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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA Av. Jerônimo Figueira da Costa, 3014 - Bairro Pozzobon. CEP 15503-110 - Votuporanga - SP www.ifsp.edu.br ENGENHARIA CIVIL: NOTAS DE AULA GEOMETRIA DESCRITIVA Montagem: Prof. Msc. Gustavo Cabrelli Nirschl Junho de 2014 PROVAS E TRABALHOS DA DISCIPLINA 1º BIMESTRE: Media1 = (Prova1 * 0,6) + (Trabalhos1 * 0,4) SE Média1 < 6,0 RECUPERAÇÃO (máximo 6,0) 2º BIMESTRE: Media2 = (Prova2 * 0,6) + (Trabalhos2 * 0,4) SE Média2 < 6,0 RECUPERAÇÃO (máximo 6,0) MÉDIA = (Media1 + Media2) / 2 SE 4,0 < MÉDIA < 6,0 REAVALIAÇÃO (máximo 10,0) MÉDIA FINAL = maior entre MÉDIA e REAVALIAÇÃO CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO FREQUENCIA ≥ 75% MÉDIA FINAL ≥ 6,0 SUMÁRIO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA E GEOMETRIA DESCRITIVA ...................................... 4 2. PONTO, RETA, PLANO: ELEMENTOS PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS .................. 5 3. PROJEÇÃO CÔNICA E CILÍNDRICA .................................................................. 10 4. A ÉPURA NO SISTEMA MONGEANO DE PROJEÇÃO...................................... 12 5. VERDADEIRA GRANDEZA ................................................................................. 30 6. MUDANÇA DE PLANO ........................................................................................ 32 7. TRAÇOS ............................................................................................................... 36 8. VISIBILIDADE ....................................................................................................... 45 9. PERTINÊNCIA ...................................................................................................... 47 10. ESTUDO DAS INTERSECÇÕES ........................................................................ 65 11. ESTUDO DAS SOMBRAS .................................................................................. 71 12. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 87 4 1. GEOMETRIA ANALÍTICA E GEOMETRIA DESCRITIVA O estudo da Geometria se divide em duas grandes áreas de conhecimento: as geometrias métricas e as geometrias de posição. As geometrias ditas métricas têm por objetivo determinar as dimensões (numericamente, matematicamente) das figuras geométricas, estabelecendo os teoremas que irão inter-relacionar as grandezas de seus elementos. A Geometria Analítica enquadra-se aqui. Já as geometrias de posição tratam fundamentalmente das formas propriamente ditas das figuras geométricas, sendo por isso também conhecidas como geometrias gráficas. Nessa área destaca-se a Geometria Descritiva. Para acompanhar esta apostila e até mesmo fazer exercícios, é conveniente o aluno baixar o software gratuito “GEOMETRIA DESCRITIVA”, disponível em <http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/softwares/soft_geometria.php>, acessado em 23/06/2014. O Software é fácil de usar e é baseado em coordenadas, sendo possível introduzir pontos, retas e sólidos, além de visualizá-los espacialmente e em épura (conceito que será aqui estudado). Figura: Tela do software “GEOMETRIA DESCRITIVA”, disponível em <http://www2.mat.ufrgs.br/edumatec/softwares/soft_geometria.php>, acessado em 23/06/2014. Fonte: O próprio autor. 5 2. PONTO, RETA, PLANO: ELEMENTOS PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS Segundo Rabello (2005), a Geometria é o ramo da Matemática que se propõe a estudar as figuras existentes na natureza. As figuras estudadas na Geometria são, de um modo geral, a associação de uma ou mais formas específicas, formas estas denominadas formas geométricas. O autor cita que são considerados primitivos (algo que dispensa definição sob o ponto de vista geométrico) os conceitos de ponto, reta, plano e espaço. Forma e dimensão são conceitos que podem ser compreendidos melhor quando se fazem analogias a coisas conhecidas. Quando se diz, por exemplo, que determinado objeto parece uma laranja, na verdade estamos dizendo que o objeto tem a "forma" de uma laranja. Quando se diz, por outro lado, que uma árvore é mais alta que outra, na verdade estamos dizendo que a altura (dimensão) de uma é maior que a (dimensão) da outra. As noções de ponto, reta, plano e espaço são puramente intuitivas e, ao contrário do que ocorre com os conceitos de forma e dimensão, "emprestam" sua concepção para descrever determinadas situações. Por exemplo: “Aqueles postes estão em linha reta.”; “O tampo dessa mesa é plano.” O ponto - o mais simples dos elementos - como se pode intuir, não tem forma e nem dimensão. Entretanto, qualquer forma geométrica pode ser obtida a partir do ponto. A linha, por exemplo, pode ser definida como uma sucessão contínua de pontos. Cruz e Amaral (2012) citam que, se o ponto mantiver sempre a mesma direção, sem desviar, dará origem a uma linha reta. Se, ao contrário, o ponto mudar constantemente de direção, dará origem a uma linha curva. Se, ainda, o ponto mudar bruscamente de direção de tempos em tempos, curvas ou não, originará uma linha poligonal (ou polilinha). LINHA RETA LINHA CURVA LINHA POLIGONAL Figura: Conceitos de linha. Fonte: Cruz e Amaral (2012). A forma da reta leva a outra idéia puramente intuitiva que é a noção de direção. Dois pontos distintos - não coincidentes, portanto - determinam a direção da reta a qual pertencem. Cruz e Amaral (2012) citam que uma reta não possui início nem fim, sendo ilimitada nos dois sentidos. Entretanto, se marcarmos sobre uma reta dois pontos A e B, o número infinito de pontos existentes entre A e B constitui um segmento de reta que tem A e B como extremos. Por outro lado, se marcarmos sobre uma reta um ponto O, a reta ficará dividida em duas partes chamadas semi- retas. Nesta apostila e até em livros publicados, por vezes se diz reta referindo-se a um segmento de reta. Sendo assim, há apenas que se ter os conceitos em mente. RETA E SEGUMENTO DE RETA AB SEMI-RETAS Figura: Conceitos de reta. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 6 Três ou mais pontos são ditos colineares quando pertencem a uma mesma reta. Três pontos não colineares determinam um plano (ou uma superfície plana). Assim como as retas, os planos também se estendem ao infinito. E, da mesma forma que um ponto divide uma reta em duas semi-retas, uma reta divide um plano em dois semiplanos. Figura: Pontos colineares e pontos coplanares. Duas ou mais retas são ditas coplanares quando pertencem a um mesmo plano (semi-retas AB, AC e BC da figura anterior à direita). Uma superfície, por sua vez, pode ser definida como o conjunto das posições de uma linha móvel. Quando a superfície é concebida pelo conjunto das posições de uma linha reta que se desloca em trajetória retilínea e paralela a si mesma, é denominada de superfície plana ou plano. Quando a superfície é obtida pelo movimento de uma linha curva que se desloca no espaço, é chamada de superfície curva. SUPERFÍCIE PLANA SUPERFÍCIE CURVA (OU CURVA REVERSA) Figura: Conceitos de superfície. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Face ao exposto até aqui, pode-se concluir que uma figura geométrica é um conjunto de formas caracterizadas por pontos, linhas e superfícies que se inter- relacionam segundo uma ou mais leis de geração. É de uso corrente admitir-se que duas retas paralelas jamais se encontram e, portanto, não existe ponto comum a ambas. Porém, segundo Rabello (2005), se observarmos um longo trecho reto de uma estrada de ferro, teremos a nítida impressão de que, ao longe, os trilhos - que são paralelos -se encontram num ponto distante, no infinito (veja a figura a seguir). A idéia de elementos geométricos situados no infinito introduziu na geometria os chamados elementos impróprios. 7 Figura: Ponto impróprio. Deve-se perceber que um elemento impróprio não existe na realidade, mas apenas na visão do observador ou representado num desenho ou imagem. O conceito hoje adotado estabelece que duas retas paralelas são concorrentes num ponto impróprio, definido apenas pela direção dessas retas (figura anterior). Por extensão, pode-se aceitar que a reta comum a dois planos paralelos é uma reta imprópria. Figura: Reta imprópria. 