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AFO: PROVA COMENTADA - FCC PROCURADOR DO ESTADO PGE AP 2018

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1 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar 
nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária 
-AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) 
e atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, 
lotado na Diretoria de Programação e Orçamento, ou seja, estou diariamente 
trabalhando com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa 
matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre 
o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Sou concurseiro, assim como vocês, e 
prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de 
luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: 
 
• SEDUC-CE (Professor do Estado) - 2013 
• Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 
(Assumi e trabalhei por 1 ano e 9 meses. 
• Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º 
lugar (Técnico Judiciário) - Atual cargo 
• Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista 
Judiciário (Área Administrativa) - 34º lugar 
• Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista 
Judiciário (Área Administrativa) - 6º lugar 
• Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico 
Judiciário (Área Administrativa) - 92º lugar 
 
 
Na página seguinte, trarei mais uma prova comentada: 
PROCURADOR DO ESTADO, CLASSE I, realizada no dia 02/09/20178, pela 
banca FCC. Concurso: PGE-AP 
DISCIPLINA - DIREITO FINANCEIRO 
Agora, meu querido (a), é bunda na cadeira e correr para o abraço! Avante! 
 
 
2 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
 
 
46. Considere a seguinte situação hipotética. 
 
Solicita-se da Procuradoria Especializada parecer quanto à legalidade e 
constitucionalidade de um Projeto de Lei Orçamentária Anual com a seguinte 
disposição: 
 
Art. X. As transferências de recursos orçamentários, exceto daqueles no âmbito das 
atividades de ciência, tecnologia e inovação, de uma entidade para outra somente 
poderão ocorrer sem autorização legislativa até o limite de 5%. 
 
Tal dispositivo 
(A) viola o art. 167, caput da CF/88, por prever percentual superior a 1%. 
(B) cumpre o art. 41, I da Lei no 4.320/1964, constituindo autorização prévia para 
crédito adicional suplementar. 
(C) viola o art. 167, IV da CF/1988, conhecido como não vinculação. 
(D) cumpre o art. 41, III da Lei no 4.320/1964, constituindo autorização prévia para 
crédito adicional extraordinário. 
(E) viola o art. 167, VI da CF/1988, conhecido como princípio da vedação ao estorno. 
 
Comentários: Esse princípio encontra-se expressamente previsto no art. 167, VI, da CF, 
que diz que é vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos 
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. O administrador público não pode, portanto, remanejar ou 
transferir verbas de um órgão para outro nem alterar a categoria de programação sem 
prévia autorização legislativa. Se houver insuficiência orçamentária ou carência de 
novas dotações, deve-se recorrer à abertura de crédito suplementar ou especial, 
mediante autorização do Poder Legislativo, contida na própria LOA ou em lei específica 
de crédito adicional. A exceção é apenas de uma categoria de programação para outra, 
não sendo válida de um órgão para outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
Atente para as exceções: 
 
O § 5º DO ART. 167 PERMITE A TRANSPOSIÇÃO, REMANEJAMENTO OU 
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DE UMA CATEGORIA PARA OUTRA PARA 
ATIVIDADES DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, MEDIANTE ATO DIRETO DO 
PODER EXECUTIVO 
O PODER EXECUTIVO PODE TRANSPOR, REMANEJAR, TRANSFERIR- SE 
DECORRENTE DE EXTINÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, TRANSFERÊNCIA, 
INCORPORAÇÃO OU DESMEMBRAMENTO DE ÓRGÃOS/ ENTIDADES (OU 
ALTERAÇÕES DE SUAS COMPETÊNCIAS/ATRIBUIÇÕES), MANTIDA A CATEGORIA 
DE PROGRAMAÇÃO 
 
Logo, vemos que o Art. X do referido projeto de lei viola o art. 167, VI da CF/1988, 
conhecido como princípio da vedação ao estorno. 
GABARITO. E 
 
