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Serviço Social para o INSS 
 Aula Demonstrativa 
 Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos, 
programas, projetos e atividades de trabalho. 
Profa. Conceição de Fátima Costa 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professora Conceição de Fátima Costa 
 
 
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Aula 00 – AULA DEMONSTRATIVA 
Serviço Social 
 
Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos, 
programas, projetos e atividades de trabalho. 
 
Professora: Conceição de Fátima Costa 
 
Serviço Social para o INSS 
 Aula Demonstrativa 
 Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos, 
programas, projetos e atividades de trabalho. 
Profa. Conceição de Fátima Costa 
 
 
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Prezado Aluno (a), 
Seja bem-vindo! 
É um prazer tê-lo conosco. 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Sou a professora Conceição de Fátima Costa. Moro em João Pessoa-PB. 
Possuo Mestrado em Serviço Social - (UFPB-1998) e Graduação em Serviço 
Social - (UFPB-1983). Há trinta e dois anos exerço a profissão de Assistente 
Social, na área da Saúde Pública. Iniciei minhas atividades profissionais na 
UNIMED- João Pessoa-PB, em 1983. Fui professora do SENAC, em 1991. 
 
Atualmente, no Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal da Paraíba, 
sou orientadora de alunos de Pós-Graduação em Trabalhos de Conclusão de 
Curso – TCC. Exerço minhas atividades profissionais de Assistente Social na 
Secretaria Municipal de Saúde, no CTA – Centro de Testagem e 
Aconselhamento em HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Cargo conquistado através 
de Concurso Público, em 1992. 
 
Hoje, também sou professora de Ensino a Distância para concursos públicos. 
Estudei durante dez anos para concurso público. Adquiri ampla experiência com 
meus estudos. Hoje, me encontro aqui, para orientar, direcionar e aconselhar 
você como estudar de forma produtiva, obtendo melhores resultados nos 
processos seletivos de concurso público. 
 
Neste processo de luta em busca de sua conquista profissional, estarei ao seu 
lado para oferecer suporte básico de orientação em seus estudos. Lembre-se: O 
mérito da conquista será sempre do aluno. Estude! 
 
Estarei disponível para contato através do e-mail: 
conceicaoflc@pontodosconcursos.com.br 
 
DESCRIÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
A equipe do Ponto dos Concursos preparou este curso de CONHECIMENTOS 
ESPECÍFICOS DE SERVIÇO SOCIAL para estudantes e assistentes sociais 
que desejam participar de Concurso Público, e que também desejam renovar 
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e reciclar seus conhecimentos profissionais. Neste momento, o Concurso 
do INSS/2016 tem sido um dos mais procurados. 
 
O Curso de Serviço Social utiliza diversas metodologias de aprendizado: 
direcionamento teórico com estudo de texto esquematizado, fichamento de 
leitura, resumos dos principais pontos, dicas de memorização, referências 
bibliográficas, exercícios e questões recentes de concursos. 
 
Ele é composto na primeira parte com 10 aulas (incluída esta, que é a 
aula demonstrativa). Elas terão, em média, 10 a 15 exercícios, todos de 
provas de concursos recentes. Utilizo questões do Cespe e de outras 
instituições para desenvolver sua aprendizagem. Ao finalizarmos esta primeira 
parte, teremos resolvido aproximadamente cento e cinquenta questões. 
 
Todos os pontos abordados estão focados nos aspectos mais 
importantes de cada tema. Alguns textos serão reproduzidos em forma de 
estudo esquematizado (palavras chaves, frases sublinhadas, quadros para 
facilitar sua compreensão). Reproduzirei os textos fielmente ou realizarei um 
resumo do conteúdo principal. 
 
Dentro de cada conteúdo, o estudante encontrará: tema desenvolvido 
com texto esquematizado, referências bibliográficas e questões de prova 
gabaritadas. 
 
Alguns recursos de ensino e aprendizagem que aprendi dentro da minha 
experiência de estudante e professora serão utilizados para ajudar a você 
avançar no seu processo de estudo para concurso. 
 
Desejamos que você aproveite ao máximo de seu curso, e que através dele, 
possamos ajudá-lo a progredir em sua vida pessoal e profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula Conteúdo Programático DATA 
00 
 
Proposta de intervenção na área social: 
planejamento, planos, programas, projetos e 
atividades de trabalho. 
 31/12 
01 
• Concepção, gênese e institucionalização 
do Serviço Social no mundo e no Brasil. 
• Significado social da profissão. 
05/01/2016 
02 
• O movimento de reconceituação na 
América Latina, em particular no Brasil. 
• A renovação profissional: vertente 
modernizadora, a vertente da 
reatualização do conservadorismo e a 
vertente da intenção de ruptura. 
12/01/2016 
03 
• Questão social e suas manifestações na 
contemporaneidade. 
• O Serviço Social na contemporaneidade. 
• Movimentos sociais contemporâneos. 
19/01/2016 
04 
Mudanças no mundo do trabalho e as suas 
repercussões no trabalho profissional do assistente 
social. 
26/01/2016 
05 
Regulamentação do exercício profissional – Lei n° 
8.662/1993 e alterações. 
05/02/2016 
06 
 O assistente social na divisão sociotécnica do 
trabalho. 
14/02/2016 
07 
Análise crítica das influências teórico-
metodológicas e as formas de intervenção 
construídas pela profissão em seus distintos 
contextos históricos. 
21/02/2016 
CONTEÚDO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
CONCURSO INSS/2016 
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08 
• Estratégias, instrumentos e técnicas de 
intervenção: abordagem individual, técnica 
de entrevista, abordagem coletiva, trabalho 
com grupos, em redes e com famílias, 
atuação na equipe multidisciplinar e 
profissional (relacionamento e 
competências), visitas domiciliares e 
institucionais. Uso de recursos institucionais 
e comunitários. Pareceres, laudos e opiniões 
técnicas conjuntos entre Assistente Social e 
outros profissionais. 
 
• Resolução CFESS nº 557 de 15 de setembro 
de 2009. 
 
29/02/2016 
 
 
09 
 
 
 
 
 
 
O Serviço Social na Previdência Social. 
• Trajetória histórica. Ações profissionais: 
socialização das informações, fortalecimento 
do coletivo, assessoria e consultoria. 
Instrumentos técnicos: pesquisa social, 
parecer social; e avaliação social para 
concessão do Benefício de Prestação 
Continuada – BPC e da Aposentadoria da 
Pessoa com Deficiência. 
• (Portaria Interministerial MDS/INSS nº 02 
de 30 de março de 2015 – DOU 19 de Abril 
de 2015 e Portaria Interministerial 
SDH/MPS/MF/MOG/AGU nº 1, de 27 de 
Janeiro de 2014 – DOU de 30/01/2014). 
• Artigo 88 e 89 da lei nº 8.213/1991. 
 
07/03/2016 
 
 
 
 
 
 
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Aula 00 – AULA DEMONSTRATIVA 
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programas, projetos e atividades de trabalho. 
ROTEIRO DO ESTUDO: 
1. Aspectos Introdutórios 
2. Pilares do Planejamento 
3. Planejamento Estratégico 
4. Planejamento Estratégico e Gestão Pública 
5. Planejamento Participativo 
6. O Serviço Social e a Intervenção na Área Social 
7. O Serviço Social e o Planejamento 
8. Elaborando Planos, Programas e Projetos 
9. Resumindo e Esclarecendo 
10. Questões de Prova. 
11. Gabarito 
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Proposta de intervenção na área social: 
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INSTRUMENTO DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL 
 
PLANEJAMENTO SOCIAL 
 
1. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
 
A partir deste ponto, estudaremos sobre o planejamento e suas características 
e importância no processo administrativo. O profissional de serviço social deve 
apropriar-se do método de planejamento como ferramenta fundamental no 
trabalho interventivo na realidade trabalhada. 
 
Conceituando e definindo planejamento social. 
 
Na vida secular todos nós temos o costume de planejar alguma coisa, seja um 
aniversário, uma viagem, um casamento, ou uma formatura. Esse tipo de 
planejamento pode ser considerado como planejamento ocasional, no qual não 
se estabelece técnicas e métodos. 
 
Então podemos refletir que o processo de planejamento é algo da natureza do 
ser humano e intrínseca à sua própria natureza racional e social. 
 
