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Cad. Unisuam Pesqui . Ext . | R io de Janeiro | v.5 | n .4 | p . 1-9 | 2015
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CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE TRANSPORTE
Luiz Carlos da Silva Filho
Graduando em Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
luizcarlos.silvafilho@yahoo.com.br
 Flavio Isidoro da Silva 
Mestre em Engenharia de Produção pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 
Especialista em Engenharia Econômica e Administração Industrial pela Universidade
 Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 
Professor do Curso de Logística do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil 
fisidoro@ig.com.br
RESUMO
O desenvolvimento desta pesquisa tem como finalidade demonstrar que o processo logístico 
e seus procedimentos passam por uma grande transformação, pois com a globalização as 
empresas foram buscar alternativas para implantar metodologias mais eficazes em relação à 
gestão de transporte, principalmente as que atuam no segmento da carga expressa, courier 
e carga fracionada. Portanto, esta proposta investigativa apresenta a tentativa de analisar 
opções para esta demanda crescente e ávida de consumo. Com isso, no estudo em questão 
há uma abordagem qualitativa, quando traz referências teóricas sobre o assunto e uma 
investigação quantitativa.
Palavras chave: Processos. Gestão. Transporte. Carga fracionada.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo demonstrar como há possibilidade de se buscar soluções 
adequadas para o mercado, atendendo às novas demandas, realizando um serviço de excelência 
a partir de uma gestão de transporte consciente; ao enumerar as características da Gestão 
de Transportes relacionando-as às necessidades do mercado atual e do processo logístico 
globalizado existente; identificando a melhor condição de trabalho, s do uso de fluxo do sistema 
logístico encontrado, minimizando o tempo e o custo, aumentando assim o nível de serviço do 
canal de distribuição até o cliente final.
A gestão de transporte eficaz potencializa o processo logístico ao demandar novas 
alternativas para as empresas. Iremos pesquisar detalhadamente o melhor transporte a ser 
utilizado para entrega de cargas nos grandes centros urbanos. Assim, esta abordagem foca 
os procedimentos que se pode adotar para adequar esta roteirização, estudando as leis que 
estão em vigor para carga, descarga e os limites de peso, aprimorando critérios de distribuição, 
para se obter um atendimento personalizado, buscando soluções, mecanismos, aparatos, que 
possibilitem um aumento maior da carga distribuída, minimizando o desconforto do entregador, 
oferecendo qualidade de trabalho.
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Cad. Unisuam Pesqui . Ext . | R io de Janeiro | v.5 | n .4 | p . 1-9 | 2015
CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
CADERNOS
de Pesquisa e Extensão
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de Pesquisa e Extensão
A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE TRANSPORTE
A logística trata da criação de valor para os clientes e fornecedores da empresa, e 
valor para todos aqueles que têm nela interesses diretos. O valor da logística é 
manifestado primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não têm 
valor a menos que estejam em poder dos clientes quando (tempo) e onde (lugar) eles 
pretendem consumi-los. [...] A boa administração logística interpreta cada atividade 
da cadeia de suprimentos como contribuinte do processo de agregação de valor. [...] 
Para incontáveis empresas no mundo inteiro, a logística vem se transformando num 
processo cada vez mais importante de agregação de valor, por incontáveis razões. 
(BALLOU, 2006, p. 33).
 Para Ballou (2006), a logística é um curso irreversível nas empresas nos dias de hoje, 
acerca de uma administração de excelência, agregando valor em todos os processos da cadeia 
de suprimentos, desde a compra da matéria-prima até o produto acabado. Portanto, a logística 
é uma ferramenta estratégica para agregação dos bens e serviços.
Ao longo dos anos, realizaram-se inúmeros estudos com o objetivo de determinar os 
custos da logística para o conjunto da economia e para cada empresa. Daí, resultaram 
estimativas de níveis de custos para todos os gostos e preferências, tamanha a 
disparidade entre cada uma delas. De acordo com o Fundo Monetário Internacional 
(FMI), os custos logísticos representam em média 12% do produto interno bruto 
mundial. (BALLOU, 2006, p. 33).
 Para Ballou (2006), o custo da logística é fator determinante nos custos da conjuntura 
macroeconômica, bem como nas empresas com um todo. A logística tem como uma das funções 
estimar e determinar custos.
