalmente, são os mais complexos e difíceis de gerenciar. São muito comuns nos órgãos públicos. Cabe aqui também citar alguns conceitos utilizados em provas de concurso. O primeiro seria o de processos transversais. Chamamos estes processos assim quando atravessam diversas áreas da organização e até mesmo outras organizações. Outro conceito importante é a de processos-chave ou processos críticos. Estes são aqueles processos que causam maior impacto nos resultados da empresa e na satisfação dos clientes. São os processos que devem ser acompanhados pela gerência com maior cuidado, naturalmente. Quando falamos da gestão por processos, estamos dizendo que estes processos críticos serão gerenciados de perto. Nenhuma empresa conseguirá gerenciar todos seus processos em minúcias, pois alguns processos não geram muito impacto nos seus resultados e a gestão deles traria mais custos do que benefícios. A organização terá de focar nos processos mais importantes ± ou processos-chave ± para que atinja seus resultados estratégicos. Processos Transversais Um ponto que temos de entender, quando falamos de gestão de processos no setor público, é que muitos processos não estão limitados a Processos Verticais ?Processos com uma lógica "de cima para baixo". ?Exemplo: processo de planejamento estratégico. Processos Horizontais ?Processos com uma lógica "lateral", que acompanham o fluxo de trabalho ?São os principais processos, que geram os produtos e serviços. 00000000000 - DEMO 0 Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 79 um só órgão ou ministério. Na verdade, os principais processos no setor público (aqueles que entregam serviços à sociedade) envolvem diversos órgãos diferentes, o que torna sua gestão e melhoria muito mais complexa. No jargão da área, chamamos esses processos que envolvem várias iUHDV�GH�³processos transversais´��SRLV�HOHV�³DWUDYHVVDP´�D�HVWrutura dos órgãos e envolvem diversos setores. De acordo com o Ministério do Planejamento17, ³8PD�FDUDFWHUtVWLFD� LPSRUWDQWH�GRV�SURFHVVRV�p�D� interfuncionalidade, segundo Gonçalves. Embora existam processos realizados inteiramente em uma unidade funcional, os principais processos de uma instituição (sobretudo os processos de negócio) atravessam as fronteiras das áreas funcionais, sendo conhecidos como processos transversais, transorganizacionais (crossorganizational), interfuncionais, interdepartamentais ou horizontais. Tais processos são executados de IRUPD�WUDQVYHUVDO�j�HVWUXWXUD�³YHUWLFDO´��WtSLFD� das organizações estruturadas funcionalmente. Além disso, no caso daAdministração Pública, deve ser dada importância especial aos processos que ultrapassam as fronteiras das instituições, como ocorre na H[HFXomR�GH�SROtWLFDV�S~EOLFDV��´ Deste modo, no setor público devemos sempre estar atentos a esses processos que geram maior impacto na vida da população e que envolvem mais de um órgão na sua execução. Vamos praticar agora? (FCC ± TRT-9º REGIÃO ± ANALISTA) Conforme apontado pela doutrina especializada, a gestão por processos possibilita que a organização seja vista, não como um conjunto de departamentos estanques, mas sim como um fluxo contínuo de atividades encadeadas visando satisfazer a necessidade dos clientes. Nesse contexto, a diferenciação entre os processos principais ou primários e os secundários, consiste, basicamente, na circunstância de que os (A) secundários são uma sequência lógico-temporal dos principais e agregam valor para o produto ou serviço finais. 17 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 79 (B) primários resultam na entrega de algum bem ou serviço ao cliente final, enquanto os secundários são processos internos. (C) secundários podem ser dispensados no contexto da gestão por processos, eis que não contribuem para a execução dos principais. (D) principais são de natureza eminentemente gerencial, ligados à estratégia e utilizados na tomada de decisões. (E) secundários são ligados à produção de bens ou serviços e os primários à gestão de pessoas. A letra A está errada, pois os processos secundários não ocorrem depois dos processos primários. E são os processos primários que agregam valor aos produtos e serviços oferecidos aos clientes finais. Desta forma, a letra B está perfeita e é o gabarito da banca. Os processos secundários ou de suporte estão associados a atividades fins da instituição e os processos principais geram os produtos e serviços oferecidos aos clientes finais. A letra C é absurda, pois os processos secundários suportam os processos principais. Nenhuma empresa pode dispensar seus processos