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Doping Genético e os Seus Pricipais Genes Alvos (Arlisson Cunha Menezes)

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FACULDADES INTEGRADAS APARICIO CARVALHO – FIMCA 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
ARLISSON CUNHA MENEZES 
 
 
 
 
 
DOPING GENÉTIO E OS SEUS PRINCIPAIS GENES ALVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO – RO 
2010 
 
ARLISSON CUNHA MENEZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOPING GENÉTIO E OS SEUS PRINCIPAIS GENES ALVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO – RO 
2010 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Biomedicina 
como requisito parcial para obtenção 
do grau de bacharel em biomedicina. 
Orientador: 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Gráfico indicativo das fases dos testes clínicos de terapia gênica em 
andamento. Segundo o The Jornal of Gene Medicine ...................................................... 7 
Figura 2: Gráfico demonstrativo das indicações de uso dos testes clínicos de terapia 
gênica. Segundo o The Jornal of Gene Medicine ............................................................. 7 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
COI – Comitê Olímpico Interanacional 
EPO - Eritropoietina 
GDF-8- Growth Differentiation Factor -8 
GTWG – Gene Therapy Work Gruop 
IGF-1 – Insulin-like Growth Factor 
NIH – National Institute of Hearth 
WADA – World Anti Doping Agency 
 
 
 
Resumo 
Esse trabalho se trata de uma revisão bibliográfica com o objetivo de mostrar a 
possibilidade do uso do doping genético, demonstrando os seus potenciais alvos. Com o 
avanço da tecnologia genética e, mais recentemente, a terapia genética, acredita-se agora que 
as tecnologias de transferência de gene poderiam ser indevidamente utilizadas para a melhoria 
do desempenho atlético no esporte. O uso não terapêutico de células, genes, ou de modulação 
da expressão gênica, tendo a capacidade de melhorar o Atlético desempenho é definido como 
Gene Doping pelo World Anti-Doping Agency (WADA). A eritropoietina (EPO), fator de 
crescimento semelhante a insulina -1 (IGF-1 e inibidores da miostatina foram identificados 
como alvos primários para o doping genético. A não possibilidade de detecção do doping pelo 
uso dessa ferramenta com tecnologia atual pode incentivar seu uso, porém o uso para 
finalidades não terapêuticas pode trazer prejuízos a saúde. Sendo de extrema importância o 
desenvolvimento de técnicas de anti doping genético, assim como ações educativas com 
pessoas envolvidas em tais eventos. 
Palavras-Chave: Dopping Genetico – Genes Alvos 
 
 
Abstract 
This work it is a bibliographic review aim to show the possibility the use of gene doping, 
demonstrating their potential targets. With advancement in gene technology and, more 
recently, gene therapy, it is now believed that gene transfer technologies could be misused for 
improvement of athletic performance in sport. The non-therapeutic use of cells, genes, genetic 
elements, or of the modulation of gene expression, having the capacity to improve athletic 
performance is defined as Gene Doping by the World Anti-Doping Agency (WADA). 
Erythropoietin (EPO), insulin-like growth factor-1 (IGF-1), and myostatin inhibitor genes 
have been identified as primary targets for gene doping. The possibility of non-detection of 
doping by the use of this tool with current technology can encourage its use, but the use for 
not therapeutic purposes can bring harm to health. Being of extreme importance to develop 
techniques of gene anti doping well as educational activities with people involved in such 
events. 
 