2 DESENVOLVIMENTO
 
O grande desafio na gestão de transportes é atender bem e com excelência. As expectativas 
com o crescimento do mercado e da globalização contribuem para que as empresas retomem seu 
planejamento, para investirem mais e melhor em mão de obra qualificada operacional e administrativa. 
Com uma reestruturação de roteiros na circulação de veículos, que entregam cargas de médio e 
pequeno porte nos grandes centros urbanos, oferecendo suporte a este novo segmento de distribuição, 
as empresas estarão aptas a atender esse novo perfil de consumidor, agregando serviços que suprirão, 
assim, as necessidades do mercado de forma equilibrada e com confiabilidade. As soluções estudadas 
e encontradas servem para contribuir com essa nova tendência, proporcionando alternativas a um 
Sistema Logístico viciado há anos. Caixeta Filho e Martins (2001) afirmam que é indiscutível a vantagem 
competitiva que o modo rodoviário possui quando a questão é oferecer um serviço porta a porta, uma 
vez que os demais modos estão limitados a instalações fixas de trilhos, hidrovias, dutovias e aerovias.
 Desta forma, os embarcadores (tomadores de carga) reúnem esforços para tornar a atividade 
logística um verdadeiro diferencial de competitividade de mercado. As empresas atuantes no segmento 
de carga expressa, “courier” e carga fracionada assumem papel importantíssimo nessa transformação 
de valor dentro da cadeia de abastecimento.
Não existem escolhas, ou as empresas se capacitam para atender ao mercado consumidor de 
forma competitiva ou perderão mercado gradualmente, até inviabilizar a sua existência, significando 
a conquista ou a perda definitivamente do cliente; a logística já é encarada pelas empresas como 
vantagem competitiva estratégica. 
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Luiz Carlos da Silva Filho e Flavio Isidoro da Silva
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A globalização das cadeias de suprimento, o aumento na diversidade de produtos ofertados 
e o crescimento no nível de exigência do consumidor obrigam as empresas a suprirem suas 
necessidades logísticas com agilidade, consistência e flexibilidade, ao menor custo possível e 
atingindo um “lead time” eficiente ao consumidor final. Fica claro e iminente que as empresas 
terão que mudar de estratégia ou perderão mercado, poderão até ser incorporadas por outras 
concorrentes que tenham uma estrutura melhor e mais adequada de atendimento ao cliente, e 
já ocorre em outros países essa transição das grandes empresas engolindo as pequenas, e assim 
fortalecendo o mercado, ofertando um alto nível de serviço.
3 LÓCUS DA PESQUISA
O objetivo deste trabalho é demonstrar como o processo de gestão na distribuição de 
carga fracionada pode ser utilizado como ferramenta estratégica em uma organização. Assim 
como há micro e pequenas empresas que vendem seus produtos para diversas regiões do 
Brasil, existe, também, um volume considerável de pedidos, de volumes demandados em que asgrandes transportadoras não alcançam a lotação de um veículo de transporte ou há empresas 
que não comportam pagar um frete de carga completa pelos serviços prestados. 
Diante do exposto, as empresas de pequeno e médio porte indicam que o transporte 
geralmente implica nos maiores custos da logística, o que potencializa o risco de restringir as 
decisões de transporte ao nível meramente operacional. Este contexto torna crítica a gestão dos 
transportes para as empresas de menor porte, pois, ao mesmo tempo em que normalmente não 
há uma gestão especializada, os pequenos e médios negócios têm pouco poder de barganha no 
mercado, dado o volume de suas operações. 
O planejamento logístico busca sempre responder às perguntas sobre quê, quando 
e como, e se desenvolve em três níveis: estratégico, tático e operacional. A principal 
diferença entre eles é o horizonte temporal do planejamento. O Planejamento [...] do 
canal logístico estrategicamente planejado. (BALLOU, 2006, p. 52-53).
Para Ballou (2006), o planejamento de estratégias é fundamental para a tomada de decisões 
e assim atingir as metas. Percebemos que para a tomada de decisões temos que planejar estratégias 
nos horizontes de longo, médio e curto prazo ao longo do canal logístico.
Para essas situações existe o transporte de carga fracionada. Atualmente, essa opção está 
concentrada no modal rodoviário e é composta de um número de atividades desde a expedição do 
fabricante até o consumidor final. Por se tratar de lotes menores que não completam um veículo, a 
carga fracionada requer coletas diversas em pontos de origem distintos, e essas coletas podem ser 
realizadas em veículos menores, adequados ao tamanho do lote, armazenadas e consolidadas num 
armazém nas proximidades da origem. Outra consideração para a carga fracionada é a compatibilidade 
entre os produtos que podem ser consolidados num mesmo veículo, ou até mesmo consolidá-la em 
um “mix” de cargas.