8 Concluindo, temos: CONCEITOS PRIMITIVOS (algo que dispensa definição sob o ponto de vista geométrico): - forma e dimensão - ponto, reta e plano (elementos fundamentais) - linha e superfície - espaço PROPOSIÇÕES BÁSICAS OU POSTULADOS (aceitas mesmo sem comprovação): 1) há, no espaço, um número infinito de pontos, retas e planos 2) um ponto pertence a um número infinito de retas e a um número infinito de planos 3) uma reta contém um número infinito de pontos e pertence a um número infinito de planos 4) um plano contém um número infinito de pontos e um número infinito de retas 5) dois pontos são suficientes para determinar uma reta 6) três pontos não colineares são suficientes para determinar um plano 7) dois planos que se cruzam determinam uma reta que pertence, simultaneamente, a ambos 8) um plano e uma reta que não lhe pertence determinam um ponto comum. PROPOSIÇÕES DECORRENTES (nascem por causa dos postulados): A 5ª proposição básica permite afirmar que: 1) duas retas distintas (portanto, não coincidentes) são paralelas quando têm a mesma direção 9 Da 5ª e 6ª proposições básicas, pode-se deduzir que: 2) uma reta e um ponto que não lhe pertence determinam um plano 3) duas retas coplanares (que pertencem a um mesmo plano) não paralelas determinam um ponto comum 4) uma reta pertence a um plano quando pelo menos dois de seus pontos pertencem ao plano 5) para que uma reta seja paralela a um plano, basta que seja paralela a uma reta desse plano. EXERCÍCIOS 2.1) Nos softwares CAD, existe um comando chamado “polyline” (polilinha, em português). Para que esse comando serve? 2.2) O que significam os temos “reta”, “segmento de reta” e “semi-reta”? 2.3) Segundo a Geometria Descritiva, o que é um “elemento impróprio”? 2.4) Assinale VERDADEIRO (V) ou FALSO (F): ( ) um plano pertence a um número infinito de retas e a um número infinito de pontos ( ) uma reta pertence a um plano quando pelo menos dois de seus pontos pertencem ao plano ( ) um ponto contém um número infinito de retas e pertence a um número infinito de planos ( ) dois pontos não colineares são suficientes para determinar um plano ( ) dois planos que se cruzam determinam uma reta que pertence, simultaneamente, a ambos ( ) duas retas são paralelas quando têm a mesma direção ( ) um plano contém um número infinito de pontos e um número infinito de retas ( ) dois pontos não são suficientes para determinar uma reta ( ) uma reta e um ponto que não lhe pertence determinam um plano ( ) duas retas ortogonais determinam um ponto comum* ( ) duas retas perpendiculares determinam um ponto comum* ( ) para que uma reta seja paralela a um plano, basta que seja paralela a uma reta que passa por esse plano. ( ) há, no espaço, um número infinito de pontos, retas e planos ( ) um plano e uma reta que não lhe pertence determinam um ponto comum ( ) existem infinitas direções e, para cada uma delas, apenas 2 sentidos ( ) todo segmento de reta perpendicular a um plano é ortogonal a ele, mas nem todo segmento de reta ortogonal a um plano é perpendicular a ele *Obs: dois elementos são ortogonais quando suas direções ou prolongamentos formam ângulos de 90º. Dois elementos são perpendiculares quando suas direções formam ângulos de 90º a partir de um ponto comum. 10 3. PROJEÇÃO CÔNICA E CILÍNDRICA Projetar significa representar graficamente, em um ou vários planos, uma figura localizada no espaço. Seja, por exemplo, a imagem abaixo, onde temos uma figura (A)(B)(C) no espaço projetada no plano (), gerando a projeção ABC. Figura: Projeção cônica. Fonte: Miceli e Ferreira (????). De acordo com a figura, podemos definir: (P) - centro de projeção, pólo ou vértice. Triângulo (A)(B)(C) - figura plana no espaço, a ser projetada. Os pontos (A)(B)(C) são chamados pontos objetivos. () - plano de projeção. (P)(A),(P)(B),(P)(C) - raios projetantes. Triângulo ABC - projeção do triângulo (A)(B)(C) sobre o plano (). PROJEÇÃO CÔNICA (OU CENTRAL) Numa projeção cônica, o centro de projeção está a uma distância finita do plano de projeção e os raios projetantes são divergentes. Em outras palavras, o centro de projeção é um ponto próprio. A figura anterior é um exemplo. Um exemplo de centro de projeção é uma lâmpada, numa distância finita de um objeto. Repetindo, com as nomenclaturas: Figura: Projeção cônica - nomenclaturas. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 11 PROJEÇÃO PARALELA (OU CILÍNDRICA) Numa projeção paralela, o centro de projeção está a uma distância infinita do plano de projeção e os raios projetantes são paralelos entre si (veja as próximas figuras). Em outras palavras, o centro de projeção é um ponto impróprio. Como exemplo, podemos citar a luz Sol. A projeção paralela pode ser: • Ortogonal: os raios projetantes formam com o plano de projeção um ângulo de 90°. Figura: Projeção paralela ortogonal. Fonte: Miceli e Ferreira (????). • Oblíqua: os raios projetantes formam com o plano de projeção um ângulo diferente de 90°. Figura: Projeção paralela oblíqua. Fonte: Miceli e Ferreira (????). EXERCÍCIOS 3.1) A sombra de um objeto que está na mesa da cozinha, causada pela lâmpada acesa, se enquadra em que tipo de projeção? 3.2) Um “relógio de sol” pode ser criado com base nos estudos de que tipo de projeção? O sol, neste caso, é um elemento próprio ou impróprio? Por que? 12 4. A ÉPURA NO SISTEMA MONGEANO DE PROJEÇÃO Para se definir a forma e a posição de um objeto no espaço de forma satisfatória utilizando-se um sistema de projeções, uma só projeção (como demonstrado anteriormente) pode não ser suficiente. Assim, na Geometria Descritiva clássica, são utilizados dois planos de projeção para se representar um objeto, sendo que o sistema de projeção adotado é o Sistema de Projeções Paralelas (ou Cilíndricas) Ortogonais. O método da “Dupla projeção ortogonal” foi obra da genialidade de Gaspar Monge, célebre matemático francês, no final do século XVII e, por isso, é também conhecido como método mongeano. O método consiste em se determinar duas projeções ortogonais do objeto sobre dois planos perpendiculares entre si, o plano horizontal de projeção () e o plano vertical de projeção (’). Esses dois planos dividem o espaço em quatro regiões, denominadas DIEDROS, e se interceptam segundo uma linha chamada “linha de terra”. Figura: Planos de projeção perpendiculares. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Qualquer objeto, quando representado no Sistema Mongeano, possuirá duas projeções, uma no plano horizontal de projeção e outra no plano vertical de projeção. Rebatendo-se o plano horizontal () sobre o vertical ('), ou vice-versa, é possível representar uma figura do espaço tridimensional em um único plano, obtendo-se o que sechama de épura. 13 Figura: Projeções ortogonais de um objeto localizado no 1º diedro (esquerda). Épura obtida (direita) Fonte: Cruz e Amaral (2012). A épura possibilita, portanto, a representação de um objeto tridimensional em um espaço bidimensional, a folha de papel, tornando possível a resolução de inúmeros problemas geométricos. Se usarmos apenas um ponto (A) no espaço como objeto, temos: Figura: Projeção ortogonal de um ponto (A) e a épura resultante. Fonte: Miceli e Ferreira (????). A linha que une as projeções A e A' do ponto (A) denomina-se linha de chamada ou linha de projeção e é perpendicular à linha de terra. Em épura, convenciona-se suprimir o contorno dos planos e representar a linha de terra acrescida de dois pequenos traços colocados abaixo e paralelos à mesma. 14 Figura: Projeção de um ponto (A) e a épura resultante, sem o contorno dos planos. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Para a melhor localização do ponto (ou qualquer outra figura) no espaço, pode-se utilizar um terceiro plano de projeção, de perfil, perpendicular aos outros dois. Neste caso, o processo pode ser chamado de “tripla projeção”. A interseção dos três planos de projeção define um ponto denominado origem (O) que, em épura, pode representar a posição do plano de perfil ("). O rebatimento do plano de perfil é feito num giro de 90° sobre o plano vertical, ou seja, fazendo-se com que (), (’) e (") sejam coincidentes. Figura: Projeção de um ponto (A) e a épura resultante, considerando o terceiro plano de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Desta forma, cada ponto de um objeto no espaço será definido através de três coordenadas (x, y, z) que correspondem a: abscissa, afastamento e cota. Abscissa (x) - é a projeção da distância do ponto (A) à projeção A” no plano de perfil ("); Afastamento (y) - é a projeção da distância do ponto (A) à projeção A’ no plano vertical (’); e Cota (z) - é a projeção da distância do ponto (A) à projeção A no plano horizontal (). 15 Figura: Definição dos eixos e distâncias numa projeção mongeana. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Após os rebatimentos dos planos, ficamos com: Figura: Definição dos eixos e distâncias numa projeção mongeana, após os rebatimentos dos planos. Fonte: Miceli e Ferreira (????). EXEMPLO: tem-se um ponto (A) no espaço com coordenadas (2,3,5) cm. Essa nomenclatura sempre significa (x,y,z). Os passos para desenhar a épura são: 1) desenhar os eixos x, y e z, conforme figura anterior; 16 2) marcar os planos (), (’) e (’’), conforme figura anterior; 3) marcar uma das projeções. Normalmente começa-se pelo plano (), marcando, nos eixos correspondentes, os valores de x e y, no caso, 2 e 3 cm, respectivamente; 4) traçar as linhas de chamada e, no cruzamento, obter a projeção A (veja figura anterior); 5) repetir o procedimento para o plano (’), agora marcando os valores de x e z, no caso, 3 e 5 cm, e encontrando A’ no cruzamento das linhas de chamada; 6) para fazer a projeção no plano (’’), não é necessário fazer as marcações, porque todas já foram feitas. Apenas trace as linhas de chamada. No caso do eixo y, como comentado, pode-se utilizar o compasso com centro em O para traçar a linha de chamada; e 7) o resultado deve ser igual ao da figura anterior, só que com as medidas fornecidas. Note que os valores das coordenadas podem ser negativos. Observe-se os casos da figura a seguir. Figura: Definição dos eixos e distâncias numa projeção mongeana, após os rebatimentos dos planos. Fonte: Miceli e Ferreira (????). REPRESENTAÇÕES NOS DEMAIS DIEDROS A tabela a seguir fornece um resumo de como ficam as projeções de um ponto de acordo com a localização em cada diedro. Considera-se cota positiva acima de LT e afastamento positivo abaixo da LT. Quando houver representação no terceiro plano, a abscissa é sempre positiva. Figura: Convenções positivas das distâncias. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 17 Tabela: projeções de um ponto de acordo com a localização em cada diedro. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Se o ponto estiver contido num dos planos, temos a tabela a seguir. 18 Tabela: projeções de um ponto de acordo com a localização contida em cada um dos planos de projeção. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 19 EXERCÍCIOS 4.1) Representar os pontos (A), (B) e (C) em épura (dupla projeção), conhecendo-se as suas coordenadas (em mm) e a sua posição no espaço de acordo com a figura a seguir. Dados: (A) [ 0 ; 20 ; 20 ], (B) [ -10 ; 10 ; -20 ] e (C) [ 10 ; -30 ; 20 ]. 4.2) Dado um ponto com coordenadas x,y,z igual a (2,3,4) cm, desenhar a épura na escala 1:1. 4.3) Representar, em dupla projeção, os pontos, com abscissa igual a 2 cm e (afastamento, cota) indicados a seguir. A(3;1) F(-3;3) J(2;-2) B(2;4) G(4;-1) K(-1;2) C(0;3) H(0;-3) L(-4;0) D(2;0) I(-2;-3) M(0;0) 4.4) Representar, em tripla projeção, os pontos (x,y,z): A(3;2;4) C(2;-4;3) E(1;1;0) B(5;3;-1) D(6;0;5) F(4;0;0) 20 ÉPURA: SEGMENTO DE RETA Para se projetar um segmento de reta, basta projetar seus dois pontos extremos e ligá-los. As três possíveis posições do segmento em relação aos planos de projeção são analisadas a seguir. Segmentos de reta paralelos ao plano de projeção - sua projeção se apresenta em verdadeira grandeza (V.G.), ou seja, com sua medida e/ou inclinação reais. Figura: Projeções de segmento de reta paralelo aos planos de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Segmentos de reta ortogonais ao plano de projeção - sua projeção se apresenta reduzida a um ponto. Figura: Projeções de segmentos de reta ortogonais aos planos de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Segmentos de reta oblíquos em relação ao plano de projeção - sua projeção se apresenta como um segmento de reta com deformação linear, ou seja, com medidas diferentes das reais. 21 Figura: Projeções de segmento de reta oblíquo aos planos de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Um segmento de reta paralelo a um determinado plano pode estar oblíquo ou ortogonal a um ou aos dois outros, e vice-versa. Vamos analisar as situações possíveis usando o 10 diedro: Fronto-horizontal - é paralelo aos planos () e (’), e ortogonal ao plano (’’). Suas projeções no plano horizontal () e no vertical (’) apresentam-se em verdadeira grandeza (V.G.) e, no plano de perfil (”), a projeção é um ponto. Figura: Projeções de segmento de reta fronto-horizontal. Fonte: Miceli e Ferreira (????). De topo - é paralelo aos planos () e (”) e ortogonal ao plano (’). Suas projeções no plano horizontal () e no de perfil (”) apresentam-se em V.G. e, no vertical (’), é um ponto. 22 Figura: Projeções de segmento de reta de topo. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Vertical - é paralelo aos planos (’) e (”), e ortogonal ao plano (). Suas projeções no plano vertical (’) e no de perfil (”) apresentam-se em V.G. e, no horizontal (), é um ponto. Figura: Projeções de segmento de reta vertical. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Horizontal - é paralelo ao plano () e oblíquo em relação aos planos (’) e (”). Somente sua projeção no plano horizontal () apresenta-se em V.G. Figura:Projeções de segmento de reta horizontal. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Frontal - é paralelo ao plano (’) e oblíquo em relação aos planos () e (”). Somente sua projeção no plano vertical () apresenta-se em V.G. 23 Figura: Projeções de segmento de reta vertical. Fonte: Miceli e Ferreira (????). De perfil - é paralelo ao plano (”) e oblíquo em relação aos planos () e (’). Sua projeção no plano de perfil (”) apresenta-se em V.G. Figura: Projeções de segmento de reta de perfil. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Genérico ou qualquer - por estar inclinado em relação aos três planos, não apresenta V.G. em nenhuma de suas projeções. Figura: Projeções de segmento de reta em posição genérica. Fonte: Miceli e Ferreira (????). 24 EXERCÍCIOS 4.5) Representar as retas (A)(B), (C)(D), (E)(F), (G)(H), (I)(J), (K)(L) e (M)(N) no espaço e em épura (dupla projeção), classificando-as quanto à sua posição em relação aos planos de projeção. Dados (em mm): (A) [ 10 ; 20 ; 10 ] (B) [ 30 ; 10 ; 30 ] (C) [ -30 ; -20 ; -20 ] (D) [ 0 ; -20 ; 30 ] (E) [ 20 ; 10 ; 10 ] (F) [ 20 ; 30 ; -20 ] (G) [ 0 ; 10 ; 20 ] (H) [ 30 ; 10 ; 20 ] (I) [ -10 ; 10 ; -20 ] (J) [ 20 ; 20 ; -20 ] (K) [ 20 ; 10 ; 10 ] (L) [ 20 ; 10 ; 30 ] (M) [ 10 ; 10 ; 20 ] (N) [ 10 ; 30 ; 20 ] *Representar cada reta no espaço em um desenho separado, com os planos de projeção em perspectiva segundo as seguintes dimensões a seguir, em mm: 4.6) Traçar a épura (dupla projeção) contendo as retas (P)(Q), horizontal, (R)(S), de topo, e (T)(U), de perfil. Dados (em mm): (P) [ -20 ; 10 ; 10 ] (Q) [ 20 ; 30 ; ? ] (R) [ 10 ; 10 ; ? ] (S) [ ? ; 40 ; 20 ] (T) [ 0 ; 35 ; 25 ] (U) [ ? ; 25 ; 15 ] 4.7) Representar, em épura (dupla projeção), a reta frontal f, que contém o ponto R (4; -3; 6) cm e passa pela origem. Nela marcar os pontos: K, com 4 cm de cota L, com -2 cm de abscissa M, com -4 cm de cota Quais os valores das coordenadas dos pontos K, L e M? Medir no desenho. 4.8) Representar, em épura (dupla projeção), a reta vertical v, com -2 cm de afastamento e 3 cm de abscissa. Nela marcar os pontos: Q, com 4 cm de cota R, com -3 cm de cota 25 ÉPURA: PLANO As possíveis posições das figuras em relação aos planos de projeção são analisadas a seguir. Figuras paralelas ao plano de projeção - sua projeção se apresenta em verdadeira grandeza (V.G.). Figura: Projeções plano paralelo aos planos de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figuras ortogonais ao plano de projeção - sua projeção se apresenta reduzida a um segmento de reta. Figura: Projeções planos ortogonais ao plano de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figuras oblíquas em relação ao plano de projeção - sua projeção se apresenta como uma figura deformada, ou seja, com medidas lineares e angulares diferentes das reais. Figura: Projeções plano oblíquo aos planos de projeção. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Vamos analisar as situações possíveis usando o 10 diedro: 26 Figura: Projeções de plano paralelo ao plano de projeção () - HORIZONTAL. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figura: Projeções de plano paralelo ao plano de projeção (”) – DE PERFIL. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figura: Projeções de plano paralelo ao plano de projeção (’) - FRONTAL. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figura: Projeções de plano oblíquo aos planos de projeção - OBLÍQUO. Fonte: Miceli e Ferreira (????). 27 EXERCÍCIOS 4.9) Representar, em épura (dupla projeção), o plano frontal , com -2 cm de afastamento, limites de cota -3 a 5 cm e limites de abscissa 0 a 4 cm. Marcar seus pontos: E (2; ?; 4) cm F (2; ?; -2) cm G, situado no plano horizontal de projeção, na mesma abscissa dos pontos E e F 4.10) Representar, em épura (dupla projeção), o plano horizontal , com 3 cm de cota. Marcar seus vértices: A (3;1;?) cm B (5;3;?) cm C (1;3;?) cm 28 ÉPURA: SÓLIDO As faces do sólido projetado abaixo são retângulos paralelos ou ortogonais aos diferentes planos. Sua projeção fica então determinada pela junção destas faces. Considerando a face em destaque, vemos que está paralela a () e ortogonal a (’) e (”). Então a projeção horizontal está em VG e as demais estão reduzidas a um segmento de reta. Figura: Projeções de um sólido. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Veja que a face superior (e não a inferior) está projetada (representada) no plano (). Esta projeção é chamada de VISTA SUPERIOR, em que o observador olha “por cima” e representa a vista no plano. A representação é sempre da face que se enxerga primeiro (ou antes). Veja outros exemplos: Figura: Projeções de um sólido com base retangular e faces triangulares. Fonte: Miceli e Ferreira (????). Figura: Projeções de um sólido com uma face circular e lateral como superfície curvilínea. Fonte: Miceli e Ferreira (????). 29 EXERCÍCIOS 4.11) Representar, em épura (dupla projeção), uma pirâmide de base quadrada horizontal com 7cm de altura, conhecendo-se os vértices A(4;2;0) e B(-2;3;0). Determinar (desenhar e escrever as coordenadas) os seguintes elementos que lhe pertencem: C (?,?,?) – vértice da base, à esquerda D (?,?,?) – vértice da base, à direita O (?,?,?) – centro da base V (?,?,?) – vértice “ponta” da pirâmide 30 5. VERDADEIRA GRANDEZA Para que a forma e as dimensões de um objeto sejam compreendidas de modo satisfatório, é necessário que as dimensões da projeção correspondam às dimensões reais do objeto. Ou seja, o objeto deve ser representado em sua verdadeira grandeza (VG) ou uma escala de ampliação ou redução conveniente, sem distorções. Um objeto só está em VG caso esteja representado na escala 1:1 (escala natural), ou seja, as dimensões do desenho são as reais. Se a representação estiver em qualquer outra escala, o desenho não está mais em VG. Nesse âmbito de estudo, quando a face de um objeto não é paralela ao plano de projeção, ela não é projetada em VG em nenhum dos três sistemas de projeção apresentados. Veja: Figura: Objeto oblíquo ao plano de projeção. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Se, por outro lado, a face for paralela ao plano de projeção, têm-se as seguintes situações: 1. No Sistema de Projeções Cônicas, as dimensões da projeção não correspondem às dimensões reais do objeto. Ou seja, o objeto não é representado em VG. Figura: Objeto paralelo ao plano de projeção numa projeção cônica. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 2. No Sistema de Projeções Paralelas Oblíquas, o objeto é representado em VG, mas, como o ângulo das projetantes com o plano de projeção pode assumir qualquer valor, a projeção pode se localizar em muitas posições diferentes. 31 Figura: Objeto paralelo ao plano de projeção numa projeção paralela oblíqua. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 3. No Sistema de Projeções Paralelas Ortogonais, o objeto também é representado em VG e, além disso, há somente uma posição em que a projeção pode se localizar, uma vez que as projetantes só podem assumir uma direção. Por esse motivo, o sistema mais utilizado em Geometria Descritiva e em Desenho Técnico é o Sistema de Projeções Cilíndricas Ortogonais. Figura: Objeto paralelo ao plano de projeção numa projeção paralela ortogonal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). No capítulo posterior, será estudada uma formade desenhar uma face em verdadeira grandeza, mesmo que a mesma não esteja paralela aos planos de projeção convencionais. EXERCÍCIOS 5.1) Se desenhamos um objeto identicamente ao real, mas na escala 1:50, ele está representado em verdadeira grandeza? Por que? 32 6. MUDANÇA DE PLANO Quando um objeto possui uma face inclinada em relação aos planos principais de projeção, esta face não aparece em verdadeira grandeza. Veja o exemplo a seguir. Figura: Projeção de objeto com uma face inclinada. Fonte: Barison (2007). Para obter a verdadeira grandeza, nesses casos, da face inclinada, é preciso projetá-la em um plano auxiliar que lhe seja paralelo. Figura: Criação de plano de projeção auxiliar, para que a face inclinada apareça em verdadeira grandeza. Fonte: Barison (2007). O Método do Rebatimento pode ser usado para encontrar a vista auxiliar, onde se pode desenhar em verdadeira grandeza. Na figura a seguir, Galrinho (2012) mostra o procedimento para um segmento de reta de perfil. 33 Figura: Rebatimento para determinação da VG de um segmento de reta de perfil. Fonte: Galrinho (2012). Na figura acima, o índice R indica que a projeção é no plano rebatido. O caso a seguir demonstra o processo para um segmento de reta oblíquo. Figura: Rebatimento para determinação da VG de um segmento de reta oblíquo. Fonte: Galrinho (2012). O próximo exemplo mostra a obtenção da verdadeira grandeza de um triângulo também pelo método do rebatimento. Perceba que, pelos exemplos anteriores e pelos próximos, o procedimento é prolongar a reta até a linha de terra e, naquele ponto, encontra-se o centro dos arcos de rebatimento. Note-se que este processo só vale para planos projetantes (ortogonais a pelo menos um dos planos de projeção). 34 Figura: Rebatimento para determinação da VG de um triângulo no plano de topo. Fonte: Galrinho (2012). O caso a seguir mostra um quadrilátero irregular num plano de perfil. Figura: Rebatimento para determinação da VG de um quadrilátero irregular num plano de perfil. Fonte: Galrinho (2012). 35 EXERCÍCIOS 6.1) Encontrar a VG do segmento de reta [AB], sendo A(0;4;3) cm e B(-4;0;5) cm. 6.2) Encontrar a VG do segmento de reta [CD], sendo C(-1;4;5) cm e D(-5;1;3) cm. 6.3) Representar o plano ω, definido pelos pontos P(4;3;4), Q(2;6;3) e R(2;0;3), em épura de dupla projeção. Encontrar sua verdadeira grandeza. 36 7. TRAÇOS TRAÇOS DE RETA O traço de uma reta sobre um plano é o ponto onde essa reta intercepta o plano. Veja o exemplo a seguir, inclusive com a épura representada. Figura: Traços de reta. Fonte: Cruz e Amaral (2012). O ponto onde uma reta intercepta o plano horizontal de projeção é denominado traço horizontal, ou (H), enquanto o ponto onde uma reta atravessa o plano vertical de projeção é chamado de traço vertical, ou (V). O traço horizontal (H) sempre terá cota nula e o traço vertical (V) sempre terá afastamento nulo. Daí conclui-se que a projeção vertical H’ do traço horizontal (H) e a projeção horizontal V do traço vertical (V) estão sempre, sem exceção alguma, sobre a linha de terra. Em casos especiais, os traços horizontal e vertical podem coincidir em um mesmo ponto da linha de terra, como, por exemplo, no caso de uma reta que cruza a linha de terra. Figura: Reta com traços coincidentes. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 37 Quando uma reta for paralela aos dois planos de projeção, não terá traços sobre nenhum desses planos. Figura: Reta fronto-horizontal (sem traços). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta for paralela a um dos planos de projeção, não terá traço sobre esse plano. Figura: Retas com apenas 1 traço. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Uma reta só possui os dois traços quando é oblíqua aos dois planos de projeção. Figura: Reta oblíqua aos 2 planos de projeção (2 traços). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Para a determinação dos traços da reta de perfil, é necessário efetuar-se o rebatimento da reta sobre o plano vertical de projeção, do mesmo modo que feito no estudo do traço de reta. 38 Figura: Determinação dos traços de reta de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Veja, na figura a seguir, que, para finalizar a determinação dos traços da reta de perfil, deve-se realizar o alçamento (operação oposta ao rebatimento) do traço horizontal da reta. Com esta operação, determina-se a posição original do traço horizontal (H) e da projeção horizontal do traço horizontal H da reta de perfil. Vale lembrar que o alçamento sempre é realizado no sentido horário, ao contrário do rebatimento. Figura: Determinação dos traços de reta de perfil, em épura. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 39 EXERCÍCIOS 7.1) Dada a reta (I)(J), achar os seus traços e desenhá-la no espaço. PONTOS: (I) [ 1 ; 1 ; 3 ] cm / (J) [ 3 ; 2 ; 1 ] cm. Desenhar primeiro a épura em dupla projeção e, depois, no espaço, considerando a figura abaixo. 7.2) Dada a reta (I)(J), achar os seus traços e desenhá-la no espaço. PONTOS: (I) [ 0 ; -20 ; -10 ] mm / (J) [ 40 ; 20 ; 25 ] mm. Desenhar primeiro a épura em dupla projeção e, depois, no espaço, considerando a figura do exercício 7.1. 7.3) Dada a reta (X)(Y) de perfil, achar os seus traços e desenhá-la no espaço. PONTOS: (X) [ 2 ; 2 ; 5 ] cm / (Y) [ ? ; 4 ; 1 ] cm. Desenhar primeiro a épura em dupla projeção e, depois, no espaço, considerando a figura do exercício 7.1. 40 TRAÇOS DE PLANO O traço de um plano é a reta formada pela intersecção deste plano com outro. Figura: Traço do plano (sobre o plano (. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura anterior, o traço do plano (sobre o plano ( é a reta . Geralmente, a expressão “traço de um plano” é utilizada para exprimir a intersecção de um dado plano com os planos de projeção. Assim o traço de um plano (sobre o plano horizontal de projeção é chamado de traço horizontal do plano (ou , enquanto o traço deste mesmo plano sobre o plano vertical de projeção é chamado de traço vertical do plano (ou ’. Figura: Traços do plano (. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 41 Em geral, um plano possui dois traços. Entretanto, quando for paralelo a um dos planos de projeção, não terá traço nesse plano. A configuração dos traços de um plano em épura dependerá da posição do plano no espaço. Figura: Traço de plano horizontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Traço de plano frontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Traço de plano de topo (perpendicular ao plano vertical). Fonte: Cruz e Amaral (2012). 42 Figura: Traço de plano vertical (perpendicular ao plano horizontal). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Traço de plano de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Traço de plano de rampa. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 43 Figura: Traço de plano que passa pela linha de terra. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Traço de plano genérico. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Sempre que um plano possuir os dois traços e estes não forem paralelos à linha de terra, os mesmos concorrerão com ela em um mesmo ponto, denominado ponto de concursoou ponto de concorrência dos traços. Para se determinar os traços de um plano conhecendo-se duas retas pertencentes a ele, determinam-se os traços das duas retas e unem-se os traços de mesma direção, dando origem ao traço vertical e ao traço horizontal do plano (figura a seguir). 44 Figura: Traços do plano que contém as retas (r) e (s). Fonte: Cruz e Amaral (2012). EXERCÍCIOS 7.4) Determinar os traços de um plano () definido por duas retas paralelas (A)(B) e (C)(D). Dados (em mm): (A) [ -20 ; 40 ; 10 ] (B) [ 5 ; 10 ; 30 ] (C) [ 0 ; 25 ; 10 ] (D) [ 45 ; ? ; ? ]. Desenhar primeiro a épura em dupla projeção e, depois, no espaço, considerando a figura do exercício 7.1, com o eixo vertical não mais a 1,5 cm da extremidade, mas a 2,5 cm. No espaço, hachurar o plano. 7.5) Representar, numa épura dupla projeção, os traços principais dos seguintes planos: - Plano horizontal , com 2 cm de cota - Plano frontal , com 3 cm de afastamento 7.6) Representar, no espaço, considerando a figura do exercício 7.1, o plano de rampa cujos traços frontal e horizontal têm, respectivamente, 4 cm de cota e 2 cm de afastamento. Hachurar o plano. 45 8. VISIBILIDADE Neste ponto, é interessante definirmos os octantes, que são divisões dos diedros e aparecem em alguns livros. A figura a seguir explica. Figura: Diedros e octantes. Adaptado de: http://1.bp.blogspot.com/- dt3cF4zJhfg/Tnm7ARY8zHI/AAAAAAAABNk/Amjp82bd1WQ/s1600/diedro.gif. Alguns autores, como Campos (2009), sugerem diferenciar de uma forma mais clara as partes das retas ou de suas projeções que se situam em diedros diferentes, no percurso que a reta faz no espaço. Para tal, representam-se como visíveis (linha cheia) as partes que se situam no 1.º diedro. Representam-se como invisíveis (linha tracejada) as partes que se situam nos outros diedros. Veja o exemplo a seguir. Figura: Partes visíveis (1º diedro) e invisíveis (demais diedros) das projeções de uma reta. Fonte: Campos (2009). 46 EXERCÍCIOS 8.1) Fazer novamente o exercício 7.2, agora considerando os estudos de visibilidade, ou seja, desenhar as linhas tracejadas onde necessário. Fazer em escala 2:1. Na épura, marque, da mesma maneira que feito na figura anterior, a região correspondente a cada diedro (use a visão espacial para entender). 47 9. PERTINÊNCIA PERTINÊNCIA ENTRE PONTO E RETA Em geral, um ponto pertence a uma reta (ou segmento de reta) quando as projeções desse ponto estão nos mesmos planos de projeção da reta, ou seja, quando a projeção horizontal do ponto está sobre a projeção horizontal da reta e a projeção vertical do ponto está sobre a projeção vertical da reta. Na figura a seguir, o ponto (C), que não pertence ao segmento de reta (A)(B), possui apenas a projeção horizontal sobre a projeção horizontal desse segmento. Já o ponto (D), que pertence ao segmento (A)(B), possui as duas projeções sobre as projeções de mesmo nome do segmento. Figura: Pertinência de ponto e reta. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Para que um ponto pertença a uma reta vertical, basta que sua projeção horizontal coincida com a projeção horizontal da reta, que é reduzida a um ponto. Figura: Pertinência de ponto e reta vertical. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Seguindo-se o mesmo raciocínio, para que um ponto pertença a uma reta de topo, basta que sua projeção vertical coincida com a projeção vertical da reta, que também é reduzida a um ponto. 48 Figura: Pertinência de ponto e reta de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). A regra geral de pertinência de ponto e reta apresentada anteriormente possui uma exceção: no caso da reta de Perfil (paralela ao plano vertical, em qualquer inclinação), não é suficiente que as projeções do ponto estejam sobre as projeções de mesma direção da reta para que o ponto pertença a ela. Veja um exemplo da reta (A)(B): Figura: Reta de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Como a reta pertence a um plano ortogonal à linha de terra, qualquer ponto localizado na mesma abscissa (eixo x ou linha de terra) terá suas projeções sobre as projeções correspondentes da reta. Na figura anterior, um ponto localizado no plano () terá sua projeção horizontal sobre a projeção horizontal da reta e terá sua projeção vertical sobre a projeção vertical da reta, mesmo não pertencendo à reta (A)(B). Então, para se verificar se um dado ponto pertence a uma reta de perfil, torna- se necessário visualizar a reta e o ponto sob outro ponto de vista. Isso pode ser feito com uma operação denominada rebatimento, pela qual se rebate o plano que contém a reta de Perfil, denominado plano de Perfil, sobre o plano vertical de projeção. 49 Como exemplo, tem-se, na figura a seguir, a partir da figura anterior, o rebatimento do plano () e do segmento (A)(B) sobre o plano vertical de projeção. Figura: Pertinência de ponto e reta de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Cabe salientar que no processo de rebatimento somente as projeções horizontais são rebatidas, e sempre no sentido anti-horário. Em épura, para se rebater a projeção horizontal de um determinado ponto, traça-se um arco de circunferência a partir dessa projeção, no sentido anti-horário, até que este intercepte a linha de terra (veja o processo na figura anterior, a partir da figura mostrando a reta de perfil). O centro do arco de circunferência deve estar localizado na linha de terra, na abscissa correspondente à da reta de Perfil. A nova posição de uma dada projeção horizontal é obtida no ponto em que o arco de circunferência intercepta a linha de terra. As novas posições das projeções horizontais, bem como as novas posições dos pontos rebatidos são representadas com o índice “1”. Esta notação deve ser utilizada sempre que o rebatimento for realizado, de modo a indicar a nova posição dos pontos no espaço. Para se determinar se um ponto pertence a uma reta de perfil, deve-se rebater também o ponto sobre o plano vertical de projeção. Assim, imagine a reta de perfil com projeções AB e A’B’ da figura a seguir. Veja que o ponto com projeções C e C’ pode ou não pertencer à reta (A)(B). Somente o rebatimento confirma que o ponto C NÃO PERTENCE à reta (A)(B), pois a projeção (C1) não está sobre a reta rebatida (A1)(B1). 50 ÉPURA APÓS O REBATIMENTO Figura: Exemplo de pertinência de ponto (C) e reta de perfil (A)(B). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Já no exemplo da figura abaixo, o ponto M PERTENCE à reta (A)(B), pois a projeção (M1) está sobre a reta rebatida (A1)(B1). Figura: Exemplo de pertinência de ponto (M) e reta de perfil (A)(B). Fonte: Cruz e Amaral (2012). EXERCÍCIOS 9.1) Considerando as coordenadas a seguir, o ponto C pertence ao segmento de reta de perfil AB? A (3; 2; 1) cm / B (?; 4; 4) cm / B (3; 2,4; 2,5) cm 9.2) Considerando as coordenadas a seguir, o ponto G pertence ao segmento de reta KL? K (4; 2; 2) cm / L (1; 4; 2) cm / G (2; 3; 2) cm 51 PERTINÊNCIA DE RETA E PLANO Em geral, uma reta pertence a um plano quando os seus traços estão sobre os traços de mesma direção do plano. Aplicando-se esta regra, percebe-se que a reta (r) da figura a seguir pertence ao plano (), uma vez que (H) está sobre e (V) está sobre ’. Por outro lado, a reta (s) não pertence ao plano () ainda que (V) esteja sobre ’, pois (H) não está sobre. RETA PERTENCENTE A PLANO RETA NÃO PERTENCENTEA PLANO Figura: Pertinência de reta e plano. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta horizontal (não tem traço horizontal e á paralela ao plano horizontal) pertence a um plano qualquer, seu traço vertical está sobre o traço vertical do plano e sua projeção horizontal é paralela ao traço horizontal do plano. Figura: Reta horizontal pertencente a plano qualquer. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 52 Quando uma reta frontal (paralela ao plano vertical) pertence a um plano qualquer, seu traço horizontal está sobre o traço horizontal do plano e sua projeção vertical é paralela ao traço vertical do plano. Figura: Reta frontal pertencente a plano qualquer. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta de perfil pertence a um plano qualquer, seus traços estão sobre os traços correspondentes do plano. Para saber se uma reta de Perfil pertence ao plano, é necessário rebater-se a reta de perfil sobre o plano vertical de projeção para obter-se os traços da mesma. Figura: Reta de perfil pertencente a plano qualquer. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta horizontal ou uma reta de topo estiver contida em um plano horizontal, o traço vertical da reta estará sobre o traço vertical do plano e a projeção vertical da reta coincidirá com o traço vertical do plano. 53 RETA HORIZONTAL RETA DE TOPO Figura: Retas pertencentes a plano horizontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta fronto-horizontal estiver contida em um plano horizontal, a projeção vertical da reta coincidirá com o traço vertical do plano. Figura: Reta fronto-horizontal pertencente a plano horizontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta frontal ou uma reta vertical estiver contida em um plano frontal, o traço horizontal da reta estará sobre o traço horizontal do plano e a projeção horizontal da reta coincidirá com o traço horizontal do plano. RETA FRONTAL RETA VERTICAL Figura: Retas pertencentes a plano frontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando uma reta fronto-horizontal estiver contida em um plano frontal, a projeção horizontal da reta coincidirá com o traço horizontal do plano. 54 Figura: Reta fronto-horizontal pertencente a plano frontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). As figuras a seguir mostram situações de pertinência de retas a um plano de topo. Figura: Reta de topo pertencente a plano de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Reta frontal pertencente a plano de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 55 Figura: Reta qualquer pertencente a plano de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). As figuras a seguir mostram situações de pertinência de retas a um plano vertical. Figura: Reta vertical pertencente a plano vertical. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Reta horizontal pertencente a plano vertical. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 56 Figura: Reta qualquer pertencente a plano vertical. Fonte: Cruz e Amaral (2012). As figuras a seguir mostram situações de pertinência de retas a um plano de perfil. Figura: Reta de perfil pertencente a plano de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Reta de topo pertencente a plano de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 57 Figura: Reta vertical pertencente a plano de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). As figuras a seguir mostram situações de pertinência de retas a um plano de rampa. No caso da reta de perfil, para verificar a sua pertinência a um plano de rampa, é necessário rebatê-la sobre o plano vertical de projeção, obtendo-se os seus traços. Figura: Reta qualquer pertencente a plano de rampa. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Figura: Reta de perfil pertencente a plano de rampa. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 58 Para verificar se uma reta fronto-horizontal pertence a um plano de rampa, é necessário, antes, obter o conceito de CONCORRÊNCIA DE RETAS. Duas retas são CONCORRENTES se os pontos de encontro das projeções fazem uma linha vertical ou as projeções verticais ou horizontais coincidam. Veja a figura a seguir. Figura: Retas concorrentes. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Sendo assim, para esta verificação, é necessário passar uma reta auxiliar por qualquer ponto da reta e que pertença ao plano (traços coincidentes) e verificar se ela é concorrente com a reta fronto-horizontal. Veja a figura a seguir. Figura: Verificação da pertinência de uma Reta Fronto-horizontal (r) a um plano de Rampa. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 59 Na figura anterior, a proposta é verificar se a reta fronto-horizontal (r) pertence ao plano de rampa (). Para tanto, passa-se a projeção da reta auxiliar, a’, por um ponto qualquer M’. Encontra-se seus traços e sua projeção no plano horizontal, a. No caso, o ponto M’ faz uma linha vertical com o ponto M. Portanto, as retas auxiliar (a) e (r) são concorrentes, o que garante que a reta (r) pertence ao plano (). EXERCÍCIOS 9.3) Sabe-se que os traços vertical e horizontal de um plano (β), de rampa, encontram-se, respectivamente, 40 mm acima e 30 mm abaixo da linha de terra. Deseja-se saber se as retas (K)(L), fronto-horizontal, e (M)(N), de perfil, pertencem a esse plano. Dados (mm): (K) [ 20 ; 10 ; 20 ] (L) [ 50 ; ? ; ? ] (M) [ 70 ; 22,5 ; 10 ] (N) [ ? ; 7,5 ; 30 ] 9.4) Considere a situação do ponto A (5,0,0) cm, que é o ponto de concorrência dos traços do plano ∆, que fazem um ângulo de 45º com a linha de terra, nos sentidos horário e anti-horário, respectivamente. Os pontos B (0,5; 2,91; 2,91) cm e C (-2; 1,29; 1,29) cm pertencem ao plano ∆? 60 PERTINÊNCIA DE PONTO E PLANO Como regra geral, um ponto pertence a um plano se pertence a uma reta do plano (projeções do ponto pertencem aos traços de mesma direção do plano). Quando o plano for projetante, ou seja, ortogonal a pelo menos um dos planos de projeção, a épura indica diretamente se um ponto pertence ao plano. Isso ocorre porque, nesses casos, todos os pontos pertencentes ao plano são projetados sobre o traço correspondente do plano. Desse modo, basta verificar se a projeção do ponto está sobre o traço de mesma direção do plano. Figura: Verificação da pertinência de 3 pontos a um plano frontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura anterior, o ponto (B) não pertence ao plano frontal (), enquanto os pontos (A) e (C) pertencem. Figura: Verificação da pertinência de 4 pontos a um plano vertical. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 61 Na figura anterior, os pontos (F) e (G) pertencem ao plano vertical (), enquanto os pontos (D) e (E) não. Figura: Verificação da pertinência de 3 pontos a um plano horizontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura anterior, o ponto (B) não pertence ao plano horizontal (), enquanto os pontos (A) e (C) pertencem. Figura: Verificação da pertinência de 4 pontos a um plano de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura anterior, os pontos (F) e (G) pertencem ao plano de topo (), enquanto os pontos (D) e (E) não. 62 Figura: Verificação da pertinência de 3 pontos a um plano de perfil. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura anterior, o ponto (B) não pertence ao plano horizontal (), enquanto os pontos (A) e (C) pertencem. Os planos do tipo qualquer são ditos não projetantes, por serem oblíquosaos dois planos de projeção. Nesse caso, deve-se utilizar uma reta auxiliar pertencente ao plano e verificar se o ponto pertence à reta. Figura: Verificação da pertinência de 2 pontos a um plano qualquer. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 63 Veja, pela figura anterior, que se traça uma das projeções da reta auxiliar passando pela projeção correspondente do ponto (caso de r’ e s’). A segunda projeção da reta auxiliar deverá ser traçada paralela ao traço correspondente à direção desta projeção (caso de r e s). Se a segunda projeção da reta auxiliar também contiver a projeção correspondente do ponto, este pertencerá à reta (caso do ponto (B)) e, consequentemente, ao plano não projetante dado. Abaixo se tem um caso com um plano de rampa. Figura: Verificação da pertinência de 2 pontos a um plano de rampa. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Na figura acima, utilizou-se uma reta auxiliar (t) para a verificação da pertinência dos pontos (C) e (D) ao plano de rampa (). Traçou-se a projeção horizontal t da reta auxiliar pelas projeções horizontais dos pontos (C) e (D), posicionando-se os seus traços sobre os traços correspondentes do plano. Após o posicionamento dos traços da reta auxiliar (t), traçou-se a projeção vertical t’ da reta. Como as projeções da reta auxiliar (t) passam pelas projeções de mesmo nome do ponto (D), conclui-se que o ponto (D) pertence à reta (t) e, consequentemente, pertence ao plano (). Por outro lado, o ponto (C) não pertence ao plano () por não pertencer à reta auxiliar (t). Quando um determinado ponto possui uma das projeções sobre o traço de mesmo nome de um plano dado e a outra sobre a linha de terra, o ponto pertence ao plano, pois pertence ao traço do plano onde aquela projeção está situada. É o caso dos pontos (A) e (B) da figura posterior. 