Assim, o homem é capaz de pensar e agir refletindo no que está ocorrendo, 
construindo a partir de então seu futuro coletivo ou individual. 
 
O homem, desta forma, projeta em sua mente o ato para depois executar e 
antes de qualquer ação ele planeja. Esse processo cíclico do planejar é 
conhecido como consciência teleológica. 
 
O exercício do planejar deve ser permanente e sistemático, com a finalidade de 
cumprir com efetividade a missão organizacional. Ou seja, o processo de 
planejamento envolve a escolha de um destino, aonde se quer chegar, 
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avaliação dos caminhos alternativos e decidir sobre qual direção especificam 
para alcançar o destino escolhido. 
 
O termo planejamento, segundo o grande dicionário unificado da língua 
portuguesa (2010), significa ato ou efeito de planejar, plano detalhado de 
trabalho. Porém, planejar significa traçar esquema, projetar, conjeturar. 
 
Assim, o processo de planejar envolve uma forma de pensar, esse modo de 
pensar gera indagações, que envolvem questionamentos sobre o que, como, 
onde, quem e por que fazer (OLIVEIRA, 2010). 
 
A finalidade do planejamento é entendida como o desenvolvimento de 
processos, técnicas e comportamentos administrativos que possibilitam avaliar 
os resultados de futuras decisões no presente em detrimento dos objetivos 
organizacionais. 
 
Planejamento, portanto, é um processo contínuo e dinâmico no qual, várias 
ações integradas e intencionais são direcionadas, para possibilitar a 
tomada de decisões antecipadamente, através da tentativa de tornar 
realidade em um objetivo futuro. 
 
Princípios do Planejamento 
 
O planejamento é permeado por princípios específicos que direcionam a 
organização aos objetivos estabelecidos. 
 
Esses princípios são 
a) Participação: O planejamento deve ser elaborado por diversas áreas da 
organização, e o responsável pelo planejamento deve facilitar o processo de 
elaboração entre os envolvidos. 
b) Coordenação: Deve-se estabelecer uma rede interna, na qual todos os 
aspectos envolvidos no processo deverão atuar de forma independente. 
c) Integração: Todos os níveis hierárquicos da organização deverão ser 
planejados de forma integrada. 
d) Permanência: É importante buscar um plano em um determinado período 
de tempo. 
 
 
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Tipos de planejamento 
 
O planejamento é um elemento imprescindível, deve ser flexível, podendo ser 
realimentado durante o processo para adaptar-se à realidade. Em uma 
organização, o planejamento pode apresentar-se em três diferentes tipos: 
 
a) Planejamento estratégico: É um procedimento de responsabilidade dos 
níveis mais altos da organização no que se refere à adoção e formulação de 
objetivos, na escolha de ações necessárias para atingir os objetivos 
específicos e a consolidação das metas. Ou seja, o planejamento estratégico 
dar-se-á quando se decide os meios através dos quais a empresa atingirá os 
objetivos. É a relação dos objetivos de longo prazo com as estratégias e 
ações para alcançar tais objetivos, os quais refletem na empresa como todo. 
b) Planejamento tático ou funcional: Quando existe a necessidade de 
qualificar uma determinada área e não a empresa como todo, para a 
execução do planejamento estratégico. Exemplo: central de atendimento, 
setor de estoque, etc. Relaciona os objetivos de curto prazo com as 
estratégias a ações que afetam somente parte da empresa. É desenvolvido 
pelos níveis intermediários, com a finalidade de utilizar eficientemente os 
recursos disponíveis para o alcance dos objetivos preestabelecidos. 
c) Planejamento operacional: É considerado o planejamento diário. É 
realizado pelos níveis inferiores, focalizando as atividades cotidianas da 
empresa, através de planos de ação ou planos operacionais. Sua previsão é 
de curto prazo e define tarefas específicas e é formalizado por meio de 
documentos inscritos, e define orçamento, cronograma, entre outros. 
 
Sua previsão é de curto prazo e define tarefas específicas e é formalizado por 
meio de documentos inscritos e define orçamento, cronograma, entre outros. 
 
O profissional de serviço social, para o desenvolvimento de seu trabalho, possui 
como instrumento fundamental o planejamento. Desta forma, como o 
administrador, o profissional de serviço social possui a necessidade de conhecer 
e entender a realidade do processo de planejamento para elaborar suas 
intervenções. Esse planejamento social pretende utilizar o planejamento 
estratégico, expandindo para os vários níveis da organização de uma forma 
harmônica. 
 
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Para elaborar uma proposta de intervenção, o assistente social deverá 
estabelecer uma direção, conhecer e problematizar o objeto de ação 
profissional. 
 
Dinâmica do planejamento 
 
Entendendo que o planejamento é um processo contínuo, dar-se-á, portanto, 
através da dinâmica de reflexão, decisão e ação. 
a) Reflexão: Nesta etapa ocorre a delimitação do objeto, o conhecimento e 
estudo da realidade, construção do referencial teórico operativo, levantamento 
de prováveis hipóteses e coleta de dados. 
b) Decisão: Nestemomento é dada a escolha das alternativas, identificando as 
prioridades de intervenção, definem-se os objetivos, estabele-se as metas, os 
prazos, organização e análises. 
c) Ação: É o momento da implantação e execução das decisões estabelecidas 
nas etapas anteriores, bem como definição dos parâmetros de avaliação e 
controle. Esta fase é considerada o ponto central do planejamento. 
d) Retomada da reflexão: Dar-se-á através da avaliação crítica das decisões 
adotadas, do processo de implantação e dos resultados alcançados na 
execução. 
 
REFLEXÃO- DECISÃO-AÇÃO-RETOMADA DE DECISÃO 
 
 
Dimensões do planejamento 
 
Ao realizar a análise desse processo cíclico do planejamento percebemos a 
existência de quatro dimensões que permeiam o processo do planejar: 
 
- A dimensão da racionalidade; 
- Ético-política; 
- Valorativa; 
- Dimensão técnico-administrativa. 
 
Essas dimensões referem-se ao processo de planejar primeiro como algo 
racional, metódico e decorrente do uso da inteligência. Segundo, é um processo 
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de tomada de decisões devendo levar em consideração as relações de poder e 
os interesses políticos dos diferentes grupos. 
 
Em terceiro lugar, o processo de planejamento é norteado por valores 
desenhados através da formatação das decisões. Por último, o planejamento 
como uma função da administração é uma atividade inerente à organização que 
exprime na sua ação os objetivos organizacionais. 
 
ALGUMAS PERGUNTAS PARA QUEM VAI PLANEJAR: 
O que se quer fazer? Natureza do Projeto 
Porque se quer fazer? Origem e fundamentação 
Para que se quer fazer? Objetivos 
Quanto se quer fazer? Metas 
Aonde se vai fazer? Localização 
Como se vai fazer? Metodologia, ações, atividades. 
Quando se vai fazer? Cronograma 
Quem vai ser atingido? Beneficiários, comunidade 
Quem vai executar? Recursos Humanos 
Com que se vai fazer? Recursos materiais e financeiros 
Quem vai acompanhar? Comunidade, lideranças, direção, órgãos. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
FRAGA, Cristina Kologeski. A atitude investigativa no trabalho do assistente 
social. In. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 101, pp. 40 – 64, 
janeiro/março, 2010. Nesta obra o aluno vai encontrar os componentes de 
trabalho do assistente social, dentre eles o processo investigativo, fundamental 
para elaboração da proposta de intervenção/planejamento do profissional. 
 
OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças. Planejamento estratégico – conceitos, 
metodologia, prática. São Paulo: Atlas, 2010. Nesta obra o aluno vai encontrar, 
na primeira parte, os conceitos, princípios e tipos de planejamento. 
 
 
 
 
 
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2. PILARES DO PLANEJAMENTO 
 
O processo de planejamento inicia com a definição dos objetivos, estratégias, 
políticas, bem como o detalhamento dos planos para alcançá-los. 
 
Estudamos também que o processo de planejamento é iniciado após a reflexão 
e tomado de um conjunto de decisões definidas mediante a realidade ou 
situação em que se pretende intervir. A partir deste, elabora-se o processo de 
sistematização das ações e procedimentos que conduzirão ao alcance dos 
objetivos previstos. 
 