Com o advento da globalização em meados dos anos 70 e impulsionado pelas novas tecnologias 
que surgiram nos anos 80, as empresas foram buscar alternativas para implantar novas metodologias 
de gestão e implementar às já existentes para gerar maior competitividade no seu negócio por meio 
de ações que permitam diferenciá-la de seus concorrentes e que reduzam seus custos.
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A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE TRANSPORTE
A Internet, procedimentos operacionais just-in-time e continuada reposição dos 
estoques são, todos, fatores que levam os clientes a esperar um processamento cada 
vez mais ágil de seus pedidos, entrega imediata e um alto índice de disponibilidade do 
produto. (BALLOU, 2006, p. 34).
Para Ballou (2006), o advento da internet e o sistema de administração das empresas na 
operação “just in time” que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado 
antes da hora exata, deve comprometer a disponibilidade do produto ao cliente final. Pensando 
desta forma, precisamos manter um nível de estoque aceitável para a disponibilidade do produto 
a qualquer tempo em que for demandado o pedido.
Sendo assim, buscaremos apresentar empresas que usam o transporte de carga fracionada, 
que enfrentam problemas diários com as deficiências diversas, tais quais a inexistência de frotas 
especializadas que estejam à disposição a tempo para sanar as demandas existentes, além de 
enfrentarem problemas no processo logístico de confiabilidade, isto é, a entrega do produto 
certo, no local adequado, com o menor tempo possível, trazendo assim a tão esperada satisfação 
do cliente. Esta problemática se caracteriza pela presença de um trânsito caótico, tumultuado, 
que interfere operacionalmente de forma negativa. É preciso, também, trazer à tona as inovações 
adotadas nas empresas, como novo modelo de trabalho, e que utilizam como instrumento de 
modo que sane as deficiências citadas, como a integração do transporte alternativo para a 
entrega de certos produtos, que mesclam o caminhão com a moto. 
Decisões sobre transportes envolvem seleção dos modais, o volume de cada 
embarque, as rotas e a programação. São decisões sobre as quais pesam fatores 
como a proximidade, ou distância, entre os armazéns, os clientes e as fábricas, 
fatores esse que, adicionalmente, têm influência sobre a localização do armazém. 
Os níveis de estoque também dependem das decisões sobre transporte, que variam 
conforme o volume de cada remessa. Os níveis de serviço aos clientes, a localização 
das instalações, o estoque e os transportes são das mais importantes áreas em matéria 
de planejamento, em face do impacto que as decisões tomadas em cada uma delas 
acabam tendo sobre a lucratividade, o fluxo de caixa e o retorno de investimento. Cada 
uma [...] conta o possível efeito de compensação. (BALLOU, 2006, p. 54).
 Para Ballou (2006), as tomadas de decisões que envolvem o transporte e seus modais em 
consonância com a localização do CD e o estoque são fatores preponderantes no planejamento 
para minimizar o custo, atendendo à demanda de acordo ao nível de serviço adequado. Portanto, 
se usarmos um planejamento estratégico envolvendo todas as áreas envolvidas, teremos 
condições de minimizar os custos e aumentar a rentabilidade da empresa.
É o caso da multinacional Coca-Cola, que sai da fábrica com carga máxima no caminhão e 
estaciona em um lugar estratégico no bairro, para dividir, fracionar sua carga em pequenos lotes 
e assim efetuar as entregas necessárias por moto ao seu destino final, o cliente. Tendo em vista 
que esta operação nos moldes conhecidos acarretaria problemas para a transportadora, com 
multa por estacionamento em local proibido de carga e descarga,
O planejamento logístico procura resolver quatro grandes áreas de problemas: 
níveis de serviços aos clientes, localização das instalações, decisões sobre estoques 
e decisões sobre transportes. [...] Cada uma delas tem significativo impacto sobre o 
projeto do sistema. (BALLOU, 2006, p. 53).
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Luiz Carlos da Silva Filho e Flavio Isidoro da Silva
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Para Ballou (2006), o planejamento logístico tem que estar em consonância com todas as 
áreas da logística, para a tomada de decisões. Certamente o planejamento logístico é fundamental 
para as tomadas de decisões, influenciando diretamente nos níveis de serviço ao cliente.