KEY-WORDS: Gene Doping – Target Genes 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................1 
1. DOPING ............................................................................................................................................3 
2. TERAPIA GÊNICA ...............................................................................................................................5 
3. DOPING GENÉTICO ...........................................................................................................................8 
4.1 eritropoietina (EPO) .............................................................................................................. 10 
4.2 Fartor de Crescimento Semelhante a Insulina I (IGF-1) ........................................................ 11 
4.3 Miostatina (GDF-8) ................................................................................................................ 12 
5 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 14 
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 15 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
O esporte passou a está integrado a todos os setores de uma sociedade, 
atribuindo então ao Estado a função de zelar pelo controle de práticas antiéticas e da 
dopagem (NETO, 2001). As definições para o que seria o doping são varias, porém se 
observa entre elas um ponto em comum que o intuito de melhorar o desempenho. O 
doping foi definido pela Declaração final da Conferência Mundial sobre Doping no 
Esporte (1999), como “uso de um artifício, substância ou método potencialmente 
perigoso para a saúde do atleta e capaz de aumentar sua performance ou a presença de 
uma substância ou a constatação do uso de um método presente na lista do Código do 
Movimento Olímpico Antidoping. (SILVA, 2005). 
A terapia gênica pode ser definida como uma intervenção médica baseada na 
modificação do material genético de células vivas, resultando em benefício terapêutico 
(NARDI, TEIXEIRA e DA SILVA, 2002). O primeiro protocolo clínico dessa técnica 
foi aprovado no final da década de 80. Inicialmente pensada para o tratamento de 
doenças monogênicas, através da inserção de um gene funcional para suprir ou 
complementar a função de um gene anormal, começou a ser vista como alternativa para 
tratamento de várias outras modalidades de patologias agindo de diversas maneiras 
(RAMIREZ e RIBEIRO, 2005). 
Em 2001 o Comitê Olímpico Internacional (COI) realizou um dos primeiros 
debates sobre o doping genético, quando declarou que a terapia gênica além do 
potencial para tratamento de patologias também poderia está sendo usada 
indevidamente no esporte. E no início de 2003 o doping genético entrou para lista dos 
métodos proibidos pelo COI (SEELANDER, JÚNIOR, et al., 2009). A definição de 
doping genético de acordo com a World Anti Doping Agency (WADA) seria o uso não 
terapêutico da transferência de células ou elementos genéticos ou o uso de agentes 
farmacológicos ou biológicos que alteram a expressão gênica com o potencial de 
aumentar o rendimento desportivo (ARTIOLI, HIRATA e JÚNIOR, 2007). 
Na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos do ano de 2010 da WADA, inclui 
a proibição de métodos que alteram a expressão de: peroxissome proliferator-actived 
receptorsδ-PPARδ e PPARδ-AMP-activated protein kinase (WORLD ANTI-DOPING 
AGENCY (WADA), 2009). Porém estudos apontam inúmeros outros genes como 
candidatos a terem seu uso aplicado como doping genético. Sendo os mais estudados e 
2 
 
considerados como principais alvos para o doping genético aqueles que codificam a 
EPO (eritropoietina), IGF-1 (fator de crescimento 1 semelhante a insulina), VEGF (fator 
de crescimento muscular) LEP (leptina), Inibidores da miostatina, Endorfinas e PPARdelta (Peroxisome Proliferator Actived Receptor delta). (UNAL e UNAL, 2004) 
(ARTIOLI, HIRATA e JÚNIOR, 2007). 
Diante o exposto o trabalho tem com objetivo geral demonstrar a possibilidade 
do uso da terapia gênica como forma de doping bem como descrever o efeito pretendido 
pelo o uso dos principais genes candidatos ao doping genético. O trabalho esta dividido 
em seis Capítulos, no capítulo: 
1 É abordado sobre o doping e o do início dos testes anti-doping; 
2 Relata o desenvolvimento da terapia gênica; Assim como os pré-requisitos 
para realização de tal. 
3 Define o doping genético mostrando a preocupação sobre o tema por parte 
das entidades reguladoras; 
4 Apresenta o papel dos genes na performance esportiva, descrevendo o efeito 
dos principais candidatos ao doping genético; 
5 Apresenta a metodologia utilizada; 
6 Destinado a conclusões e considerações finais. 
 