64 Figura: Pontos pertencentes ao plano porque têm uma de suas projeções sobre a linha de terra e a outra sobre um traço do plano. Fonte: Cruz e Amaral (2012). EXERCÍCIOS 9.5) Considere o plano vertical que cujos traços passam pelos pontos A (4; 0; 0) cm e C (2; 5; 0) cm. Verificar se os pontos X (3; 2,5; 5) cm, Y(2,5; 6; 4) cm e Z (1; 5; 4,5) cm pertencem a esse plano. 9.6) Considere o plano de rampa cujos traços têm cota igual a 4,5 cm de cota e 6 cm de afastamento. Verificar se os pontos T (3,5; 3; 2,25) cm e F (2; 1,2; 2,5) cm pertencem a esse plano. 65 10. ESTUDO DAS INTERSECÇÕES Dois planos podem ser paralelos ou secantes. Enquanto dois planos paralelos não se interceptam, dois planos secantes se interceptam e sua intersecção sempre gera uma reta (reta (i) no caso da figura a seguir). Figura: Planos secantes (a) e paralelos (b). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Considere a figura a seguir. Figura: Determinação dos traços da reta formada pela intersecção de 2 planos. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Conforme a regra de pertinência de reta e plano, uma reta pertence a um plano quando os seus traços estão sobre os traços de mesma direção do plano. 66 Assim, a reta formada pela intersecção de dois planos deve ter seus traços sobre os traços de mesma direção dos dois planos secantes. Em outras palavras, os traços da reta intersecção encontram-se na intersecção dos traços de mesma direção dos dois planos secantes. Visualize isso na figura anterior. A épura correspondente encontra-se na figura a seguir. Figura: Determinação das projeções da reta formada pela interseção de dois planos. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Quando dois planos secantes não se interceptam no 1º diedro (figura a seguir), normalmente é necessário prolongar os traços dos dois planos para obter-se a reta intersecção. Figura: Planos que não se interceptam no 1º diedro: (a) intersecção no espaço e (b) em épura. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 67 Em alguns casos (veja a figura a seguir), entretanto, os traços não se encontram mesmo que sejam prolongados, pois os dois planos secantes possuem traços horizontais ou verticais paralelos. Figura: Intersecção de dois planos quaisquer com traços horizontais (a) e traços verticais (b) paralelos. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Nos casos da figura anterior, a reta intersecção possui apenas um traço, sendo sua projeção no plano “sem traço” paralela aos traços dos planos. Quanto dois planos de Topo se interceptam (figura a seguir), a reta originada não possui traço horizontal. Figura: Intersecção de dois planos de topo. Fonte: Cruz e Amaral (2012). 68 Da mesma forma, quando dois planos Verticais se interceptam (figura a seguir), a intersecção é uma reta vertical. Figura: Intersecção de dois planos verticais. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Em algumas situações, nem os traços verticais nem os traços horizontais de dois planos secantes se interceptam (figura a seguir). Figura: Intersecção de um plano horizontal e um plano frontal. Fonte: Cruz e Amaral (2012). Nos casos como o da figura anterior, as projeções da reta intersecção (i e i’) coincidem com os traços nas respectivas direções (’ e ). A determinação da intersecção de dois planos de rampa ou de um plano de rampa e um plano que passa pela linha de terra é mais trabalhosa, pois estes planos não são projetantes (veja figura a seguir). 69 Figura: Intersecção de dois planos de rampa ( e ). Fonte: Cruz e Amaral (2012). Nos casos como o da figura anterior, deve-se utilizar um plano auxiliar qualquer , determinando-se a intersecção deste com os dois planos secantes ( e ). Primeiro determinam-se os pontos Hr e Hs, intersecções entre os 3 traços horizontais. Depois determinam-se os pontos V’r e V’s, intersecções entre os 3 traços horizontais. Em seguida determinam-se todas as projeções destes pontos, ou seja, H’r, H’s, Vr e Vs. Liga-se Hr e Vr e acha-se a reta r. Liga-se Hs e H’r e acha-se a reta s. O ponto I, onde essas duas intersecções concorrem, é um ponto comum aos três planos e, portanto, é um ponto pertencente à intersecção dos dois planos secantes dados. Faz-se o mesmo para o plano de projeção vertical, achando o ponto I’ e as retas r’ e s’. Finalmente, as projeções da reta intersecção são horizontal i, passando pelo ponto I e vertical i’, passando pelo ponto I’. EXERCÍCIOS 10.1) Determinar, em épura dupla projeção, a intersecção dos planos () e (). Os traços do plano () se encontram no ponto (T) e os traços do plano () se encontram no ponto (J). Dados: ^' = 30° ^ = -45° ^' =120° ^ = -150° (T) [ 0 ; 0 ; 0 ] (J) [ 80 ;0 ; 0 ] mm 70 10.2) Determinar, em épura dupla projeção, a intersecção de um plano frontal () que contém o ponto (A) com um plano (), cujos traços encontram-se no ponto (U). Dados: (A) [ 40 ; 20 ; 10 ] mm (U) [ 0 ; 0 ; 0 ] mm ^' = 45° ^ = -45° 71 11. ESTUDO DAS SOMBRAS O estudo das sombras deve dar condições ao profissional de desenhar as sombras que acontecem nos planos de projeção quando submetido a um raio luminoso. Veja o resultado na figura a seguir: Figura: Sombras de um sólido nos planos de projeção. Fonte: Galrinho (2012). Para se chegar ao entendimento necessário para construir o desenho anterior, o estudo começa pelas sombras de um ponto no espaço. Perceba que as sombras aqui estudadas nada mais são do que projeções paralelas oblíquas. SOMBRAS DE UM PONTO NO ESPAÇOAqui se mostra como se processa a determinação das sombras de um ponto nos planos de projeção. De um modo geral, considera-se a direção luminosa vindo da esquerda para a direita, considerando-se o 1º diedro, mas sob um ponto de vista diferente do habitual. Considere a figura a seguir, que tem um raio luminoso na direção I passando por um ponto B no espaço. Repare que os nomes dos planos são diferentes dos apresentados nos capítulos anteriores devido à fonte bibliográfica. 72 Figura: Sombras de um ponto B no espaço. Fonte: Galrinho (2012). O ponto B tem sua projeção B2 no plano 0. O raio de luz l passa pelo ponto B e cruza o plano 0 no ponto BS2 (“S” significando a “sombra” e 2 porque o ponto está no mesmo plano da projeção B2), que é a sombra real do ponto. O ponto B tem sua projeção B1 no plano v0. Sendo assim, o raio I atravessa o plano 0 e intercepta o plano v0 no ponto BV1, que corresponde à sombra virtual do ponto. Conceituando, “sombra real” é aquela que é visível para o observador colocado no 1º diedro e “sombra virtual” é aquela que o ponto teria se o plano 0 não existisse e não impedisse sua visão. Os segmentos de reta B1BV1 e B2BS2 equivalem às projeções do raio de luz que passa pelo ponto B. Se planificarmos a figura anterior na vertical (0), girando o plano v0 no sentido anti-horário, a épura é obtida como na figura a seguir. Figura: Épura contendo as projeções e sombras real e virtual de um ponto B no espaço. Fonte: Galrinho (2012). 73 Observe que o exemplo anterior considera um raio luminoso na direção a 45º do eixo x (ou linha de terra). Sendo assim, a sombra depende sempre da direção da fonte luminosa. No caso da figura anterior, o ponto B está num local do espaço em que a cota é maior que o afastamento. Neste caso, as sombras real e virtual aparecem no plano vertical (0). Caso a posição do ponto resulte numa cota menor que o afastamento, as sombras ficam no plano horizontal (v0). É o caso do ponto A da épura da figura a seguir. Figura: Épura contendo as projeções e sombras real e virtual de um ponto A no espaço, cuja cota é menor que o afastamento e a fonte luminosa está a 45º do eixo x. Fonte: Galrinho (2012). E, por fim, caso a cota seja igual ao afastamento, não existe sombra virtual e a sombra real fica sobre o eixo x. Veja a figura a seguir. Figura: Épura contendo as projeções e sombras real e virtual de um ponto A no espaço, cuja cota é igual ao afastamento e a fonte luminosa está a 45º do eixo x. Fonte: Galrinho (2012). Veja a seguir situações em que o ponto está sobre um dos planos de projeção ou sobre o eixo x. 74 PONTO D NO PLANO 0 PONTO E NO PLANO v0 PONTO F NO EIXO x Figura: Épuras contendo as projeções e sombras de pontos sobre os planos de projeção e sobre o eixo x, sendo que a fonte luminosa está a 45º do eixo x. Fonte: Galrinho (2012). Baseado nas situações anteriormente apresentadas, o processo de desenho para encontrar as sombras real e virtual, diretamente na épura, é o seguinte (acompanhe pelas figuras anteriores): 1) posicionar as projeções do ponto (índices 1 e 2, referentes aos planos 0 e v0, respectivamente) 2) unir as projeções ao eixo x (caso estejam fora dele), com a mesma direção da fonte luminosa; se coincidirem num ponto, obtém-se a sombra real 3) a partir do ponto que intercepta o eixo x, considerando o MENOR segmento obtido em 2), traçar uma vertical até encontrar o MAIOR segmento obtido em 2); obtém a sombra real (índice s) 4) a partir do ponto que intercepta o eixo x, considerando o MAIOR segmento obtido em 2), traçar uma vertical até o PROLONGAMENTO do MENOR segmento obtido em 2); obtém a sombra virtual (índice v) 75 EXERCÍCIOS 11.1) Desenhe, em épura dupla projeção, as sombras real e virtual do ponto P (8; 6; 3) cm. Considerar fonte luminosa I com projeções a 45º da linha de terra, conforme as figuras anteriores. 