Mais que qualquer outro fator, o nível do serviço logístico proporcionado aos clientes 
afeta radicalmente o projeto do sistema. Serviços mínimos possibilitam um número 
menor de locais de estocagem e transportes mais baratos. Bons serviços [...] deve ser a 
determinação de níveis apropriados de serviço aos clientes. (BALLOU, 2006, p. 53-54).
Para Ballou (2006), o trade off entre os custos e o nível de serviços tem que se ajustar 
de acordo ao seu público-alvo, pois existem necessidades do nível de serviços apropriadas a 
cada cliente. Outro estudo de caso é a empresa Netshoes, que vende calçados esportivos de 
fabricantes renomados como Nike, Adidas, entre outros. Iremos pontuar como é o funcionamento 
da compra online, a saber:
a) o site da Netshoes está em toda a rede, nos principais “sites” de relacionamento e de 
compras coletivas;
b) o comprador visualiza o produto na rede, o primeiro chamado são as cores vibrantes 
do calçado, depois fabricante e por último o preço;
c) ocorre a venda, que pode ser parcelada no cartão de crédito das principais bandeiras 
da rede bancária em até 12 x sem juros, ou no débito em conta corrente com desconto;
d) faz-se o cadastro, com aconfirmação de todos os dados pessoais e de entrega;
e) emite-se nota fiscal e neste momento pergunta-se ao cliente se quer pagar uma taxa 
para entregar mais rápido o produto, com a cobrança de um determinado valor, e a 
entrega ocorrerá em até 3 dias; caso não haja, a entrega levará até 7 dias; e
f) o cliente acompanha pelo “site” todo o processo de venda, a finalização da compra, a 
transferência do produto no CD para transportadora, até chegar ao destino final.
Consideramos que a empresa Netshoes, que está no mercado desde o ano de 2000, com 
um faturamento ultrapassando o valor de 1 bilhão de reais, precisa manter o seu negócio com 
precisão, é controlada com “lupa”. No instante que o consumidor finaliza a compra, a equipe tem 
duas horas para aprovar o crédito, embalar e despachar o produto. A promessa é de entregar em 
até 48 horas, dependendo da região onde o consumidor esteja. A empresa tem 17 transportadores 
cadastrados e uma parceria com a ECT em seu CD. A logística de entrega é o foco da empresa, 
para evitar imprevistos que possam comprometer sua imagem. Pensando à frente a empresa 
inaugurou um novo centro de distribuição no Recife, acompanhando as demandas nas regiões 
Norte e Nordeste, reestruturando assim sua área de logística, que dependerá das novas parcerias 
com empresas de transporte da região para a distribuição de sua carga. Podemos comparar o 
tempo que a empresa efetivamente estabelece como padrão e a realidade, com a amostragem 
do tempo do pedido a seguir, que não foi cobrado taxa de entrega, consequentemente o cliente 
final esperou por mais dias. 
As empresas gastam um tempo enorme buscando maneiras de diferenciar suas 
ofertas de produtos em relação às da concorrência. Quando a administração 
reconhece que a logística/CS afeta uma significativa parcela dos custos da 
empresa e que o resultado das decisões tomadas quando aos processos da 
cadeia de suprimentos proporciona diferentes níveis de serviço ao cliente, atinge 
uma condição de penetrar de maneira eficaz em novos mercados, de aumentar 
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A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE TRANSPORTE
os lucros. Isto é, uma boa gestão da cadeia de suprimentos pode gerar vendas, e 
não apenas reduzir os custos. (BALLOU, 2006, p. 36).
Ballou (2006) considera que os processos logísticos para as tomadas de decisão 
influenciam não somente em minimizar custos, mas alavancar receitas. Portanto, a cadeia 
de suprimentos é nos dias de hoje preponderante para as empresas, fator de agregação aos 
níveis de serviço.
A compra foi efetivada em 17/09/2013, e a entrega prevista para 24/09/2013; com esses 
dados percebe-se que a empresa, mesmo focada na logística da distribuição de carga, não 
consegue atender seu objetivo principal, que seria a entrega do produto ao consumidor final 
nos grandes centros em até 48 horas.
Imagem 1: Site da empresa Netshoes
Nº do pedido Data Valor Status
10588635739 17/9/2013 R$ 129,90 
Produto(s) em 
Transporte Disponível?