3 
 
1. DOPING 
A busca do homem em se superar, tornando-se o mais forte e o melhor é 
observada desde antiguidade. O esporte é uma referência nesse sentido, a idéia de 
recorde sugere a incrível e ilimitada superação de limites. Com a profissionalização do 
esporte esse ganhando o apoio do Estado, do Mercado e da Sociedade, somasse a essa 
idéia pressões econômicas e pessoais que sobrecarregam o atleta com a idéia de vitoria a 
qualquer custa. 
Muitas vezes a exigência de sucesso, que muitas vezes não alcançada é 
atribuída a incapacidades próprias. Fazendo com que essas pessoas recorram a uma 
antiga prática, a de utilização de algum artifício com intuito de aumentar suas 
capacidades, mesmo que o uso desse artifício leve riscos a saúde e a vida do atleta e de 
seus companheiros e adversários (Vaz, 2005). Segundo Nóbrega, 2002 “Tem 
surpreendido a crescente disposição de atletas e pessoas associadas de arriscar cada vez 
mais a saúde em busca da vitória”. É nesse contexto que o doping ganha grande 
importância para nossas vidas deixando de ser tratadas apenas como atitudes antiéticas e 
ganha status de um ato prejudicial a integridade da saúde das pessoas que se sujeitam a 
tal prática. 
A palavra doping apareceu pela primeira vez em um dicionário inglês no ano 
de 1889, e tinha como significado uma mistura de narcóticos feita para cavalos. Sendo 
que a provável origem da palavra seria um dialeto africano onde “dop” era usado para 
designar uma infusão estimulante feita com ervas medicinal utilizada em festas 
religiosas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS E COMBATE AO DOPING 
- ABECD, 2009) 
O uso de substancias pelo homem para a melhora de desempenho é histórico. E 
a sua disseminação no esporte vem ganhar importância já no século XIX, período em 
que o esporte passa a ganhar grande importância para a sociedade semelhante à 
observada na época greco-romana, quando morre no “TOUR DE FRANCE” o ciclista 
inglês Linton que utilizava como estimulante uma mistura de cocaína e nitroglicerina. 
Com o acontecimento das grandes guerras o uso de drogas se disseminou entre as 
nações. Ainda nos anos 30 do século XX a síntese das anfetaminas impulsionaram ainda 
mais o doping. (NETO, 2001) 
4 
 
decorrente das qualidades educativas atribuídas ao esporte e seu 
crescente valor econômico, o doping foi se tornando cada vez mais uma 
problemática sensível no campo do esporte, com isso foi crescendo o 
número de instituições, organismos e políticas destinadas a combater o 
uso dessas substâncias.(TAVARES, 2002, apud SOUZA 2008, pg. 4) 
 
Já nos anos da década de 60 pelo exagero de seu abuso levou o Comitê 
Olímpico Internacional (COI) implementar o controle de dopagem. Que começou 
oficialmente a partir de 1968 nas olimpíadas de inverno em Grenoble, porém a limitação 
das metodologias analíticas permitiam englobar apenas algumas substancias dopantes 
(TAVARES, 2002). 
Nas décadas subsequentes foram grandes a evolução das técnicas analíticas 
possibilitando a detecção de várias substância nos testes antidoping, porém como afirma 
a World Anti-doping Agency WADA, “Antes de 1998 o debate ainda se realizava em 
vários fóruns discretos (IOC, Federações de Esportes, governos individuais), resultando 
em definições que se diferenciam em política, e sanções”. Os acontecimentos de 
escândalos cada vez maiores apontavam a necessidade de uma padronização na questão 
do doping. Em fevereiro de 1999 foi realizada por iniciativa do COI, Comitê Olímpico 
Internacional a primeira Conferência Mundial sobre esportes em Lausanne na Suiça, 
onde foi amplamente debatida a temática do doping. (WORLD ANTI DOPING 
AGENCY - WADA, 2010) 
De acordo com a Declaração final da Conferencia mundial sobre esportes de 
1999, o doping foi definido como: 
 
“uso de um artifício, substância ou método potencialmente perigoso 
para a saúde do atleta e capaz de aumentar sua performance ou a 
presença de uma substância ou a constatação do uso de um método 
presente na lista do Código do Movimento Olímpico Antidoping”. 
 
Ainda como resultado das discussões da conferência em novembro de 1999 foi 
estabelecida a WADA, World Anti-doping Agency. que ficou estabelecida como: 
 
A WADA foi criada em 1999 como uma agência internacional 
independente composta e consolidada igualmente pelo movimento de 
esporte e os governos do mundo. As suas atividades-chave incluem a 
5 
 
pesquisa científica, a educação, o desenvolvimento de capacidades anti-
doping, e monitorização do Código Mundial Anti Doping – o 
documento que harmoniza a política anti-doping em todos os esportes e 
todos os países. (WORLD ANTI DOPING AGENCY - WADA, 2009) 
 
2. TERAPIA GÊNICA 
Resultante do imenso avanço da biotecnologia principalmente das técnicas de 
DNA recombinante e clonagem gênica surgi à terapia gênica. De acordo com 
NUSSBAUM, MCINNES e WILLARD, (2002, pg. 237) “A terapia gênica é a 
introdução de um gene em uma célula com o fim de obter um efeito terapêutico”. Já 
para Artioli, Hirata e Júnior (2007 pg.350) 
A terapia gênica pode ser definida como um conjunto de técnicas que 
permitem a inserção e expressão de um gene terapêutico em células-
alvo que apresentam algum tipo de desordem de origem genética (não 
necessariamente hereditária), possibilitando a correção dos produtos 
gênicos inadequados que causam doenças. 
 