 
4 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
47. A Receita Corrente Líquida (RCL) é um importante parâmetro introduzido pela Lei 
de Responsabilidade Fiscal (LRF) que foi, mais tarde, consagrado pela Constituição 
Federal. Acerca de sua apuração, 
(A) deve-se proceder ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços e quaisquer outras receitas 
correntes, excluindo-se, entretanto, as transferências, ainda que correntes. 
(B) devem-se incluir no cálculo da RCL dos Estados as parcelas entregues aos 
Municípios, ainda que por força constitucional. 
(C) não se devem contar como RCL os recursos recebidos da União por conta de 
disposições constitucionais que determinam o custeio de pessoal, no caso do Estado do 
Amapá. 
(D) devem-se incluir no cálculo as receitas com a chamada “compensação 
previdenciária”. 
(E) não se devem computar os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Kandir 
(Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996), no caso do Estado do Amapá. 
 
Comentários: A receita corrente líquida é o conceito adotado pela LRF, que serve de 
parâmetro para verificação de recursos, para o cumprimento de metas em geral, e para 
estabelecimento de limites para despesas com pessoal e endividamento, compatível 
com a responsabilidade fiscal exigida por essa lei. Segundo o art. 2º, IV, da LRF, a 
receita corrente líquida corresponde ao somatório das receitas tributárias, de 
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências 
correntes e outras receitas também correntes, diminuídas de algumas deduções 
diferenciadas para a União, estados e municípios. O cálculo da receita corrente líquida é 
apurado somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze 
anteriores, excluídas as duplicidades. Vamos ver um esqueminha com tudo que deve 
ser incluído e excluído, no âmbito dos 3 entes: 
 
 
5 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
EXCLUSÕES DA RCL 
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS 
OS VALORES TRANSFERIDOS PARA 
ESTADOS E MUNICÍPIOS POR 
DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL 
OU LEGAL 
AS PARCELAS ENTREGUES 
AOS MUNICÍPIOS POR 
DETERMINAÇÃO 
CONSTITUCIONAL, APENAS 
AS CONTRIBUIÇÕES DOS 
SERVIDORES PARA O CUSTEIO 
DO SEU SISTEMA DE 
PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA 
SOCIAL 
AS CONTRIBUIÇÕES DO SERVIDOR 
PARA A SEGURIDADE SOCIAL DO 
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO DO SERVIDOR 
PÚBLICO, E AS CONTRIBUIÇÕES PARA 
O PIS/PASEP 
AS CONTRIBUIÇÕES DOS 
SERVIDORES PARA O CUSTEIO 
DO SEU SISTEMA DE 
PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA 
SOCIAL 
AS RECEITAS PROVENIENTES DA 
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA 
ENTRE O REGIME GERAL DE 
PREVIDÊNCIA E O REGIME 
PRÓPRIO DOS 
SERVIDORESPÚBLICOS; 
OS VALORES DO FUNDEB (JÁ 
ESTÃO INCLUÍDOS NO FPM, 
ICMS, IPI-EXP., ITCMD, IPVA E 
ITR) 
 
A CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR, 
DA EMPRESA E DA ENTIDADE A ELA 
EQUIPARADA NA FORMA DA LEI, 
INCIDENTES SOBRE A FOLHA DE 
SALÁRIOS E DEMAIS RENDIMENTOS 
DE PESSOA FÍSICA; E A 
CONTRIBUIÇÃO DO TRABALHADOR E 
DOS DEMAIS SEGURADOS DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
AS RECEITAS PROVENIENTES 
DA COMPENSAÇÃO 
FINANCEIRA ENTRE O 
REGIME GERAL DE 
PREVIDÊNCIA E O REGIME 
PRÓPRIO DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS 
 
AS RECEITAS PROVENIENTES DA 
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ENTRE 
O REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA E 
O REGIME PRÓPRIO DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS 
OS VALORES DO FUNDEB (JÁ 
ESTÃO INCLUSOS NO FPE, 
ICMS, IPI-EXP.,IPVA) 
 