OCULTAR 
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Itens do pedido Qtd Valor unit. Subtotal Status
Produto em 
Transporte 
 
Previsto até: 
24/09/2013 
Acompanhe a 
entrega
Endereço do 
Comprador
Endereço de 
Entrega
R$ 0,00-R$ 
0,00R$ 0,00
R$ 129,90 
Luiz Carlos Silva Filho Luiz Carlos Silva Filho
4 a 5 dias úteis
Rua dos Inválidos, 138 - 
Bloco 01 Aptº 
413Bairro: CentroCidade:
 Rio de Janeiro - 
RJCEP: 20231-046Brasil
Rua , 138 - Bloco 01 Aptº 
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 Rio de Janeiro -
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Frete:Desconto:Vale 
presente:Total:Prazo 
de entrega:
Forma de pagamentoCartão de Crédito4 
x R$ 32,48Sem Juros
Troca
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 Tênis Fila DefenderCor: 
Preto+PinkTamanho: 38 1 R$ 129,90 R$ 129,90 
Endereços Resumo do pedido
Fonte: Os autores.
Desta forma, a investigação proposta terá como o enfoque as empresas Netshoes e a 
Coca-Cola e, consequentemente, uma reflexão a respeito da forma como transportam seus 
produtos. A falta de investimentos na área de transporte, tanto na malha, quanto a falta de 
serviços especializados, já que 50% da frota do país pertencem a autônomos, 20% a empresas 
com frota própria e apenas 30% são empresas de transporte de médio e grande porte, com mão 
de obra mais qualificada, faz com que surja este gargalo, já que não há um plano de investimentos 
governamental para a melhoria do setor. 
O preço (custo) do transporte para o embarcador é simplesmente a taxa da linha 
de transporte dos produtos mais despesas complementares cobradas por serviços 
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adicionais. No caso de serviço alugado, a taxa cobrada pela movimentação de bens 
entre dois pontos, mais adicionais, como taxas de embarque na origem, entrega no 
destino, seguros ou preparação de mercadorias para o embarque, perfazem o custo 
total do serviço. Quando o [...] manuseio especial exigido por esse carregamento. 
(BALLOU, 2006, p. 151-152).
Ballou (2006) afirma que o custo de transporte está relacionado ao ponto de partida, 
até seu destino, entre outros custos que agregam este serviço. O custo de transporte está 
relacionado com o embarque, ponto de início, e ao seu desembarque, ponto final e a agregação 
de valores nessas etapas. O prazo final é certamente a principal variável de maior importância 
para o consumidor final, no qual possibilita mensurar os atributos que uma transportadora 
precisa indicar, como frequência, velocidade, consistência, disponibilidade e capacitação, caso 
queira que seu negócio seja um diferencial de mercado.
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está ao alcance 
dos clientes no momento e lugar adequados ao seu consumo. Quando uma empresa 
incorre nos custos de levar ao cliente um produto antes indisponível ou de tornar um 
estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes não existia. E 
é valor igual àquele gerado pela produção de artigos de qualidade ou de baixo custo. 
É um conceito generalizado [...] principalmente por meio transporte, dos fluxos de 
informação e dos estoques. O valor de posse, geralmente sob a responsabilidade do 
marketing, engenharia e finanças, [...] considerados responsabilidades do gerente de 
logística/cadeia de suprimentos. (BALLOU, 2006, p. 36).
Para Ballou (2006) cliente não pode ficar distante de fornecedor e logística é responsável 
por planejar e administrar esses processos. Quanto mais distante o cliente ficar de fornecedor, 
os processos necessitaram de ajustas para não causar discrepância nos níveis de estoque. Ainda 
segundo Ballou (2006), entre o ponto de origem e do destino tem que haver uma conexão limpa, 
refletindo assim no custo direto do transporte. Minimizando os gargalos, pois são formados 
quando não há um fluxo limpo entre o ponto de origem e destino.
Percebemos também que as empresas de distribuição de carga fracionada tentam se 
eximir das responsabilidades de fixar hora, data e turno para a entrega de produtos e serviços 
para os clientes que assim solicitarem, sem inserir qualquer adicional. Porém, a justiça entende 
e inclina-se a favor desta operação sem a cobrança de taxas, assim as empresas tentam adequar-
se a uma nova realidade de mercado.
