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Universidade Anhanguera Ribeirão Preto - Centro de Educação a Distância Curso Superior Pedagogia 4ª SÉRIE Desafio Profissional entregue como requisito para a conclusão das disciplinas “Literatura infantojuvenil”, “Multimeios aplicados à Educação” e “Didática do contar histórias” sob a orientação da Tutora EAD: Larissa Costa Correia Eliana Pellin / RA 9363266473 Gisele Daiane Blandino / RA 9366299296 Liliane Bonomi Silva / RA 9370302535 Marilia Patricia F. Estellai / RA 9366297823 Ribeirão Preto, 20 de Novembro de 2015 1 Introdução Sabendo da importância da literatura infantil e da didática da contação de história no processo de alfabetização, realizamos por meio desse desafio uma reflexão, envolvendo um estudo amplo sobre o tema. Utilizamos recursos didáticos e virtuais para a realização do mesmo. Enfatizamos a necessidade e importância da influência da literatura no processo de alfabetização. A literatura infantil estimula a imaginação, o interesse pela leitura e escrita, como também abre portas para trabalhar inúmeros conteúdos didáticos. Sendo assim, a literatura infantil possibilita o aprendizado da cultura e a concepção de leitura e escrita.. Os contos transmitem a visão cultural da humanidade, estabelecendo uma relação entre o homem e a natureza, estimulando a fantasia. Mesmo com as tecnologias existentes para entretenimento, como computadores, vídeos, cinema é necessário trabalhar o contar histórias como um ato lúdico, de interação entre o contador e o ouvinte. Contar histórias é uma das formas mais usadas de comunicação. O presente desafio de contar histórias como uma arte que se revela um instrumento para o trabalho pedagógico. Para tratar desse assunto foi preciso observar alguns pontos importantes como, por exemplo, o ambiente, que é essencial para despertar na criança o gosto pela leitura, assim como a história a ser escolhida e a maneira como esta será transmitida ao ouvinte. Na interação da criança com a obra literária está a riqueza dos aspectos formativos nela apresentados de maneira fantástica, lúdica e simbólica. A intensificação dessa interação, por meio de procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a uma maior compreensão do texto e do contexto. Uma obra literária é aquela que mostra a realidade de forma nova e criativa, deixando espaços para que o leitor descubra o que está nas entrelinhas do texto. A literatura infantil, portanto, não pode ser utilizada apenas como um “pretexto” para o ensino da leitura e para o incentivo à formação do hábito de ler. Para que a obra literária seja utilizada como um objeto mediador de conhecimento, ela necessita estabelecer relações entre teoria e prática, possibilitando ao professor atingir determinadas finalidades educativas. Para tanto, uma metodologia baseada em um ensino utilizando histórias é uma das possibilidades que tem evidenciado bons resultados no ensino nas escolas. 2 Passo 1 Ficha de observação, registro e avaliação decontaçãode história Quem contou a história: Tia Cris Público-alvo do vídeo: Crianças Inserirlinkde acesso ao vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=WGZ-q8BdLp4 Tempo do vídeo: 7min 28 Acesso em:20/10/2015 Objetivo presumido da história: =>Conscientizar as crianças de situações do dia-a-dia; =>Ouvir e apreciar acontaçãode histórias; => Escutar atentamente. O(A) contador(a) apresentou evidências de que domina a história? Sim, a história teve todas as partes contadas adequadamente, sua postura e entonação de voz foi firme conforme os fatos históricos foram contados. Evidências de que a história cativou o público? De acordo com a idade a qual se destina a história, a contadora usou de técnicas atrativas e criativas para as crianças. Ocorreram interrupções na história? Quais? Que ações foram tomadas? Não. Comente sobre o nível de interação com as crianças As crianças são somente ouvintes Passo 1 Continuação:Ficha de observação, registro e avaliação decontaçãode história Utilizou recursos auxiliares? Quais? Painel móvel; 2. Fantoches que se adaptam ao painel; 3. Músicas. Registro do comportamento das crianças Como as crianças se comportaram durante acontaçãoda história? As crianças se sentiram motivadas pela história, mantendo-se atentas, ouvindo com atenção e respeitando sem interromper a contadora.No final da historia elas demostraram muita curiosidade sobre a mesma. Avaliação geral Qual a avaliação que você faz em relação àcontaçãoda história? A história