OS VALORES DO FUNDEB NO CASO DO DISTRITOFEDERAL E DOS ESTADOS DO 
AMAPÁ E RORAIMA HÁ QUE 
SE EXCLUIR TAMBÉM AS 
DESPESAS COM PESSOAL 
CUSTEADAS COM RECURSOS 
RECEBIDOS DA UNIÃO 
 
 
Vamos agora comentar item a item: 
(A) deve-se proceder ao somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços e quaisquer outras receitas 
correntes, excluindo-se, entretanto, as transferências, ainda que correntes. 
Segundo o art. 2º, IV, da LRF, a receita corrente líquida corresponde ao somatório das 
receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de 
serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, diminuídas de 
algumas deduções. 
 
(B) devem-se incluir no cálculo da RCL dos Estados as parcelas entregues aos 
Municípios, ainda que por força constitucional. excluir 
 
(C) não se devem contar como RCL os recursos recebidos da União por conta de 
disposições constitucionais que determinam o custeio de pessoal, no caso do Estado do 
Amapá. GABARITO! 
 
 
6 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
(D) devem-se incluir no cálculo as receitas com a chamada “compensação 
previdenciária”. excluir 
 
(E) não se devem computar os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Kandir 
(Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996), no caso do Estado do Amapá. 
Estão compreendidas as transferências constitucionais, inclusive a da Lei Kandir. 
GABARITO: C 
 
 
7 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
48. Nos termos da Lei no 4.320/1964, corresponde a uma receita corrente, uma receita 
capital, uma despesa corrente e uma despesa de capital, respectivamente, 
(A) encargos diversos − obras públicas − transferências correntes e alienação de bens. 
(B) amortização de empréstimos − operações de crédito − aquisição de imóveis e 
constituição de fundos rotativos. 
(C) receita tributária − receita industrial − material de consumo e juros da dívida 
pública. 
(D) alienação de bens − Receita patrimonial − amortização da dívida pública e pessoal 
militar. 
(E) receita patrimonial − alienação de bens − pessoal militar e amortização da dívida 
pública. 
 
Comentários: A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas 
Correntes” e “Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas 
no momento em que ingressam nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as 
receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320/1964, são: 
 
CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO) 
1. RECEITAS CORRENTES 
7. RECEITAS CORRENTES 
INTRAORÇAMENTÁRIAS 
1. IMPOSTOS, TAXAS E 
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
2. CONTRIBUIÇÕES 
3.PATRIMONIAIS 
4. AGROPECUÁRIA 
5. INDUSTRIAL 
6. SERVIÇOS 
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
2. RECEITAS DE CAPITAL 
8. RECEITAS DE CAPITAL 
INTRAORÇAMENTÁRIAS 
1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
2. ALIENAÇÃO DE BENS 
3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
 
 
Já com relação às despesas, segundo a Lei 4320/64, a discriminação ou especificação 
da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, 
obedecerá ao seguinte esquema: 
 
 
 
 
 
 
8 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
DESPESAS 
CORRENTES 
 
DESPESAS DE CAPITAL 
 
DESPESAS DE 
CUSTEIO 
INVESTIMENTOS 
 
INVERSÕES FINANCEIRAS 
PESSOA CIVIL 
 
OBRAS PÚBLICAS AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS 
PESSOAL MILITAR 
 
SERVIÇOS EM REGIME DE 
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL 
 
PARTICIPAÇÃO EM CONSTITUIÇÃO OU 
AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS OU 
ENTIDADES COMERCIAIS OU FINANCEIRAS 
 
MATERIAL DE 
CONSUMO 
 
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 
 
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS REPRESENTATIVOS 
DE CAPITAL DE EMPRESA EM 
FUNCIONAMENTO 
SERVIÇOS DE 
TERCEIROS 
 
MATERIAL PERMANENTE 
 
CONSTITUIÇÃO DE FUNDOS ROTATIVOS 
ENCARGOS DIVERSOS 
 
PARTICIPAÇÃO EM CONSTITUIÇÃO 
OU AUMENTO DE CAPITAL DE 
EMPRESAS OU ENTIDADES 
INDUSTRIAIS OU AGRÍCOLAS 
 
CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS 
 DIVERSAS INVERSÕES FINANCEIRAS 
TRANSFERÊNCIAS 
CORRENTES 
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
 