A facilidade de se introduzir um gene em células em laboratório levou a varias 
pessoas pensarem que seria fácil a aplicação de tal procedimento para a clínica (Read 
2008). Para se elaborar um protocolo de terapia gênica necessitasse atender alguns pré-
requisitos básicos. Que é do conhecimento sobre o gene e sua clonagem e de sua 
transferência e expressão (ARMELINI, 2007). Nos Estados Unidos, país em que existe 
o maior número de protocolos clínicos de terapia gênica em andamento o National 
Institute of Healt (NIH), exige para a autorização de uma terapia gênica: o 
conhecimento do gene e sua disponibilidade em forma pura, método eficiente de 
introdução do gene na célula ou tecido, apresentar o mínimo de risco possível, não 
existir alternativas de tratamento e a demonstração de eficácia da técnica em modelos 
animais (Snustand, 2008). 
A terapia gênica pode ser classificada em dois tipos a in vivo e a ex vivo. 
Essa classificação esta relacionada à forma de introdução do gene na célula. Na primeira 
o vetor com o transgene é introduzido diretamente no organismo. No caso de ex vivo 
são retiradas células do individuo que recebe o transgene in vitro e posteriormente são 
reintroduzidas no individuo (NARDI, TEIXEIRA e DA SILVA, 2002). Para que ocorra 
a introdução do gene na célula alvo se necessita de um vetor. A escolha do vetor é 
fundamental para o sucesso da terapia. De acordo com ONO, (2008 pg. 18) 
6 
 
Um vetor ideal seria aquele que pudesseacomodar um tamanho 
ilimitado de DNA inserido, fosse disponível em uma forma 
concentrada, pudesse ser facilmente produzido, pudesse ser direcionado 
para tipos específicos de células, não permitisse replicação autônoma do 
DNA, pudesse garantir uma expressão gênica a longo prazo e fosse não-
tóxico e não-imunogênico. 
 
Porém esse vetor ainda não é disponível, mas existem algumas variantes de 
sistemas vetoriais cada uma apresentando suas vantagens e desvantagens. Esses vetores 
são classificados como virais e não virais. Sendo que os vetores virais, tem apresentado 
uma característica importante para o resultado da terapia, que é a de um bom nível de 
expressão do transgene. Entretanto os vetores virais comparado com os não virais 
apresenta toxicidade, um maior custo de produção e menor especificidade tecidual 
(AZEVEDO, 1997); (ONO, 2008). Outro fator de suma importância para o sucesso de 
uma terapia gênica além da entrega do transgene ao núcleo da célula alvo é a expressão 
do transgene e seu controle, dependendo da finalidade da terapia pode se necessitar de 
uma expressão por um curto período de tempo ou por um tempo mais prolongado, por 
isso a necessidade do controle da atividade do transgene. (RANG, DALE, et al., 2007) 
O primeiro protocolo de terapia gênica em humano para teste foi aprovado nos 
Estados Unidos no final de década de 80 e em 1990 o primeiro caso de terapia gênica 
para estudo clínico (COURA, 2009). Ao decorre dos vários ensaios de terapia gênica 
realizados desde então ocorreram alguns contratempos alguns pacientes desenvolveram 
neoplasias e em um dos estudos a resposta imunológica ao vetor levou a morte de um 
paciente. 
De acordo com Han (2007, pg. 91) “Hoje, temos mais de mil diferentes 
protocolos clínicos (concluídos e em andamento) no mundo todo envolvendo mais ou 
menos 5.000 pacientes”. E em 2003 na China foi lançado o primeiro produto baseado 
em terapia gênica, destinado a câncer de cabeça e pescoço consistia em um adenovírus 
utilizando o gene P53 (HAN, 2007). Os protocolos Clínicos em andamento encontram-
se a maioria na Fase I do estudo como demonstrado na FIGURA 1. 
7 
 