Desta forma, o planejamento pode ser entendido como processo de previsão 
das necessidades que se precise para utilizar os recursos materiais e humanos 
disponíveis para o alcance dos objetivos estabelecidos. 
 
Através do planejamento a empresa ou a instituição pode antecipar ações 
futuras através da definição de uma linha de ação e elaboração de um plano 
que conduza à realização dos objetivos estabelecidos. 
 
Para isso é necessário que haja uma situação concreta na qual se pretende 
atuar, possuir conhecimento claro da situação e dos objetivos que se almeja 
alcançar e que os prazos e etapas estejam bem definidos. 
 
Essas decisões e objetivos são organizados, explicados e detalhados em 
documentos que representam grau decrescente de níveis de decisão: planos, 
programas e projetos (BAPTISTA 2007). 
 
Baptista (2007) ainda sugere que quando o documento faz referência à 
proposta relacionada à estrutura organizacional de uma forma geral, 
caracteriza-se em um plano. Quando se refere a um setor, uma área ou região 
caracteriza-se programa. Porém, quando se detém no detalhamento das 
alternativas e ações de intervenção é considerado projeto. 
 
 
 
 
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 PLANO= MAIOR ABRANGÊNCIA * MENOR DETALHAMENTO 
 
PROJETO= MENOR O ÂMBITO * MAIOR DETALHAMENTO 
 
 
 
 
Desta forma, o processo de planejamento é composto por plano, 
programa e projeto, sendo estes os meios de expressão do 
planejamento. 
 
A diferença entre estas subdivisões do planejamento está caracterizada 
pelo: 
- nível de decisões, bem como no delineamento do processo de 
execução, 
 
• Plano: 
Segundo Baptista (2007), o plano descreve as decisões de caráter geral do 
sistema. Deve ser elaborado em um formato claro e simples, e sua finalidade é 
nortear os demais níveis da proposta. 
 
É um produto do planejamento que se caracteriza como o elo entre o processo 
de planejamento e o processo de implementação do planejamento. 
 
É o documento mais geral e abrangente e nele deve conter estudos, 
diagnósticos que identifiquem a situação a qual se direciona a execução, os 
programas e projetos, os objetivos, estratégias e metas. (TEIXEIRA, 2009). 
 
Plano- apresenta as decisões gerais, as diretrizes políticas e a implementação 
de estratégias. Deverá responder as questões do tipo: 
 
 
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Plano- decisão de caráter geral; formato claro e simples; finalidade 
nortear demais níveis da proposta; elo entre o processo de 
planejamento e a implementação do planejamento; documento geral e 
abrangente; deve conter estudos, diagnósticos que direcionam a 
execução, os programas e projetos, os objetivos, as estratégias e as 
metas. 
Plano- o quê, quando, como, onde, pra quem e por quem. 
 
Tipos de Planos 
Um plano pode ser caracterizado em quatro tipos: 
a) Procedimentos: 
Quando um plano é relacionado com o método ou execução de trabalho. 
Este tipo de plano é considerado plano operacional e comumente é 
representado por fluxogramas. 
b) Orçamentos: 
Quando um plano está relacionado com dinheiro, envolvendo receita e 
despesa, por um período de tempo. Este tipo de plano pode ser 
estratégico, tático ou operacional, como, por exemplo, um plano 
orçamentário. 
 
d) Programa ou programações: 
 São planos que possuem uma correlação entre tempo e atividade. Pode 
ser representado por cronograma ou agenda que detalha as atividades que 
serão executadas. 
e) Regras ou regulamentos: 
Quando um plano apresenta normas ou procedimentos de 
comportamento das pessoas em determinadas situações. Como exemplo,encontramos o plano de regulamento de pessoal ou plano de cargos e 
salários de uma empresa. 
 
• Programa: 
É considerado o aprofundamento do plano. É o documento que indica um 
conjunto de projetos e detalha por setor a política, as diretrizes, metas e 
estratégias em que os resultados permitirão alcançar o objetivo maior. 
 
Os objetivos setoriais do plano comporão os objetivos gerais do programa. E o 
programa, portanto, configura o quadro de referência do projeto. 
 
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As características básicas que compõem e estabelecem o programa 
são: 
a) A formulação clara das funções efetivamente direcionadas aos setores 
ligados ao programa, deliberando as devidas responsabilidades em sua 
execução; 
b) A formulação de objetivos gerais e específicos e a explicitação de sua coesão 
com as políticas, diretrizes e objetivos do plano e de sua relação com os demais 
programas do mesmo nível; 
c) A definição da estratégia e a dinâmica de trabalho que serão adotados para a 
realização do programa; 
d) As atividades e os projetos que comporão o programa, incluindo a 
apresentação sumária de objetivos e de ações; 
e) Definição dos recursos humanos, físicos e materiais a serem mobilizados 
para sua realização; 
f) A apresentação das ferramentas administrativas necessárias para sua 
implantação e manutenção do programa. 
 
 
São considerados elementos básicos do programa: 
a) Síntese das informações sobre a situação com a programação; 
b) Formulação das funções destinadas aos setores; 
c) Formulação dos objetivos gerais e específicos; 
d) Estratégia e dinâmica de trabalho; 
e) Recursos humanos, físicos e materiais; 
f) Medidas administrativas para a implantação 
 
• Projeto: 
É considerada a menor unidade do processo de planejamento, na qual 
existe o detalhamento das estratégias a serem executadas. É considerada 
também como principal e importante etapa do processo de planejamento, pois 
sistematiza de forma racionalizada as decisões. 
 
O projeto é o documento que organiza o desenho prévio da operacionalização 
de uma unidade de ação. É o instrumental mais próximo da execução, em 
que se deve conter o detalhamento das atividades a ser desenvolvido, o 
estabelecimento de prazos, a definição dos recursos materiais, financeiros e 
humanos. 
 
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Para elaboração de um projeto, inicialmente é necessário realizar um 
diagnóstico da realidade social, no qual se identifique o contexto sócio histórico, 
as relações sociais e organizacionais, e em seguida planejar uma intervenção. 
 
Os projetos podem variar de acordo com seus objetivos, como, por exemplo: 
projeto cultural, projeto social, projeto de pesquisa, projeto de trabalho ou 
intervenção. 
 
Segundo Baptista (2007), para a elaboração de projeto é necessário elaborar 
um roteiro predeterminado, onde constem as exigências próprias do órgão de 
execução ou de financiamento do projeto. 
 
Qualidades essenciais à elaboração do Projeto: 
a) O projeto deverá ser simples e possuir uma redação clara, para que a 
compreensão da proposta seja perceptível para todos. 
b) Deverá possuir objetividade e precisão nas informações. A metodologia 
deverá descrever o caminho escolhido, a forma que o projeto vai desenvolver. 
c) Deverá detalhar toda a ação prevista para o alcance dos objetivos, ou seja, 
deverá apresentar as atividades que serão realizadas e servir de guia para a 
execução, detalhando assim cada etapa da operação. 
d) Deverá ser coerente e compatível com as partes do projeto, bem como, com 
os outros níveis do programa. 
e) O cronograma deverá ter exatidão e apresentar o início e o fim de cada 
atividade. 
f) Como etapa fundamental, o projeto deverá ser mensurado, isto é, deverá 
estabelecer indicadores de avaliação que constatarão a eficácia e eficiência da 
proposta. 
 
Qualidade do Projeto - simplicidade, clareza, objetividade, precisão, 
detalhamento, previsão, coerência, compatibilidade, exatidão, início, 
meio e fim, indicadores de avaliação (eficácia e eficiência). 
 
Desta forma, no campo do serviço social, o planejamento é ferramenta 
essencial para estruturação de trabalho ou de intervenção junto a usuários. 
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É considerado como uma das atribuições do assistente social elaborar planos, 
programas e projetos mediante as demandas que surjam durante o exercício 
profissional. 
 
Assim, o assistente social, no momento de elaborar, executar e avaliar qualquer 
plano, programa e projeto, deverá estruturar sua ação a partir de um processo 
contínuo de relação dialética e de realimentação teórico-prática. 
 