secundários. A letra D está equivocada, pois essa descrição está relacionada com os processos gerenciais, não com os processos principais. Finalmente, a letra E inverte os conceitos e está incorreta. O gabarito da questão é mesmo a letra B. Níveis de detalhamento dos processos Podemos dizer que os processos sempre podem ser inseridos em algum processo mais amplo, ou que os processos podem ser decompostos em outros subprocessos18. Naturalmente, alguns processos são mais abrangentes e complexos e outros são mais simples. Além disso, os processos podem ser descritos HP�GHWDOKHV�H�RXWURV�DSHQDV�HP�XP�³SODQR´�PDLV�VXSHUILFLDO��e�LVWR�R�TXH� GL]HPRV�TXDQGR�IDODPRV�HP�³QtYHO�GH�GHWDOKDPHQWR´ de um processo. Quanto mais complexo for um processo, ou seja, quanto maior for este processo (envolvendo mais áreas, atividades e decisões), maior será 18 (Maranhão & Macieira, 2010) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 79 D�QRVVD�QHFHVVLGDGH�GH�³GHFRPS{-OR´�HP�VXESURFHVVRV�SDUD�TXH�SRVVDPRV� analisa-lo e compreendê-lo. O nível de detalhamento dos processos, do maior para o menor, pode ser definido assim: macroprocesso, processo, subprocessos, atividade e tarefa. Vamos praticar agora? (CESPE ± ABIN - AGENTE TÉCNICO) Os macroprocessos, processos e subprocessos são atividades e (ou) tarefas que iniciam e terminam com o cliente externo, variando apenas o nível de complexidade e tamanho de cada um deles. A questão traz uma afirmação que não é sempre verdadeira. O processo normalmente termina com o cliente sendo atendido, mas nem sempre se inicia assim. O gabarito é questão errada. Macroprocesso - gera um alto impacto e envolve, normalmente, diversas áreas e funções da empresa Processo - somatório de atividades e/ou subprocessos interrelacionados Subprocesso - é um processo que está inserido ?ĚĞŶƚƌŽ ?�ĚĞ�ŽƵƚƌŽ�ƉƌŽĐĞƐƐŽ ?��ŽƌƌĞƐƉŽŶĚĞ�Ă�ƵŵĂ� parte específica do seu processo maior Atividade - são trabalhos executados nos processos Tarefa - é um elemento ainda menor. Uma parte específica de uma atividade ou subdivisão de algum trabalho 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 79 Ciclo de Gerenciamento de Processos De acordo com o guia CBOK19, a prática de gerenciamento de processos de negócio pode ser caracterizada como um ciclo de vida contínuo (processo) de atividades integradas. Só que a nossa vida não é fácil e existem duas classificações cobradas pelas bancas: a do próprio CBOK e a da SDPS. Veremos a seguir cada uma delas. Ciclo do CBOK Para o CBOK, o ciclo de gerenciamento de processos é o seguinte: Planejamento; Análise; Desenho e Modelagem; Implementação; Monitoramento; e Refinamento20. Abaixo, podemos ver em mais detalhes: Etapa Descrição Planejamento Nessa etapa são vistas as necessidades de alinhamento estratégico dos processos. Deve-se desenvolver um plano e uma estratégia dirigida a processos para a organização, onde sejam analisadas suas estratégias e metas, fornecendo uma estrutura e o direcionamento para gerenciamento contínuo de processos centrados no cliente. Além disso, são identificados papéis e responsabilidades organizacionais associados ao gerenciamento de processos, aspectos relacionados a patrocínio, metas, expectativas de desempenho e metodologias. Análise A análise tem por objetivo entender os atuais processos organizacionais no contexto das metas e objetivos desejados. Ela reúne informações oriundas de planos estratégicos, modelos de processo, medições de desempenho, mudanças no ambiente externo e outros fatores, a fim de compreender os processos no escopo da organização como um todo. Durante essa etapa são vistos pontos como: objetivos da modelagem de negócio, ambiente do negócio que será modelado, principais stakeholders e escopo da modelagem (processos relacionados com o objetivo geral). Desenho e Modelagem O desenho de processo coŶƐŝƐƚĞ�ŶĂ� ?ĐƌŝĂĕĆŽ�ĚĞ�ĞƐƉĞĐŝĨŝĐĂĕƁĞƐ para processos de negócio novos ou modificados dentro do contexto dos objetivos de negócio, objetivos de desempenho de processo, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas, recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos internos e externos". Já a modelagem de processo é definida como "um conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de um processo de negócio 19 (ABPMP - Association of Business Process Professionals, 2014) 20 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 79 existente ou proposto", tendo por objetivo "criar uma representação do processo em uma perspectiva ponta-a-ponta que o descreva de forma necessária e suficiente para a tarefa em questão". Implementação A fase que tem por objetivo realizaro desenho aprovado do processo de negócio na forma de procedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e operacionais; prevendo também a elaboração e execução de políticas e procedimentos novos ou revisados. Monitoramento / Gerenciamento de Desempenho A etapa de implementação avalia o desempenho do processo através de métricas relacionadas às metas e ao valor para a organização, podendo resultar em atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia. A etapa de ŐĞƌĞŶĐŝĂŵĞŶƚŽ�ĚĞ�ĚĞƐĞŵƉĞŶŚŽ ?