 
Figura 1: Gráfico indicativo das fases dos testes clínicos de terapia gênica em andamento. 
Segundo o The Jornal of Gene Medicine 
 
Pensada originalmente com o objetivo de tratamento e cura de doenças 
genéticas, a terapia gênica vem se tornando também esperança para tratamento de 
inúmeros outros distúrbios e patologias, como o câncer e infecções virais usando-se de 
variadas estratégias (KREUZER e MASSEY, 2002). De acordo com a base de dados do 
site do The Journal of Gene Medicine, no qual é atualizado regularmente com as 
informações das agencias oficiais de regulação de terapia gênica, a distribuição dos 
protocolos clínicos existentes em relação às doenças esta representados conforme a 
FIGURA 2. 
 
Figura 2: Gráfico demonstrativo das indicações de uso dos testes clínicos de terapia gênica. 
Segundo o The Jornal of Gene Medicine 
 
8 
 
3. DOPING GENÉTICO 
A corrida entre os praticantes do doping e os esforços das autoridades 
desportivas para o desenvolvimento de métodos eficazes de detecção de 
doping esta em curso, desde quando o esporte competitivo existiu. [...] 
O progresso exponencial da tecnologia do DNA recombinante, tornou o 
tedioso trabalho da detecção de doping em atletas, mais desafiador, com 
o desenvolvimento de uma variedade de proteínas recombinantes com 
efeitos dopantes. (Azzazy & Mansour, 2007 pg. 951) 
 
Segundo Unal & Unal (2004 pg. 258) “Apesar de terapias genéticas serem 
desenvolvidos para o tratamento de doenças, é muito provável que a terapia genética 
possa aumentar o desempenho se usado por atletas saudáveis.” Com os avanços da 
genética humana e médica, principalmente pela eminência do uso de terapias gênicas, 
entidades internacionais representantes dos esportes começaram a vislumbrar o uso de 
tal procedimento com o objetivo de obter aumento no rendimento esportivo. 
Tal discussão começou em junho de 2001 quando o COI promoveu um 
encontro do Gene Therapy Work Gruop (GTWG), onde foi declarado que apesar dos 
grandes benefícios do uso da terapia gênica, na prevenção e tratamento das doenças, 
tem um grande potencial para o uso indevido no esporte e alertou para a necessidade de 
desenvolvimento de formas de detecção. 
Naquele ano o COI submeteu a questão à apreciação da WADA que, por sua 
vez, organizou com o apoio do COI simpósios para discussão acerca do tema. Em 
março de 2002, foi promovido o primeiro encontro em Nova York com a presença de 
Especialistas, Cientistas, Atletas, representantes do movimento olímpico e dos 
governos. O segundo encontro em 2005 foi promovido com o apoio do Instituto 
Karolinska e da Confederação Sueca de Esportes. E o terceiro foi realizado na Rússia 
em 2008, com o apoio das autoridades de esportes russas. O objetivo dos simpósios 
realizados pela WADA é a de proporcionar um intercambio abordando as atualizações 
em pesquisa, a capacitação de técnicos, as perspectivas éticas e o enquadramento 
jurídico da questões relacionadas ao doping genetico. Em 2004 a WADA criou um 
grupo de Peritos sobre o doping genético, de acordo com a WADA (2009) “A tarefa do 
grupo de peritos é estudar os mais recentes avanços no campo da terapia genética, os 
métodos para a detecção de doping e os projetos de investigação financiados pela 
WADA nesta área” (WORLD ANTI DOPING AGENCY - WADA, 2009). Para 
Seealendear et.al (2009 pg. 3) A definição exata dada ao termo Doping Genético seria: 
9 
 
