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Apostila+1 Administração Penitenciaria

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CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO 
DE AGENTE PENITENCIÁRIO 
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA 
 
 
CURSO DE FORMAÇÃO PARA 
AGENTES PENITENCIÁRIOS 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA 
Rua Tenente Benévolo, 1055 - Meireles, 
Fortaleza/CE - CEP: 60160-040 
 
 
INSTITUTO AOCP 
Av. Dr. Gastão Vidigal, 959 - Zona 08 
Maringá – PR CEP: 87050-440 
CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE
AGENTE PENITENCIÁRIO
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DE AGENTE PENITENCIÁRIO 
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MÓDULO I: Administração Penitenciária - 20h/a 
DISCIPLINA 01: Sistema Penitenciário – História e atualidade 
ELABORAÇÃO: Profa. Rilda Bezerra de Freitas / Odailson da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, março de 2018. 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 3 
 
1. A HISTÓRIA DAS PRISÕES E DAS PENAS: SURGIMENTO E EVOLUÇÃO. ...................... 3 
1.1 A preexistência da instituição prisional antes de sua utilização nas leis penais. ............................. 4 
1.2 A pena privativa de liberdade: conceito e função social. ................................................................ 4 
1.3 A instituição prisional: características, críticas e definições. .......................................................... 6 
1.4 A aplicação da pena no Brasil: período colonial, imperial e republicano. ...................................... 9 
 
2. OS SISTEMAS PENITENCIÁRIOS. ............................................................................................. 10 
2.1 Surgimento e redefinições ao longo do tempo. ............................................................................. 10 
2.2 A evolução das penitenciárias no mundo: a prisão como pena fundamental nas legislações 
modernas e os novos mecanismos de ressocialização do apenado. .................................................... 11 
2.3 As penitenciárias no Brasil. ........................................................................................................... 13 
2.4 O sistema penitenciário no Ceará: dados e estatísticas. ................................................................ 14 
 
MONITORAMENTO SEMANAL DO EFETIVO DE PRESOS NAS UNIDADES PRISIONAIS 
DO CEARÁ ........................................................................................................................................... 14 
 
TECENDO CONSIDERAÇÕES FINAIS: desafios do sistema penitenciário no tempo presente 
(atuação das facções criminosas). ........................................................................................................... 17 
 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................... 19 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Em seu surgimento, os estabelecimentos prisionais destinavam-se unicamente a espera e custódia 
dos delinquentes enquanto aguardavam a execução da pena. Na medida em que a sociedade foi 
evoluindo, evoluiu também a forma de punição das pessoas que cometiam crimes, passando a ser adotada 
a pena privativa de liberdade. Daí surgiu maior preocupação com instituições e estabelecimentos 
adequados a essa nova finalidade. 
É, pois, sobre a historicidade das prisões e das penas, com ênfase em sua função social que tratará 
esta disciplina, no intuito de promover a compreensão dos alunos acerca do surgimento das instituições 
prisionais, destacando aspectos relativos à sua finalidade, conceitos e características. 
Com foco no surgimento e evolução do sistema penitenciário, o conteúdo programático da 
disciplina divide-se em dois grandes eixos temáticos, quais sejam: 
1. A história das prisões e das penas, enfatizando a preexistência da instituição prisional 
antes mesmo de sua utilização nas leis penais, bem como a aplicação da pena no Brasil: período 
colonial, imperial e republicano. Neste eixo de discussão serão, também, abordadas as 
conceituações e finalidades da pena, assinalando seu caráter punitivo em contraste ao desafio de 
“ressocializar”. 
 
2. O segundo eixo temático tem como foco os sistemas penitenciários, desde o surgimento, 
suas redefinições e a evolução das penitenciárias no mundo, demarcando desde o momento em 
que a pena prisional foi estabelecida como fundante nas legislações modernas, até os novos 
mecanismos de ressocialização do apenado, com destaque para as penitenciárias brasileiras e o 
sistema penitenciário no Ceará. 
Por fim, são apresentadas as considerações finais da disciplina, incidindo o olhar para os desafios 
do sistema penitenciário brasileiro na contemporaneidade, atentando para algumas indagações, dentre 
os quais cabe destacar: o interno e egresso do sistema penitenciário poderiam ajudar no trabalho pessoal 
e coletivo de construção de reinserção social? Eis, aí, uma questão fecunda... 
 
1. A HISTÓRIA DAS PRISÕES E DAS PENAS: SURGIMENTO E EVOLUÇÃO. 
Michel Foucault, estudioso da historicidade prisional, descreve na obra “Vigiar e Punir” (1987, 
13ª. Ed.) que a prisão, desde o seu surgimento, sempre foi peça essencial no conjunto das punições, 
marcando efetivamente um momento importante na história da justiça penal, qual seja: seu acesso à 
“humanidade”. Segundo o aludido autor, na passagem dos dois séculos, uma nova legislação define o 
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poder de punir como uma função geral da sociedade que é exercida da mesma maneira sobre todos os 
seus membros, e na qual cada um deles é igualmente representado. Mas, ao fazer da detenção a pena por 
excelência, a legislação introduz processos de dominação característicos de um tipo particular de poder. 
Uma justiça que se diz “igual”, um aparelho judiciário que se pretende “autônomo”, mas que é investido 
pelas desigualdades das “sujeições disciplinares”, tal é a conjunção do nascimento da prisão, que pode 
ser definida como a “pena das sociedades civilizadas”, tendo em vista que as instituições prisionais no 
passado destinavam-se unicamente a custódia dos delinquentes enquanto aguardavam a execução da 
pena. Na medida em que a sociedade foi evoluindo, evoluiu também a forma de punição das pessoas que 
cometiam crimes, passando a ser adotada a pena privativa de liberdade. 
 
1.1 A preexistência da instituição prisional antes de sua utilização nas leis penais. 
Segundo historiadores e estudiosos da questão prisional, a forma - prisão é menos recente do que 
se diz, especialmente quando se faz datar seu nascimento.A prisão preexiste antes mesmo de sua 
utilização sistemática nas leis penais. 
Para FOUCAULT (1987, 13ª. Ed.), ela se constituiu fora do aparelho judiciário quando se 
formavam, por toda a sociedade, “os processos para repartir os indivíduos, fixá-los e distribuí-los 
espacialmente, classificá-los, tirar deles o máximo de tempo, e o máximo de forças, treinar seus corpos, 
codificar seu comportamento contínuo, mantê-los numa visibilidade sem lacuna, formar em torno deles 
um aparelho completo de observação, registro e notações”... Nesta perspectiva, foi a forma geral de 
uma aparelhagem para tornar os indivíduos dóceis e úteis, através de um trabalho preciso sobre seu 
corpo, que criou a instituição-prisão, antes que a lei a definisse como pena por excelência. No fim do 
século XVIII e princípio do século XIX se dá a passagem a uma penalidade de detenção, como coisa 
nova. Mas, na verdade, essa abertura da penalidade a mecanismos de coerção já vinha sendo elaborada 
em outros lugares. 
Acerca deste aspecto, vale parafrasear com a percepção de Foucault (1987): se, em pouco mais de 
um século, o clima de obviedade assumido pela forma-prisão se transformou, no entanto, não 
desapareceu. Em verdade, Conhecem-se todos os inconvenientes da prisão, e sabe-se que é perigosa 
quando não inútil. E, entretanto, não “vemos” o que pôr em seu lugar. “Ela é a detestável solução, de 
que não se pode abrir mão” (1987: p.208), afirma o autor. 
 
1.2 A pena privativa de liberdade: conceito e função social. 
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Etimologicamente, o valor da palavra “pena” denota uma punição imposta a alguém como sanção 
a uma conduta maléfica. Segundo alguns dicionários da língua portuguesa, “pena” é “aquilo que se faz 
sofrer a alguém por um delito cometido; punição, sofrimento, desgraça”1. 
Segundo esse conceito, a pena trás consigo uma acepção de retribuição a um delito, Segundo 
DONNA “é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração 
penal, como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é 
de evitar novos delitos” (2001: p. 02). 
Observa-se que a função e a razão de ser da pena encontram- se umbilicalmente vinculadas à 
função e à razão de ser do Direito Penal, como instrumento excepcional e subsidiário de controle social, 
visando proteger bens considerados essenciais à vida harmônica em sociedade. 
É a mesma sociedade que pressupõe igualdade de direitos e respeito ao próximo em sua mais 
ampla acepção, fomentando-se o desenvolvimento de cada um dos seres humanos que a integram em 
sua plenitude. Sendo mais específico quanto ao conceito de pena, há que se vislumbrar o entendimento 
de que: “A pena é a mais importante das consequências jurídicas do delito. Consiste na privação ou 
restrição de bens jurídicos, com lastro na lei, imposta pelos órgãos jurisdicionais competentes ao agente 
de uma infração penal” (PRADO, 2007: p. 488). 
É sabido que a pena privativa de liberdade é recente, e não antiga, como pode parecer. Conforme 
citado anteriormente, no passado a prisão era apenas um local para a manutenção da custódia dos 
delinquentes, que esperavam naquele local para que fosse executada sua pena (geralmente, de morte). 
Os locais, então, possuíam características que lhe dessem condições de servirem à finalidade única do 
recolhimento. Era, portanto, uma maneira de se evitarem as fugas. Algo semelhante com a prisão 
preventiva ou a prisão cautelar da legislação atual. 
Historicamente diz-se, que, apesar de ter contribuído decisivamente para eliminar as penas 
aflitivas, os castigos corporais e as mutilações realizadas no passado como forma de punição criminal, 
não tem a pena de prisão correspondido às esperanças de cumprimento com as finalidades de 
recuperação do praticante do delito, sendo de difícil realização a ressocialização do condenado em um 
ambiente com tantas deficiências, como, a superpopulação, os atentados sexuais, a falta de ensino e de 
profissionalização e a carência de funcionários especializados. 
Existem diversas teorias acerca da finalidade das penas. Sobre o assunto descreve Luís Regis 
Prado: 
O moderno Direito Penal acolhe, como consequências jurídico-penais do delito, as penas e as 
medidas de segurança; como consequências extrapenais – alheias, portanto, à culpabilidade ou à 
periculosidade do agente –, tem-se os efeitos da condenação, a responsabilidade civil (material 
ou moral) derivada da prática delitiva e a reparação do dano pelo agente. 
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Assim, a pena pode ser uma retribuição, ou seja, uma compensação do mal causado pelo crime. 
É decorrente de uma exigência de justiça, seja como compensação da culpabilidade, punição pela 
transgressão do direito, ou seja, como expiação do cliente. 
Apesar de ainda conter, a pena, um caráter retributivo – de compensação do mal causado, tomou 
esta, o sentido de sanção legal. A ideia de retribuição pelo delito cometido só passou a ser nitidamente 
superado no séc. XVIII, a partir de 1764, com o autor Cesare Beccaria, em seu livro “Dos delitos e das 
penas”, e mesmo que algumas de suas posições já estivessem sido empregadas por Grócio e 
Montesquieu, este autor contribuiu em grande monta para a reforma do Direito Penal e consequente 
humanização das penas e prisões, em combate à crueldade que imperava como forma punitiva. Tal 
perspectiva humanizadora resultará no novo entendimento de Defesa Social de Marc Ancel, que faz 
surgir a teoria ressocializadora. 
 
1.3 A instituição prisional: características, críticas e definições. 
A forma de atuação e os critérios definidos pelo sistema penitenciário no Brasil levam a uma 
reflexão sobre a natureza do trabalho desenvolvido nos institutos penais brasileiros e, mais 
especificamente, no contexto do Ceará. Vale questionar sobre a natureza destas Instituições 
historicamente, tendo ao fundo um cenário contemporâneo, demarcado por uma política institucional, 
ainda marcada pela cultura de vigilância e de repressão e por políticas governamentais que se ressentem 
das condições necessárias para a sua viabilização de uma prática de reinserção social do detento de fato. 
O meu questionamento incide, exatamente, na natureza destas instituições, num contexto de repressão e 
precariedade que marcam as políticas públicas do tempo presente. 
Em busca de avançar nesta reflexão, retomo vias analíticas abertas por Goffman (2001), Foucault (1987, 
13ª. Edição) e Bauman (2005), que permitem desvendar, por dentro, as instituições de clausura, reclusão 
ou privação de liberdade. Tais autores, em seus aportes são unânimes em denunciar a natureza repressiva, 
de disciplinamento, de ressocialização e vigilância permanente de tais instituições. 
Na perspectiva de Goffman, estas instituições, por serem caracterizadas pelo fechamento, 
clausura e “caráter total”, simbolizado pelo bloqueio com o mundo externo e por diversas proibições, 
acabam privilegiando a obediência ás regras, desconsiderando o próprio indivíduo e seus aspectos 
identitários. A estrutura física nestes espaços é representativa desta percepção, caracterizada por portas 
fechadas,paredes altas, arame farpado, fossos, pântanos ou florestas. A esses estabelecimentos, Goffman 
deu o nome de “instituições totais”. 
Na compreensão de Foucault (1987), os espaços prisionais se definem como “instituições 
completas e auteras”..., que ao fazer da detenção a pena por excelência, introduz processos de 
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dominação, característicos de um tipo particular de poder. (Idem, 1987: 207). Nesta perspectiva, a 
obviedade da prisão se fundamenta em seu papel, suposto ou exigido, de “aparelho para tornar indivíduos 
dóceis”, um “quartel um pouco estrito”; “uma escola sem indulgência”; “uma oficina sombria”. Assim, 
o trabalho penal é pensado como um mecanismo de adequação, no sentido de transformar o sujeito 
rebelde, transgressor, irrefletido em uma peça que desempenha seu papel com perfeita regularidade na 
sociedade capitalista. Nesta compreensão, sustenta Foucault: é uma forma de fabricação de indivíduos-
máquinas, mas também de proletários; efetivamente, quando o homem possui apenas ‘os braços como 
bens’ e só poderá viver do produto de seu trabalho, pelo exercício de uma profissão, ou do produto do 
trabalho alheio, pelo ofício do roubo. (1987: 216). 
Com base nas formulações acima, pode-se concluir que a prisão, apesar de ter galgado alguns 
avanços em sua forma de atendimento, ainda enfrenta, nos dias atuais, muitos desafios, no sentido de 
não ter conseguido alcançar, de fato, uma de suas múltiplas funções sociais, qual seja: a de reinserir o 
detento no convívio social de forma plena e participativa. Em verdade, a instituição prisional vem se 
definindo, historicamente, muito mais como lugar de punição, unidade ou blocos de cela, onde são 
desenvolvidas atividades que visam (re) socializar o público interno, no sentido de devolver a eles 
hábitos de socialidade, numa tentativa de adequá-los ao convívio social. 
Para melhor caracterizar este entendimento, tomo emprestado de Zygmunt Bauman (2005), a 
“metáfora da reciclagem”. Nesta metáfora, os espaços prisionais, são definidos como armazéns de refugo 
humano, depósitos de vidas desperdiçadas. As prisões, como tantas outras instituições sociais, passaram 
da tarefa de reciclagem para a de depósito de lixo. Foram realocadas para a linha de frente a fim de 
resolver a crise que atingiu a indústria da remoção do lixo humano (Idem, 2005:108). 
Nesta linha de raciocínio, Bauman sustenta que as mudanças vivenciadas no tempo presente, 
foram nefastas ao convívio social, no sentido de formar uma sociedade produtora de “refugo humano”, 
de seres sobrantes. Assim, enquanto a produção de excluídos prossegue atingindo novos índices, o 
planeta passa a necessitar cada vez mais de locais de despejo e de ferramentas para a reciclagem do “lixo 
humano”. Daí, talvez, o crescimento das instituições prisionais e internatos na contemporaneidade, 
respaldado pelo entendimento de que é preciso construir novas prisões, aumentar o número de delitos 
puníveis com a perda da liberdade, instituindo uma política de “tolerância zero” e o estabelecimento 
de sentenças mais duras e mais longas podem ser medidas mais bem compreendidas como esforços para 
reconstruir a deficiente e vacilante indústria de remoção do lixo – sobre uma nova base, mais antenada 
com as novas condições do mundo globalizado.(BAUMAN, 2005: 109). 
Inspirada nessa multiplicidade de enfoques sobre instituições prisionais fui construindo um jeito 
novo de pensar as instituições de reclusão, circunscrevendo-as não apenas como “instituição total”, 
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definida como uma forma de castigo, desde os primeiros anos do século XIX, nem apenas como um 
“mecanismo de poder”, ligado ao próprio funcionamento da sociedade capitalista, cujo espaço possui 
uma função específica, qual seja: a remontagem” de “peças” danificadas, “depósito de vidas 
desperdiçadas”, para os quais já não há mais uso na lógica do sistema capitalista. 
Conforme mencionado anteriormente, FOUCAULT deixa claro, ao escrever sobre o caráter de 
obviedade que a privação de liberdade, como uma forma de castigo assumiu historicamente, desde o 
início do século XIX, em sua origem. Em verdade, desde a origem das prisões, mais de um século se 
passou. Todavia, ainda justificamos na atualidade, frases e classificações, como: “desviante”, “bandido”, 
“pária”, “marginal”, outsiders, enfim. Nesta análise, vale afirmar que, talvez, as modificações no sistema 
econômico, na dimensão política e na cultura não redimensionaram a ideia de que o “bandido” deve ser 
atacado, isolado, banido ou exterminado da sociedade. 
Sobre este aspecto cabe refletir o seguinte: se a tarefa de “reinserção social” parece fracassar ao 
longo desses anos, então, estamos diante de uma cruel realidade, onde as chances de lidar com indivíduos 
classificados de “delinqüentes”, “loucos”, “marginais”, “sobrantes” ou “minoritários” seria, 
objetivamente, acelerando seu processo de decomposição? Ou seja, isolando-os, alienando-os, matando-
os? 
Em uma recente entrevista da titular da Secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do 
Estado da Bahia, em Salvador, Marilia Muricy, dada ao Jornal A Tarde (17/02/2007), a mesma salientou 
que: 
No atual cenário de desemprego e desagregação familiar, é inconveniente separar o preso, 
levando-o para um ambiente em que ele perde a conexão com a família e o meio social, porque 
ele vai criar vínculos afetivos com a população carcerária. É preciso dá trabalho para eles, digno, 
remunerado, que garanta inclusive sua saída direta para o mercado de trabalho. No Brasil, esse 
tipo de ação ou é inexistente ou, quando ocorre, dificilmente está programada para preparar a 
reinserção social do preso. Para que isso se efetive, é preciso, obviamente, que se tenha uma 
política carcerária que garanta a dignidade do preso em todos os sentidos, desde a pratica de 
atividade física e esportiva até o acesso ao estudo e o mercado de trabalho. Como possibilidade 
de solução destes problemas a Secretária propõe um trabalho em rede, ou seja, uma parceria com 
a sociedade, através de dialogo, conscientizando-a que segregar o preso e o lançar, à Casa dos 
Mortos, referindo-se a Dostoiewsky (1967), onde em sua obra “Recordação da Casa dos 
Mortos”, defende que o regime de prisão oferece resultados falsos, aparentes, esgotando a 
capacidade humana, ao utilizar da figura do detento remido como modelo de que o sistema é 
eficiente. Na verdade, diz a Secretária, usando uma expressão de Graciliano Ramos: “prisão não 
é bom para ninguém”. E continua: “É preciso criar a consciência social de que o respeito à 
dignidade do preso e a preparação para o retorno à sociedade é de interesse de todos. Não se trata 
apenas de praticar um gesto humanitário – o que, por si só, já seria um treinamento importante, 
porque a questão ética não pode ser esquecida. Mas, do ponto de vista pragmático, a sociedade 
está trabalhando contra si mesma quando joga o preso no presídio e o abandona”. (2007). Diante 
disso, é preciso que a sociedade se conscientize de que o crime está dentro dela, como parte 
integrante de sua teia, portanto, é necessário envolvimento de todos na busca de soluções para 
os conflitos sociais. O homem aoser sentenciado e preso, após sair do cárcere não irá para outro 
planeta, retornará para esta mesma sociedade, que agora o rejeitará ainda mais. Ele leva agora 
uma marca, um estigma, como diz Goffman. Comenta ainda a Secretária: “Existe algo que agrava 
ainda mais estas questões, ou seja, o fato de possuírem um cunho cultural e, também, estão 
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atreladas à velhas práticas e velhas questões institucionais. Na verdade, é necessário usar a 
imaginação. 
 
1.4 A aplicação da pena no Brasil: período colonial, imperial e republicano. 
No Brasil, antes do descobrimento, os costumes penais dos indígenas são destituídos de interesse 
jurídico, o direito era consuetudinário. Vale assinalar que o direito consuetudinário, nenhuma influência 
teve nos descobridores que aqui vieram trazendo suas leis. 
Apesar de à época do descobrimento estarem em vigência as Ordenações Afonsinas2 que, logo 
forem substituídas pelas Manuelinas, o primeiro Código Penal foi o Livro V das Ordenações do Rei 
Filipe II. De fato, as Ordenações Filipinas foram o primeiro estatuto no Brasil, pois as anteriores tiveram 
muito pouca aplicação no País, devido às condições próprias da terra e da população. As Ordenações 
Filipinas refletiam o direito penal daqueles tempos. Havia a pena de morte, a qual comportava várias 
modalidades: morte na forca; a precedida de torturas; a morte para sempre, em que o corpo do condenado 
ficava suspenso, até a putrefação; a morte pelo fogo; açoites; degredo para a África e outros lugares, 
mutilação de mãos, da língua, etc. Quanto ao crime em si, era este confundido com o pecado. 
Para o julgamento, entretanto, havia a desigualdade de classe social, aplicando o juiz a pena 
segundo a gravidade do caso e a qualidade da pessoa: os nobres, em regra eram punidos com multa; aos 
de classe inferior, os castigos eram mais pesados e humilhantes. A prisão, como na Europa, era apenas 
estabelecimento de custódia. Após a Proclamação da Independência, a Lei de 20 de outubro de 1823, 
manda que continuem a serem observadas as Ordenações. Tal observação continua em vigência até 1830, 
quando foi sancionado por D. Pedro I o novo Código, projeto de Bernardo Pereira de Vasconcelos. Esse 
Código possui forma de compreensão liberal, inspirando-se no Código francês de 1810 e no Napolitano, 
de 1819, não se submetendo, entretanto, a nenhum deles. Foi um Código original, pela primeira vez 
contemplando os motivos do crime, o que só meio século após seria tentado na Holanda e em outros 
países; fatores atenuantes da menoridade, o que era desconhecida nas legislações francesa e napolitana; 
indenização do dano ex delicio como instituto direito público, etc. Apesar de qualidades, apresentava 
defeitos, como por exemplo, não definira a culpa, aludindo apenas ao dolo; homicídio e lesões corporais 
por culpa, omissão que veio a ser suprida mais tarde. 
Em virtude da abolição da escravatura, houve a necessidade de reforma na legislação penal. No 
último ano da república, foi incumbido de elaborar um projeto de reforma penal o Conselheiro João 
Batista Pereira. O novo Código Penal foi aprovado pelo Decreto n. 847, de 11 de outubro de 1890. Tal 
Código foi muito criticado. Era fundamentalmente clássico. Tentou suprir lacunas que o antecessor 
apresentava. Aboliu a pena de morte e outras, substituindo por penas mais brandas e criou o regime 
Entende-se por direito consuetudinário aquele sistema normativo que se fundamenta no costume e cujas disposições vão conformando, de acordo com a prática constante do comportamento e condutas de um grupo social determinado, no pleito normativo. 
Um dos exemplos clássicos desse direito existente até hoje é o que rege a Inglaterra. Naquele país as resoluções judiciais constituem fontes jurídicas autônomas e que tem o mesmo grau de eficácia que as normas que provêm do Poder Legislativo. 
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penitenciário de caráter correcional. Neste momento a instituição prisional já é lugar para execução e 
aplicação da pena. 
 
2. OS SISTEMAS PENITENCIÁRIOS. 
Segundo FOUCAULT (1987, 13ª. Ed.), a forma geral de uma aparelhagem para tomar indivíduos 
dóceis e úteis, por meio de um trabalho preciso sobre o corpo, criou a instituição prisão antes que a lei a 
definisse como pena. A aplicação da pena de prisão, como sanção autônoma demorou muito a surgir na 
história do direito penal, prevalecendo até então, com raras exceções, sua imposição como fase 
preliminar das penas corporais, principalmente a de morte. 
 
2.1 Surgimento e redefinições ao longo do tempo. 
Em Bridewell, por volta do ano de 1552, protestantes se utilizaram de um velho castelo para 
alojar vagabundos e mendigos, cujo empreendimento em 1575 passou a chamar-se House of Correction 
e inspirou o legislador em 1576 a determinar que os outros condados também tivessem um 
estabelecimento daquela espécie. A Holanda, que não possuía galeras, criou o seu estabelecimento 
prisional em 1595 para homens e em 1598 para mulheres. Em 1656 foi a vez da França levantar o seu 
cárcere para acolher as pessoas consideradas vagabundas e miseráveis na época. Na Itália, por iniciativa 
do Papa Clemente XI, é construído em 1703 o Hospício de São Miguel, que se destinava também a 
menores delinqüentes (termo da época). 
A esta altura o alvo da repressão penal abandona as penas corporais e dá lugar ao controle à 
disciplina e à correção. Surgiram, pois, os sistemas prisionais de relevante importância para os estudos 
na atualidade. 
Quanto aos tipos de sistemas penitenciários, vários deles existem na história, entretanto, os que 
mais se sobressaem são: o Sistema de Filadélfia, em que se utilizava o isolamento celular absoluto, com 
passeio isolado do sentenciado em um pátio circular, sem trabalho ou visitas, incentivando-se a leitura 
da Bíblia; o Sistema Auburniano, aplicado na penitenciária da cidade de Auburn, no Estado de New 
York, que mantinha o isolamento noturno, mas criou-se o trabalho dos presos, primeiro em suas celas e, 
posteriormente, em comum, porém, havendo a exigência de absoluto silêncio entre os condenados, 
mesmo quando em grupos, o que fez surgir o costume dos presos se comunicarem com as mãos, prática 
que se observa até hoje nas prisões. E ainda, o Sistema Progressivo que surgiu na Inglaterra, no século 
XIX, levando-se em conta o comportamento e aproveitamento do preso, demonstrados pela boa conduta 
e pelo trabalho, estabelecendo-se três períodos ou estágios no cumprimento da pena, o primeiro deles, 
período de prova, constava de isolamento celular absoluto, o outro se iniciava com a permissão do 
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AGENTE PENITENCIÁRIO
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11 
 
trabalho em comum, em silêncio, passando-se a outros benefícios e o último permitia o livramento 
condicional. Ainda hoje, o Sistema Progressivo, com certas modificações, é adotado nos países 
civilizados, inclusive no Brasil. 
Por fim,cabe assinalar que os sistemas penitenciários não se confundem com os regimes 
penitenciários, tendo em vista que, enquanto os sistemas representam corpos de doutrinas que se 
realizam por meio de formas políticas e sociais constitutivas das prisões, os regimes são as formas de 
administração das prisões e os modos pelos quais se executam as penas, obedecendo a um complexo de 
preceitos legais ou regulamentares. 
Assim os regimes de penas são determinados pelo mérito do sentenciado e, em sua fase inicial, 
pela quantidade de pena imposta e pela reincidência. São três os regimes de cumprimento das penas 
privativas de liberdade: regime fechado, com a execução em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; regime semi-aberto, com a execução em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
regime aberto, com a execução em casa de albergado ou estabelecimento adequado, artigo 33, § 1º do 
Código Penal. 
 
2.2 A evolução das penitenciárias no mundo: a prisão como pena fundamental nas legislações 
modernas e os novos mecanismos de ressocialização do apenado. 
Historicamente, a emergência das prisões, desde o surgimento até fins do século XVIII era 
utilizada como contenção e guarda dos réus, até o momento de serem julgados ou executados3. Outrora, 
o aprisionamento só era usado para evitar a fuga dos réus. Não passava, pois, de medida processual, 
equivalente à atual prisão preventiva. Penas, propriamente ditas, eram a morte, os tremendos castigos 
corporais, o exílio, os trabalhos forçados4. Na Idade Média também não era considerada como pena em 
si mesma, sendo apenas um preparatório da pena propriamente dita e preparada nos moldes aceitáveis 
pela sociedade da época. Segundo Foucault em seu livro Vigiar e Punir: história da violência nas prisões 
(1987, 13ª. Ed.): história da violência nas prisões, constituía um verdadeiro festival de punições 
destinadas a infligir aos condenados o máximo de dor possível por meio dos suplícios mais variados. 
John Howard e Cesare Beccaria bradaram contra a vergonha das prisões, procuraram definir a 
pena como uma utilidade, de maneira que o encarceramento só se justificaria se produzisse algum 
benefício ao apenado e não apenas a retribuição de uma mal por outro mal5. 
Entretanto, após inúmeras transformações, a prisão começou a dar mostras de sua fragilidade. 
Mesmo tendo passado por longo processo de humanização, entrou em acintosa falência nos termos das 
medidas retributivas e preventivas, demonstrando o descrédito na forma quase que exclusiva de controle 
social formalizado. Segundo lição de Cláudio Heleno Fragoso ficou demonstrado o efeito devastador do 
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12 
 
confinamento sobre a personalidade humana e a contradição insolúvel entre as funções de custódia e de 
reabilitação6. 
Mesmo apresentando como sua proposta oficial de finalidade a punição retributiva pelo mal 
causado pelo criminoso, a prevenção da pratica de novos delitos por meio da intimidação do próprio 
delinquente e dos demais integrantes da sociedade e inclusive a ressocialização, a pena privativa de 
liberdade atende com êxito não mais que a primeira delas. Mais que retirar o indivíduo delinquente do 
convívio social, ela visa também sua punição, por meio de sofrimentos físicos e psicológicos, além de 
privações. 
Obviamente há aqueles infratores que para a proteção da sociedade e a impossibilidade de sua 
reinserção no meio social tornam necessário seu isolamento, mas não perfazem a maioria dos que hoje 
se encontram nas penitenciárias. 
E, mesmo como forma de punição para crimes hediondos, o simples encarceramento também 
sofre grandes críticas: acostuma o preso ao sistema da cadeia, às suas leis e regulamentos internos, que 
não são os vigentes no mundo aqui fora. Daí que continuam, mesmo após longos anos de prisão 
inabilitados para a convivência em sociedade. 
A despeito de todas as suas falhas, a prisão ainda é utilizada largamente como pena básica e 
fundamental nas modernas legislações. Todavia, como fruto de uma revolução do Direito Penal 
moderno, em contrapartida ao aumento do número de estabelecimentos prisionais hoje existentes, há a 
proliferação de mecanismos de ressocialização que visam manter a sociedade unificada, como as penas 
e medidas alternativas, seguindo a tendência das novas leis penais. 
O motivo da existência desses novos mecanismos seria tratar o problema referente ao trabalho 
prisional, ou seja: de como os presos deveriam ser reinseridos ao convívio social. Recomenda-se que as 
penas privativas de liberdade limitem-se às condenações de longa duração e àqueles condenados 
efetivamente perigosos e de difícil reinserção social. Não mais se justificam as expectativas da sanção 
criminal. Caminha-se, portanto, em busca de alternativas para a privativa de liberdade. 
 Assim, fica claro que, em posição contrária a impunidade, mas causadora de semelhante mal, é a 
rigidez excessiva nas punições por parte do Estado. Melhor seria, segundo Foucault, que a prisão não 
fosse vista como uma instituição inerte, tendo em vista que volta e meia ela teria sido sacudida por 
movimentos de reforma7. Sobre este aspecto, conclui o autor: 
A prisão, essa região mais sombria do aparelho de justiça, é o local onde o poder de 
punir, que não ousa mais se exercer com o rosto descoberto, organiza silenciosamente 
um campo de objetividade em que o castigo poderá funcionar em plena luz como 
terapêutica e a sentença se inscrever entre os discursos do saber. (1987, 13ª. Ed.: p.227). 
 
perdem a autonomia
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13 
 
2.3 As penitenciárias no Brasil. 
No início da colonização brasileira o sistema penal foi baseado nas Ordenações Afonsinas, 
repleta de atrocidades no seu Direito Penal e Direito Processual Penal, utilizando-se da prisão como 
prevenção aprisionava o autor até o seu julgamento. Posteriormente nas Ordenações Manuelinas, que 
tinham características do Direito Medieval, confundindo religião, moral e direito, utilizava da prisão 
como repressão pessoal até o julgamento. E finalmente, nas Ordenações Filipinas as penas utilizadas 
eram baseadas na crueldade e no terror, tendo a pena de morte como punição frequentemente utilizada, 
assim como as demais diversas punições desumanas, além da deserdação e o confisco. 
Com a independência do Brasil, iniciava-se o período Imperial. Neste período as prisões serviam 
não apenas como uma maneira de punir o criminoso e proteger a sociedade, mas também como o intuito 
de ressocialização do condenado. No ano de 1823, José Clemente Pereira e Bernardo Pereira de 
Vasconcelos apresentaram cada qual um projeto de Código Penal; o apresentado por Bernardo Pereira 
de Vasconcelos sofreu algumas modificações e agregou-se ao Código de 1830, que ainda continha a 
pena de morte. Entretanto, após a execução de Mota Coqueiro, que de maneira injusta foi condenado, 
tendo a sua inocência apenas provada depois de ser executado, foi então abolida por D. Pedro II. Com a 
República, muitas leis foram divulgadas, e foi também publicado um novo Código pelo decreto 847 de 
11 de outubro de 1890, que adotava como linha de princípio o fato da criminalidade não poderser 
atenuada por meio de medidas penais de extrema severidade. Apresentava em suas modalidades de penas 
as seguintes características: prisão celular, reclusão, trabalho obrigatório, prisão disciplinar e a 
aprovação pecuniária; excluía as penas infamantes, e o tempo de reclusão do condenado não poderia 
ultrapassar 30 anos, e aboliu a pena de morte. 
Com o advento da Revolução de 1937, o Presidente Getúlio Vargas pretendia fazer reformas 
legislativas, o que resultou no Decreto n. 2.848/40, que passou a vigorar em 1° de janeiro de 1942, como 
novo Código Penal. Esta dava uma importância maior à figura humana, tendo como suas principais 
características: a reclusão pelo máximo de 30 anos, detenção, multa, pena e medida de segurança e 
individualização da pena. 
Contudo, a pena privativa de liberdade, em contrapartida aos grandes avanços da legislação em 
matéria de proteção do indivíduo contra o poder punitivo do Estado, mantive-se como a mais importante 
forma de punição do sistema jurídico, não tendo sido implementadas formas mais eficientes de 
alternativa. 
 
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14 
 
2.4 O sistema penitenciário no Ceará: dados e estatísticas. 
No Ceará, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, já é possível 
observar avanços em relação ao atendimento prisional. O Estado vem investindo esforços na tentativa 
de compreender a realidade do sistema de forma específica, refletindo acerca do contexto e 
especificidades regionais, juntamente com os poderes locais e com a sociedade civil em busca de uma 
nova cultura de aplicação da lei penal no país. O objetivo é continuar a contribuir para o desenvolvimento 
de estratégias para o enfrentamento dos problemas do sistema penitenciário brasileiro, com a adoção de 
novas diretrizes para a política criminal e promoção de uma recomposição institucional dos órgãos da 
execução penal, tudo visando estimular efetivo cumprimento do princípio da intervenção mínima 
previsto no artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal e a melhoria do tratamento penitenciário. 
Para efeito de conhecimento, seguem os dados estatísticos acerca da população prisional do Ceará 
ano 2018. 
 