�ƚĂŵďĠŵ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ĐŚĂŵĂĚĂ�ĚĞ� ?ƐŝŵƵůĂĕĆŽ�Ğ ĞŵƵůĂĕĆŽ ? ?�ƐĞndo responsável pela aferição e validação do processo, como forma de garantir que o mesmo está representado conforme sua realidade, bem como pelo estudo de diversos cenários, possibilitando a análise de mudanças no processo. Refinamento Essa etapa é a responsável pela transformação dos processos, implementando o resultado da análise de desempenho. Ela ainda trata de desafios associados à gestão de mudanças na organização, à melhoria contínua e à otimização de processo. �ůƚĞƌŶĂƚŝǀĂŵĞŶƚĞ ?� Ġ� ĐŚĂŵĂĚĂ� ĚĞ� ?ĞŶĐĞŶĂĕĆŽ ? ?� ƌĞǀĞŶĚŽ� Ž� ŵŽĚĞůŽ� ĚĞ processo e implantando na prática as mudanças propostas após o estudo de variados cenários. Ciclo da SDPS Já segundo a SDPS, o ciclo de gerenciamento de processos consiste das etapas de Modelagem; Simulação; Emulação; e Encenação. Abaixo, podemos ver as etapas mais detalhadamente21: Etapa Descrição Modelagem Nessa etapa são identificados os valores que o processo em estudo deverá gerar. �ƉſƐ�Ă�ŝĚĞŶƚŝĨŝĐĂĕĆŽ�ĚŽƐ�ŝƚĞŶƐ�ƋƵĞ�ĐŽŵƉƁĞŵ�Ă� ?ĐĂĚĞŝĂ�ĚĞ�ǀĂůŽƌĞƐ ?�ĚŽ� processo, verifica-se os papeis assumidos por tais elementos, ou seja, valores adicionados (resultados do processo), insumos (que são transformados), referências (que orientam a transformação) ou infraestruturas (que são consumidos pelo processo). Ainda na modelagem são verificadas as sincronias necessárias entre insumos, referências e infraestruturas para a geração do valor esperado, sendo que devem ser compatibilizadas as expectativas entre as várias partes que produzem cada um dos elementos. Também são previstas as condições que os elementos do processo podem assumir e as respectivas ações a serem tomadas, planejando-se para possíveis contingências e melhorias. As atividades envolvidas são registradas e são identificados os efeitos colaterais causados por cada elemento presente na cadeia de valor, ou seja, 21 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 79 são visualizados os processos que geram um determinado valor / resultado e também os processos que são gerados a partir de tal elemento. Simulação A simulação incorpora dados estatísticos aos modelos de processos desenhados na etapa anterior, visando à minimização dos riscos de efeitos indesejáveis quando de sua implantação. Devem ser previstos itens tais como existência ou não de estoques antes do início dos processos, seus pontos de indução, as distribuições estatísticas e os tempos associados às transformações, dentre outros. A partir de tais dados estimados, são gerados cenários alternativos que devem ser avaliados e, quando necessário, induzirão alterações nos modelos para que sejam o mais próximo do resultado desejado quando de sua implantação. Emulação Nessa etapa são incluídos dados da realidade junto aos dados estimados identificados na fase de simulação. É o momento em que, por exemplo, são construídas as telas de sistemas automatizados que serão utilizados no processo e é solicitado o preenchimento das suas informações a uma amostra de pessoas, evitando que requisitos modelados sejam impossíveis de serem obtidos na prática. É também a fase em que fazemos turmas-piloto de algo que queremos ver ĨƵŶĐŝŽŶĂŶĚŽ� ŶĂ� ?ǀŝĚĂ� ƌĞĂů ? ? Como no caso da simulação, quaisquer necessidades de ajustes devem ser comunicadas para que os modelos (e os cenários) sejam alterados e voltem a ser emulados, até que os níveis de qualidade desejados sejam atingidos. Encenação Fase do ciclo de gesƚĆŽ� ĚĞ� ƉƌŽĐĞƐƐŽƐ� ƋƵĞ� ƌĞƉƌĞƐĞŶƚĂ� Ă� ?ǀŝĚĂ� ƌĞĂů ?