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LARVA MIGRANS CUTÂNEA E VISCERAL

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• Nematóides que penetram através da pele e não conseguem encontrar o seu caminho 
permanecem vagando entre a epiderme e a derme, resultando em larva migrans 
cutânea (dermatite serpiniginosa, dermatite pruriginosa, bicho geográfico ou bicho das 
praias). 
• Distribuição cosmopolita, porém mais frequente em regiões tropicais e subtropicais. 
• Parasito de animais domésticos, porém acidentalmente infectam o homem, não sendo 
capaz de concluir seu ciclo evolutivo. 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
• Esta síndrome é causada pelas larvas do terceiro estádio do Ancylostoma 
braziliense, parasito normal do intestino cães e gatos. 
• Entretanto outros helmintos foram identificados: Ancylostoma caninum, Ancylostoma 
stenocephala, Gnathostoma spinigerum, etc. 
• Mesmo as larvas filarióides de alguns nematóides do homem podem, eventualmente, 
ficar na pele, abrindo túneis, sem achar o caminho para o ciclo pulmonar. Isso pode 
suceder com Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Strongyloides 
stercoralis. 
ANCYLOSTOMA BRAZILIENSE 
• O verme vive no intestino de cães gatos. 
• O ciclo evolutivo é semelhante ao das demais espécies de Ancylostoma, podendo 
invadir os animais hospedeiros tanto pela pele como por via oral. 
• Os ovos expulsos com as fezes, produzem larvas rabditóides que depois de duas 
mudas, dão larvas filarióides infectantes. 
• São estas que ao entrar em contato com a pele humana, perfuram o estrato epitelial, 
mas não pode atravessas as camadas subjacentes. 
Gabriela Reis Viol
Larva migrans cutânea 
• Como elas se mantêm vivas aí por muito tempo, sua atividade fica reduzida a caminhar 
ao acaso, abrindo um túnel microscópico do qual ocupam sempre a extremidade 
anterior. 
PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA 
• O momento da penetração das larvas infectantes pode passar desapercebido. Em 
pessoas sensibilizadas, surgem pontos eritematosos ou pápulas, acompanhadas de 
prurido. 
• Desses pontos partem túneis que desejam um trajeto irregular e caprichoso. Algumas 
vezes, a linha restringe-se a uma pequena área; outras, alonga-se como o traçado de 
um mapa. 
• Acompanha-se de uma reação inflamatória onde se observa infiltrado de células 
eosinófilas e mononucleares. 
• Enquanto avança, a lesão vai ficando para trás como um cordão eritematoso, saliente, 
irregular e pruriginoso, recoberto por vezes de vesícula. 
• Infecções microbianas secundárias podem transformar essas lesões em piodermite, 
principalmente quando o paciente, levado pelo intenso prurido provoca escoriações na 
pele. 
Gabriela Reis Viol
• As partes que ficam em contato com o solo são as mais sujeitas: pés, pernas, mãos e 
antebraço. 
• A duração do processo é muito variável, podendo curar-se espontaneamente ao fim de 
poucos dias ou durar de semana a meses. 
• O sintoma mais molesto é o prurido, que costuma aumentar à noite e provocar insônia. 
• Casos com manifestações pulmonares, sugerem que algumas larvas tenham 
alcançado os pulmões ou que houve infecção simultânea. 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
• O diagnóstico é feito pelo exame clínico: anamnese, sintomas, aspectos 
dermatológicos das lesões (erupção linear e tortuosa na pele). 
• O tratamento é feito com Tiabendazol, que se usa tanto via oral como em aplicações 
locais. 
• Em caso de intolerância a medicação, pode-se fazer a aplicação de frio nos pontos em 
que se encontram as larvas. 
• Nematóides que entram no organismo via oral, e que deveriam fazer o ciclo pulmonar 
típico para alcançar o tubo digestivo, estão propensos a encalhar no fígado, ou nos 
pulmões, ou a desgarrarem-se em outros órgãos, provocando a síndrome clínica 
denominada larva migrans visceral. 
• Na maioria dos testes diagnósticos encontra-se formas larvárias de Toxocara spp., 
razão pelo qual o termo TOXOCARÍASE tem sido usado. 