SUBVENÇÕES SOCIAIS AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA 
SUBVENÇÕES 
ECONÔMICAS 
INATIVOS 
PENSIONISTAS 
AUXÍLIOS PARA OBRAS PÚBLICAS 
AUXÍLIOS PARA EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 
AUXÍLIOS PARA INVERSÕES FINANCEIRAS 
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES. 
SALÁRIO FAMÍLIA E 
ABONO FAMILIAR 
 
JUROS DA DÍVIDA 
PÚBLICA 
CONTRIBUIÇÕES DE 
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
DIVERSAS 
TRANSFERÊNCIAS 
CORRENTES. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
9 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
49. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um documento orçamentário preliminar 
à Lei Orçamentária Anual, introduzido pela Constituição de 1988, mas que somente 
teve seu conteúdo preenchido com o advento da LRF. Segundo essa Lei Complementar, 
a LDO deve 
(A) dispor acerca de critérios para equilíbrio entre receitas e despesas. 
(B) ser acompanhada das medidas de compensação a renúncias de receita. 
(C) ser acompanhada das medidas de compensação ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado. 
(D) estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública. 
(E) incluir demonstrativo do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de 
dezembro. 
 
Comentários: Além dos dispositivos referentes à LDO previstos na CF/1988, veremos 
que a Lei de Responsabilidade Fiscal, aumentou o rol de funções da LDO, visando 
manter o equilíbrio entre receitas e despesas, atendendo ao contido na Constituição 
Federal e dispondo também sobre oequilíbrio entre receitas e despesas; critérios 
e forma de limitação de empenho; normas relativas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos e demais condições e exigências para transferências de recursos a 
entidades públicas e privadas. A seguir, trago, num único quadro, todas as 
atribuições da LRF ao longo de toda a LRF: 
 
 
10 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
CONTER AUTORIZAÇÃO PARA QUE OS MUNICÍPIOS CONTRIBUAM PARA O 
CUSTEIO DE DESPESAS DE COMPETÊNCIA DE OUTROS ENTES DA 
FEDERAÇÃO 
ESTABELECER EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA 
VOLUNTÁRIA 
ESTABELECER CONDIÇÕES PARA A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA, 
DIRETA OU INDIRETAMENTE, COBRIR NECESSIDADES DE PESSOAS FÍSICAS 
OU DÉFICITS DE PESSOAS JURÍDICAS 
DISPOR SOBRE O IMPACTO E O CUSTO FISCAL DAS OPERAÇÕES 
REALIZADAS PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, O QUAL SERÃO 
DEMONSTRADOS TRIMESTRALMENTE 
DISPOR SOBRE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E O CRONOGRAMA DE 
EXECUÇÃO MENSAL DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO PELO PODER 
EXECUTIVO ATÉ TRINTA DIAS APÓS A PUBLICAÇÃO DOS ORÇAMENTOS 
ESTABELECER PARA OS PODERES E O MINISTÉRIO PÚBLICO CRITÉRIOS DE 
LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA SE VERIFICADO, 
AO FINAL DE UM BIMESTRE, QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA PODERÁ NÃO 
COMPORTAR O CUMPRIMENTO DAS METAS DE RESULTADO PRIMÁRIO OU 
NOMINAL ESTABELECIDAS NO ANEXO DE METAS FISCAIS 
RESSALVAR AS DESPESAS QUE NÃO SERÃO SUBMETIDAS À LIMITAÇÃO DE 
EMPENHO 
DISPOR SOBRE A CONCESSÃO OU AMPLIAÇÃO DE INCENTIVO OU 
BENEFÍCIO DE NATUREZA TRIBUTÁRIA DA QUAL DECORRA RENÚNCIA DE 
RECEITA 
DISPOR SOBRE DESPESA CONSIDERADA IRRELEVANTE, PARA EFEITOS DE 
GERAÇÃO DE DESPESA 
DISPOR SOBRE A INCLUSÃO DE NOVOS PROJETOS NA LOA OU NAS LEIS DE 
CRÉDITOS ADICIONAIS, APÓS ADEQUADAMENTE ATENDIDOS OS EM 
ANDAMENTO E CONTEMPLADAS AS DESPESAS DE CONSERVAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO PÚBLICO 
EXCEPCIONALIZAR A CONTRATAÇÃO DE HORA EXTRA, QUANDO FOR 
ALCANÇADO O LIMITE PRUDENCIAL DAS DESPESAS COM PESSOAL, O QUAL 
É DE 95% DO LIMITEPREVISTO NA LRF 
 