� ĚŽƐ� processos modelados, simulados e emulados, ou seja, é a única etapa que não se pode faltar durante a execução de um trabalho (ela ocorre, quer o processo tenha sido modelado / simulado / emulado ou não). Portanto, se desejarmos reduzir ou eliminar os riscos de algum efeito que não desejamos observar em nosso processo, é importante realizarmos boas modelagens, simulações e emulações, porém nunca perdendo de vista as exigências que as partes envolvidas no processo possuem ? caso contrário boa parte de nosso esforço pode ser desconsiderada face à velocidade requerida pela realidade. Projeto de Mapeamento e Modelagem de Processos O primeiro passo na gestão de um processo é sabermos afinal quais são seus passos ou atividades, ou seja, é conhecermos seu funcionamento. Não podemos melhorar o que desconhecemos, não é mesmo? Quais são os envolvidos? Quais são as atividades? Quem toma decisões e quando? Todas estas questões devem ser conhecidas. Isto é chamado de mapeamento de um processo. 3DUD�TXH�RV�JHVWRUHV�FRQVLJDP�³S{U�QR�SDSHO´�HVWDV�LQIRUPDo}HV��p� geralmente utilizada uma ferramenta chamada fluxograma. Um fluxograma, como o próprio nome diz, é utilizado para descrever um fluxo de trabalho. 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 79 O mapeamento gera diversos benefícios para as organizações. Dentre elas teríamos: 9 Conhecer e entender quais são os diversos agentes internos e externos envolvidos no processo 9 Uma melhor compreensão do real impacto que o processo tem para a organização e seus clientes; 9 Saber quais são as interdependências e as relações entre as diversas áreas envolvidas no processo; 9 Identificar quais são os fatores críticos no processo; 9 Avaliar se o processo é bem executado e se é necessário; 9 Propor alterações no processo; Isto pode ser feLWR�³QD�PmR´�RX�DWUDYpV�GH�IHUUDPHQWDV�WHFQROyJLFDV�� como os programas Bizagi ou Microsoft Visio. Veremos um exemplo de fluxograma em breve. Existem diversas técnicas que devem ser utilizadas. As principais que normalmente são usadas envolvem22: 9 Entrevistas e reuniões; 9 2EVHUYDomR�GDV�DWLYLGDGHV�³LQ�ORFR´� 9 Análise da documentação e dos sistemas existentes; 9 Coleta de dados e evidências Um processo normalmente se inicia com uma demanda de um cliente ou uma decisão de produzir algum produto. Após isto, ele atravessa todas as etapas necessárias para que este produto e/ou serviço seja entregue ao cliente. Assim, o profissional envolvido no mapeamento analisará diversos elementos. Alguns autores chamam estes envolvidos pela sigla FEPSC, que se refere aos elementos relacionados no mapeamento de um processo: fornecedores, entradas, processos, saídas e clientes. Após o mapeamento de um processo, devemos buscar melhorá-lo sempre que possível. Isto é feito através do redesenho do processo ou da modelagem de processos. Este pode ser definido assim23: ³D�PRGHODJHP�GH�SURFHVVRV�GD�RUJDQL]DomR�SRGH� ser compreendida como o conjunto de atividades necessárias para redesenhar e documentar os SURFHVVRV�GH�WUDEDOKR�DQWHULRUPHQWH�PDSHDGRV�´ 22 (Rennó, 2013) 23 (Maranhão & Macieira, 2010) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria eexercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 79 O padrão atualmente utilizado para a modelagem (ou redesenho) de processos é o BPMN (Business Process Modeling Notation). Este é um modo de facilitar a visualização de um processo e construir o fluxograma. (VWH� SDGUmR� HQJORED� XPD� VpULH� GH� ³notações JUiILFDV´�� RX� VHMD�� diversos símbolos padronizados que a atividade de descrever um processo seja simples e que estes documentos gerados sejam facilmente interpretados por outras pessoas. $V�SULQFLSDLV�³QRWDo}HV´�VmR�DV�VHJXLQWHV� Figura 7 - Principais notações do BMPN. Desta forma, as notações são usadas para que um profissional possa descrever graficamente um processo através do uso de símbolos e linhas. Abaixo podemos ver um de um processo mapeado e disposto em forma de um fluxograma: Elementos Atividades Eventos Gateways Linha de Sequência Linha de Mensagem Símbolo Significado São as diversas etapas do processo Inicio e fim de um processo pontos em que uma decisão deve ser tomada Indicam a direção do fluxo Indicam a comunicação entre os processos 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 79 Figura 8 ʹ Fluxograma básico Normalmente, fazemos dois tipos de diagrama: um antes de propormos modificações e outro com as mudanças propostas. Eles são LGHQWLILFDGRV�FRPR�³$6-,6´�(�³72-%(´�� 2�SULPHLUR�GHOHV�p�FKDPDGR�GH�³AS-IS´��³FRPR�HVWi´�HP�LQJOrV��H� descreve como o processo funciona no momento, sem nenhuma alteração SURSRVWD��6HUYH�FRPR�XPD�³OLQKD�GH�EDVH´�SDUD�HQWHQGHUPRV�TXDLV�VmR�RV� atores que atuam no processo e quais as decisões tomadas. Após a análise da equipe, é proposto um segundo diagrama que contéP�DV�PRGLILFDo}HV�SURSRVWDV��R�GLDJUDPD�³TO-BE´��³FRPR�VHUi´�HP� inglês). Este novo fluxograma vai incorporar, portanto, as melhorias necessárias para que o processo funcione melhor. Com os dois diagramas na mão, os gestores terão maior facilidade para verem quais são as deficiências no processo atual e buscar alterá-lo e melhorá-lo. 