Os elementos básicos dos serviços ao cliente que o profissional de logística consegue 
controlar estão dentro do conceito do tempo do ciclo de pedido (ou serviço). O tempo 
do ciclo de pedido é definido do cliente, a ordemde compra ou requisição do serviço, 
e aquele da entrega do produto ou serviço ao cliente. O ciclo do pedido [...] de uma 
encomenda. Observa-se que os elementos independentes de um ciclo de pedido são 
os tempos de transmissão, processamento e montagem, disponibilidade de estoque, 
tempo de produção e tempo de entrega. São eles direta ou indiretamente controlados 
[...] pelo vendedor. Outro importante componente [...] poderá incluir a produção. 
Até certo ponto [...] podem ser realizadas simultaneamente com as operações de 
montagem. O elemento final [...] no destino. (BALLOU, 2006, p. 97-99).
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A LOGÍSTICA NA GESTÃO DE TRANSPORTE
Para Ballou (2006), o tempo de pedido, desde a solicitação do cliente e passando por todos 
os processos da CS, tem uma importância na mensuração dos dados e os métodos adotados 
para essa gestão. O trade off entre o tempo de pedido e a entrega do produto ao cliente reflete 
em todos os processos da CS, desde a compra da matéria-prima, a unidade de transformação, 
estoque e o produto final, e são variáveis a se levar em consideração.
 
4 CONCLUSÃO
A primeira consideração é planejar, orçar e custear estas mudanças, necessárias para 
uma demanda crescente de novos serviços, racionalizando os problemas com metodologias 
que envolvam mão de obra qualificada e uma melhor roteirização, para os padrões que hoje o 
mercado exige.
 
A Logística contribui para o sucesso das organizações fornecendo aos clientes entregas 
de produtos precisas dentro de prazos. A pergunta-chave é: Quem é o cliente? Do 
ponto de vista da Logística, o cliente é a entidade à porta de qualquer destino de 
entrega. [...] para o estabelecimento de uma estratégia logística. (BOWERSOX; CLOSS, 
2008, p. 63).
Bowersox e Closs (2008) afirmam que o cliente é o ator principal para uma organização. 
Entendemos que o cliente é fundamental para uma organização, ele é o propulsor das vendas 
e de serviços, é determinante para o sucesso ou fracasso de uma empresa, e implicará em uma 
conscientização direta dos empresários e os agentes públicos, que modificar é preciso. Por outro 
lado, os Governos, em suas esferas, são responsáveis pela infraestrutura do País, e o que vemos 
é a falta de investimentos ao longo dos últimos 20 anos. Em contrapartida, os empresários 
estariam dispostos a efetuar investimentos altos sem um planejamento adequado para minimizar 
esses problemas? O que constatamos é que a questão do modal rodoviário começa muito antes 
de uma simples entrega e envolve outros modais, como o ferroviário, dutoviário, hidroviário 
e aeroviário. Desta forma, teremos que mudar profundamente esses conceitos, pois corrigir 
problemas, evoluir com as situações é simples, mas envolve vontade de terceiros. 
A Atividade de marketing determina o desempenho logístico apropriado. Portanto, 
a questão estratégica crítica é determinar a combinação de serviços e seu formato 
desejado, de modo a apoiar e estimular transações rentáveis para a empresa. Embora 
concorde que o serviço ao cliente é importante, [...] é necessário desenvolver um 
definição operacional do serviço ao cliente. (BOWERSOX; CLOSS, 2008, p. 70).
Bowersox e Closs (2008) entendem que o serviço ao cliente é fundamental, porém 
é necessário entender as expectativas do cliente, definindo seu formato e planejando qual 
estratégia é mais apropriada para negociar com ele. Verificamos que, sem uma estratégia 
adequada, não é possível elaborar um planejamento para alcançar as expectativas de clientes. 
Sendo assim, essas questões na distribuição de cargas nos grandes centros urbanos vão muito 
além de restringir veículos em uma determinada hora do dia. Portanto, vamos estudar, analisar e 
elaborar situações pra que possamos atender essas expectativas de demanda, buscando sempre 
transparência e confiabilidade nos serviços prestados. A nova palavra de ordem é eliminar custo, 
organizar o tempo e aumentar o nível de excelência.
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Luiz Carlos da Silva Filho e Flavio Isidoro da Silva
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REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5. ed. Porto 
Alegre: Bookman, 2006.
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e 
logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2001.
BOWERSOX, D. J.; DAVID, J. C. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de 
suprimento. São Paulo: Atlas, 2008.
CAIXETA FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2001.
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