MONITORAMENTO SEMANAL DO EFETIVO DE PRESOS NAS UNIDADES PRISIONAIS DO 
CEARÁ 
sexta-feira, 23 de março de 2018 
PENITENCIÁRIAS E PRESÍDIOS 
UNIDADES CAPC. 
VAGAS 
ATIVAS 
FECHA
DO 
PROVIS
ÓRIO 
SEMIABER
TO 
ABERT
O 
TOTAL EXCEDENTES REFORMAS 
UPCT 
CAUCAIA 
864 864 305 1.143 41 0 1.489 625 72,3 % sem reforma 
UPPJSA 600 600 74 823 29 0 926 326 54,3 % sem reforma 
CTOC 376 376 0 675 0 0 675 299 79,5 % 
reforma nos 
módulos e 
reforço nas 
grades da 
"selvinha" 
CPPL I 900 900 516 999 136 0 1.651 751 83,4 % sem reforma 
CPPL II 944 944 215 852 45 0 1.112 168 17,8 % sem reforma 
CPPL III 944 944 412 813 67 0 1.292 348 36,9 % 
reforma nas 
vivências e 
construção de 
muralha 
CPPL IV 944 944 362 1.520 69 0 1.951 1.007 106,7 % sem reforma 
CEPIS 1.016 1.016 968 1.113 228 0 2.309 1.293 127,3 % sem reforma 
CPPL VI - - - - - - 0 - - - 
Unid. em 
construção ( 944 
VAGAS ) 
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2.4 O sistema penitenciário no Ceará: dados e estatísticas. 
No Ceará, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, já é possível 
observar avanços em relação ao atendimento prisional. O Estado vem investindo esforços na tentativa 
de compreender a realidade do sistema de forma específica, refletindo acerca do contexto e 
especificidades regionais, juntamente com os poderes locais e com a sociedade civil em busca de uma 
nova cultura de aplicação da lei penal no país. O objetivo é continuar a contribuir para o desenvolvimento 
de estratégias para o enfrentamento dos problemas do sistema penitenciário brasileiro, com a adoção de 
novas diretrizes para a política criminal e promoção de uma recomposição institucional dos órgãos da 
execução penal, tudo visando estimular efetivo cumprimento do princípio da intervenção mínima 
previsto no artigo 5º, § 2º, da Constituição Federal e a melhoria do tratamento penitenciário. 
Para efeito de conhecimento, seguem os dados estatísticos acerca da população prisional do Ceará 
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UNIDADES CAPC. 
VAGAS 
ATIVAS 
FECHA
DO 
PROVIS
ÓRIO 
SEMIABER
TO 
ABERT
O 
TOTAL EXCEDENTES REFORMAS 
UPCT 
CAUCAIA 
864 864 305 1.143 41 0 1.489 625 72,3 % sem reforma 
UPPJSA 600 600 74 823 29 0 926 326 54,3 % sem reforma 
CTOC 376 376 0 675 0 0 675 299 79,5 % 
reforma nos 
módulos e 
reforço nas 
grades da 
"selvinha" 
CPPL I 900 900 516 999 136 0 1.651 751 83,4 % sem reforma 
CPPL II 944 944 215 852 45 0 1.112 168 17,8 % sem reforma 
CPPL III 944 944 412 813 67 0 1.292 348 36,9 % 
reforma nas 
vivências e 
construção de 
muralha 
CPPL IV 944 944 362 1.520 69 0 1.951 1.007 106,7 % sem reforma 
CEPIS 1.016 1.016 968 1.113 228 0 2.309 1.293 127,3 % sem reforma 
CPPL VI - - - - - - 0 - - - 
Unid. em 
construção ( 944 
VAGAS ) 
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15 
 
IPF 374 374 201 798 14 0 1.013 639 170,9 % sem reforma 
IPFHVA 525 525 421 21 141 0 583 58 11,0 % 
reforma nas 
vivências, escola, 
oficinas, 
alojamentos, ... 
IPPOO II 492 492 396 499 184 0 1.079 587 119,3 % 
reforma na 
muralha e estação 
de tratamento 
IRMA 
IMELDA 
140 140 60 82 11 0 153 13 9,3 % sem reforma 
PIRC 549 549 329 380 0 0 709 160 29,1 % sem reforma 
PIRS 500 500 429 147 0 0 576 76 15,2 % sem reforma 
TOTAL 9.168 9.168 4.688 9.865 965 0 15.518 6.350 69,3 % 
 
COMPLEXOS HOSPITALARES 
UNIDADES 
CAPAC
. 
VAGAS 
ATIVAS 
FECHA
DO 
PROVIS
ÓRIO 
SEMIABER
TO 
ABERT
O 
TOTAL EXCEDENTES 
TOTAL DE 
INTERNOS 
NAS 
GRANDES 
UNIDADES: 
HGSPPOL 33 33 9 28 1 0 38 5 15,2 % 
15.518 IPGSG 120 120 38 70 0 0 108 -12 -10,0 % 
TOTAL 153 153 47 98 1 0 146 -7 -4,6 % 
 
#DIV/0
! 
 
COLONIAS AGRÍCOLAS 
CAPACIDAD
E 
PROJETADA 
NAS 
GRANDES 
UNIDADES: 
UNIDADES 
CAPA
C. 
VAGAS 
ATIVA
S 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL EXCEDENTES 
CAPJAEM 40 40 0 0 8 4 12 -28 -70,0 % 9.168 
TOTAL 40 40 0 0 8 4 12 -28 -70,0 % EXCEDENTE EM 
PERCENTUAL 
 69,3% 
CADEIAS PÚBLICAS 
UNIDADES 
CAPA
C. 
VAGAS 
ATIVA
S 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL EXCEDENTES TOTAL DE 
INTERNOS NO 
INTERIOR 
(CP´s ): MASCULIN
O 
3.368 3.593 2.012 4.198 1.559 657 8.426 5.058 140,8 % 
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16FEMININO 257 158 101 257 54 14 426 169 107,0 % 
8.852 TOTAL 3.625 3.751 2.113 4.455 1.613 671 8.852 5.227 139,3 % 
 
CAPACACIDA
DE 
PROJETADA 
DAS CP'S 
NUAPOO I(SETOR ADM ANTIGO IPPOO I) e CASAS DO ALBERGADO 
UNIDADE 
CAPA
C. 
VG AT. 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL 
NUAPOO I 0 0 0 0 198 0 198 3.625 
 
ALB. 
FORTALEZ
A 
CAPA
C. 
VG AT. 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL 
MASCULIN
O 
0 0 0 0 16 3.120 3.136 EXCEDENTE: 
FEMININO 0 0 0 0 10 181 191 5.227 
ALB. 
ITAPIPOCA 
CAPA
C. 
VG AT. 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL 
MASCULIN
O 
90 90 0 0 75 42 117 
FEMININO 0 0 0 0 5 6 11 
EXCEDENTE 
EM 
PERCENTUAL 
ALB. 
SOBRAL 
CAPA
C. 
VG AT. 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL 
MASCULIN
O 
48 48 0 0 396 63 459 
FEMININO 12 12 0 0 27 5 32 
ALB. TURURU 
(EXTINTA) 
CAPA
C. 
VG AT. 
FECHA
DO 
PROVI
SÓRIO 
SEMIABE
RTO 
ABERT
O 
TOTAL 
144,2% 
MASCULIN
O 
0 - 0 0 0 0 0 
FEMININO 0 - 0 0 0 0 0 
TOTAL 150 150 0 0 727 3.417 4.144 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL POR REGIME 
TOTAL 
VAGAS 
ATIVAS 
(LOTAÇÃO): 
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17 
 
REGIMES MASCULINOS FEMININOS TOTAL 13.262 
FECHADOS 6.546 302 6.848 
*POPULAÇÃO 
CARC. 
GERAL: 
PROVISÓRI
OS 
13.363 1.055 14.418 28.672 
SEMIABER
TOS 
3.193 121 3.314 
**POP. CARC. 
(EXCETO: 
IPPOO I E 
CASA ALB. 
FORTALEZA): 
ABERTOS 3.886 206 4.092 
TOTAL 26.988 1.684 28.672 25.147 
 
*EXCEDENTE DO TOTAL DA POP. CARCERÁRIA INCLUINDO 
PESSOAS EM REGIME DIFERENCIADO 
15.410 116,2% 
*EX -INTERNOS DO IPPOO I E PESSOAS QUE ASSINAM NA CASA DE 
ALBERGADO FORTALEZA 
 
**EXCEDENTE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA RECOLHIDA EM 
UNIDADES PRISIONAIS 
11.885 89,6% 
**POP. CARC. (EXCETO: IPPOO I E CASA ALB. 
FORTALEZA): 
 
 
TECENDO CONSIDERAÇÕES FINAIS: desafios do sistema penitenciário no tempo presente 
(atuação das facções criminosas). 
O desafio para a instituição prisional na atualidade circunscreve uma busca de ir além do se 
caráter punitivo. Daí a importância de se trabalhar formas concretas de reinserção social do detento. 
Desse modo, um dos seus desafios consubstancia-se na visibilidade das relações entre segmentos que 
tecem as condições de sociabilidade: Estado, Igreja, Mercado e o terceiro setor (ONGS), onde se formam 
redes que são as forças das ações de um processo de inclusão social de fato. 
No entanto, para avançarmos no projeto de inserção social do interno ou egresso do sistema 
penitenciário ao convívio social de forma participativa, temos que contar com o apoio do próprio detento 
nessa dinâmica. O interno e egresso do sistema penitenciário poderiam ajudar no trabalho pessoal e 
coletivo de construção de reintegração das condições de sociabilidade? Sim, deixando de reincidir. Mas 
porque o fariam? Só pelo medo de ser preso? De serem oprimidos? Violados? Tal visão é muito 
simplista. O medo da violência até pode deter por certo período, mas não elimina a violência. Ela volta. 
Poderia conseguir isso sozinho sem a participação dos diferentes setores que compõem o tecido social? 
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17 
 
REGIMES MASCULINOS FEMININOS TOTAL 13.262 
FECHADOS 6.546 302 6.848 
*POPULAÇÃO 
CARC. 
GERAL: 
PROVISÓRI
OS 
13.363 1.055 14.418 28.672 
SEMIABER
TOS 
3.193 121 3.314 
**POP. CARC. 
(EXCETO: 
IPPOO I E 
CASA ALB. 
FORTALEZA): 
ABERTOS 3.886 206 4.092 
TOTAL 26.988 1.684 28.672 25.147 
 
*EXCEDENTE DO TOTAL DA POP. CARCERÁRIA INCLUINDO 
PESSOAS EM REGIME DIFERENCIADO 
15.410 116,2% 
*EX -INTERNOS DO IPPOO I E PESSOAS QUE ASSINAM NA CASA DE 
ALBERGADO FORTALEZA 
 
**EXCEDENTE DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA RECOLHIDA EM 
UNIDADES PRISIONAIS 
11.885 89,6% 
**POP. CARC. (EXCETO: IPPOO I E CASA ALB. 
FORTALEZA): 
 
 
TECENDO CONSIDERAÇÕES FINAIS: desafios do sistema penitenciário no tempo presente 
(atuação das facções criminosas). 
O desafio para a instituição prisional na atualidade circunscreve uma busca de ir além do se 
caráter punitivo. Daí a importância de se trabalhar formas concretas de reinserção social do detento. 
Desse modo, um dos seus desafios consubstancia-se na visibilidade das relações entre segmentos que 
tecem as condições de sociabilidade: Estado, Igreja, Mercado e o terceiro setor (ONGS), onde se formam 
redes que são as forças das ações de um processo de inclusão social de fato. 
No entanto, para avançarmos no projeto de inserção social do interno ou egresso do sistema 
penitenciário ao convívio social de forma participativa, temos que contar com o apoio do próprio detento 
nessa dinâmica. O interno e egresso do sistema penitenciário poderiam ajudar no trabalho pessoal e 
coletivo de construção de reintegração das condições de sociabilidade? Sim, deixando de reincidir. Mas 
porque o fariam? Só pelo medo de ser preso? De serem oprimidos? Violados? Tal visão é muito 
simplista. O medo da violência até pode deter por certo período, mas não elimina a violência. Ela volta. 
Poderia conseguir isso sozinho sem a participação dos diferentes setores que compõem o tecido social? 
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18 
 
Afirmo com toda convicção que não. Daí a importância do trabalho em rede, a qual visualiza detentos e 
egressos do sistema penitenciário como supostos parceiros, capazes de somar esforços e abrir 
possibilidades de trabalho, estudos, formação, oportunidades a serem ofertadas na confirmação desse 
contrato de não violência e no empenho em se tornarem agentes de educação para a não violência dentro 
do espaço prisional, na família e na sua comunidade. 
No entanto, ainda são raros os sujeitos e movimentos que se abrem para acolher o egresso como 
um apoiador direto, mesmo na condição de pessoa livre, nos casos de liberdade condicional. Parece-nos 
que, de alguma forma, é fechada à inserção de egressos nessa luta. Quando participam são público alvo. 
Recebem atendimentos, atenção, apoio, informação útil, mas pouco participam desse processo. Na 
maioria das vezes, não se sentem convocados a participar desse trabalho, onde eles têm muito a aprender 
como a ensinar. Por fim, cabe ainda questionar: Será que não facilitamos ou mesmo abrimos o acesso a 
se identificarem com estas causas de luta? Eis aí um desafio a ser colocado na agenda política do tempo 
presente. 
 
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19 
 
BIBLIOGRAFIA 
BAUMAN, Zigmunt. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2005. 
BUENO, Silveira. Minidicionárioda Língua Portuguesa. 32. Ed. compacta. São Paulo: Lisa, 2006. 
CHRISTINO, Laços de Sangue - A História Secreta do PCC, Claudio Tognolli, Marcio Sergio, Editora: 
Matrix, Edição: 01, São Paulo, p. 248. 
DA SILVA, Alexandre Calixto. Sistemas e regimes penitenciários no direito penal brasileiro: uma 
síntese histórica/jurídica. Dissertação de mestrado em direito, Universidade Estadual de Maringá – 
UEM, Maringá, 2009. 
DONNA, Edgard Alberto. Teoría Del Delito y de La Pena. Fundamentación de lãs sanciones penales y 
de La culpabilidad. 2. ed. Buenos Aires: Editorial Astrea, 2001. 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. História da violência nas prisões. 28. ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 
p. 30-32. 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 13ª. Ed., Trad. de Lígia Pondé Vassalo. 
Petrópolis: Vozes, 1987. 
FOUCAULT. Michel. Microfísica do Poder. Edições Graal, Rio de Janeito: 1979. 
FRAGOSO, Cláudio Heleno. Direito Penal e Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Forense, 1977. 
GARCIA, Basileu. Instituições de Direito Penal. 4. ed. São Paulo: Max Limonade, 1975, p. 53. 
GARCIA, Basileu. Instituições de Direito Penal. 4ª. Ed. São Paulo: Max Limonade, 1975 
GOFFMAN, Erving. Manicômios, conventos e prisões. 7ª. Ed. São Paulo: Editora Perspectiva S.A, 
2001. 
Lições de Direito Penal: A nova parte geral. 11ª. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1987. 
MAIA, Clarisse Nunes; DE SÁ, Flavio; COSTA, Marcos; BRETAS, Marcos Luiz (orgs.). A história das 
prisões no Brasil. Vols. I e II. Rio de janeiro: Editora Rocco, 2009. 
OLIVEIRA, Edmundo. Futuro Alternativo das Prisões. Rio de Janeiro: Forense, 2002. 
PRADO. Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 8. ed. São Paulo. Revista dos Tribunais, 2008. 
Vide BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. 32. Ed. compacta. São Paulo: Lisa, 2006, 
p. 743 
Vide BUENO, Silveira. Minidicionário da Língua Portuguesa. 32. Ed. compacta. São Paulo: Lisa, 2006, 
p. 743. 
Vide FRAGOSO, Cláudio Heleno, op. cit., p. 278. 
Vide FRAGOSO, Cláudio Heleno. Lições de Direito..., op. cit., p. 59. 
 
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MÓDULO I: Administração Penitenciária - 20h/a 
DISCIPLINA 02: Estrutura organizacional e funcional da Secretaria da Justiça e Cidadania - 
SEJUS 
ELABORAÇÃO: Geovana Sousa Do Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, março de 2018. 
 
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SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 3 
 
1. HISTORIANDO A SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA (SEJUS) .............................. 3 
 
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................................... 4 
 
3. COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA ....................................... 6 
 
4. MISSÃO INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 6 
 
5. VALORES ........................................................................................................................................... 7 
 
6. ATRIBUIÇÕES ................................................................................................................................... 7 
6.1 DA DIREÇÃO SUPERIOR - DO SECRETÁRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA ..................... 7 
 
7. COMPETÊNCIA DAS UNIDADES ORGÂNICAS DA SECRETARIA DA JUSTIÇA E 
CIDADANIA (SEJUS) ............................................................................................................................ 8 
7.1 ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO ............................................................................................ 8 
7.1.1 DA ASSESSORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL .................................... 8 
7.1.2 DA ASSESSORIA JURÍDICA ................................................................................................ 8 
7.2 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA .......................................................................... 8 
7.2.1 COORDENADORIA DA CIDADANIA ................................................................................ 8 
7.2.2 DA COORDENADORIA ESPECIAL DO SISTEMA PRISIONAL...................................... 9 
7.2.3 COORDENADORIA DE INCLUSÃO SOCIAL DO PRESO E DO EGRESSO................. 10 
7.2.4 COORDENADORIA DE INTELIGÊNCIA ......................................................................... 10 
7.2.5 DA ESCOLA DE GESTÃO PENITENCIÁRIA E FORMAÇÃO PARA A 
RESSOCIALIZAÇÃO .................................................................................................................... 11 
7.3 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL ......................................................................... 12 
7.3.1 COORDENADORIA DE GESTÃO DE PESSOAS ............................................................. 12 
7.3.2 COORDENADORIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA........................................... 13 
7.3.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS ......................................................................................................... 15 
 
8. RESUMO DAS UNIDADES PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ ..................................... 15 
 
DECRETO Nº 32.434, de 05 de dezembro de 2017. ........................................................................... 16 
 
 
 
 
 
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Secretaria do 
Governo e Polícia
Secretaria da 
Justiça
Secretaria do 
Interior
Secretaria da 
Fazenda
APRESENTAÇÃO 
 
A disciplina Estrutura Organizacional e Funcional da Secretaria da Justiça e Cidadania – 
SEJUS, objetiva capacitar quanto aos aspectos estruturais e funcionais da instituição à qual você irá 
integrar. 
Em razão da dimensão da disciplina, serão abordados os pontos de maior relevância sobre o 
tema. É fundamental a leitura da legislação pertinente, qual seja o Decreto nº 32.434, de 06 de 
dezembro 2017 e o Decreto nº 31.419, de 24 de fevereiro de 2014. 
Reforçamos que é salutar o conhecimento das especificidades concernentes às áreas de atuação 
que compõe a SEJUS. Esta disciplina tem como objetivo nortear as ações e a vida funcional dos 
futuros servidores, oferecendo-lhes uma visão geral da instituição, buscando facilitar a comunicação 
com a organização e, principalmente, orientá-los. 
Na oportunidade, aproveitamos o ensejo para dar boas-vindas a todos que participam dessa etapa do 
certame. 
 
1. HISTORIANDO A SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA (SEJUS) 
 
A Secretaria da Justiça foi criada através do art. 40 da Constituição Política do Estado do 
Ceará, de 16 de junho de 1891, sendo considerada uma das pastas mais antigas do Estado, ao lado da 
Secretaria da Fazenda. 
Até esta data, as atividades relacionadas à atuação da justiça estavam embutidas na pasta 
denominada SECRETARIADO GOVERNO E POLÍCIA. 
Considerando a exagerada amplitude dessa secretaria, o então governador José Clarindo de 
Queiroz a desmembrou em três novas pastas: SECRETARIA DA JUSTIÇA, SECRETARIA DO 
INTERIOR e SECRETARIA DA FAZENDA. 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
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4 
 
 
Posteriormente denominada de Secretaria dos Negócios, do Interior e Justiça (1926), 
reestruturou-se, mais uma vez, passando a denominar-se Secretaria do Interior e Justiça, e, em seguida, 
através da Lei nº 6.085, de 08 de novembro de 1962, passou a denominar-se Secretaria de Justiça. 
De acordo com a Lei nº 13.297, de 07 de março de 2003, que dispôs sobre o modelo de gestão 
do Poder Executivo e alterou a Estrutura da Administração Estadual, passou a denominar-se Secretaria 
da Justiça e Cidadania 
 
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
 
 
Secretário(a) da 
Justiça e Cidadania
Secretário(a) Adjunto 
da Justiça e Cidadania
Secretário(a) 
Executivo
Orgãos Colegiados 
(Conselhos)
Orgãos de Execução 
Programatica
Escola de Gestão 
Penitenciária
Coordenadoria da 
Cidadania
Coordenadoria de 
Inteligência
Escola de Gestão 
Coordenadoria de 
Inclusão social do 
Preso e do 
Egresso
Coordenadoria 
Especial do Sistema 
Prisional
Núcleo de Segurança 
e Disciplina
Núcleo da Casa do 
Albergado
Núcleo de Assistência 
à Saúde
Núcleo de Custódia
Unidades Prisionais
Orgãos de Execução 
Instrumental
Coordenadoria de 
Gestão de Pessoas
Coordenadoria 
Administrativa 
Finaceira
Coordenadoria de 
Tecnologia da 
Informação e 
Comunicação
Coordenadoria de 
Ptrimonio e Logistica
Orgãos de 
Assessoramento
Jurídica
Desenvolvimento 
Institucional
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Secretaria da Justiça e Cidadania
Coordenadoria Especial do Sistema 
Prisional
Unidades 
Prisionais
Casa de Prisão Provisória 
de Liberdade Agente 
Penitenciário Luciano 
Andrade de Lima
Casa de Prisão Provisória 
de Liberdade Professor 
Clodoaldo Pinto
Casa de Prisão Provisória 
de Liberdade Professor 
José Jucá Neto
Casa de Prisão Provisória 
de Liberdade Elias Alves da 
Silva
Casa de Prisão Provisória 
de Liberdade 
Desembargador Francisco 
Adalberto de Oliveira 
Barros LealBarros Leal
Instituto Penal Feminino 
Desembargadora Auri 
Moura Costa
Instituto Presídio Professor 
Olavo Oliveira II
Penitenciária Francisco 
Hélio Viana de Araújo
Unidade Prisional Irmã 
Imelda Lima Pontes
Unidade Prisional 
Professor José Sobreira de 
amorim
Centro de Triagem e 
Observação Criminológica
Centro de Execução da 
Pena e Integração Social 
Vasco Damasceno Weyne
Instituto Psiquiátrico 
Governador Stênio Gomes
Hospital e Sanatório Penal 
Professor Otávio Lobo
Célula Regional do Sistema 
Penal Norte
Cadeias Públicas da Região 
Norte
Penitenciária Industrial Regional 
de Sobral
Célula Regional do Sistema 
Penal Sul
Cadeias Públicas da Região Sul
Colonia Agricola Pade José 
Esmeraldo de Melo
Penitenciária Industrial 
Regional do Cariri
Regional de Orientação 
Metropolitana de 
Fortaleza e Adjacências 
Cadeias Públicas da Região 
Metropolitana e Adjacentes
Regional de Orientação 
do Litoral Oeste
Cadeias Públicas da Região 
do Litoral Oeste
Regional de Orientação 
Jaguaribana
Cadeias Públicas da Região 
Jaguaribana
Regional de Orientação 
do Inhamuns
Cadeias Públicas da 
Região do Inhamuns
Regional de Orientação do 
Sertão Central
Cadeias Públicas da Região 
do Sertão Central
Regional de Orientação 
Centro Sul
Cadeias Públicas da Região 
do Centro Sul
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6 
 
3. COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA 
 Lei 13.875. - Art.44. 
Compete à Secretaria da Justiça e Cidadania: 
Executar a manutenção, supervisão, coordenação, controle, segurança, inteligência e administração 
do Sistema Penitenciário e o quê se referirem ao cumprimento das penas; 
Promover o pleno exercício da cidadania e a defesa dos direitos inalienáveis da pessoa humana, 
através da ação integrada entre o Governo Estadual e a sociedade, competindo-lhe zelar pelo livre 
exercício dos poderes constituídos; 
Superintender e executar a política estadual de preservação da ordem jurídica, da defesa, da 
cidadania e das garantias constitucionais; 
Desenvolver estudos e propor medidas referentes aos direitos civis, políticos, sociais e econômicos, 
as liberdades públicas e à promoção da igualdade de direitos e oportunidades; 
Atuar em parceria com as instituições que defendem os direitos humanos; cooperação e integração 
das políticas públicas setoriais que garantam plena cidadania às vítimas ou testemunhas 
ameaçadas; 
Coordenar e supervisionar a execução dos Programas de Assistência às Vítimas e às Testemunhas 
Ameaçadas - PROVITA; 
Administrar as Casas de Mediação; 
Administrar as Casas do Cidadão; administrar o Caminhão do Cidadão; 
Administrar o Escritório de Combate ao Tráfico de Seres Humanos; 
Administrar a Escola de Formação para a Gestão Penitenciária e exercer outras atribuições 
necessárias ao cumprimento de suas finalidades, nos termos do Regulamento. 
A Lei nº 14.869, de 25 de janeiro de 2011, acrescentou ao elenco de competências da SEJUS a 
atividade de “Inteligência”. 
 
4. MISSÃO INSTITUCIONAL 
Conforme o Art. 2º do Decreto nº 27.385, de 02 de março de 2004, a Secretaria da Justiça e 
Cidadania tem como missão: 
Promover o pleno exercício da cidadania e a defesa dos direitos inalienáveis da 
pessoa humana, através da ação integrada entre o Governo Estadual e a 
sociedade. 
 
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5. VALORES 
O art. 3º definiu os valores da Secretaria da Justiça e Cidadania: 
I. a justiça; 
II. a cidadania; 
III. a ordem e o direito; 
IV. o respeito à dignidade humana; 
V. o comprometimento com a missão funcional e institucional. 
 
6. ATRIBUIÇÕES 
 
6.1 DA DIREÇÃO SUPERIOR - DO(A) SECRETÁRIO(A) DA JUSTIÇA E CIDADANIA 
 
São atribuições do Secretário da Justiça e Cidadania, definidas no art. 58 da Lei nº 13.297, de 07 de 
março de 2003, além das previstas na Constituição Estadual: 
 
I. Promover a administração geral da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), em estreita 
observância às disposições normativas da Administração Pública Estadual; 
II. Exercer a representação política e institucional da Sejus, promovendo contatos e relações com 
autoridades e organizações de diferentes níveis governamentais; 
III. Assessorar o Governador e colaborar com outros Secretários de Estado emassuntos de 
competência da Sejus; 
IV. Despachar com o Governador do Estado; 
V. participar das reuniões do Secretariado com Órgãos Colegiados Superiores, quando convocado; 
VI. Fazer indicação ao Governador do Estado para o provimento de Cargos de Direção e 
Assessoramento Superior, atribuir gratificações e adicionais, na forma prevista em Lei, dar 
posse aos servidores e inaugurar o processo disciplinar no âmbito da Sejus; 
VII. Promover o controle e a supervisão da Entidade da Administração Indireta vinculada à Sejus; 
VIII. Delegar atribuições ao Secretário Adjunto da Justiça e Cidadania; 
IX. Atender às solicitações e convocações da Assembléia Legislativa; 
X. Apreciar, em grau de recurso hierárquico, quaisquer decisões no âmbito da Sejus, da Entidade a 
ela vinculada, ouvindo sempre a autoridade cuja decisão ensejou o recurso, respeitados os 
limites legais; 
XI. Decidir, em despacho motivado e conclusivo, sobre assuntos de sua competência; 
XII. Autorizar a instalação de processos de licitação e ratificar a sua dispensa ou declaração de sua 
inexigibilidade, nos termos da legislação específica; 
XIII. Aprovar a programação a ser executada pela Sejus e pela Entidade a ela vinculada, a proposta 
orçamentária anual e as alterações e ajustes que se fizerem necessários; 
XIV. Expedir portarias, instruções normativas e resoluções sobre a organização administrativa 
interna da Sejus, não limitada ou restrita por atos normativos superiores e sobre a aplicação de 
Leis, Decretos ou Regulamentos de interesse da Secretaria; 
XV. Apresentar, anualmente, relatório analítico das atividades da Sejus; 
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8 
 
XVI. Referendar atos, contratos ou convênios, em que a Sejus seja parte, ou firmá-los, quando tiver 
atribuição a si delegada pelo Governador do Estado; 
XVII. Promover reuniões periódicas de coordenação entre os diferentes escalões hierárquicos da 
Sejus; 
XVIII. Atender requisições e pedidos de informações do Poder Judiciário, ouvindo previamente a 
Procuradoria-Geral do Estado (PGE), e do Poder Legislativo; 
XIX. Instaurar sindicâncias e determinar a abertura de processo administrativo-disciplinar contra 
servidores públicos faltosos, aplicando as penalidades de sua competência; 
XX. Designar servidores para compor Comissões e Grupos de Trabalho com a finalidade específica 
de atender as questões relacionadas à gestão administrativa; 
XXI. Desempenhar outras tarefas que lhe forem determinadas pelo Governador do Estado, nos 
limites de sua competência constitucional e legal. 
 
7. COMPETÊNCIA DAS UNIDADES ORGÂNICAS DA SECRETARIA DA JUSTIÇA E 
CIDADANIA (SEJUS) 
 
7.1 ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO 
7.1.1 DA ASSESSORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 
À Assessoria de Desenvolvimento Institucional compete o desenvolvimento das seguintes atribuições: 
I. Planejamento, acompanhamento e avaliação; 
II. Assessoramento e consultoria; 
III. Pesquisa e análise; 
IV. Comunicação. 
7.1.2 DA ASSESSORIA JURÍDICA 
À Assessoria Jurídica compete o desenvolvimento das seguintes atribuições: 
I. Assessoramento e consultoria; 
II. Elaboração de instrumentos e minutas e o monitoramento e análise das normas legais. 
. 
7.2 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 
7.2.1 COORDENADORIA DA CIDADANIA 
À Coordenadoria de Cidadania compete o desenvolvimento das seguintes atribuições: 
I - Propor ao Secretário medidas destinadas à preservação e garantia dos direitos de cidadania; 
II - Coordenar e promover a articulação e animação dos colegiados vinculados a SEJUS; 
III - Coordenar, promover e supervisionar a execução dos programas de proteção à pessoa: Programa 
Estadual de Proteção às Testemunhas e Vítimas Ameaçadas (Provita), Programa Estadual de Proteção 
aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), Programa de Proteção à Crianças e Adolescentes 
Ameaçados de Morte (PPCAAM); 
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9 
 
IV - Administrar os Caminhões e as Casas do Cidadão; 
V - Coordenar, promover e supervisionar as ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas; 
VI - Coordenar, promover e supervisionar as ações da Comissão Especial de Anistia Wanda Rita 
Othon Sidou; 
VII - Divulgar as ações de cidadania e educação em direitos humanos; 
VIII - Prestar apoio à vítimas de crimes violentos, fornecendo orientação jurídica, social e psicológica, 
através do Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência CRAVV; 
IX - Exercer outras atividades correlatas. 
7.2.2 DA COORDENADORIA ESPECIAL DO SISTEMA PRISIONAL 
À Coordenadoria Especial do Sistema Prisional compete o desenvolvimento das seguintes 
atribuições: 
I. Supervisionar os estabelecimentos penais e executar a política penitenciária do Estado do 
Ceará, que reger-se-á por legislação específica e regulamento próprio; 
II. Distribuir os condenados e os submetidos à medida de segurança entre os diferentes 
estabelecimentos prisionais; 
III. Promover e regular a execução das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança 
detentivas; 
IV. Superintender a organização do trabalho prisional interno; 
V. coordenar o funcionamento administrativo dos estabelecimentos e serviços penais; 
VI. Assistir tecnicamente os Órgãos e Entidades, públicos ou privados, que colaboram na execução 
penal; 
VII. Atender requisições de membros do Poder Judiciário e do Ministério Público relativas à 
execução penal; 
VIII. Fixar a política, as diretrizes técnicas e administrativas e os procedimentos relativos ao 
tratamento dos sentenciados, tendo em vista reeducá-los e ressocializá-los, por meio da 
individualização da execução da pena; 
IX. Promover, nos estabelecimentos prisionais, regime de tratamento adequado aos acusados sob 
custódia provisória; 
X. Executar, em conformidade com a legislação vigente, as medidas de segurança e revistas a 
serem cumpridas em estabelecimentos prisionais; 
XI. Cuidar da promoção social das famílias dos condenados e ensejar aos egressos condições de 
reintegração na comunidade; 
XII. Organizar cursos para a formação e aperfeiçoamento dos servidores do sistema prisional; 
XIII. Realizar estudos e pesquisas sobre a criminalidade nos seus diversos aspectos, bem como sobre 
Penalogia, Ciência Penitenciária e outras matérias afins, com o objetivo de proporcionar à 
administração os elementos indispensáveis à elaboração e execução da política penal; 
XIV. Responder, interinamente, por qualquer das unidades penais, em caso de impedimento ou 
ausência de seus titulares; 
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10 
 
XV. Elaborar, junto aos Orientadores de Células ou Assessores Técnicos colaboradores da 
administração penitenciária, os regimentos internos das unidades prisionais; 
XVI. Proporcionar condições para um harmônico retorno dos presos à vida em sociedade. 
 
7.2.3 COORDENADORIA DE INCLUSÃO SOCIAL DO PRESO E DO EGRESSO 
À Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (CISPE): 
I - Incluir os apenados e egressos nas vagas de trabalho ofertadas;II - Possibilitar a melhoria do rendimento do trabalho executado pelos presos; 
III - Oferecer ao preso, novos tipos de trabalho, compatíveis com sua situação na prisão; 
IV - Proporcionar formação profissional ao apenado em atividades de desempenho viável após a sua 
liberação; 
V - Concorrer para laborterapia, mediante a seleção vocacional e o aperfeiçoamento profissional do 
apenado e do egresso; 
VI - Intensificar a inserção no mercado laboral, a fim de evitar a reincidência criminal, especialmente, 
no primeiro ano de progressão de liberdade; 
VII - Colaborar com a COESP e com outras entidades na cessão de mão de obra braçal e especializada; 
VIII - Concorrer para aperfeiçoamento de técnicas de trabalho, com vistas à melhoria, qualitativa e 
quantitativa, da produção dos presídios com a elaboração de planos especiais para as atividades 
industriais, agrícolas e artesanais, promovendo a comercialização do respectivo produto, com sentido 
empresarial, oportunizando incremento de capacitação de recursos através do Fundo de Defesa Social 
(FDS); 
IX - Promover estudos, concurso e pesquisa e sugerir, se for o caso, aos poderes públicos competentes, 
medidas necessárias ou convenientes para atingir suas finalidades; 
X - Apoiar as entidades públicas ou privadas que promovam ou incentivem a formação ou 
aperfeiçoamento de servidores do Sistema Penitenciário; 
XI - Elaborar, acompanhar e executar os projetos e convênios federais, estaduais e municipais, bem 
como monitorar os contratos desenvolvidos junto à Direção Superior; 
XII - Fomentar a abertura de processos licitatórios com o objetivo de adquirir bens ou executar 
serviços, referentes aos projetos e convênios elaborados entre a Sejus e parceiros tangente à 
perspectiva da inclusão social; 
XIII - Participar, ativamente, das atualizações dos projetos e reuniões, bem como acompanhar o Fundo 
de Defesa Social (FDS) da Secretaria; 
XIV - Acompanhar e auxiliar os gestores dos contratos firmados, a fim de que se mantenham os 
termos acordados em consonância com os prazos; 
XV - Requerer o pagamento de parcelas contratuais, bem como apresentar certidões requeridas; 
XVI - Exercer outras atividades correlatas. 
 
7.2.4 COORDENADORIA DE INTELIGÊNCIA 
CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE
AGENTE PENITENCIÁRIO
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA – SEJUS
CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOSCONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE 
AGENTE PENITENCIÁRIO 
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CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS 
 
11 
 
 
À Coordenadoria de Inteligência (COINT): 
I - Assessorar o Secretário com conhecimentos precisos e oportunos sobre a rotina das unidades 
prisionais; 
II - Obter, processar e difundir conhecimentos de inteligência penitenciária e os destinados ao processo 
decisório no âmbito da SEJUS, bem como sua salvaguarda; 
III - Produzir históricos, estatísticas e análises pertinentes ao sistema prisional do Estado; 
IV - Identificar e neutralizar ações adversas reais ou potenciais, ou que possam oferecer óbices aos 
objetivos da segurança penitenciária, bem como da segurança pública; 
V - Acompanhar a conjuntura de Segurança Penitenciária Nacional, Estadual, Municipal, com o estudo 
de situações e elaboração de projeções de cenários, objetivando subsidiar o Secretário no 
desenvolvimento e consecução da política estadual de Gestão Penitenciária, e sua proteção contra 
ações adversas; 
VI - Promover e estimular a formação e aprimoramento profissional dos integrantes da coordenadoria; 
VII - Exercer outras atividades correlatas. 
 
7.2.5 DA ESCOLA DE GESTÃO PENITENCIÁRIA E FORMAÇÃO PARA A 
RESSOCIALIZAÇÃO 
À Escola de Gestão Penitenciária e Formação para a Ressocialização (EGPR): 
I - Implementar uma política de desenvolvimento de recursos humanos mediante a proposição de 
programas de formação continuada, valorização profissional e promoção humana dos colaboradores e 
segmentos transversais ao funcionamento do sistema penitenciário, tendo como perspectiva o 
cumprimento da missão institucional da reintegração social do recluso penitenciário; 
II - Elaborar projeto pedagógico e grade curricular de longo prazo, efetivada através da realização de 
cursos, especializações, seminários, projetos de pesquisas e de outras atividades pedagógicas, com o 
objetivo de atender às diretrizes do Sistema Penitenciário; 
III - Proporcionar formação integral ao servidor penitenciário, no que diz respeito às relações de 
trabalho com os presos; 
IV - Produzir competências técnica, intelectual e humana, através de ações educativas; 
V - Articular, permanentemente, o pensamento sobre a formação e as relações de trabalho do servidor 
penitenciário mobilizando, para tanto, outros segmentos sociais, governamentais e não 
governamentais; 
VI - Articular e integrar, permanentemente, os quadros de pessoal do Sistema Penitenciário em seus 
vários níveis de habilitação profissional, funcional e formação educacional com vistas a promover os 
objetivos maiores da instituição; 
VII - Planejar e executar programas e projetos de pesquisa, documentação e memória com vistas ao 
estudo e a proposição de políticas setoriais ajustando às práticas e à cultura do Sistema Penitenciário 
aos objetivos superiores da sociedade; 
CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE
AGENTE PENITENCIÁRIO
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CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOSCONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NO CARGO DE 
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CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS 
 
12 
 
VIII - Concorrer para a melhoria de métodos, das técnicas e dos processos administrativos aplicáveis à 
formação, capacitação e integração de recursos humanos, com vistas ao aperfeiçoamento continuado 
dos colaboradores do Sistema Penitenciário; 
IX - Desenvolver formas de cooperação e intercâmbio cultural e educativo, em nível local, nacional e 
internacional, com o objetivo de enriquecer as atividades pedagógicas da instituição; 
X - Pesquisar, promover, preservar e divulgar informações inerentes à memória do Sistema 
Penitenciário; 
XI - Elaborar projetos de desenvolvimento e capacitação e outras atividades de educação e 
qualificação, definindo programas, objetivos e metodologias de ensino, recursos didáticos, sistemas de 
acompanhamento, avaliação e pré-requisitos de participação; 
XII - Efetuar a análise dos resultados dos projetos e programas realizados; 
XIII - Exercer outras atividades correlatas. 
 