GABARITO: A 
 
 
11 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
50. A Constituição Federal de 1988 introduziu a chamada “regra de ouro” ao art. 167, 
III, referendada pela Constituição do Estado do Amapá ao art. 177, III e reiterada ao art. 
12, §2o da LRF. Segundo tal disposição constitucional, 
(A) o montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser 
superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária, ainda 
que com autorização legislativa específica. 
(B) créditos suplementares para despesas correntes com finalidade específica e 
aprovados por maioria absoluta do Poder Legislativo podem ser financiados com 
operações de crédito. 
(C) o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser 
superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período. 
(D) as despesas decorrentes de execução de política corretiva de recessão econômica 
devem observar os limites e prazos fixados em resolução do Senado Federal, por 
proposta do Presidente da República. 
(E) a abertura de créditos adicionais extraordinários depende da existência de 
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
 
Comentários: A regra de ouro foi estabelecida pela CF de 1988 e reforçada pela LRF 
com vistas a conter o excesso de operações de crédito que endividavam os entes 
públicos, muitas vezes contratadas sem critérios e para fins não relevantes, e manter o 
equilíbrio nas contas públicas. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exigiu ação 
planejada e responsável; estabeleceu limites e introduziu importantes regras a respeito 
das operações de crédito, entre elas a regra de ouro, no art. 12, § 2: 
 
"O montante previsto para as receitas de operações de crédito não 
poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do Projeto 
de Lei Orçamentária". 
 
No entanto, esse artigo foi suspenso em 2007 pelo STF por extrapolar o Texto 
Constitucional. Mas a regra de ouro continua válida, amparada no art. 167, III, da 
Constituição Federal, que assim estabelece: 
 
"É vedada a realização de operações de crédito que excedam as 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta". 
 
Para "quebrar" a regra de ouro, exige-se maioria absoluta (única lei em matéria 
financeira que exige maioria absoluta para sua aprovação). Creio que muitos ficaram 
com dúvida em relação ao item A, 
"o montante previsto para as receitas de operações de crédito não 
poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto 
de lei orçamentária, ainda que com autorização legislativa específica." 
 
uma vez que, com autorização legislativa e maioria absoluta, pode-se quebrar a regra 
de ouro. 
GABARITO: B 
 
 
12 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
51. Embora a Carta Maior tenha incumbido ao próprio ente a discricionariedade de 
subsidiar, isentar, anistiar ou remir seus tributos, a Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF) opõe obstáculos à submissão de um Projeto de Lei com essa finalidade. Segundo 
a LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da 
qual decorra renúncia de receita deve 
I. estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva iniciar sua vigência. 
II. estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos dois 
exercícios seguintes ao que deva iniciar sua vigência. 
III. atender ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
IV. atender a pelo menos uma das condições a seguir: ou demonstrar que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária Anual (LOA), não afetando as 
metas fiscais; ou anunciar as medidas para a compensação, consistentes em elevação 
de alíquotas, ampliação de bases de cálculo ou criação de tributos. 
 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, III e IV, apenas. 
(B) II, III e IV, apenas. 
(C) II e IV, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
(E) I, II, III e IV. 
 
