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Unidade 2 3

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Unidade 2: Análise estrutural de Florestas Nativas 
Unidade 2: Florística e Fitossociologia. 
Unidade 3: Análise estrutural aplicada ao manejo 
florestal 
2.1 Composição Florística 24/10; 
2.2 Estrutura Horizontal; 
2.3 Estrutura Vertical 24/10; 
2.4 Estrutura da Regeneração Natural 31/10; 
2.5 Estrutura interna; 
2.6 Análises qualitativas 31/10; 
2.7 Distribuição diamétrica. 
- Identificação das espécies amostradas no inventário; 
- Deve coletar material botânico, se possível com estruturas 
reprodutivas; 
- Organizar as espécies por família seguindo um sistema de 
classificação. 
2.1 Composição Florística 
2.1.1 Listagem de espécies/riqueza de espécies 
-Índices de similaridade de espécies; 
-Índices de diversidade; 
-Índices de agregação. 
2.1.2 Índices de similaridade 
Índice de Jaccard (SJ) e Sorensen (SO) 
Considera a variação entre o número de espécies comuns e o total 
das espécies encontradas nas duas comunidades que se está 
comparando: 
a = número de espécies exclusivas à comunidade A 
b= número de espécies exclusivas à comunidade B 
c = número de espécies comuns às 2 comunidades 
Quando todas a espécies são comuns a "A" e "B", temos S=1. 
Quando não existem espécies comuns a "A" e "B", temos S= 0. 
2.1.3 Índices de diversidade 
Riqueza Uniformidade 
Número de espécies em 
uma determinada área. 
Grau de abundância de 
um conjunto de espécies 
em uma determinada área. 
Índice de Shannon 
pi= proporção de cada espécie em relação ao total. 
Quando H'= 0 , todos os indivíduos pertencem à mesma 
espécie. 
Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade 
florística da população em estudo. Este índice pode 
expressar riqueza e uniformidade. 
Índice de Uniformidade de Pielou: 
Este índice expressa a relação entre a diversidade real (H’) 
e a riqueza máxima (S). 
Se tivermos J = 0 , pode-se dizer que todas as árvores 
pertencem a uma única espécie e se tivermos J =1, pode-se 
dizer que todas as espécie estão igualmente representadas. 
Índice de Simpson 
Probabilidade de 2 indivíduos sorteados de uma 
comunidade pertencerem à mesma espécie 
ni = número de indivíduos da espécie “i ” 
N = número total de indivíduos 
Estabiliza rápido porque não dá muito peso às espécies 
raras 
Varia de 0 a 1, quanto maior o valor do Índice maior a 
diversidade. 
Índice de Espécies Raras (IER) 
É considerada espécie rara quando esta apresenta 
menos de 1 indivíduo/ha. 
nr = número de espécies raras encontradas; 
N = número total de espécies. 
2.1.4 Índices de agregação 
O padrão dos indivíduos de uma espécie em uma 
comunidade, podem ser, segundo MATTEUCCI & COLMA 
(1982): 
-Aleatório; 
- Agrupado; 
- Regular/uniforme. 
Padrões de agregação das espécies 
Índice de Morisita 
N = Nº total de unidades amostrais 
ni = Nº de indivíduos na í-ésima amostra 
n = Nº total de indivíduos em todas as amostras 
n = Nº total de unidades amostrais = Σ f(x) 
x = Número de indivíduos por espécie e unidade amostral 
 x² = Σ f(x) * x² = somatório do quadrado do número de indivíduos por 
unidade amostral; 
N = Σf(x) * x = frequência total de indivíduos encontrados em todas as n 
parcelas. 
Pouco influenciado pelo tamanho das parcelas. 
- Se o índice de Morisita for igual a 1, a dispersão é 
aleatória; 
- Se a distribuição for perfeitamente uniforme, o valor do 
índice será zero; 
- Se a distribuição for totalmente agregada, todos os 
indivíduos ocorrem em uma única unidade amostral, e 
neste caso I = n. 
Interpretação: 
Índice de McGuines 
O valor deste índice é obtido pela relação entre densidade 
observada/densidade esperada. 
F% = (frequência absoluta) (Nº de amostras em que ocorre 
a espécie/Nº total de amostras) * 100 
O valor do IGA é: 
- Maior que 1 indica uma tendência ao agrupamento; 
-O valor é maior que 2,0 significa que a espécie apresenta 
um padrão de distribuição contagiosa ou agrupada; 
- O valor é igual a 1,0, significa que a espécie tem uma 
distribuição aleatória; 
- Valor é menor que 1,0, indica que a espécie tem uma 
distribuição tendendo a uniforme. 