11.2) Desenhe os pontos e sombras do exercício anterior no espaço. Considerar os diedros representados na figura abaixo. Considerar a visibilidade. 76 SOMBRAS DE UM SEGMENTO DE RETA NO ESPAÇO Considere a figura a seguir, que tem um raio luminoso na direção I passando pelos pontos A e B que formam um segmento de reta no espaço. Figura: Sombras de um segmento de reta AB no espaço. Fonte: Galrinho (2012). Repare nas sombras do ponto B (BS2 e BV1) e do ponto A (AS1). Para determinar a sombra do segmento de reta AB, escolhemos começar pelo plano v0. Sendo assim, a projeção é obtida unindo-se os pontos BV1 e AS1 (que estão no plano v0). Veja que esse segmento corta o plano 0 no ponto de quebra QS. A sombra real é obtida unindo-se BS2, QS e AS1. Perceba que a sombra real tem uma parte projetada no plano 0 e uma parte no plano v0. Nas situações em que as sombras reais dos pontos ficam em planos diferentes, basta determinar a sombra virtual de um dos pontos. Se as 2 sombras reais estiverem no mesmo plano, basta uni-las. É o caso dos segmentos de reta da figura abaixo, considerando o raio luminoso I, cujas projeções estão indicadas (I1 e I2). Figura: Sombras de segmentos de reta cujas sombras reais dos pontos estão no plano paralelo ao segmento de reta. Fonte: Galrinho (2012). 77 Veja, pela figura anterior, que o processo de construção das sombras é o mesmo descrito anteriormente, para cada ponto, acrescentando-se a união das sombras reais dos pontos. As sombras, no caso da figura anterior, são paralelas às projeções dos planos paralelos ao segmento de reta. Veja que é necessário visualizar a situação espacial do segmento de reta, considerando os planos vertical (vista frontal) e horizontal (vista superior). Se a sombra ocorrer no plano não paralelo ao segmento de reta, como nos casos da figura abaixo, as sombras não serão paralelas a nenhuma das projeções. Figura: Sombras de segmentos de reta cujas sombras reais dos pontos estão no plano não-paralelo ao segmento de reta. Fonte: Galrinho (2012). No caso da sombra real ocorrer nos dois planos, como na primeira figura deste capítulo, é necessário encontrar os pontos de sombra virtual para achar os pontos de quebra ou, no caso de um dos planos ser paralelo ao segmento de reta, considerar a parte da sombra paralela à projeção que acontece no plano paralelo ao segmento de reta. Figura: Sombras de segmentos de reta cujas sombras reais estão nos dois planos de projeção, e um deles é paralelo ao segmento de reta. Fonte: Galrinho (2012). 78 Veja a seguir e estude os casos de segmentos de reta de topo, vertical e horizontal. Figura: Sombras de segmentos de reta de topo, vertical e horizontal. Fonte: Galrinho (2012). Quando o segmento de reta é oblíquo aos planos de projeção, não resta outra saída senão encontrar uma das sombras virtuais para então obter a sombra real. Figura: Sombras de segmento de reta oblíquo aos planos de projeção. Fonte: Galrinho (2012). Um segmento de reta de perfil (com qualquer inclinação) é ainda oblíquo aos planos de projeção. 79 Figura: Sombras de segmento de reta de perfil, que é oblíquo aos planos de projeção. Fonte: Galrinho (2012). EXERCÍCIOS 11.3) Determinar, em épura dupla projeção, a sombra do segmento de reta que tem como extremos os pontos: P(7;2;5) cm e Q(4;4;1) cm. Considerar fonte luminosa I com projeções a 45º da linha de terra, conforme as figuras anteriores.80 SOMBRAS DE UMA RETA NO ESPAÇO Como visto anteriormente, a reta diferencia-se do segmento de reta porque ela é “infinita”, podendo apresentar seus traços. No caso da figura a seguir, temos uma reta frontal f, paralela ao plano 0, portanto com traço apenas horizontal H. Figura: Sombra de reta paralela ao plano 0. Fonte: Galrinho (2012). No caso da figura anterior, para determinar a sombra da reta f, basta determinar a sombra real (no plano horizontal ou no vertical) de um dos seus pontos (no caso, P) e uni-la à sombra do traço da reta (que é o próprio traço; no caso, H). O ponto de quebra surge naturalmente. Note que uma reta paralela a um plano projeta, sobre esse plano, sombra paralela à própria reta. A épura encontra-se na figura a seguir. Repare que, na figura anterior, espacial, a sombra usada é Ps2 e, na épura (figura posterior), é usado Ps1. Veja que o resultado é o mesmo. Figura: Épura relacionada à figura anterior. Fonte: Galrinho (2012). 81 As figuras a seguir mostram o caso de uma reta oblíqua. Para determinar a sua sombra determina-se também a sombra real de um dos seus pontos, que se une aos traços da reta. O ponto de quebra surge naturalmente. Figura: Sombra de reta oblíqua, em vista espacial. Fonte: Galrinho (2012). Figura: Sombra de reta oblíqua, em épura. Fonte: Galrinho (2012). Vejamos o caso de uma reta horizontal. 82 Figura: Sombra de reta horizontal n, em épura. Fonte: Galrinho (2012). No caso da figura anterior, a partir da sombra do ponto auxiliar P (Ps1), traçou-se a sombra da reta no plano horizontal (ns1), paralela à sua projeção horizontal (n1). Unindo o ponto de quebra (Qs) à sombra do traço da reta (Fs2) determina-se a sua sombra no plano vertical (ns2). Vejamos os casos de retas vertical e de topo. Figura: Sombra de reta vertical (à esquerda) e de reta de topo (à direita). Fonte: Galrinho (2012). Nos casos da figura anterior, as sombras podem ser determinadas diretamente, ou seja, sem a ajuda de qualquer ponto auxiliar. Isso é possível porque a sombra projetada num dos planos faz sempre 45º (a partir do traço, no caso, H1) e a outra faz sempre 90º com o eixo x (a partir da quebra Qs). Vejamos o caso de retas fronto-horizontais. 83 Figura: Sombras de retas fronto-horizontais. Fonte: Galrinho (2012). Uma reta fronto-horizontal faz sombra no plano de projeção que lhe está mais próximo. A reta a da figura anterior faz sombra no plano vertical, uma vez que tem menor afastamento do que cota. A reta b tem cota e afastamento iguais, pelo que a sua sombra se projeta no eixo x (linha de terra). Para determinar a sombra destas retas, utiliza-se também um ponto auxiliar P qualquer da reta. Podemos ter retas oblíquas com traço em sombra virtual. Veja o caso a seguir. Figura: Sombra de reta oblíqua com o traço horizontal em sombra virtual. Fonte: Galrinho (2012). Para determinar a sombra da reta da figura anterior, da mesma maneira que par uma reta oblíqua com traço em sombra real, determina-se a sombra real de um dos seus pontos (Ps2), que se une aos traços da reta. A diferença aqui é que se usa o prolongamento QsH1 para achar a direção da sombra horizontal (rs1). O ponto de quebra surge naturalmente pelo prolongamento da reta F2Ps2. 84 Vejamos casos de retas de perfil, onde não é possível marcar um ponto auxiliar em épura. Sendo assim, usa-se um dos seus traços como ponto auxiliar. Figura: Sombra de reta de perfil de traços com cota e afastamento positivos. Fonte: Galrinho (2012). Figura: Sombra de reta de perfil de traço horizontal com afastamento positivo e de traço vertical com cota negativa. Fonte: Galrinho (2012). 85 Figura: Sombra de reta de perfil em que se conhecem apenas 2 pontos A e B e não seus traços. Fonte: Galrinho (2012). No caso da figura anterior, onde os traços são inicialmente desconhecidos, acham-se as sombras próprias (As2 e Bs1) e uma virtual (Bv2) desses pontos. No prolongamento das sombras da reta, determinam-se os seus traços, antes desconhecidos. EXERCÍCIOS 11.4) Determinar, épura dupla projeção, a sombra da reta oblíqua r, cujos traços são H(3;4;0) cm e F(-1;0;6) cm. Considerar fonte luminosa I com projeções a 45º da linha de terra, conforme as figuras anteriores. 11.5) Determinar, épura dupla projeção, a sombra da reta oblíqua S, que contem K(3;3;1) e L(1;4;6). Considerar fonte luminosa I com projeções a 45º da linha de terra, conforme as figuras anteriores. 86 SOMBRAS DE POLÍGONOS E SÓLIDOS Com os conhecimentos básicos adquiridos neste capítulo, o aluno pode se especializar nos estudos para criar as sombras de polígonos e sólidos, como os exemplos a seguir, em épura. Este aprofundamento não é objetivo desta disciplina. Figura: Sombra de um pentágono frontal. Fonte: Galrinho (2012). Figura: Sombra cone de revolução com base frontal. Fonte: Galrinho (2012). 87 12. BIBLIOGRAFIA BARISON, Maria Bernardete. Mudança de planos em Geometria Descritiva. Geométrica. v.2, 9ª ed. Londrina, 2007. Disponível em: <http://www.mat.uel.br/geometrica/php/pdf/gd_pdf/gd_mudan%C3%A7a_de_planos. pdf>. Acesso em 17/06/2014. CAMPOS, Antônio de. 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