"O uso não terapêutico de genes, elementos gênicos e/ou células que tem a capacidade 
de aumentar a performance atlética." 
Segundo Rabin (2005) “No momento em que a WADA introduziu o tema do 
doping genético ou celular em seu programa de investigação prioritária, a questão era 
mais de um intelectual e futurista do que uma preocupação realidade.” Em reportagem 
da revista Play True, Pound afirma (2005, pg.2) “Nós precisamos começar a combater 
essa ameaça agora antes que se torne realidade. É mais fácil evitar o problema do que 
resolve-lo.” 
A terapia gênica com certeza é um grande avanço da área biomédica sendo 
hoje uma realidade, mesmo ainda em aperfeiçoamento. Existem grande números de 
ensaios clínicos que apresentaram sucesso, porém ainda ocorrem imprevistos como 
desenvolvimentos de neoplasias e até mesmo mortes. 
“O doping genético é uma ameaça à integridade do desporto e da saúde 
dos atletas. Como a organização internacional responsável pela 
promover, coordenar e acompanhar a luta global contra o doping no 
esporte em todas suas formas, a WADA está a dedicar recursos 
significativos e atenção para identificar formas de detectar e prevenir o 
doping genético.” (Play True, 2008, pg.19) 
 
GENES CANDIDATOS 
Segundo Dias et. al. (2007, pg. 209) “a predisposição genética que, se não o 
mais importante, tem grandes implicações na caracterização do indivíduo como um 
atleta de destaque”. Porém múltiplos fatores são responsáveis por garantir um fenótipo 
atlético, não somente um gene, mas alguns genes associados a ação ambiental, são 
responsáveis por uma boa performance esportiva. 
O interesse do esporte na genética não é algo novo apesar de tímido. Teve seu 
início em 1967 com o Programa de Genética e Biologia Humana, que visava relacionar 
traços genéticos a habilidades esportivas além da interação entre genética e fatores 
ambientais. Devido a limitações técnicas da época os resultados não foram os 
esperados.o que provavelmente desacreditou os organizadores a darem continuidade 
(RAMIREZ, 2007) 
De acordo com o The human gene map for performance and health-related 
fitness phenotypes, elaborado por Rankinen et al.estudo baseado em pesquisas 
publicadas que obtiveram resultado positivos ao relacionar atividade de um gene com a 
10 
 
atividade atlética, em sua ultima atualização 2006-2007, já somava 214 genes 
autossômicos além 7 ligados ao cromossomo X e outros 18 cromossomos 
mitocondriais. Dentre esses genes alguns ganham destaque quanto a possibilidade do 
seu uso em terapia gênica, sem a finalidade terapêutica, eles são conhecidos como genes 
candidatos ao doping genético. De Segundo SEELANDER, JÚNIOR, et al., (2009, 
pg.1) “Os principais genes alvos ao doping são aqueles que proporcionam 
principalmente aumento na captação de oxigênio com conseqüente perda de peso, 
otimização do metabolismo energético e rápido ganho de massa muscular”. Por isso 
genes como EPO, GDF-8 e IGF-1, são fortes candidatos ao doping genético. 
 
4.1 ERITROPOIETINA (EPO) 
A ertiropoietina é uma glicoproteína que tem no adulto os rins como principal 
produtor, mais exatamente as células intersticiais tipo I semelhantes a fibroblastos 
presentes no cortex e na membrana exterior, durante a vida fetal tal função é 
desempenhada pelas células do fígado. A função da eritropoietina é o estimulo a 
eritropoiese, atuando na promoção da diferenciação e início da síntese de hemoglobina, 
tal proteína possui 193 aminoacido, com 34kDa. O gene codificante para eritropoietina 
está localizado no braço curto do cromossoma 7 (q11-q22), sendo composto por 5 
Exões (SCHIMITD, RAMOS, et al., 2003); (BARBOSA, 2009). 
Em 1964 Eero Mäntryanta, um esquiador finlandês, foi ganhador de duas 
medalhas de ouro nas olimpíadas de inverno com facilidade, posteriormente foi 
demonstrado que o atleta possuía uma mutação genética que lhe proporcionava uma 
quantidade eritrócitos acima da média. Na década de 70 foi relatado o uso do doping 
sanguineo, técnica que consistia em uma transfusão sanguinea dias antes da competição. 
Uma vez que a função dos eritrócitos de realizar o transporte de oxigênio aos tecidos 
não é cumprida temos um quadro de hipoxia. Condição essa que leva fisiologicamente a 
expressão do gene da eritropoietina, fazendo com que os eritrócitos se diferenciem na 
medula e sejam lançados na circulação, assim aumentando o nível do hematócrito. 
Dessa maneira se a eritropoietina fosse liberada em condições normais de oxigenação 
tecidual teríamos um maior aporte de oxigênio. Condição essa especialmente 
ergogênica para atletas de endurance (HAISMA, DE HON, et al., 2004); (PAPESCHI, 
2010). 
11 
 