Interpretação 
Significância da diferença em relação à Aleatoriedade 
O valor do χ² pode ser obtido segundo duas notações: 
χ² = (n-1) * S²/ẋ 
χ² = f(x). (f(x). x² / f(x).x) - f(x).x 
Quando o valor do índice de distribuição for próximo de 1, 
pode-se aplicar um teste de significância para determinar se 
o valor é estatisticamente diferente de 1 e em que tipo de 
dispersão a espécie se encontra. 
Teste de significância por Qui-quadrado 
O valor do qui-quadrado calculado é comparado com o valor 
da tabela de distribuição do qui-quadrado, ou estimado 
quando gl for maior que os apresentados na tabela. 
α 0,05 0,01 
c 1,64485 2,32635 
2.2 Estrutura Horizontal 
Abundância: número de indivíduos de cada espécies na 
composição florística do povoamento; 
Densidade: número de indivíduos de cada espécie por 
hectare; 
Dominância: expressa o grau de ocupação da área da 
floresta por cada espécie; 
Frequência: mede a distribuição de cada espécies, em 
termos percentuais, sobre a área; 
Valor de cobertura: soma das estimativas de densidade e 
dominância relativas; 
Valor de importância: somas dos valores relativos de 
densidade, frequência e dominância. 
As espécies podem ser classificadas com relação a 
densidade, em níveis de abundância: 
espécie muito rara - <1%; 
espécie rara – de 1% a <5%; 
espécie ocasional – de 5% a <25%; 
espécie abundante – de 25% a <75%; 
espécie muito abundante – 75% ou mais. 
Densidade 
Frequência 
Classificação das espécies quanto a frequência segundo Braun-
Blanquet (1979): 
VI – quase sempre presente (entre 80-100%); 
V - presente na maioria das vezes (60-80%); 
IV – presente frequentemente (40-60%); 
III – pouco frequente (20-40%); 
II - rara (2-20%); 
I - esporádica (> 2%). 
Dominância 
2.3 Estrutura Vertical 
Organização e distribuição espacial dos indivíduos no perfil 
vertical da floresta. 
Engloba posição sociológica da espécies e a regeneração 
natural. 
Posição Sociológica 
A posição sociológica de uma árvore é determinada pela 
expansão vertical em relação aos seus vizinhos. 
O conhecimento desta distribuição é importante pois uma 
espécie é estável e tem seu lugar assegurado na 
estrutura da floresta, quando encontra-se com densidade 
decrescente dos estratos inferiores para os superiores. 
Estrato arbóreo superior - atinge as árvores cujas copas 
formam o dossel mais alto da floresta( compõe-se das 
copas emergentes); 
Estrato arbóreo médio - corresponde as árvores cujas 
copas se encontram abaixo do dossel mais alto, mas na 
metade superior do espaço ocupado pela vegetação; 
Estrato arbóreo inferior - inclui as árvores cujas copas se 
encontram na metade inferior do espaço ocupado pela 
floresta (composto pelas árvores e arbustos do sub-
bosque). 
Estratos identificados na floresta 
- Estratos inferior (1), 
- Médio (2) e 
- Superior (3). 
Estratificação da IUFRO (International Union of Forest 
Research Organizations/ União Internacional de 
Organizações de Pesquisa Florestal) (Lamprecht, 1990): 
Utiliza a altura dominante para definir os estratos: 
-Inferior: h < 1/3. Hdom; 
-Médio: 1/3. Hdom ≤ h < 2/3. Hdom; 
- Superior h > 2/3. Hdom. 
A determinação dos estratos 
Estabelecendo-seo critério de que cada estrato deve 
abranger 1/3 das alturas encontradas, delimita-se através do 
gráfico os respectivos estratos. 
- Agrupar as alturas observadas em classes de frequência; 
- Determinar as frequências acumuladas; 
O limite entre o estrato 1 e 2 corresponde a 33,33% da 
frequência acumulada; 
A altura correspondente a 66,66% desta frequência 
acumulada, é o limite entre o estrato médio e o superior. 
