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Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018. Nome: Matrícula: Unidade: Avaliação - Trabalho da Disciplina 2 [AVA 2] Pergunta: Perícia de engenharia Distinguir as diferentes reações químicas tem significado em várias situações do cotidiano de um engenheiro. Seja no tratamento de um efluente, na condução de um projeto de construção civil, na elaboração de um laudo pericial após uma perícia ou no desenvolvimento de novos materiais, a compreensão desse conteúdo pode ser fazer presente na rotina de um profissional da engenharia. Uma das áreas de atuação do engenheiro é a perícia criminal. Esse profissional, com a sua devida área de conhecimento de acordo com a formação na graduação, irá atuar de modo a produzir provas, coletar evidências e contribuir para a solução de um crime. A perícia nada mais é do que a ciência à serviço da justiça. Em se tratando de perícia criminal, o engenheiro irá atuar em casos criminais, tais como o rompimento de uma barragem, desabamentos, crimes ambientais, desvios de verbas em obras públicas, avaliações de imóveis, entre outros casos. Imagine que você seja um perito criminal engenheiro e foi solicitado a comparecer em um local de desabamento. Durante a perícia, você constatou que várias estruturas metálicas apresentavam estado avançado de corrosão nos elementos estruturais. Após a perícia e longos dias de estudo, debate com colegas e processamento de provas e evidências no local, concluiu-se que a má conservação da estrutura, devido ao avançado estado de corrosão dos elementos estruturais, e a não feitura de um projeto adequado provocaram uma degradação lenta e progressiva da estrutura, culminando no desabamento. A produção da prova técnica em um processo criminal é muito valorosa e é conhecida como “rainha da provas”. Procedimentos para elaboração do TD O laudo pericial do perito engenheiro deve conter as fundamentações teóricas que deram origem ao progresso de corrosão e explicar como esta funciona, quimicamente. Nesse sentido, você deverá: Explicar como funciona o processo de corrosão. Detalhar, por meio da reação química (semirreações e reação global), o que ocorreu nesse caso. Fundamentar como esse processo pode provocar a degradação de um material e, como consequência, culminar em um desabamento. Premissas: Considere a reação de oxidação-redução entre o ferro, a umidade e o oxigênio do ar. Toda a fundamentação deve conectar os conteúdos e habilidades químicas das unidades 1, 2 e 3. O texto deve conter entre 15 e 20 linhas. Resposta: No dia seguinte ao desabamento de uma estrutura metálica que deixou quatro pessoas feridas, o perito criminal Thiago Duarte do Instituto de Criminalística da UVA foi designado para proceder ao exame no local, a fim de ser atendida uma solicitação da AVA 2, bem como a responder os quesitos nela apresentados. A cobertura metálica apresenta problemas estruturais e é totalmente inapta a desenvolver o trabalho para o qual foi construída, porque o projeto mostrou materiais impróprios para esse tipo de construção e além disso, também foi observado a sua falta de conservação, que aliados, provocaram a degradação corrosiva e o seu desabamento da cobertura. Helene (1986, p. 1) define o processo de corrosão como sendo a interação destrutiva de um material com o ambiente, podendo ocorrer por reação química ou eletroquímica. A corrosão sofrida por barras de aço gera o processo mais crítico de deterioração, Cascudo (1997, p. 18) relata que a corrosão aquosa trata-se de um ataque de natureza eletroquímica, desencadeado pela formação de uma pilha de corrosão, com eletrólito formado a partir da presença de umidade e diferença de potencial entre trechos da superfície do aço. Ribeiro et al. (2014) explica que esta corrosão acarreta a formação de óxidos/hidróxidos de ferro, denominado ferrugem. Algumas características são indispensáveis para o desencadeamento desta manifestação, sendo que as principais são a existência de água, para atuar como eletrólito, a presença de oxigênio, e a existência de uma diferença de potencial. Segundo Helene (1986, p. 3), quando um aço é submergido em uma solução, ocorre a transformação de alguns átomos desse material em cátions de ferro. Essa situação combinada com a presença de reagentes acarreta na produção de íons ferro. E Verbeck (1975, HELENE, 1986, p. 3) fala que qualquer diferença de potencial produzida entre dois pontos da barra é capaz de desencadear pilhas de corrosão. Essa diferença de potencial pode ser gerada por diferença de umidade, aeração, concentração salina e tensão no aço. Conclusão técnica, quando um metal é afetado pela corrosão, perde as propriedades metálicas essenciais, tais como ductilidade, elasticidade e resistência mecânica, o que neste caso de perícia foi o fator provocante do desabamento. REFERÊNCIAS CASCUDO, O. O CONTROLE DA CORROSÃO DE ARMADURAS EM CONCRETO: INSPEÇÃO E TÉCNICAS ELETROQUÍMICAS. 1. ED. SÃO PAULO: PINI, 1997. HELENE, P. R. L. CORROSÃO EM ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO. 1. ED. (4. TIRAGEM) SÃO PAULO: PINI, 1986 (TIRAGEM 1999). RIBEIRO, D. V. (COORD.); SALES, A.; SOUSA, C. A. C. DE; ALMEIDA, F. DO C. R.; CUNHA, M. P. T.; LOURENÇO, M. Z., HELENE, P. CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO: TEORIA, CONTROLE E MÉTODOS DE ANÁLISE. 1. ED. RIO DE JANEIRO: ELSEVIER, 2014. VERBECK, G. J. MECANISMOS DE CORROSÃO DE AÇO EM CONCRETO. EM: CORROSÃO DE METAIS EM CONCRETO, 1975. DETROIT, AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, 1975, P. 21-38.
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