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Curso de Graduação em Serviço Social 
Disciplinas 
Antropologia, Sociologia Crítica, Ciência Política, 
Fundamentos Históricos, Teóricos e 
Metodológicos do SSoc II, Seminários da Prática 
IV 
3º/4º 
semestres 
Professores Elias Barreiros, Altair Ferraz Neto, Mariana de Oliveira Lopes Vieira, 
Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Patrícia Campos. 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO 
 
 
Extraído de: https://www.brasildefato.com.br/2016/12/10/10-de-dezembro-or-dia -
internacional-dos-direitos-humanos/ em 04/08/2018. 
 
Caros Alunos do Grupo: 
 
Sejam bem vindos a este semestre! 
 
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá como tema: 
“Violência, cidadania e direitos humanos”. Escolhemos esta temática para possibilitar a 
aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse 
semestre. 
Neste trabalho vocês desenvolverão a atitude de investigação sistematizando reflexões 
baseadas em critérios e padrões qualitativos ligados a uma situação geradora de 
aprendizagem (SGA). 
A seguir apresentamos as orientações. 
 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
PROPOSTA DE TRABALHO 
 
Objetivos: 
Refletir por aproximação histórica, teórica e política à problemática da violência na nossa 
sociedade, bem como a questão dos direitos humanos. Pensar a cidadania no contexto 
social contraditório em que vivemos. 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
Para a confecção do trabalho proposto, os (as) alunos (as) deverão se dedicar a leitura 
e reflexão da reportagem e da imagem, bem como debater os seus conteúdos com os 
membros do grupo. Essa tarefa deverá ser feita considerando os textos ou bibliografia 
proposta pelos professores do semestre em cada pergunta. O texto ou trabalho final, 
deverá ser único para o grupo e construído fora do padrão perguntas e respostas, 
desenvolvendo de maneira linear, coerente com um trabalho dissertativo e em 
linguagem clara os pontos questionados por cada disciplina do semestre. 
Lembrem-se: a reportagem é o momento da Situação Geradora de Aprendizagem 
(SGA) e, portanto, não deve ser lida como conceito científico elaborado. Deve ser 
problematizada e debatida entre os alunos com as ferramentas conceituais trabalhadas 
nas disciplinas e nas aulas. É um exemplo de situação real em que podemos refletir 
sobre o fenômeno da violência, dos direitos e da cidadania, como fenômenos sociais 
presentes em nossa sociedade 
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM 
 
