Buscar

Saúde Coletiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Saúde Coletiva 
A história da saúde pública no Brasil começa de forma lenta com a vinda da família portuguesa para o país durante a colonização, em 1808, mas só passa a se estruturar definitivamente muitos anos depois. Relatos históricos mostram, por exemplo, que no ano de 1789, o Rio de Janeiro contava apenas com quatro médicos. Depois de 1808, a coroa portuguesa criou as primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. Depois dessas medidas, o Brasil só evoluiu sua saúde pública depois da Proclamação da República. 
No período da transição democrática do Brasil, o país criou um novo sistema de saúde, conhecido como SUS (Sistema Único de Saúde). Esta iniciativa mudou a realidade da saúde pública no Brasil e consolidou o modelo. O Sistema Único de Saúde - SUS- foi criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080/90 com o objetivo de alterar a circunstância de disparidade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório a assistência de saúde, sem ônus a qualquer cidadão, não sendo permitido qualquer cobrança de dinheiro sob qualquer pretexto. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Unidade I – Conteúdo II
As ações de Enfermagem em Saúde Coletiva
A expressão saúde coletiva é uma invenção tipicamente brasileira que surgiu em fins da década de 1970, na perspectiva de constituir uma nova articulação entre as diferentes instituições do campo da saúde.
Definição atual: Compreende um conjunto complexo de saberes e práticas relacionados ao campo da saúde, envolvendo desde organizações que prestam assistência à saúde da população até instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil.
 Compreende práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas (Carvalho, 2002). 
Enfermagem em saúde Coletiva: É o ramo da enfermagem que está direcionado a saberes e práticas aplicados em prol da coletividade.
Saúde Coletiva frente à consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) objetiva reconhecer a potencialidade da realidade de saúde da população como estratégias de aproximação com o campo de ação e instrumentalização do profissional para a reversão de situações indesejáveis de saúde. Assim, refletiu-se sobre o trabalho da Enfermagem em Saúde Coletiva por compreendê-lo como mediador para promover o ensino, a aprendizagem e a construção de conhecimento na área.
Saúde do trabalhador
A execução das ações de ST, segundo a Constituição Federal, Art. 200 é competência do SUS devendo este: ”...II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; e...VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”.
A Saúde do Trabalhador é um campo da saúde coletiva que compreende práticas interdisciplinares e interinstitucionais, com raízes na Medicina Social latino-americana e influenciado pela experiência italiana.
Sua abordagem busca superar a saúde ocupacional e a medicina do trabalho, pois além da medicina e engenharia de segurança, inclui outras disciplinas: a epidemiologia, a administração e planejamento em saúde e as ciências sociais em saúde.
O processo saúde-doença dos trabalhadores tem relação direta com o seu trabalho; e não deve ser reduzido a uma relação monocausal entre doença e um agente específico; ou multicausal, entre a doença e um grupo de fatores de riscos (físicos, químicos, biológicos, mecânicos), presentes no ambiente de trabalho. Saúde e doença estão condicionados e determinados pelas condições de vida das pessoas e são expressos entre os trabalhadores também pelo modo como vivenciam as condições, os processos e os ambientes em que trabalham.
Saúde do Trabalhador ultrapassa os limites do SUS e deve ser realizada necessariamente em conjunto com outras áreas do poder público, com a cooperação da sociedade e dos próprios trabalhadores organizados pois estes são os que conhecem de fato seu trabalho e os riscos a que estão submetidos.
Unidade II – Conteúdo I
Estratégias do Programa de Atenção Básica
O que é Unidade Básica de Saúde?
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são o principal local de atuação das equipes de Atenção Básica. A UBS é o que conhecíamos como posto de saúde.  É na UBS que o cidadão deve, preferencialmente, buscar atendimento como consultas médica com clínico geral, pequenas urgências,  vacinas,  curativos, etc.  Nesses postos de saúde, é possível  resolver cerca de 80% dos problemas que levam uma pessoa a procurar um serviço de saúde. É por isso que é chamada de porta de entrada do SUS. 
Que atendimentos posso encontrar em uma Unidade Básica de Saúde?
Antes de qualquer coisa, pense na UBS como um lugar onde você pode obter orientações e atendimentos que buscam um tratamento integral: para promover hábitos saudáveis, receber orientações de saúde, prevenir doenças e recuperar a saúde caso tenha ficado doente. Na UBSs você pode cuidar de um urgência de baixa complexidade, pode tomar vacinas, pode ter acesso a métodos contraceptivos, e as gestantes podem realizar o pré-natal. 