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 79 Vamos praticar agora? (CESPE ± MPS - ADMINISTRADOR) Um fluxograma dentro de uma organização mostra como se faz o trabalho e analisa problemas cuja solução é compatível com o exercício de uma administração racional. Trata-se da representação gráfica sequencial de um trabalho, caracterizando as operações e os responsáveis pelo processo. Perfeito. A frase é uma definição válida de um fluxograma. O gabarito é questão correta. Técnicas de Mapeamento de Processos Além do Fluxograma, existem diversas técnicas conhecidas para fazermos o mapeamento dos processos de trabalho. Cada uma apresenta um enfoque distinto. De acordo com Mello, as principais técnicas de mapeamento são24: ¾ SIPOC: é uma ferramenta usada por um time para identificar todos os elementos pertinentes de um projeto de melhoria de processo antes de o trabalho começar. ¾ Blueprinting: representa um fluxograma de todas as transações integrantes do processo de prestação de serviço; ¾ Fluxograma: técnica que permite o registro de ações de algum tipo e pontos de tomada de decisão que ocorrem no fluxo real. ¾ Mapofluxograma: segundo Barnes (1982), o mapofluxograma é um fluxograma desenhado sobre a planta de um edifício ou layout para visualizar melhor o processo. ¾ Diagrama homem-máquina: tem por objetivo o estudo da inter-relação entre o trabalho do homem e o da máquina, identificando os tempos ociosos de ambos e balanceando a atividade do posto de trabalho. 24 (De Mello, 2008) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 79 ¾ IDEF0 a IDEF9: Diagramas que representam um desenho do comportamento dos clientes. Técnicas de Coleta de Dados De acordo com o CBOK, existem diversas técnicas para a captura das informações necessárias ao mapeamento e modelagem de processos de trabalho. As principais são25: ¾ Observação direta - é uma boa alternativa para entender em detalhes o processo atual. Possibilita descobrir atividades e tarefas que não poderiam ser reconhecidas de outra maneira e pode ser efetiva para identificar variações e desvios que ocorrem no trabalho diário. Entretanto, por ser limitada necessariamente a uma pequena amostragem, pode não capturar o intervalo de variações ao longo de grupos e localizações. Observação direta também envolve o risco de que os executores possam fazer o que pensam que se deseja ver, em vez do que normalmente fazem. ¾ Entrevistas - podem criar um senso de propriedade e participação no processo de modelagem e documentação de processos de negócio. Tal abordagem requer um mínimo de tempo e interrupção do trabalho do dia-a-dia dos participantes. Entretanto, pode tomar mais tempo agendando e conduzindo entrevistas do que outros métodos. Pode ser difícil, mais tarde, construir um fluxo de processo coeso e mapear as diferentes visões em uma visão única. Essa técnica geralmente requer acompanhamento e, às vezes, não identifica todas as atividades para descrever completamente o processo. ¾ Observação e feedback por escrito - requer tempo e interrupção na execução das tarefas. Normalmente, informações podem ser coletadas dessa forma. Entretanto, frequentemente tende a apresentar as mesmas dificuldades encontradas em entrevistas individuais, tais como tomada de mais tempo, falta de alguma informação, tempo gasto reconciliando diferenças de opinião ou quando o mesmo trabalho tem sido descrito de forma diferente por pessoas diferentes, podendo demandar acompanhamento. 25 (Association of Business Process Management Professionals, 2009) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 79 ¾ Workshops estruturados - são focados, facilitando reuniões quando houver suficientes profissionais com conhecimento e pessoas impactadas pelo assunto, reunidos para criar o modelo de forma interativa. Oferece a vantagem de encurtar tempo necessário para desenvolver os modelos, criando maior senso de propriedade pelos participantes do workshop do que outras técnicas. Workshops estruturados podem também apresentar a vantagem de um facilitador habilitado em técnicas de modelagem normalmente não conhecidas pelos participantes do processo. Entretanto, devido ao eventual custo com viagem e despesas que podem ser requeridos, workshops tendem a ser mais caros do que outros métodos. Geralmente, os modelos produzidos em workshops exigem menos acompanhamento e geram uma descrição comum acordada de um processo de maneira mais rápida e com melhor qualidade