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PRF Direito Administrativo Aula 10 - Ponto dos concursos

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 
 
PRF/2016 
 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 10 
 
RJU (1ª PARTE) 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
 
 
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Olá! 
 
Nesta aula, estudaremos o regime jurídico que regerá 
nossas relações com a administração pública, ou seja, o 
conjunto de direitos, deveres e responsabilidades que 
guiará nossas vidas no serviço público. 
 
Vamos ver o seguinte: 
 
Aula 10: 4.4 Lei nº 8.112/90 e suas alterações. 4. 
Agentes administrativos. 4.1 Investidura e exercício da 
função pública. 4.2 Direitos e deveres dos funcionários 
públicos; regimes jurídicos. 
 
Então é isso aí! Vamos ao que interessa. 
 
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SUMÁRIO 
 
1. Agentes Públicos ........................................................................................ 3 
2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) ................................. 8 
2.1 Cargo Público ......................................................................................... 10 
2.2 Investidura ............................................................................................. 11 
2.3 Do Provimento ....................................................................................... 14 
2.5 Vacância ................................................................................................. 18 
2.6 Estabilidade x Vitaliciedade .................................................................... 19 
2.7 Direitos e Vantagens .............................................................................. 19 
2.7.1 Indenizações ....................................................................................... 20 
2.7.2 Gratificações ....................................................................................... 22 
2.7.3 Adicionais ............................................................................................ 23 
2.8 Benefícios da Seguridade Social ............................................................. 24 
2.9 Férias ...................................................................................................... 24 
2.10 Licenças ................................................................................................ 25 
2.11 Afastamentos e concessões .................................................................. 31 
2.12 Concessões: .......................................................................................... 31 
3. QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................... 32 
4. QUESTÕES SELECIONADAS .................................................................... 118 
5. GABARITO .............................................................................................. 137 
 
 
 
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1. Agentes Públicos 
 
A noção de agente público se confunde de certo modo 
com a noção de servidor público, que durante muito tempo foi 
denominado funcionário público, expressão já ultrapassada. 
 
No entanto, atualmente é mais usual e adequado 
referirmo-nos de maneira geral ao conjunto de pessoas que realizam 
as diversas atribuições no âmbito da administração pública utilizando 
a expressão agente público, que, inclusive, goza de previsão legal, 
conforme expresso no art. 2º da Lei 8.429/92, que assim dispõe: 
 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta 
lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades 
mencionadas no artigo anterior. 
 
É preciso, no entanto, descortinarmos o alcance da 
expressão agente público, e, para tanto, utilizamos a divisão clássica 
de Hely Lopes Meirelles, para quem há as seguintes espécies de 
agentes públicos: 
 
a) Agentes políticos 
b) Agentes administrativos 
c) Agentes honoríficos 
d) Agentes delegados 
e) Agentes credenciados 
 
Agentes políticos são aqueles que ocupam cargos que 
compõe os órgãos constitucionais independentes, ou seja, dotados de 
independência funcional, prerrogativas do cargo e sujeitos a regime 
especial, cujas funções advêm diretamente da Constituição, investidos, 
normalmente, por meio de eleição, nomeação ou designação. 
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Dentre esses estariam compreendidos os magistrados, 
os membros do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, além dos 
representantes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito, 
e seus auxiliares diretos, Ministros, Secretários etc) e do Poder 
Legislativo (Deputados, Senadores, Deputados Estaduais, Distritais e 
Vereadores). 
 
Por outro lado, há forte corrente que defende serem os 
agentes políticos apenas aqueles que erigidos aos cargos eletivos, tal 
como o Presidente, Governador, Senador, Deputado, Vereador etc. 
 
