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Logística Reversa de pós consumo

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Logística Reversa de pós-consumo
O gerenciamento desse caminho inverso dos materiais, quando comparados ao fluxo direto da cadeia de suprimentos, é chamado de logística reversa (Stock em Fleischmann et al., 1997).
Chaves e Batalha (2006, p. 425) afirmam “o foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais na cadeia de valor pelo ciclo produtivo ou de negócios. Portanto, o descarte do produto deve ser a última opção a ser analisada”.
A logística reversa de pós-consumo é a área de atuação da logística reversa que é responsável pela gestão e operacionalização dos cursos físicos e de informações correspondentes aos bens descartados depois que ele termina sua utilidade original, retornando ao ciclo de negócios.
A logística reversa de pós-consumo ocorre quando a mercadoria não é mais utilizada pelo consumidor, sendo assim deverá regressar ao seu local de origem para ser reutilizado, reciclado, ou descartado, corretamente.
De acordo com Leite (2003), Logística Reversa de pós-consumo é a forma pela qual os bens duráveis, semiduráveis, descartáveis e os resíduos industriais são descartados ou disponibilizados depois de terminado seu uso original, pelos seus consumidores. 
De tal modo começa o ciclo do canal de distribuição reverso, os materiais / produtos recolhidos são reintegrado ao ciclo de produção como bens de segunda mão, reutilizando suas peças ou componentes, e reciclando, gerando novas atividades comerciais e industriais. 
Segundo Guarnieri (2005), a logística reversa de pós-consumo se caracteriza pelo planejamento, controle e disposição final dos bens de pós-consumo, que são aqueles bens que estão no final de sua vida útil, devido ao uso. Essa vida útil pode ser prolongada se os consumidores virem neste mesmo bem, outras utilidades o mantendo em uso por um longo tempo, e após isso esse bem é destinado à coleta de lixo urbano, podendo ser reciclado ou simplesmente depositado em aterros sanitários, causando sérios impactos ao meio ambiente.
Para Leite (2003), existem numerosos motivos para que as empresas adotem e pratiquem a Logística Reversa de pós-consumo, motivos esses de ordem econômica, ecológica, legal, tecnológica, entre outros, que diferem em intensidade e sentido de empresa para empresa.
A descartabilidade de um produto é que dá início ao processo de logística reversa. “O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos ou materiais à cadeia de valor através do ciclo produtivo ou de negócios e, portanto, um produto só é descartado em último caso” (CHAVES e MARTINS, 2005, p. 3). 
De acordo com Leite (2003), constituem-se bens de pós-consumo os produtos em fim de vida útil ou os usados com possibilidade de reutilização e, ainda, os resíduos industriais em geral. A situação fica mais critica quando se trata dos “bens de pós-consumo”, cujo destino final pode ter impacto negativo no meio ambiente e na sociedade em geral que por falta de direcionamento acabam sendo descartados de maneira incorreta, e são enviados aos destinos tradicionais, como a incineração ou os aterros sanitários.
 Um bem é chamado de pós-consumo quando é descartado pela sociedade. O momento do descarte pode variar de alguns dias a vários anos. As diferentes formas de processamento e comercialização, desde sua coleta até a integração ao ciclo produtivo como matéria-prima secundária, são chamados canais de distribuição reversos de pós-consumo (RESENDE, 2004, p.23).
Já para Zimermann e Graeml (2003), os bens de pós-consumo são produtos que podem ser reciclados ou tratados de forma específica para poderem ser descartados.
Para Tibben-Lembke (2002) é considerado os produtos de pós-consumo como bens em condições de uso, fim de vida útil e resíduos industriais. Em comparação com a classificação anterior, este autor adiciona a categoria de resíduos industriais.