Em quais casos não devo procurar uma Unidade Básica de Saúde?
Em casos de urgências graves, como atendimento a pessoas acidentadas ou um infarto, por exemplo. Nas UBSs também NÃO são realizados procedimentos como: cirurgias; consultas típicas de ambulatórios de atenção especializada como com o cardiologista e para tratamento de câncer; transfusões de sangue; realização de exames diagnósticos como raio x, teste de esforço, tomografia etc. Mas, com exceção dos casos de urgência nos quais se deve buscar um serviço de urgência e emergência ou chamar o Serviço Móvel de Urgência (SAMU), é fundamental que a pessoa procure atendimento na UBS, pois é lá que sua equipe, seu médico, enfermeiro e dentista, irão identificar e avaliar sua condição e, se necessário, encaminhar-lhe para uma consulta especializada, para um exame ou mesmo uma internação.
Saúde da Família é Atenção Básica?
Sim, a Estratégia de Saúde da Família (eSF) é o  modo prioritário e preferencial de organização da Atenção Básica no Brasil, por isso recebe mais incentivos do Ministério da Saúde, mas os municípios têm autonomia para organizar de outro modo.
Saúde vai liberar mais recursos para equipes de atenção básica?
O Ministério da Saúde redefiniu os valores de financiamento do Piso de Atenção Básica (PAB) variável. A Portaria 978, publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (17), prevê aumento de R$ 458 milhões para 2012. O valor é parte do aumento de R$ 1,56 bilhão garantido ao PAB variável para este ano. O orçamento total do PAB variável passou para R$ 8,31 bilhões, o que representa aumento de 23%. 
PACS
Quais as reais necessidades da sua instituição?
Se antes esbarrava no custo, hoje o êxito das soluções PACS depende do alinhamento dos módulos opcionais aos objetivos da instituição de saúde. Nesta etapa é importante determinar passos e objetivos, bem como escolher as ferramentas certas para o seu negócio. O volume de imagens que exigirá do processo é tão importante como a infraestrutura.
Por que implantar e incentivar a cultura de mudança?
Uma das coisas mais caras em um projeto é a falta de aderência dos usuários. A resistência à mudança de hábitos dos funcionários (incluindo os médicos) pode inviabilizar o projeto. É preciso incentivar a transição cultural no grupo hospitalar e, para isso, ciclos de treinamentos combinados com eventos promovidos aos funcionários podem funcionar. Sem comunicação e comprometimento da alta direção da empresa não se consegue implantar um projeto de PACS.
Por que planejar a incorporação do sistema e especializar a equipe?
Especialistas apontam que os problemas encontrados com a implantação do PACS muitas vezes estão relacionadosà gestão da ferramenta e não à qualidade dos produtos. Por isso, mapear o quadro atual e estabelecer os objetivos mensuráveis para as metas de resultados são passos muito importantes. Para dar certo, a solução precisa ser customizada, amigável para evitar o uso de apenas 10% do potencial e escalável ao crescimento da instituição.
Por que a prioridade é substituir o filme e migrar definitivamente para o digital?
Embora possa ser feito em passos, a implantação de um projeto de PACS deve ter como prioridade a substituição para o digital. É essencial para a redução de custo inicial, afinal elimina-se aqui o custo de manter equipe de TI, software, manutenção, entre outros, para seguir com a impressão paralela. O ideal é estabelecer metas de redução em 70% no primeiro ano e de 90% em um ano e meio.
Qual a importância da escolha de um produto certificado pela ANVISA?
Quando define um planejamento, um bom gestor se atenta à diminuição de riscos. Durante o processo de definição do software a ser implantado, pesquise se ele corresponde a exigências da ANVISA, que monitora esse tipo de software em cada atualização disponibilizada no mercado. Também procure fornecedores com padrões de certificação estabelecidos por organizações internacionais como HIPPA (Health Insurance Portability and Accountability Act) e IHE (Integrating the Healthcare Enterprise). Evite surpresas desagradáveis, afinal qualquer atualização de sistemas que manipule imagens precisa ser renovada periodicamente. O desrespeito a essa regra é considerado infração sanitária e estabelecimentos de saúde podem responder criminalmente por tal prática.