• Observa-se forma larvária infectante, por falta de estímulos adequados ou de outras 
condições metabólicas que impede a evolução à verme adulto e a larva é detida em 
algum órgão do hospedeiro. 
Gabriela Reis Viol
Larva migrans visceral 
• É uma síndrome complexa, tendo por causa a presença de larvas de nematóides de 
outros mamíferos que infectam o homem, e estão condenados a morrer depois de 
longa permanência nas vísceras. 
• Toxocara canis pertence a família Ascaridae e vive no intestino delgado de cães e 
gatos. 
TOXOCARA CANIS 
• Os vermes são menores que os Ascaris. 
• As fêmeas põem 2 milhões de ovos por dia contaminando o ambiente com alta 
intensidade. 
• Apenas ovos embrionados são infectantes. 
• Quando ovos embrionados são ingeridos por cães, eclodem no intestino, invadem a 
mucosa e através da circulação porta fazem o ciclo FÍGADO - CORAÇÃO - PULMÃO, 
regressando ao tubo digestivo via brônquios, traquéia e esôfago. 
• O tempo mínimo para completar o ciclo é de 1 mês, ao fim do qual começam a 
aparecer ovos nas fezes. 
Gabriela Reis Viol
PATOLOGIA 
• A ingestão de ovos embrionados (L3) pelo homem é seguida pela eclosão e liberação 
das larvas nas porções altas do intestino delgado. 
• As larvas invadem a mucosa, entram na circulação venosa, sendo levadas para o 
fígado; ou nos vasos linfáticos que as transportam diretamente ao coração direito e 
pulmões. 
• Nos capilares do fígado, menos frequentemente nos dos pulmões, nos rins, nos olhos, 
no miocárdio, na musculatura esquelética e no cérebro, as larvas são retidas pela 
reação inflamatória de tipo granulomatoso e impedidas de prosseguir sua migração. 
• Não sofrem ecdises, nem crescem, mas permanecem vivas durante semanas ou 
meses. 
• A lesão típica é o granuloma alérgico, no centro deste encontra-se o parasito, bem 
como tecido necrótico, com degeneração fibrinóide, cercados por eosinófilos e 
monócitos. 
• Os órgãos mais afetados são o fígado, pulmões, cérebro, olhos e gânglios. 
Gabriela Reis Viol
• Nas localizações oculares, os abscessos eosinófilos tendem a produzir o deslocamento 
da retina e opacificação do humor vítreo, acarretando a perda completa da visão. 
Outras vezes, forma-se um tumor fibroso e localizado, comprometendo perda parcial. 
SINTOMATOLOGIA 
• Em função da carga parasitária, o período de incubação no homem estende-se por 
semanas ou meses. 
• O quadro clínico observado com maior frequência em crianças com mau estado geral 
ou debilitadas, depende da intensidade do parasitismo e da localização. Varia desde 
uma simples e persistente eosinofilia (nas infecções leves) até quadros graves com 
febre, hipereosinofilia, hepatomegalia, manifestações pulmonares ou cardíacas, nefrose 
e sinais de lesões cerebrais. 
• Os sinais mais constantes são leucocitose e eosinofilia (aumenta rapidamente no 
primeiro mês e depois declina). 
• Tosse, dificuldade respiratória e infiltração pulmonar confirmada pela radiologia 
(síndrome de Loeffler) ou um quadro de asma brônquica decorrem da presença 
deliravas no pulmão e de fenômenos de hipersensibilidade. 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
• O diagnóstico fundamenta-se em dados clínicos, hematológicos, radiológicos e na 
biópsia de fígado que permite ver as larvas e granulomas eosinófilos. 
• O EPF é sempre negativo. 
• Os métodos imunológicos são bastante sensíveis e específicos e devem ser utilizados 
para um diagnóstico correto (ELISA: IgM e IgG anti-toxocara). 
• O tratamento é desnecessário, na maioria dos casos, por serem quadros benignos e 
autolimitados, curando-se a infecção espontaneamente. 
• Nas formas mais graves, administra-se Tiabendazol ou Dietilcarbamazepina. 
Gabriela Reis Viol

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