 7.3 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL 
7.3.1 COORDENADORIA DE GESTÃO DE PESSOAS 
À Coordenadoria de Gestão de Pessoas (COGEP): 
I - Planejar, controlar, executar e avaliar as atividades relativas à gestão de pessoas, bem como tomar 
conhecimento e aplicar normas legais e regulamentares pertinentes a direitos, vantagens, concessões, 
deveres e responsabilidades dos servidores e colaboradores; 
II - Efetuar o controle diário das frequências do pessoal lotado na Secretaria e unidades prisionais; 
III - Registrar e manter organizados todos os atos relativos à situação funcional dos servidores; 
IV - Elaborar e executar as atividades relativas à folha de pagamento, ajuda de custos, vantagens, horas 
extras, gratificações e diárias observadas as tabelas autorizadas pela Secretaria do Planejamento e 
Gestão (SEPLAG); 
V - Elaborar, anualmente, o plano de férias dos servidores, zelando pela sua observância; 
VI - Prestar informações aos servidores e colaboradores acerca de sua situação funcional; 
VII - Propor e implementar ações de relacionamento com as unidades orgânicas da SEJUS, e com os 
servidores, nas questões relativas à administração de recursos humanos; 
VIII - Exercer atividades de auditoria de pessoal e de análise das informações constantes no Sistema 
Integrado de Recursos Humanos (Sige-Rh) e supervisionar a apuração de irregularidadesconcernentes 
à aplicação da legislação relacionada à gestão de pessoas; 
IX - Propor políticas e diretrizes relativas às atividades de gestão da força de trabalho na SEJUS; 
X - Promover a articulação com os sindicatos e entidades representativas e órgãos de classes dos 
servidores; 
XI - Dar publicidade aos atos praticados instituindo canais de comunicação direta com os servidores; 
XII - Gerenciar e controlar o provimento e vacância dos cargos efetivos e cargos comissionados; 
XIII - Executar e controlar o processo de lotação e movimentação dos servidores; 
XIV - Organizar e manter atualizado o cadastro funcional dos servidores; 
XV - Organizar e elaborar a documentação referente à nomeação, exoneração e outros atos 
administrativos do servidor; 
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13 
 
XVI - Organizar, controlar, apurar e expedir informações sobre a frequência de servidores em 
exercício e/ou cedidos; 
XVII - Estabelecer sistemática de acompanhamento de programa de estágios; 
XVIII - Exercer outras atividades correlatas. 
 
7.3.2 COORDENADORIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA 
 
À Coordenadoria Administrativo-Financeira (COAFI): 
I - Prestar assessoria ao Secretário e coordenadorias nos assuntos pertinentes aos aspectos 
administrativos, orçamentários, financeiros e contábeis; 
II - Planejar, coordenar e acompanhar as ações relacionadas às atividades administrativas, financeiras, 
orçamentárias e contábeis da SEJUS; 
III - Acompanhar e controlar a elaboração e execução orçamentária e financeira dos gastos de 
manutenção da SEJUS, de acordo com os respectivos limites legais e prazos estabelecidos no 
desembolso anual; 
IV - Solicitar esclarecimentos e informações sobre o andamento dos contratos, sob a responsabilidade 
de cada gestor de contratos, o perfil dos gastos dos projetos finalísticos, de acordo com os respectivos 
limites legais e prazos estabelecidos para o desembolso, assim como opinar sobre questões que, direta 
ou indiretamente, se relacionam com a sua execução e controle; 
V - Participar da elaboração do Programação Financeira Anual (POA) da Secretaria, assim como 
opinar sobre questões que, direta ou indiretamente, se relacionam com a sua execução e controle; 
VI - Propor e realizar estudos, normas e orientações relativas às áreas administrativa, financeira e 
contábil; 
VII - Acompanhar e controlar a liberação de recursos oriundos do Tesouro Estadual, Federal, 
Convênios e outros; 
VIII - Prestar, junto aos órgãos de controle interno e externo informações e esclarecimentos 
necessários às auditorias e tomadas de contas anuais; 
IX - Informar, esclarecer e orientar os servidores e colaboradores sobre a fiel observância e alterações 
na legislação orçamentária, financeira, contábil, e a sua adequada aplicação; 
X - Controlar a execução e evolução do nível de despesas com pessoal registradas nos sistemas 
corporativos, gerenciais e operacionais do Estado; 
XI - Coordenar e acompanhar o controle das contas bancárias da SEJUS; 
XII - Providenciar a emissão de pedidos de empenho dos processos, acompanhando toda a tramitação 
dos estágios da despesa. 
 
7.3.3 COORDENADORIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
 
À Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC): 
I - Planejar, coordenar, gerenciar e participar de ações relacionadas à TIC, promovendo a integração e 
o alinhamento com as estratégias organizacionais; 
II - Subsidiar o Secretário com informações para elaboração e controle da execução de políticas, 
diretrizes, planos e para a tomada de decisões; 
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14 
 
III - Assessorar as unidades orgânicas da SEJUS em assuntos relacionados à TIC, seguindo as 
diretrizes do Governo e dos órgãos competentes; 
IV - Participar da formulação de diretrizes, normas e procedimentos governamentais que orientem e 
disciplinem a utilização dos recursos relacionados a TIC, bem como verificar seu cumprimento; 
V - Fornecer subsídios para a proposição de programas de intercâmbio de conhecimentos ou de ação 
conjunta com órgãos e entidades cujas competências se correlacionem com as matérias pertinentes a 
sua área de atuação; 
VI - Elaborar, implementar e conduzir as políticas e diretrizes internas de TIC e definir estratégias de 
curto, médio e longo prazo para sua aplicação, avaliando os impactos e resultados a serem alcançados, 
alinhados aos planos de Governo; 
VII - Promover o planejamento estratégico de TIC, avaliando e aprovando os planos de ação, focando 
nos benefícios organizacionais e assegurando que sejam alcançados; 
VIII - Promover a integração das atividades entre as demais unidades orgânicas da área de TIC; 
IX - Promover a elaboração e aprovar o Plano Diretor de Informática, o Plano Plurianual, o Orçamento 
e o Plano Operativo da área de TIC, submetendo à validação da Direção Superior; 
X - Submeter às políticas, diretrizes e planos de TIC a aprovação do Secretário; 
XI - Exercer outras atividades correlatas. 
 
7.3.4 COORDENADORIA DE PATRIMÔNIO E LOGÍSTICA 
À Coordenadoria de Patrimônio e Logística (COPAT): 
I - Coordenar, planejar, gerenciar e participar de ações relacionadas a aquisição, manutenção e 
incorporação de bens móveis e imóveis a comporem o patrimônio da SEJUS; 
II - Coordenar e promover a manutenção periódica dos bens incorporados ao patrimônio, incluindo os 
veículos; 
III - Subsidiar o Secretário com informações concernentes à logística, patrimônio, manutenção e 
compras para elaboração de diretrizes que oriente e discipline a utilização dos recursos e defina 
estratégias de fomento aos resultados a se alcançar; 
IV - Gerenciar a consistência e a regularidade dos registros patrimoniais, interagindo com os demais 
setores, e quando necessário esclarecendo e orientando sob sua adequada utilização; 
V - Acompanhar atualização do inventário das unidades administrativas da SEJUS; 
VI - Coordenar ações que visem manter atualizados os registros de todos os veículos pertencentes ao 
patrimônio da Secretaria e em poder da mesma, executando as atividades relativas ao controle, no que 
se refere à manutenção corretiva e preventiva, ao abastecimento, à quilometragem e às atividades 
desenvolvidas pelos motoristas; 
VII - Promover a conservação e operacionalização de sistemas de controle de veículos, combustíveis e 
lubrificantes; 
VIII - Coordenar a manutenção e controlar a aquisição, o uso e o estoque dos bens duráveis, materiais 
de consumo e insumos, assim como adotar medidas que visem sua conservação; 
IX - Planejar, controlar, orientar e avaliar as atividades relativas à administração de patrimônio, 
acompanhando o balancete mensal de estoque de material assegurando o suprimento das unidades 
orgânicas; 
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15 
 
X - Coordenar, planejar, implementar e controlar a eficiência do fluxo de demandas, pesquisa de 
preços, recebimento, armazenagem e distribuição de material de consumo, permanente e insumos nas 
unidades da SEJUS; 
XI - Coordenar e planejar a manutenção, distribuição e controleda frota e de abastecimento dos 
veículos; 
XII - Gerir, planejar e fiscalizar a manutenção preventiva e corretiva dos prédios e unidades penais da 
Secretaria; 
XIII - Criar comissões de recebimento provisório e definitivo buscando prestar o suporte necessário 
para analisar os produtos adquiridos de forma a prezar pela fidedignidade dos mesmos; 
XIV - Exercer outras atividades correlatas. 
 
7.3.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS 
 
7.3.1 Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos 
7.3.2 Comitê Estadual de Combate e Prevenção à Tortura no Ceará 
7.3.3 Comitê Estadual Interinstitucional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas 
7.3.4 Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte 
7.3.5 Conselho Penitenciário do Estado do Ceará 
7.3.6 Coordenação Estadual do Programa Estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos 
Humanos 
7.3.7 Conselho Deliberativo do Programa de Proteção às Vítimas e às Testemunhas Ameaçadas no 
Estado do Ceará 
7.3.8 Conselho Gestor do Fundo Penitenciário do Estado do Ceará 
8. RESUMO DAS UNIDADES PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ 
 
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS QUANTIDADE 
PENITENCIÁRIAS 04 
PRESÍDIOS 08 
HOSPITAIS 02 
COLÔNIAS 01 
*CASA DO ALBERGADO 03 
CADEIAS PÚBLICAS 128 
*Casa do albergado da região Metropolitana de Fortaleza, de 
acordo com decreto nº 32.434/2017, recebe tratamento de Núcleo. 
 
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DECRETO Nº 32.434, de 05 de dezembro de 2017. 
ALTERA A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DISPÕE 
SOBRE A DISTRIBUIÇÃO E A DENOMINAÇÃO DOS 
CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA 
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA (SEJUS). 
 
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no uso das atribuições que lhe confere o art. 88, 
incisos IV e VI, da Constituição Estadual; CONSIDERANDO o disposto no Decreto n°32.127, de 12 
de janeiro de 2017; CONSIDERANDO, finalmente, que se dispõe o Decreto nº 21.325, de 15 de 
março de 1991, quanto à indispensável transparência dos atos do governo, DECRETA: 
 
Art. 1º A estrutura organizacional básica da Sejus passa a ser a seguinte: 
I - DIREÇÃO SUPERIOR 
• Secretário da Justiça e Cidadania 
• Secretário Adjunto da Justiça e Cidadania 
 
II - GERÊNCIA SUPERIOR 
• Secretaria Executiva 
 
III - ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO 
1. Assessoria Jurídica 
2. Assessoria de Desenvolvimento Institucional 
3. Ouvidoria 
 
IV - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 
4. Coordenadoria da Cidadania 
4.1. Célula das Unidades Integradas de Atendimento ao Cidadão – Programa Vapt Vupt 
4.2. Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência 
4.3. Núcleo de Apoio à Cidadania 
4.4. Núcleo de Assessoria dos Programas de Proteção às Pessoas 
 
5. Coordenadoria Especial do Sistema Prisional 
5.1. Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa 
5.1.1. Núcleo de Administração Carcerária I 
5.2. Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II 
5.2.1. Núcleo de Administração Carcerária II 
5.3. Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto 
5.3.1. Núcleo de Administração Carcerária X 
5.4. Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto 
5.4.1. Núcleo de Administração Carcerária XI 
5.5. Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Penitenciário Luciano Andrade de Lima 
5.5.1. Núcleo de Administração Carcerária VI 
5.6. Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Fco Adalberto de Oliveira Barros Leal 
5.6.1. Núcleo de Administração Carcerária VII 
5.7. Casa de Privação Provisória de Liberdade Elias Alves da Silva 
5.7.1. Núcleo de Administração Carcerária VIII 
5.8. Penitenciária Industrial Regional de Sobral 
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5.8.1. Núcleo de Administração Carcerária IV 
5.9. Penitenciária Industrial Regional do Cariri 
5.9.1. Núcleo de Administração Carcerária III 
5.10. Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo 
5.10.1. Núcleo de Administração Carcerária V 
5.11. Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes 
5.11.1. Núcleo de Administração Carcerária XII 
5.12. Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim 
5.12.1. Núcleo de Administração Carcerária XVI 
5.13. Centro de Triagem e Observação Criminológica 
5.13.1. Núcleo de Administração Carcerária XIII 
5.14. Centro de Execução da Pena e Integração Social Vasco Damasceno Weyne 
5.14.1. Núcleo de Administração Carcerária IX 
5.15. Colônia Agrícola Padre José Esmeraldo de Melo 
5.16. Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes 
5.16.1. Núcleo de Administração Carcerária XIV 
5.17. Hospital e Sanatório Penal Professor Otávio Lobo 
5.17.1. Núcleo de Administração Carcerária XV 
5.18. Célula Regional do Sistema Penal Norte 
5.19. Célula Regional do Sistema Penal Sul 
5.20. Célula do Grupo de Apoio Penitenciário 
5.21. Célula de Articulação do Sistema Penal 
5.21.1. Núcleo de Assistência à Saúde 
5.21.2. Núcleo da Casa do Albergado 
5.21.3. Núcleo de Segurança e Disciplina 
5.21.4. Núcleo de Custódia 
5.22. Célula de Atendimento Psicossocial ao Trabalhador Penitenciário 
 
6. Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso 
6.1. Núcleo de Empreendedorismo e Economia Solidaria 
6.2. Núcleo Educacional e de Capacitação Profissionalizante 
6.3. Núcleo de Gestão de Assistidos e Egressos 
6.4. Núcleo de Artes e Eventos 
 
7. Coordenadoria de Inteligência 
8. Escola de Gestão Penitenciaria e Formação para a Ressocialização 
8.1. Célula Pedagógica 
8.1.1. Núcleo de Ensino 
8.1.2.Núcleo de Pesquisa e Memória 
8.1.3.Núcleo de Apoio e Logística 
 
V - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL 
9. Coordenadoria de Gestão de Pessoas 
 
10. Coordenadoria Administrativo-Financeira 
10.1. Núcleo Contábil e Financeiro 
 
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11. Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação 
11.1. Célula de Gestão da Informação 
 
12. Coordenadoria de Patrimônio e Logística 
12.1. Célula de Compras e Logística 
12.1.1. Núcleo de Transporte 
 
13. Célula de Acompanhamento e Monitoramento de Projetos 
 
VI - ÓRGÃOS COLEGIADOS 
• Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos 
• Comitê Estadual de Combate e Prevenção à Tortura no Ceará 
• Comitê Estadual Interinstitucional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas 
• Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte 
• Conselho Penitenciário do Estado do Ceará 
• Coordenação Estadual do Programa Estadual de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos 
• Conselho Deliberativo do Programa de Proteção à Vítimas e à Testemunhas Ameaçadas no Estado do 
Ceará 
• Conselho Gestor do Fundo Penitenciário do Estado do Ceará 
 
Parágrafo único. Obedecida à legislação própria e os parâmetros estabelecidos neste Decreto, as 
competências das unidades orgânicas e as atribuições dos cargos de provimento em comissão da 
Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), serão fixadas em Regulamento, a ser aprovado por Decreto 
do Chefe do Poder Executivo, Estadual, no prazo de 90 (noventa) dias a partir da publicação deste 
instrumento. 
 
Art. 2º Ficam distribuídosna estrutura organizacional da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), 
mais 23 (vinte e três) cargos de provimento em comissão, sendo 04 (quatro) símbolo DNS-2, 04 
(quatro) símbolo DNS-3, 05 (cinco) símbolo DAS-1, 02 (dois) símbolo DAS-3 e 08 (oito) símbolo 
DAS-4. 
 
Art. 3º Os cargos da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) são os constantes do Anexo Único deste 
Decreto, com símbolos, denominações e quantificações ali previstas. 
 
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. 
PALÁCIO DA ABOLIÇÃO, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 05 de 
dezembro de 2017. 
 
Camilo Sobreira de Santana 
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ 
Francisco de Queiroz Maia Júnior 
SECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO E GESTÃO 
Maria do Perpétuo Socorro França Pinto 
SECRETÁRIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA 
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DE AGENTE PENITENCIÁRIO 
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA – SEJUS 
 
CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS 
 
 
 
MÓDULO I: Administração Penitenciária - 20h/a 
DISCIPLINA 03: Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará 
ELABORAÇÃO: Francisco Ronaldo Pinho Coelho Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, março de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO DE FORMAÇÃO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS 
 
 
 
MÓDULO I: Administração Penitenciária - 20h/a 
DISCIPLINA 03: Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará 
ELABORAÇÃO: Francisco Ronaldo Pinho Coelho Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, março de 2018. 
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2 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4 
 
01. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4 
 
02. REGIMENTO INTERNO E SUA RELAÇÃO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........... 5 
2.1 Competência para legislar sobre Direito Penitenciário ................................................................... 6 
2.2 Portaria ou Decreto? ........................................................................................................................ 7 
2.3 Regimento Interno Prevê direitos de servidores do sistema penitenciário? .................................... 7 
 
03. FUNDAMENTAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO .................................................................. 7 
3.1 Regras Mínimas para Tratamento de Presos .............................................................................. 7 
3.1.1 Dignidade da Pessoa Humana .................................................................................................. 8 
3.1.2 Imparcialidade e tratamento diferenciado ........................................................................... 8 
3.2 Lei de Execuções Penais ................................................................................................................. 8 
3.3 Constituição Federal? ...................................................................................................................... 9 
 
04. OBJETIVOS DA EXECUÇÃO PENAL ........................................................................................ 9 
4.1 Efetivar as Disposições da Sentença Penal ..................................................................................... 9 
4.2 Garantir a Reintegração Social ........................................................................................................ 9 
 
05. ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ .................................... 10 
05.1. Centro de Triagem e Observação Criminológica – CTOC ................................................... 10 
05.2. Unidades Prisionais e Casas de Privação Provisória de Liberdade ...................................... 10 
05.3. Penitenciárias ........................................................................................................................ 10 
05.4. Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares........................................................................ 11 
05.5. Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório Penal e Hospital de Custódia e 
Tratamento Psiquiátrico) ..................................................................................................................... 12 
05.6. Casa do Albergado ................................................................................................................ 13 
05.7. Cadeias Públicas ................................................................................................................... 13 
 
06. PROBLEMAS PRÁTICOS ....................................................................................................... 13 
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06.1. Cela Individual: Faculdade ou Obrigatoriedade? ................................................................. 13 
06.2. Segurança Externa: Agentes Penitenciários ou Polícia Militar? .......................................... 14 
06.3. Cadeia Pública: solução ou problema? ................................................................................. 15 
06.4. Presos Provisórios em Penitenciárias ................................................................................... 16 
06.5. Presos Condenados em Casas de Privação Provisória de Liberdade .................................... 16 
06.6. Visita íntima: regalia ou direito comum? ............................................................................. 17 
06.7. Procedimento Disciplinar ..................................................................................................... 17 
06.7.1. Defesa Técnica: Faculdade ou Obrigatoriedade? .............................................................. 17 
06.7.2. Cometimento de Crime e Presunção de Inocência ............................................................ 18 
06.7.3. Porte de Celular e Componentes: fato atípico ou falta grave ............................................ 19 
06.8. Preso recapturado sem guia de recolhimento e sem exame de corpo de delito: recebe ou não 
recebe? 20 
06.9. É possível a violação da correspondência do preso? ............................................................ 20 
06.10. Caso não haja estabelecimento prisional destinado a determinado regime, o preso pode ser 
colocado em regime mais gravoso ...................................................................................................... 21 
06.11. Mulheres grávidas e com filho com idade de até 12 anos incompletos: Prisão ou Prisão 
Domiciliar? ..........................................................................................................................................22 
06.12. Saídas Temporárias: Decisão do Juiz ou da Administração Prisional? ................................ 23 
 
07. REGIMENTO INTERNO ......................................................................................................... 24 
 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO ................................................................................................................. 65 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
Prezado aluno, futuro Agente Penitenciário Estadual, é com imenso prazer que apresentamos esse 
material de acompanhamento da disciplina “REGIMENTO INTERNO DOS ESTABELECIMENTOS 
PENAIS DO ESTADO CEARÁ”, no intuito de que o colega, já ultrapassada a fase de estudo para a 
prova objetiva, tenha acesso a uma análise e discussão mais aprofundada e prática sobre esse Ato 
Normativo tão importante ao nosso sistema penitenciário estadual. 
Vale destacar, que o “Regimento Interno”, é norma de uso imprescindível e constante ao agente 
penitenciário cearense, tendo em vista que, a rotina da unidade prisional, desde o ingresso do preso até 
sua saída com a condição de egresso, é delimitada por esse ato normativo. Guardadas as devidas 
proporções, É A BÍBLIA DO AGENTE PENITENCIÁRIO no âmbito da unidade prisional, 
notadamente daquele que é ou será lotado em cadeia pública, haja vista a distância com o núcleo central 
da Secretaria da Justiça e Cidadania. 
Com isso, desejamos que esses momentos iniciais de contato com a disciplina sirvam de “ponto 
de partida” para a carreira dos senhores e senhoras que dentre poucos dias estarão reforçando a execução 
penal cearense. 
 
01. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como escopo realizar uma análise do Regimento Interno dos 
Estabelecimentos Penais da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará – Portaria n. 
1220/2014, à luz do disposto na Constituição Federal, nas Regras Mínimas para tratamento de presos da 
ONU, (hoje denominadas Regras de Mandela), bem como confrontando o ato normativo com a realidade 
prática vivenciada pelos agentes penitenciários do Estado do Ceará. 
Vale destacar que a exigência ao Agente Penitenciário sobre o conhecimento da legislação de 
regência do sistema penitenciário cearense é imprescindível ao bom andamento da unidade na qual o 
servidor é ou será lotado, seja ocupante de cargos de direção ou não, pois todos os agentes integrantes 
de determinada unidade prisional são agentes da execução penal dos presos recolhidos no 
estabelecimento prisional. 
Assim, o presente trabalho não se presta a uma análise detalhada de todas as regras presentes na 
legislação, mas, por outro lado, incutir na mente do futuro agente penitenciário a necessidade sobre o 
conhecimento de tal legislação. 
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5 
 
Sabendo que na Administração Pública, direta e indireta, vigora o princípio da legalidade estrita, 
isto é, apenas é dado o Servidor Público praticar o que está expressamente previsto em lei (em sentido 
amplo, abrangendo da Constituição às circulares), conforme dispõe o caput do art. 37 da Constituição 
Federal, diferentemente da legalidade geral aos cidadãos, descrita no art. 5º, II da Constituição Federal. 
Ademais, cabe destacar que, por vezes, a inobservância do princípio da legalidade no âmbito da 
execução penal pode acarretar a impunidade de faltas disciplinares aplicadas, em face da atuação da 
defesa pugnando pela ilegalidade do procedimento. 
 
02. REGIMENTO INTERNO E SUA RELAÇÃO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A Constituição Federal de 1988 deu início a processo chamado de constitucionalização do direito, 
ou seja, matérias até então destinadas apenas ao âmbito da legislação infraconstitucional, passaram a 
fazer parte do corpo de normas constitucionais. 
No que se refere à execução penal, o papel da Constituição Federal é fundamental nesse ramo do 
direito, tendo em vista que a Carta Maior dispõe de várias regras sobre como deve ser o tratamento do 
preso, no âmbito do cumprimento da pena ou não. 
Assim, dispõe o art. 5º, III, que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante”. Referido artigo é cópia integral do disposto no art. 5º da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, documento que, embora dotado apenas de vinculação material, serviu de base para a 
promulgação da Constituição Brasileira. 
Em seguida, de forma mais veemente, a Constituição Federal tratou de disciplinar o princípio da 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA, ou para alguns, INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO 
PENAL, conforme dispôs no art. 5º, XLVI e XLVII: 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis 
 
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6 
 
Dessa forma, é de fundamental importância que o aluno compreenda que a execução penal, 
fundamentada no Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará não pode estar 
dissociada dos comandos constitucionais supracitados. 
Por fim, cumpre assinalar que as normas supramencionadas não podem ser modificadas pelo 
Congresso Nacional, através do Poder Constituinte Reformador (Emendas Constitucionais), tendo em 
vistas serem normas gravadas com o status de cláusulas pétreas, conforme se verifica pelo comando do 
art. 60, §4º, IV da Carta Maior. 
 
2.1 Competência para legislar sobre Direito Penitenciário 
Tema que passa despercebido em alguns manuais e grades curriculares sobre execução penal é 
sobre a questão da competência para legislar sobre direito penitenciário e execução penal, se da União, 
privativamente ou exclusivamente, se dos Estados-Membros e da União, de forma concorrente. 
De início, cabe falar que, se a norma trouxer algum resquício de Direito Penal, já não cabe aos 
Estados tratar do tema, cabendo de forma privativa à União. 
No entanto, quando o assunto é EXECUÇÃO PENAL e DIREITO PENITENCIÁRIO a questão 
é diversa, pois, nesse caso, não se trata de competência privativa da União, mas, outrossim, competência 
CONCORRENTE entre a UNIÃO e os ESTADOS-MEMBROS. 
Dessa forma, para fundamentar o que foi dito acima, colaciona-se o contido na Constituição: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
Direito (...) penal 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre 
Direito (...) penitenciário 
 
Assim, tem-se que quando for norma de Direito Penal, apenas à União caberá legislar, exceto se 
a própria União editar lei complementar delegando aos Estados tal competência, conforme dispõe o 
parágrafo único do art. 22 da Constituição Federal.No entanto, quando se tratar de Direito Penitenciário (execução penal), cabe à União legislar 
sobre NORMAS GERAIS e aos Estados SUPLEMENTAR tais normas, a saber pelo que consta 
nos §1º e 2º do art. 24 da Carta Maior. 
Foi com base na competência do art. 24, I, da CF/1988, e com fundamento nos parágrafos acima 
mencionados que a União editou A NORMA GERAL (LEP) e o Estado do Ceará editou a NORMA 
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7 
 
SUPLEMENTAR (PORTARIA 1220), regulamentando e especificando as matérias tratadas 
genericamente na Lei de Execuções Penais. 
 
2.2 Portaria ou Decreto? 
A despeito do Estado do Ceará não ter se mantido inerte, e regulamentado a LEP com a aprovação 
da Portaria nº 1220/2014 (que instituiu o Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais do Estado do 
Ceará), tem-se a discussão, inclusive no âmbito da Coordenadoria Especial do Sistema Penal – COESP 
(antiga COSIPE) se o instrumento normativo apto a regulamentar a LEP seria de fato uma portaria, ato 
normativo interno, facilmente modificável e destituído de maior força. 
De acordo com Matheus Carvalho, se referindo à portaria 
trata-se de ato administrativo individual que estipula ordens e determinações 
internas e estabelece normas que geram direitos e obrigações internas a 
indivíduos específicos. (...) Podem ser citadas, como exemplos, a portaria de 
remoção de servidores ou portaria de vacância, ou ainda, a portaria que nomeia 
um servidor público para o exercício de uma determinada função de confiança. 
(Carvalho, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª ed. P. 289/290) 
 
Com fundamento na hierarquia das normas, em face da ilustração de Kelsen sobre a pirâmide no 
ordenamento jurídico, teríamos no topo desta a CF, logo abaixo as LEIS INFRACONSTITUCIONAIS, 
após regulamentando as leis infraconstitucionais OS DECRETOS. 
Nesse caso, pela melhor técnica legislativa o correto seria que o regimento interno dos 
estabelecimentos penais fosse legislado através de DECRETO, e não uma mera portaria. Porém, e é bom 
que se diga, isso não torna a portaria 1220 inconstitucional. 
 
2.3 Regimento Interno Prevê direitos de servidores do sistema penitenciário? 
Não. O regimento interno regulamenta apenas como deve se dar a execução penal no âmbito 
estadual, conforme os ditames nas regras mínimas para tratamento de presos e na Lei de Execuções 
Penais. 
A relação entre os servidores estaduais e a Administração Pública Estadual está disciplinada na 
Lei Estadual n. 9.826/1974 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará). 
 
03. FUNDAMENTAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO 
 
3.1 Regras Mínimas para Tratamento de Presos 
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8 
 
As Regras Mínimas para Tratamento de Presos da ONU, documento aprovado pelo Conselho 
Econômico e Social da ONU, em 1955, na cidade de Genebra,e atualizado em 2015, passando a 
denominar-se “REGRAS DE MANDELA”, em alusão ao ex-presidente da África do Sul, Nelson 
Mandela, como o próprio nome diz, são uma série de regras que os Estados Soberanos devem seguir no 
tratamento dos seus presos. 
Não obstante o seu caráter não-vinculante, vez que é apenas uma recomendação da ONU, o Brasil 
adota, no cumprimento da pena de seus presos, as Regras Mínimas como regras norteadoras da execução 
penal com dignidade. 
A Portaria n. 1220/2014 também adota os princípios contidos nas regras mínimas, conforme 
previsão do art. 1º. 
 
3.1.1 Dignidade da Pessoa Humana 
Como não poderia deixar de ser, face ao que consta na Carta da Organização das Nações Unidas, 
bem como na Declaração Universal dos Direitos Humanos, as Regras de Mandela adotam como 
fundamento principal o respeito à dignidade da pessoa humana, vedando-se que as penas sejam cruéis, 
desumanas ou degradantes, determinação repetida no art. 5º, XLVI da Constituição Federal. 
 
3.1.2 Imparcialidade e tratamento diferenciado 
As Regras de Mandela também adotam como um de seus principais princípios o da 
imparcialidade no tratamento dos presos, conforme dispõe regra 02, o que não quer dizer que, no caso 
concreto, em face de situações específicas, possa haver tratamento diferenciado a determinado preso, 
sem que isso configure desrespeito ao princípio. 
Cite-se, como exemplo, o preso que necessita de alimentação especial em face de determinação 
do médico da unidade, sob pena de, desrespeitada a determinação, a integridade física do preso correr 
risco (Regra 02.2). 
 
3.2 Lei de Execuções Penais 
 
A Lei de Execução penal é a Lei nacional de normas gerais a que se refere o art. 24, §1º da 
Constituição Federal, a qual, no nosso estado, é regulamentada pela Portaria n. 1220/2014 (Regimento 
Interno do Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará). 
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9 
 
O regimento interno também segue como diretriz o que está determinado na LEP e, em algumas 
situações, supre situações específicas que a LEP não previu, a exemplo da não previsão na LEP do que 
seja falta leve e média, conforme destaca o art. 49. 
Vale destacar, que na função suplementar a legislação nacional (LEP), o regimento não pode 
dispor de forma diversa de institutos lá previstos de forma completa. 
 
3.3 Constituição Federal? 
Conforme se denota pelo Art. 1º da Portaria 1220/2014, não houve naquele documento expressa 
menção à Constituição Federal como norma fundamentadora do regimento. 
Porém, a não menção não faz do regimento interno inconstitucional, haja vista que no seu bojo a 
Portaria respeita os princípios contidos na Carta Maior, notadamente da Dignidade da Pessoa Humana e 
a Individualização da Pena. 
 
04. OBJETIVOS DA EXECUÇÃO PENAL 
 
4.1 Efetivar as Disposições da Sentença Penal 
 
O primeiro objetivo comentado está presente na Regra nº 4 das Regras de Mandela, no art. 1º da 
Lei de Execução Penal, bem como no art. 1º da Portaria 1220/2014, sendo a primeira finalidade da 
execução penal, efetivar reprimenda penal que foi imposta ao réu através de sentença penal condenatória 
com trânsito em julgado. 
De acordo com Renato Marcão: 
Adotado o sistema vicariante pelo legislador penal, e considerando que a execução penal tem por 
objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal, conforme anuncia o art. 1º da Lei de 
Execução Penal, constitui pressuposto da execução a existência de sentença criminal que tenha aplicado 
pena, privativa de liberdade ou não, ou medida de segurança, consistente em tratamento ambulatorial ou 
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. (Marcão, Renato. Curso de Execução 
Penal. 9ª ed.P. 31) 
 
4.2 Garantir a Reintegração Social 
 
 O segundo objetivo mencionado é também brilhantemente resumido por Renato Marcão (2011), 
quando preleciona “que a execução penal deve objetivar a integração social do condenado ou do 
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10 
 
internado, já que adotada a teoria mista ou eclética, segunda a qual a natureza retributiva da pena não 
busca apenas a prevenção, mas também a humanização. Objetiva-se, por meio da execução, punir e 
humanizar”. 
 As Regras Mínimas para Tratamento de Presos, a Lei de Execução Penal e o Regimento Interno 
também tem o mesmo sentido, isto é, a execução destina-se não apenas a cumprir o comando da sentença 
penal condenatória, mas garantir o retorno do apenado à sociedade. 
 
05. ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO ESTADO DO CEARÁ 
05.1. Centro de Triagem e Observação Criminológica – CTOC 
 
Art. 9º - O Centro de Triagem e Observação Criminológica, situado na região metropolitana de 
Fortaleza, concentrará o recebimento de presos oriundos da Secretaria de Segurança Pública e Defesa 
Social e das comarcas do interior. §1º - O Centro de Triagem e Observação Criminológica será 
responsável pela identificação e realização dos exames gerais de admissão dos internos, sendo dotado 
de equipe técnica que promoverá atendimento social, psicológico, médico, odontológico e jurídico, cujos 
resultados e desdobramentos serão encaminhados à Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão 
de Vagas – CATVA que deliberará a unidade prisional destinatária para recebimento do preso e, 
posteriormente, às Comissões Técnicas de Classificação das unidades de recebimento 
 
05.2. Unidades Prisionais e Casas de Privação Provisória de Liberdade 
 
Art. 11 - As Casas de Privação Provisória de Liberdade destinam-se aos presos provisórios, 
devendo apresentar estrutura adequada que garanta o exercício dos direitos elencados no presente 
Regimento e demais legislações. 
§1º - Excepcionalmente, visando garantir a integridade física e mental do interno, estas unidades 
poderão abrigar presos condenados, que deverão permanecer em acomodações separadas dos 
provisórios. 
CPPLS ATUAIS: CPPL II (Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor 
Clodoaldo Pinto)/ CPPL III (Casa de Privação Provisória de Liberdade José Jucá 
Neto)/ CPPL IV (Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves) 
 
05.3. Penitenciárias 
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11 
 
 
Art. 10 - As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao cumprimento da pena de reclusão, 
em regime fechado, caracterizando se pelas seguintes condições: I - Segurança externa, através de 
muralha, com passadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes Penitenciários do quadro efetivo da 
Secretaria da Justiça e Cidadania. II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes Penitenciários 
do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania que preserve os direitos do preso,mantenha a 
Segurança, a ordem e a disciplina da Unidade; III - Acomodação do preso preferencialmente em cela 
individual; IV - Locais de trabalho, atividades socioeducativas e culturais, esportes, prática religiosa e 
visitas; V - Trabalho externo, conforme previsto no art.36 da Lei de Execução Penal (LEP).§1º - Os 
estabelecimentos destinados a mulheres terão estrutura adequada às suas especificidades e os 
responsáveis pela segurança interna serão, obrigatoriamente, agentes penitenciários do sexo feminino, 
exceto em eventos críticos ou festivos, garantindo-se, ainda, a obrigatoriedade de existência de uma 
creche para a acomodação dos recém-nascidos das internas neles recolhidos, nos 06 (seis) primeiros 
meses de vida, prorrogável por igual período, se necessário. §2º - Nas Comarcas onde não existam 
penitenciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas locais, 
observadas as normas deste Regimento no que forem aplicáveis, bem como as restrições legais ou 
decisões judiciais.§3º - Haverá em cada estabelecimento de regime fechado uma Comissão Técnica de 
Classificação, que proporá o tratamento adequado para cada preso ou internado, além de acompanhar o 
programa de individualização da pena. 
PENITENCIÁRIAS ATUAIS: PFHVA (Penitenciária Francisco Viana Hélio de 
Araújo – Pacatuba)/ PIRC (Penitenciária Industrial Regional do Cariri)/ PIRES 
(Penitenciária Industrial Regional de Sobral) 
 
 
05.4. Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares 
 
Art. 12 - Os Estabelecimentos Agrícolas, Industriais ou Mistos destinam-se aos condenados e 
condenadas ao cumprimento da pena em regime semiaberto, caracterizando-se pelas seguintes 
condições: I - locais para: a) trabalho interno agropecuário; b) trabalho interno industrial; c) trabalho de 
manutenção e conservação intra e extra-muros, na circunscrição da Unidade respectiva;II - acomodação 
em alojamento ou cela individual ou coletiva; III - trabalho externo na forma da Lei; IV - locais internos 
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12 
 
e externos para atividades sócio-educativas e culturais, esportes, prática religiosa e visita conforme 
dispõe a Lei. 
COLÔNIAS AGRÍCOLAS EXISTENTES: Colônia Agrícola do Cariri 
 
 
05.5. Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório Penal e Hospital de Custódia e 
Tratamento Psiquiátrico) 
 
Art. 13 - O Hospital Geral e Sanatório Penal destina-se ao tratamento do preso, em regime de 
internamento, das enfermidades infectocontagiosas, dos pós-operatórios, das convalescenças e de 
exames laboratoriais.§1º - O preso acometido de enfermidades, conforme artigo acima deverá 
permanecer internado o tempo necessário à sua reabilitação, tendo retorno imediato à sua Unidade 
Prisional de origem logo após emissão de laudo médico autorizando sua alta. §2º - Os presos ou 
internados que apresentarem quadro de sorologia positiva HIV, receberão tratamento individualizado, a 
critério médico. §3º - Aos presos ou internados que apresentarem quadro de dependência química em 
substâncias entorpecentes será garantido tratamento individualizado adequado às suas necessidades, 
adotando-se políticas públicas voltadas para esta finalidade, nos termos da lei 11.343/2006, bem como 
serão incluídos nas atividades do Programa de Ações Continuadas de Assistência aos Drogadictos – 
PACAD da Sejus. §4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir leitos destinados ao 
tratamento de mulheres presas. §5º - O estabelecimento citado no caput deverá funcionar com equipes 
multidisciplinares em regime de plantão. §6º - A Secretaria da Justiça e Cidadania seguirá as 
recomendações das portarias interministeriais do Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça em relação 
ao tema saúde, na execução de vagas e atendimentos para os presos em casos de exames e tratamentos 
de alta complexidade. §7º - Nas unidades prisionais femininas deverão existir estruturas específicas para 
a assistência integral à saúde da mulher, em atenção às suas peculiaridades 
Art. 14 - O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se ao cumprimento das 
medidas de segurança e ao tratamento psiquiátrico separadamente, devendo adequar-se às normas 
aplicáveis ao tratamento das respectivas insanidades. §1º - O preso comprovadamente portadorde 
doença mental deverá ser imediatamente encaminhado ao estabelecimento adequado para seu 
tratamento, lá não podendo permanecer além do tempo necessário ao seu pronto restabelecimento, 
atestado pelo serviço médico local. §2º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso ou permanência 
de pessoas que não apresentem quadro patológico característico da destinação do respectivo 
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estabelecimento.§3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir estruturas específicas 
para a assistência à saúde mental da mulher, em atenção às suas peculiaridades. 
HOSPITAIS: Hospital Geral e Sanatório Penal Professor Otávio Lobo – HSPOL/ 
Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes - IPGSG 
 
05.6. Casa do Albergado 
 
Art. 15 - A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de liberdade em 
regime aberto e da pena restritiva de direitos consistente em limitação de fim de semana, acolhendo 
pessoas do sexo masculino e feminino, garantindo-se a separação adequada com vistas à 
individualização das penas. §1º - O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais 
estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. §2º- A Casa do 
Albergado, além de dispor de local adequado para cursos e palestras, realizará encaminhamentos dos 
internos à rede de assistência social, de saúde e educação. 
 