Comentários: A renúncia, em regra, deve ser concedida mediante lei específica e 
eventualmente mediante convênio. Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação 
de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita 
deve: 
 
ESTAR ACOMPANHADA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-
FINANCEIRO NO EXERCÍCIO EM QUE DEVA INICIAR SUA VIGÊNCIA E NOS DOIS 
SEGUINTES 
ATENDER AO DISPOSTO NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
ATENDER A PELO 
MENOS UMA DAS 
SEGUINTES 
CONDIÇÕES 
DEMONSTRAÇÃO DE QUE A RENÚNCIA FOI 
CONSIDERADA NA ESTIMATIVA DE RECEITA NA LEI 
ORÇAMENTÁRIA E QUE NÃO AFETARÁ AS METAS DE 
RESULTADOS FISCAIS PREVISTAS NA LDO 
ESTAR ACOMPANHADA DE MEDIDAS DE COMPENSAÇÃO 
NOS DOIS EXERCÍCIOS SEGUINTES, POR MEIO DO 
AUMENTO DE RECEITA 
 
Agora vamos analisar item a item: 
 
 
 
 
13 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
I. estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício 
em que deva iniciar sua vigência. CERTO 
Não só no exercício que entre em vigor, mas a questão não falou "somente". Cuidado 
para não cair na pegadinha, pois o incompleto, neste caso, não torna a assertiva errada. 
 
II. estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos dois 
exercícios seguintes ao que deva iniciar sua vigência. CERTO 
Não só nos dois exercícios que entre em vigor, como também no exercício que entre em 
vigor, mas a questão não falou "somente". Cuidado para não cair na pegadinha, pois o 
incompleto, neste caso, não torna a assertiva errada. 
 
III. atender ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). CERTO 
 
IV. atender a pelo menos uma das condições a seguir: ou demonstrar que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da Lei Orçamentária Anual (LOA), não afetando as 
metas fiscais; ou anunciar as medidas para a compensação, consistentes em elevação 
de alíquotas, ampliação de bases de cálculo ou criação de tributos. CERTO 
 
GABARITO: E 
 
 
 
14 
DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
54. O limite com despesas de pessoal é uma grande preocupação da Constituição de 
1988, finalmente regulada pela Lei de Responsabilidade Fiscal − LRF no ano 2000. 
Acerca do controle da Despesa Total com Pessoal (DTP) na LRF, é correto afirmar que 
(A) no Estado do Amapá, a despesa com pessoal, em cada período de apuração, como 
percentual da Receita Corrente Líquida, não poderá exceder 3% para o Poder 
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas, 6% para o Poder Judiciário e 2% para o 
Ministério Público. 
(B) não é computado como despesa com pessoal para efeito de cálculo dos limites da 
LRF a despesa com inativos, mesmo que custeadas diretamente pela conta do tesouro. 
(C) ainda que exista o limite, não pode vir a ser considerado nulo de pleno direito um 
aumento salarial descumpridor dos requisitos da LRF, por se tratar de verba alimentar. 
(D) a prorrogação de uma despesa de caráter continuado criada por prazo 
determinado não é considerada aumento de despesa, para os fins da LRF. 
(E) uma forma de elidir o controle da LRF é promover a terceirização de mão de obra 
em substituição a servidores e empregados públicos. 
 
Comentários: Os limites globais serão repartidos entre os poderes e o Ministério 
Público, não podendo exceder os seguintes percentuais da receita corrente líquida. 
Atentem para o fato de que esses limites não foram impostos de forma aleatória. Os 
Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, tiveram esses limites repartidos em 
sublimites para seus órgãos, de forma proporcional à média das despesas com pessoal 
verificadasnos exercícios financeiros de 1997,1998, 1999, em percentuais da receita 
corrente líquida. Vejamos a distribuição para todos os entes: 
 
ESQUEMATIZANDO... 
LIMITE DE GASTOS COM PESSOAL POR PODER E ENTES 
 ∑ = 50% ∑ = 60% 
UNIÃO ESTADOS ESTADOS COM 
TCMS (BAHIA, 
PARA E GOIÁS) 
MUNICÍPIOS 
 