Nesse sentido, vale salientar, e é preciso ficar atentos a 
isto, que o STF tem entendido que os agentes políticos são todos 
aqueles que exercem atribuições decorrentes diretamente da 
Constituição, não sendo, pois, apenas os detentores de cargos 
eletivos, de modo que englobam também outros agentes públicos tal 
como os magistrados, conforme orientação firmada no Informativo n. 
263. Vejamos: 
 
Informativo 263 (RE-228977) 
Dano Moral e Atos Judiciais (Transcrições) RE 228.977-SP* (v. 
Informativo 259) Relator: Min. Néri da Silveira EMENTA: - 
Recurso extraordinário. Responsabilidade objetiva. Ação 
reparatória de dano por ato ilícito. Ilegitimidade de parte 
passiva. 2. Responsabilidade exclusiva do Estado. A 
autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos atos 
jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se 
na espécie agente político, investidos para o exercício 
de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena 
liberdade funcional no desempenho de suas funções, 
com prerrogativas próprias e legislação específica. 
(...) 
(...) os magistrados se enquadram na espécie agente político. 
Estes, são investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no 
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desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e 
legislação específica, requisitos, aliás, indispensáveis ao 
exercício de suas funções decisórias. 
 
(...) É o que elucida o saudoso HELY LOPES MEIRELLES, em 
sua obra "Direito Administrativo Brasileiro" (18ª ed., pág. 72): 
"Os agentes políticos exercem funções governamentais, 
judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, 
conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com 
independência nos assuntos de sua competência. São as 
autoridadespúblicas supremas do Governo e da Administração 
na área de sua atuação, pois não estão hierarquizadas, 
sujeitando-se apenas aos graus e limites constitucionais e 
legais de jurisdição. Em doutrina, os agentes políticos têm 
plena liberdade funcional, equiparável à independência dos 
juízes nos seus julgamentos, e, para tanto, ficam a salvo de 
responsabilidade civil por seus eventuais erros de atuação, a 
menos que tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso 
de poder. Nesta categoria encontram-se os Chefes de 
Executivo (Presidente da República, Governadores e 
Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros e 
Secretários de Estado e de Município); os membros das 
Corporações Legislativas (Senadores, Deputados e 
Vereadores); os membros do Poder Judiciário 
(Magistrados em geral); os membros do Ministério 
Público (Procuradores da República e da Justiça, 
Promotores e Curadores Públicos)..." 
 
Por outro lado, agentes administrativos são todos 
aqueles agentes que estão submetidos à hierarquia funcional, não 
sendo membro de poder, não exercendo funções políticas ou 
governamentais, estando sujeitos ao regime jurídico da entidade a que 
servem. 
 
Nesse conceito estão todos os que têm com os entes 
Políticos (Administração Direta) e entidades administrativas 
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(Administração Indireta) vínculo funcional ou relação laboral, de 
natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de 
dependência. 
 
Por isso, dividem-se em: servidores públicos, 
empregados públicos e funcionários ou servidores temporários. 
 
Servidores públicos são todas as pessoas físicas que 
ocupam um cargo público, submetidos a regime estatutário, e 
mantendo vínculo de subordinação com o Estado ou com suas 
entidades mediante retribuição pecuniária. 
 
Nesse sentido, vale lembrar que cargo público é o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas em uma 
estrutura organizacional, que devem ser cometidas a um servidor (art. 
3º, Lei nº 8.112/90), que são criados por lei e com denominação 
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, cujo provimento 
poderá ser em caráter efetivo ou em comissão. 
 
Assim, teremos servidores públicos de cargos efetivos 
(concursados) e servidores públicos de cargos comissionados (cargos 
de Direção e Assessoramento Superior). 
 
Os empregados públicos são pessoas físicas que 
ocupam emprego público, ou seja, são os contratados sob o regime da 
legislação trabalhista (celetistas) por prazo indeterminado. 
 
Em regra, tais agentes estão no âmbito das estatais, 
submetidos ao regime laboral, na medida em que tais entidades são 
regidas, preponderantemente, pelo regime de direito privado. 
 
Ocorre, no entanto, que com a EC n. 19/98, permitiu-se 
à Administração direta, autárquica e fundacional também contratar sob 
o regime celetista. Disposição que restou suspensa pela decisão 
proferida pelo STF na ADI n. 2.135. 
 
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Servidores ou funcionários temporários, ou 
simplesmente agentes temporários, são agentes contratados de forma 
temporária, por excepcional interesse público, para exercer função por 
prazo determinado, conforme estabelece a Constituição Federal em seu 
art. 37, inciso IX, ao permitir a contratação de servidor visando atender 
necessidade temporária em razão de excepcional interesse público 
(exemplo: recenseador do IBGE). 
 
