Buscar

PIB - Slides 46 a 48

Prévia do material em texto

PRODUTO BRUTO E PRODUTO LÍQUIDO
Nas atividades de produção de bens e serviços, o estoque de capital da eco​nomia sofre um desgaste físico parcial denominado Depreciação.
O PRODUTO BRUTO corresponde ao somatório do valor da produção de bens e serviços finais da economia, sem deduzir deste total a depreciação.
No cálculo do Produto Líquido, esta dedução é efetuada:
PRODUTO INTERNO E PRODUTO NACIONAL
Para se entender a distinção entre os conceitos de Produto Interno e Produ​to Nacional são necessárias algumas considerações sobre as relações econômicas entre o país e o Exterior (Resto do Mundo) resumidas no fluxograma:
No fluxograma, somente estão registradas as TRANSAÇÕES CORRENTES, que correspondem à compra e venda de bens e servi​ços. Há também as transações de capital, analisadas no capítulo Balanço de Pagamentos.
O valor das exportações de bens e serviços do país para o exterior está computado no Produto, pois se trata de produção efetuada pelo País. 
As importações não fazem parte do Produto, pois não se trata de produção do País e sim do Resto do Mundo.
Para efetuar a produção interna, o país utiliza serviços de fatores que são de propriedade de residentes no exterior. Por exemplo, a Volkswagen brasi​leira conta com a participação de capital (capital de risco)l estrangeiro, já que boa parte de suas ações são de propriedade da Volkswagen alemã. 
Algumas empre​sas brasileiras tomam dinheiro emprestado no exterior para financiamento de suas atividades produtivas (capital de empréstimo). Como contrapartida à prestação de serviços do capital estrangeiro na produção interna lucros e juros são remetidos para o exterior.
Inversamente, a produção que é realizada pelo Resto do Mundo também uti​liza fatores de produção de propriedade de residentes no país. Assim, por exemplo, uma filial do Supermercado Pão de Açúcar em Portugal tem aporte de capital brasi​leiro.
O PRODUTO INTERNO corresponde ao valor de bens e serviços finais produzi​dos dentro das fronteiras geográficas do País. No seu valor estão computadas as exportações e não estão incluídas as importações. Para sua efetivação, foram utili​zados fatores de produção pertencentes aos residentes no país e aos residentes no exte​rior.
O PRODUTO NACIONAL corresponde ao valor dos bens e serviços finais produ​zidos exclusivamente com o uso de fatores de produção de propriedade de resi​dentes no país. Ou seja, o Produto Nacional possui uma parcela que é produzida no país e uma parcela que é produzida no exterior, ambas correspondentes à pro​dução com o uso de fatores de propriedade de residentes.
Para se medir a contribuição dos fatores para a produção de bens e serviços, é utilizada a renda paga pelas empresas pelo seu uso. Assim, a contribuição que os fatores de produção estrangeiros prestaram para a elaboração do Produto Interno é medida pela renda paga a eles, por exemplo, juros e lucros. Esta renda é deno​minada Renda Enviada para o Exterior. De forma similar, a contribuição de fatores de residentes no país para a produção do Resto do Mundo é medida pela Renda Recebida do Exterior.
Desse modo, pode-se definir que:
Exemplo:
Produção interna de bens e serviços finais = $ 440 bilhões 
Renda enviada para o exterior = $ 3,5 bilhões
Renda recebida do Exterior = $ 0,5 bilhão
Produto Interno (PI) = $ 440 bilhões
___________________________________________________________________________
Produto Nacional (PN) = $ 440 (-) $ 3,5 + $ 0,5 = $ 437 bilhões
A produção efetuada no país (Produto Interno) foi de $ 440 bilhões. A produção efetuada com o uso de fatores de produção de propriedade de residen​tes no país (Produto Nacional) foi um pouco menor, $ 437 bilhões.
Outra forma de expressar as relações entre PI e PN é através da utilização da chamada Renda Líquida enviada ou recebida do Exterior. 
A Renda Líquida é enviada para o exterior quando: Renda Enviada > Renda Recebida
A Renda Líquida é recebida do exterior quando: Renda Enviada < Renda Recebida
No exemplo anterior, a Renda Líquida enviada para o Exterior é de $ 3 bilhões, porque a Renda Enviada é superior à Renda Recebida. Redefinindo-se as expressões:
	PRODUTO NACIONAL
	Produto Interno menos a Renda Líquida Enviada para o Exterior
Produto Interno mais a Renda Líquida Recebida do Exterior.
	PRODUTO INTERNO
	
