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Trabalho de ICB - Hanseníase

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE BIOMEDICINA
ANELISE MARTINS DE MEDEIROS
Hanseníase
RECIFE
2014
ANELISE MARTINS DE MEDEIROS
Hanseníase
Trabalho apresentado como requisito parcial para a aprovação na disciplina Introdução à Ciência Biomédica do curso de Biomedicina da Universidade Federal de Pernambuco.
	
Recife
2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................3
1. DEFINIÇÃO DA HANSENÍASE......................................................................4
2. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS.................................................................4
 2.1. AGENTE PATOLÓGICO...........................................................4
 2.2. TRANSMIÇÃO..........................................................................5
3. SINAIS E SINTOMA......................................................................................5
 3.1. SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS................................5
 3.2. SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS.....................................6
4. DIAGNÓSTICO..............................................................................................6
 4.1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO.............................................................6
 4.2. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL................................................6
5. TRATAMENTO.............................................................................................6
 5.1. COMO TRATAR E DURAÇÃO DO TRATAMENTO....................7
6. PREVENÇÃO................................................................................................7
7. CONCLUSÃO...............................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................9
INTRODUÇÃO
A hanseníase é conhecida oficialmente por este nome desde 1976, outrora era chamada de Lepra ou mal de Lázaro. É uma das doenças mais antigas na história da medicina, no século 6 a.C já havia relatos da doença.
Os indivíduos que tinham hanseníase eram enviados aos leprosários ou excluídos da sociedade, pois a enfermidade era vinculada a símbolos negativos como pecado, castigo divino ou impureza, já que era confundida com doenças venéreas.
A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente.
DEFINIÇÃO DA HANSENÍASE
Doença infectocontagiosa, que afeta a pele e os nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Associada a desigualdades sociais, afetando principalmente as regiões mais carentes do mundo, os infectados apresentam mais comumente lesões na pela com sensibilidade alterada e transmitem a doença pelas vias aéreas. O paciente que está sendo tratado deixa de transmitir a doença, cujo período de incubação pode levar de três a cinco anos. A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a enfermidade.
2. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
 2.1. AGENTES PATOLÓGICOS
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar, em média, de 11 a 16 dias.
O M.leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade, isto é infecta muitas pessoas, no entanto só poucas adoecem.
O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados.
 
 
 
 2.2. TRANSMIÇÃO
O contágio dá-se através de uma pessoa doente, portadora do bacilo de Hansen, não tratada, que o elimina para o meio exterior, contagiando pessoas susceptíveis.
A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas superiores, o trato respiratório. No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário um contato direto com a pessoa doente não tratada.
A hanseníase pode atingir pessoas de todas as idades, de ambos os sexos, no entanto, raramente ocorre em crianças. Observa-se que crianças, menores de quinze anos, adoecem mais quando há uma maior endemicidade da doença. Há uma incidência maior da doença nos homens do que nas mulheres, na maioria das regiões do mundo.
3. SINAIS E SINTOMA
 3.1. SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS
A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade.
As lesões mais comuns são:
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
 Área de pele seca e com falta de suor;
Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. 
Úlceras de pernas e pés.
Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Febre, edemas e dor nas juntas.
Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
Ressecamento nos olhos;
Mal estar geral, emagrecimento;
Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
 3.2. SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS
A hanseníase manifesta-se, além de lesões na pele, através de lesões nos nervos periféricos.
Essas lesões são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites) e podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela reação do organismo ao bacilo ou por ambas. Elas manifestam-se através de:
Dor e espessamento dos nervos periféricos;
Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés;
Perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores.
4. DIAGNÓSTICO
As lesões de pele provocadas pela hanseníase são bem características. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos e epidemiológicos
 4.1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO
A avaliação clínica consiste principalmente na aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos.
 4.2. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Para confirmação da doença, é feita uma baciloscopia (exame que identifica os bacilos presentes na região) do raspado dérmico, além de um exame histopatológico (estudo dos tecidos do organismo ao microscópio) do material retirado da lesão.
5. TRATAMENTO
O tratamento do paciente com hanseníase é fundamental para curá-lo, fechar a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença, sendo portanto estratégico no controle da endemia e para eliminar a hanseníase enquanto problema de saúde pública.
 5.1. COMO TRATAR E DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. Para tratar o paciente, é feita uma associação de três antibióticos (rifampicina, dapsona e clofazimina) contraos bacilos, usados de forma padronizada. Existem dois tipos de tratamento: um com duração de seis meses, direcionado a pacientes paucibacilares (que estão infectados, mas não contaminam outras pessoas), e outro com duração de 12 meses, voltado a pacientes multibacilares, os quais, sem tratamento, eliminam os bacilos e podem infectar outros indivíduos. O paciente precisa ir ao centro de saúde mensalmente. Lá ele recebe uma dose da medicação, chamada dose supervisionada, e leva a cartela com as medicações padronizadas para fazer o tratamento em casa.
6. PREVENÇÃO
A hanseniase é uma doença incapacitante e apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar as incapacidades e as formas multibacilares, tais como:··.
Diagnóstico precoce;
Exame, precoce, dos contatos intradomiciliares;
Técnicas de prevenção de incapacidades;
Uso da BCG(vacinação);
7. CONCLUSÃO
A hanseníase hoje tem cura e é facilmente tratada principalmente quanto mais precoce for o diagnóstico.
Os preconceitos contra a doença provinham do temor do contagio e das deformidades atribuídas à doença; por isso mesmo os hansenianos eram até recentemente isolados. Os preconceitos deixaram de ter razão de ser, pois o tratamento disponível elimina o contágio. Hoje o tratamento é feito em ambulatório e o paciente leva vida normal, cada vez com menos problemas de contágio ou deformidade. A doença atinge mais as pessoas que vivem em condições precárias de higiene.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Autor desconhecido. Hanseníase. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo. php?conteudo=2799 />. Acesso em: 25 de out. 2014.
Autor desconhecido. Hanseníase. Disponível em: <http://www.agencia.fiocruz.br/hansen%C3%ADase >. Acesso em: 25 de out. 2014.
CRISTOFOLINI, L. Prevenção de incapacidade na hanseníase e reabilitação em hanseníase. 4. ed. Bauru, SP: Hospital Lauro de Souza Lima, São Paulo, 1982.
MARIANA ARAGUAIA. Hanseníase. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/doencas/hanseniase.htm>Acesso em: 26 de out. 2014.
Autor desconhecido. Hanseníase. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf >. Acesso em: 26 de out. 2014.

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