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A ECONOMIA E A POLÍTICA DO PLANO REAL (resenha)

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A ECONOMIA E A POLÍTICA DO PLANO REAL
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. A ECONOMIA E A POLÍTICA DO PLANO REAL. Revista de Economia Política, vol. 14, nº 4 (56). Outubro-dezembro/94.
	Luiz Carlos Bresser-Pereira é um economista brasileiro, nascido no dia 30 de junho de 1934 em São Paulo. É professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, desde 1959, e edita a Revista de Economia Política, desde 1981. Assumiu o Ministério da Fazenda em 1987, durante o governo Sarney. Em 1995 -98, assumiu o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE) onde ele iniciou uma reforma geral do Estado. E em 1999, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, transformou os fundos das empresas estatais, recentemente privados em Fundos Setoriais vinculados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). E também no mesmo ano presidiu a CNPq, que unificou os currículos acadêmicos para uma plataforma chamada Plataforma Lattes.
	É um trabalho de publicado na Revista de Economia Política no qual possui um breve resumo introdutório do desenvolvimento da teoria da inflação inercial no Brasil e de um conjunto de artigos publicados em jornais dentre maio de 1993 a junho de 1994, sobre o Plano Real.
	O artigo começa com uma explicação introdutória e sucinta sobre a teoria neo-estruturalista da inflação inercial, seguindo pelo governo Sarney, com planos Cruzado, plano Bresser e fazendo comparações das diferenças conceituais desses antigos planos com o plano real. Após décadas de inflação inercial e (12) planos fracassados, o presidente Itamar Franco nomeou em 1993, Fernando Henrique Cardoso (FHC) para o Ministério da Fazenda. Então FHC convocou uma equipe de economistas novos e experientes, para o combater a inflação que vinha assombrando o Brasil.
O plano foi dividido em 3 fase, a primeira fase do plano foi o ajuste fiscal, estabilizar a inflação e evitar o congelamento de preços, sendo seguido pela revisão inconstitucional e reforma tributária, no qual não tiveram muito apoio político. A segunda fase, na qual seria crucial, dava-se á início a introdução provisória da URV (Unidade Real de Valor), ou seja, a transição do cruzeiro para URV. Essa fase teve algumas objeções, pois diferentes dos outros planos foi adotado uma segunda moeda, a URV, que funcionaria como um índice transitório, uma espécie de moeda de troca, para converter os valores das mercadorias, dos salários e do câmbio. Mas para que desse certo os empresários deveriam converter para a média, os preços das mercadorias, tendo que a população aceite o valor colocado nas mercadorias. E a terceira fase, a reforma monetária, criando assim o Real.
A elaboração do Plano Real se baseou na proposta Larida (1984), que indica a necessidade da existência simultânea de duas moedas; uma que seria a contaminada pela inflação e a outra seria protegida e valorizada, com um processo gradual de substituição até o momento em que os agentes econômicos restabelecessem a confiança na nova moeda. Era preciso, então, recuperar suas três funções básicas: unidade de conta, intermediário de troca e reserva de valor.
Apesar de serem artigos publicados na época do Plano FHC, para deixar a população “ciente” o que está ocorrendo com o plano, diferente dos planos anteriores, assim mesmo, não é uma leitura fácil para quem não conhece os conceitos básicos de economia. Pois, Bresser usa muito “jargões” econômicos. Mas é de fundamental importância para estudantes da ciência econômica, que buscam o identificar as causas da inflação e porque o Real foi o plano mais bem-sucedido, dentre os outros.
Luiz Henrique Vaz Borges, acadêmico do Curso de Ciências Econômicas pelo Centro Universitário FADERGS.

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