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Recurso de Apelação em Prática Simulada

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PRÁTICA SIMULADA 
RECURSO DE APELAÇÃO
PROF. ALAN MORAES
APELAÇÃO
O recurso de Apelação está previsto entre os artigos 1.009 e 1.014 do CPC.
Caberá apelação contra sentença que extingue o processo, seja sem resolução ou com resolução de mérito.
Sentença sem resolução de mérito – art. 485 do CPC
Efeito Regressivo na apelação - art. 485, §7º do CPC.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
APELAÇÃO
Sentença sem resolução de mérito – art. 487 do CPC
Prazo para interposição da Apelação – 15 dias – art.1.003,§5º do CPC.
Quando começa a correr o prazo?
O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. (art.1.003).
APELAÇÃO
Qual o conteúdo do recurso de Apelação? A quem será dirigida?
Será dirigida ao juízo de primeiro grau e conterá:
Os nomes e a qualificação das partes
A exposição do fato e do direito
As razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade
O pedido de nova decisão.
APELAÇÃO
Quais os efeitos da apelação?
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
APELAÇÃO
Exceções ao efeito suspensivo: (art.1.012,§1º do CPC)
Homologa divisão ou demarcação de terras;
Condena a pagar alimentos;
Extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
Confirma, concede ou revoga tutela provisória;
Decreta a interdição.
Quando a apelação for recebida sem efeito suspensivo será possível o pedido de cumprimento provisória da sentença.
APELAÇÃO
Contudo, é possível que a parte requeira o pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
Tribunal ou ao Relator
Quando será possível o pedido de concessão de efeito suspensivo?
Se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
APELAÇÃO
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital no qual Gustavo fora atendido, entretanto ele não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. 
APELAÇÃO
Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada em 12/1/2015. Após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou advogado. Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado contratado por Leonardo, elabore a peça processual cabível para a defesa dos interesses de seu cliente.
PEÇA MODELO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 40ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA DO ESTADO DO PARANÁ.
Processo n....
LEONARDO (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n...., inscrito no CPF n...., endereço eletrônico, domiciliado..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, inconformado com a sentença de fls...., nos autos da AÇÃO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, movida por GUSTAVO (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de n...., inscrito no CPF n...., endereço eletrônico, domiciliado..., residente (endereço completo), tempestivamente, após o devido preparo, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
para o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as razões, em anexo. Diante do exposto, requer que o presente recurso seja recebido nos efeitos previstos em leis, isto é devolutivo e suspensivo.
Espera deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/UF n....
PEÇA MODELO
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Leonardo
Apelado: Gustavo
Ação: com pedido de indenização por dano material
Processo n....
Egrégio Tribunal, 
Não merece prosperar a sentença proferida pelo juiz a quo pelas razões a seguir expostas:
EXPOSIÇÃO DO FATO E DO DIREITO
O apelado ajuizou ação com pedido de indenização por dano material em face do apelante, em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão, de propriedade do apelante, seu vizinho. Segundo relato do apelado, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal do apelante, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. 
PEÇA MODELO
Em consequência do ocorrido, o apelado alegou ter gasto R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados pelo apelado através de notas fiscais emitidas pelo hospital em que o mesmo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido de pegá-los na farmácia. 
O apelante, citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação do apelado que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado, na indenização, o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa do apelante media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, o apelado atirava pedras no animal antes do evento lesivo.
PEÇA MODELO
Contudo, o magistrado proferiu sentença condenando o apelante a indenizar o apelado pelos danos materiais, no valor de R$ 5.000,00, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o apelado alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, o apelante foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6.000,00.
RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA
Cabe esclarecer que o animal do apelante apenas avançou no apelado, causando as lesões que este alega ter sofrido, uma vez que o mesmo jogava pedra no animal, tratando-se assim de culpa exclusiva da vítima conforme preceitua o artigo 936, do CC/02, que dispõe que “o dono, ou o detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.
PEÇA MODELO
Alega ainda o apelado que, em face do ocorrido, gastou R$ 3.000,00 em atendimento hospitalar e R$ 2.000,00 em medicamentos, porém, os gastos com medicamentos não foram comprovados através de notas fiscais, alegando tê-los esquecido de pegá-los na farmácia, sendo assim não há a sua comprovação desses gastos, não há 
RAZÕES DE DECRETAÇÃO DE NULIDADE
O magistrado, ao proferir a sua sentença, além de
condenar o apelante ao pagamento de indenização por danos materiais ao apelado, no valor total de R$ 5.000,00, também o condenou ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, no valor de R$ 6.000,00, ocorre que em nenhum momento o apelado pleiteou dano moral ao apelante, sendo assim, essa parte da sentença extra petita, uma vez que o juiz concedeu algo distinto do pedido formulado na inicial pelo apelado, isto é, o dano moral em momento algum foi pleiteado pelo apelado em sua exordial.que se falar em indenização dos mesmos.
PEÇA MODELO
PEDIDO DE NOVA DECISÃO
Requer que o recurso seja conhecido e, ao final, dê provimento para reformar parcialmente a sentença proferida pelo magistrado para julgar improcedente o pedido de indenização por danos materiais no valor de R$ 5.000,00, e anular a outra parte da sentença que condenou o apelante em indenização por danos morais, no valor de R$ 6.000,00, uma vez que estes jamais foram pleiteados pelo apelante.
Espera deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB/UF n....
CASO PARA TREINAMENTO
Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-comprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo: (i) a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; (ii) indenização de aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e (iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a TV. 
CASO PARA TREINAMENTO
O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguída, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de advogado(a) do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente.

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