Nesse sentido, a Lei nº 8.745/93 regulamentou na esfera 
federal a contratação de pessoal para o exercício de atividade 
temporária, dispondo que as pessoas jurídicas de direito público 
poderiam contratar pessoal observando as condições e os requisitos 
legais. 
 
Agentes delegados são particulares que, por força de 
contrato ou ato administrativo em que se delega a realização de uma 
atividade, obra ou serviço público, a executam sob sua conta e risco, 
sob fiscalização do Estado, por isso atuando em colaboração a este 
(descentralização por colaboração). 
 
Como exemplo pode-se citar os delegatários de serviço 
público, tal como os concessionários, permissionários, tabelião, 
leiloeiros etc. 
 
Agentes honoríficos são particulares que, em razão de 
sua condição cívica, honra, ou de sua notória capacidade profissional, 
são requisitados ou designados pelo Estado para exercerem, de forma 
provisória, certa atividade ou função, podendo ser remunerados ou 
não. (Exemplo: Mesário, Jurado, Membros dos Conselhos Tutelares das 
crianças e adolescentes etc). 
 
Por fim, temos ainda os chamados agentes 
credenciados, ou seja, aqueles que o Estado dá a incumbência de 
representá-lo para certa e específica atividade ou para um ato 
determinado, mediante remuneração. 
 
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É possível, ademais, constatarmos a existência de outras 
classificações, a exemplo daqueles que colocam dentre tais agentes os 
militares (agentes militares) e os terceirizados (agentes em 
colaboração). 
 
É o que explica a Profa. Di Pietro em relação aos 
militares, que antes da EC n. 18/98 enquadravam-se na categoria de 
servidores públicos, porém após a emenda retirou-se a expressão, por 
isso não são considerados como servidores, figurando-se como mais 
uma categoria de agente público, denominados simplesmente de 
militares. 
 
Cuidado, pois há pessoas que ainda utilizam a expressão 
funcionário público de forma indistinta para qualificar todos os agentes 
públicos. Trata-se de uma expressão, como ressaltado, em desuso, no 
entanto, ainda prevista no Código Penal Brasileiro no art. 327, que se 
refere a qualquer agente público para fins penais. 
 
 
2. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (RJU) 
 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 39, 
estabeleceu a obrigatoriedade da administração pública direta, 
autárquica e fundacional de adotar regime jurídico único para seus 
servidores, conforme assim expresso: 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único 
e planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 
Nesse sentido, no âmbito Federal foi editada a Lei nº 
8.112/90, que criou o regime jurídico dos servidores públicos civis da 
União, das autarquias e das fundações públicas federais, o denominado 
Regime Jurídico Único (RJU). 
 
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Contudo, a Emenda Constitucional nº 19/98 (reforma do 
Estado) promoveu alteração no art. 39, caput, da CF/88, retirando a 
obrigatoriedade de se adotar um único regime jurídico para dispor 
sobre os servidores públicos, de maneira que se abriu possibilidade de 
a administração pública direta, autárquica e fundacional de adotar 
outros regimes, tal como o celetista, para provimento de emprego nos 
seus quadros, por exemplo. 
 
Recentemente, no entanto, em controle de 
constitucionalidade, no julgamento da ADI n. 2135-4 o Supremo 
Tribunal Federal (STF) deferiu medida cautelarpara suspender a 
redação do caput do artigo 39, CF/88, dada pela EC n. 19/98, por vício 
de inconstitucionalidade formal, voltando a vigorar a redação original 
da Constituição. 
 
É de se esclarecer, portanto, que temos novamente a 
obrigatoriedade de se adotar regime jurídico único. Entretanto, cumpre 
dizer que o STF conferiu efeito ex-nunc, ou seja, a decisão não tem 
efeito retroativo. E, com isso, toda a legislação editada durante a 
vigência do artigo 39, caput, com a redação da EC nº 19/98, continua 
válida a regular o período de 1998 até a decisão do STF. 
 