Marielle Franco e o futuro do Brasil 
 
A morte de Marielle é a expressão mais evidente da violência dos que pretendem 
calar e intimidar quem defende os direitos humanos no Brasil 
Prestes a completar três meses desde que perdemos Marielle Franco e 
Anderson, ainda não se sabe quem foram os autores materiais e intelectuais deste crime 
que chocou o mundo. O atentado de 14 de março interrompeu a vida e a luta de uma 
mulher que já se tornara uma das grandes esperanças do Rio de Janeiro e que em 
pouco tempo estaria entre as principais lideranças políticas do Brasil. 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
Se não, vejamos: em sua primeira candidatura, Marielle foi eleita como a 
segunda mulher mais votada em 2016 – o que é raríssimo no país. Estava ainda em seu 
primeiro ano de atividade parlamentar, mas nesse breve período havia se destacado 
entre seus pares na Câmara Municipal, sendo constantemente procurada para dar 
entrevistas à imprensa, sobretudo a internacional, e ao mesmo tempo era reconhecida 
pela população nas ruas de todo canto da cidade. Tinha só 38 anos e já se tornara 
referência na temática de gênero, no combate ao machismo estrutural e à violência 
contra mulher, tendo assumido a presidência da Comissão da Mulher na Câmara 
Municipal. 
Ela era assim. Quando chegava, CHEGAVA - em caixa alta. Na verdade, Marielle 
era como uma letra capitular. Inaugurava. 
E ia além. Marielle também era referência incontestável na luta contra a política 
de encarceramento massivo da juventude negra; combatia abusos policiais contra as 
populações das favelas, denunciava o crescente racismo religioso e questionava a 
intervenção militar no Rio de Janeiro. 
Sua figura em si legitimava sua atuação. Mulher negra, feminista, nascida e 
criada na periferia, lésbica. Era a própria personalização dos chamados Direitos 
Humanos de quarta geração (conforme nomenclatura de Norberto Bobbio). Cria da 
favela da Maré, formou-se em Sociologia e era mestra em Administração Pública. 
A morte de Marielle é a expressão mais evidente da violência dos que pretendem 
calar e intimidar quem defende os direitos humanos no Brasil, e seu assassinato se 
insere num contexto de avanço neoliberal com traços fascistas – golpe do impeachment 
contra Dilma, prisão sem provas de Lula e pela primeira vez desde a redemocratização 
um candidato presidencial que defende abertamente a tortura desponta em primeiro em 
pesquisas. 
Num cenário de crise de representatividade em que vivemos, com grande parte 
da esquerda interditada pelo complexo jurídico-midiático, não tenho dúvidas de que 
Marielle era uma das raríssimas lideranças com chances de capitanear uma reviravolta 
política no País no médio prazo. Ela conjugava elementos que há muito não víamos 
numa liderança de esquerda: jovem, combativa, carismática, inteligente, honesta, sábia 
e boa de voto. Era querida. Seu mote não poderia ser mais adequado: “Sou porque nós 
somos”, tradução livre do Ubuntu, uma antiga palavra africana que significa que “uma 
pessoa é uma pessoa através (por meio) de outras pessoas”. 
Os números dos últimos anos sobre a situação de defensoras e defensores de 
direitos humanos no Brasil confirmam a escalada da violência e criminalização a que 
estão submetidos. Em 2015, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra, foram 50 
assassinatos conflitos no campo. Em 2016, o CBDDH contabilizou outras 66 execuções 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
de defensores e defensoras de direitos humanos. Os dados oficiais de 2017 serão 
divulgados em julho, mas já se sabe que foram registrados ao menos 60 casos de 
criminalização ou morte de defensoras e defensores de direitos humanos. 
O Brasil está diante de uma encruzilhada. Ou o país enfrenta os grupos 
criminosos que aparelharam o Estado, elevando inclusive o tom de indignação de suas 
autoridades diante ao fato inaceitável, ou seguiremos a viver numa situação de violência 
extrema, onde qualquer pessoa pode ser assassinada em qualquer lugar. 
CHAVES, Fernanda. Marielle Franco e o futuro do Brasil. Disponível em: 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/13/opinion/1528925943_158923.html Acesso em: 04 
ago. 2018. 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 
A nossa Situação Problema vem em formato de um questionamento principal: 
A violência no Brasil e os direitos humanos. Essa problemática requer a reflexão de 
vários temas transversais como: a cidadania, as discussões de gênero, das minorias e 
os temas raciais. Por isso, de maneira objetiva, o trabalho deve ser construído pelas 
perguntas das disciplinas do semestre, sem perdermos o foco metodológico das aulas 
na construção de um trabalho único para o grupo. Esse trabalho deve-se guiar pelos 
questionamentos a seguir: 
Ciência Política: 
Pensando a partir da situação geradora de aprendizagem e do questionamento 
apontado na situação problema, vocês deverão pensar nas contribuições da Ciência 
Política para o debate dos direitos humanos e cidadania. A partir da leitura do texto 
“Direitos Humanos: desafios da ordem internacional contemporânea” de Flávia 
Piovesan, Caderno de Direito Constitucional – 2006, discutam como os autores da 
Ciência Política, Norberto Bobbio e HannahArendt tratam a questão dos direitos 
humanos. Lembrem-se de relacionar a teoria à prática, ou seja, como os direitos 
humanos foram e estão sendo negados nos últimos anos a partir da violência cometida 
contra mulheres, negros, imigrantes, enfim, as minorias no Brasil. Este debate teórico 
auxiliará na compreensão da situação problema apresentada, ou seja, violência no 
Brasil e direitos humanos. 
Segue referência do texto: 
PIOVESAN, F. Direitos humanos: desafios da ordem internacional contemporânea. In Caderno 
de Direito Constitucional, 2006. Disponível em: 
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/44254385/1030802_PIVESAN__Flavia._
Direitos_humanos_-
 Curso de Graduação em Serviço Social 
_desafios_da_ordem_internacional_contemporanea.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2
Y53UL3A&Expires=1533390093&Signature=w5ZO56jVfVd5B4JjhkNfJYgPgas%3D&response-
content-
disposition=inline%3B%20filename%3DDIREITOS_HUMANOS_DESAFIOS_DA_ORDEM_INT
ER.pdf. Acesso em 04 de agosto de 2018. 
Antropologia: 
Nossa Situação Geradora de Aprendizagem sugere uma reflexão sobre as dificuldades 
de representatividade das minorias sociais na política institucional brasileira. A questão 
de classe, de raça, de gênero e de sexualidade é central no caso de Marielle Franco. 
No livro de Antropologia Social e Cultural, tais questões são debatidas, aproveite as 
reflexões da seção 3, da Unidade 4 do livro, para discutir os conceitos de raça e gênero 
e comente a seguinte questão: Por que mulheres negras e pobres enfrentam 
dificuldades para terem seus direitos básicos respeitados no Brasil? Como os conceitos 
de gênero e raça ajudam a explicar a pouca representatividade dessa parcela da 
população? 
Sociologia Crítica: 
Na disciplina de Sociologia Crítica, podemos interpretar a sociedade atual em um quadro 
de imensas desigualdades. A pergunta que o grupo deverá desenvolver nessa parte do 
trabalho, é a seguinte: qual é a relação entre violência e desigualdade no Brasil? Para 
responder essa questão, as pistas estão na análise da teoria de Florestan Fernandes, 
no livro da disciplina de Sociologia Crítica, de acordo com a Unidade 2, seções 2 e 3. 
Estabelecendo a relação da violência com a desigualdade, o grupo deverá ter como 
guia, as interpretações históricas da sociedade brasileira como quer o próprio Florestan 
Fernandes e seus conceitos de: capitalismo dependente e as classes sociais no modelo 
concreto de capitalismo existente no Brasil. 
Lembramos que na biblioteca virtual o aluno pode encontrar as referências para essa 
questão e a obra de Florestan Fernandes, e algumas já estão citadas ao final deste 
exercício nas referências bibliográficas. 
Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II: 
 
“Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da pele, origem ou religião 
dela”. Nelson Mandela 
Com base nessa citação de Nelson Mandela podemos pensar que casos de violação de 
direitos humanos e discriminação quanto à etnia, religião, gênero ou qualquer outra 
qualificação vai se tornando construída nas relações sociais que as pessoas 
estabelecem ao longo da vida e sendo moldada pela própria sociedade. Pensando na 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
disciplina de Fundamentos do Serviço Social II, produza uma análise histórica que 
contemple o posicionamento do Serviço Social tradicional (conservador) com o 
posicionamento do Serviço Social no começo da década de 1980 em pleno processo de 
reconceituação. Os anos finais da década de 1970 e início dos anos 1980 foram palco 
da reinserção dos movimentos sindicais, políticos e populares no país, lutando pela 
redemocratização e pela defesa de diversos interesses concretos da vida cotidiana. 
Para isso, o grupo poderá utilizar como fontes de pesquisa os seguintes textos: 
Serviço Social e direitos Humanos, disponível em: 
http://www.cfess.org.br/arquivos/cfessmanifesta2012_semdh2012 -final-ALTERADO.pdf. 
Acessado em 04/08/2018 
Direitos humanos e cidadania: um desafio ao serviço social contemporâneo disponível em: 
http://www.cress-
mg.org.br/arquivos/simposio/DIREITOS%20HUMANOS%20E%20CIDADANIA%20UM%20DES
AFIO%20AO%20SERVI%C3%87O%20SOCIAL%20CONTEMPOR%C3%82NEO.pdf. 
Acessado em 04/08/2018 
Direitos Humanos e Serviço Social: notas para o debate. disponível em: 
http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/13artigo.pdf. . Acessado em 04/08/2018 
 
ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO 
Para realizar a atividade de portfólio em grupo, os alunos deverão criar um texto de 
própria autoria, discutindo o material disponibilizado. O trabalho deverá ser realizado 
por grupos de 2 a 7 integrantes, preferencialmente, caso seja possível. Deve, também, 
ser realizado de acordo com as normas da ABNT. Pode-se pesquisar em outras fontes 
sobre o assunto, porém não se esqueçam de fazer as devidas referências. Para isso, 
acesse: http://www.unoparead.com.br/sites/bibliotecadigital/. Ao acessar a Biblioteca 
Digital na parte inferior direita da página inicial clique em “Padronização” e escolha a 
opção “Modelo para elaboração de Trabalho Acadêmico” e siga a estrutura e 
orientações que se encontram descritas. 
A produção textual deve contemplar todos os tópicos solicitados, tendo entre sete e 
doze páginas, incluindo introdução, desenvolvimento e considerações finais e os 
elementos pré e pós textuais. Somente serão aceitos trabalhos feitos no editor de texto 
word e não serão aceitos trechos ou passagens plagiadas. 
ORIENTAÇÕES PARA FORMATAÇÃO DO TRABALHO 
O presente trabalho deve conter de 7 a 12 laudas escritas em formato Word, em forma 
de texto, discorrendo sobre cada um dos itens exposto, sem cola ou plagio (caso você 
utilize-se de fontes não deixe de citá-la nas referências), observando as normas da 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, respeitando parágrafos e 
pontuações, recuos das margens e justificativa, em formado “.doc”. 
 
Sugestão de Bibliografia: 
ALBIAZZETTI, G.; VIEIRA, D.S.; SANCHES, W.; WEGRZYNOVSKI, S.B.; RUARO, 
G.C.G. Ciência Política– Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2014 
ARAÚJO, S.M. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2009. 
DAVID, A. (org.). O Brasil de Florestan. São Paulo: Perseu Abramo, 2018. 
NERY, M.C.R. Sociologia Contemporânea. Curitiba: Intersaberes, 2017. 
 
ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS 
 
Regras Gerais 
 Os trabalhos deverão ser apresentados por todos os grupos; 
 As apresentações acontecerão no período das Aulas Atividades da disciplina de 
Seminários conforme especificado no cronograma; 
 Os tutores de sala são responsáveis por organizar os grupos e inserir as 
avaliações nas fichas de apresentação no sistema; 
 Tempo de apresentação: cada grupo terá no mínimo 10 e no máximo 15 
minutos para apresentar os trabalhos; 
 Todos os alunos deverão participar da apresentação dos trabalhos e serão 
avaliados individualmente pelo tutor de sala. 
 
Estrutura da Apresentação 
 A estrutura da apresentação deverá seguir a ordem de acordo com as instruções 
a seguir: 
 Apresentação 
 Slide 1 - Nome do Curso / Semestre / Nome dos integrantes da equipe / Polo - 
Ano/Semestre (ex: Londrina - 2017/2) 
 
 Slide 2 - Objetivos do Trabalho 
 
 Introdução - 1 a 2 Slides 
 Objetivos e aspectos solicitados no item "Introdução" 
 Curso de Graduação em Serviço Social 
 
 Desenvolvimento - 3 a 6 Slides 
 Aspectos abordados no item “Desenvolvimento” 
 
 Conclusão - 1 a 2 Slides 
 Considerações Finais 
 
 Bibliografia – 1 Slide 
 
 Orientações Gerais para a elaboração dos Slides 
 Os slides deverão ser elaboradoscom fonte ARIAL com tamanho no mínimo 20; 
 Cuidado para não sobrecarregar os slides com informações. Prefira indicar os 
pontos a serem desenvolvidos por cada integrante da equipe. Lembrem-se: 
domínio do conteúdo é essencial para uma boa apresentação. 
 
Observação 
 O seu tutor à distância estará à disposição para orientações. 
 
Bom trabalho a todos! 
Equipe de professores.

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