05.7. Cadeias Públicas 
 
Art. 16 - A Cadeia Pública destina-se prioritariamente ao recolhimento de presos e presas 
provisórios. §1º - Nas Comarcas onde não existam peniten-ciárias, suas finalidades serão, 
excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas deste Regimento Geral 
no que forem aplicáveis e as restrições legais ou de decisões judiciais, bem como a capacidade 
populacional máxima da Unidade respectiva. §2º - Ao preso provisório será assegurado regime especial 
no qual se observará: I - separação dos presos condenados; II - utilização de pertences pessoais 
permitidos;III - uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento Prisional em quantidade de 03 (três) 
mudas; IV - oferecimento de oportunidade de educação, trabalho e lazer nos termos da legislação 
pertinente; V - visita e atendimento médico e odontológico, sendo facultado ao preso optar por 
profissional particular às suas expenças; VI - Acesso aos meios de comunicação externos, autorizados 
por lei.§3º - Nas Cadeias Públicas no interior do Estado as prefeituras municipais oferecerão aos presos 
e presas os serviços essenciais, conforme determinação do Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. 
 
06. PROBLEMAS PRÁTICOS 
06.1. Cela Individual: Faculdade ou Obrigatoriedade? 
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As Regras Mínimas para Tratamento de Presos, documento internacional da ONU que o 
Regimento Interno diz respeitar, prevê, em sua Regra 12, que as celas ou quartos destinados ao descanso 
noturno não devem ser ocupadas por mais de 1 preso, excepcionando-se em caso de superlotação 
temporária até o máximo de 2 presos. Já o Regimento Interno estabelece que as celas serão ocupadas, 
preferencialmente, por 1 preso por cela. 
Assim, instala-se um paradoxo entre o comando das Regras de Mandela (ainda que sem caráter 
vinculante) e o regimento interno, pois de acordo com as regras, a exceção para que mais de 1 preso 
ocupe uma cela ocorre em caso de superlotação temporária, e não mais que 2 presos. 
Não obstante a ausência de vinculação das Regras de Mandela,fato é que os Estados-Membros 
tem sido condenados pela Justiça em face da precariedade das unidades prisionais, notadamente pela 
superlotação das celas desses locais. 
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal, em julgado histórico, entendeu que o Sistema 
Penitenciário Nacional vive em um “Estado de Coisas Inconstitucional”, pois a violação aos Direitos 
Humanos Fundamentais dos presos é patente e generalizada. 
Para corroborar o que foi dito acima, colacionamos a explanação sobre o assunto no site dizer o 
direito: 
O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando verifica-se a existência de um 
quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela inércia ou 
incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura, de modo 
que apenas transformações estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma 
pluralidade de autoridades podem modificar a situação inconstitucional. O STF reconheceu que 
o sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma 
violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade 
aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a 
responsabilidade por essa situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legislativo, Executivo e 
Judiciário), tanto da União como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de 
medidas legislativas, administrativas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira "falha 
estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação e do agravamento da 
situação. 
Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais poderes da inércia, coordenar ações 
visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcançados. Diante disso, o STF, em 
ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que: • juízes e Tribunais de todo 
o país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a audiência de custódia; • a União libere, sem 
qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do Fundo Penitenciário Nacional para utilização 
na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização de novos contingenciamentos. Na 
ADPF havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida 
cautelar. STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 
798). 
 
06.2. Segurança Externa: Agentes Penitenciários ou Polícia Militar? 
 
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Preleciona o art. 1º da Lei Estadual n. 14.582/2009 que: 
Art. 1º A carreira Guarda Penitenciária, integrante do Grupo Ocupacional Atividades de Apoio 
Administrativo e Operacional, prevista no item 2, do anexo I, da Lei nº 12.386, de 9 de dezembro 
de 1994, fica redenominada para carreira Segurança Penitenciária e estruturada na forma do 
anexo l desta Lei, passando os Agentes Penitenciários a ter as seguintes atribuições: 
atendimento, vigilância, custódia, guarda, escolta, assistência e orientação de pessoas 
recolhidas aos estabelecimentos penais estaduais. (Nova redação dada pela lei n.º 14.966, de 
13.07.11) 
 
Já o art. 12 da Portaria 1220/2014 diz caber aos Agentes Penitenciários a segurança externa da 
unidade (guaritas), só apenas em situações excepcionais, nos casos nos quais a permanência da Polícia 
Militar seja exigida, esta não poderá permanecer por mais de 90 dias em qualquer das unidades dosistema penitenciário estadual, salvo decisão de autoridade judiciária competente. 
Nesse sentido, para fundamentar a exceção, vale citar a portaria n. 01/2018 do Juiz Corregedor 
dos Presídios e Titular da 1ª Vara de Execuções Criminais que solicitou ao Secretário de Segurança 
Pública e Defesa Social um quantitativo de Policiais Militares para realizar a segurança externa das 
unidades prisionais da Região Metropolitana. 
Em face disso, apesar da realidade ainda existente em algumas unidades prisionais cearenses nas 
quais a segurança externa é realizada pela Polícia Militar, como é o exemplo da Unidade Prisional 
Desembargador Adalberto Barros Leal, localizada em Caucaia, Município da Região Metropolitana de 
Fortaleza, vulgarmente conhecida por “Carrapicho”, a correta compreensão é de que essas atividades 
são exercidas de forma ilegal pela PM/CE, em claro desvio de função. 
 
06.3. Cadeia Pública: solução ou problema? 
 
Discorre o art. 16 da Portaria n. 1220/2014 que 
A Cadeia Pública destina-se prioritariamente ao recolhimento de presos e presas provisórios. §1º 
- Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente, 
atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas deste Regimento Geral no que forem 
aplicáveis e as restrições legais ou de decisões judiciais, bem como a capacidade populacional 
máxima da Unidade respectiva. 
 
O art. 102 da Lei de Execução Penal dispõe que, além do objetivo de abrigar presos provisórios, 
o referido estabelecimento penal tem como finalidade manter o preso perto do seu meio social e familiar. 
O Regimento interno silencia sobre a finalidade social e familiar, mas na prática os presos utilizam-se 
desse fundamento para permanecerem nas Comarcas do interior e suas respectivas cadeias. 
No entanto, vale frisar, que esse tipo de unidade prisional já não atende mais os anseios da 
Administração Prisional da SEJUS-CE, principalmente em face da SEGURANÇA PENITENCIÁRIA, 
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pois verifica-se, dada a extensão territorial do nosso estado e o fato da Administração Central da SEJUS 
e da COESP (antiga COSIPE) estarem localizadas na Capital do Estado, Fortaleza-Ce, muitas vezes 
distante até 500 km de alguns Municípios Cearenses, que a Gestão das Cadeias Públicas resta 
inviabilizada. 
Cite-se, como exemplo, o desencadeamento de motim ou rebelião em Cadeia Pública distante da 
Capital, que dificulta a reação dos Grupos Especializados (GAPE/ GRUPO DE CUSTÓDIA) na 
contenção dos episódios. 
Ademais, a dificuldade da COESP, através do Núcleo de Segurança e Disciplina – NUSED, 
fiscalizar o bom andamento dessas unidades, repita-se, mais uma vez, em face da distância entre elas e 
a Capital do Estado. 
É nesse sentido que ganha força o projeto de regionalização das unidades prisionais no interior 
do Estado, criando grandes unidades regionais, em vez de várias cadeias públicas espalhadas pelo 
Estado. 
Com isso, ao invés do Estado, através da SEJUS, gerir 146 cadeias públicas, com a efetivação 
desse projeto, a gestão de seria de apenas 8 ou 10 grandes unidades, facilitando o contato com a Gestão 
Superior e concentrando o maior número de agentes num só local, dificultando as chances de fuga. 
 
06.4. Presos Provisórios em Penitenciárias 
 
Disciplina o art.10 do Regimento Interno que as Penitenciárias devem abrigar o condenado à 
pena de reclusão, em regime fechado, redação idêntica é encontrada no art. 87 da Lei de Execução Penal. 
Mas o que se questiona é a possibilidade de manutenção de presos provisórios em penitenciárias, 
ante a ausência de previsão legal, tanto na LEP quanto no regimento interno. 
A única exceção que pode ser visualizada é a possibilidade de inclusão do preso provisório numa 
penitenciária destinada ao Regime Disciplinar Diferenciado – RDD, conforme permite o art. 87, 
parágrafo único, e 52 da LEP, e conforme art. 68 do Regimento Interno, sendo, em ambos os casos, 
exigida a decisão judicial. 
 
06.5. Presos Condenados em Casas de Privação Provisória de Liberdade 
 
A regra geral é que as Casas de Privação Provisória de Liberdade, a exemplo da CPPL II e CPPL 
III, só mantenham presos provisórios, isto é, aqueles que ainda não tiveram contra si uma sentença penal 
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condenatória com trânsito em julgado, que, na verdade, está preso preventivamente, espécie de prisão 
cautelar, pois com a audiência de custódia, a prisão em flagrante não pode mais subsistir por si própria, 
devendo ser convertida em preventiva ou relaxada com a soltura do preso, conforme resolução 213 do 
Conselho Nacional de Justiça – CNJ. 
Porém, excepcionalmente, admite-se que presos definitivamente condenados sejam recolhidos 
nas CPPLS, desde que seja para garantir a integridade física ou mental do interno, conforme art. 11 da 
portaria 1220/2014, mas exige, por outro lado, que eles fiquem separados dos condenados, embora num 
mesmo estabelecimento, o que vai ao encontro da Regra 11 das Regras de Mandela. 
 
06.6. Visita íntima: regalia ou direito comum? 
 
Dispõe o art. 50, X, “que é direito dos presos receber visitas do cônjuge, da companheira, de 
parentes e amigos em dias determinados, podendo ser suspenso ou restringido tal direito por ato 
motivado do Diretor da Unidade, no caso de cometimento de falta grave”. 
Por outro lado, destaca o art. 57, I, que a visita íntima constitui uma recompensa ao preso, através 
de regalia, consistente na possibilidade de visita íntima com cônjuge ou companheiro. 
Dessa forma, a princípio apenas os presos que tiverem bom comportamento dentro da unidade 
prisional, e que forem recompensados é que poderão usufruir a citada regalia. 
Apesar disso, o art. 154 inicia uma controvérsia ainda não resolvida no âmbito do sistema 
penitenciário cearense, na medida em que dispõe que a visita íntima é um direito do preso. 
Analisando sistematicamente o regimento, e entendendo que as recompensas constituem-se em 
direitos dos presos, somos que o que o art. 154 quis for reafirmar essa condição de direito do preso, mas 
desde que, é óbvio, pelo que consta do art. 57, que o preso cumpra os requisitos necessários. Afinal, 
qualquer direito no ordenamento jurídico brasileiro, para que seu titular possa adquirir se faz necessário 
o cumprimento dos requisitos. 
Isto é, o direito de recompensa, como regalia, à visita íntima só se perfaz com o cumprimento 
dos requisitos, quais seja, o bom comportamento. MAS FRISE-SE, É OPINIÃO PESSOAL DESSE 
AUTOR. 
 
06.7. Procedimento Disciplinar 
06.7.1. Defesa Técnica: Faculdade ou Obrigatoriedade? 
 
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Dispõe o art. 80 do regimento interno que: 
Será propiciado ao detento submetido a julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo 
direito de defesa, seja por Defensor Público ou por Advogado constituído ou nomeado para oato. 
 §1º - Caso não possua advogado constituído ou não saiba declinar os dados necessários para a 
intimação do mesmo, na data da audiência de instrução e julgamento, o faltoso será assistido 
pelo Defensor Publico lotado na Unidade Prisional respectiva. 
 §2º - Caso não haja Defensor Público lotado na Unidade Prisional respectiva, deverá ser 
intimado para o ato o Defensor Público lotado na Vara de Execuções Criminais com jurisdição 
sobre a referida Unidade. 
 
Dessa forma, de acordo com o regimento, a defesa técnica do preso, em caso de falta disciplinar, 
deve serobrigatoriamente realizada por Advogado ou Defensor Público. 
O Supremo Tribunal Federal, através da súmula vinculante n. 05, enuncia que “A falta de defesa 
técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição”. Assim, uma 
leitura apressada da citada súmula poderia ensejar a conclusão de que o advogado não seria obrigatório 
no procedimento disciplinar para apuração de falta disciplinar do preso. 
Entretanto, o próprio STF fez questão de assentar que a súmula não se aplica a procedimento de 
apuração de falta disciplinar em estabelecimento prisional, aplicando-se apenas a procedimento relativo 
a servidor público. 
Nesse viés, colaciona-se entendimento do STF acima sobre o assunto: 
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a Súmula Vinculante 5 não é 
aplicável em procedimentos administrativos para apuração de falta grave em 
estabelecimentos prisionais. Tal fato, todavia, não permite ampliar o alcance da referida 
Súmula Vinculante e autorizar o cabimento desta Reclamação, pois o acórdão reclamado apenas 
adotou o verbete como uma das premissas para decidir no caso concreto." (Rcl 9340 AgR, 
Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgamento em 26.8.2014, DJe de 
5.9.2014) 
 
Nesse mesmo sentido é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça – STJ: 
Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar, no âmbito da execução penal, é 
imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento 
prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor 
público nomeadoREsp 1.378.557-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 
23/10/2013 
 
Súmula 533: Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbitoda execução penal, 
é imprescindível a instauração de procedimentoadministrativo pelo diretor do estabelecimento 
prisional, asseguradoo direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído oudefensor 
público nomeado 
 
06.7.2. Cometimento de Crime e Presunção de Inocência 
 
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Diz o art. 52 da LEP que o cometimento de fato definido como crime constitui falta grave e o art. 
118, I, diz que a execução ficará sujeito à regressão de regime pelo cometimento de fato definido como 
crime. 
Assim, questiona-se se o simples fato do preso ser acusado do cometimento de um crime seria 
suficiente para ensejar a regressão para regime de cumprimento pena mais rigoroso, pondo em risco, 
dessa forma, o princípio constitucional da presunção de inocência. 
Após acirradas discussões na doutrina e jurisprudência, o STJ pacificou o assunto, quando 
elaborou a súmula 526, segunda a qual “O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento 
de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato”. 
Ou seja, desnecessário aguardar o trânsito em julgado da sentença penal condenatória para 
regredir o regime do preso que a cometeu. 
 
06.7.3. Porte de Celular e Componentes: fato atípico ou falta grave 
 
O art. 74, IX, do regimento interno apregoa que é falta grave a conduta de “introduzir, receber, 
vender, fornecer, ainda que gratuitamente, fazer uso, ter em depósito, transportar, trazer consigo, 
guardar ou emprestar telefone celular ou aparelho de comunicação com o meio exterior, seus 
componentes ou acessórios”. 
 
Com a presente norma surgiu a dúvida se alguns componentes que, apesar de forma isolada não 
apresentarem funcionalidade (como a bateria de um celular), mas se anexados a outros e a estes 
encaixados não seriam também falta grave. 
O Superior Tribunal de Justiça, de forma acertada, vem decidindo que não apenas a posse de 
celular constitui falta grave, mas também a de outros componentes, visto que a razão da norma é proibir 
a comunicação entre os presos. 
Acerca do assunto, observe-se o inteiro teor dos julgados acima mencionados: 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO 
ESPECIAL. 
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA (RESSALVA DO ENTENDIMENTO DA RELATORA). 
EXECUÇÃO PENAL. PLEITO DE AFASTAMENTO DE FALTA GRAVE. POSSE DE 
CARTÕES DE MEMÓRIA. COMPONENTE NÃO ESSENCIAL PARA UTILIZAÇÃO DE 
APARELHO CELULAR. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. WRIT NÃO 
CONHECIDO. ORDEM DE HABEAS CORPUS MONOCRATICAMENTE CONCEDIDA 
DE OFÍCIO. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO DESPROVIDO. 
1. Com a edição da Lei n.º 11.466/2007, passou-se a considerar falta grave tanto a posse de 
aparelho celular dentro de presídio, como a de componentes essenciais ao seu funcionamento, 
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tendo em vista que a ratioessendi da norma é a de proibir a comunicação entre os presos ou destes 
com o meio externo, mormente dos chefes de organizações criminosas, em atenção aos reclamos 
sociais para punir e coibir as crescentes práticas criminosas dentro de tais estabelecimentos. 
2. Desse modo, verifica-se que a conduta do Paciente não se amolda àquelas previstas na Lei de 
Execução Penal como falta grave, pois o cartão de memória não é componente necessário para 
a utilização de aparelho celular, comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. 
3. Agravo regimental desprovido. 
(AgRg no HC 270.859/MS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 
21/08/2014, DJe 02/09/2014) 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DA PENA. FALTA 
GRAVE. ATIPICIDADE DA CONDUTA. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. POSSE DE 
COMPONENTE DE APARELHO DE TELEFONIA CELULAR. TIPICIDADE. ART. 50, 
INCISO VII, DA LEP. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. 
1. A presença de omissão no julgado, autoriza, em sede de embargos de declaração, a respectiva 
corrigenda. 
2. Não há que se falar em constrangimento ilegal no reconhecimento da falta disciplinar de 
natureza grave pelo agente porque é típica a conduta de possuir equipamentos ou componentes 
que se destinam à comunicação intra ou extramuros (posse de fone de ouvido e "plug" para 
aparelho de telefone celular), nos termos do art. 50, VII, da LEP. Precedentes, 3. Embargos 
declaratórios acolhidos, sem efeitos infringentes. 
(EDcl no HC 211.747/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, QUINTA TURMA, julgado em 
05/08/2014, DJe 12/08/2014) 
 
 
06.8. Preso recapturado sem guia de recolhimento e sem exame de corpo de delito: recebe ou não 
recebe? 
 
Imagine que você, agente penitenciário, lotado numa cadeia pública no interior do Estado do 
Ceará, está no seu plantão e uma equipe de Policiais Militares do Município comparece à Cadeia 
transportando um preso que fora recapturado, vez que fugiu há 11meses daquela mesma cadeia. No 
entanto, os citados Policiais não portam consigo a guia de recolhimento expedida pela Autoridade 
Policial, nem a comprovação do exame de corpo de delito. Nesse caso, você receberá o preso ou negará 
aos Policiais Militares o recebimento do interno. 
Cabe destacar, que tratando-se de preso condenado, devem ser observadas as regras do art. 105 
a 107 da LEP, no que diz respeito à expedição de guia de recolhimento. 
Ademais, tratando-se de preso provisório, devem ser observadas as regras do art.31 do 
Regimento Interno, precipuamente a apresentação de guia de recolhimento e de exame de corpo de 
delito. 
 
06.9. É possível a violação da correspondência do preso? 
 
Dispõe os artigos 129 e 130 do Regimento Interno que: 
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Art. 129 - A correspondência escrita entre o preso, seus familiares e afins será feita pelas vias 
regulamentares. 
Art. 130 - É livre a correspondência, condicionada a sua expedição e recepção, às normas de 
segurança e disciplina da unidade prisional 
 
E se você, agente penitenciário, de plantão em determinada unidade, na qual exerça as funções 
de Diretor da Unidade, receba uma correspondência endereçada a um preso chefe de uma facção 
criminosa, e suspeita, pelas circunstâncias da correspondência (como o remetente, o horário da entrega 
e o local do remetente) que há indícios de cometimento de falta grave, ou de suposta ordem de decreto 
para assassinar um outro agente penitenciário, poderá violar o sigilo da correspondência e acessar o 
conteúdo da carta? 
De início, cabe mencionar que a Constituição Federal dispõe no inciso XII do art. 5º que é 
inviolável o “sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal” 
 
De antemão, a exceção acima mencionada, qual seja, para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal se refere apenas às comunicações telefônicas, não se referindo à violação da 
correspondência, o que poderia ensejar a conclusão de qual direito seria absoluto. 
No entanto, como a regra é que os direitos fundamentais sejam relativos, com o sigilo da 
correspondência não é diferente, pois de acordo com o STF referido direito pode ser violado no caso de 
interesse da Administração Prisional, conforme se verifica pelo julgado abaixo: 
A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública,de disciplina 
prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente,e desde que 
respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei 7.210/1984, proceder à 
interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados,eis que a cláusula tutelar da 
inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumentode salvaguarda de práticas 
ilícitas.[HC 70.814, rel. min. Celso de Mello, j. 1º‑3‑1994, 1ª T, DJ de 24‑6‑1994 
 
Dessa forma, entendemos como possível, em casos excepcionais, a violação da correspondência 
do preso, desde que devidamente fundamentada a ação, pela preservação da segurança penitenciária e 
da ordem pública. 
 
06.10. Caso não haja estabelecimento prisional destinado a determinado regime, o preso pode ser 
colocado em regime mais gravoso 
 
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Caso você, prezado aluno, encontre-se no Plantão numa Penitenciária, na condição de Diretor 
desta Unidade Prisional, e receba a guia de recolhimento, devidamente expedida pela autoridade 
administrativa competente, de um condenado à pena de reclusão em regime semiaberto, você permitirá 
a entrada do preso no estabelecimento, a despeito da determinação na LEP e no regimento interno de 
que tal penal seja cumprida em colônia agrícola ou similar? 
Caros alunos, cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal decidiu, em regime de repercussão 
geral, isto é, decisão que vale para todos os processos, que serão decididos da mesma forma do acórdão, 
que: 
 
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em 
regime prisional mais gravoso.Os juízes da execução penal poderão avaliar os 
estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e aberto, para qualificação como adequados 
a tais regimes. São aceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como “colônia agrícola, 
industrial” (regime semiaberto) ou “casa de albergado ou estabelecimento adequado” (regime 
aberto) (art. 33, § 1º, alíneas “b” e “c”). No entanto, não deverá haver alojamento conjunto de 
presos dos regimes semiaberto e aberto com presos do regime fechado. 4. Havendo déficit de 
vagas, deverão ser determinados: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de 
vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é 
posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito 
e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejamestruturadas as medidas 
alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado. 
 
O referido julgamento ocasionou a aprovação da súmula vinculante n. 56 do STF, pela qual “A 
falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional 
mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS”. 
No citado julgamento também restou permitido o cumprimento de pena em regime semiaberto 
em outros estabelecimentos que não colônia agrícola, desde que compatíveis com as determinações da 
LEP. 
Assim, a resposta à pergunta mencionada deve ser negativa. 
 
06.11. Mulheres grávidas e com filho com idade de até 12 anos incompletos: Prisão ou Prisão 
Domiciliar? 
 
Sobre esse importante assunto, é preciso mencionar que o Código de Processo Penal permite que 
o Juiz substitua a prisão preventiva de mulheres com filho de até 12 anos de idade incompletos pela 
prisão domiciliar, conforme previsão do art. 317 e 318. 
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AGENTE PENITENCIÁRIO
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Já a Lei de Execução Penal, no seu art. 117 permite que a condenada, que cumpra pena em regime 
aberto, e que seja gestante ou tenha filho menor ou deficiente físico ou mental possa cumprir sua pena 
em regime domiciliar (prisão domiciliar). 
Assim, em face da grave situação do sistema penitenciário nacional, causada pela superlotação e 
condições precárias das unidades prisionais, o STF decidiu pela CONCESSÃO DE HABEAS CORPUS 
COLETIVO A MULHERES GRÁVIDAS, E COM FILHOS COM IDADE DE ATÉ 12 ANOS 
INCOMPLETOS, ante a ausência de capacidade do Estado de dar dignidade a essas mulheres no 
cumprimento da pena. 
Nesse sentido, confira-se o HC 143641/SP. Rel Ministro Ricardo Lewandowski, julgado em 
20/02/2018, sobre a concessão da prisão domiciliar às mulheres quese encaixam nas regras 
supramencionadas. 
Tal decisão ajuda a diminuir a superlotação nas unidades femininas de todo o país, notadamente 
no nosso estado. 
 
06.12. Saídas Temporárias: Decisão do Juiz ou da Administração Prisional? 
 
O benefício da saída temporária está regulamentado nos arts. 122 a 125 da Lei de Execução 
Penal, a qual será concedida a condenados que cumpram pena em regime semiaberto e atendam os 
demais requisitos da lei. 
No entanto, o questionamento principal está em saber se é permitido ao Diretor do 
Estabelecimento conceder ou é decisão que cabe apenas ao Juiz da Execução. 
E a resposta a essa pergunta está com a segunda possibilidade, qual seja, é decisão que cabe 
apenas ao Juiz, e não à Administração Prisional, conforme restou decidido pelo Superior Tribunal de 
Justiça na súmula n. 520, pela qual “O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato 
jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional”. 
 
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07. REGIMENTO INTERNO 
 
PORTARIA N° 1220/2014 - REGIMENTO GERAL 
DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO 
ESTADO DO CEARA 
 
TÍTULO I 
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO 
 
Art. 1º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará adota os princípios contidos nas Regras Mínimas 
para Tratamento dos Reclusos e Recomendações pertinentes, formuladas pela Organização das Nações 
Unidas - ONU - e respeita as diretrizes fixadas pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais) e nas 
Recomendações Básicas para uma programação prisional editadas pelo Ministério da Justiça. 
Art. 2º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará tem como finalidade a vigilância, custódia e 
assistência aos presos e às pessoas sujeitas a medidas de segurança, assegurando-lhes a preservação da 
integridade física e moral, a promoção de medidas de integração e reintegração socioeducativas, 
conjugadas ao trabalho produtivo. 
§1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema penitenciário estadual, a fiscalização e assistência 
ao egresso, garantindo-lhes a promoção de medidas de integração e reintegração socioeducativas. 
Art. 3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas características especiais, fundamenta-se na hierarquia 
funcional, disciplina e, sobretudo, na defesa dos direitos e garantias individuais da pessoa humana, 
organizado em Coordenadoria do Sistema Penal, vinculado ao Poder Executivo como Órgão de 
Administração da Execução Penal. 
Art. 4º - A Coordenadoria do Sistema Penal é órgão subordinado diretamente ao Secretário da Justiça e 
Cidadania do Estado do Ceará, organizada em carreira, com ingresso de seus integrantes na classe inicial, 
mediante Concurso Público de provas e títulos, chefiada pelo Coordenador Geral, nomeado pelo 
Governador do Estado do Ceará, preferencialmente entre os membros da Instituição. 
Parágrafo único - A nomeação do Coordenador do Sistema Penal deverá obedecer aos mesmos critérios 
previstos para a dos Diretores das Unidades Prisionais, constantes do artigo 75 da Lei 7.210/84 (Lei de 
Execuções Penais). 
Art. 5º - A Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso é órgão subordinado diretamente ao 
Secretário da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará, tendo como missão promover a inclusão social do 
preso e do egresso, através do Núcleo Educacional e de Capacitação Profissionalizante – NECAP, do 
Núcleo de Empreendedorismo e Economia Solidária – NEES, do Núcleo de Arte e Eventos – NAE e do 
Núcleo de Gestão de Assistidos e Egressos. 
 
 
 
 
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TÍTULO II 
DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS 
 
Art. 6º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará é constituído pelas seguintes Unidades: 
I – Centro de Triagem e Observação Criminológica; 
II – Unidades Prisionais e Casas de Privação Provisória de Liberdade; 
III – Penitenciárias; 
IV – Colônias Agrícolas, Industriais ou Similares; 
V – Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório Penal e Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico); 
VI – Casas do Albergado; 
VII – Cadeias Públicas. 
§1º – Os estabelecimentos prisionais buscarão não exceder a sua capacidade populacional máxima 
projetada. 
§2º – A fim de garantir que o aprisionamento ocorra em estabelecimento próximo ao contato familiar, 
deverá ser priorizada a construção de unidades prisionais regionais. 
Art. 7º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, 
ao preso provisório e ao egresso. 
Art. 8º - Em todos os estabelecimentos prisionais será obrigatoriamente observada a separação entre 
presos provisórios e condenados, bem como a distinção por sexo, delito, faixa etária e antecedentes 
criminais, para orientar a prisão cautelar, a execução da pena e a medida de segurança. 
§1º - Nos estabelecimentos prisionais será observada a proporção de, no mínimo, 01 (um) agente 
penitenciário para cada 25 (vinte e cinco) internos por plantão, sendo vedada a existência de unidade 
prisional com menos de 2 (dois) agentes por plantão. 
 §2º - Nos estabelecimentos prisionais fica estabelecida a proporção de profissionais da equipe técnica 
por 500 (quinhentos) detentos, obedecendo-se o seguinte: 
Médico Clínico – 1; 
Enfermeiro – 1; 
Auxiliar de Enfermagem – 1; 
Odontólogo – 1; 
Auxiliar de Consultório Dentário – 1; 
Psicólogo – 1; 
Assistente Social – 1; 
Advogado auxiliar da direção 1; 
Estagiário de Direito – 2; 
Terapeuta Ocupacional - 1. 
§3º - O acesso à justiça integral e gratuito será assegurado aos internos através da Defensoria Pública, 
instituição autônoma, que disporá de espaço físico adequado para exercer suas funções. 
Art. 9º - O Centro de Triagem e Observação Criminológica, situado na região metropolitana de Fortaleza, 
concentrará o recebimento de presos oriundos da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social e das 
comarcas do interior. 
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§1º - O Centro de Triagem e Observação Criminológica será responsável pela identificação e realização 
dos exames gerais de admissão dos internos, sendo dotado de equipe técnica que promoverá atendimento 
social, psicológico, médico, odontológico e jurídico, cujos resultados e desdobramentos serão 
encaminhados à Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas – CATVA que deliberará 
a unidade prisional destinatária para recebimento do preso e, posteriormente, às Comissões Técnicas de 
Classificação das unidades de recebimento. 
Art. 10 - As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao cumprimento da pena de reclusão, em regime 
fechado, caracterizando se pelas seguintes condições: 
I - Segurança externa, através de muralha, com passadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes 
Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania. 
 II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria 
da Justiça e Cidadania que preserve os direitos dopreso,mantenha a Segurança, a ordem e a disciplina 
da Unidade; 
 III - Acomodação do preso preferencialmente em cela individual; 
 IV - Locais de trabalho, atividades socioeducativas e culturais, esportes, prática religiosa e visitas; 
V - Trabalho externo, conforme previsto no art.36 da Lei de Execução Penal (LEP). 
§1º - Os estabelecimentos destinados a mulheres terão estrutura adequada às suas especificidades e os 
responsáveis pela segurança interna serão, obrigatoriamente, agentes penitenciários do sexo feminino, 
exceto em eventos críticos ou festivos, garantindo-se, ainda, a obrigatoriedade de existência de uma 
creche para a acomodação dos recém-nascidos das internas neles recolhidos, nos 06 (seis) primeiros 
meses de vida, prorrogável por igual período, se necessário. 
§2º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente, 
atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas deste Regimento no que forem aplicáveis, 
bem como as restrições legais ou decisões judiciais. 
§3º - Haverá em cada estabelecimento de regime fechado uma Comissão Técnica de Classificação, que 
proporá o tratamento adequado para cada preso ou internado, além de acompanhar o programa de 
individualização da pena. 
Art. 11 - As Casas de Privação Provisória de Liberdade destinam-se aos presos provisórios, devendo 
apresentar estrutura adequada que garanta o exercício dos direitos elencados no presente Regimento e 
demais legislações. 
§1º - Excepcionalmente, visando garantir a integridade física e mental do interno, estas unidades poderão 
abrigar presos condenados, que deverão permanecer em acomodações separadas dos provisórios. 
Art. 12 - Os Estabelecimentos Agrícolas, Industriais ou Mistos destinam-se aos condenados e 
condenadas ao cumprimento da pena em regime semiaberto, caracterizando-se pelas seguintes 
condições: 
I - locais para: 
a) trabalho interno agropecuário; 
b) trabalho interno industrial; 
c) trabalho de manutenção e conservação intra e extra-muros, na circunscrição da Unidade respectiva; 
II - acomodação em alojamento ou cela individual ou coletiva; 
III - trabalho externo na forma da Lei; 
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IV - locais internos e externos para atividades sócio-educativas e culturais, esportes, prática religiosa e 
visita conforme dispõe a Lei. 
Art. 13 - O Hospital Geral e Sanatório Penal destina-se ao tratamento do preso, em regime de 
internamento, das enfermidades infectocontagiosas, dos pós-operatórios, das convalescenças e de 
exames laboratoriais. 
§1º - O preso acometido de enfermidades, conforme artigo acima deverá permanecer internado o tempo 
necessário à sua reabilitação, tendo retorno imediato à sua Unidade Prisional de origem logo após 
emissão de laudo médico autorizando sua alta. 
§2º - Os presos ou internados que apresentarem quadro de sorologia positiva HIV, receberão tratamento 
individualizado, a critério médico. 
§3º - Aos presos ou internados que apresentarem quadro de dependência química em substâncias 
entorpecentes será garantido tratamento individualizado adequado às suas necessidades, adotando-se 
políticas públicas voltadas para esta finalidade, nos termos da lei 11.343/2006, bem como serão incluídos 
nas atividades do Programa de Ações Continuadas de Assistência aos Drogadictos – PACAD da Sejus. 
§4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir leitos destinados ao tratamento de 
mulheres presas. 
§5º - O estabelecimento citado no caput deverá funcionar com equipes multidisciplinares em regime de 
plantão. 
§6º - A Secretaria da Justiça e Cidadania seguirá as recomendações das portarias interministeriais do 
Ministério da Saúde e Ministérios da Justiça em relação ao tema saúde, na execução de vagas e 
atendimentos para os presos em casos de exames e tratamentos de alta complexidade. 
§7º - Nas unidades prisionais femininas deverão existir estruturas específicas para a assistência integral 
à saúde da mulher, em atenção às suas peculiaridades. 
Art. 14 - O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se ao cumprimento das medidas de 
segurança e ao tratamento psiquiátrico separadamente, devendo adequar-se às normas aplicáveis ao 
tratamento das respectivas insanidades. 
 §1º - O preso comprovadamente portador de doença mental deverá ser imediatamente encaminhado ao 
estabelecimento adequado para seu tratamento, lá não podendo permanecer além do tempo necessário 
ao seu pronto restabelecimento, atestado pelo serviço médico local. 
§2º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso ou permanência de pessoas que não apresentem 
quadro patológico característico da destinação do respectivo estabelecimento. 
§3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverão existir estruturas específicas para a assistência 
à saúde mental da mulher, em atenção às suas peculiaridades. 
Art. 15 - A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime 
aberto e da pena restritiva de direitos consistente em limitação de fim de semana, acolhendo pessoas do 
sexo masculino e feminino, garantindo-se a separação adequada com vistas à individualização das penas. 
§1º - O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-
se-á pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. 
§2º- A Casa do Albergado, além de dispor de local adequado para cursos e palestras, realizará 
encaminhamentos dos internos à rede de assistência social, de saúde e educação. 
Art. 16 - A Cadeia Pública destina-se prioritariamente ao recolhimento de presos e presas provisórios. 
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§1º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente, 
atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas deste Regimento Geral no que forem 
aplicáveis e as restrições legais ou de decisões judiciais, bem como a capacidade populacional máxima 
da Unidade respectiva. 
§2º - Ao preso provisório será assegurado regime especial no qual se observará: 
I - separação dos presos condenados; 
II - utilização de pertences pessoais permitidos; 
III - uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento Prisional em quantidade de 03 (três) mudas; 
IV - oferecimento de oportunidade de educação, trabalho e lazer nos termos da legislação pertinente; 
V - visita e atendimento médico e odontológico, sendo facultado ao preso optar por profissional 
particular às suas expenças; 
VI - Acesso aos meios de comunicação externos, autorizados por lei. 
§3º - Nas Cadeias Públicas no interior do Estado as prefeituras municipais oferecerão aos presos e presas 
os serviços essenciais, conforme determinação do Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. 
Art. 17 - Nas Unidades elencadas no artigo 6º deste Regimento, respeitadas suas especificidades, deverão 
ainda ser respeitadas as seguintes determinações: 
 I - Segurança externa, através de muralha com passadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes 
Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania, submetidos a uma capacitação 
específica para tal finalidade. 
II - Segurança interna realizada por equipe de Agentes Penitenciários do quadro efetivo da Secretaria da 
Justiça eCidadania que preserve os direitos do preso, mantenha a Segurança, a ordem e a disciplina da 
Unidade. 
 §1º - Nas situações de conflito mais graves a manutenção ou restabelecimento da ordem será promovida 
por grupo especial de agentes penitenciários com treinamento e equipamentos específicos. 
§2º - Em caso de necessidade de intervenção da Polícia Militar, em caráter urgente, em qualquer das 
unidades referidas no caput deste artigo, sua permanência no interior das mesmas se dará pelo tempo 
estritamente necessário ao restabelecimento da ordem e da segurança interna, não podendo ultrapassar 
90 (noventa) dias, salvo decisão fundamentada da autoridade judiciária competente. 
 