DICA DE LEITURA: 
 
BAPTISTA, Myriam Veras. Planejamento social: Intencionalidade e 
instrumentação. São Paulo: Veras, 2007. Nesta obra o aluno vai encontrar o 
referencial teórico que norteia a abordagem do planejamento, bem como a 
descrição e análise dos procedimentos do planejamento. 
 
TEIXEIRA, Joaquina B. Formulação, administração e execução de políticas 
públicas. In: Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais. 
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. Nesta obra o estudante vai encontrar uma rica 
análise sobre o planejamento no processo de elaboração, execução e avaliação 
das políticas públicas no Brasil. 
 
PARA REFLETIR: Estudamos que o processo de planejamento é constituído 
por pilares hierárquicos. Pesquise na internet modelos de plano, programa e 
projeto e observe a diferença de cada um. 
 
 
3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 
Como estudamos no item sobre os aspectos introdutórios, o planejamento 
estratégico é um procedimento de responsabilidade dos níveis mais altos da 
organização no que se refere à adoção e formulação de objetivos, na escolha de 
ações necessárias para atingir os objetivos específicos e a consolidação das 
metas. Ou seja, o planejamento estratégico dar-se-á quando se decide os 
meios através dos quais a empresa atingirá os objetivos. É a relação dos 
objetivos de longo prazo com as estratégias e ações para alcançar tais 
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objetivos, os quais refletem na empresa como todo é um dos tipos de 
planejamentos. 
 
Planejamento: planejar, programar, projetar, esboçar de forma intencional as 
ações que desejamos concretizar no futuro. 
 
É a capacidade que só o ser humano tem de projetar e planejar as atividades 
que vai realizar. Já aprendemos o que é o planejamento, agora precisamos 
entender o que é planejamento estratégico, portanto, é necessário 
compreendermos o que significa Estratégia. 
Segundo Teixeira (2009), a palavra Estratégia pode ser definida: origem grega 
que significa estratégia, o define como a arte militar de planejar e executar 
movimentos e operações de tropas, navios e/ou aviões, visando alcançar ou 
manter posições relativas epotenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas 
sobre determinados objetivos, ou seja, está vinculada à arte da guerra. 
 
Podemos acrescentar a essa definição que Estratégia é a arte de aplicar os 
meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos. A palavra 
estratégica significa dar sentido, valor a uma ação, ao que se planeja. 
 
Neste sentido, rompe com a visão de que o planejamento é apenas um 
instrumento técnico neutro utilizado pelos órgãos públicos e pelas empresas 
apenas para alcançar um determinado objetivo, mas que a elaboração e 
execução de um planejamento envolvem e refletem diversos interesses dos 
sujeitos envolvidos. 
 
O planejamento Estratégico é síntese de um processo que reflete não somente 
os diferentes interesses dos participantes, que muitas vezes são divergentes, 
mas o processo de disputa na condução do direcionamento, dos princípios que o 
planejamento deve conter que se materializam em um documento escrito que 
contém princípios, objetivos, metas, mas principalmente concepção política e a 
finalidade deste planejar, ou seja, o que se pretende alcançar. 
 
Segundo Fritsch (1996), na atualidade o planejamento estratégico se 
traduz como o conjunto de regras de tomada de decisão para a 
orientação do comportamento de uma organização, visando atingir os 
objetivos com eficiência, eficácia e efetividade. 
 
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É uma técnica administrativa que por meio da análise do ambiente da 
organização permite identificar seus pontos fracos e fortes e criar uma 
estratégia/direção para que a organização possa aperfeiçoar seus recursos e 
potencialidades para atingir sua missão. 
 
Alguns autores afirmam que o planejamento estratégico é um instrumento 
utilizado por uma Administração Estratégica que passou a ser utilizado no final 
dos anos de 1960. A Administração Estratégica é um tipo de gerenciamento de 
uma instituição/organização que visa definir estratégicas políticas para a 
operacionalização do planejamento sendo que o objetivo deste é provocar 
mudanças. 
 
Um dos componentes essenciais para operacionalização do planejamento 
estratégico é a participação, já que o propósito deste é provocar mudança no 
ambiente organizacional. Portanto, para atingir esse objetivo é necessário que 
todos que fazem parte da organização participem e sintam-se sujeitos do 
processo de mudança. 
 
O planejamento é formalizado num documento escrito, o plano, que apresenta 
os objetivos da Administração Estratégica que é realizado por técnicos com a 
participação e comprometimento daqueles que compõem o ambiente 
organizacional. 
 
Portanto, o plano significa um documento que reflete um processo, expressa 
um objetivo, o desejo de mudança, mas este não é suficiente para garanti-lo, 
só se torna possível com a participação e o envolvimento de todos que 
compõem o ambiente em que o plano será operacionalizado, seja uma 
empresa, um órgão público, Organização não governamental, um movimento 
social, um partido político, etc. 
 
Segundo Fritsch (1996), podemos apontar algumas características do 
planejamento estratégico que são assinaladas como as principais: 
a) É um método que orienta e preside as principais decisões de uma 
organização; 
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b) É um meio de estabelecer o propósito da organização em termos de missão, 
objetivos, programas de ação e prioridades de alocação de recursos; 
c) É um instrumento para definição dos domínios de atuação da organização; 
d) É uma resposta para otimização de oportunidades e forças; minimizar e 
eliminar ameaças e fraquezas, com a finalidade de alcançar um desempenho 
competitivo; 
e) É um critério para diferenciar as tarefas gerenciais dos vários níveis 
hierárquicos da organização. (FRITSCH, 1996, p. 134). 
 
Planejamento estratégico- método que orienta e preside as decisões; 
propósito da organização (missão, objetivos, programas de ação, 
prioridades de recursos); domínios da atuação; aperfeiçoar 
oportunidades e forças; minimizar e eliminar ameaças e fraquezas; 
alcançar desempenho competitivo; visa à participação de todos os 
sujeitos envolvidos na tomada de decisão. 
 
Podemos afirmar que o planejamento estratégico introduz um novo tipo de 
pensar e conceber o planejamento por trazer transformações significativas na 
arte de planejar, a exemplo da desburocratização, desconcentração, e a 
descentralização de poder. Essa partilha de poder na elaboração do 
planejamento só é possível porque o planejamento estratégico visa à 
participação de todos os sujeitos envolvidos na tomada de decisão. 
 
O planejamento estratégico constitui-se como uma ferramenta utilizada na 
contemporaneidade pelas empresas capitalistas, visto que estas se orientam 
por um modelo de produção e gerenciamento flexível, significa a adoção de 
uma gestão gerencial horizontal, ou seja, as decisões são construídas com a 
participação dos trabalhadores, consumidores, parceiros, enfim, todos que 
estão relacionados com a empresa, outra característica deste tipo de gestão é a 
utilização do trabalhador polivalente, sendo que este deve entender e 
desenvolver várias funções. 
 
 
 
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4. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E GESTÃO PÚBLICA 
 
A introdução do planejamento estratégico na gestão pública significa um 
avanço no sentido da desburocratização dos serviços, rompimento da visão de 
que as ações/serviços ofertados pelo Estado são neutras, além de contar com a 
participação dos usuários na tomada de decisão. 
 
O planejamento estratégico só é possível numa gestão pública que se 
orienta pelo princípio democrático, no nosso país isso é possível porque a 
Constituição Federal institui as diretrizes da construção de um Estado 
democrático e de direito. 
 
O Estado, portanto, caracteriza-se como uma arena de conflito de interesses 
das classes sociais, e a elaboração e operacionalização do planejamento 
estratégico vai refletir essa disputa de interesses. As classes sociais vão 
disputar qual tipo de estratégia o Estado deve adotar a defesa da 
democratização e da universalização dos direitos sociais, como defende a classe 
trabalhadora, ou a minimização dos direitos sociais como defende a classe 
burguesa. 
 
O planejamento estratégico é materializado no Estado Brasileiro a partir da 
institucionalização da participação e controle social da população sobre o 
Estado, criando mecanismos de participação que busca ultrapassar a mera 
democracia representativa, combinando mecanismos da democracia 
representativa com a democracia participativa direta, a exemplo dos Fóruns 
(Criança/adolescente, da Assistência social), conferências, dos diversos 
conselhos gestores e direitos, Grupos de trabalhos, etc. 
 