foi contada de maneira criativa e alegre com uma boa entonação quando necessário, o único ponto negativo foi a ausênciade interação com as crianças na hora dacontaçãoda história. Passo 2 Tenho um super amigo chamado Pum. 5 Passo 2 Me sinto extremamente feliz quando solto o Pum Passo 2 Mas às vezes fico muito triste, porque as pessoas não gostam muito que eu solto o Pum, elas dizem que ele faz muito barulho e atrapalha. Meus pais dizem que quando a família está fazendo suas refeições não é uma boa hora para soltar o Pum. Passo 2 Tentei um dia soltar o Pum no jardim do prédio sem que ninguém visse, mas quando olhei para o lado lá estava a síndica. Ela ficou muito brava e disse que não posso soltar o Pum ali e que falaria com minha mãe, e ela realmente falou e minha mãe ficou muito irritada. Passo 2 Meu pai sempre pede para eu prender o Pum em dias de festa, porque é muita falta de educação soltar o Pum no meio dos convidados. Passo 2 No último Natal o Pum escapou e sujou tudo a calça da tia Clotilde. Meu pai já olhou para mim com a certeza de que tinha sido eu, mas eu que não sou nada bobo disse que foi meu irmão. Passo 2 Definitivamente não consigo entender os adultos, meu pai já está “careca” de saber que a tia Clotilde todas as vezes que vem aqui em casa vive soltando o Pum. Ela sempre faz cara de santa e nega, mas a mim ela não engana, tenho certeza de que é ela que solta o Pum toda vez. Passo 2 Tínhamos que encontrar alguma solução porque não dá para ficar prendendo o Pum a toda hora, ele as vezes acaba escapando, a gente querendo ou não. Passo 2 Foi aí que meu pai teve a brilhante ideia de mudarmos para uma casa grande com um lindo e florido jardim. E desse momento em diante foi só alegria, eu soltava o Pum a vontade sem que ele incomodasse ninguém. É claro que às vezes ele continuava fazendo bagunça e barulho, mas finalmente eu aprendi que devo soltar o Pum somente em lugares adequados. Passo 2 Eu continuo levando broncas por causa do Pum, acho todas uma grande injustiça. Tudo bem, eu admito que ele realmente faz muito barulho e derruba tudo por onde passa, mas não tenho culpa se não consigo segurar ele! Passo 3 Ficha descritiva paracontaçãode história infantil Nomeda contadora: ElianaPellin Título da História:Quem soltou o PUM? Autor da História:BlandinaFranco e José CarlosLollo Enredo A história é simples, mas a sacada é das boas: imagine um cachorrinho de estimação que se chama Pum! Daí dá para tirar diversos trocadilhos, criando frases e situações realmente hilárias. É um tal de não conseguir segurar o Pum, que é barulhento e atrapalha os adultoso tempo todo!Pobre Pum. E pobre dono do Pum! Mas não tem jeito, com o Pum é assim mesmo: simplesmente ninguém consegue evitar que ele escape e cause certos inconvenientes. Tipo de enredo Enredo Fantasia Bíblico Mitologia Fábulas X Fatos Invenção Folclore Aventura Passo 3 ContinuaçãoFicha descritiva paracontaçãode história infantil Personagens X Animais Animais com características humanas Heróis Brinquedos animados Fadas Reis X Crianças Cenário Castelos X Casa Praia Floresta Rua Mar X Jardim Parque Galáxico Estilo Fantasioso Suspense Histórico RomânticoDramático X Humor Realista Aventura Passo 3 ContinuaçãoFicha descritiva paracontaçãode história infantil Idade das crianças X Até 3 anos 4 a 5 anos 6 a 7 anos 8 a 9 anos 10 a 12 anos Nome, descrição e função de personagensprincipais Pum, um cachorro esperto, amarelado, de médio porte, dócil e muito divertido com suas travessuras. Nome,descrição e função de personagens secundários Tia Clotilde, com jeitinho de santa, ela gosta de soltar o Pum e diz que não foi ela quem soltou. Outro personagem secundárioé o menino, dono do Pum,muito alegre esossegado, àsvezes fica um pouco acanhado com as travessuras de Pum. Personagens supérfluos Pai da criança, rígido por saber que tem hora certa para soltar o pum. Mãe da criança, brava muitasvezes pelas travessuras de pum e de seu filho. Síndica, não gosta que o Pum fique solto pelo prédio e reclama com a mãe da criança que fica furiosa. Local A maior parte da história passa-seno prédio (moradia antiga) e na casa nova com um grande jardim. Época Atualidade,pois são fatos do cotidiano de uma família moderna. Aspectosculturais, científicos ou históricos A história utiliza de aspectosculturais para demonstrar que não devemos soltar o cachorro em todo lugar, que é falta de educação que ele fique numa mesa enquanto as pessoas alimentam-se, por exemplo. Cenários Prédio,casa