A partir da frequência relativa das alturas (LONGHI, 1980): 
Exemplo de determinação dos estratos a partir da 
frequência relativa das alturas 
Valor Fitossociológico dos estratos (VF): 
É o valor simplificado da percentagem do número de 
árvores correspondente a cada estrato. 
Determinação dos limites entre os estratos 
Exemplo: 
Estrato 1: até 7,0m 
Estrato 2: de 7,1 a 12,0m 
Estrato 3: acima de 12,0m 
Estrato 1: 280 árvores = 280 / 500 = 0,56 VF1 
Estrato 2: 150 árvores = 150 / 500 = 0,30 VF2 
Estrato 3: 70 árvores = 70 / 500 = 0,14 VF3 
Total: 500 árvores 
Posição Sociológica Absoluta por Espécie (PSabs) 
VFn = valor fitossociológico de cada estrato para uma determinada 
espécie 
ni = número de indivíduos de cada estrato para uma determinada 
espécie 
Posição Sociológica Relativa 
Percentagem da Posição Sociológica da espécie, em 
relação a soma total da Posição Sociológica Absoluta. 
3.3.3 Avaliação da Regeneração Natural 
A regeneração natural de uma comunidade florestal pode 
considerada como regeneração todas as árvores com 
menos de 5 cm de DAP. 
Regeneração 1 – mudas de árvores e arbustos com até 1,5 
m de altura (Regeneração 1A - com até 0,75 m de altura e 
1B - até 1,5 m de altura); 
Regeneração 2 – mudas de árvores e arbustos com mais 
de 1,5 m de altura e menos de 5 cm de DAP. 
Em função da altura dos indivíduos pode-se classificá-los 
em: 
Categorias de tamanho 
Finol (1971) 
Categoria de Tamanho 1 – CT1: 0,10 m a 1,0 ht; 
Categoria de Tamanho 2 - CT2: 1,0 m a 3,0 m ht; 
Categoria de Tamanho 3 - CT3: ht ≥ 3,0 m a 10 cm de DAP. 
- Densidade; 
- Frequência; 
-Valor Fitossociológico da categoria de tamanho; 
- Categoria de tamanho absoluta; 
- Taxa de transferência ou ingresso de indivíduos das classes 
de menor para as classes de maior dimensão (q). 
Avaliação da regeneração natural: 
Densidade Absoluta (DArni) e relativa (DRrni) 
Frequência Absoluta (FArni) e relativa (FRrni) 
ni= número de indivíduos da i-ésima espécies na 
regeneração natural; A= área total amostrada; Pi = 
número de parcelas em que a i-ésima espécie ocorreu; 
Pt= número total de parcelas amostradas. 
VFj = valor fitossociológico da classe de tamanho “j”; 
nij = número de indivíduos da i-ésima espécies na j classe de 
tamanho da regeneração natural; m = número total de classes de 
tamanho. 
Categoria de tamanho absoluta (CTA) e relativa (CTR); 
Valor Fitossociológico da Regeneração Natural (VF): 
Regeneração com 600 (N) indivíduos. 
CT1: 300 ind. (Nj) - 0,50 (VF1) 
CT1: 200 ind. - 0,33 (VF2) 
CT1: 100 ind. - 0,17 (VF3) 
Valor da regeneração natural 
RNabs= Regeneração Natural Absoluta 
Densabs= Densidade Absoluta da Regeneração Natural 
Freqabs= Frequência Absoluta da Regeneração Natural 
CTabs= Valor da Categoria de Tamanho Absoluta da Regeneração 
Natural. 
q = taxa de transferência das classes de menor para as de maior 
dimensão; 
ns.c= quantidade de plantas na classe de maior altura; 
ns(c-1)= quantidade de plantas na classe de menor altura; 
C = número de classes de altura; 
Taxa de transferência ou ingresso de indivíduos das 
classes de menor para as classes de maior dimensão 
(q). 
Nas comunidades em fase inicial de colonização há intensa 
germinação de sementes de espécies pioneiras e alta 
mortalidade, espera-se um valor baixo de q. 
Por outro lado, nas comunidades clímax, há pouca 
germinação de sementes no solo da floresta e uma grande 
parte das sementes germinadas consegue formar mudas 
que crescem e atingem as classes de maior dimensão, 
resultando numa maior taxa de transferência. 
O valor de q pode ser indicativo do estágio 
sucessional da floresta 
Valor de Importância Ampliado 
Este valor associa a estrutura horizontal e vertical da 
floresta, indicando com maior precisão a participação de 
cada espécie na floresta. 