São nestes espaços de participação direta e indireta, espaços colegiados 
(participação do poder governamental e da sociedade civil) que são construídos 
os objetivos, as diretrizes, metas, definidos recursos para elaboração/execução 
das políticas públicas que são materializadas na oferta dos serviços públicos, 
como educação, saúde, lazer,cultura, habitação, etc. 
 
Como definimos anteriormente as palavras planejamento e estratégia, podemos 
perceber que a definição de estratégia é muito apropriada quando nos referimos 
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à utilização do planejamento estratégico na gestão do Estado, visto que este 
materializa todo processo de mobilização, disputa, negociação entre classes 
sociais dos seus interesses, muitas vezes divergentes, que são intermediados 
pelo Estado. 
 
Neste podemos identificar algumas características da operacionalização 
do planejamento estratégico na gestão pública: 
a) Identificação do terreno ou cenário em que se desenvolverá a ação e 
tendências; 
b) Identificação de aliados, oponentes, interessados, neutros e, em alguns 
casos, até inimigos, mapeando a natureza e consistências de seus vínculos; 
c) Identificação do perfil das forças em confronto, seus recursos, suas técnicas, 
suas alianças (em magnitude e qualidade), sua capacidade operacional; d) 
Identificação do tempo disponível (luta). (TEIXEIRA, 2009, p. 560). 
 
5. PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO 
 
O planejamento participativo é um dos tipos de planejamento e está 
diretamente ligado ao planejamento estratégico. 
 
Este tipo de planejamento é o mais recomendado ao Assistente Social, já que o 
Serviço Social defende a descentralização e desconcentração de poder e a 
participação e o controle social das classes trabalhadoras na elaboração, 
execução e avaliação das políticas sociais. 
 
É necessário para compreendermos o que é o planejamento participativo definir 
o que é participação e os tipos de participação utilizados pelo Estado Brasileiro. 
 
Bordenave (1994) compreende participação como uma necessidade humana 
básica, assim como os homens necessitam comer, dormir e trabalhar. 
 
Especificando a origem da palavra participação... 
 
Participar é fazer parte de algum grupo ou associação, ou tomar parte 
numa determinada atividade, ou ainda, ter parte num negócio. Mas, 
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ressalta que há diferença entre essas expressões, pois cada uma 
determina uma forma diferente de participar. Existem duas formas de 
participação do homem na sociedade, a micro participação e a macro 
participação Micro participação, quando o homem participa de grupos 
primários como família, grupo de amizade ou de vizinhança; 
 
Macro participação, quando o homem participa de grupos secundários, como 
as associações profissionais, sindicatos, empresas e ainda de grupos terciários, 
como os partidos políticos e movimentos de classe (BORDENAVE, 1994, p. 23). 
Segundo o autor, a micro participação é uma associação voluntária e visa 
benefícios pessoais e imediatos. Já a macro participação consiste na 
intervenção das pessoas nos processos dinâmicos que constituem ou modificam 
a sociedade. 
 
No Brasil, a participação e o controle social das classes trabalhadoras no 
processo de construção, implantação e avaliação das políticas públicas só foram 
institucionalizados no país, com a aprovação da Constituição de 1988, e pode 
ser caracterizada como uma das grandes conquistas dessas classes no processo 
de intervenção e controle sobre o Estado. As formas de participação das classes 
trabalhadoras na esfera estatal foram estabelecidas pelo próprio Estado, por 
meio do desenvolvimento de políticas públicas de integração, como nos mostra 
Ammann (2003). 
 
A autora, ao fazer uma análise sobre a política de desenvolvimento de 
comunidade, afirma que este foi um tipo de planejamento participativo 
elaborado pelo Estado para obter adesão das classes subalternas aos seus 
projetos. O desenvolvimento de Comunidade surge no país nos anos de 
1940, sob a orientação da política internacional do pós-guerra e sob a égide da 
estratégia oficial de integração do local e do regional na política nacional de 
desenvolvimento, modernização e industrialização, e se afirma como 
instrumento capaz de favorecer o consentimento espontâneo das classes 
trabalhadoras subalternas às estratégias definidas pelo Estado. (AMMANN, 
2003, p. 193). 
 
A política de desenvolvimento de comunidade proclama a participação 
popular como elemento necessário ao processo de desenvolvimento nacional. 
Essa forma de participação estabelecida pelo Estado brasileiro permite-nos 
apreender a estratégia utilizada pelas classes dominantes que conduziam o 
Estado; estas visavam conseguir a legitimação das classes trabalhadoras por 
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meio do discurso e de práticas de integração e desenvolvimento nacional, que 
servia para desmobilizar e controlar as classes subalternas. 
 
As principais correntes de pensamentos sobre participação que o 
Estado referenciava-se para estabelecer o processo de participação e 
controle social no país foram: 
a) A participação é concebida com base na micro visão social localista, 
desconectada dos processos decisivos e decisórios da sociedade global; 
b) Uma segunda postura é a de caráter reformista, aloca a participação nas 
instâncias macrossocietárias, de modo a provocar reformas em bases nacionais 
– porém ainda omite e disfarça as relações de dominação que regem as classes, 
fundamenta-se numa visão unitária e harmônica do todo societário; 
 
c) Participação como instrumento de integração, esta é outra corrente 
que condiciona o desenvolvimento nacional à articulação de todas as 
instâncias do planejamento e de todas as organizações e grupos sociais 
que, partilhando de valores e objetivos genéricos comuns, assumem 
funções próprias e obrigações recíprocas dentro do seu papel e nível. 
(AMMANN, 2003, pp. 194-195). 
 
Esta última concepção de participação foi a que fundamentou a utilização do 
planejamento participativo no Brasil. O planejamento participativo do Estado foi 
executado por técnicos/funcionários do próprio Estado que realizava reuniões 
nas comunidades, estes técnicos já levavam para a comunidade o diagnóstico e 
as prováveis soluções dos problemas prontos, ou seja, a participação da 
comunidade era bem limitada. 
 
Este tipo de participação originava a impressão na população de que tinha o 
poder de participar e interferir nos rumos da nação, no entanto sua participação 
era manipulada pelo Estado para legitimar o projeto do grupo que o dirigia. 
 
Vale ressaltar que existiriam outras tendências que se contrapõem ao conceito 
de participação estabelecido pelo Estado. Estas tendências, baseadas na visão 
heterodoxa, colocaram a participação como um processo que se opera no 
contexto histórico da realidade social e global. 
 
Entre os seguidores desta corrente, destacam-se: 
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a) “Prática social concreta, que detecta através dos atos cotidianos dos 
indivíduos e dos grupos sociais.” (LIMA apud AMMANN, 2003, p. 195). 
b) “Processo mediante o qual as diversascamadas sociais tomam parte na 
produção, na gestão e no usufruto dos bens e serviços de uma determinada 
sociedade”. (AMMANN, 2003, p. 195). 
 
Podemos complementar essas concepções com a visão de participação 
democrático-radical utilizada por Gohn (2007), em que se constituem 
sujeitos sociais os quais lutam por cidadania, por melhoria da sua condição de 
vida, para ter acesso às políticas públicas. É este tipo de participação que as 
classes trabalhadoras tentam implementar através das instâncias de controle 
democrático do Estado, como conselhos, conferências, fóruns, etc. 
 
 
Podemos citar como exemplo de planejamento participativo, as 
conferências e os Conselhos gestores e de direitos, utilizado pelo 
Estado na atualidade no processo de construção, implementação e 
avaliação das políticas/programas sociais e que o assistente social 
participa diretamente tanto na condição de profissional como de 
cidadão. 
 
A conferência é um espaço de participação direta, em que todos os cidadãos 
podem participar. Neste espaço são produzidos os objetivos, diretrizes e metas 
da política pública que se materializam no plano de ação, a exemplo do Plano 
Nacional de Juventude. O Plano Nacional de Juventude é um planejamento da 
Política Nacional de Juventude que contou com a participação de várias 
organizações juvenis, e diversos segmentos da população, no qual existem 
metas que devem ser alcançadas no prazo de dez anos. As diretrizes e metas 
do Plano materializam-se na elaboração de programas e projetos sociais, a 
exemplo do PROJOVEM (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), as 
proposições destes, assim como o acompanhamento e avaliação é realizada 
pelo Conselho Nacional de Juventude. 
 