Produto Nacional mais a Renda Líquida Enviada para o Exterior 
Produto Nacional menos a Renda Líquida Recebida do Exterior.
Os países mais desenvolvidos e que são exportadores líquidos de capital tendem a apresentar Renda Líquida Recebida do Exterior e seu Produto Nacional normalmente é maior que o Produto Interno. O contrário ocorre com países me​nos desenvolvidos.
COMBINAÇÃO ENTRE OS CONCEITOS DE PRODUTO: Se o Produto é medido no conceito Interno e no conceito Bruto, ou seja, o somatório do valor dos bens e serviços finais produzidos dentro das fronteiras geográficas do País e sem que se exclua desse total o desgaste do estoque de capi​tal verificado no período, tem-se o Produto Interno Bruto (PIB).
Se o Produto é medido no conceito Interno e no conceito Líquido (excluindo-se a depreciação), tem-se o Produto Interno Líquido (PIL). 
PIL = PIB (-) DEPRECIAÇÃO
PIB = PIL (+) DEPRECIAÇÃO
Se o Produto é medido no conceito Nacional e no conceito Bruto, ou seja, o somatório do valor da produção de bens e serviços finais produzidos pelos fatores de produção de propriedade de residentes no país e sem excluir deste valor a Depreciação, tem-se o Produto Nacional Bruto (PNB). O Produto Nacional Líquido (PNL) será:
PNL = PNB (-) DEPRECIAÇÃO
PNB = PNL (+) DEPRECIAÇÃO
PRODUTO: somatório do valor da produção dos bens e serviços finais da economia. A agregação de bens e serviços de natureza heterogênea para se encontrar o valor do Produto só é possível porque se usam os preços como medida do valor da produção.
PRODUTO PREÇO DE MERCADO: Se os preços utilizados para se mensurar o Produto são os preços correntes praticados no mercado de bens e serviços, tem-se o Produto a preços de mercado.
PRODUTO A CUSTO DE FATORES
O custo de fatores é o preço que cobre os custos de produção dos bens e serviços, inclusive o lucro empresarial. Corresponde ao preço que seria cobrado pelo produtor se não existissem os impostos Indiretos e os subsídios.
Os Impostos Indiretos são aqueles que incidem sobre a venda dos bens e serviços: ICMS, IPI e ISS. 
Subsídios são transferências que o Governo realiza para as empresas para reduzir o preço de mercado dos produtos. Os subsídios funcionam como impostos indiretos negativos, pois reduzem o preço dos produtos. 
PRODUTO A PREÇOS DE MERCADO = Produto a Custo de Fatores + Impostos Indiretos - Subsídios
PRODUTO A CUSTO DE FATORES = Produto a Preços de Mercado - Impostos Indiretos + Subsídios
FONTE: VICECONTI, P.E.V.; NEVES, S. Introdução à Economia -- 9ª ed.--São Paulo: Frase Editora, 2009. P.187-190.
O Valor Bruto da Produção (VBP) é o valor monetário de todos os bens e serviços (intermediários e finais) elaborados, em um período específico de tempo, com os serviços de fatores de produção situados dentro dos limites geográ​ficos de um país.
O Produto Interno Bruto (PIB) é o valor monetário de todos os bens e serviços finais produzidos, em determinado período de tempo, com os serviços de fatores de produção situados dentro dos limites geográficos de um país. 
O Produto Interno Bruto pode ser calcula​do pela soma de valores adicionados nos setores de atividade econômica.
O valor adicionado é quanto uma atividade adiciona de valores a certos bens, de modo a gerar outro bem ou serviço (final ou intermediário).
O valor adicio​nado por uma atividade é calculado como o valor bruto da produção menos o con​sumo intermediário. Ou seja:
O conceito de ProdutoInterno Bruto (PIB) é, normalmente, apresentado sob a forma de Produto Interno Bruto a preços de mercados (PIBPM) e de Produto Inter​no Bruto a custos de fatores (PIBCT). A diferença é que o PIBPM inclui os impostos in​diretos (II) cobrados na economia e o PIBCF exclui esses impostos indiretos.
Assim, PIBpM = PIBCF + II.
O PIBCF é o que se obtém da soma de valores adicionados
FONTE: Definição e Importância da Agropecuária e do Agronegócio na Economia Brasileira CAP. 1 DO LIVRO ECONOMIA AGRÍCOLA E POLÍTICA AGRÍCOLA NO BRASIL. CARLOS JOSÉ CAETANO BACHA, SP. EDITORA ATLAS, 2004. P.13-25.

Continue navegando