 A pesquisa demonstra que quanto maior for a aproximação 
da distribuição diamétrica de uma espécie ao padrão contínuo 
e decrescente (J-invertido) maior será o seu valor de IVIA. 
 Espécies com distribuição diamétrica contínua e 
decrescente são, tipicamente, tolerantes à sombra, sendo 
consideradas de maior estabilidade ecológica na floresta. 
 quanto maior for o valor de IVIA de uma espécie, mais 
estável ela será no ecossistema. 
Interpretação do IVIA 
2.5 Estrutura interna 
2.5.1 Qualidade do fuste: aliada a classe de uso comercial, é 
um indicador do valor econômico da floresta. 
Classes de qualidade de acordo com Higuchi et al. 
(1985): 
-QF1: árvore de boa forma física e aparentemente sadia, 
cujp fuste comercial pode fornecer pelo menos duas toras de 
4 m de comprimento cada. 
-QF2: árvores de forma aceitável e aparentemente sadia, 
cujo fuste pode fornecer pelo menos uma tora de 4 m; 
-QF3: árvore totalmente irregular ou não sadia, 
aparentemente sem condições de aproveitamento industrial. 
Silva e Lopes (1984): 
-Comercial (QF1): produz toras com comprimento igual ou 
superior a 4 m e diâmetro igual ou superior a 45 cm nas 
extremidades; 
-Comercial (QF2): tora menor que 4 m e diâmetro igual ou 
superior a 45 cm nas extremidades; 
-Comercial no futuro (QF3): produz toras com comprimento 
igual ou superior a 4 m e diâmetro menor que 45 cm nas 
extremidades; 
-Comercial no futuro (QF4): produz toras com comprimento 
menor que 4 m e diâmetro menor que 45 cm nas 
extremidades; 
-Não comercial (QF5): árvores com fuste tortuoso, deformado, 
danificado, podre, oco. 
Amaral (1998): 
QF1: árvore com bom fuste (80-100%); 
QF2: com fuste regular (50-90%); 
QF3: árvore com fuste inferior (< 50%). 
Qualidade absoluta do fuste: 
m= número de classes de qualidade do fuste; nij= número de 
árvores amostradas da i-ésima espécie na j-ésima classe de 
qualidade do fuste; Nj: número total de árvores na j-ésima classe 
de qualidade de fusto; N: número total de árvores amostradas; 
DAij: densidade absoluta da i-ésima espécie na j-ésima classe de 
qualidade do fuste; DAj: densidade absoluta da j-ésima classe de 
qualidade de fuste; DTA: densidade total absoluta. 
Valor de importância ampliado economicamente 
2.6 Análises qualitativas 
Análise feitas para definir a qualidade da madeira e 
principalmente, fundamentar ações ambientais serem 
desenvolvidas para melhorar a qualidade e produtividade 
da floresta. 
-Infestação de cipós; 
-Qualidade e iluminação da copa; 
-Causas e posição de danos ao tronco e a copa; 
-Danos ao produto; 
-Árvores mortas; 
-Espécies raras, ameaçadas. 
2.6 Análises qualitativas... 
Infestação de cipós: 
1. Nenhum cipó; 
2. Cipó somente no tronco; 
3. Cipó somente na copa; 
4. Cipó no tronco e na copa. 
1. Boa: Copa inteira e bem distribuída em torno do eixo 
central da árvore. 
2. Regular: Copa com alguns galhos quebrados. 
3.Inferior: Copa incompleta, mais da metade dos galhos 
quebrados. 
Qualidade e iluminação da copa 
Avaliação da iluminação das árvores para o segundo 
corte 
Definiçãode tratamentos culturais. 
Causas e posição de danos ao tronco e a copa 
-Causas do dano: 
1. Nenhum danos evidente; 
2. Exploração (máquinas pesadas): 
3. Exploração – corte (abate, desgalhamento, 
traçamento). 
- Posição do dano: 
1. Nenhum dano evidente; 
2. Danos ao tronco; 
3. Danos a copa; 
4. Danos ao tronco e a copa; 
5. Árvore morta. 
Avaliação dos danos ao produto 
1. Nenhum dano evidente; 
2. Fendas; 
3. Rachaduras; 
4. Podridão; 
5. Ataques de insetos e fungos. 
Comercialização: 
1. Comercial; 
2. Não comercial; 
3. Potencial.

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