O Conselho é uma forma de participação representativa, o que significa dizer 
que são as entidades que representam a classe trabalhadora que participa do 
conselho, este é um órgão colegiado e paritário, ou seja, é composto tanto por 
representante do Governo como da sociedade civil. A sua função é propor, 
deliberar, fiscalizar e avaliar as políticas, programas e projetos sociais, a 
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exemplo da proposição e aprovação do plano anual da política municipal de 
juventude, aprovação da implantação dos coletivos do PROJOVEM. 
 
Portanto, podemos caracterizar a conferência e o conselho como espaço de 
planejamento participativo das políticas, programas e projetos sociais. 
Além, desses tipos de planejamentos da política pública existem outros que 
participamos enquanto profissionais como o planejamento participativo das 
instituições que fazem parte do chamado “Terceiro Setor” que pode propor no 
seu planejamento a participação dos funcionários, colaboradores e os usuários 
que são atendidos pela instituição. 
 
Outro exemplo são as empresas (estatais e privadas) que têm utilizado o 
planejamento participativo como uma ferramenta para aumentar a 
produtividade do trabalhador, criando programa em que o trabalhador pode 
participar apontando os problemas e propondo sugestões de resoluções destes, 
o trabalhador se sente importante ao ver suas sugestões incorporadas nas 
decisões da diretoria, Além disso, estabelece métodos em que os consumidores 
possam participar da produção dos serviços, a exemplo do disque sugestões, 
pesquisa de avaliação, etc. A técnica do planejamento participativo está 
presente no nosso cotidiano como profissional, estudante, cidadão. O que 
precisamos é refletir sobre a natureza desta participação, se é uma participação 
orgânica e qualificada. 
 
Participação orgânica é quando essa participação é assegurada pelos 
dispositivos legais, a exemplo da Constituição Federal de 1988 que prevê a 
participação e o controle social da população sobre o Estado, e a elaboração 
de leis complementares como a Lei Orgânica da Assistência Social que prevê a 
instituição do conselho e da conferência como mecanismos disponíveis ao 
usuário para intervir nos rumos da Política Nacional de Assistência Social. 
 
Participação qualificada é quando o cidadão tiver acesso às informações, 
códigos, legislações para que possa de fato ter uma intervenção qualificada 
propositiva que proporcione mudanças. 
 
Outra questão que devemos discutir é a qualidade da participação 
representativa, a exemplo dos conselhos e dos representantes políticos 
(prefeitos, vereadores, deputados, senadores, Governador Estadual e Federal) 
se nestes espaços os interesses do conjunto da classe trabalhadora estão 
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representados. Para garantir uma relação direta entre representantes e 
representados nestes espaços é necessária a construção de canais de 
participação direta com a base, a exemplo da criação de fóruns, plenárias, 
seminários e reuniões, etc. 
 
O Serviço Social enquanto profissão participa diretamente destes instrumentos 
de participação estabelecidos pelo Estado, que caracterizamos como momentos 
do planejamento participativo, a exemplo dos conselhos, das conferências, 
fóruns, etc. assessorando os órgãos públicos no processo de 
construção/organização destes espaços contribuindo para a democratização da 
relação Estado e sociedade civil visando contribuir para o fortalecimento do 
controle das classes trabalhadoras sobre o Estado. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do desenvolvimento de comunidade no 
Brasil. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2003 Nesta obra o estudante vai encontrar 
uma análise sobre a política pública, desenvolvimento de comunidade elaborada 
e executada pelo Estado como um instrumento de participação das classes 
trabalhadoras no desenvolvimento econômico nacional. 
 
BORDENAVE, Juan Diaz. O que é participação social. São Paulo: Cortez, 1994. 
Nesta obra o estudante vai encontrar a definição do que é participação, os tipos 
e formas de participação. 
 
DICA DE LEITURA 
Para aprofundamento: 
 
BORDENAVE, Juan Diaz. O que é participação Social. São Paulo, Cortez, 1994. 
 
GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores: Participação sociopolítica. São 
Paulo, Cortez, 2007. 
 
E, CAVALCANTE, Itanamara Guedes. Juventude em Pauta: o processo de 
construção da política pública de juventude em Sergipe. Dissertação de 
mestrado. UFPE. 2010. 
 
PARA REFLETIR: 
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Realize uma pesquisa sobre as principais estratégias utilizadas pelo Estado, as 
organizações do terceiro setor e as empresas para introduzir o planejamento 
participativo. 
 
6. SERVIÇO SOCIAL E A INTERVENÇÃO NA ÁREA SOCIAL 
 
O serviço social é uma profissão com características de intervenção da 
realidade social. Para isso, há necessidade de uma habilitação crítico 
analítica, que proporcione a estruturação de seus objetivos de ação. 
Devem-se considerar as competências teórico-metodológicas, técnico-
administrativas e ético-políticas as quais possibilitam ao assistente 
social formas de pensar e agir suas funções profissionais. 
 
O planejamento, portanto, deve ser considerado como uma ferramenta 
fundamental à prática do assistente social, por possibilitar a identificação, ao 
longo do tempo, dasações necessárias para o enfrentamento de desafios das 
problemáticas sociais. 
 
Assim, o planejamento é uma ferramenta de investigação no serviço social 
com a finalidade de promover mudanças concretas da realidade. 
 
Para o assistente social, o processo de planejamento passa a ser um 
procedimento essencial para a compreensão das diversas realidades e 
expressões da questão social, pois este deverá imprimir em sua intervenção 
profissional um caminho, uma direção. Para isso, é imprescindível conhecer e 
problematizar o objeto de sua atuação. 
 
A ação planejada define um caminho, horizonte direcionado pelo 
desbravamento de ações permeadas de intenções, porém, plenas de sentido. 
(FRAGA, 2010). 
 
Como ainda bem define Fraga (2010), enquanto a atitude investigativa é um 
movimento constante de busca, questionamentos, debruçamentos, 
planejamento para atuar na profissão, a ação profissional é consequência e, ao 
mesmo tempo, subsídio para essa investigação. 
 
 
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7. O SERVIÇO SOCIAL E O PLANEJAMENTO 
 
O Serviço Social é uma das profissões que utiliza a técnica de planejar, pois 
está previsto no Código de Ética de 1993 e na Lei que regulamenta a 
profissão do Serviço Social o manuseio desta técnica nas realizações das 
suas atividades profissionais. 
 
O planejamento estratégico pode ser um instrumento utilizado pelo Serviço 
Social para implementar o seu projeto ético – político, ou seja, o 
planejamento é uma técnica e sua utilização depende do referencial teórico da 
finalidade/direção que se pretende dar a esse instrumento, ou seja, qual 
objetivo pretende-se atingir com sua utilização. 
 
As competências do Serviço Social: política, ética, investigação e 
intervenção. 
 
Autores contemporâneos da profissão chamaram de “maturidade acadêmica e 
profissional do Serviço Social” (Netto, 1996), que procurou definir novos 
requisitos para o status da competência profissional. Iamamoto (2004), após 
realizar uma análise dos desafios colocados para o Serviço Social nos dias 
atuais, apontou 03 dimensões que devem ser do domínio do Assistente 
Social: 
 
• Competência ético-política – o Assistente Social não é um profissional 
“neutro”. Sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças 
sociais da sociedade capitalista – relações essas que são contraditórias. Assim, 
é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político frente às 
questões que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual 
é a direção social da sua prática. Isso implica em assumir valores ético-morais 
que sustentam a sua prática – valores esses que estão expressos no Código de 
Ética Profissional dos Assistentes Sociais (Resolução CFAS nº 273/93)5 , e que 
assumem claramente uma postura profissional de articular sua intervenção aos 
interesses dos setores majoritários da sociedade; 
 
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• Competência teórico-metodológica – o profissional deve ser qualificado 
para conhecer a realidade social, política, econômica e cultural com a qual 
trabalha. Para isso, faz-se necessário um intenso rigor teórico e metodológico, 
que lhe permita enxergar a dinâmica da sociedade para além dos fenômenos 
aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as 
possibilidades de construção de novas possibilidades profissionais; 
 
• Competência técnico-operativa – o profissional deve conhecer, se 
apropriar e criar um conjunto de habilidades técnicas que permitam ao mesmo 
desenvolver as ações profissionais junto à população usuária e às instituições 
contratantes (Estado, empresas, Organizações Não-governamentais, fundações, 
autarquias etc.), garantindo assim uma inserção qualificada no mercado de 
trabalho, que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores, 
quanto pelos objetivos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da 
realidade social. 
 
