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Doping Genético no Esporte

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Doping / doping genético
A buscas por resultados cada vez melhores, quebra de recordes, ser um superatleta, ir além do que o corpo humano pode aguentar, o que o ser humano é capaz de fazer para alcançar seus objetivos. Em meio a isso, atletas buscam ajuda de drogas, que fazem com que seu corpo vá além do que ele poderia render em condições normais. Substancias ilícitas que tem como objetivo melhorar o desempenho atlético, o “doping”, que é usado a bastante tempo por atletas do mundo todo, que, de maneiras não naturais buscam formas de superarem os limites do corpo humano. Concordamos com Barbosa (2006) que ingerir substancias proibidas afim de melhorar o desempenho em competições pode trazer um severo prejuízo aos atletas.
Tomemos como exemplo o ex-ciclista Lance Armstrong, que logo depois de sobreviver a um câncer, venceu o Tour de France (Volta da França) por sete vezes com auxílio de substancias proibidas. Segundo Roan (2015) Armstrong ficou décadas negando que não utilizou nenhuma substancia ilícita, até que em 2012 a Usada (Agência Americana Anti-Doping) denotou um relatório comprovando o uso de substancias proibidas por Armstrong, e em 2013 numa entrevista para a Apresentadora Oprah Winfrey ele assumiu ter se dopado. Outro exemplo no mundo ciclístico e do ciclista Tyler Hamilton, que perdeu sua medalha de ouro conquistada na prova de ciclismo contra o relógio no Jogos Olímpicos de Athenas (2004) por causa do doping.
Mas e se em vez de ingerir uma droga para melhorar nossa capacidade física, nosso corpo produzisse essa droga de forma funcional, gerando assim uma proteína que tivesse a mesma função da droga. Isso e chamado de Doping Genético, mas antes de abordar esse tema falaremos um pouco da Terapia Genica. 
De acordo com Artioli, Hirata e Lancha Junior (2007) a terapia genica e um modelo de terapia, muito recente pela medicina em que seus resultados vêm sendo satisfatórios, que se baseia na alteração de um gene defeituoso em células-alvo na composição genica de um ser vivo. Onde se é capaz de curar muitas doenças por método e salvas muitas vidas, trocando-se um gene que se expressada de forma errônea por um gene sintético que funcionará de forma correta, produzindo determinada proteína que não se produzia antes. Agora imagine se colocasse um exemplar do gene que codifica a Eritropoetina (EPO) gerando assim um super-humano. Isso que a medicina vem tentando fazer.
”De acordo com a definição de 2004 da World Anti-Doping Agency (WADA), doping genético é o uso não terapêutico de células, genes e elementos gênicos, ou a modulação da expressão genica, que tenham a capacidade de aumentar o desempenho esportivo” (ARTIOLI, HIRATA e LANCHA JUNIOR, 2007, p. 350)
A princípio a terapia genica e para ajudar pessoas com quadros clínicos necessitados, portanto, por elucidação a WADA declarou que o uso da terapia genica para fins não terapêuticos, e sim para fins de melhoramento de performance esportivo e considerado doping, Artioli, Hirata e Lancha Junior (2007). Entretanto atletas poderiam se beneficiar, pois e muito difícil (por enquanto) a detecção deste tipo de doping. Sendo assim, a terapia genica e uma técnica muito promissora da medicina, esta que trabalha a cada dia maneiras de descobrir quem à usa de forma indevida no meio esportivo.
ARTIOLI, Guilerme giannini; HIRATA, Rosário Domingues Crespo; LANCHA JUNIOR, Antonio Herbert. Terapia genica, dopinggenético e esporte:fundamentação e impicações para o futuro. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 13, n. 5, p.349-354, out. 2007.
BARBOSA, N. U. N. O. “O Desporto e a Farmácia: Um Amor Proibido”, in Revista Desporto & Direito, Revista Jurídica do Desporto, 3(8), 2006, pp. 337-342.
ROAN, dan (Ed). Banido do ciclismo por doping, Lance Armstrong diz: 'Faria tudo de novo' Site: BBC. 26 jan. 2015. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150126_lance_armstrong_entrevista_rm. Acessado: 23 mai. 2017

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