Várias pesquisas conseguiram inserir o gene da eritropoietina em seres vivos, 
porém os resultados obtidos foram pouco confiáveis. Em alguns estudos o aumento da 
EPO foi tão elevado que levaria a concentração de eritrócitos a um patamar 
incompatível com a vida humana. Já em outros ensaios em animais se observou o 
desenvolvimento de uma grave anemia, decorrente do desenvolvimento de resposta 
auto-imune a EPO. 
 
4.2 FARTOR DE CRESCIMENTO SEMELHANTE A INSULINA I (IGF-1) 
O IGF-1, também denominado de somatomedina c, é uma proteína 
fundamental na produção dos efeitos do hormônio do crescimento. SALMON e 
DAUGHADAY em 1957 observaram que o hormônio do Crescimento, GH não 
estimulava o crescimento de cartilagem quando adicionado ao meio de cultivo celular, 
porém ao ser adicionado juntamente com plasma de animal saudável se obtinha o efeito 
condroestimulante esperado. O que levou a postulação da existência de um fator 
plasmático responsável pelo crescimento que foi denominado somatomedinas. Esse 
fator é produzido principalmente no fígado que liberados no sangue age sobre os 
tecidos. Foi identificado a existência de dois peptídeos com a sequência aminoacida 
bastante semelhante a da pró insulina . Os IGF-1 e IGF-2, sendo o IGF-2 exercendo 
grande importância no desenvolvimento fetal, importância essa assumida pelo IGF-1 no 
desenvolvimento extra-ulterino. O IGF-1 é composto de 70 aminoácidos e tem seu gene 
no braço curto do cromossomo 12 (12q23.2) (DOUGLAS, 2006). Acredita-se que 
fissuras adquiridas com o esforço muscular ativam um sistema de reparação onde há a 
regeneração da membrana com preenchimento do interior com novas miofibrilas, 
quando a demanda por essas miofibilas é grande ocorre ativação das células satélites 
originando a hiperplasia dentre os fatores de regulação desse processo está envolvido o 
IGF-1 (RAMIREZ e RIBEIRO, 2005). 
Com o objetivo de encontrar um tratamento para doenças crônico 
degenerativas como distrofia muscular e prevenir perda de função associada ao 
envelhecimento, algumas pesquisas utilizando terapia gênica com o IGF-1 encontram-se 
em andamento. A admnistrção de um adenovírus associado com o gene do IGF-1 em 
camundongos resultou em um aumento da massa muscular, como SEELANDER, 
JÚNIOR, et al., (2009) descreve experimento de BARTON – DAVIS e Colaboradores. 
12 
 
Em outro estudo observou-se que os níveis de IGF-1 os produzindo no músculo se 
elevava somente no próprio músculo e não na corrente sanguinea o que levaria riscos 
cardiacos e de neoplasias. Essa elevação somente a nível local é um bom precedente 
para o uso da terapia gênica para doenças que envolvavam a degradação muscular. 
Havendo ainda a necessidade de melhor ser testados os efeitos e a segurança do 
procedimento. (SWEENEY, 2004) 
A possibilidade de usar esse tipo de tratamento na recuperação de lesões de 
tecidos de difícil regeneração e longo tempo de recuperação seria um grande beneficio a 
medicina esportiva, mas também abriria possibilidade do seu uso para fins de 
performance. 
É provável que o músculo seja o primeiro tecido suscetível ao 
aperfeiçoamento genético, [...] é bem provável que daqui alguns anos 
algumas terapias gênicas mostrem-se seguras e se tornem disponível a 
população. [...] As autoridades esportivas já reconhecem que terapias 
gênicas que regenerem músculos podem ser uteis para ajudar atletas em 
recuperação de lesões. (SWEENEY, 2004 pg.47) 
 