TÍTULO III 
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS UNIDADES 
 
Art. 18 - As Unidades Prisionais do Estado do Ceará serão dirigidas por um (a) Diretor(a), que será 
assessorado pelo(a) Diretor(a) Adjunto(a), pelo Gerente Administrativo, pelo Chefe de Segurança e 
Disciplina e pelo Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários, sendo ainda integradas pelo Conselho 
Disciplinar e pela Comissão Técnica de Classificação. 
Art. 19 - A(o) Diretor(a) da Unidade Prisional, compete: 
I - Dirigir, coordenar e orientar os trabalhos técnicos, administrativos, operacionais, laborais, educativos, 
religiosos, esportivos e culturais da Unidade respectiva; 
II - Adotar medidas necessárias à preservação dos Direitos e Garantias Individuais dos presos; 
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III - Visitar os presos nas dependências do Estabelecimento, anotando suas reclamações e pedidos, 
procurando solucioná-los de modo adequado, no âmbito de sua competência ou encaminhá-los ao órgão 
competente, observando as normas de segurança; 
IV - Dar cumprimento as determinações judiciais e prestar aos Juízes, Tribunais, Ministério Público, 
Defensoria Pública e Conselho Penitenciário as informações que lhe forem solicitadas, relativas aos 
condenados e aos presos provisórios; 
V - Assegurar o normal funcionamento da Unidade, observando e fazendo observar as normas da Lei de 
Execução Penal e do presente Regimento Geral; 
VI - Presidir a Comissão Técnica de Classificação; 
VII - Elaborar o plano de segurança interna do Estabelecimento em conjunto com o Chefe de Segurança 
e disciplina; 
VIII - Conceder audiência ao interno quando solicitada; 
IX - Comparecer nas sessões do Conselho Penitenciário, quando convocado; 
X - Elaborar o plano operativo anual da Unidade e Administrar o Estabelecimento traçando diretrizes, 
orientando e controlando a execução das atividades sob sua responsabilidade; 
XI - Realizar mensalmente reuniões com os servidores da Unidade para estudos conjuntos de problemas 
afetos à mesma; 
XII - Promover mensalmente reunião com os representantes dos internos, realizando o Parlamento 
Carcerário; 
XIII - Propor ao Núcleo de Segurança e Disciplina – NUSED, vinculado à COSIPE, a mudança de 
lotação dos servidores da Unidade; 
XIV - executar as determinações do Coordenador da COSIPE; 
 XV - autorizar visitas extraordinárias aos presos, em casos especiais, nos termos deste Regimento; 
XVI - Autorizar remoção do preso para Estabelecimento Penal diverso em caráter urgente e excepcional, 
comunicando imediatamente à Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas – CATVA, 
que deliberará a unidade prisional destinatária para recebimento do preso. Definida a unidade, deverá 
ser comunicada a transferência ao Juízo responsável pela prisão, ao Ministério Público, à Defensoria 
Publica, ao Conselho Penitenciário, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, nos casos expressos neste 
Regimento; 
XVII - mostrar aos visitantes as dependências do estabelecimento nas visitas coletivas, de caráter cultural 
ou cientifico, devidamente autorizadas pela COSIPE, esclarecendo-lhes, quando se fizer necessário, os 
objetivos da execução penal; 
 XVIII - Dar ciência à família do preso, em caso de grave enfermidade, morte ou transferência deste, 
comunicando ao preso, de igual modo, a doença ou morte de pessoa de sua família e concedendo lhe, se 
for o caso, permissão para sair; 
 IX - Atribuir, em solenidades especiais, prêmios e recompensas aos presos de exemplar comportamento 
e àqueles que pratiquem atos meritórios; 
 X - Realizar outras atividades dentro de sua área de competência. 
ATENÇÃO: INCLUSÃO DO INCISO IX NO ARTIGO ACIMA, PELO ART 2° DA PORTARIA 225 
/15 DE 14/04/15 (A MESMA PORTARIA TAMBÉM ALTEROU OS ARTS. 25, 26,80) QUE PASSA 
A VIGORAR COM A SEGUINTE REDAÇÃO: Art.2º - O artigo 19 do Regimento Geral dos 
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Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará passa a vigorar acrescido do inciso XI, com o seguinte 
texto: 
“XI – Julgar as faltas disciplinares cometidas pelos internos, após análise do parecer opinativo previsto 
no inciso I do artigo 25 deste Regimento, aplicando, quando for o caso, a sanção disciplinar adequada à 
falta cometida, assegurados o contraditório e a ampla defesa, por Defensor Público ou Advogado 
constituído pelo interno ou nomeado para o ato. 
OBS.: Repare que houve um equivoco na ordem dos incisos a partir do inc. XVIII onde logo em seguida 
deveria ser XIX, é IX, a sequencia de erros foi seguida pela portaria acima que alterou o art. 19, 
acrescentando o inc. XI, onde na verdade deveria ser XXI, mero detalhe se atenha ao conteúdo do inciso. 
Art. 20 - O (a) ocupante do cargo de Diretor (a) de Unidade Prisional, escolhido preferencialmente entre 
os servidores de carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania, com atenção à sua vocação e preparação 
profissional específica, deverá satisfazer os seguintes requisitos: 
I - ser portador (a) de diploma de nível superior em Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou 
Pedagogia, ou Serviços Sociais; 
 II - possuir experiência administrativa na área; 
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função. Parágrafo Único - O 
cargo de Diretor do Hospital Geral e Sanatório Penal e do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 
deverá ser ocupado por profissional da área de saúde, preferencialmente pertencente ao quadro de 
servidores estáveis da Secretaria da Justiça e Cidadania. 
Art. 21 - A (o) Diretor (a) Adjunto, compete: 
I - Assessorar diretamente o (a) Diretor(a) da Unidade Prisional no desempenho de suas atribuições; 
 II - Substituir, em seus afastamentos, ausências e impedimentos legais, o(a) Diretor(a) da Unidade 
Prisional, independente de designação especifica, salvo se por prazo superior a 30 (trinta) dias; 
III - Autorizar a expedição de certidões relativas aos assuntos da Unidade; 
IV - Acompanhar a execução do plano de férias dos servidores da Unidade; 
V - Exercer outras atividades que lhes sejam determinadas pelo (a) Diretor(a) da Unidade. 
§1º - A substituição prevista neste artigo, por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, propiciará ao 
substituto os direitos e vantagens do cargo de Diretor(a) da Unidade. 
§2º - O cargo de Diretor-Adjunto deverá, preferencialmente, ser ocupado por servidor estável de carreira 
da Secretaria de Justiça e Cidadania. 
Art. 22 - Ao Gerente Administrativo compete organizar, controlar e executar as atividades de apoio 
necessárias ao bom funcionamento operacional do Estabelecimento, inclusive a manutenção preventiva 
e corretiva, competindo-lhe:I - receber, controlar e distribuir gêneros alimentícios, os destinados ao consumo do Estabelecimento; 
II - supervisionar os serviços de copa e de cozinha; 
III - requisitar o material de expediente e providenciar a redistribuição junto aos demais serviços do 
Estabelecimento; 
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade todos os pertences do preso, de uso não permitido, 
fornecendo a estes comprovantes de recebimento; 
 V - manter em bom estado de funcionamento as instalações elétricas, telefônicas, hidrosanitárias e de 
climatização do prédio requisitando, com antecedência o material que for necessário para este fim; 
 VI - elabora o relatório anual das atividades inerentes ao serviço; 
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 VII - efetuar o balancete mensal do estoque de mercadoria existente; 
VIII - proceder á identificação de todo o material permanente em uso na unidade; 
 IX - adotar as medidas de segurança contra incêndio nas dependências do estabelecimento 
especialmente na área de prontuário e almoxarifado; 
 X - providenciar a manutenção preventiva e corretiva de máquinas, equipamentos e móveis em uso na 
unidade; XI - zelar pela conservação e limpeza do prédio; 
XII – controlar a manutenção de primeiro escalão, de responsabilidade dos motoristas nas viaturas da 
unidade; 
 XIII - executar e controlar os serviços de reprodução xerográfica ou similar de documentos, publicações 
e impressos de interesse de Unidade; 
XIV - organizar a prestação de contas dos suprimentos de fundos destinados ao estabelecimento; 
XV - efetuar o controle diário das folhas e cartões de registro de comparecimento do pessoal em exercício 
na Unidade; 
XVI - preparar dentro dos prazos estipulados os documentos de controle de comparecimento e de 
alterações relativos ao pessoal, encaminhados á COSIPE. Parágrafo Único - O cargo de Gerente 
Administrativo deverá ser ocupado por servidor de carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania. 
Art. 23 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina compete gerenciar o setor de Segurança e Disciplina, 
elaborando o plano de segurança interna do Estabelecimento, visando proteger a vida e a incolumidade 
física dos servidores de carreira, terceirizados e presos e a garantia das instalações físicas, bem como 
promover o conjunto de medidas que assegurem o cumprimento da disciplina prisional e organizar, 
controlar e orientar os Agentes Penitenciários no exercício de suas atribuições, competindo-lhe: 
I - orientar os presos quanto aos seus direitos, deveres e normas de conduta a serem observados, quando 
de sua chegada à Unidade; 
 II - realizar reuniões com os presos para preleções instrutivas e disciplinares; 
III - propor a concessão ou suspensão de recompensas aos presos; 
IV - fazer constar no prontuário disciplinar dos presos as ocorrências e alterações havidas com estes; 
 V - controlar a movimentação de presos quando das transferências para outras celas; 
 VI - manter atualizada a relação geral dos presos, seus locais de recolhimento noturno, de trabalho e/ou 
permanência obrigatória; 
VII - opinar quanto aos horários de visitas, rancho, repouso noturno, alvorada e atendimento aos presos; 
VIII - encaminhar ao Conselho disciplinar as faltas disciplinares, praticadas por presos para 
conhecimento e julgamento; 
IX - promover vistorias nos presos e buscas nas dependências do estabelecimento, de caráter preventivo 
ou sempre que houver fundadas suspeitas de porte ou uso indevido de armas, aparelhos celulares ou de 
objetos que possam ser utilizados para prática de crimes ou falta disciplinares; 
X - manter atualizados registros e alterações relativas aos agentes penitenciários; 
XI - elaborar a escala do plantão e organizar a composição das equipes; 
 XII - zelar pelo bom funcionamento dos equipamentos e implementos necessários á execução dos 
serviços de segurança interna; 
XIII - promover mensalmente em caráter ordinário, reuniões com os agentes prisionais e 
extraordinariamente quando necessário; 
XIV - propor ao diretor a lista de nomes para escolha e designados dos chefes de equipes; 
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XV - assegurar o respeito aos visitantes enquanto permanecerem nas dependências da Unidade; 
XVII - manter em arquivo o registro das pessoas que visitam a Unidade; XVIII - comunicar, diariamente, 
ao diretor c/ou substituto as alterações constantes no relatório de serviço diário; 
 XIX - manter informado o diretor sobre quaisquer alterações havidas na unidade; 
 XX - colaborar nas realizações de eventos de caráter sócio cultural, esportivo e cívico do 
estabelecimento. 
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Segurança e Disciplina deverá ser ocupado preferencialmente 
por agente penitenciário estável da Secretaria de Justiça e Cidadania. 
Art. 24 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários compete: 
 I - Conferir o relatório da equipe anterior; 
II - Conferir o material de segurança sob sua responsabilidade, bem como a frequência dos membros de 
sua equipe, distribuindo as tarefas relativas ao funcionamento da unidade entre os presentes; 
 III - Dar encaminhamento e supervisionar a execução das determinações da Direção e do Chefe de 
segurança e disciplina; 
 IV - Comunicar imediatamente qualquer ocorrência que comprometa a ordem, a segurança e a disciplina 
da unidade à Direção e ao Chefe de Segurança e Disciplina, relatando, em seguida, de forma 
circunstanciada, por escrito; 
 V - Em caso de emergência que comprometa a integridade física do preso, autorizar transferência de 
alojamento no interior da unidade, diante da ausência de seu superior hierárquico; 
VI - Em caso de emergência que comprometa a integridade física do preso, autorizar a saída temporária 
do mesmo para atendimento médico, mediante escolta, diante da ausência de seu superior hierárquico; 
 VII - Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes penitenciários de plantão, cumprindo e fazendo 
cumprir as normas e regulamentos do estabelecimento; VIII - Elaborar relatório circunstanciado ao 
final de seu plantão, registrando todas as ocorrências havidas; 
Parágrafo Único - O cargo de Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários deverá ser ocupado 
preferencialmente por agente penitenciário estável da Secretaria de Justiça e Cidadania. 
Art.25 - O Conselho Disciplinar, órgão colegiado formado pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de 
Segurança e Disciplina, por um Assistente Social, um Psicólogo e por um agente penitenciário de notória 
experiência, tem por finalidade: 
I - Conhecer, analisar, processar e julgar as faltas disciplinares cometidas pelos internos, aplicando a 
sanção disciplinar adequada à falta cometida, assegurados o contraditório e a ampla defesa, por Defensor 
Público ou Advogado constituído pelo interno. 
II - Conhecer os resultados de eventuais exames criminológicos e acompanhar o perfil comportamental 
do preso. 
ATENÇÃO: ART. 19, 25, 26, 80 ALTERADO PELA PORTARIA 225/15 DOE-CE de 14/04/2015- 
SEJUS passando a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 25 – O Conselho Disciplinar, órgão colegiado formado pelo Diretor Adjunto, por um Assistente 
Social e por um agente penitenciário de notória experiência, tem por finalidade: 
I - Instaurar Procedimento Disciplinar para conhecer, analisar e processar as faltas disciplinares 
cometidas pelos internos,elaborando parecer opinativo, que será encaminhado para apreciação do (a) 
Diretor(a) da Unidade Prisional, assegurados, em todo o procedimento o contraditório e a ampla defesa, 
por Defensor Público ou Advogado constituído pelo interno ou nomeado para o ato. 
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II - Conhecer os resultados de eventuais exames criminológicos e acompanhar o perfil comportamental 
do preso. 
Parágrafo único – Nos estabelecimentos prisionais em que não houver os profissionais descritos no caput 
deste artigo, a decisão sobre faltas disciplinares ficará a cargo do Diretor da unidade, ouvido previamente 
o Defensor Público ou o Advogado constituído ou nomeado para o ato.” 
Art.26 - O Conselho Disciplinar, que será presidido pelo Diretor Adjunto e nas suas faltas ou 
impedimentos, pelo Chefe de Segurança e Disciplina, reunir-se-á tantas vezes quantas necessárias para 
deliberar sobre as tarefas a seu cargo. 
§1º - Em caso de empate será considerado vencedor o voto favorável ao preso. 
§2º - As decisões do Conselho de Disciplina serão sempre coletivas e lançadas por escrito, sendo tomadas 
por maioria simples, observado quórum mínimo de 03 (três) membros para deliberação. 
ATENÇÃO: ART 26 ALTERADO PELA PORTARIA 225/15 – PASSANDO A VIGORAR COM A 
SEGUINTE REDAÇÃO: 
“Art. 26 - O Conselho Disciplinar, que será presidido pelo Diretor Adjunto e, nas suas faltas ou 
impedimentos, pelo agente penitenciário que o compõe, reunir-se-á tantas vezes quantas necessárias para 
deliberar sobre as tarefas a seu cargo. 
§1º - Em caso de empate será considerado vencedor o voto favorável ao preso. 
 §2º - Os pareceres do Conselho Disciplinar serão sempre coletivos e lançados por escrito, sendo tomados 
por maioria simples.” 
Art. 27 - A Comissão Técnica de Classificação, órgão colegiado, deverá ser composta pelo (a) Diretor 
(a) do Estabelecimento, que a presidirá, dois agentes penitenciários, com larga experiência no 
penitenciarismo, um Psiquiatra, um Psicólogo, um Assistente Social, e tem por finalidade aquilatar a 
personalidade do condenado, para determinar o tratamento adequado, competindo-lhe: 
I - Fixar o programa reeducativo; 
II - Acompanhar a execução das penas privativas de liberdade; 
III - Classificar o condenado segundo seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização 
da execução penal; 
IV - Propor as conversões e as regressões, bem como as progressões; 
V - Informar, caso seja solicitado, através de parecer técnico, o perfil criminológico do condenado para 
fins de benefício; 
VI - Zelar pelo cumprimento dos deveres dos presidiários e assegurar a proteção dos seus direitos, cuja 
suspensão ou restrição competirá a Direção da Unidade ou ao Juiz das Execuções Criminais. 
Art. 28 - A Comissão Técnica de Classificação, para obtenção de dados reveladores da personalidade 
dos presos, poderá: 
 I - Entrevistar pessoas; 
 II - Requisitar de órgãos públicos ou privados dados e informações referentes ao preso; 
III - Realizar outras diligências e exames. 
 
TÍTULO IV 
DAS FASES DA EXECUÇÃO ADMINISTRATIVA DA PENA 
 
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Art. 29 - As fases da execução administrativa da pena serão realizadas através de estágios, respeitados 
os requisitos legais, a estrutura física e os recursos materiais de cada unidade prisional. 
I - Primeira Fase - Procedimentos de inclusão e observação por prazo não superior a 60 (sessenta) dias, 
realizado pelo Centro de Triagem e Observação Criminológica, e complementados pela Comissão 
Técnica de Classificação da unidade recebedora; 
II - Segunda Fase - Desenvolvimento do processo da execução da pena compreendendo as várias técnicas 
promocionais e de evolução sócioeducativas. 
Parágrafo único – A Secretaria da Justiça e Cidadania elaborará Protocolo de Procedimentos 
Operacionais de Segurança Penitenciária, abrangendo, entre outras atividades e técnicas, uso de algemas; 
recebimento de presos; padrão de vistorias e de revista pessoal; manuseio de equipamentos de segurança; 
controle de acesso de pessoas, veículos e materiais; emprego de armas letais e não-letais; uso progressivo 
e proporcional da força, observando-se procedimentos específicos nos estabelecimentos prisionais 
femininos. 
Art. 30 - À Comissão Técnica de Classificação, caberá avaliar a terapêutica penal em relação ao preso 
sentenciado, propondo as promoções subsequentes. 
Art. 31 - As perícias criminológicas, eventualmente requisitadas, deverão ser realizadas pela equipe 
técnica do Centro de Triagem e Observação Criminológica ou pela Comissão Técnica de Classificação 
da unidade, observando em cada caso o que for mais adequado. 
 
TÍTULO V 
DO INGRESSO, TRANSFERÊNCIA E SAÍDA DO PRESO 
 
Art. 32 - O ingresso do preso condenado deverá se dar mediante apresentação da guia de recolhimento, 
expedida pela autoridade judiciária competente, observando-se o disposto nos arts.105 a 107 da Lei 
7210/84 (Lei de Execuções Penais). 
Art. 33 - O ingresso do preso provisório se dará através da apresentação dos seguintes documentos: 
 I - guia de recolhimento expedida pela autoridade policial ou judiciária competente; 
 II - comprovação de que o mesmo foi submetido a exame de corpo de delito; 
III - comprovante de identificação do preso junto à Delegacia de Capturas; 
IV - Informação sobre os antecedentes criminais do preso, com cópia do auto de prisão em flagrante ou 
do mandado de prisão judicial. 
Parágrafo Único - Toda entrada, transferência ou saída de preso de unidade deverá ser comunicada pela 
Direção a todos os juízos onde o mesmo responda a procedimento criminal. 
Art. 34 - Na ocasião do ingresso no Sistema Penitenciário, o preso se submeterá a revista pessoal e de 
seus pertences, devendo, logo após, ser submetido a higienização corpórea e substituição de seu 
vestuário pelo uniforme padrão adotado. 
 Art. 35 – No ingresso, o preso terá aberto, em seu nome, um prontuário, devidamente numerado em 
ordem seriada, onde serão anotados, dentre outros, seus dados de identificação e qualificação, de forma 
completa, dia e hora da chegada, situação de saúde física e mental, aptidão profissional e alcunhas. 
§1º - No prontuário ficarão arquivados todos os documentos relativos ao preso, inclusive certidão 
atualizada de antecedentes criminais do juízo local, bem como do seu domicílio de origem; 
 §2º - A fotografia do preso será parte integrante do prontuário. 
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§3º - Após a abertura do prontuário, o preso receberá instruções a serem cumpridas, sobre as normas do 
estabelecimento, sendo cientificado dos direitos e deveres prescritos no presente Regimento, e da 
possibilidade de acesso ao mesmo sempre que desejar. 
§4º - Em todas as dependências e acomodações das unidades prisionais deverão afixar-se os direitos e 
deveres dos presos, permanecendo o presente regimento acessível a todos sempre que desejarem 
consultar. 
 §5º - Os analfabetos serão instruídos oralmente. 
 Art. 36 - Os pertences trazidoscom o preso cuja posse não for permitida serão inventariados e colocados 
em depósito apropriado no Setor da Gerência Administrativa da Unidade Prisional, mediante contra 
recibo, sendo entregues posteriormente aos seus familiares, ou a pessoa por ele indicada. 
§1º - Os objetos de valor e joias serão recolhidos ao Setor de Pecúlio, bem como importâncias em 
dinheiro serão depositadas em conta corrente do pecúlio disponível, com preenchimento dos respectivos 
recibos. 
Art. 37 - O preso será submetido a exames clínicos pelo Serviço de Saúde, devendo ser examinado por 
médico, que fornecerá atestado sobre as condições físicas apresentadas quando de sua chegada, e 
relacionará a necessidade de ingestão de medicamentos eventualmente trazidos pelo preso, sob 
prescrição médica, bem como de dieta diferenciada. 
Art. 38 - Quando da impossibilidade de cumprir todas as exigências enumeradas nos dispositivos 
anteriores, na data da inclusão, as mesmas poderão ocorrer nos três dias úteis subsequentes. 
Art. 39 - O preso que adentrar pela primeira vez na Unidade cumprirá um período inicial considerado 
de adaptação e observação, nunca superior a 60 (sessenta) dias, durante o qual será observado seu 
comportamento no Centro de Triagem e Observação Criminológica e posteriormente, pela Comissão 
Técnica de Classificação da unidade recebedora. 
Art. 40 - Nos (10) dez primeiros dias do estágio de adaptação o preso não poderá receber visitas de 
familiares e amigos, podendo somente receber seu advogado ou Defensor Público. 
Art. 41 - Durante o período de adaptação o preso será classificado quanto ao grau de periculosidade, 
comportamento e antecedentes. 
 
DA TRANSFERÊNCIA 
 
Art. 42 - A transferência do preso de uma unidade prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes condições: 
I - por ordem judicial; 
II - por interesse técnico-administrativo da administração penitenciária; 
III - a requerimento do interessado; 
IV - por determinação do Secretário de Justiça e Cidadania, mediante Relatório de Inteligência Prisional. 
§1º - A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas – CATVA será formada por equipe 
multidisciplinar e administrará o ingresso, reingresso e a transferência de presos nas unidades do sistema 
penitenciário estadual, indicando a unidade para onde o interno será encaminhado, devendo ser presidida 
pelo Coordenador Adjunto da COSIPE, que executará, privativamente, as atribuições previstas no inciso 
II do 
Art. 16 do Decreto nº 27.385 de 02.03.2004. 
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§2º - A Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas - CATVA será o órgão competente 
para a liberação de vagas para presos provisórios e condenados em presídios, casas de privação 
provisórias de liberdade, penitenciárias, Casa do Albergado, Hospital de Custódia e Manicômio 
Judiciário do Estado do Ceará, vinculados a Comarca de Fortaleza, obedecendo os procedimentos 
contidos em Portaria específica, observando as avaliações realizadas pelo Centro de Triagem e 
Observação Criminológica. 
 §3º - Nos estabelecimentos prisionais não alcançados pelas atribuições da Comissão de Avaliação de 
Transferências e Gestão de Vagas - CATVA, a regulamentação permanecerá determinada pelo presente 
Regimento. 
 
POR ORDEM JUDICIAL 
 
Art. 43 - A transferência provisória ou definitiva do preso de uma unidade prisional para outra, por 
ordem judicial, dar-se-á nas seguintes circunstâncias: 
 I - por sentença de progressão ou regressão de regime; 
II - para apresentação judicial dentro e fora da Comarca; 
III - para tratamento psiquiátrico, desde que haja indicação médica; 
 IV - em qualquer circunstância, mais adequada ao cumprimento da sentença, em outro Estado da 
Federação, a juízo da autoridade judiciária competente. 
 
POR INTERESSE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA 
 
Art. 44 – O preso será transferido por interesse técnico-administrativo da administração penitenciária 
nas seguintes circunstâncias: 
 I - por solicitação do diretor da unidade, conforme indicação da Comissão Técnica de Classificação e 
demais áreas de avaliação; 
II - no caso de doença, que exija tratamento hospitalar do preso, quando a unidade prisional não dispuser 
de infraestrutura adequada, devendo a solicitação ser feita pela autoridade médica, ratificada pelo diretor 
da unidade; 
 III - por interesse da Administração, com vistas a preservação da segurança e disciplina. 
IV - para preservação da segurança pessoal do interno; 
V - a preservação de condições pessoais favoráveis à individualização da execução penal; 
VI - a preservação de laços afetivos entre o condenado e seus parentes; 
VII – para o exercício de atividades educacionais e/ou laborativas. 
§1º - Compete à Coordenadoria do Sistema Penal, nas unidades não alcançados pelas atribuições da 
Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas, em caráter excepcional, e devidamente 
justificada, determinar a transferência do preso, de uma a outra unidade prisional. 
 §2º - A transferência de preso condenado ou provisório será, no prazo improrrogável de 24 (vinte e 
quatro) horas, comunicada, respectivamente, ao juízo das execuções penais ou ao juízo responsável pelo 
processo. 
 
A REQUERIMENTO DO INTERESSADO 
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Art. 45 – Fora das hipóteses que dependam de decisão judicial, o preso, seus familiares ou seu procurador 
poderão requerer sua transferência, ao diretor do estabelecimento respectivo, para unidade prisional do 
mesmo regime quando: 
 I - conveniente, por ser na região de residência ou domicílio da família, devidamente comprovado; 
 II - necessária a adoção de Medida Preventiva de Segurança Pessoal, e a unidade prisional não dispuser 
de recurso para administrá-la. 
Parágrafo único – O Diretor do estabelecimento ouvirá a manifestação da Chefia de Segurança e 
Disciplina e do Serviço Social, devendo ser anexada Certidão Carcerária contendo a data de entrada do 
preso, o tempo de recolhimento e o seu comportamento carcerário, e encaminhará à CATVA para 
deliberação. 
Art. 46 – O pedido conterá: 
I - petição assinada pelo requerente ou termo de declaração, onde justifique os motivos da pretensão; 
II- qualificação e extrato da situação processual do sentenciado; 
III- informações detalhadas das condições de saúde, trabalho, instrução e conduta prisional; 
IV- manifestação do diretor da unidade prisional, sobre a conveniência ou não da transferência. 
Art. 47 - Quando ocorrer transferência temporária de presos entre as unidades prisionais, deverá haver 
acompanhamento de informações referentes à disciplina, saúde, execução da pena e visitas dos mesmos, 
a fim de orientar procedimento na unidade de destino. 
§1º - No caso de remoção definitiva, além das providências do caput deste artigo, o preso deverá ser 
acompanhado de seu prontuário e pertences pessoais. 
Seção IV 
Por determinação do Secretário de Justiça e Cidadania, mediante Relatório de Inteligência Prisional. 
Art. 48 - Emergencialmente, a transferência se dará por determinação do Secretário de Justiça e 
Cidadania, através da COINT ou COSIPE. 
Parágrafo único – No prazo de 72 (setenta e duas) horas haverá formalização da transferência 
emergencial à Comissão de Avaliação de Transferências e Gestão de Vagas- CATVA, em relação aos 
estabelecimentos prisionais submetidos à sua atuação. 
 
CAPÍTULO III 
DA SAÍDA 
 
Art. 49 - A saída do preso da Unidade Prisional dar-se-á, nos seguintes casos: 
 I - pelo término do cumprimento da pena, devidamente reconhecido por sentença do Juízo das 
Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios; 
II - em virtude de algum beneficio legal que lhe tenha sido concedido, sempre por ordem escrita da 
Autoridade Judiciária competente. 
III - para atendimento de requisições administrativas ou policiais, mediante escolta e autorização escrita 
do Juiz das Execuções Criminais e Corregedor dos Presídios; 
IV - para atendimento de requisições judiciais, mediante escolta; 
V - em caráter excepcional, mediante autorização da Direção do Estabelecimento Prisional, nos casos e 
na forma estabelecidos nos artigos 120 e 121 da Lei de Execuções Penais. 
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Parágrafo único – Nas saídas previstas nos incisos I e II, será disponibilizado ao preso: 
A entrevista de desligamento realizada preferencialmente por psicólogo ou assistente social, quando 
receberá aconselhamento e orientação, além do encaminhamento para a Coordenadoria de Inclusão 
Social do Preso e do Egresso – CISPE, rede sócio-assistencial, de saúde e de educação; 
orientação, preferencialmente pelo Defensor Público lotado na unidade, sobre as condições jurídicas às 
quais ficará submetido; 
vestimentas e condições de transporte para o retorno à sua residência de forma digna, desde que 
localizada no Estado do Ceará ou, em situações excepcionais, a critério da Secretaria da Justiça e 
Cidadania. 
 
DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS BENS, REGALIAS E RECOMPENSAS. 
 
Art. 50 - São direitos comuns aos presos, além dos já previstos pela Constituição Federal, Pactos 
Internacionais, Legislação Penal e Processual Brasileira, Lei de Execuções Penais e demais Leis, os 
seguintes: 
I - preservação da individualidade, observando-se: 
a) chamamento nominal; 
b) uso de número somente para qualificação em documento da administração penal. 
II - atendimento pela Diretoria do Estabelecimento e/ou demais funcionários; 
III - prática religiosa; 
IV- tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico, psicológico e odontológico gratuito, com os recursos 
humanos e materiais postos a sua disposição pela Unidade onde se acha recolhido, sendo-lhes garantidos: 
a) obtenção de assistência médica pela rede Municipal, Estadual e Federal, quando esgotados ou 
inexistentes os recursos institucionais, de acordo com a disponibilidade dessas redes; 
 b) a faculdade de contratar, através de familiares ou dependentes, profissionais médicos e odontológicos 
de confiança pessoal, a fim de orientar e acompanhar o tratamento que se faça necessário, observadas as 
normas legais e regulamentares vigentes; 
V - frequência às atividades desportivas, de lazer e culturais condicionadas à programação da Unidade, 
dentro das condições de segurança e disciplina, obedecendo-se os a seguinte regra: 
 a) a prática de esportes deverá ser realizada em local adequado, pelo período de 02:00 horas, pelo menos 
uma vez por semana, sem prejuízo das atividades educacionais e laborativas da Unidade; 
 VI - contato com o mundo exterior e acesso aos meios de comunicação social, por meio de: 
a) correspondência escrita com familiares e outras pessoas, podendo ser suspenso ou restringido tal 
direito por ato motivado do Diretor da Unidade, no caso de cometimento de falta grave; 
b) leitura de livros, jornais, revistas e demais periódicos, desde que não contenham incitamento à 
subversão da ordem ou preconceito de religião, raça ou classe social e não comprometam a moral e os 
bons costumes; 
c) programação da Rádio Livre; 
d) acesso coletivo a programa de televisão; 
e) acesso a sessões cinematográficas, teatrais, artísticas e socioculturais, de acordo com a programação 
da Unidade respectiva. 
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VII - acomodação em celas ou alojamentos coletivos ou individuais, dentro das exigências legais, 
havendo trocas de roupas de uso pessoal, de cama, banho e material de higiene, fornecidos pela Unidade 
Prisional ou outros setores devidamente autorizados; 
VIII - solicitar à Diretoria mudança de cela ou pavilhão, que poderá ser autorizada após avaliação dos 
motivos e da capacidade estrutural da Unidade; 
 IX - peticionar à Direção do Estabelecimento e demais autoridades; 
X - receber visitas do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados, podendo 
ser suspenso ou restringido tal direito por ato motivado do Diretor da Unidade, no caso de cometimento 
de falta grave; 
 XI - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
XII - receber atestado anual de pena a cumprir; 
XIII - assistência jurídica integral desde sua inserção no Sistema Penitenciário, prestada por advogado 
constituído ou pela Defensoria Pública; XIV - entrevista reservada com seu advogado constituído 
ou Defensor Público, no parlatório, individualmente, nos dias úteis e no horário de expediente da 
Unidade. 
XV - à presa, em caso de gravidez, são asseguradas: 
a) assistência pré-natal; 
b) alimentação apropriada desde a confirmação da gravidez até o fim da amamentação; 
c) internação, com direito a parto em hospital adequado, por meio de escolta; 
d) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 120 dias após o 
nascimento, prorrogável por igual período, em local adequado, mesmo que haja restrição de 
amamentação; 
 e) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 180 dias após o 
nascimento, prorrogável por igual período, após avaliação médica e de assistente social, em local 
adequado, quando estiver amamentando; 
XVI - reabilitação das faltas disciplinares; 
XVII - Em caso de falecimento, doenças, acidentes graves ou transferência do preso para outro 
estabelecimento, o Diretor comunicará imediatamente ao cônjuge ou, se for o caso, a parente próximo 
ou a pessoa previamente indicada; 
XVIII - O preso será informado, imediatamente, do falecimento ou de doença grave do cônjuge, 
companheira, ascendente, descendente ou irmão, podendo ser permitida a visita a estes, sob custódia; 
XIX - Em caso de deslocamento do preso, por qualquer motivo, deve-se evitar sua exposição ao público, 
assim como resguardá-lo de insultos e da curiosidade geral. 
XX - igualdade de tratamento, exceto quanto à individualização da pena. 
§1º - Os direitos previstos neste Regimento não excluem outros decorrentes dos princípios por ele 
adotados. 
 §2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o preso deverá permanecer em recinto separado dos demais, 
aplicando-se, no que couber, as normas destinadas aos presos provisórios. 
 
CAPÍTULO II 
DOS DEVERES DOS PRESOS 
 
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Art. 51 - São deveres dos presos, além dos previstos na legislação pátria: 
 I - respeito às autoridades constituídas, funcionários e companheiros presos; 
II - comportamentodisciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
III - informar-se das normas a serem observadas na Unidade Prisional, respeitando-as; 
 IV - acatar as determinações legais solicitadas por qualquer funcionário no desempenho de suas funções; 
 V - manter comportamento adequado em todo o decurso da execução da pena, progressiva ou não; 
VI - submeter-se à sanção disciplinar imposta; 
 VII - Conduta oposta aos movimentos individuais e coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou a 
disciplina; 
VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe forem destinados, direta ou indiretamente; 
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a que der causa, de forma culposa ou dolosa; 
X - zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela, alojamento, corredores e sanitários; 
XI - submeter-se às normas contidas neste Regimento Geral, referentes às visitas, orientando-as nesse 
sentido; 
 XII - submeter-se às normas, contidas neste Regimento Geral, que disciplinam a concessão de saídas 
externas previstas em lei: 
 XIII - submeter-se às normas contidas neste Regimento Geral, que disciplinam o atendimento nas áreas 
de: 
a) saúde; 
b) assistência jurídica; 
c) psicológica; 
d) serviço social; 
e) diretoria; 
f) serviços administrativos em geral; 
g) atividades escolares, desportivas, religiosas, de trabalho e de lazer; 
h) assistência religiosa; 
XIV - devolver ao setor competente, quando de sua saída ou da eventual transferência, os objetos 
fornecidos pela unidade e destinados ao uso próprio; 
XV - abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros, materiais dos diversos setores da Unidade 
Prisional; 
XVI - abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de terceiros ou do patrimônio do Estado; 
XVII - abster-se da confecção e posse indevida de instrumentos capazes de ofender a integridade física 
de outrem, bem como daqueles que possam contribuir para ameaçar, ou obstruir a segurança das pessoas 
e da Unidade Prisional; 
XVIII - abster-se de uso e consumo de bebida alcoólica ou de substância que possa causar embriaguez 
ou dependência física, psíquica ou química; 
XIX - abster-se de transitar ou permanecer em locais não autorizados pela Direção da Unidade. 
XX - abster-se de dificultar ou impedir a vigilância; 
XXI - abster-se de quaisquer práticas que possam causar transtornos aos demais presos, bem como 
prejudicar o controle de segurança, a organização e a disciplina; 
XXII - acatar a ordem de contagem da população carcerária, respondendo ao sinal convencionado da 
autoridade competente para o controle da segurança e disciplina; 
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XXIII - abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins de decoração ou proteção de vigias, portas, 
janelas e paredes, que possam prejudicar o controle da vigilância; 
XXIV - abster-se de utilizar sua cela como cozinha; 
XXV - submeter-se à requisição das autoridades judiciais, policiais e administrativas; 
XXVI - submeter-se à requisição dos profissionais de qualquer área técnica para exames ou entrevistas; 
XXVII - submeter-se às condições estabelecidas para uso de aparelho de rádio e/ou aparelho de TV; 
XXVIII - submeter-se às condições de uso da biblioteca do estabelecimento, caso haja, e de livros de 
sua propriedade; 
XXIX - submeter-se às condições estabelecidas para as práticas desportivas e de lazer; 
XXX - submeter-se às condições impostas para quaisquer modalidades de transferências e remoção de 
ordem judicial, técnico-administrativa e a seu requerimento; 
XXXI - submeter-se aos controles de segurança impostos pelos Agentes Penitenciários ou outros agentes 
públicos incumbidos de efetuar a escolta externa. 
 