PSF
Quando se iniciou a implantação do Programa de Saúde da Família (PSF) no Brasil?
 A origem do PSF no Brasil remonta à criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991, como parte do processo de reforma do setor saúde, instalado desde a Constituição de 1988, com clara intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde.
Quais as portarias que normatizam o PSF?
Portaria 1884 GM/MS de 18 de dezembro de 1997. Institui o PAB Fixo de, no mínimo R$ 10,0, e no máximo R$18,0. Portaria nº 1.886 GM/MS, de 18 de dezembro de 1997. Aprova as Normas e Diretrizes do Programa dos Agentes Comunitários e Programa de Saúde da Família. Portaria nº 157 GM/MS, de 19 de fevereiro de 1998. Estabelece critérios de distribuição e requisitos para qualificação aos incentivos PACS/PSF. Portaria nº 3.122 GM/MS de 2 de junho de 1998 Estabelece valores incentivo PACS/PSF sendo o repasse mensal por ACS de R$2.20,0/ano.
O PSF foi importado de outro país?
A reforma da atenção primária é uma realidade em todo o mundo. De modo geral, todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento social ou econômico, vêm discutindo mudanças no setor saúde a partir da (re-) estruturação e/ou investimento na atenção básica. Com maiores ou menores diferenças nas propostas, o médico generalista ou de família, a abordagem multi-profissional e/ou interdisciplinaridade, e a valorização da prevenção, da promoção da saúde da intersetorialidade são aspectos comuns. No entanto, a estratégia brasileira guarda suas particularidades como a busca da universalidade do acesso, a composição das equipes e o papel desempenhado pelos agentes comunitários de saúde, a descentralização da gestão e a política de incentivo e suporte do Ministério da Saúde e das Secretarias de Estado da Saúde, o que em encontros internacionais tem despertado interesse dos participantes e autoridades estrangeiras, sendo reconhecido como o modelo brasileiro de atenção primária.
 Quais são os princípios do PSF?
As bases normativas do PSF evoluíram desde o inicio de sua implantação. O Guia Prático do PSF publicado pelo Ministério da Saúde em 2001 aponta os seguintes princípios: Ampliar o acesso a serviços de saúde de qualidade e resolutivos na atenção básica, com território adscrito, permitindo o planejamento e a programação descentralizada; - Integrar as ações de saúde, englobando atividades de promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação, de forma interdisciplinar; Responsabilizar e vincular as equipes com a população adscrita; Qualificar o processo organizacional da Atenção Básica com caráter substitutivo das práticas atualmente vigentes nesse nível de atenção.
O PSF segue os princípios da Atenção Primária à Saúde?
Utilizando os princípios da APS em uma concepção ampliada (Starfield, 1998), relacionamos seus pontos em comum, bem como as especificidades do PSF: Primeiro Contato/Acesso: O serviço representa um local para prover atenção à saúde, de fácil alcance, que serve como porta de entrada ao sistema de saúde. Sempre que um usuário apresentar um problema recorrente ou um novo problema de saúde deve utilizar esse serviço de saúde.
NASF
 O QUE É O NASF?
O NASF é uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes. 
Criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, o NASF deve buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários e ambientais dentro dos territórios.
 QUAIS PROFISSIONAIS PODEM COMPOR UM NASF?
Poderão compor os NASF 1, 2 e 3 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clinica médica), Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.
COMO É DEFINIDA A COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES NASF NOS MUNICÍPIOS?
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais e equipes Saúde da Família e deve considerar os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades do território e das equipes de saúde que serão apoiadas.
 O NASF DEVE TER UMA UNIDADE/ESTRUTURA FÍSICA PRÓPRIA?
Não. Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais. Para exercer suas atividades, as equipes NASF devem ocupar o espaço físico das unidades às quais estão vinculadas, ou ainda outros espaços disponíveis no território, como o espaço das academias da saúde, escolas, parques, dentro outros.
 QUAL DEVE SER A FORMA DE CONTRATAÇÃO DOS PROFISSIONAIS PARA O NASF?
Não existe uma definição, por parte do Ministério da Saúde, de qual deve ser a forma de contrato dos profissionais para o NASF. O município deve avaliar suas possibilidades de fazer concurso ou processo seletivo público, buscar sempre a desprecarização dos vínculos trabalhistas e criar estratégias que visem a diminuição da rotatividade de profissionais nas equipes.