nova, jardim, banheiro e festa. Caracterização Humor Objetos necessários Criança e um cachorro chamado Pum. Tudo fica divertido com a presença desses dois amigos inseparáveis. Passo 3 ContinuaçãoFicha descritiva paracontaçãode história infantil Narrativa Introdução Na aventura deBlandinaFranco,"Quem Soltou o Pum?", ela usa do jogo de palavras e das entrelinhas para despertar o riso e a capacidade da criança em pensar no abstrato. Só de ler o título, os menores já ficam atiçados, mais ainda quando descobrem logo no começo da história que Pum, na verdade, é o nome do cachorro protagonista do livro. Então, vira e mexe, percebem que o Pum escapa, e a brincadeira das frases e das situações divertem o leitor que tem a "liberdade" de falar e rir de uma palavra "proibida". Enredo Um Pum pode ser problemático na vida de uma pessoa. Quando ele é um cachorro, então, aí é que ninguém segura. Vira e mexe o pum escapa, faz barulho e atrapalha os adultos! Um livro divertido e inusitado, de arrancar várias risadas tanto dos filhos quanto dos pais. Ponto culminante O ponto culminante é marcado pelo momento em que a síndica chamaatenção domeninodevido aoseu cão fazer muita bagunça ebarulhono condomínio.Quando ela conta tudo para a mãe do garotoque lhe da a maior bronca,ele começa a pensar que deveria arrumar uma solução para poder soltar o Pum mais frequentemente porque não tinha mais condições de mantê-lo preso sempre. Desfecho O desfecho dahistóriaacontece no momento em que o pai resolve ir morar em uma casagrande e com um imenso jardim.Finalmente o Pum terámais espaço para correr e brincare deixarádeconstranger a todos com suas peraltices. Conteúdo acessório Paraacontaçãoda história do Pum utilizamos apenaso livro. Passo 3 ContinuaçãoFicha descritiva paracontaçãode história infantil Valores trabalhadosna história X Alegria X Disciplina X Paciência X Amor Honestidade X Respeito Compartilhar Igualdade X Responsabilidade Confiança Justiça Solicitude Cooperação X Lealdade Tolerância Coragem Limpeza Cortesia Misericórdia Passo 3 ContinuaçãoFicha descritiva paracontaçãode história infantil Recursosauxiliares adequados a esta história Baúe Maleta X Livros Projetormultimídia Computador Livro-brinquedo Retroprojetor Dedoches X Livro de narrativa visual Recursos sonoros Dramatizações Marionete Velcômetro Dobradura Radionovela Fantoche Sombra Interações possíveis com as crianças Durante acontaçãoda história pode-se fazer o uso do lúdico com as crianças, uma vezqueo livro promove uma brincadeira durante a leitura, devido aos trocadilhos e às frases realmente engraçadas, que tem relações com situações cotidianas, O livro pode ser lido sem mostrar as gravuras, para que a turma vivencie a leitura sem a informação principal, a que dá sentido ao texto, de que o Pum é um cachorro.No decorrer da leitura, a professora pode pedir as crianças que tentem adivinhar o que o Pum realmente é. Essa interação será produtiva e permitirá que as crianças fiquem cada vez mais entusiasmadas com a história que está sendo contada. Jogos, dinâmicas ou trabalhos manuais que podem ser utilizados antes ou depois da narração Após a finalização da leitura e descoberta de que o Pum é um cachorro, pode-sesolicitar às crianças que usem sua imaginação e desenhem quais oslugares que devemossoltar o Pum.Sem mostrar a figura do cachorro no livro,elas podem desenharcomo seria esse cachorro Pum, para depois compararmos se o desenho realizado ficou parecido ou bem diferente com o Pum da história. Passo 4 A história “Quem soltou o Pum” foi apresentada para uma turma de maternal II e III (2 e 3 anos), por ser uma história diferente dos clássicos que as crianças estão acostumadas, mostraram-se muito interessadas, pois as crianças nessa idade vivem a história como se fosse real. Há interação com os personagens e os acontecimentos, a tentativa de explicar e mostrar como são. Histórias de animais com características humanas (falam, usam roupa, tem hábitos humanos), cujos personagens são crianças é o que mais está relacionada a sua faixa etária e o que lhe prende mais a atenção. As crianças nessa idade são repletas de energia e adoram explorar, e a história apresentada a eles propôs essa oportunidade a de exploração. É muito impressionante como a criança demostra a sua imaginação infantil por meio de uma história, pois elas nessa fase são muito curiosas com bastante capacidade de aprendizagem e a vontade de obter mais conhecimento as levam a formular hipóteses, interagindo com as histórias. Para