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Guerra Fria: bipolarização mundial
O século XX presenciou a formação e crescimento da URSS, que, desde 1917, apresentava uma nova opção de modelo econômico. Enquanto, na década de 1930, o mundo capitalista passava por uma grave crise econômica, a URSS alcança índices de crescimento econômico impressionantes. Em contrapartida temos os Estados Unidos como principal economia capitalista e em busca de novos mercados para impulsionar ainda mais a economia.
Segundo José Sombra Saraiva:
“O curso das duas décadas que vinculam o ano de 1947 ao de 1968, no âmbito das relações internacionais, foi ditado pela supremacia de dois gigantes sobre o mundo. Os estados Unidos e a União Soviética assenhoraram-se dos espaços e criaram um condomínio de poder que só foi abalado no final da década de 1960 e início da de 1970.”[1]
[1] SARAIVA, José Sombra. (org) História das relações internacionais da sociedade internacional do século XIX à era da globalização. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 197.
O período em questão ficou conhecido como:
GUERRA FRIA: que é a designação atribuída ao momento histórico de disputas estratégicas entre a União Soviética, representando o Socialismo, e os Estados Unidos, representando o capitalismo, do  final da Segunda Guerra Mundial (1945) até a extinção da União Soviética (1991).
Em resumo, foi um conflito de ordem política, militar, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência.
Para mais informações, leia agora o texto Sobre a Guerra Fria.
Sobre a Guerra Fria.
De fato, a Guerra Fria foi um período de corrida armamentista entre as duas potências. Os EUA tiveram relativa liderança nesse campo, pois foram os primeiros a usar a bomba atômica, a ter a bomba de Hidrogênio e a aperfeiçoar os mísseis intercontinentais, embora fossem acompanhados de perto pela URSS. 
No entanto, o período foi de disputa também pela superioridade científica e tecnológica. Nesse sentido, os soviéticos espantaram o mundo ao ouvir de Yuri Gagarin em 1961, o primeiro homem a conhecer o espaço, a frase “A terra é azul”. 
O período da Guerra Fria foi marcado por momentos que favoreceram um ou outro bloco. Dentre os desdobramentos, podemos destacar o período de coexistência pacífica entre as duas potências, a descolonização da África e da Ásia e a criação do terceiro mundo e a procura de uma política independente e a Détente.
Plano Marshall
Com a Europa destruída devido à II Guerra Mundial, os EUA lançaram um programa que visava a reerguer os países do velho continente. Essa política ficou conhecida como Plano Marshall.
Com o aporte financeiro, os Estados Unidos financiaram a reconstrução européia após a Segunda Guerra. Essa medida unia os interesses econômicos e políticos, pois ajudava a fortalecer a parceria diminuindo as chances de descontentamento e revolta em relação à hegemonia norte-americana. Nesse momento, Itália e França possuíam fortes partidos comunistas. Assim, essa ajuda garantiria a instalação de grandes empresas norte-americanas nestes países, favorecendo ainda mais o mercado norte-americano.
Dezesseis países (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e Turquia) foram  beneficiados pelo Plano Marshall, que, no papel, está fundado nos princípios de ajuda mútua e divisão de recursos, visando não apenas a reconstrução das nações como também a reintegração da Alemanha à coletividade europeia.
COMECON
Por seu turno, a URSS precisava ajudar os países que haviam se tornado socialistas com o fim da Segunda Guerra a se reconstruírem. Assim, foi lançado o COMECON (Conselho para Assistência Económica Mútua).
O aparecimento do Comecon, que surgiu no contexto europeu do pós-guerra, foi a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o Plano Marshall, que visava a apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental. Além disso, durante o período de existência, reuniu os principais países socialistas do mundo, como URSS, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Polônia, Bulgária, Hungria e Romênia. Mais tarde, outros países juntaram-se à COMECON.
OTAN
Organização do Tratado do Atlântico Norte: uma aliança militar ocidental criada em 1949 cujo objetivo era a união de forças militares contra o comunismo. Essa aliança era liderada pelos EUA e tinha duas bases nos principais países europeus.
