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1 Lista de Exercicio Direito Penal I

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO – CCD
DISCIPLINA: DIREITO PENAL I 
PROFESSORA: Ms. MARIA DOS REMÉDIOS LIMA DO NASCIMENTO
Exercícios (UNIDADES I e II)
1º) Discorra sobre os principais princípios adotados pelo Direito Penal.
- Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal – não há lei sem crime anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal.
- Princípio da Anterioridade da Lei Penal – não há crime sem lei anterior que o defina.
- Princípio da Proibição da Analogia – proíbe a adequação típica por “semelhança” entre os fatos.
- Princípio da Irretroatividade da lei mais severa – a lei posterior mais severa é irretroativa; a posterior mais benéfica é retroativa; a anterior mais benéfica é ultrativa
- Princípio da Intervenção mínima – O Estado só deve intervir, por meio do Direito Penal, quando outros ramos do direito não conseguirem prevenir a conduta reprovável.
- Princípio da Fragmentariedade – É consequência dos princípios da reserva legal e da intervenção mínima. O Estado intervém somente nos casos de maior gravidade, protegendo um fragmento de interesses jurídico.
- Princípio da Insignificância ou da bagatela – O Direito Penal deve intervir somente nos casos de lesão jurídica de certa gravidade.
- Princípio da Culpabilidade – Nullum crimen sine culpa: a pena só pode ser imposta a quem, a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico.
- Princípio da Proporcionalidade da pena ou princípio da proibição de excesso – a pena deve ser medida pela culpabilidade do autor.
- Princípio da Presunção da inocência – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
- Princípio do “ne bis in idem” – ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo crime, sob os aspectos penal material e processual.
2º) Faça distinção entre analogia e interpretação analógica no Direito Penal.
Analogia – é a integração da lei penal quando há uma lacuna ou ausência de determinado dispositivo. É utilizada somente em benefício do réu.
Interpretação analógica – é quando há uma interpretação genérica da lei na hora de analisar a complexidade do fato praticado.
3º) Faça distinção entre norma penal incriminadora e norma penal não incriminadora. Exemplifique
Norma penal incriminadora – o preceito proibitivo está implícito. Define uma conduta criminosa e sua específica sanção.
Norma penal não incriminadora – o preceito imperativo está explícito. Não estabelecem uma conduta criminosa e/ou sanção.
4º) O que significa “norma penal em branco”?.
Disposição cujo preceito secundário (sanção) é determinado e a definição legal do crime (preceito primário) é incompleta (indeterminada). Possui uma incompletude em seu preceito primário.
5º) Discorra sobre “integração jurídica” no Direito Penal.
A integração jurídica ocorre nos casos em que há um favorecimento do réu por conta de uma lacuna da lei que é preenchida baseado no princípio da equidade. No Direito Penal é admissível somente “in bonam partem”.
6º) O costume não tem nenhuma validade no Direito Penal. Questione a assertiva.
Os costumes são fontes informais e jamais podem criar um crime ou uma pena, mas podem ser utilizados para beneficiar o agente em casos específicos.
7º) As leis temporárias e as excepcionais são ultrativas. Questione a assertiva.
São ultrativas quando não há uma lei posterior. Tem retroatividade benéfica (in bona partem).
8º) Discorra sobre os princípios que podem ser adotados para solucionar os conflitos aparentes de normas penais.
I – Especialidade – A prevalência da normal especial sobre a geral.
II – Subsidiariedade – A norma em seu próprio texto subordina a sua aplicação e não outra de maior gravidade punitiva.
III – Consunção – Crime que absorve o de menor gravidade é consuntivo e o crime absorvido é o consunto.
IV – Alternatividade – Norma penal que prevê vários fatos alternativos, mas que somente um deles é aplicado.
9º) Discorra sobre os princípios adotados pelo C.P. brasileiro no que concerne à eficácia da lei penal no espaço.
Princípio da territorialidade – A lei penal só tem aplicação no território que a determinou, independente da nacionalidade do sujeito ativo do delito ou do titular do bem jurídico lesado.
Princípio da nacionalidade ou da personalidade – A lei penal do Estado é aplicável a seus cidadãos onde quer que se encontrem.
Princípio da defesa ou princípio real – Leva em conta a nacionalidade do bem jurídico lesado pelo crime, qualquer que seja o local da prática ou a nacionalidade do sujeito.
Princípio da justiça universal ou universalidade do direito de punir – Cada Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do indivíduo, da vítima ou local da sua prática, bastando que se encontre em território nacional.
Princípio da representação – Crimes praticados em aeronaves ou embarcações de natureza privada em território estrangeiro, aplica-se a lei da nacionalidade das aeronaves ou embarcações, desde que não seja julgado pela lei territorial estrangeira.
10º) Em quais casos a extraterritorialidade é incondicionada? E qual o seu significado?
O agente mesmo que seja punido no estrangeiro, não deixará de responder pelo crime no Brasil
Casos:
Crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República
Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
Contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil
11º) Em quais casos a extraterritorialidade é condicionada? E quais as condições exigidas pela lei penal brasileira?
Nos casos de crimes que:
Que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
Praticados por brasileiro
Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
A aplicação da lei depende do concurso das seguintes condições:
Entrar o agente em território nacional
Ser o fato punível também no país em que foi praticado;
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
12º) É possível a punição de um estrangeiro que cometeu crime contra um brasileiro fora do Brasil. Quais as condições exigidas pela lei penal brasileira?
Sim, desde que atenda, além dos requisitos elencados no parágrafo 2º, art. 7º do Código Penal Brasileiro, as condições do parágrafo 3º, a saber:
Não foi pedida ou foi negada a extradição;
Houve requisição do Ministro da Justiça.
13º) MÁRIO DAVY, cidadão brasileiro, encontrava-se à bordo de navio privado americano em porto argentino, quando foi vítima de lesões corporais de natureza grave, provocadas por um cidadão americano. Quem tem competência para julgar o caso?
Argentina é competente para julgar o caso porque o fato ocorreu em território argentino, mesmo que tenha ocorrido em embarcação americana, pois a mesma estava atracada em porto argentino, o que configura, no caso de navios privados, a extensão do território argentino.
14º) JOHN, filho do embaixador americano no Brasil, envolveu-se em crime de estelionato, gerando grave prejuízo a cidadão brasileiro. Quem tem competência para julgar?
A imunidade diplomática se estende aos filhos do diplomata, portanto, JOHN será julgado nos EUA, caso o crime tenha conduta punitiva semelhante a do Brasil.

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