Essas três dimensões de competências nunca podem ser desenvolvidas 
separadamente – caso contrário, cairemos nas armadilhas da fragmentação e 
da despolitização, tão presentes no passado histórico do Serviço Social 
(Carvalho & Iamamoto, 2005). 
 
Articular essas três dimensões coloca-se como desafio para os profissionais de 
Serviço Social. A necessidade da articulação entre teoria e prática, investigação 
e intervenção, pesquisa e ação, ciência e técnica não devem ser encaradas 
como dimensões separadas. 
 
8. ELABORANDO PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS. 
 
A elaboração de planos, programas e projetos é uma das competências que o 
Assistente Social está habilitado a realizar, assim como prevê a Lei de 
Regulamentação da Profissão n° 8.862, de 7 de junho de 1993. De acordo com 
os art. 4º e art. 5° 
 
Art. 4° Constituem competências do Assistente Social: 
 
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 Proposta de intervenção na área social: planejamento, planos, 
programas, projetos e atividades de trabalho. 
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II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e 
projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com 
participação da sociedade civil; 
 
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: 
 
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, 
pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social. 
 
 
 
Os dois artigos são bem diferentes, observe que no Art. 5º as 
atribuições privativas do Assistente Social se colocam na área de 
Serviço Social. 
 
Portanto, a elaboração de planos, programas e projetos são instrumentos de 
trabalho do Assistente Social que são utilizados nos mais diversos espaços 
sócio ocupacionais, como nas várias políticas sociais, empresas públicas e 
privadas, nas Organizações não Governamentais, nos movimentos sociais etc. 
 
Antes de descrever os elementos que compõem um plano, programa e 
projeto, vamos recordar brevemente alguns conceitos, já expostos no 
item anterior. 
 
a) Plano: é um documento de registro das decisões, dos objetivos e diretrizes 
que devem ser atingidos em longo, médio e curto prazo, um documento de 
orientação. 
b) Programa: é a materialização dos objetivos do plano, através das 
proposições de ações que têm um tempo definido para ser realizadas. 
c) Projetos: Pode ser denominada como a menor unidade do planejamento, e 
dentro de um programa pode estar contidos vários projetos, pois este deve 
ser executado em curto prazo e visa dar resposta a um determinado 
problema. 
 
Vale ressaltar que plano, programa e projeto são partes integrantes do 
planejamento realizado por alguma instituição, órgão ou setor público e 
privado. 
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Para facilitar a compreensão de como se realiza o processo de 
elaboração de plano, programa e projeto e de sua inter-relação como 
exposto acima, podemos utilizar para exemplificar todo esse processo a 
Política Nacional para Mulheres desenvolvida pelo Presidente Lula 
duranteas suas gestões (2003-2006 e 2007-2010). 
 
O Plano Nacional de Políticas Públicas para Mulheres foi elaborado e aprovado 
na I conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres e revalidado na II 
Conferência, nele contém os objetivos, diretrizes e metas da Política. 
 
Os objetivos do Plano foram estruturados em quatro eixos de atuação: 
1. Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania, 
2. Educação inclusiva e não sexista, 
3. Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos, 
4. Enfrentamento à violência contra as mulheres. 
 
Vamos utilizar o primeiro eixo dos objetivos para exemplificar como se realiza a 
elaboração de um programa. A fim de atingir tal objetivo o Governo ampliou a 
atuação do PRONAF, criando mais uma linha de crédito para as mulheres, o 
Programa PRONAF-MULHER, com o intuito de promover a igualdade de gênero 
do mercado de trabalho e promove a autonomia econômica e política das 
mulheres. 
 
No entanto, para as mulheres acessarem o programa é necessária a elaboração 
de um projeto por parte das mulheres. Estas mulheres podem ou não fazerem 
parte de uma organização como MST, STTR30, associações e cooperativas de 
produtores. 
 
No projeto precisa conter a justificativa, ou seja, apresentação do problema, 
das ações que serão realizadas com o dinheiro do crédito. 
 
Esse é o procedimento adotado pelo Estado para poder efetivar um direito 
social, através da realização da política pública. 
 
Agora que já compreendemos o que é um plano, programa e projeto e sua 
relação, vamos estudar quais são os elementos que compõem um projeto. MST 
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(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. STTR Sindicato dos trabalhadores e 
das trabalhadoras rurais. 
 
Precisamos sempre partir do pressuposto que na construção de um plano, 
programa e projeto é necessária à participação de todos que serão atingidos 
pela execução destes. 
 
O Primeiro passo é convocar uma reunião com todos aqueles interessados e 
com o que será público alvo do projeto. Nesta reunião será discutido o porquê 
da necessidade de elaborar o projeto, os objetivos e as ações. O projeto tem 
que representar o interesse do coletivo. 
 
Os elementos que devem conter num projeto: 
 
a) Identificação do projeto 
 Deve conter o Título do Projeto, o local e a data (início e o término do projeto). 
b) Identificação do proponente/executor 
Nome, endereço completo, forma jurídica da Instituição (no caso de uma 
associação o CNPJ). Além dessas informações deve ter também os dados do 
responsável pelo projeto, o coordenador, nome, endereço, CPF e RG. 
Se o projeto for realizado em parceria com outros órgãos colocar também, mas 
especificando quem é o responsável pelo projeto. 
c) Histórico de experiência da instituição proponente/executora. 
Alguns órgãos solicitarão o histórico da instituição, neste caso devem-se colocar 
as informações referentes a outros projetos já desenvolvidos pela instituição, 
descrevendo as atividades, público alvo, parceiros, resultados e o órgão que 
financiou. 
d) Caracterização do problema e justificativa 
 Neste Item deve conter a apresentação do problema, ou seja, o porquê da 
necessidade do projeto e sua importância para as pessoas que serão 
beneficiadas, os benefícios econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais 
que o projeto proporcionará. 
e) Objetivo geral 
O objetivo é a apresentação da situação e o que se deseja alcançar com o 
projeto. 
f) Objetivos específicos 
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Os objetivos específicos são os resultados esperados. Devem ser executados no 
desenvolvimento do projeto, através das metas e das atividades. 
g) Metas 
As metas estão diretamente relacionadas com os objetivos específicos, as 
metas pretendem especificar como se deve fazer para atingi-los. As metas são 
resultados parciais dos objetivos, por isso cada objetivo específico deve conter 
mais de uma meta. As metas são expressões de quantidade e qualidade e 
precisam estar bem definidas para poder definir com precisão os indicadores 
que serão utilizados para avaliar se os resultados foram alcançados. 
h) Atividades 
As atividades estão diretamente relacionadas com os objetivos 
específicos e com as metas, por isso, as ações precisam ser bem 
detalhadas, enumeradas em ordem cronológica. 
i) Público alvo. 
São as pessoas que serão beneficiadas com o projeto. 
j) Plano de trabalho/Metodologia 
Esse item é de suma importância para avaliação/aprovação do projeto pela 
agência financiadora. Na elaboração da metodologia deve conter de forma 
detalhada o objetivo (finalidade do projeto), quem são os parceiros e de que 
forma o projeto será executado. 
k) Cronograma 
O projeto tem início, meio e fim, tem um período para ser executado, portanto, 
o cronograma vai definir quando cada ação será desenvolvida. 
l) Resultados 
É um impacto que o projeto causou na vida das pessoas e na comunidade onde 
foi executado. É analisar se os objetivos específicos e gerais foram alcançados. 
É importante frisar a necessidade de publicitar os resultados nos mais diversos 
meios de comunicação. 
m) Monitoramento/avaliação 
É de suma importância para o desenvolvimento do projeto, pois a população 
beneficiada, assim como os parceiros e demais agentes envolvidos no projeto 
podem avaliar permanentemente a execução das atividades proporcionando 
com isso não apenas o controle social, mas o aperfeiçoamento do projeto 
durante a sua execução, propondo soluções para problemas que vão surgindo. 
n) Orçamento 
É um cronograma financeiro do projeto detalhando quando e quanto cada ação 
vai gastar. É importante detalhar ao máximo a planilha de gastos. o) Resumo É 
a apresentação sucinta do projeto, deve conter os objetivos a duração e o 
custo, e a justificativa do projeto. É a síntese do projeto. 
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o) Anexos 
É o espaço para colocar informações que não se enquadram nos item 
anteriores, assim como anexar documentos solicitados. 
 