 
EXECUTIVO 
40,9% 
SUBDIVISÃO: 
DF + EX-
TERRITÓRIOS: 3% 
DEMAIS ÓRGÃOS E 
ENTIDADES: 37,9% 
 
 
49% 
 
 
48,6% 
 
 
54% 
LEGISLATIVO 2,5% 3% 3,4% 6% 
JUDICIÁRIO 6% 6% 6% - 
MINISTÉRIO 
PÚBLICO 
0,6% 2% 2% - 
 
Agora, comentando item a item, temos: 
 
(A) no Estado do Amapá, a despesa com pessoal, em cada período de apuração, como 
percentual da Receita Corrente Líquida, não poderá exceder 3% para o Poder 
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas, 6% para o Poder Judiciário e 2% para o 
Ministério Público. GABARITO! 
 
 
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DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
(B) não é computado como despesa com pessoal para efeito de cálculo dos limites da 
LRF a despesa com inativos, mesmo que custeadas diretamente pela conta do tesouro. 
ERRADA 
A LRF considera como despesa total com pessoal, segundo o art. 18: 
 
“o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os 
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, 
civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies 
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, 
subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive 
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer 
natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às 
entidades de previdência”. 
 
(C) ainda que exista o limite, não pode vir a ser considerado nulo de pleno direito um 
aumento salarial descumpridor dos requisitos da LRF, por se tratar de verba alimentar. 
ERRADA 
Conforme a LRF: 
 Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com 
pessoal e não atenda: 
 I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto 
no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição; 
 II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal 
inativo. 
 Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte 
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores 
ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 
20. 
 
(D) a prorrogação de uma despesa de caráter continuado criada por prazo 
determinado não é considerada aumento de despesa, para os fins da LRF. ERRADA 
Conforme a LRF: 
 Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, 
medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal 
de sua execução por um período superior a dois exercícios. 
 § 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo 
determinado. 
(E) uma forma de elidir o controle da LRF é promover a terceirização de mão de obra 
em substituição a servidores e empregados públicos. 
Negativo! Justamente as despesas com terceirização que se referem à substituição de 
servidores ou empregados públicos são computadas como outras despesas com 
pessoal – e somente as demais terceirizações não entram no cálculo. 
 
GABARITO: A 
 
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DIREITO FINANCEIRO 
PROVA COMENTADA - PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
55. Considere hipoteticamente que a Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, em 
sua última sessão no ano, tem como único item da pauta o Projeto de Lei Orçamentária 
Anual. Iniciada a sessão, o relatório da Comissão é debatido, votado e o projeto é 
rejeitado. Concluída a sessão, a Assembleia entra em recesso parlamentar. Nessa 
situação 
(A) não seria possível arrecadar impostos no exercício financeiro a que o projeto 
rejeitado se refere enquanto a receita pública não seja devidamente autorizada com a 
aprovação da LOA. 
(B) constitui crime de responsabilidade dos Parlamentares não aprovar o projeto de lei 
orçamentária até o encerramento da sessão legislativa. 
(C) a Assembleia Legislativa não poderia ter entrado em recesso sem antes aprovar o 
Projeto de Lei Orçamentária. 
(D) a LDO pode prever a execução do projeto não aprovado, à razão de um doze avos 
por mês, para atendimento de certas despesas, tais como os débitos de precatórios. 
(E) se, até trinta dias antes do encerramento do exercício financeiro, o Poder 
Legislativo não devolve o projeto de Lei Orçamentária para sanção, ele é promulgado 
como lei. 
 
Comentários: Excelente questão! Tomem cuidado com o seguinte fato: a LDO pode 
também ser instrumento de autorização de despesas, se constar no seu texto a 
possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos orçamentários, e se o 
orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro. Ou seja, a LDO pode ser 
instrumento de autorização de despesas somente se preenchidas as duas condições 
anteriores. GABARITO: D

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