Ressalta-se, dessa forma, que ficam resguardas as 
situações consolidadas no período da EC n. 19 até decisão de 
suspensão, até que o mérito da ADI n. 2135-4 seja julgado em 
definitivo, ou seja, quem foi contratado pelo regime de emprego regido 
pela CLT continuará sob tal regime até que o mérito seja julgado pelo 
STF e decida sobre tais situações. 
 
Lembre-se, portanto, que a Lei nº 8.112/90 institui o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais, 
sendo denominada de RJU (regime jurídico único), por força do art. 
39, caput, da CF/88. 
 
E, nos termos do RJU, considera-se servidor a pessoa 
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legalmente investida em cargo público, e cargo público, o 
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
Portanto, os servidores públicos, em sentido estrito, são 
regidos por um conjunto de regras que estabelecem seus 
direitos, deveres, obrigações e responsabilidades. Trata-se do 
regime jurídico dos servidores públicos. 
 
A Lei nº 8.112/90 delimita os critérios, direitos, deveres 
e demais regras que estabelecem as obrigações e responsabilidades 
dos servidores públicos federais. 
 
É fato que esse vínculo, do servidor com o Estado, se 
inicia com nomeação, posse e exercício no cargo. 
 
2.1 Cargo Público 
 
Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.112/90, cargo público 
é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
De outro lado, conforme a própria Lei nº 8.112/90, art. 
2º, estabelece, servidor é pessoa legalmente investida em cargo 
público. 
 
Assim, somente haverá cargos públicos no âmbito da 
Administração direta, autárquica e fundacional (fundações públicas de 
direito público). 
 
Nas demais entidades administrativas, ou seja, nas 
fundações públicas de direito privado e nas estatais (empresas públicas 
e sociedades de economia mista) não teremos cargos públicos, 
teremos empregados públicos. 
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2.2 Investidura 
 
A Lei nº 8.112/90 estabeleceu os requisitos para 
investidura em cargo público, conforme art. 5º, que assim dispõe: 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo 
público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental 
 
Deve-se observar que tais requisitos devem ser 
demonstrados no ato da posse, não se estabelecendo qualquer limite 
de idade para efeito de inscrição em concurso. 
 
Importante dizer que o Supremo Tribunal Federal tem 
firme entendimento no sentido de que estabelecer limite de idade para 
inscrição em concurso público depende de expressa previsão legal, 
conforme a súmula 14, que assim dispõe: 
 
Súmula 14: Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público. 
 
Esse entendimento foi aplicado, inclusive, recentemente, 
conforme Informativo nº 580, que assim veiculou: 
 
INFORMATIVO Nº 580 
TÍTULO: Forças Armadas: Limite de Idade para Concurso de 
Ingresso e Art. 142, § 3º, X, da CF - 2 
PROCESSO: RE - 600225 
ARTIGO 
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A Min. Cármen Lúcia, relatora, negou provimento ao recurso 
por entender que, tendo a Constituição Federal determinado, 
em seu art. 142, § 3º, X, que os requisitos para o ingresso nas 
Forças Armadas são os previstos em lei, com referência 
expressa ao critério de idade, não caberia regulamentação por 
meio de outra espécie normativa. Considerou, por 
conseguinte, não recepcionada pela Carta Magna a expressão 
“e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica”, contida no art. 10 da Lei 6.880/80, que dispõe 
sobre o Estatuto dos Militares (“Art. 10 O ingresso nas Forças 
Armadas é facultado mediante incorporação, matrícula ou 
nomeação, a todos os brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei e nos regulamentos da marinha, do 
exército e da aeronáutica.”.). Afirmou ser inquestionável a 
prerrogativa das Forças Armadas de instituir por regulamento 
de cada Força, e até mesmo nos editais de concursos, os 
procedimentos relativos a todo o certame. Aduziu que o 
conteúdo definido constitucionalmente como sendo objeto de 
cuidado a ser levado a efeito por lei haveria de ser desdobrado, 
de forma detalhada, nos atos administrativos, tais como os 
regulamentos e editais. Observou, contudo, que esses atos 
não poderiam inovar nos pontos em que a legislação não 
tivesse estatuído. Registrou, ainda, que, no item específico 
relativo à definição dos limites de idade, a fixação do 
requisito por regulamento ou edital, categoria de atos 
administrativos, esbarraria, inclusive, na Súmula 14 do 
STF (“Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público.”). RE 572499/SC, rel. Min. Cármen 
Lúcia, 25.3.2010. (RE-572499) 
 
Vale destacar que a Constituição Federal estabeleceu a 
necessidade de reserva de vagas aos portadores de necessidades 
especiais, tendo, nesse aspecto, remetido à lei para regulamentar tal 
disposição. 
 