Canais de Distribuição Reversos no Pós – Consumo
Canais Reversos
Reuso
Desmanche
Reciclagem
Leite (2003) reforça que a aplicação da Logística Reversa de pós-consumo gera vantagens econômicas, tendo em vista a utilização de matérias primas secundárias ou recicladas reintegradas ao ciclo produtivo, que comumente apresentam preços menores em relação às matérias-primas virgens. Consequentemente também gera uma redução no consumo de insumos energéticos, como economia de energia elétrica, energia térmica, dentre outros, atentando ao fator sustentabilidade, ou seja, tendo um menor custo produtivo com a menor utilização de recursos naturais. O que beneficia a empresa de forma econômica, preservando o meio ambiente, com menor utilização de recursos naturais e garantindo assim melhor qualidade de vida à sociedade.
“O processo de logística reversa gera materiais que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e distribuição” (BARBOSA et. al., 2005, p.3-4). 
É importante reforçar que os bens de pós-consumo não precisam necessariamente retornar à cadeia de origem ou aos elos anteriores da cadeia de negócios, esses produtos podem ter uma outra direção, sendo enviados como matérias-primas secundárias ou componentes a outras indústrias, onde se inicia o processo de produção de um novo produto em uma nova cadeia de suprimentos.
 Figura 1: Logística Reversa – Área de Atuação e Etapas Reversas.
	Logística Reversa de
Pós – Venda
Seleção/Destino
Consolidação
Coletas
Cadeia de Distribuição Direta
Logística Reversa de
Pós – Consumo
Reciclagem Industrial
Desmanche Industrial
Reuso
Consolidação
Coletas
Consumidor
Bens de Pós-Venda
Bens de Pós-Consumo
Figura 2 – Logística reversa: área de atuação e etapas reversas. Fonte: Leite (2003, p.17)
Devido as mudanças nos hábitos de consumo, incentivou cada vez mais a criação de novas necessidades, gerando assim por consequência o aumento na produção, aliando a isso o maior consumo e aumento no descarte de produtos. 
O meio ambiente vem padecendo com o aumento de resíduos gerados por bens de pós-consumo, pois os mesmos proporcionam uma vida útil determinada e cada vez menor, originando descartes mais frequentes e necessitando de novas opções para o descarte final (FONTANA & AGUIAR, 2011).
Bibliografia
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística Reversa - Meio Ambiente e Competitividade. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2003.
LEITE, PAULO ROBERTO. Logística Reversa - Meio Ambiente e Competitividade. 2ª Edição. Pearson Prentice Hal. São Paulo, 2009
GUANIERI, Patricia et all. A logística reversa de pós-venda e pós-consumo agregando valor econômico, legal e ecológico às empresas - Congresso de Administração e Congresso Sul Brasileiro de Comércio Exterior, Paraná, 2005.
CHAVES, G. L. D.; MARTINS, R. S. DIAGNÓSTICO DA LOGÍSTICA REVERSA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE ALIMENTOS PROCESSADOS NO OESTE PARANAENSE. VIII Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI), ago. 2005, São Paulo. Anais. São Paulo: FGV, 2005
BARBOSA, Adriana; BENEDUZZI, Bruno; ZORZIN, Gislaine; MENQUIQUE, João e LOUREIRO, Maurício C. Logística reversa: o reverso da logística. Fonte FAENAC, 2005.
RESENDE, E. L. Canal de distribuição reverso na reciclagem de pneus: estudo de caso, Rio de Janeiro, 2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Pontifíca Universidade Católica do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
ZIMERMANN, R. A.; GRAEML, A. R. Logística Reversa - Conceitos e Componentes do sistema. Estudo de caso: Teletex Computadores e Sistemas. XXII ENEGEP. Ouro Preto: out. 2003.
TIBBEN-LEMBKE, R. S. Life after death - Reverse Logistics and the product life cycle. International Journal of Physical Distribution and Logistics Management. v.32,n 3, p. 223-244, 2002.
STOCK, J. R. Development and Implementation of Reverse Logistics Programs, Oak Brook: Council of Logistics Management, 1997.
FONTANA, A. M.; AGUIAR, E. M. Logística, transportes e adequação ambiental. In: CAIXETA-FILHO,J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 296 p. P 210-228.
CHAVES, G. L. D.; BATALHA, M. O. Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados. Gestão & Produção. v.13, n.3, p. 423-434, 2006.

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