que a criança possa explorar diferentes linguagens, é fundamental que se torne fonte de interesse permanente, de curiosidades, de espantos, de desejos e descobertas, obtendo uma construção social, ativa, criativa, participativa, produzindo e reproduzindo cultura. Para a contação é preciso ter envolvimento, didática e disposição. Fazer com que os ouvintes sintam-se parte daquilo que está sendo contado. A contação de história é a maneira mais antiga e ao mesmo tempo a mais moderna forma de comunicação. Dessa maneira, podemos preservar valores e a coesão de uma determinada comunidade. Passo 4 Considerações finais Com essa experiência percebe-se que as histórias e contos podem ser modificados conforme a imaginação de cada um, sendo que a interpretação também é realizada de forma que cada leitor considere viável a si mesmo. Como também que os contos e histórias clássicas em sua maioria foram criadas dentro do contexto atual da realidade da mesma, sendo por influência ou pra influenciar, nos conceitos e formação do indivíduo. As novas tecnologias têm feito da formação de leitores um desafio dentro do contexto escolar, sendo que cabe ao professor abordar de forma criativa o conteúdo para prender a atenção do aluno, sendo possível intercalar e trabalhar em conjunto as mídias e os livros de contos tradicionais ou não tradicionais. Concluímos que o recurso pedagógico dos contos é uma grande arma na formação do indivíduo e que cabe a nós futuras pedagogas aprender como trabalhar adequadamente com esse recurso, para a formação de leitores críticos e interessados e que isso deve ocorrer de forma lúdica. Partindo desse pressuposto podemos afirmar então que as crianças utilizam as situações vividas em cada história para tentar compreender o mundo a sua volta. Os pequenos ainda não compreendem que isso está acontecendo, mas nós adultos podemos por meio da observação perceber a utilidade prática que as histórias infantis podem trazer para os alunos dentro da sala de aula. Um exemplo claro disso seria: o desenvolvimento da oralidade e a ampliação do conhecimento de mundoque a própria criança começa a demonstrar com a fala e pelas suas ações. Nós educadores então não podemos fechar os olhos diante de uma prática tão importante e envolvente como o momento da contação de histórias. Devemos utilizar esse recurso para tornar as aulas mais prazerosas e significativas para os alunos na educação infantil. Lembrando sempre que a busca e utilização de práticas que respeitam a especificidade da criança sempre trarão resultados positivos. Contudo não podemos nos descuidar do momento em que vamos escolher o volume a ser usado e também o modo como vamos encaminhar a atividade. 23 Continuação Considerações finais Uma coisa é indiscutível: para se falar em público, mesmo que seja simplesmente contar uma história para um pequeno grupo de crianças, não se utiliza a voz da mesma forma em que uma conversa coloquial entre duas ou três pessoas. Deve-se ter consciência de que a voz está sendo usada para comunicação com um grupo. Isso faz com que a atenção seja diferente, a distância entre as pessoas maior, além do objetivo a ser alcançado ser outro. Alguns elementos são fundamentais para que a plateia entenda o que está sendo dito e aproveite o conteúdo da mensagem. Estes elementos estão ligados principalmente à voz e são: Dicção, Volume, Velocidade, Tonalidade, Vocabulário. Referências Bibliográficas: COELHO, Maria Betty. Contar Histórias: Uma arte sem idade. 9 ed. São Paulo:Ática, 1999.} DOHME, Vânia. Técnicas de Contar Histórias. São Paulo: Informal, 2000. ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil Brasileira – História e Histórias. São Paulo,Ática, 1998. CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Como ensinar literatura infantil. São Paulo, Bernardo Alves, 1968. ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil Gostosuras e Bobices – 5ª edição. Editora: Scipione – 2002. FRANCO, Blandina e LOLLO, José Carlos. Quem soltou o PUM? – Companhia das Letrinhas https://www.youtube.com/watch?v=WGZ-q8BdLp4 Acessado em 20 de outubro de 2015. Literatura infanto-juvenil na atualidade. Disponível em: http://www.infoescola.com/literatura/literatura-infanto-juvenil-na-atualidade/ Acessado em 07 de novembro de 2015. Sequência didática, contar história. Disponível em: http://projt-seq.blogspot.com.br/2012/11/sequencias-didatica-parlenda.html Acessado em 08 de novembro de 2015. 25
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