do que outras técnicas. ¾ Videoconferência - pode ser utilizada para ganhar muitos dos mesmos benefícios que os workshops presenciais oferecem, mas funciona melhor com resultado com grupos menores. Videoconferência pode ser mais conveniente e menos cara quando os participantes estão muito distantes um do outro. Utilizar esse tipo detecnologia realmente depende da existência de facilitadores que tenham habilidade no uso dessas técnicas. Nos workshops realizados dessa forma, pode ser mais difícil de monitorar e gerenciar a participação individual no trabalho em grupo. Nível de Maturidade em Processos Nem todas as organizações detêm os mesmos conhecimentos e habilidades no que toca a gestão dos seus processos de trabalho. De acordo com o CBOK26, ³A maturidade em processos é estabelecida por características que definem o estado atual de uma organização em gerenciar seus processos de QHJyFLR´. Quando avaliamos então a maturidade de uma organização em relação aos seus processos de negócio, estamos avaliando sua capacidade 26 (ABPMP - Association of Business Process Professionals, 2014) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 79 de entender, medir e gerenciar seus processos e gerar valor para seus clientes. 3DUD�DYDOLDU�D�³PDWXULGDGH´�GH�FDGD�RUJDQL]DomR�QR�GHVHQYROYLPHQWR� de seus processos, foi desenvolvido um modelo de maturidade de processos de negócio, o Business Process Maturity Model27. Visão do CBOK O CBOK, em sua versão 2.0, trazia um modelo dividido em cinco níveis de maturidade. Os estágios eram os seguintes: inicial, gerenciado, padronizado, previsível e otimizado. Abaixo, podemos ver cada um destes estágios com mais detalhes: Níveis de Maturidade Nível 1 - Inicial Os processos são executados de maneira ad-hoc, o gerenciamento não é consistente e é difícil prever os resultados. Nível 2 ± Gerenciado A gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantindo que sejam executados de modo que se possa repetir o procedimento e satisfazer os compromissos primários dos grupos de trabalho. No entanto, outras unidades de trabalho que executam tarefas similares podem usar diferentes procedimentos. Nível 3 ± Padronizado Os processos padrões são consolidados com base nas melhores práticas identificadas pelos grupos de trabalho, e procedimentos de adaptação são oferecidos para suportar diferentes necessidades do negócio. Os processos padronizados propiciam uma economia de escala e base para o aprendizado através de meios comuns e experiências. 27 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 79 Nível 4 ± Previsível As capacidades habilitadas pelos processos padronizados são exploradas e devolvidas às unidades de trabalho. O desempenho dos processos é gerenciado estatisticamente durante a execução de todo o workflow, entendendo e controlando a variação, de forma que os resultados dos processos sejam previstos ainda em estados intermediários. Nível 5 ± Otimizado Ações de melhorias proativas e oportunistas buscam inovações que possam fechar os gaps entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar seus objetivos de negócio. Tabela 2 - Maturidade de Processos. Adaptado de: CBOK 2.0. Fonte: (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) Este modelo, entretanto, foi revisado na terceira versão do CBOK. Deste modo, este guia de conhecimentos no gerenciamento de processos de trabalho atualmente indica outros cinco estágios de maturidade: inicial, gerenciado, definido, gerenciado quantitativamente e em otimização. Neste modelo, a maturidade da organização é medida por um conjunto de processos, não só cada processo isoladamente. Desta forma, é necessário que todos os processos atinjam nível de maturidade ³GHILQLGR´ para que a empresa seja certificada com nível ³GHILQLGR´. Este modelo é derivado do CMMI (Capability Maturity Model ± Integration ou Modelo de Maturidade em Capacitação - Integração). Abaixo, podemos ver um gráfico com os cinco níveis de maturidade do CBOK V 3.0: 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 79 Tabela 3 - Níveis de Maturidade do CBOK V 3.0. Fonte: (ABPMP - Association of Business Process Professionals, 2014) Visão da SDPS Outra classificação é a da SDPS (Society for Design and Process Science). Esta visão de maturidade de processos segue a definição de seu ciclo de gestão, ou seja, os níveis estão relacionados com cada uma das etapas do conhecimento dos membros envolvidos e da minimização dos riscos de efeitos indesejados nos processos. Abaixo, podemos ver cada um dos níveis de maturidade na visão da SDPS28: Níveis de Maturidade da SDPS Nível 1 ± Processos modelados Os processos são identificados a partir de seus valores, de seus impactos / motivações / características, de seus papéis (valor adicionado, insumo, referência, infraestrutura), das sincronias envolvidas (critérios, condições / ações, atividades) e de seus efeitos colaterais. 