CAPÍTULO III 
DOS BENS E VALORES PESSOAIS 
 
Art. 52 - A entrada de bens de qualquer natureza obedecerá aos seguintes critérios: 
I - em se tratando daqueles permitidos, os mesmos deverão ser revistados e devidamente registrados em 
documento específico: 
a) a entrada de bens perecíveis, em espécie e manufaturados, terá sua quantidade devidamente regulada; 
b) os bens não perecíveis serão analisados pela unidade prisional quanto à sua necessidade, conveniência 
e quantidade; 
II - Em se tratando de bens de consumo e patrimoniais trazidos por presos acompanhados ou não de 
funcionário, quando das saídas externas autorizadas, serão analisados. No caso de não se comprovar a 
origem será lavrado comunicado do evento, sem prejuízo de outras medidas cabíveis; 
III - Quando do ingresso de bens e valores através de familiares e afins, serão depositados no setor 
competente, mediante inventário e contra recibo: 
a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão devolvidos no momento em que o preso seja libertado; 
b) no caso de transferência do preso, os valores e bens serão encaminhados à unidade de destino. 
Art. 53 - Em caso de falecimento do preso, os valores e bens a este pertencentes, devidamente 
inventariados, serão entregues aos familiares, atendidas as disposições legais pertinentes 
 
SEÇÃO I 
DAS RECOMPENSAS 
 
Art. 54 - As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do preso 
sentenciado ou do preso provisório, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. 
Art. 55 - São recompensas: 
I - o elogio; 
II - a concessão de regalias. 
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Art. 56 - Será considerado para efeito de elogio a prática de ato de excepcional relevância humanitária 
ou do interesse do bem comum, por portaria do diretor da unidade prisional, devendo constar do 
prontuário do condenado. 
 
SEÇÃO II 
DAS REGALIAS 
 
Art. 57 - Constituem regalias, concedidas aos presos em geral, dentro da Unidade Prisional: 
 I - visitas íntimas; 
II - assistir coletivamente sessões de cinema, teatro, shows e outras atividades sócio-culturais, fora do 
horário normal em épocas especiais; 
III - assistir coletivamente sessões de jogos esportivos em épocas especiais, fora do horário normal; 
IV - participar de atividades coletivas, além da escola e trabalho, em horário pré-estabelecido de acordo 
com a Unidade do Sistema e Direção; 
 V - participar em exposições de trabalho, pintura e outros, que digam respeito às suas atividades; 
VI - visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela direção se comprovada sua necessidade e 
relevância. 
Art. 58 - Poderão ser acrescidas outras regalias de forma progressiva, acompanhando as diversas fases e 
regimes de cumprimento da pena; 
Art. 59 - O preso no regime semi-aberto poderá ter outras regalias, a critério da direção da unidade 
visando sua reintegração social; 
Art. 60 - As regalias poderão ser suspensas ou restringidas, por cometimento de falta disciplinar de 
qualquer natureza ou por ato motivado da direção da Unidade Prisional. 
TÍTULO VII 
DA DISCIPLINA E DAS FALTAS DISCIPLINARES 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 61 - No aspecto administrativo-disciplinar, este Regimento aplicasse aos presos de ambos os sexos 
recolhidos na mesma ou em Unidades Prisionais diversas. 
Art. 62 - Todos os presos da Unidade Prisional serão cientificados das normas disciplinares, no momento 
de seu ingresso na mesma. 
Art. 63 - As normas deste Regimento serão aplicadas aos presos, quer dentro do estabelecimento 
prisional e sua extensão, quer quandoestiverem em trânsito ou em execução de serviço externo. 
 
CAPÍTULO II 
DA DISCIPLINA 
 
Art. 64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza, sem constrangimento, sem impor maiores 
restrições que as necessárias para manter a segurança e a boa organização da vida em comum, visando 
o retorno satisfatório do preso a sociedade. 
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Parágrafo único - A disciplina, a hierarquia, a fraternidade e a civilidade são requisitos importantes para 
o aprimoramento físico, mental e espiritual na busca da construção de um futuro melhor para o preso. 
Art. 65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes penalidades: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de regalias; 
IV - suspensão ou restrição de direitos, observadas as condições previstas no incisos XIII e XIV do artigo 
50 do presente regimento; 
V - isolamento em local adequado; 
VI - inclusão no regime disciplinar diferenciado, mediante decisão fundamentada do juízo competente. 
 §1º - Advertência verbal é a punição de caráter educativo, aplicado às infrações de natureza leve, e se 
couber as de natureza média; 
 §2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma escrita, revestida de maior rigor no aspecto educativo, 
aplicável em casos de infração de natureza média, bem como os reincidentes de natureza leve. 
Art. 66 - Às faltas leves e médias, poderão ser aplicadas as sanções previstas nos incisos I, II, III do 
artigo anterior. 
Art. 67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos IV e V do artigo 65 deste 
Regimento Geral, não podendo qualquer delas exceder a 30 (trinta) dias. 
 §1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juízo da Execução. 
§2º - A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo máximo 
de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina e da averiguação do fato. 
§3º - O tempo de isolamento preventivo será computado no período de cumprimento da sanção 
disciplinar. 
Art. 68 - Aplica-se o Regime Disciplinar Diferenciado, na hipótese de falta grave consistente na prática 
de crime doloso que ocasione subversão da ordem ou disciplina interna, e tem as seguintes 
características: 
 I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar os filhos menores de quatorze anos, com duração de 
duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por duas horas diárias para banho de sol. 
§1º - O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados que 
apresentem alto risco para a ordem e a segurança do Presídio ou da sociedade. 
§2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou condenado sob 
o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações 
criminosas, quadrilha ou bando. 
§3º - A inclusão de preso no regime disciplinar diferenciado deverá ser requerida, apos deliberação da 
comissão disciplinar, por meio de parecer circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juízo competente, 
sendo imprescindível a decisão fundamentada da autoridade judiciária para a imposição de tal sanção. 
Art. 69 - A suspensão e restrição de regalias poderão ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, na 
prática de faltas de qualquer natureza. 
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Art. 70 - Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. 
 
DAS FALTAS DISCIPLINARES (art. 71-74) 
 
Art. 71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza classificam se em: 
I - leves; 
II - médias; 
III - graves. 
Parágrafo único - O disposto neste capítulo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 
 
SEÇÃO I 
DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA LEVE 
 
Art. 72 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve: 
I - manusear equipamento de trabalho sem autorização ou sem conhecimento do encarregado, mesmo a 
pretexto de reparos ou limpeza; 
II - adentrar em cela ou alojamento alheio, sem autorização; 
III - desatenção em sala de aula ou no trabalho; 
IV - permutar, penhorar ou dar em garantia objetos de sua propriedade a outro preso sem prévia 
comunicação da direção da unidade respectiva; 
V - utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de forma diversa para a qual recebeu; 
VI - executar, sem autorização, o trabalho de outrem; 
VII - responder por outrem às chamadas regulamentares; 
VIII - ter posse de papéis, documentos, objetos ou valores não cedidos e não autorizados pela Unidade 
Prisional; 
IX - descuidar da higiene pessoal; 
X - estar indevidamente trajado; 
XI - proceder de forma grosseira ou discutir com outro preso; 
XII - usar material de serviço para finalidade diversa da qual foi prevista; 
XIII - deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas do curso em que esteja matriculado; 
XIV - sujar pisos, paredes ou danificar objetos que devam ser conservados; 
XV - portar ou manter na cela ou alojamento, material de jogos não permitidos; 
XVI - remeter correspondência, sem registro regular pelo setor competente; 
XVII - desobedecer aos horários regulamentares; 
 XVIII - descumprir as prescrições médicas; 
XIX - lavar ou secar roupa em locais não ermitidos; 
XX - fazer refeições em local e horário não permitidos; 
XXI - conversar através de janelas, guichê da cela ou de setor de trabalho ou em local não apropriado; 
XXII - mostrar displicência no cumprimento do sinal convencional de recolhimento ou formação; 
XXIII - fumar em local ou horário não permitido. 
XXIV - proferir palavras de baixo calão ou faltar com preceitos de educação; 
XXV - dirigir-se, referir-se ou responder a qualquer pessoa de modo desrespeitoso; 
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XXVI - tocar instrumentos musicais fora dos locais e horários permitidos pela autoridade competente 
 
SEÇÃO II 
DAS FALTAS DE NATUREZA MÉDIA 
 
Art. 73 - Considera-se falta disciplinar de natureza média: 
I - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos ou causando embaraços à administração; 
II - provocar direta ou indiretamente alarmes injustificados; 
III - deixar, sem justo motivo, de responder às revistas ou reuniões em horários pré-estabelecidos, ou 
aquelas para as quais ocasionalmente for determinado; 
IV - atrasar-se o interno do regime aberto e semi-aberto, para o pernoite; 
V - atrasar-se, sem justo motivo, o interno do regime semiaberto quando do seu retomo ao 
Estabelecimento Penal no caso de saídas temporárias autorizadas; 
VI - envolver, indevidamente, o nome de outrem para se esquivar de responsabilidade; 
VII - portar-se de modo indisciplinado ou inconveniente quando das revistas e conferências nominais; 
VIII - promover ou concorrer para a discórdia e desarmonia entre os internados, ou cultivar inimizades 
entre os mesmos; 
IX - portar-sede modo inconveniente, provocando outros internos através de brincadeiras de cunho 
pernicioso ou sarcástico; 
X - apresentar, sem fundamento ou em termos desrespeitosos, representação ou petição; 
XI - recriminar ou desconsiderar ato legal de agente da administração da unidade respectiva; 
XII - deixar de realizar a faxina do xadrez, alojamento, banheiro ou corredores, cuja atribuição lhe esteja 
a cargo, ou fazê-lo com desídia; 
XIII - transitar pelos corredores dos alojamentos ou das celas despido ou em trajes sumários; 
XIV - deixar de fazer uso do uniforme sem autorização; 
XV - fazer qualquer tipo de adaptação nas instalações elétricas ou hidráulicas da Unidade, sem a devida 
autorização; 
XVI - concorrer para que não seja dado cumprimento a qualquer ordem legal, tarefa ou serviço, bem 
como, concorrer para que seja retardada a sua execução; 
XVII - interferir na administração ou execução de qualquer tarefa sem estar para isto autorizado; 
XVIII - simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever ou ordem legal recebida; 
XIX - introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir bebidas alcoólicas ou qualquer outra substância 
que cause efeitos similares aos do álcool, ou mesmo ingerir tais substâncias, ou concorrer, 
inequivocamente, para que outrem o faça; 
XX - introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a devida autorização da Direção da Unidade; 
XXI - solicitar ou receber de qualquer pessoa, vantagem ilícita pecuniária ou em espécie; 
XXII - praticar atos de comércio de qualquer natureza, sem a devida autorização, com outros internos, 
funcionários ou civis; 
XXIII - manusear equipamento ou material de trabalho sem autorização ou sem conhecimento da 
administração, mesmo a pretexto de reparos ou limpeza; 
XXIV - apropriar-se ou apossar-se, sem autorização, de material alheio; 
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XXV - destruir dolosamente, extraviar, desviar ou ocultar objetos sob sua responsabilidade, fornecidos 
pela administração; 
XXVI - fabricar qualquer objeto ou equipamento sem a devida autorização, ou concorrer para que outrem 
incorra na mesma conduta; 
XXVII - utilizar material, próprio ou do Estado, para finalidade diversa para a qual foi prevista, causando 
ou não prejuízos ao erário; 
XXVIII - portar, confeccionar, receber, ter indevidamente, em qualquer lugar do Estabelecimento Penal, 
objetos passíveis de utilização em fuga; 
XXIX - permanecer o interno, em dias de visitação, na área destinada à circulação de pessoas, sem que 
para isto esteja autorizado ou acompanhado de seus visitantes, exceto para responder à chamada nominal 
ou efetuar suas refeições; 
XXX - permitir o interno que seus visitantes, sem autorização de autoridade competente, ingressem nos 
alojamentos ou celas ou acessem local não permitido; 
XXXI - comportar-se, quando em companhia de sua esposa, companheira ou diante de outros visitantes, 
de forma desrespeitosa; 
XXXII - tomar parte em jogos proibidos ou em aposta ilícitas; 
XXXIII - permanecer em alojamento diferente do seu, sem a devida autorização da Administração ou o 
consentimento de integrante do local; 
XXXIV - transitar indevidamente por locais não permitidos ou em desacordo com o respectivo estágio 
em que se encontra; 
XXXV - comunicar-se, de qualquer forma, com internos em regime de isolamento celular ou entregar 
aos mesmos quaisquer objetos sem autorização da administração; 
XXXVI - promover barulho no interior do alojamento, celas ou seus corredores, durante o repouso 
noturno, ou ainda, a qualquer hora, fazê-lo de forma a perturbar a ordem reinante; 
XXXVII - disseminar boato que possa perturbar a ordem ou a disciplina, caso não chegue a constituir 
crime; 
XXXVIII - dificultar a vigilância ou prejudicar o serviço da guarda em qualquer dependência da 
Unidade; 
XXXIX - praticar autolesão com finalidade de obter regalias; 
XL - praticar fato previsto como crime culposo ou contravenção, independentemente da ação penal; 
XLI - usar de ardil para auferir benefícios, induzindo a erro qualquer pessoa; 
XLII - favorecer a prostituição ou a promiscuidade de parentes e demais visitantes. 
 
SEÇÃO III 
DAS FALTAS DE NATUREZA GRAVE 
 
Art. 74 - Comete falta disciplinar de natureza grave o preso que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
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VI - desobedecer ao servidor ou desrespeitar a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
VII - não executar o trabalho, as tarefas ou as ordens recebidas; 
VIII - descumprir, injustificadamente, o condenado à pena restritiva de direitos, a restrição imposta, ou 
retardar o cumprimento; 
IX - introduzir, receber, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, fazer uso, ter em depósito, 
transportar, trazer consigo, guardar ou emprestar telefone celular ou aparelho de comunicação com o 
meio exterior, seus componentes ou acessórios; 
 
SEÇÃO IV 
DAS ATENUANTES E DAS AGRAVANTES 
 
 Art. 75 - São circunstâncias atenuantes na aplicação das penalidades disciplinares: 
 I - primariedade em falta disciplinar; 
II - natureza e circunstância do fato; 
III - bons antecedentes prisionais; 
IV - imputabilidade relativa atestada por autoridade médica competente; 
V - confessar, espontaneamente a autoria da falta ignorada ou imputada a outrem; 
VI - ressarcimento dos danos materiais. 
Art. 76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação das referidas penalidades: 
I - reincidência em falta disciplinar; 
II - prática de falta disciplinar durante o prazo de reabilitação de conduta por sanção anterior; 
DAS MEDIDAS CAUTELARES (art. 77) 
Art. 77 - O diretor da Unidade Prisional poderá determinar, por ato motivado, como medida cautelar, o 
isolamento do preso, por período não superior a 10 (dez) dias, quando: 
I - pesem contra o preso informações, devidamente comprovadas, de que estaria preste a cometer 
infração disciplinar de natureza grave; 
II - pesem contra o preso, informações devidamente comprovadas, de que estaria ameaçada sua 
integridade física; 
III - a requerimento do preso, que expressará a necessidade de ser submetido a isolamento cautelar, como 
medida de segurança pessoal. 
Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo estabelecido no caput deste artigo poderá, a pedido 
da direção da unidade respectiva, ser prorrogado por igual período pela autoridade judiciária competente 
 
CAPÍTULO I 
 
TÍTULO VIII 
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO E DA REABILITAÇÃO (art. 78-92) 
 
Art. 78 - Cometida a infração, o preso será conduzido ao setor de disciplina, para o registro da ocorrência, 
que conterá nome e matrícula dos servidores que dela tiveram conhecimento, os dados capazes de 
identificar as pessoas ou coisas envolvidas, local e hora da mesma, rol de testemunhas, a descrição clara, 
concisa e precisa do fato, bem como as alegações do faltoso, quando presente, ao ser interpelado pelo(s) 
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signatário(s) das razões da transgressão, sem tecer comentários ou opiniões pessoais, e outras 
circunstâncias. 
 §1º - A ocorrência será comunicada imediatamente ao diretor da unidade prisional, para que, no prazo 
de 03 (três) dias, contados da constatação ou conhecimento do fato, seja iniciado o procedimento 
disciplinar. 
Art. 79 - O conselho disciplinar realizará as diligencias indispensáveis à precisa elucidação do fato, 
inclusive solicitação de perícia técnica, quando necessário, para formar seus elementos de convicção. 
Art. 80 - Será propiciado ao detento submetido a julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo 
direito de defesa, seja por advogado constituído ou por Defensor Publico lotado na Unidade Prisional 
respectiva. 
ATENÇÃO: ART 80 ALTERADO PELA PORTARIA 225/15 DE 14/04/15 DOE-CE-SEJUS, 
PASSANDO A VIGORAR COM A SEGUINTE REDAÇÃO: 
“Art. 80 - Será propiciado ao detento submetido a julgamento pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo 
direito de defesa, seja por Defensor Público ou por Advogado constituído ou nomeado para o ato. 
 §1º - Caso não possua advogado constituído ou não saiba declinar os dados necessários para a intimação 
do mesmo, na data da audiência de instrução e julgamento, o faltoso será assistido pelo Defensor Publico 
lotado na Unidade Prisional respectiva. 
 §2º - Caso não haja Defensor Público lotado na Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado para 
o ato o Defensor Público lotado na Vara de Execuções Criminais com jurisdição sobre a referida 
Unidade. 
 
Art. 81 - Ao preso será dado conhecimento prévio da acusação. 
Art. 82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo ato, primeiramente o ofendido e testemunhas, se 
houverem, e por último o preso, de tudo lavrando-se o termo respectivo. 
Art. 83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato contínuo, será facultado à Defesa, manifestação oral, que 
será tomada por termo, pelo tempo de 15 (quinze) minutos. 
Art. 84 - Finda a instrução, passa-se imediatamente ao julgamento acerca da culpabilidade ou inocência 
do faltoso, bem como acerca da natureza da falta disciplinar a ele imputada, o que deverá ser registrado 
na ata respectiva, que será assinada por todos os presentes. 
Art. 85 - Caso seja o detento considerado culpado pela transgressão disciplinar a ele imputada, adotará 
o Conselho Disciplinar uma das seguintes medidas: 
I - Tratando-se de faltas de natureza leve ou média, remeterá os autos respectivos ao Diretor do 
Estabelecimento que aplicará a sanção correspondente, no prazo de 02 (dois) dias; 
 II - Tratando-se de falta grave a aplicação de sanção será de competência do Conselho Disciplinar, por 
ato de seu presidente, no mesmo prazo acima citado. 
Art. 86 - Em sendo o preso julgado inocente das imputações que lhe foram feitas, serão os autos 
respectivos encaminhados ao Diretor do Estabelecimento, a fim de que seja por este determinado seu 
imediato arquivamento. 
Art. 87 - Concluído o julgamento respectivo será dada ciência ao preso envolvido e ao seu defensor. 
 Art. 88 - O preso poderá solicitar pessoalmente, ou através de seu patrono, reconsideração do ato 
punitivo, no prazo de 08 (oito) dias úteis, contados a partir da data em que a decisão lhe haja sido 
comunicada, nas seguintes hipóteses: 
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I - quando não tiver sido unânime a decisão do Conselho Disciplinar; 
II - quando a decisão do Conselho Disciplinar tiver sido manifestamente contrária às provas existentes 
nos autos respectivos; 
III - quando a sanção aplicada estiver em desacordo com a Lei. 
Parágrafo Único - o pedido será dirigido à autoridade que aplicar a sanção disciplinar. 
Art. 89 - O pedido de reconsideração, uma vez apreciado pela autoridade competente, deverá ser 
despachado no prazo de 08(oito) dias de seu recebimento, dele não cabendo recurso administrativo. 
Art. 90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o Diretor da unidade prisional determinará as seguintes 
providências: 
I - ciência ao preso envolvido e ao seu defensor; 
II - registro em ficha disciplinar; 
III - encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz das Execuções e Corregedor dos Presídios e ao 
Conselho Penitenciário do Estado do Ceará; 
IV - comunicação à autoridade policial competente, quando o fato constituir ilícito penal; 
V - arquivamento em prontuário penitenciário. 
Art. 91 - Durante todo o período de cumprimento de sua pena, o preso poderá pedir a revisão da punição 
sofrida, desde que comprove o surgimento de fato novo, não apreciado por ocasião do anterior 
julgamento. 
Art. 92 - A execução da sanção disciplinar será suspensa quando desaconselhada pela unidade de saúde 
do Estabelecimento Prisional. Parágrafo único - Uma vez cessada a causa que motivou a suspensão, a 
execução será iniciada ou terá prosseguimento. 
 
DA CLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA E DA REABILITAÇÃO 
CAPÍTULO II 
 
Art. 93 - A classificação do preso far-se-á pela Comissão Técnica de Classificação, consoante o 
rendimento apurado através do cumprimento da pena e mérito prisional. 
Art. 94 - A conduta disciplinar do preso em regime fechado classificar-se-á em: 
I - excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um) ano não tiver sido cometida infração disciplinar de 
natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na prática de infração disciplinar de natureza leve; 
II - boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, não tiver cometido infração disciplinar de natureza 
grave ou média; 
III - regular, quando for cometida infração disciplinar de natureza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou 
grave, nos últimos 03 (três) meses; 
IV - má, quando for cometida infração disciplinar de natureza grave ou reincidida falta de natureza 
média, durante o período de reabilitação. 
Art. 95 - O preso em regime semi-aberto terá a sua conduta disciplinar classificada em: 
I - excelente, quando não tiver cometido infração disciplinar de natureza grave ou média, ou não tiver 
reincidido na prática de infração disciplinar de natureza leve, pelo prazo de 06 (seis) meses; 
 II - boa, quando não tiver cometido infração disciplinar de natureza grave ou média pelo prazo de 03 
(três) meses; 
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III - regular, quando cometer infração disciplinar de natureza média ou reincidir na prática de infração 
disciplinar de natureza leve, nos últimos 30 (trinta) dias; 
IV - má, quando cometer infração de natureza grave ou reincidir em infração de natureza média, durante 
o período de reabilitação. 
Art. 96 - No caso do preso ser oriundo de outra Unidade Prisional, poderá ser levada em consideração 
para a classificação de seu comportamento a conduta mantida pelo mesmo no estabelecimento de 
origem. 
Art. 97 - O preso em regime fechado terá os seguintes prazos para reabilitação da conduta, a partir do 
cumprimento da sanção disciplinar: 
I- De 01 (um) mês para as faltas de natureza leve; 
II- De 03 (três) meses para falta de natureza média; 
III- De 06 (seis) meses para falta de natureza grave. 
Art. 98 - O preso em regime semiaberto terá os seguintes prazos para reabilitação da conduta, a partir da 
data do cumprimento da sanção disciplinar:I - de 30 (trinta) dias para falta de natureza leve; 
II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza média; 
Parágrafo único - a infração disciplinar de natureza grave implicará na proposta, feita pelo diretor da 
unidade ao juízo competente, de regressão do regime. 
 
REABILITAÇÃO DO REGIME SEMIABERTO 
Art. 99 - O preso em regime aberto terá os prazos para reabilitação da conduta, de acordo com o previsto 
no artigo anterior. 
Art. 100 - O cometimento da falta disciplinar de qualquer natureza, durante o período de reabilitação 
acarretará a imediata anulação do tempo de reabilitação até então cumprido. 
Parágrafo único - Com a prática de nova falta disciplinar, exigir-se- á novo tempo para reabilitação que 
deverá ser somado ao tempo estabelecido para falta anterior. 
 
TÍTULO IX 
DA ASSISTÊNCIA AO PRESO 
CAPÍTULO I 
DA ASSISTÊNCIA 
 
Art. 101 - É dever do Estado dar ao preso assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e 
religiosa, objetivando prevenir o crime e recuperar o preso, para que possa retornar ao convívio social 
satisfatoriamente. 
 
SEÇÃO I 
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL 
 
Art. 102 - A assistência material consistirá no fornecimento de alimentação suficiente, balanceada, 
vestuário e instalações higiênicas. 
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Parágrafo Único - A Coordenadoria do Sistema Penal destinará, em cada uma de suas unidades 
prisionais, instalações e serviços adequados à sua natureza e finalidade, para o atendimento da sua 
população de internos. 
 
DA ASSISTENCIA À SAÚDE (art. 103-108) 
SEÇÃO II 
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
 
Art. 103 - A assistência à saúde será de caráter preventivo e curativo, compreendendo o atendimento 
médico, odontológico, psicológico, farmacêutico e assistência social, obedecidas as diretrizes 
estipuladas no Plano Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário e pelas Portarias Interministeriais do 
Ministério da Saúde e Ministério da Justiça. 
§1º - É facultado ao preso contratar profissional médico e odontológico de sua confiança e às suas 
expensas, que prestará o atendimento em data e hora a serem marcadas pela Unidade de Saúde do 
Estabelecimento Prisional. 
Art. 104 - Havendo necessidade de encaminhamento do preso ao Sistema de Saúde Pública, a 
autorização será expedida pelo Diretor do Estabelecimento, ou seu representante legal, comunicando-se 
de imediato ao Juízo da Execução Penal. 
Art. 105 - Todas as Unidades Prisionais com mais de 100 (cem) presos deverão obedecer à padronização 
física, técnica e equipe profissional estabelecida para atendimento de saúde nos termos do Plano Estadual 
de Saúde no Sistema Penitenciário. §1º - Nas demais Unidades, não sendo possível obedecer a 
mencionada padronização, as ações e serviços de saúde serão realizadas por profissionais da Secretaria 
de Saúde do Município onde se achem localizadas, garantindo-se no interior da Unidade uma estrutura 
mínima para tal atendimento, contando com a presença permanente de um profissional de saúde. 
§2º - Será assegurado acompanhamento médico especial à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-
parto, extensivo ao recém-nascido. 
Art. 106 - O preso terá asseguradas as medidas de higiene e conservação da saúde, durante todo o tempo 
de seu recolhimento, bem como constantes palestras de esclarecimentos e prevenção. 
Art. 107 - Caberá à Chefia da Unidade de Saúde da Instituição Prisional respectiva comunicar a (o) 
Diretor (a) sobre casos de moléstias contagiosas, promovendo as medidas necessárias para evitar a 
disseminação e contágio, propondo as vacinações dos internos e dos funcionários quando julgar 
necessário. 
Art. 108 - Caberá ao Conselho da Comunidade local acompanhar o cumprimento do Plano Estadual de 
Saúde no Sistema Penitenciário. 
 
DA ASSISTÊNCIA JURÍDIA (art. 109-111) 
SEÇÃO III 
DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
 
Art. 109 - Aos presos é assegurada assistência jurídica integral desde sua inserção no Sistema Prisional, 
prestada por advogado constituído ou pela Defensoria Pública Estadual; 
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Parágrafo único - Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao 
atendimento pelo Defensor Público. 
Art. 110 - Aos presos que declarem não possuir advogado constituído, será prestada assistência jurídica 
por meio de Defensor Público do Estado, lotado na unidade respectiva, em Núcleo Especializado da 
Defensoria Pública ou no Juízo das Execuções Criminais sob cuja jurisdição esta se encontre. 
Art. 111 - Ao Defensor Público responsável pela Unidade respectiva, compete: 
 I - manter o preso informado de sua situação jurídico penal; 
II - requerer e acompanhar os benefícios penais incidentes na execução, aos quais seu assistido fizer jus; 
 III - manter contato com o Juízo das Execuções, Tribunais, Conselho Penitenciário e Direção do 
Estabelecimento, no sentido de velar pela situação do preso; 
 IV - providenciar o recebimento de qualquer benefício extrapenal a que o preso tiver direito; 
V- providenciar para que os prazos prisionais não sejam ultrapassados, requerendo o que for de direito. 
 VI - Organizar e manter estatísticas de atendimento dos presos sob seu patrocínio; 
VII - Requerer, junto aos demais órgãos da estrutura organizacional da Unidade Penitenciária, qualquer 
ação ou benefício necessário ao bem estar dos presos sob seu patrocínio, bem como de seus familiares; 
 VIII - Patrocinar a defesa dos presos assistidos pela Defensoria Pública perante o Conselho Disciplinar; 
IX – Promover a ação civil pública e todas as espécies de ações capazes de propiciar a adequada tutela 
dos direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos dos presos. 
 X – Difundir, no ambiente prisional, a educação e conscientização dos direitos humanos, da cidadania 
e do ordenamento jurídico. 
XI – Realizar outras atividades dentro de sua área de competência. 
 
DA ASSITÊNCIA EDUCACIONAL E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL (art. 112-120). 
SEÇÃO IV 
DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 Art. 112 - A assistência educacional compreenderá a instrução escolar, englobando o ensino 
fundamental e médio, bem como a formação profissional do preso. 
Parágrafo Único - A Sejus poderá firmar termo de cooperação com entidade pública ou particular para 
a promoção de educação superior aos internos. 
Art. 113 - Quando do ingresso a Unidade Prisional, será feita a pesquisa referente à formação escolar, 
na fase de triagem. 
Art.114 - O ensino fundamental e médio será obrigatório, integrando-se no sistema escolar público, a 
ser ministrado pela Secretaria de Educação do Estado. 
Parágrafo Único - Somente serão dispensados do ensino fundamental, os presos que preencherem os 
seguintes requisitos: 
I - apresentação do Certificado de Conclusão de ensino fundamental, médio ou superior; 
II - incapacidade devidamente comprovada e atestada por responsável. 
Art. 115 - As atividades educacionais podem ser objeto de ação integrada e conveniada com outras 
entidades públicas, mistas e particulares, que se disponham a instalar escolas, oficinas 
profissionalizantes na Unidade Prisional com aprovação do Projeto pela Coordenadoria do Sistema 
Penal. 
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Art. 116 - O ensino educacional será feito por profissionais da educação utilizando serviço de monitores 
aptos e treinados, com materiais oferecidos pelo Poder Público. 
Art. 117 - Os presos que tiverem frequência e aprovação de acordo com as normas estabelecidas pelo 
art.126 e §§da Lei de Execução Penal, terão direito à remição de pena, após análise e avaliação pelo 
juízo da execução penal competente. 
 Art. 118 - O ensino profissionalizante poderá ser ministrado em nível de iniciação ou de 
aperfeiçoamento técnico, atendendo-se as características da população urbana e rural, segundo aptidões 
individuais e demanda do mercado. 
Art. 119 - A Unidade prisional disporá de uma biblioteca para uso geral dos presos, que será provida de 
livros instrutivos, recreativos e didáticos, jornais, revistas e outros periódicos e o acesso ao preso dar-
se-á: 
I - para uso na própria biblioteca; e 
II - para uso na própria cela, mediante autorização da direção da unidade. 
 §1º - A Sejus deverá desenvolver juntamente com a Secretaria de Educação do Estado projeto de 
remição de pena pela leitura, como forma de estimular e valorizar a participação dos internos em 
atividades educacionais e culturais, colaborando para a sua reinserção social. 
Art. 120 - Os livros deverão ser cadastrados, utilizando-se fichas para consultas no local e nas retiradas 
para leitura em cela. 
 §1º - Qualquer dano ou desvio deverá ser ressarcido pelo seu causador e devidamente punido na forma 
deste Regimento Geral. 
§2º - Durante o cumprimento de sanção disciplinar, poderão ser retirados os livros pertencentes à 
biblioteca, que se encontrarem na posse do infrator. 
§3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades, o preso deverá devolver os livros sob seu poder. 
 
DA ASSITENCIA SOCIAL (art. 121-122) 
 
Art. 121 - A assistência social tem por finalidade o amparo ao preso e à sua família, visando prepará-lo 
para o retorno à liberdade, e será exercida por profissional habilitado. 
 Parágrafo único - É facultado o auxílio de entidades públicas ou privadas nas tarefas de atendimento 
social. 
Art. 122 - Incumbe ao serviço de Assistência Social, entre outras atribuições: 
I - Fornecer o diagnóstico Social do interno; 
II - Prestar Assistência Social ao interno e à sua família; 
III - Prestar assistência ao interno em caso de hospitalização ou transferência da Unidade por motivo de 
saúde; 
IV - Entrar em contato com a família do interno para realização de entrevistas ou para esclarecimento; 
V - Promover, quando necessário, o registro civil do interno e de seus filhos, expedição de documento 
de identidade e carteira profissional; 
VI - Proceder aos encaminhamentos à rede de assistência social, de saúde e educação VII - Integrar a 
equipe de Saúde nos termos do Plano Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário; 
VIII – Facilitar o acesso da comunicação entre preso, instituição e família; 
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IX – Fomentar debates e ações que reafirmem a real função social da pena entre os servidores do sistema 
penal; 
X – Buscar junto às redes sociais de apoio, benefícios que possam resgatar a cidadania dos presos e 
presas, egressos e familiares; 
XI – Integrar a Comissão Técnica de Classificação; 
XII - Realizar outras atividades dentro de sua área de competência 
 
DA ASSITÊNCIA RELIGIOSA (art. 123- 127) 
SEÇÃO VI 
DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA 
 
Art. 123 - A assistência religiosa, respeitada a liberdade constitucional de culto, a legislação vigente e 
com as cautelas cabíveis, será prestada ao preso, sendo-lhe assegurada a participação nos eventos 
organizados na Unidade, bem como a posse de livros de instrução religiosa. 
Parágrafo Único – À pessoa presa será assegurado o direito à expressão de sua consciência, filosofia ou 
prática de sua religião de forma individual ou coletiva, devendo ser respeitada a sua vontade de 
participação, ou abstenção de participação de atividades de cunho religioso. 
Art. 124 - É assegurado a todas as religiões professadas no interior da Unidade Prisional, através de seus 
diversos representantes, direito a realização de cultos em dia e hora pré-determinados pela Direção, 
desde que não coloquem em risco a vida e a integridade dos participantes, vedado o proselitismo 
religioso e qualquer forma de discriminação ou estigmatização. 
§1º - Caso o estabelecimento prisional não tenha local adequado para a prática religiosa, as atividades 
deverão se realizar no pátio, nas galerias ou nas celas, em horários específicos. 
§2º - Para atuar no estabelecimento prisional o líder ou grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito, 
e deverá ser cadastrado na Coordenadoria do Sistema Penal, que normatizará o procedimento de cadastro 
e fornecerá a respectiva carteira de acesso, válida em todas as unidades prisionais, condicionada a prévio 
agendamento e respeitando as normas de segurança prisional. 
Art. 125 - Nenhum religioso poderá iniciar seu trabalho sem antes ser advertido e instruído dos 
problemas prisionais e devidamente cientificado de que deverá desenvolvê-lo em harmonia com as 
normas do estabelecimento. 
 §1º - A suspensão do ingresso de representantes religiosos só poderá acontecer por determinação da 
Direção do estabelecimento ou outra autoridade superior, por motivos justificados e registrada por 
escrito, dando-se ciência aos interessados com antecedência razoável. 
§2º - Após procedida a suspensão do ingresso de representantes religiosos, a decisão sobre a extensão a 
outras unidades prisionais ficará a critério da Coordenadoria do Sistema Penal. 
Art. 126 - Na realização de eventos internos dever-se-á dar preferência às atividades ecumênicas. 
 Parágrafo único - Além dos cultos coletivos, a assistência religiosa poderá ser oferecida individualmente 
a quem a solicitar, em horário e local previamente agendados e autorizados pela Direção do 
estabelecimento, sendo garantida a privacidade durante o atendimento religioso pessoal, sem prejuízo 
da observância das normas de segurança prisional. 
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Art. 127 - De modo algum serão permitidos cultos ou atividades religiosas que possam causar transtornos 
aos demais internos e servidores penitenciários, ou que venham perturbar as manifestações religiosas de 
outras denominações. 
Parágrafo único - A assistência religiosa não será instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais 
ou para estabelecer qualquer tipo de regalia, benefício ou privilégio, e será garantida mesmo à pessoa 
presa submetida a sanção disciplinar. 
 