DICA DE LEITURA: 
 
BAFFI, Maria Adélia Teixeira. O planejamento em educação: revisando conceitos 
para mudar concepções e práticas. In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia 
em Foco. Petrópolis, 2002. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br>. 
Acessado em: novembro de 2010. 
 
CAVALCANTE, Itanamara Guedes. OLIVEIRA, Ilma Cristina Silva. Administração 
e Planejamento em Serviço Social. Aracaju: UNIT, 2011. 
http://pt.slideshare.net/edgarmartins2014/adm-e-planejamento-em-servio-
social 
 
SOUSA, Charles Toniolo. A prática do assistente social: conhecimento, 
instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, Ponta Grossa, 8(1): 
119-132, 2008. Disponível em http: uepg.br/emancipação 
 
TENÓRIO, Fernando Guilherme. Elaboração de projetos comunitários: 
abordagem prática. São Paulo: Loyola, 2005. 
 
PARA REFLETIR Neste Item podemos aprender a importância do plano, 
programa e projeto como instrumento na atuação do Serviço Social, assim 
como identificar um plano, programa, projeto e como se elaborar um projeto. 
 
 
PlanejamentoSocial: intencionalidade e instrumentação 
Autora: Myrian Veras Baptista 
 
Planejamento é um instrumento que dá vida a prática, é ao mesmo tempo um 
processo e um instrumento. 
Como processo é a ação planejada, como instrumento se transforma num 
documento que norteia as ações. 
• Este processo tem uma característica fundamental: é técnico, administrativo e 
político. 
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• É um processo político porque se envolve a tomada de decisão e decide quem 
tem o poder decisório. 
 
Planejamento, como um processo integrado e cíclico, desenvolve-se 
distinguindo fases bem definidas, como: 
• Análise da situação que, a partir da escala de valores em presença, 
revelará as necessidades dos indivíduos e grupos. 
• A identificação de estratégias ou orientações de políticas e das linhas de 
ação necessárias para atingir os objetivos. 
• O confronto das linhas de ação com os meios disponíveis, os seus custos 
e vantagens e as opções ou escolhas necessárias. 
 
Planejamento estratégico procura ver este processo sob um novo 
paradigma, que é caracterizada por uma nova forma de pensar, nova 
racionalidade, uma nova forma de agir; tem como enfoque central as relações 
de poder (o aspecto político). 
 
Implica: 
• nova forma de pensar: do pensamento funcional passa para o pensamento 
dialético. 
• nova racionalidade: de normativa / estratégica e racional objetiva X 
substancial, passa para reiterativa / criadora. 
 
Novas formas de agir: 
1 - Nos propósitos: do crescimento, da mudança e da legitimação. 
2 - Nas respostas: de imediativa passa para reiterativa e para criadora. 
3 - Nas relações de poder: descentralização; desburocratização; flexibilidade; 
relação entre sujeitos e (deserarquização). 
 
O planejamento como processo que institucionaliza a tomada de decisão, 
envolve alguns passos (itens): 
1- Refletir: (reconstruir o objetivo) tendo como ponto de partida: a demanda 
institucional, as dimensões do objeto (singularidade), o espaço de alcance da 
ação profissional / a sede / a sociedade. 
2- Conhecer: descrever / interpretar / explicar / compreender o objeto (o 
estudo da situação e as circunstâncias). 
3- Decidir: estabelecer prioridades / objetivos / metas. 
4- Projetar: sistematizar e redigir o plano / programa / projeto. 
5- Executar: implementar / organizar / agir. 
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6- Controlar: relatório de resultados. 
7- Analisar: relatório de avaliação 
 
Na fase do conhecimento (conhecer) são necessários os conhecimentos 
teóricos, pois os conceitos definem como se vai trabalhar e dão sustentação 
para as explicações que a teoria oferece para as diferentes situações da prática. 
 
Operacionalização de conceitos procura estabelecer uma relação entre os 
componentes da situação não diretamente observáveis com elementos passíveis 
de observação direta. Consiste na identificação de um conjunto de elementos 
que representam esses componentes e de indicadores que permitam sua 
observação empírica, a coleta e o registro de dados, buscando sua utilização no 
planejamento. 
 
Operacionalizar conceitos significa compatibilizá-los a um marco de 
referência, tendo em vista sua posterior utilização prática, propiciando; 
• Um marco de referência para a ação; 
• A coleta e o registro de dados empíricos; 
• Maior precisão à descrição e às interpretações de dados; 
• Maior facilidade de comunicação entre especialistas, entre a equipe 
planejadora e a população e entre estas e a instituição, possibilitando a 
interpretação dos conceitos expressos sem ambiguidades. 
• A construção de um sistema de indicadores se faz pela decomposição dos 
elementos identificados como relevantes para o conceito em aspectos 
observáveis empiricamente, quantificáveis e escalonáveis quanto à sua força 
relativa no contexto da questão. 
 
A pesquisa empírica desses indicadores permite a mensuração de dados 
concretos de realidade, isto é, o alcance dos índices dos indicadores, que 
informa em que proporção aquele indicador incide na realidade observada. 
 
Para análise desses dados há que confrontá-los com parâmetros: padrões 
indicativos das possibilidades de variação de proporcionalidade intrínsecas a 
cada aspecto estudado e de seus significados. 
Esses parâmetros são obtidos através da acumulação e da universalização de 
informações sobre o comportamento dos indicadores em diferentes espaços 
geográficos e conjunturas históricas. 
 
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Parâmetro: é uma referência teórica para os indicadores, é um processo 
histórico. Você está aquém, além ou dentro dos parâmetros (nível aceitável); se 
você está no limite, está em situação de necessidade. Se você está abaixo do 
esperado está em situação de crise. 
 
Avaliação de eficiência: faz-se a partir dos dados de controle, ver se o 
problema estava no projeto ou na execução e detectar o porquê ocorreu 
mudanças e suas causas. 
Avaliação do funcionamento da máquina (pessoal, equipamento, etc.) e a 
capacidade da equipe de se adaptar a realidade. 
 
Avaliação de Eficácia (alcance do objetivo) se não foi eficaz – houve um 
defeito de projeto, necessariamente precisa de pesquisa para verificar, após um 
período de tempo, como se encontram as pessoas que participaram do projeto. 
 
Avaliação de Efetividade: colocar em choque a alternativa, ou seja, não 
opera mudança na problemática geral, ex.: a política pública atende 20.000 
crianças em creches, quando a demanda é de 2.000.000. 
 
EXEMPLOS: 
 
INTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL NO MODELO 
BRASILEIRO 
 
• PLANO PLURIANUAL, instrumento de ordenação das ações governamentais 
a serem implementadas a médio prazo (4 anos), elaborado no 1º ano do 
mandato atual e abrangendo até o 1º ano do mandato seguinte. 
• LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS, instrumento disciplinador da 
elaboração do Orçamento Público, de modo a adequá-lo às prioridades, 
necessidades e limitações da administração pública. 
• LEI DE MEIOS, ou LEI ORÇAMENTÁRIA, ou ORÇAMENTO ANUAL, que 
compreende a previsão e a autorização para a arrecadação das receitas e 
realização das despesas públicas. 
 
• PLANOS: 
Conjunto de ações e decisões de ordem política, social e econômica que têm 
por objetivo direcionar os esforços da administração pública para a satisfação 
do bem comum, contemplando determinadas áreas (funções) da ação 
governamental; 
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• é um conjunto de atividades devidamente descritas, especificadas, 
quantificadas em termos físico-financeiros e ordenados em PROGRAMAS. 
 
Um Plano é formado por esses “subconjuntos” de ações previstas para causar 
uma mudança de ações previstas para causar uma mudança externa (e 
definitiva) no quadro que pretende modificar. 
 
• PROGRAMAS: conjuntos de atividades específicas, orientadas para a solução

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