28 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2011) Inicial Gerenciado Definido Gerenciado Quantitativamente Em Otimização / Otimizado 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 79 Nível 2 ± Processos simulados Os processos são simulados a partir da introdução de dados estimados (quantidades, filas, tempos de espera, tempos de transformação, distribuições estatísticas, valores máximo / mínimo / médio, etc) que nos permitem a criação e a análise de cenários distintos, reduzindo os riscos da implantação e induzindo, quando necessário, mudanças nos modelos de processos. Nível 3 ± Processos emulados Os processos são emulados a partir da coexistência de dados da realidade junto aos dados estimados, permitindo um maior refinamento dos cenários e dos possíveis impactos e, novamente, minimizando a possibilidade de efeitos indesejáveis. Nível 4 ± Processos encenados Os processos são realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados, e a observação das novas condições exigidas pela realidade induz a permanentes adequações dos requisitos de processo. Nível 5 ± Processos interoperados Os processos são executados e geridos além das fronteiras organizacionais, promovendo cadeias de valor entre instituições como, por exemplo, no caso da execução de políticas públicas. Vamos praticar agora? (FCC ± TRE-AP ± ANALISTA) O grau de maturidade dos processos de uma organização pode ser descrito a partir de determinados modelos conceituais. Um deles é a visão do BPM CBOK, que indica como nível mais avançado de maturidade dos processos o (A) gerenciado, quando a gestão equilibra os esforços nas unidades de trabalho, garantido que sejam executados de forma eficiente. (B) interoperado, onde os processos são identificados a partir de seus valores, de seus impactos, das sincronias envolvidas e efeitos colaterais. (C) otimizado, onde ações pró-ativas buscam inovações que possam fechar as lacunas entre a capacidade atual da organização e a capacidade requerida para alcançar seus objetivos. (D) padronizado, quando os processos são realizados a partir demodelos desenhados, simulados e emulados, reduzindo as desconformidades e ineficiências. (E) avançado, quando os processos são executados de maneira ad hoc, de acordo com as necessidades identificadas para o momento. 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 79 O CBOK, em sua versão 2.0, trazia um modelo dividido em cinco níveis de maturidade. Os estágios eram os seguintes: inicial, gerenciado, padronizado, previsível e otimizado. O nível otimizado seria o estágio de maturidade mais avançado, em que as ações de melhorias seriam proativas e buscariam eliminar o "gap" entre as capacidades atuais e as necessárias para atingir os objetivos de negócio. O gabarito da questão é a letra C. Processos e certificação ISO 9000:2000 A gestão por processos está muito relacionada com a gestão da qualidade, pois a gestão dos processos de trabalho é fundamental para que uma organização mantenha seus clientes satisfeitos. As ISO 9000 são, portanto, normas internacionais que estabelecem requisitos para sistemas de qualidade. Este nome (ISO) é derivado do próprio nome da instituição que criou as normas (em inglês: International Organization for Standardization). Essa organização foi criada em 1947 e conta com mais de 130 países membros. Aqui no Brasil, é representada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ± ABNT. Segundo a ISO 900029, gestão da qualidade é conjunto de ³$WLYLGDGHV� FRRUGHQDGDV� SDUD� GLULJLU� H� FRQWURODU� XPD�RUJDQL]DomR�QR�TXH�GL]�UHVSHLWR�j�TXDOLGDGH´ De acordo com a ABNT, os oito princípios de gestão da qualidade que devem ser seguidos pelos gestores para melhorar o desempenho são30: 29 (ABNT, 2000) apud (Valls, 2004) 30 (ABNT ± Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2000) 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 79 Figura 9 - Princípios da Gestão da Qualidade Vejam que a gestão por processos é um dos princípios da gestão da qualidade. A ISO 9000:2000, existe um foco ainda maior na gestão por processos. Os itens mais importantes são31: 9 Satisfação do cliente; 9 Melhoria contínua; 9 Processos. Assim sendo, o enfoque ou abordagem de processos engloba uma visão da organização baseada em seus processos, e não em seus departamentos ± a visão tradicional da gestão. Esta gestão tradicional causa uma dificuldade na coordenação entre os vários setores envolvidos em um processo de trabalho. Cada área busca apenas seus objetivos internos e perde o foco nas necessidades dos clientes. A dificuldade na comunicação e na harmonização dos esforços gera desperdícios e perda de competitividade, além da insatisfação dos clientes. 