DAS ASSISTÊNCIAS 
 
SEÇÃO VII 
DA ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA 
 
 Art. 128 - A assistência psicológica será prestada por profissionais habilitados, por intermédio de 
programas envolvendo o reeducando, a Instituição e familiares, nos processos de ressocialização e 
reintegração social. 
 §1º - Incumbe ao serviço de Assistência Psicológica, entre outras atribuições: 
I – realizar atendimentos iniciais por meio da entrevista de anamnese; 
II – realizar, periodicamente, acolhimento de internos recém-chegados,em caráter interdisciplinar; 
III – identificar demandas de acompanhamento psicológico; 
 IV – acompanhar internos em condições de crises depressivas e outros transtornos mentais; 
V – contribuir com as ações de promoção da saúde mental, notadamente com a assistência aos 
dependentes químicos, participando para a proposição e a execução de atividades voltadas à redução de 
danos e agravos à saúde. 
VI – desenvolver atividades de grupos focais, trabalhando temas pertinentes ao contexto prisional, com 
viés multidisciplinar; 
VII – proceder aos encaminhamentos à rede de assistência social, de saúde e educação; 
VIII – participar da articulação de parcerias para a realização de atividades de promoção da saúde mental, 
prevenção da dependência química, orientação e assistência aos familiares de presos e egressos. 
IX – destinar, nas unidades femininas, atenção especial às internas gestantes, em estado puerperal e às 
crianças da creche, principalmente no período de separação entre mãe e filho, assim como contribuir 
para o fortalecimento dos vínculos da família que irá abrigar a criança. 
§2º – Os exames criminológicos e demais perícias técnicas não poderão ser realizados pelos psicólogos 
que realizam a assistência aos presos. 
 
DO CONTATO EXTERNO (art. 129 -131) 
Capítulo I 
DA CORRESPONDÊNCIA ESCRITA 
 
Art. 129 - A correspondência escrita entre o preso, seus familiares e afins será feita pelas vias 
regulamentares. 
Art. 130 - É livre a correspondência, condicionada a sua expedição e recepção, às normas de segurança 
e disciplina da unidade prisional. 
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 Art. 131 - Os materiais recebidos por via postal deverão ser vistoriados em local apropriado, na presença 
do preso, observadas as normas de segurança e disciplina da unidade prisional. 
Parágrafo Único - Ao Diretor Adjunto da Unidade caberá a vistoria mencionada neste artigo. 
 
DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 
 
Art. 132 - O preso terá acesso à leitura de jornais, revistas, periódica e outros meios de comunicação 
adquiridos às expensas próprias ou por visitas, desde que submetidos previamente a apreciação da 
direção da unidade prisional, que avaliará a sua contribuição ao processo educacional e ressocializador, 
bem como a não infringência às normas de segurança. 
Art. 133 – A Rádio Livre, radiadora com estúdio na Sejus e transmissão para todas as unidades prisionais 
por meio de equipamentos técnicos de caixas de som, será responsável pela transmissão de programação 
voltada para os internos, de cunho cultural, educacional, informativo, esportivo, social, religioso e de 
entretenimento, operada por profissional de comunicação, promovendo, ainda, a interação entre os 
internos e seus familiares, bem como aproximando a comunidade carcerária e a administração 
penitenciária. 
Art. 134 - O uso do aparelho de rádio difusão poderá ser permitido, mediante autorização por escrito 
expedida pela direção da unidade prisional, observadas as peculiaridades de cada estabelecimento e 
comprovada a propriedade do mesmo por documento idôneo, nos locais onde não houver transmissão 
da rádio livre. 
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus visitantes. 
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno, a critério da unidade prisional, que deverá atentar para a 
facilitação de sua revista. 
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro próprio, a cargo da Direção da Unidade, devendo 
constar desse registro todos os dados que possibilitem sua perfeita identificação e controle. 
 §4º - O aparelho de rádio não identificado será apreendido pelos agentes da área de segurança e 
disciplina, que procederá às averiguações de sua origem, sem prejuízo da sanção disciplinar. 
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em sua própria cela em volume compatível com a 
tranquilidade dos demais presos, permitido o uso de fone de ouvido. 
§6º - A Administração não se responsabilizará pelo mau uso, extravio ou desaparecimento do aparelho, 
nem por danos causados pelo usuário ou por outro preso. §7º - Caso haja necessidade de conserto do 
aparelho, o mesmo será feito com recurso próprio do preso ou de seus visitantes. 
§8º - É proibida qualquer espécie de conserto de aparelho de rádio nas dependências internas do 
estabelecimento, salvo em local determinado e com a devida autorização. 
Art. 135 - O acesso à televisão pelo preso, qualquer que seja o regime de cumprimento de pena, ocorrerá 
sob duas modalidades: 
 I - 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da unidade prisional; 
II - 01 (um) aparelho de uso particular em cada cela ou alojamento, mediante prévia autorização por 
escrito da direção da unidade, comprovada a propriedade do mesmo por documento idôneo. 
Art. 136 - O aparelho de uso coletivo deverá ser franqueado aos presos, através de programação 
institucional previamente divulgada, nos seguintes locais: 
I - em sala de aula, para fins didáticos e socioculturais; 
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II - em ambientes coletivos, em horários estabelecidos formalmente, sem prejuízo das atividades de 
trabalho, escola, esportes e outras prioridades. 
Parágrafo único - O controle do aparelho e da programação compete à área de segurança e disciplina. 
Art. 137 - Não se permitirá mais de um aparelho de televisão em cada cela, independente da quantidade 
de presos. 
Art. 138 - O uso dos meios de comunicação permitidos por este Regimento Geral poderá ser suspenso 
ou restringido por ato devidamente motivado, ficando seu restabelecimento a critério da direção da 
unidade. 
 
DAS VISITAS (art.139-153) 
 
Art. 139 - As visitas ao preso se classificam sob duas categorias: as comuns e as conjugais (chamadas 
visitas íntimas). 
 
SEÇÃO I 
DAS VISITAS COMUNS 
 
Art. 140 - Os (as) presos (as) poderão receber visitas de cônjuges, companheiras (os) ou parentes, em 
dias determinados, desde que registrado no rol de visitas do Estabelecimento Prisional e devidamente 
autorizadas pela direção, e se darão na forma especificada na Portaria Nº 692/2013 da Sejus, ou outra 
portaria que venha a substituí-la, expedida pelo mesmo órgão. 
Parágrafo único – O cadastramento no rol de visitas será lavrado no prazo de até 10 (dez) dias da 
apresentação dos documentos elencados na referida portaria, devendo as hipóteses de indeferimento 
serem devidamente motivadas. 
Art. 141 - As visitas serão limitadas ao número de 02 (dois) visitantes por dia de visita, a fim de 
proporcionar adequadas condições de revista, preservando as condições de segurança na Unidade 
Prisional. Quanto à visitação de filhos e netos menores de idade, no dia destinado a essas visitas, não há 
limite de quantidade. 
 §1º - Os cadastros de visita deverão ser preferencialmente biométricos, sendo renovados a cada 02 (dois) 
anos e acompanharão o preso em caso de mudança de unidade. 
 §2º - Em não havendo cônjuge, companheira (o), ascendentes e descendentes de primeiro ou segundo 
grau e colaterais de primeiro grau ou parentes habilitados para a visita, poderá o (a) preso (a) cadastrar 
até 02 (dois) amigos (as). 
Art. 142 - A entrada de menores nas unidades prisionais só será permitida aos filhos e netos do (a) preso 
(a), acompanhados pelo responsável legal e, na falta deste, por aquele que for designadopara sua guarda 
e responsabilidade, pela autoridade judicial competente, devendo apresentar carteira de identidade ou 
certidão de nascimento. 
§1º - A entrada do (a) companheiro (a) menor de idade se dará mediante autorização do juízo das 
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, quando deverá ser apresentada certidão de 
nascimento do(s) filho(s). 
Art. 143 - Não será permitida a visitapessoa que: 
I - não esteja autorizado pela direção; 
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II - não apresente documento de identificação; 
III - apresentar sintomas de embriagues ou conduta alterada que levem a presunção de consumo de 
drogas e/ou entorpecentes; 
IV - estiver com gesso, curativos ou ataduras; 
V - chegar à Unidade Prisional no dia e hora, não estabelecido para visita; 
VI - do sexo masculino que estiver trajando bermuda, calção e/ou camiseta sem mangas; VII - do sexo 
feminino que estiverem trajando mini-saias, miniblusas, roupas excessivamente curtas, decotadas e 
transparentes; 
Art.144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de comunicação escrita, deverão ser entregues aos 
plantonistas da revista ou ao chefe de equipe que fará o encaminhamento ao preso. 
Art.145 - As visitas comuns deverão ocorrer preferencialmente, as quartas-feiras e/ou domingos das 
08:00 horas às 16:00 horas, encerrando-se o acesso ao interior da Unidade Prisional às 14:00 horas, em 
período não superior a 08 (oito) horas, não devendo coincidir com o dia destinado às visitas íntimas. 
§1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou da Direção da Unidade Prisional, poderá ser 
suspensa ou reduzida a visita em caso de risco iminente à segurança e disciplina. 
§2º - Em caso excepcional, a administração poderá autorizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo 
de sua duração. 
 §3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou enfermaria e impossibilitado de se locomover, ou em 
tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no próprio local, a critério da autoridade médica. 
Art. 146 - Antes e depois das visitas os presos poderão ser submetidos à revista. 
§1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de adentrarem na unidade. 
 §2º - A revista pessoal (eletrônica, mecânica ou manual) será realizada com respeito à dignidade 
humana, sendo vedada qualquer forma de desnudamento, tratamento desumano ou degradante. 
§3º - A revista pessoal deverá ocorrer mediante uso de equipamentos eletrônicos detectores de metais, 
bodyscanners, aparelhos de raio-X ou similares, ou ainda manualmente, preservando-se a integridade 
física, psicológica e moral da pessoa revistada. 
§4º - Onde houver bodyscanners obrigatoriamente este será o meio utilizado para a revista eletrônica. 
§5º - Considera-se revista manual toda inspeção realizada mediante contato físico da mão do agente 
público competente sobre a roupa da pessoa revistada, sendo vedados o desnudamento total ou parcial, 
o toque nas partes íntimas, o uso de espelhos, o uso de cães farejadores, bem como a introdução de 
quaisquer objetos nas cavidades corporais da pessoa revistada. 
§6º - A retirada de calçados, casacos, jaquetas e similares, bem como de acessórios, não caracteriza 
desnudamento. 
§7º - A revista manual será realizada por servidor habilitado e sempre do mesmo sexo da pessoa 
revistada. 
§8º - A revista pessoal em crianças ou adolescentes deve garantir o respeito ao princípio da proteção 
integral da criança e do adolescente, sendo vedada sua realização sem a presença e o acompanhamento 
de um responsável legal. 
§9º - A realização de revista manual ocorrerá nas seguintes hipóteses: 
I – o estado de saúde impeça que a pessoa a ser revistada se submeta a determinados equipamentos de 
revista eletrônica, mediante comprovação de laudo médico expedido em até sessenta dias antes da visita, 
exceto quando atestar enfermidade permanente; 
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II – quando não existir equipamento eletrônico ou este não estiver funcionando; 
III – após a realização da revista eletrônica, subsistir fundada suspeita de porte ou posse de objetos, 
produtos ou substâncias, cuja entrada seja proibida. 
Art. 147 - Os valores e objetos considerados inade-quados, encontrados em poder do visitante, serão 
guardados em local apropriado e restituídos ao término da visita. 
Parágrafo Único - Caso a posse constitua delito penal deverão ser tomadas as providências legais 
cabíveis. 
Art. 148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes físicos, terão prioridade nos procedimentos adotados 
para a realização da visita. 
Art. 149 - O visitante que estiver com maquiagem, peruca e outros complementos que possam dificultar 
a sua identificação ou revista, poderá ser impedido de ter acesso à unidade prisional, como medida de 
segurança. 
Art. 150 - Roupas íntimas, agasalhos e material higiênico não fornecidos pelo Sistema Prisional, bem 
como, bens de consumo, perecíveis ou não, permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias 
regulamentares de visita, serão entregues no setor da revista, para que seja realizado um minucioso 
exame na presença do portador, após o que será permitida a entrada no estabelecimento. 
§1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá formular anualmente relação dos bens de consumo, 
perecíveis ou não, que poderão ser admitidos no interior das unidades, da qual se dará ampla publicidade; 
§2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades prisionais levando qualquer pertence que não seja 
autorizado pela administração, devendo ser vedados apenas aqueles que atentem contra a segurança e 
disciplina do estabelecimento. 
Art. 151 - As visitas comuns serão realizadas em local próprio, em condições dignas e que possibilitem 
a vigilância pelo corpo de segurança. 
Parágrafo único – As unidades prisionais disporão de espaços lúdicos para acolher filhos e netos de 
presos (as) por ocasião das visitas. 
Art. 152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu ingresso suspenso pelo prazo de até 60 (sessenta) 
dias, por decisão motivada da direção da unidade, quando: 
 I - da visita resulte qualquer fato danoso à segurança e disciplina da unidade, que envolva o visitante ou 
o preso; 
II - houver aplicação de sanção disciplinar suspendendo o direito a receber visita; 
Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá seu cadastro cancelado se praticar qualquer ato 
tipificado como crime doloso, sendo possível a recuperação do cadastro, por decisão da Direção da 
Unidade, ouvidos os Setores de Segurança e Disciplina e de Serviço Social, a partir de 6 (seis) meses 
após a prática do ato. 
Art. 153 - O preso que cometer falta disciplinar média ou grave poderá ter restringido ou suspenso o 
direito a visita por até 30 (trinta) dias. 
 
DA VISITA ÍNTIMA (art. 154-161) 
SEÇÃO II 
DA VISITA ÍNTIMA 
 
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60 
 
Art. 154 - A visita íntima constitui um direito e tem por finalidade fortalecer as relações afetivas e 
familiares, devendo ser requerida pelo preso interessado ao Diretor da Unidade.Parágrafo Único - A orientação sexual dos internos e dos visitantes deverá ser respeitada, não devendo 
haver qualquer tipo de discriminação. 
Art. 155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou restringida pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta 
disciplinar média ou grave cometida pelo reeducando, bem como por atos do(a) companheiro(a) que 
causar problemas de ordem moral ou de risco para a segurança ou disciplina. 
Art. 156 - Os serviços de Saúde e de Assistência Social do Sistema Penitenciário deverão planejar um 
programa preventivo para a população prisional, nos aspectos sanitário e social, respectivamente, sendo 
assegurada a distribuição gratuita de preservativos ao preso, quando da realização da visita íntima. 
Parágrafo único - O serviço de Saúde e a Comissão Técnica de Classificação de cada unidade prisional 
desenvolverão os programas propostos. 
Art. 157 - Ao preso será facultado receber para visita íntima cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa 
designada pelo mesmo, comprovadas as seguintes condições: 
I - se cônjuge, comprovar-se-á com a competente Certidão de Casamento; 
II - se companheiro (a), comprovar-se-á com o Registro de Nascimento dos filhos em nome de ambos 
ou declaração de união estável assinada por duas testemunhas, com firma reconhecida; 
 III - nos demais casos, mediante declaração expressa do (a) preso (a), com a apresentação dos 
documentos exigidos para as visitas comuns, e avaliação do Serviço Social. 
§1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor de 18 (dezoito) anos, quando: 
a) legalmente casados; 
b) nos demais casos, mediante autorização do juízo das execuções, salvo se já possuírem prole em 
comum, quando deverá ser apresentada certidão de nascimento do(s) filho(s); 
c) houver prova de emancipação civil do (a) visitante. 
§2º - Somente será autorizado o registro de um (a) visitante, ficando vedadas as substituições, salvo se 
ocorrer separação ou divórcio, no decurso do cumprimento de pena, obedecido o prazo mínimo de 6 
(seis) meses, com investigação do Serviço Social e decisão da Direção da Unidade Prisional. 
Art. 158 - Comprovadas as relações previstas nos artigos anteriores, para a concessão de visita íntima, 
deverão ainda as partes: 
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista de saúde, através de exames laboratoriais tanto para 
o(a) preso(a) como para o(a) companheiro(a); 
b) Submeter-se aos exames periódicos, a critério das respectivas unidades. 
 Art. 159 - A periodicidade da visita exclusivamente íntima será mensal, obedecidos os critérios 
estabelecidos neste Regimento Geral. 
Art. 160 - O controle da visita íntima, relativamente às condições de acesso, trânsito interno e segurança 
do(a) preso(a) e de seu cônjuge ou companheiro(a), compete aos integrantes da área de segurança e 
disciplina. 
Art. 161 - A visita deverá submeter-se às normas de segurança do estabelecimento. 
 
TÍTULO XI 
DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO (162- 165) 
 
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Art. 162 - A unidade prisional manterá o trabalho do reeducando como dever social e condição de 
dignidade humana, com finalidade educativa, produtiva e reintegradora. 
Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à 
segurança e à higiene. 
Art. 163 - As modalidades de trabalho classificam-se em interno e externo. 
§1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório, respeitadas as aptidões e a capacidade do preso, 
observando-se: 
a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em consideração a habilitação, a condição pessoal e as 
necessidades futuras do interno. 
b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação adequada à sua idade. 
c) Os doentes ou portadores de necessidades especiais, declarados tais pelo órgão competente, terão 
ocupação compatível com seu estado físico e mental. 
§2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a 06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com 
descanso aos domingos e feriados, salvo exceções legais. 
Art. 164 - Conforme o disposto no artigo 126 da Lei de Execução Penal, o detento poderá remir parte 
do tempo de condenação, à razão de um dia de pena por três trabalhados. 
§1º - Também se considera, para efeitos de remição, a frequência regular aos cursos de Ensino 
Fundamental, Médio e Profissionalizante, bem como a produção intelectual e produção de artesanato. 
§2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a qual registrará os dias trabalhados, devendo ser assinada 
diariamente pelo preso (a) e rubricada no final do mês pela autoridade administrativa competente. 
§3º - A contagem do tempo de remição se dará na forma do art.126 da Lei de Execução Penal. 
§4º - Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão 
definidas de forma a se compatibilizarem. 
 §5º - O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a 
beneficiar-se com a remição. 
§6º - O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade 
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte 
do tempo de execução da pena ou do período de prova. 
 §7º - O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. 
Art. 165 - O Setor de Segurança e Disciplina informará à Unidade de Produção e comercialização sobre 
eventuais impedimentos da atividade do trabalho do preso trabalhador e seus motivos. 
Parágrafo Único - No caso de saída do preso da unidade prisional será comunicada imediatamente para 
a Unidade de Produção e Comercialização para as providências cabíveis. 
 
DA REMIÇÃO 
Capítulo I 
DO TRABALHO INTERNO 
 
Art. 166 - O trabalho interno será desenvolvido através de qualquer atividade regulamentada, que tenha 
por objetivo o aprendizado, a formação de hábitos sadios de trabalho, o espírito de cooperação e a 
socialização do preso. 
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Art. 167 - Considera-se trabalho interno aquele realizado nos limites do estabelecimento, destinado a 
atender às necessidades peculiares da unidade. 
 
Art. 168 - Será atribuído horário especial de trabalho aos internos designados para os serviços de 
conservação, subsistência e manutenção da Unidade. 
 Art. 169 - Compete à unidade prisional propiciar condições de aprendizado aos presos sem experiência 
profissional na área solicitada. 
Art. 170 - Para a prestação do trabalho interno, dar-se-á sempre preferência aos presos que tenham índice 
superior de aproveitamento e maior tempo de cumprimento de pena. 
 
Capítulo II 
DO TRABALHO EXTERNO 
 
Art. 171 - O trabalho externo, executado fora dos limites do estabelecimento, será admissível aos presos 
em regime fechado, quando obedecidas às condições legais, e aos presos em cumprimento de pena em 
regime semiaberto e aberto. 
Art. 172 - O cometimento de falta disciplinar de natureza grave implicará na revogação imediata da 
autorização de trabalho externo, sem prejuízo da sanção disciplinar correspondente, apurada através de 
procedimento disciplinar. 
Art. 173 - O preso em cumprimento de pena em regime semiaberto poderá obter autorização para 
desenvolver trabalho externo, junto às empresas públicas ou privadas, observadas as seguintes 
condições: 
I - Submeter-se à observaçãocriminológica realizada no período de 30 (trinta) dias de sua inclusão, sem 
qualquer impedimento; 
II - Manter comportamento disciplinado, seja na unidade prisional, seja na empresa a qual presta 
serviços; 
III - Cumprir horário, em jornada estabelecida no respectivo contrato de trabalho; 
IV - Retornar à unidade prisional quando de eventual dispensa portando documento hábil do 
empregador; 
V - Ter justificado ao empregador, mediante documento hábil, a falta por motivo de saúde; 
VI - Cumprir rigorosamente o horário da jornada de trabalho estabelecidos pela unidade prisional e 
empresa. 
Art. 174 - A unidade prisional deverá manter o controle e fiscalização através de instrumentos próprios, 
junto à empresa e ao reeducando, para que o mesmo possa cumprir as exigências do artigo anterior. 
 
Capítulo III 
DO PECÚLIO 
 
Art. 175 - O trabalho do (a) preso (a) será remunerado, obedecendo critérios de produtividade, não 
podendo ser inferior a 3/4 três quartos) do salário mínimo. 
Art. 176 - O produto da remuneração será depositado em conta bancária, em Banco Oficial ou Privado, 
conveniado com o Estado. 
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Art. 177 – Quanto aos valores do trabalho do preso, seu pecúlio e deduções previdenciárias, observar-
se-á o disposto na Portaria 217/2014 da Sejus. 
 Art. 178 - Toda importância em dinheiro que for apreendida indevidamente com o reeducando e cuja 
procedência não for esclarecida reverterá ao Estado, por processo administrativo em que se obedeça ao 
devido processo legal. 
Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem legítimas, a importância será depositada no pecúlio 
reserva do reeducando, sem prejuízo das sanções disciplinares previstas. 
Art. 179 - Na ocorrência do falecimento do reeducando, o saldo será entregue a familiares, atendidas as 
disposições pertinentes. 
 
TÍTULO XII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 180 - O abuso de poder exercido contra o interno será punido administrativamente, sem prejuízo da 
apuração da responsabilidade penal e civil. 
Art. 181 - Cada unidade prisional adotará, atendendo suas peculiaridades, horário próprio para tranca e 
destranca das celas. 
Art. 182 - A cada mês do ano civil os Administradores das Unidades Prisionais, após consulta às equipes 
técnicas das unidades, elaborarão relatório circunstanciado das atividades e funcionamento da respectiva 
unidade, encaminhando-o ao Coordenador do Sistema Penal do Estado, para as providências que 
entender cabíveis. 
Art. 183 - Os funcionários da Unidade Prisional cuidarão para que sejam observados e respeitados os 
direitos e deveres dos detentos respondendo, nos termos da legislação própria, pelos resultados adversos 
a que derem causa, por ação ou omissão. 
§1º - No exercício de suas funções, os funcionários não deverão compactuar com os presos nem praticar 
atos que possam atentar contra a segurança, ordem ou disciplina, mantendo diálogo com os detentos 
dentro dos limites funcionais; 
§2º - Os agentes prisionais levarão ao conhecimento da autoridade competente as reivindicações dos 
presos objetivando uma solução adequada, bem como as ações ou omissões dos mesmos, que possam 
comprometer a boa ordem na Unidade Prisional. 
Art. 184 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a direção do Estabelecimento comunicará imediatamente ao 
Juiz da Execução, a Coordenadoria do Sistema Prisional e também solicitará a presença da Polícia 
Judiciária. 
Parágrafo Único - Falecendo o interno, os valores e bens devidamente inventariados, serão entregues 
aos familiares. 
Art. 185 - Em caso de danos ao Estabelecimento a Diretoria oferecerá a Coordenadoria do Sistema 
Penitenciário relatório circunstanciado objetivando avaliar os prejuízos e elucidar as irregularidades, 
encaminhando os resultados a quem de direito. 
Parágrafo Único - Cabe ao reeducando ressarcir o Estado pelos danos causados, ao patrimônio físico e 
material da Unidade Prisional. 
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Art. 186 - Os casos omissos poderão ser resolvidos pelo Diretor da Unidade, em conjunto com a 
Coordenadoria do Sistema Penitenciário, com o conhecimento da Secretária da Justiça e Cidadania, 
observadas as respectivas competências. 
Art. 187 - A revisão do Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará será 
realizada a cada 4 (quatro) anos, contados a partir de sua publicação, por Comissão Especial a ser 
designada pelo(a) Secretário(a) da Justiça e Cidadania, composta preferencialmente de forma paritária 
por membros das instituições com atuação direta no sistema prisional. 
Parágrafo único – Sem prejuízo da citada revisão, serão promovidos encontros anuais de servidores e 
gestores para discussão, proposição e avaliação das políticas públicas para o sistema penitenciário. 
Art. 188 - Este Regimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em 
contrário. 
 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
 
1. (Prof Pedro) O sistema penitenciário do Ceará adota princípios contidos em regramentos internacionais 
como a ONU? 
A) sim 
B) não 
C) nunca 
D) somente com presos estrangeiros 
 
2. (Prof Pedro) O sistema penitenciário por suas peculiaridades fundamenta-se: 
A) no livre arbítrio do agente penitenciário. 
B) na prática de meios abusivos contra presos indisciplinados. 
C) na hierarquia funcional. 
D) na aplicação de penas alternativas 
 
3. (Prof Pedro) O coordenador geral da COSIPE deve ser: 
A) obrigatoriamente agente penitenciário. 
B) obrigatoriamente servidor público. 
C) preferencialmente membro da sejus. 
D) integrante da casa civil. 
 
4. (Prof Pedro) Tem como missão principal dentro da sejus e através de seus núcleos promover a inclusão 
social do preso e do egresso: 
A) a comissão técnica de classificação 
B) o NUSED - núcleo de segurança e disciplina 
C) a CATVA - comissão de avaliação e transferência de vagas 
D) CISPE - coordenadoria de inclusão social do preso e do egresso. 
 
5. (Prof Pedro) O coordenador da COSIPE deve ser escolhido pelos critérios: 
A) de antiguidade no sistema penal 
B) de merecimento no sistema penal 
C) por antiguidade e merecimento 
D) pelos mesmos critérios da escolha dos diretores das unidades prisionais 
 
6. (Prof Pedro) O coordenador geral da COSIPE de acordo com o regimento geral será: 
A) nomeado pelo secretario de justiça 
B) escolhido pelos agentes penitenciários 
C) nomeado pelo governador do estado 
D) nomeado pela assembleia legislativa 
 
 
7. (Prof Pedro) Não faz parte das unidades prisionais elencadas no rol taxativo do regimento geral: 
A) DECAP - delegacia de capturas. 
B) colônias agrícolas, industriais, similar. 
C) casa do albergado. 
D) hospital geral e sanatório penal. 
 
8. (Prof Pedro) Os estabelecimentos prisionais destinam-se 
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A) aos egressos, provisórios e ao condenado somente. 
B) aos egressos e aos condenados. 
C) aos condenados, aos submetidos á medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. 
D) aos submetidos à medida de segurança e ao condenado. 
 
9. (Prof Pedro) O regimento geral limita um número mínimo de agentes por plantão em uma unidade 
prisional que é? 
A) 3 
B) 2 
C) 4 
D) 5 
 
10. (Prof Pedro) as unidades prisionais devem ter um número proporcional de agentes por plantão que é? 
A) 2 agentes para cada 25 presos 
B) 5 agentes para cada 25 presos 
C) 1 agente para cada 25 presos 
D) 5 agentes para cada 50 presos 
 
11. (Prof Pedro) O regimento prevê também a proporção do corpo técnico nas unidades prisionais, que num 
número de 500 internos, deverá ter quantos odontólogos? 
A) 1 
B) 2 
C) 3 
D) 4 
E) 5 
 
12. (Prof Pedro) O regimento prevê também a proporção do corpo técnico nas unidades prisionais, que num 
número de 500 internos, deverá ter quantos estagiários de direito? 
A) 1 
B) 2 
C) 3 
D) 4 
E)5 
 
13. (Prof Pedro) Em referência ao centro de triagem e observação criminológica - CTOC. 
A) não recebe presos de comarca de interior 
B) só recebe com autorização do secretário de segurança 
C) pode receber presos das comarcas do interior, e das delegacias. 
D) não recebe presos oriundos de delegacias 
 
14. (Prof Pedro) As penitenciarias destinam-se: 
A) presos em regime semiaberto 
B) em regime de detenção e semiaberto 
C) pena de reclusão, regime fechado 
D) regime misto 
 
15. (Prof Pedro) De acordo com regimento geral os responsáveis pela segurança externa das penitenciárias 
em regra: certo ou errado? 
 
A) policia militar ( ) 
 
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B) agentes penitenciários ( ) 
 
16. (Prof Pedro) Quanto ao hospital de custódia e tratamento psiquiátrico destina-se: 
A) regime fechado 
B) regime misto 
C) medidas de segurança e tratamento psiquiátrico 
D) em regime de detenção 
 
17. (Prof Pedro) A cadeia pública em regra destina-se: 
A) aos presos provisórios 
B) aos condenados 
C) regime diferenciado 
D) egressos 
 
18. (Prof Pedro) Na casa de albergado admite-se cumprimento de pena privativa em liberdade? 
A) certo ( ) B) errado( ) 
 
19. (Prof Pedro) O preso que apresenta quadro de dependência química tem garantido tratamento 
individualizado? 
A) sim 
B) não 
C) somente os que tiverem em semiaberto 
D) depende do tipo de regime 
 
20. (Prof Pedro) o hospital geral e sanatório penal deve ter equipes multidisciplinares: 
A) em horário de expediente 
B) sempre que for possível 
C) em regime de plantão 
D) durante os fins de semana 
 
21. (Prof Pedro) de acordo com a literalidade da norma a casa de albergado deve? 
A) ser localizada em região metropolitana 
B) sirtuar-se em região metropolitana e próximo aos demais estabelecimentos prisionais 
C) situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos. 
D) situar-se anexo a penitenciária 
 
22. (Prof Pedro) o preso provisório pode ter acesso a meio de comunicação externo? 
A) em nenhuma hipótese 
B) vedado pelo regimento geral 
C) pode ter acesso, desde que autorizados por lei 
D) somente quando estiver no CTOC 
 
23. (Prof Pedro) compete especificamente ao diretor das unidades prisionais: 
A) efetuar o controle diário das folhas e cartões de registro de comparecimento do pessoal da unidade 
B) supervisionar os serviços de copa e cozinha 
C) controlar a movimentação de presos quando das transferências entre celas. 
D) visitar os presos nas dependências do estabelecimento prisional, anotando suas reclamações e pedidos. 
24. (Prof Pedro) Compete ao diretor adjunto: 
A) presidir a comissão técnica de classificação 
B) revistar material do preso recebido via postal 
C) organizar a prestação de contas dos suprimentos de fundos da unidade 
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D) efetuar o balancete mensal do estoque de mercadoria existente 
 
25. (Prof Pedro) Quem elabora o plano de segurança interna das unidades prisionais? 
A) o diretor adjunto e o chefe de equipe 
B) o diretor e o diretor adjunto em conjunto 
C) o diretor e o chefe de segurança e disciplina em conjunto 
D) o chefe de equipe e o chefe de segurança 
 
26. (Prof Pedro) Obrigatoriamente o diretor deve ser agente penitenciário? 
V ( ) ou F ( ) 
 
27. (Prof Pedro) Qual estabelecimento prisional é responsável pela identificação dos presos? 
A) penitenciárias 
B) casa de albergado 
C) CPPL´s 
D) centro de triagem e observação criminológica 
 
28. (Prof Pedro) Nas penitenciárias femininas obrigatoriamente deve existir uma creche para acomodar seus 
filhos recém-nascidos: 
A) nos 9 (nove) primeiros meses de vida, sem prorrogação. 
B) nos 3 (três) primeiros meses de vida , com prorrogação 
C) nos 6 (seis) primeiros meses de vida, prorrogável por igual período, se necessário 
D) nos 6 (seis) primeiros meses de vida, sem prorrogação 
 
29. (Prof Pedro) A casa de albergado além da pena privativa de liberdade pode acolher presos com pena 
restritivas de direitos? 
A) não 
B) sim 
C) depende do sexo 
D) todas alternativas erradas 
 
30. (Prof Pedro) Os responsáveis pela guarita dos estabelecimentos prisionais conforme o regimento geral 
é? 
A) PM 
B) agentes 
 
31. (Prof Pedro) Quem preside a comissão técnica de classificação? 
A) diretor adjunto 
B) coordenador geral da COSIPE 
C) assistente social 
D) diretor da unidade prisional 
 
32. (Prof Pedro) José, condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por tráfico de drogas e estupro, foi 
considerado preso de exemplar comportamento na unidade prisional. Em decorrência disso, ganhou uma 
regalia de visita extra, autorizada pelo diretor da unidade prisional, tal conduta do diretor está? 
A) errada 
B) correta, tem previsibilidade. 
C) constitui crime 
D) constitui infração disciplinar 
 
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33. (Prof Pedro) O agente Thomas encontrou um celular na posse do preso “Fernandinho Lagamar”, 
imediatamente o servidor comunicou ao diretor do estabelecimento que, de pronto, decretou a falta grave 
para “ Fernandinho Lagamar” sem que fosse instaurado procedimento disciplinar para a devida apuração. A 
conduta do diretor foi? 
A) legal 
B) abusiva 
C) como se trata de crime foi correta 
D) está amparada pelo entendimento dos tribunais superiores 
 
34. (Prof Pedro) o diretor do hospital de custódia deve ser: 
A) formado em direito 
B) profissional da área de segurança 
C) profissional da área de saúde 
D) não tem diretor 
 
35. (Prof Pedro) O cargo de diretor adjunto será ocupado por: 
A) obrigatoriamente por agente penitenciário 
B) preferencialmente por servidor da casa civil 
C) preferencialmente por servidor estável de carreira da sejus 
D) obrigatoriamente por agente penitenciário com mais de 10anos em efetivo exercício 
 
36. (Prof Pedro) O cargo de gerente administrativo será ocupado por: 
A) preferencialmente por agente penitenciário 
B) preferencialmente por servidor da casa civil 
C) preferencialmente por servidor estável da área de segurança pública 
D) deverá ser servidor de carreira da sejus. 
 
37. (Prof Pedro) O cargo de chefe de segurança e disciplina será ocupado por: 
A) preferencialmente por agente penitenciário estável 
B) preferencialmente por servidor da casa civil 
C) preferencialmente por servidor estável da área de segurança pública 
D) obrigatoriamente por agente penitenciário com mais de 10 anos em efetivo exercício 
 
38. (Prof Pedro) o cargo de chefe de equipe dos agentes penitenciários será ocupado por: 
A) preferencialmente por agente penitenciário 
B) preferencialmente por agente penitenciário estável. 
C) preferencialmente por servidor estável da área de segurança pública 
D) deverá ser servidor de carreira da sejus. 
39. (Prof Pedro) o cargo de diretor da unidade prisional será ocupado por? 
A) obrigatoriamente agente penitenciário 
B) obrigatoriamente servidor com 10 anos de experiência 
C) preferencialmente servidor de carreira da SEJUS 
D) preferencialmente servidor da segurança pública 
 
40. (Prof Pedro) o conselho disciplinar é um órgão colegiado, formado por: 
A) diretor adjunto, chefe de segurança e disciplina, assistente social, psicólogo, agente penitenciário de 
notória experiência 
B) diretor adjunto, assistente social, agente penitenciário de notória experiência 
C) diretor, chefe de segurança e disciplina, assistente social, psicólogo, agente penitenciário de notória 
experiência 
D) diretor, assistente social, agente penitenciário de notória experiência 
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41. (Prof Pedro) quanto a apuração das faltas disciplinares o conselho disciplinar: 
A) julga em definitivo as faltas disciplinares 
B) elabora parecer opinativo 
C) remete para a comissão técnica de classificação que fará o julgamento 
D) não precisa ouvir fazer procedimento contraditório 
 
42. (Prof Pedro) Quem preside o conselho disciplinar: 
A) chefe de segurança 
B) coordenador geral da COSIPE 
C) diretor 
D) diretor adjunto 
 
43. (Prof Pedro) Se durante a apuração do procedimento disciplinar verificar empate técnico nos votos: 
A) o preso será beneficiado 
B) o preso será prejudicado 
C) haverá outra votação 
D) suspenderá a sessão 
 
44. (Prof Pedro) Não compõe o conselho disciplinar: 
A) diretor adjunto 
B) assistente social 
C) agente de notória experiência 
D) diretor 
 
45. (Prof Pedro) Não são membros da comissão técnica de classificação: 
A) diretor 
B) psiquiatra 
C) psicólogo 
D) diretor adjunto 
E) assistente social 
 
46. (Prof Pedro) A comissão técnica de classificação terá como membro: 
A) 1 agente penitenciário com larga experiência 
B) 2 agentes penitenciários com larga experiência 
C) 3 agentes penitenciários com larga experiência 
D) não têm agentes 
47. (Prof Pedro) De acordo com o regimento geral os direitos do preso podem ser suspensos ou restritos 
pelo: 
A) somente o diretor 
B) diretor ou juiz das execuções 
C) pelo chefe de equipe 
D) não podem ter direitos suspensos 
 
48. (Prof Pedro) Quanto as fases de execução administrativa da pena privativa de liberdade: 
A) terá uma fase 
B) terá duas fases 
C) não existe essa previsão no regimento 
D) terá três fases 
 
49. (Prof Pedro) Como se dá o ingresso do preso condenado no estabelecimento prisional: 
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A) através da nota de culpa 
B) não precisa de formalidades 
C) apresentação de guia de recolhimento 
D) apresentação de documento de identidade do preso 
 
50. (Prof Pedro) O preso conhecido como “catatau”, chegou a CPPL, e trouxe consigo camisa da cor preta, 
que não é permitido naquele estabelecimento prisional, portanto o pertence deverá: 
A) ficar na posse do agente por período indeterminado 
B) ser inventariado e colocado em depósito no setor de gerência administrativa 
C) ser inventariado e colocado em depósito no setor de segurança 
D) ficar na posse do diretor adjunto da unidade 
 
51. (Prof Pedro) O preso conhecido como “Dirceu”, chegou a CPPL, e trouxe consigo relógio de ouro de 
sua propriedade, que não é permitido naquele estabelecimento prisional, portanto o pertence deverá: 
A) setor de pecúlio 
B) ser inventariado e colocado em depósito no setor de gerência administrativa 
C) ser inventariado e colocado em depósito no setor de segurança 
D) ficar na posse do diretor adjunto da unidade 
 
52. (Prof Pedro) Paulo nunca foi preso, porém acabou cometendo um crime e foi condenado. Paulo foi 
conduzido para o centro de triagem e o mesmo deverá: 
A) passar por um período de observação não superior a 90 dias 
B) passar por um período de observação não superior a 120 dias 
C) passar por um período de observação não superior a 60 dias 
D) não existe previsão de período de observação 
 
53. (Prof Pedro) Nos 10 (dez) primeiros dias do estagio de adaptação o preso não pode: 
A) receber visita da mãe 
B) do advogado 
C) do defensor público 
D) de ninguém, devendo ficar em isolamento. 
 