PACTO DE VARSÓVIA
Em resposta a criação da OTAN, em 1955, a União Soviética lança uma união dos países da Europa Oriental, com exceção da Iugoslávia, para evitar que os países se afastassem da influência soviética e para defender militarmente os países socialistas que pudessem ser atacados.
Desde a primeira guerra mundial, observaram-se tentativas de emancipação por parte de países africanos e asiáticos, mas foi após a Segunda Guerra Mundial que esses países tiveram êxito na proclamação de suas independências.
Dentre os motivos para a de alguns países foi um dos aspectos importantes originados da guerra. Desde a primeira guerra mundial, observaram-se tentativas de emancipação por parte de países africanos e asiáticos, mas foi após a Segunda Guerra Mundial que esses países tiveram êxito na proclamação de suas independências.
A criação do terceiro mundo e o movimento dos não alinhados
O termo “Terceiro Mundo” foi usado pela primeira vez em 1949, referindo-se aos países pobres da África e Ásia.
Em 1955, países africanos e asiáticos realizaram a conferência de Bandung, onde foi anunciada uma nova posição política, e queriam ser não alinhados, ou seja, buscavam a neutralidade diante dos blocos socialista e capitalista.
Foi a primeira vez que se defendeu abertamente uma postura diferenciada em relação às duas grandes potências daquele momento, onde o colonialismo e a política de blocos são rejeitados, colocando em evidência a resolução pacífica das divergências internacionais, a proclamação da liberdade e igualdade dos povos e nações.
Ao mesmo tempo em que, na década de 1960, crescia a participação de países no movimento, ocorriam divergências internas.
O conceito inicial de solidariedade afro-asiática começa a desaparecer, assim como o de neutralidade não pode ser mantido a longo prazo por causa da difícil situação econômica, sendo agravado pelo atraso no desenvolvimento desses países recém-independentes. Com isso, ficava ainda mais difícil manter posições comuns tanto nas questões da política internacional quanto nas crises internas.
História em quadrinhos
Durante a Guerra Fria, a ideologia contrária ao comunismo precisava ser reforçada todo o tempo, os Estados Unidos não abririam mão da “má propaganda” do regime ao qual se opunha. Portanto, grande parte da produção cultural estava ligada ao contexto da Guerra Fria. Assim, os personagens mais famosos da Marvel e da DC Comics estão inseridos nesse contexto e podem servir como material de estudo do período.
Veja as curiosidades sobre os Super-heróis:
(1961) - O principal inimigo do Quarteto era o Doutor Destino cujo visual com armadura de ferro pode ser aludido à Cortina de Ferro imposta contra a URSS.  Ele governava um pequeno país, a Latvéria, que se situava no Leste europeu, região onde se encontravam os países do Bloco Socialista.
O personagem de Hulk surge de uma exposição a raios gama que o cientista Bruce Banner ficou exposto, durante a explosão de uma bomba atômica, bomba essa que explodiu no deserto do Novo México, onde os EUA testaram pela primeira vez a bomba nuclear. O Incrível Hulk era um monstro criado pelo horror atômico da guerra fria.
Homem de Ferro: Sua gênese está situada em um ambiente de confronto característico da Guerra Fria, a Guerra do Vietnã. Ao inspecionar uma arma fabricada por sua empresa, é atingido por estilhaços da mesma e aprisionado pelos vietnamitas, que querem que ele fabrique uma arma para eles. Ele, então, acaba fabricando sua famosa armadura de ferro.
O Capitão América surgiu no contexto da 2ª Guerra Mundial para lutar contra os nazistas.  Sua representaçãoé a da liderança dos EUA nos diferentes segmentos que exigem uma postura mais ativa contra os supostos inimigos.
A questão da energia radioativa está presente na maioria das histórias dos super-heróis, sendo ela o que os transforma, de simples seres humanos a grandes heróis, enfocando o poder que o indivíduo pode adquirir ao ser possuidor desse tipo de energia.

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