31 (Zacharias, 2001) apud (Valls, 2004) Princípios da Qualidade Foco no cliente Liderança Envolvimento de pessoas Abordagem de processo Abordagem sistêmica para a gestão Melhoria contínua Abordagem factual para tomada de decisão Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 79 Na abordagem de processos, os profissionais envolvidos em um processo devem trabalhar juntos e conhecer as demandas e problemas de cada área. Esta seria uma visão horizontal da instituição, que olha para seus IOX[RV�GH�WUDEDOKR�H�QmR�DSHQDV�SDUD�DV�³FDL[LQKDV´�RX�GHSDUWDPHQWRV�� As normas ISO 9000 buscam, através de uma maior padronização dos processos, uma previsibilidade no fornecimento de bens e serviços, a redução dos custos de operação e dos riscos envolvidos no negócio. Agora, a adoção destas normas não garante nenhum produto com qualidade. Prestem atenção nisso! Em provas, é muito recorrente que as bancas afirmem algo como: a observância das normas ISO 9000 ³JDUDQWHP´�XP�SURGXWR�GH�Tualidade. Estas normas ISO 9000 não são suficientes, por si só, para que uma empresa garanta a qualidade de seus produtos. São requisitos necessários, mas não suficientes! Além disso, estas normas não são limitadas ao setor privado! Podem e devem ser utilizadas no setor público, bem como diversos tipos de empresas (como indústria, serviços, comércio etc.), bem como podem ser utilizadas por organizações de tamanhos variados. Noções de Estatística Aplicada ao Controle e à Melhoria de Processos O conhecimento de estatística é fundamental na análise e na melhoria de processos organizacionais. Somente com base em opiniões e no ³DFK{PHWUR´�GRV�JHVWRUHV��p�PXLWR�GLItFLO�ID]HU�XP�GLDJQyVWLFR�FRUUHWR�VREUH� os resultados de um processo. Para podermos analisar um processo corretamente, necessitamos de uma análise com base em dados e indicadores de desempenho. Para isso, utilizamos diversas ferramentas estatísticas, que iremos apresentar aqui. Nosso intuito não será, naturalmente, de esgotar o assunto e trabalhar as equações matemáticas envolvidas nos estudos estatísticos, mas somente de explicar como a estatística pode auxiliar o trabalho dos administradores e quais são os principais conceitos. População e Amostra Quando queremos estudar algum fenômeno, devemos entender e identificar a população envolvida. Este conceito significa todos os 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 79 ³HYHQWRV´�RX�LQWHJUDQWHV�GR�IHQ{PHQR�WUDEDOKDGR��$OJXQV�DXWRUHV�WDPEpP� chamam esse conceito de universo. Assim sendo, se estivermos analisando o comportamento dos brasileiros perante o casamento, por exemplo, o universo englobaria todos os cidadãos brasileiros. Quando estamos nos referindo a um processo de trabalho, a população poderia ser descrita como todos os resultados apresentados pelo processo (produtos, serviços, etc.). Naturalmente, o controle ou a avaliação de toda uma população seria extremamente cara e demorada (como ocorre no Censo). Com isso, utilizamos ferramentas estatísticas para podermos analisar partes da SRSXODomR��(VWDV�³SDUWHV´�VmR�FKDPDGDV�GH�amostras. Uma amostra é, portanto, um subconjunto qualquer da população32. De acordo com Maranhão e Macieira, ³8VXDOPHQWH�Ki�JUDQGH�GLILFXOGDGH�H�SRU�YH]HV�DWp� há impossibilidade de tratar com toda a população. Isso se dá por uma questão de custos ou até mesmo por impossiELOLGDGH�WpFQLFD��´ Assim, ao analisarmos um processo, deveremos escolher uma DPRVWUD�TXH�UHSUHVHQWH�GH�PDQHLUD�FRUUHWD�R�SURFHVVR�FRPR�XP�³WRGR´��� Figura 10 - População e Amostra. Adaptado de: (Maranhão & Macieira, 2010) A característica mais importante então ao analisarmos uma amostra é a sua representatividade. Uma amostra é representativa quando ela 32 (Maranhão & Macieira, 2010) População Amostra 00000000000 - DEMO Administração para Técnico ± MP-PI Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 00 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 79 tem as mesmas (ou semelhantes) características da população ou universo da qual ela foi retirada. Deste modo, em uma pesquisa de opinião devemos ter o cuidado
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