54. (Prof Pedro) Das opções abaixo, especificamente tem a incumbência para administrar as transferências 
dos presos entre os estabelecimentos prisionais? 
A) CISPE 
B) comissão técnica de classificação 
C) conselho disciplinar 
D) CATVA 
 
55. (Prof Pedro) Quem preside a comissão de avaliação e gestão de vagas? 
A) diretor da unidade 
B) chefe de segurança e disciplina 
C) coordenador geral da COSIPE 
D) coordenador geral adjunto da COSIPE 
 
56. (Prof Pedro) É direito do preso: 
A) fugir 
B) não ser revistado 
C) visita extra 
D) chamamento nominal 
 
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57. (Prof Pedro) À presa, em estado de gravidez será assegurado? 
A) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 30 dias após o nascimento 
B) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 60 dias após o nascimento 
C) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 30 dias após o nascimento 
D) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 120 dias após o nascimento 
 
58. (Prof Pedro) À presa, em estado de gravidez será assegurado? 
A) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 120 dias após o nascimento, 
quando estiver amamentando. 
B) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 90 dias após o nascimento, 
quando estiver amamentando. 
C) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 180 dias após o nascimento, 
quando estiver amamentando. 
D) condições para que possa permanecer com seu filho pelo período mínimo de 60 dias após o nascimento, 
quando estiver amamentando. 
 
59. (Prof Pedro) O preso pode ter contato com o mundo exterior e acesso a meios de comunicação social: 
A) não 
B) sim 
 
60. (Prof Pedro) O presodeve manter conduta oposta a movimentos coletivos de fuga? 
A) sim, pois é um dever 
B) não, pois não tem previsão legal 
C) somente quando estiver no regime fechado 
D) somente quando estiver no regime aberto 
 
 
 
GABARITO 
 
01 - A 02 - C 03 - C 04 - D 05 - D 06 - C 
07 - A 08 - C 09 - B 10 - C 11 - A 12 - B 
13 - C 14 - C 15 - B 16 - C 17 - A 18 - A 
19 - A 20 - C 21 - C 22 - C 23 - D 24 - B 
25 - C 26 - C 27 - F 28 - C 29 - B 30 - B 
31 - D 32 - B 33 - B 34 - C 35 - C 36 - D 
37 - A 38 - B 39 - C 40 - B 41 - D 42 - B 
43 - A 44 - D 45 - D 46 - B 47 - B 48 - B 
49 - C 50 - B 51 - A 52 - C 53 - A 54 - D 
55 - D 56 - D 57 - D 58 - C 59 - B 60 - A 
 
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REFERÊNCIAS 
A Constituição e o Supremo. Livraria Supremo. 2015 
Apostila de Regimento Interno do Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará – Prof. Pedro 
Henrique. 2017 
CF.1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. Senado Federal. 2016; 
LEP.1974. Lei de Execução Penal – Acessado em: www.planalto.gov.br, em 20/03/2018, as 22:00hs.; 
Matheus Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 4ª ed. 2018; 
Portaria 1220. Regimento Interno dos Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará; 
Regras Mínimas para Tratamento de Presos – ONU – Regras de Mandela – 2015; 
Renato Marcão. Curso de Execução Penal. 9ª ed. 2011; 
Site: www.dizerodireito.com.br 
STF. Supremo Tribunal Federal. Brasília; 
STJ. Superior Tribunal de Justiça. Brasília; 
 
 
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MÓDULO I: Administração Penitenciária - 20h/a 
DISCIPLINA 04: Rotinas de trabalho no cotidiano das prisões 
ELABORAÇÃO: Kany de Carvalho Bezerra 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, março de 2018. 
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SUMÁRIO 
01. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
 
02. ROTINAS DE TRABALHO NO COTIDIANO DAS PRISÕES ............................................ 3 
 
03. INICIANDO AS ATIVIDADES ................................................................................................. 4 
 
04. PORTARIA .................................................................................................................................. 5 
 
05. INGRESSO DE PRESO .............................................................................................................. 6 
 
06. VISTORIAS .................................................................................................................................. 7 
6.1 Revista de presos ............................................................................................................................. 7 
6.2 Revista nas dependências da unidade .............................................................................................. 8 
6.3 Revista de visitantes ........................................................................................................................ 9 
 
07. MOVIMENTAÇÃO DE PRESOS ........................................................................................... 10 
 
08. ESCOLTA................................................................................................................................... 11 
 
09. RELATÓRIO DE PLANTÃO DE AGENTES PENITENCIÁRIOS.................................... 12 
 
10. CERTIDÃO DE COMPORTAMENTO CARCERÁRIO ..................................................... 13 
 
11. INGRESSO DE PERTENCES E DIVERSOS ........................................................................ 14 
 
12. TRANSVERSALIDADE DE TRABALHO DO AGENTE PENITENCIÁRIO COM AS 
AÇÕES DE ASSISTÊNCIA AO PRESO ........................................................................................... 15 
 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................... 19 
 
 
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3 
 
01. INTRODUÇÃO 
A questão prisional é certamente uma das mais delicadas no contexto do sistema de segurança 
pública. E por este motivo requer um tratamento especial, não somente no tocante às suas rotinas, mas, 
sobretudo, no que se refere à concepção que lhes dá sustentação, visando articular, problematizar e 
intervir nas mais variadas situações que constituem o cenário cotidiano das Unidades Prisionais do 
Estado do Ceará, incorporando valores éticos e compromisso social, elaborados de acordo com a Lei de 
Execução Penal, consoante a uma abordagem dialógica e humanizada. 
Desse modo, o material apresentado aos futuros Agentes Penitenciários possui informações para 
enfrentamento dessas questões, desejando articular um trabalho em rede, e que demonstre a 
padronização do sistema penitenciário do Ceará. Assinala-se também nesta apostila as condutas e ações 
que serão praticadas pelos agentes penitenciários na árdua missão frente aos conhecidos obstáculos 
nacionais do sistema penitenciário, tais como precariedade das instalações físicas, a superpopulação 
prisional, a inexistência de espaço de convivência, presos querendo assumir lideranças de alas, trafico 
de drogas e a criminalidade organizada, conflitando com o objetivo visado, que seria a reinserção social 
de apenado. 
Assis, aglutinando as técnicas e padrões de procedimentos e conhecimentos da problemática 
prisional, Agentes penitenciários poderão desempenhar seus papeis de modo mais coeso e articulado a 
importância do trabalho que desenvolvem dentro do contexto penitenciário. 
 
02. ROTINAS DE TRABALHO NO COTIDIANO DAS PRISÕES 
Iniciaremos nossos trabalhos com a definição do profissional que trabalha diretamente com a 
guarda, escolta e vigilância de presos. Sua missão é realizada, objetivando a manutenção de um ambiente 
prisional organizado e pacífico, prezando pela integridade física dos detentos e dos demais profissionais 
que lá trabalham e por consequência contribuindo para a segurança da sociedade. Este é o Agente 
Penitenciário. 
Na realidade cearense esse profissional irá desempenhar suas funções em um dos 18 
estabelecimentos prisionais diversos ou em uma das mais de 120 cadeias públicas existentes no Estado. 
Atualmente o efetivo de agentes penitenciários no Estado é de 2124 para uma população prisional 
de 27.807 presos 
Nocontexto Jurídico Administrativo temos a legislação atinente às atribuições do Agente 
Penitenciário prevista na Lei n°14.966/2011 que redenominou a carreira: 
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4 
 
“Art.1º A carreira Guarda Penitenciária, integrante do Grupo Ocupacional Atividades de Apoio 
Administrativo e Operacional, prevista no item 2, do anexo I, da Lei nº12.386, de 9 de dezembro de 
1994, fica redenominada para carreira Segurança Penitenciária e estruturada na forma do anexo I desta 
Lei, passando os Agentes Penitenciários a ter as seguintes atribuições: atendimento, vigilância, custódia, 
guarda, escolta, assistência e orientação de pessoas recolhidas aos estabelecimentos penais estaduais.” 
Dessa forma, temos as seguintes atribuições do Agente Penitenciário: 
➢ Atendimento: consiste no atendimento á pessoas; 
➢ Vigilância: estado de quem vigia, precaução; 
➢ Custódia: conservar sob segurança e vigilância; 
➢ Guarda: sentinela e cuidado; 
➢ Escolta: ato destacar tropas, pessoas, aviões e etc. para escoltar pessoas ou coisas; 
➢ Assistência: consiste no amparo e auxílio; 
➢ Orientação: direção, guia e regra. 
Desse modo, esclarecidas as competências positivadas na legislação atinente passaremos 
identificá-las no estudo que iremos traçar, verificando as atribuições nas rotinas prisionais. 
 
03. INICIANDO AS ATIVIDADES 
Ao chegar à unidade para iniciar o serviço o Agente Penitenciário deverá se apresentar ao Chefe 
de Equipe de Plantão para que o mesmo confirme presençae atribua uma tarefa/posto. 
Convêm ressaltar que o Agente Penitenciário só poderá assumir o posto de trabalho se estiver 
devidamente uniformizado. 
Os postos de serviço se subdividem em posto fixo ou ronda. 
Após conhecimento do posto de serviço deverá o agente verificar onde estão localizados os 
equipamentos necessários para o serviço. Cada posto de serviço, em face de suas peculiaridades 
requerem equipamentos distintos. 
A título de exemplo, destacamos alguns postos de serviço existentes nas unidades prisionais: 
Monitoramento: É posto de trabalho presente em diversas unidades prisionais do Estado, onde o 
Agente exercer a vigilância da unidade através de câmeras de monitoramento. 
Quadrante: Posto de trabalho existente em alguns estabelecimentos prisional, possibilitando a 
restrição de acesso entre espaços como corredores, galerias, setores diversos e outros. Têm como 
finalidade controlar o fluxo de pessoas, bem como resguardar a estrutura física da unidade prisional. 
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5 
 
Vistoria: posto de trabalho utilizado com finalidade de realizar vistoria de pessoas e/ ou objetos 
que adentram na unidade prisional, objetivando coibir a entrada de objetos, substâncias ou produtos 
proibidos pela administração prisional e pela Legislação Penal. 
Portaria: O referido posto de trabalho, em face de sua importância, será abordado em unidade 
específica. 
Parlatório: É posto de trabalho onde os internos, após autorização, recebem visitas, atendimentos 
de advogados, técnicos e outros. 
Ao Agente escalado no Parlatório caberá controlar o fluxo de atendimentos, verificando as 
condições de segurança do local e controlando o tempo de entrada e saída daqueles que estão no 
parlatório. 
Afastar-se do posto de serviço sem prévia autorização do superior imediato é conduta 
inadequada, possibilitando falha na segurança do estabelecimento prisional e, consequentemente colocar 
em risco as pessoas que lá estão. 
 
04. PORTARIA 
Descrição: Local para recepcionar, identificar e revistar pessoas, veículos e objetos. 
 
Além disso, caberá ao agente penitenciário vigiar o perímetro interno e externo, observando e 
controlando a entrada e saída de pessoas e veículos, garantindo a segurança do estabelecimento prisional. 
 
Ações: Dorneles, em sua obra, elenca didaticamente as Ações que devem ser desenvolvidas no 
posto de Portaria: 
Recepcionar pessoas, veículos e objetos, identificando, revistando e acompanhando ao destino; 
Informar e consultar o setor de destino da presença do visitante; 
Cadastrar e registrar pessoas; 
Reter documentos de identificação; 
Determinar o uso de crachá de identificação; 
Orientar visitantes quanto aos procedimentos e normas de segurança; 
Revistar e reter objetos não permitidos, utilizando os meios adequados e permitidos; 
Receber e liberar presos ou internados, conferindo documentação e adotando demais medidas 
necessárias; 
Restringir a permanência ou tráfego desnecessário de pessoas não autorizadas ou alheias ao setor; 
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6 
 
Proibir a entrada de pessoas portando armas de qualquer espécie e telefones celulares ao interior 
do Estabelecimento Prisional, salvo nas situações de: rebeliões, motins, vistorias ou situações que 
requeiram o uso destes instrumentos. 
Qualquer veículo ou carga destinado a entrar ou sair da área interna da Unidade deverá ser 
minuciosamente vistoriado por agente penitenciário obedecendo aos protocolos já estabelecidos, e se 
disponível, através do bodyscanner e da máquina de RX. 
Se for encontrado objeto ou material ilícito, o responsável e ocupante do veículo serão detidos 
pela Segurança do Estabelecimento Prisional, devendo a Direção adotar os procedimentos cabíveis. 
Permitir a entrada de fornecedores ou prestadores de serviços, nos horários estabelecidos. 
O Agente deve exigir que todos os servidores/funcionários que estiverem em serviço no 
Estabelecimento Prisional estejam identificados e uniformizados. 
 
05. INGRESSO DE PRESO 
O recebimento de presos, oriundos da Secretaria de Segurança Pública e de outras unidades 
prisionais é uma rotina de trabalho do agente penitenciário, para tanto deverá estar atento nas seguintes 
situações. 
No tocante a documentação necessária, elencamos os documentos essenciais que devem ser 
apresentados para o ingresso do preso na unidade: 
Apresentação da guia de recolhimento expedida pela autoridade policial ou judiciária 
competente; 
Comprovante que o interno foi submetido a exame de corpo de delito; 
Comprovante de identificação do preso; 
Cópia do auto de prisão em flagrante ou do mandado de prisão judicial, com informações sobre 
os antecedentes policiais ou judiciais do preso. 
Ofício de autorização de recebimento do interno, oriundo da Comissão de Avaliação de 
Transferência e Gestão de Vagas (CATVA), no caso das grandes unidades da Região Metropolitana de 
Fortaleza. 
Outra questão a ser analisada no recebimento de presos consiste na observação de sua integridade 
física que, caso se já visualizado alguma lesão aparente e a mesma não esteja constando no exame de 
corpo de delito, por cautela, deverá ser solicitado novo exame. 
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Desse modo, somente após conferência da documentação exigida e inexistência de indícios de 
lesão é que poderá ser assinado o ofício de recebimento do preso com o seguinte termo, “recebido”, com 
data, horário, matrícula e assinatura. 
Excepcionalmente, em face de necessidade e urgência, poderá haver transferência de preso de 
qualquer unidade da Sejus, independente de decisão da Catva, por determinação do Secretário de Justiça 
ou, na sua ausência, pelo Coordenador do Sistema. 
Após ingressar na unidade o preso será orientado de seus deveres e direitos e normas de conduta 
que o mesmo deverá seguir durante a sua permanência no estabelecimento. 
Após o ingresso do interno, a documentação será repassada para o setor administrativo para 
identificação do interno e abertura de prontuário. 
Pertences do preso, que não são permitidos entrar na unidade serão guardados constados em 
Relatório de Plantão e repassados ao Chefe de Segurança e Disciplina. 
 
06. VISTORIAS 
6.1 Revista de presos 
A revista dos presos é uma das atribuições do Agente Penitenciário no desempenho de suas 
funções. 
São diversos momentos na rotina de trabalho que o agente irá realizar a revista no preso, dentre 
elas destacamos: 
No ingresso do preso na unidade prisional; 
Na retirada do preso da cela para ser conduzido para outro setor dentro do próprio 
estabelecimento prisional; 
No retorno para a cela, em face de deslocamentos diversos (parlatório, sala de aula, Setor de 
Saúde, banho de sol e outros); 
Na saída do estabelecimento prisional para audiências judiciais, tratamento médico em hospitais 
e transferências entre estabelecimentos; 
No retorno para o presídio, em face de saídas temporárias, permissões de saída e retorno de 
audiências. 
O artigo 34 do RGEP-CE orienta acerca da revista pessoal do preso na ocasião do ingresso na 
unidade, bem como de seus pertences, prevendo ainda, a higienização corpórea e a substituição do 
vestuário pelo uniforme padrão da unidade. 
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Além das hipóteses acima, o Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do 
Ceará-RGEP-CE, artigo 23, IX atribui ao Chefe de Segurança e Disciplina a realização de vistorias nos 
presos de modo preventivo ou quando tiver fundadas suspeitas que o interno esteja portando algum 
objeto ilícito ou indevido. 
Outro dispositivo legal que prevê que preso será visitando antes e depois do contato com o 
visitante é a portaria 723/2014, publicada em 21/08/2014 no Diário Oficial do Estado. 
 
6.2 Revista nas dependências da unidade 
Além da revista do preso, outra atribuição consiste na realização de revistas nos setores da 
unidade, uma vez que algum produto ilícito ou proibido poderá não estar na posse do preso, mas estar 
oculto em diversos locais do estabelecimento prisional. 
 O RGEP-CE também legitima as buscas nas dependências do estabelecimento prisional, visando 
à apreensão de armas, aparelhos celulares ou objetos capazes de ofender a integridade física de outrem 
ou de objetos que possam facilitar uma tentativa de fuga. 
Ressaltamos que antes da realização de vistoria nas dependências da unidade que seja realizado 
um briefing com todos os agentes penitenciários envolvidos para a divisão das tarefas de cada um. 
Alertamos também para que se adotem procedimentos de segurança relacionados à energia 
elétrica, uma vez que em muitos locais poderá gerar riscos durante a realização do procedimento de 
vistoria. 
Citamos abaixo alguns equipamentos necessários para a realização de procedimentos de vistoria, 
esclarecendo que não são obrigatórios a sua utilização em todos os casos, devendo ser observado o caso 
concreto na forma de vistoria: 
➢ Luvas; 
➢ Óculos de proteção; 
➢ Lanternas; 
➢ Detector de metais; 
➢ Algemas; 
➢ Martelo ou barra de ferro. 
 
 
 
 
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6.3 Revista de visitantes 
A Lei de Execução Penal – LEP, no artigo 41, inc. X prevê a visita como um direito do preso, 
entretanto para a entrada de visitantes no interior dos estabelecimentos prisionais existem regramentos 
a seguir. 
Conforme regulamentação estatal por meio de portariafoiregulamentado que as vistorias dos 
visitantes, denominada revista pessoal, será realizada mediante uso de equipamentos detectores de 
metais, bodyscanners, ou similares ou ainda manualmente. 
Ressalte-se que, conforme regulamentação, nas unidades que tiverem o equipamento 
bodyscanner, obrigatoriamente será ele o meio utilizado para realização de revista eletrônica. 
A revista pessoal é considerada como uma vistoria realizada através do contato físico da mão do 
Agente Público com competência sobre as vestes da pessoa vistoriada. 
Entretanto, elencamos condutas vedadas ao Agente Público na execução da revista pessoal: 
➢ Desnudamento total ou parcial; 
➢ Toque nas partes íntimas; 
➢ Utilização de espelhos; 
➢ Utilização de cães de faro; 
➢ Introduzir objetos nas cavidades corporais da pessoa revistada. 
Contudo, não é considerado desnudamento a retirada de casacos, jaquetas e similares, calçados 
e acessórios. 
A revista manual deverá ser realizada por servidor com habilidade e sempre respeitando a 
condição de gênero. 
A revista pessoal de crianças e adolescentes deverão ser realizadas na presença do responsável. 
Os membros do Poder Judiciário e das Funções essenciais à Justiça serão submetidos somente à 
vistoria eletrônica. 
O preso será visitando antes e depois do contato com o visitante. 
A Portaria n° 212/2017 de 08 de maio de 2017 estabelece regramentos para a prestação da 
assistência religiosa nos estabelecimentos prisionais também prevê no artigo 18 que os visitantes com 
representação religiosa deverão ser submetidos aos mesmos procedimentos de vistoria dos visitantes, 
salvo a revista íntima, não sendo permitido adentrar com telefone celular, equipamento áudio visual ou 
fotográfico, salvo, no caso de máquina fotográfica se for autorizada pelo diretor do estabelecimento 
prisional. 
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Existe a vedação expressa de ingresso de visitante que portar peças de roupa em duplicidade, 
peças de roupa de time de futebol os seguintes acessórios tais como: relógio, boné óculos esportivos, 
cinto, grampo de cabelo, fivela ou tipo similar de prendedor de cabelos, bijuterias, peças em prata ou 
ouro. 
Equipamentos utilizados nas vistorias de visitantes: 
➢ Bodyscanners: equipamento que usa ondas de radiofrequência – como os aparelhos de 
ressonância magnética – que têm menor energia e comprimento maior, sendo rebatidas pelo corpo. Essa 
tecnologia está cada vez mais presente, para a revista de pessoas em presídios e aeroportos. 
➢ Detectoresde metal manual; 
➢ Portal eletrônico; 
➢ Banqueta detectora de metal. 
 
07. MOVIMENTAÇÃO DE PRESOS 
Movimentar presos é uma das rotinas do cotidiano do Agente Penitenciário, uma vez que 
diariamente vários internos são retirados de suas celas para diversos procedimentos no interior ou fora 
da unidade, enfatizando, ainda, como movimentação a saída do preso da unidade prisional. 
Além dos procedimentos de vistoriar os internos, uma vez que já foram abordados em capítulo 
anterior, outros procedimentos deverão ser adotados pelos agentes penitenciários quando realizam 
movimentação de presos, dentre eles: 
Registrar no Relatório Diário de Plantão dos Agentes Penitenciários o nome do interno e o local 
para qual foi movimentado, destacando hora de entrada e saída, como melhor maneira de organizar. 
Acompanhar o interno durante todo o trajeto do deslocamento sempre atento e vigilante. 
Acompanhar o interno durante o procedimento que ensejou sua saída da cela, zelando pela 
segurança dos profissionais técnicos, bem como estar atento para alguma tentativa de fuga do mesmo. 
Dentre as diversas movimentações internas na rotina de um presídio destacamos: 
➢ Deslocamento para parlatório; 
➢ Deslocamento para sala de aula e oficinas; 
➢ Deslocamento para módulo de saúde; 
➢ Deslocamento para banho de sol. 
Os deslocamentos para fora da unidade serão abordados na modalidade de escolta, bem como a 
exemplificação de variadas movimentações externas. 
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Em regra, o retorno do preso, após movimentação interna ou externa, será para a mesma cela. 
Entretanto, a autorização de mudança do preso para outra ala, pavilhão, rua ou vivência é de competência 
do Chefe de Segurança e Disciplina, conforme previsão legal do artigo 23, inciso V do RGEP-CE. 
Como visto acima, é o Chefe de Segurança e disciplina que tem a competência para movimentar 
os presos para outras celas. Contudo, a excepcionalidade dessa regra está prevista no próprio RGEP-CE, 
permitindo que o Chefe de Equipe transfira o preso de cela, dentro do presídio, na ausência do superior 
hierárquico, de forma emergencial, quando a integridade física do preso estiver comprometida. 
 
08. ESCOLTA 
Uma das atribuições do agente penitenciário é a escolta de presos para outros locais fora do 
estabelecimento prisional. 
É rotina na atividade do agente penitenciário a realização de escolta de internos para variados 
procedimentos, dentre os quais temos as audiências judiciais, internação e consulta em hospitais ou 
clínicas, outros Órgãos públicos e transferências para outro estabelecimento prisional. 
Assim como no interior do estabelecimento, nos procedimentos de escolta o Agente Penitenciário 
deverá estar sempre atento e vigilante para o bom desempenho de sua atividade. 
Antes de iniciar o procedimento de escolta, deverá ser realizado um briefing dos agentes 
participantes, no sentido de estabelecer as tarefas a serem realizada por cada um. 
Além disso, verificar com a Direção da unidade, bem como o Chefe de Disciplina acerca do 
“perfil” do preso. 
Conforme já mencionado, antes do embarque ou do deslocamento o preso deverá ser algemado 
e vistoriado. 
Por oportuno, devemos orientar que a utilização de algemas se faz necessária em face do receio 
de fuga e outros diversos motivos, entretanto, a atenção e vigilância deverão permanecer como uma 
constante, uma vez que, não raro, presos conseguem tirar o equipamento ou transpor, possibilitando uma 
ação por parte do mesmo. 
Por fim, convém ressaltar que mesmo sem conseguir retirar ou transpor as algemas o preso 
poderá tentar alguma ação. Desse modo, cautela e vigilância são fundamentais nos procedimentos de 
escolta. 
Segue abaixo, sem esgotar as modalidades, exemplos de escoltas externas realizadas por Agentes 
Penitenciários: 
➢ Audiências requisitadas por Juízes do processo de conhecimento ou de execução penal; 
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➢ Internação para tratamento hospitalar; 
➢ Procedimentos em delegacias; 
➢ Realização de identificação civil e/ou criminal em órgão competente; 
➢ Transferência para outro estabelecimento prisional; 
➢ Sepultamento de familiares; 
➢ Realização de exames; 
➢ Para o recebimento de benefício judicial condicionado ao monitoramento eletrônico; 
➢ Atividade de ressocialização; 
➢ Requisição para procedimentos judiciais não criminais. 
 
09. RELATÓRIO DE PLANTÃO DE AGENTES PENITENCIÁRIOS 
As rotinas e as alterações devem ser circunstanciadas no Relatório Diário de Plantão dos Agentes 
Penitenciários. 
De suma importância na rotina prisional, devendo o chefe de equipe que está assumindo o serviço 
de plantão, ler o Relatório do Plantão anterior. 
Além de disso, deverá o Chefe de Equipe de Agentes de Plantão elaborar o Relatório 
circunstanciado ao final do plantão, registrando todas as ocorrências havidas. 
Desse modo, qualquer alteração detectada pelo agente penitenciário no posto de serviço deverá 
ser relatada para que o Chefe circunstancie como ocorrência no Relatório. 
É a partir desses registros que a Direção adotará os procedimentos cabíveis, conforme a situação 
relatada. 
Exemplificando, caso algum Agente, devidamente escalado em seu posto detecte um refletor 
“queimado”, fragilizando a segurança da unidade, deverá comunicar ao Chefe de Equipe para que o 
mesmo conste em Relatório para que a Direção tome conhecimento do fato e providencie a substituição 
do mesmo. 
Em outro exemplo, caso o agente penitenciário, realizando vistoria em pertences trazidos por 
familiar, em dia de visitação, identifique materiais não permitidos pela administração. No caso em 
apreço, além da visitante ter o acesso ao estabelecimento proibido e o material não permitido ser 
apreendido, todo o fato deverá ser comunicado ao superior hierárquico e circunstanciado em Relatório 
Diário de Plantão para que a Direção tome conhecimento do fato e adote as medidas administrativas 
cabíveis. 
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Dentre os tópicos que deverão ser circunstanciados no Relatório Diário de Plantão dos Agentes 
Penitenciários, destacamos: 
➢ Contagem de material diverso; 
➢ Contagem de material de segurança; 
➢ Quantidade de armamento na unidade; 
➢ Documentação diversa; 
➢ Movimentação interna e externa; 
➢ Atendimentos em parlatório; 
➢ Frequência de servidores; 
➢ Inspeções de autoridades; 
➢ Ocorrências com presos ou visitantes. 
Por fim, salientamos a importância de circunstanciar todas as ocorrências no Relatório Diário do 
plantão de Agentes Penitenciário, uma vez que, na maioria dos casos, fornece elementos para os 
desdobramentos de variadas ações positivas no contexto administrativo dos presídios. 
 
10. CERTIDÃO DE COMPORTAMENTO CARCERÁRIO 
A Certidão Carcerária é um dos documentos mais utilizados na rotina administrativa do sistemaprisional, fornecendo todos os elementos relacionados ao interno no período que esteve recolhido no 
estabelecimento prisional. 
O conceito geral de Certidão é de um documento revestido de formalidades previstas em Lei, 
destinado a fazer certa a existência de registro. 
No contexto prisional é a certificação da autoridade prisional acerca do histórico do preso no 
período que esteve ou permanece na unidade. 
Numa explicação sem os rigores técnicos, Certidão Carcerária é a inserção de informações do 
preso, fornecido pela administração prisional quando solicitada ou requisitadas. 
A Certidão de Comportamento Carcerário deverá conter: 
➢ Qualificação completa do preso; 
➢ Data da entrada no estabelecimento; 
➢ Comarca de sua condenação ou prisão provisória, 
➢ Tipificação criminal; 
➢ Pena (caso condenado); 
➢ Mandados de prisão existente; 
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➢ Histórico do preso no Sistema; 
➢ Comportamento atual. 
Como documentação formal, a Certidão carcerária prevê as seguintes partes: 
➢ Título: nome do Documento. (CERTIDÃO CARCERÁRIA); 
➢ Preâmbulo: alusão ao ato que determinou a expedição do documento. 
➢ Texto: é o teor do que se certifica; 
➢ Fecho; termo de encerramento e assinatura dos funcionários que realizaram o ato (quem 
lavrou e quem conferiu); 
➢ Local e data da expedição do ato; 
➢ Visto da autoridade que autorizou a lavratura do ato (Diretor ou Administrador do 
estabelecimento prisional). 
Conveniente esclarecer que, objetivando o trabalho, gerando estatística,no Sistema de 
Informação Penitenciária-SISPEN possui um modelo próprio para confecção de Certidão Carcerária. 
 
11. INGRESSO DE PERTENCES E DIVERSOS 
Todo objeto que se destina as unidades prisionais deverá ser vistoriado pelos agentes 
penitenciários durante o plantão. 
A alimentação diária dos internos seja ela já pronta ou in natura para ser preparada dentro do 
estabelecimento deverá ser vistoriada. Para isso, a utilização do equipamento de Raio- X é fundamental, 
uma vez que é excelente ferramenta para realização de vistoria. 
Qualquer pertence fornecido por parentes para uso ou consumo do interno deverá seguir 
rigorosamente as regras e os procedimentos de inspeção estabelecidos. 
A permissão para ingressar materiais de limpeza, vestuário, alimentos e outros fica adstrita à 
quantidade, gênero e natureza conforme listagem fornecida pela Coordenadoria do Sistema Penal. 
A listagem de material permitido está previsto na Portaria n° 303 de 2016, publicada no Diário 
Oficial do Estado. 
A vistoria desse material é realizada por agentes penitenciários que, além da vistoria manual, 
utilizarão equipamentos tecnológicos disponíveis, dentre os quais citamos o equipamento de Raio-X e 
detectores de metal manual dentre outros. 
Outros materiais utilizados para realização de vistoria de objetos: 
➢ Luvas; 
➢ Balança; 
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➢ Talheres; 
➢ Lanternas; 
➢ Canetas; 
➢ Rádiotransmissor-HT; 
➢ Sacos plásticos (1). 
Obs1: Conforme Portaria 303/2016 o visitante deverá trazer saco plástico transparente para a 
transposição dos alimentos. 
Os medicamentos que não estão na listagem como permitidos de adentrar na unidade, somente 
serão entregues após autorização do médico da unidade mediante apresentação de receituário. 
Em caso de identificação de produtos ilícitos (aparelhos celulares, armas munições e drogas) o 
possuidor deverá receber voz de prisão e conduzido a delegacia para os procedimentos policiais cabíveis, 
uma vez que a posse desse material caracteriza crime. 
No tocante, as apreensões de materiais não permitidos, o mesmo deverá ser apreendido e 
comunicado ao Chefe de Equipe, tudo circunstanciado em Relatório de plantão para adoção dos 
procedimentos cabíveis. 
 
12. TRANSVERSALIDADE DE TRABALHO DO AGENTE PENITENCIÁRIO COM AS 
AÇÕES DE ASSISTÊNCIA AO PRESO 
Uma das finalidades da Lei Execução penal é a reinserção social do condenado. 
O preso, provisório ou condenado está sujeito a direitos e obrigações. Entretanto, antes da Lei de 
Execução Penal a previsão de direitos para os presos era praticamente inexistente. 
 Contudo, ainda que na condição de preso, o mesmo é sujeito de direitos previstos no 
ordenamento jurídico brasileiro, dentre eles, mas não somente, como na Lei de Execução Penal. 
Já esclarecido que a reinserção social do condenado é uma das finalidades da Execução Penal, 
cabendo ao Estado, sociedade e família do condenado concretizá-la. 
Da leitura do artigo 10 da LEP observa-se que é dever do Estado a assistência ao preso e ao 
internado, entendendo-se também ao egresso. 
Desse modo, é o Agente Penitenciário a figura humana que representa o Estado dentro dos 
estabelecimentos. 
É de grande valia as assistências para o processo de reintegração social. Contudo, para que isso 
aconteça caberá ao agente no desempenho de suas tarefas um papel fundamental, uma vez que o preso, 
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pelas condições próprias do cárcere, deverá ser conduzido e acompanhado para que possa participar e 
utilizar das assistências. 
Antes de explicar as assistências em espécies, esclareceremos as diferenças entre os destinatários 
das assistências. 
Preso: é quem se encontra recolhido em estabelecimento prisional, provisório ou condenado; 
Internado: é aquele que se encontra submetido á medida de segurança hospital de custódia e 
tratamento psiquiátrico; 
Egresso: considera-se egresso o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a contar da saída do 
estabelecimento ou o liberado condicional, durante o período de prova. 
Das assistências em espécie: 
Assistência material: é consubstanciada no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações 
higiênicas. 
Assistência à saúde: caracterizado pelo binômio preventivo e curativo a assistência à saúde 
compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
Assistência jurídica: destina-se aos presos e internados que não possuem recursos financeiros 
para contratação de advogado particular sem prejudicar o sustento próprio e familiar. 
Assistência educacional: consoante á legislação compreenderá a instrução escolar, bem como a 
formação profissional do preso e do internado, contudo o ensino de primeiro grau é obrigatório. 
A Lei 13.163/2015 alterou a Lei de Execução Penal, instituído o ensino médio nos presídios, com 
fundamento no preceito constitucional da universalização da educação. 
Assistência Social: consiste no amparo ao preso e ao internado com o desiderato de preparação 
para o retorno dos mesmos à liberdade. 
 O artigo 23 da Lei de Execução Penal elenca algumas tarefas do Serviço Social dos 
estabelecimentos prisionais: Incumbe ao serviço de assistência social: 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; 
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemase as dificuldades enfrentadas 
pelo assistido; 
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; 
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de 
modo a facilitar o seu retorno à liberdade; 
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VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro 
por acidente no trabalho; 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 
Da assistência ao Egresso: se perfaz com orientação e apoio para reintegração social daquele que 
já está fora do estabelecimento prisional. Conveniente relembrar que Egresso é o liberado definitivo, 
pelo prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento ou o liberado condicional, durante o período 
de prova. 
Assistência religiosa: é garantida ao preso e ao internado, respeitando a liberdade de culto, 
garantia da posse de livros de instrução religiosa, devendo ter no estabelecimento local apropriado para 
cultos. Contudo, não existirá obrigatoriedade de participação de eventos religiosos. 
Mesmo após condenação, o preso continua sendo titular dos direitos que não foram atingidos 
pela condenação penal. Ademais, esses direitos são invioláveis, não prescrevem e são irrenunciáveis. 
O artigo 40 da LEP impõe a todas as autoridades que respeitem à integridade física e moral dos 
presos. 
Além disso, o artigo 41 da LEP trás um rol de direitos, conforme elencados abaixo: 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde 
que compatíveis com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; 
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
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XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros 
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da 
autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou 
restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. 
Convém ressaltar que o rol de direitos não é exaustivo, uma vez que a própria LEP elenca em 
seu texto outros direitos, tais como livramento condicional, progressão de regime de cumprimento de 
pena, saída temporária, permissões de saída e outros. 
É justamente para assegurar esses direitos previstos no ordenamento jurídico que a função do 
agente penitenciário é de grande importância, uma vez que é esse profissional que irá propiciar uma 
dinâmica dentro do estabelecimento para que se atinja o fim pretendido. 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação Penal Especial. 7. Ed. São Paulo. Saraiva: 2010. 
CAPEZ, Fernando. Execução Penal Simplificado. 14. Ed. São Paulo. Saraiva: 2011. 
DORNELES, Humberto Vargas. Curso de Formação de Agentes. 2012. 
KASPARY, Adalberto J. Redação oficial. 20. Ed. Porto Alegre. Livraria do advogado: 2017. 
Lei de Execução Penal nº 7.210/84. 
Lei Estadual nº. 14.966, de 13 de julho de 2011. 
Lei nº 14.582, de 21.12.09 (D.O. 28.12.09). 
MACENA, Lima; Filho, F. Rodrigues A. Comentários ao RGEP-CE. 1. Ed. Ceará. Din: 2017. 
Manual de Procedimentos Cartorários das unidades prisionais do estadode Goiás. 2009. 
Manual do Agente Penitenciário do Ceará. 1996 
MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal.15. Ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 
MIRABETE, JulioFabrini. Execução Penal. 12. Ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
NUNES, Adeildo. Da Execução Penal. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
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Portaria/Sejus nº. 159/2011, de 12 de abril de 2011. 
Portaria/Sejusn°. 1135/2014, de 19 de novembro de 2014. 
Regimento Geral das Unidades Prisionais do Estado do Ceará. · Lei nº. 11.343, de 23 de agosto de 2006. 
ROIG, Rodrigo Duque Estrada. Execução Penal - teoria crítica. 1. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

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