4.3 MIOSTATINA (GDF-8) 
A miostatina é uma proteína pertencente a família dos TGF-β (fator de 
8crescimento transformante, que é produzida nos miócitos. O gene do GDF-8 se 
encontra no braço curto do cromossomo 2 (2q32.1) e resulta na traduçao de 375 
aminoacidos. Segundo ARTIOLI, HIRATA e JÚNIOR, (2007, pg351) “Sua ação 
consiste em regular a proliferação dos mioblastos durante o período embrionário e a 
síntese protéica na musculatura esquelética durante e após o período embrionário”. A 
forma de atuação da miostatina ainda não é conhecida, se dar-se por meio da indução de 
morte dos miócitos, pela inbição do crescimento de celulas satélites ou pelo 
metabolismo protéico (GENTIL, 2008). 
O papel de inibição exercido pela miostatina foi comprovado no final da 
década de noventa quando observado o grande ganho de massa muscular em bovinos 
com mutação nesse gene, a mesma mutação também foi observada nos cães da raça 
Wippet. Existe ainda em literatura a descrição de uma criança que apresentava tal 
fenotipo, sendo nela detectada deleções do gene da miostatina. Segundo Kramm, Raboo 
(2010) “pesquisas demonstram que o bloqueio da expressão gênica da miostatina 
13 
 
oferece uma boa estratégia para o tratamento de doenças associadas à perda do tecido 
músculo-esquelético”. 
Em estudo realizado por LEE e McPHERRON, onde ratos trangenicos com 
super-expressão de bloquedores da miostaina como a folastatina apresentaram o 
fenotipo de doubling muscle, caracteristico dos casos onde há mutações do gene da 
miostatina. Supostamente se o bloqueio da expressão do gene ou da proteína for 
realizado em situação onde não ocorre a perda muscular resultará em um aumento da 
massa muscular. O potencial ergogênico desse método é grande, mas ainda não existedados de literatura dando conta da transferência vetorial de tais genes, há a possibilidade 
de não se ter um controle da expressão gênica poderia levar a um descontrole do 
crescimento muscular. 
 
14 
 
5 METODOLOGIA 
Almejando alcançar os objetivos propostos neste trabalho foi realizada uma 
pesquisa bibliográfica. Trata-se de levantamento da bibliografia já publicada sobre o 
assunto em questão, que busca proporcionar um estudo geral acerca de determinado 
tema (LAKATOS e MARCONI, 2001). Para isso utilizou-se como base de fonte de 
dados livros periódicos científicos e várias bases de dados da internet usando em suas 
ferramentas de busca as palavras chaves doping genético (gene doping); doping e 
terapia gênica. 
 
15 
 
6 CONCLUSÃO 
A grande vantagem para o praticante de doping no uso do doping genético 
seria a não existência de formas de detecção. Isso devido aos produtos derivados da 
terapia gênica serem semelhantes aos produzidos pelo corpo do atleta. Acredita-se que a 
ciência evoluirá em breve para o uso de terapias gênicas seguras assim como também 
consiga desenvolver métodos para a detecção do doping genético. No entanto para que 
ocorra o desenvolvimento para métodos de detecção, é necessário o desenvolvimento de 
marcadores que assegurem confiabilidade aos testes, alcançado com bons níveis de 
especificidade e sensibilidade, além de a obtenção da amostra para realização do teste 
deve ser obtida de forma não invasiva não gerando riscos a saúde do atleta. 
As terapias gênicas são desenvolvidas para pessoa com algum tipo de patologia 
não conhecendo os riscos associados ao seu uso em pessoas sadias. Outro fator é que 
para realização desse tipo de procedimento estão envolvidos alto grau de controle 
toxicidade e segurança do procedimento o que envolve laboratórios certificados. O uso 
para o doping genético não passaria por esse controle, assim botando em risco a saúde 
dos atletas. 
Vários são os genes que se usados como terapia gênica teriam capacidade de 
promover ganhos no desempenho atlético. Com isso existe a necessidade de regulação 
proibitiva para esses procedimentos e métodos que possibilitem a sua detecção. Apesar 
de não evitar que o doping ocorra formas de detecção associadas a sanções punitivas 
inibiriam seu uso. 
Também é de suma importância políticas de educação, que visem demonstrar, 
para atletas e treinadores dentre outros, os riscos que a terapia gênica tem em relação a 
saúde. 
 
16 
 
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