Unidade II – Conteúdo II
Principais Indicadores de Saúde Pública
Indicadores de Saúde: Tipos e Aplicação O tópico apresenta a definição de indicadores de saúde diferenciando-os dos índices que têm múltiplas dimensões. Mostra que a qualidade dos indicadores depende de sua validade, confiabilidade, mensurabilidade, relevância e relação custo-efeito. São apresentadas as principais modalidades de indicadores, considerados fundamentais paraa ação em saúde, de cujo planejamento depende o impacto esperado para reverter situações que oferecem risco à saúde, sendo usada exemplificação de casos. Também é mostrada a importância dos indicadores para os profissionais de ESF/NASF, ao conduzir o trabalho de planejamento e organização dos serviços de saúde, conforme os princípios do SUS. Indicadores de Mortalidade no tópico, é apresentado o uso, a importância, a fórmula e exemplos de cálculo, gráficos e exemplos de aplicação dos principais indicadores de mortalidade em saúde pública: Indicador de Mortalidade Proporcional por Causas Definidas; Indicador de Mortalidade Proporcional à Idade; Taxa ou Coeficiente Geral de Mortalidade; Taxa de Mortalidade Específica por Sexo, Idade, Causa; Taxas de Mortalidade Infantil e Neonatal; Taxa de Mortalidade Materna e sua importância mundial e nacional. É mostrado, também, como cada um desses indicadores tem usos específicos para diferentes tipos de ação em ESF/NASF. Indicadores de Fecundidade O tópico faz, inicialmente, a distinção entre os conceitos de fecundidade e fertilidade, para apresentar o uso e a importância dos indicadores de fecundidade que podem apresentar a taxa bruta, específica ou total, sendo essa última a mais usada. Também é apresentada a importância da utilização desse indicador no trabalho das equipes EFS/NASF, para planejar e orientar diversos tipos de ações em saúde. É mostrado que, a partir do cálculo desses indicadores, é possível detectar mudanças na estrutura etária da população brasileira associadas à queda dos indicadores de fecundidade.
Doenças Preveníveis por Vacinação
Poliomelite é doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente nas pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou contato com fezes de pessoas contaminadas, ou ainda contato com água e alimentos contaminados.
O tétano é uma infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.
Haemophilus influenzae do tipo b é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais grave é a meningite, que tem início súbito, com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro). A meningite é uma doença grave e pode levar à morte.
O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas.
A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.
A caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-linguais e sub-mandibulares). O maior perigo é a caxumba “descer”, isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.
Doenças Veiculadas pela Água e por Alimentos
É a doença que ocorre devido à ingestão de alimentos e água contaminados. As doenças diarreicas são causadas por microrganismos (vírus, bactéria e parasitas), presentes em fezes humanas e animais, e no ambiente. Caracterizam-se pela presença de diarreia (aquosa, com muco ou sangue), mal-estar geral, dor abdominal, náusea, vômito e febre. Os principais agentes causadores da doença diarreica aguda são os enterovírus, principalmente Rotavírus e Norovírus, e as bactérias como Bacillus cereus,
Clostridium perfringens, Escherichia coli patogênica (vários tipos), Salmonella (vários tipos), Shigella, e outras.
Doenças Transmitidas por Vetores
Malária, dengue, elefantíase e febre amarela são algumas doenças transmitidas por vetores. Elas são comuns em países tropicais, inclusive no Brasil. E o Futurando dedica esta edição inteira ao tópico para combater esses males com informação.
Doenças Causadas por Ectoparasitas
A dengue é uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivirus. A doença é transmitida, principalmente, pelo mosquito Aedes aegypti infectado. Esse mosquito pica durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
Febre amarela é uma doença infecciosa causada por um tipo de vírus chamado Flavivirus, cujo reservatório natural são os primatas não humanos que habitam as florestas tropicais. Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre, transmitida pela picada do mosquito Haemagogus, e a urbana, transmitida pela picada do Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e que foi reintroduzido no Brasil na década de 1970. Embora os vetores sejam diferentes, o vírus e a evolução da doença são absolutamente iguais.
Também conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, a malária é uma doença típica de países de clima tropical e subtropical. O vetor é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite. Embora seja uma doença autolimitada, isto é, em que o sistema de defesa do organismo combate o invasor estranho e a doença desaparece, a malária pode levar à morte se não for tratada em determinados casos.

Continue navegando