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Desse modo, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º, 
estabeleceu que até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas 
nos concursos públicos serão reservadas aos portadores de 
necessidades especiais. 
 
Deve-se atentar para o fato de que se ocorrer fração, na 
fixação do percentual, deverá ser arredondado o número de vagas para 
o próximo inteiro. Por exemplo, um concurso estabelece 19 vagas e 
10% são destinadas aos portadores de necessidades especiais. Assim, 
teríamos 1,9 (um inteiro e nove décimos), ou seja, apenas uma vaga? 
Não. Teríamos duas vagas destinadas a PNE, eis que se arredonda 
sempre para o próximo número inteiro. 
 
Ademais, vale lembrar que no plano federal, o Decreto 
3.298/99, em seu artigo 37, trouxe previsão de que no mínimo 5% 
(cinco por cento) das vagas serão destinadas aos candidatos 
portadores de necessidades especais, conforme o seguinte: 
 
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadorade deficiência o 
direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de 
condições com os demais candidatos, para provimento de 
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência 
de que é portador. 
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da 
necessária igualdade de condições, concorrerá a todas 
as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de 
cinco por cento em face da classificação obtida. 
§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo 
anterior resulte em número fracionado, este deverá ser 
elevado até o primeiro número inteiro subsequente. 
 
É de se observar, ademais, que, de acordo com a 
Constituição, os cargos públicos também podem ser acessíveis aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
 
Para tanto, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º, §3º, 
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estabelece que “as universidades e instituições de pesquisas 
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo 
com as normas e procedimentos desta Lei”. 
 
2.3 Do Provimento 
 
Provimento é o ato de preencher cargo público. Com 
efeito, há duas formas de provimento, o denominado originário, ou 
seja, quando o agente não tem vínculo anterior com o cargo a ser 
ocupado, e o provimento derivado, quando há um vínculo anterior. 
 
O derivado poderá ser vertical (elevação funcional) ou 
horizontal (mudança de cargo do mesmo nível). 
 
Assim, conforme disposto no art. 8º da Lei nº 
8.112/90, são formas de provimento: a) nomeação; b) 
promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f) 
reintegração; e, g) recondução. Vejamos: 
 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
A nomeação é a única forma de provimento originário, 
todas as demais são provimentos derivados. 
 
Nomeação é a indicação de uma pessoa para ocupar um 
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cargo público, podendo ser de provimento efetivo, que se dará em 
virtude de aprovação em concurso público de provas ou provas e 
títulos, ou, comissionado, que é de livre nomeação e exoneração. 
 
A nomeação é sempre ato administrativo unilateral 
que não gera, por si só, qualquer obrigação para o servidor, mas sim 
o direito subjetivo para que esse formalize seu vínculo com a 
Administração, por meio da posse. 
 
Posse é ato jurídico bilateral de investidura do servidor 
no cargo. Importante salientar que somente haverá posse no 
provimento originário, ou seja, por nomeação. 
 
O prazo para o nomeado tomar posse é de trinta dias, 
improrrogáveis, contados da nomeação, ressalvando-se as seguintes 
hipóteses de licenças e afastamento, quando o prazo será contado a 
partir do término do impedimento. 
 
Art. 81, inc. I Licença em virtude de doença em pessoa da família 
Art. 81, inc. III Licença para prestar serviço militar obrigatório 
Art. 81, inc. V Licença capacitação 
Art. 102, inc. I Férias, 
Art. 102, inc. IV Treinamento regularmente instituído ou pós-graduação 
stricto sensu 
Art. 102, inc. VI Júri e outros serviços obrigatórios por lei 
Art. 102, inc. VIII, “a” Licença gestante, adotante e paternidade 
Art. 102, inc. VIII, “b” Licença para tratamento de saúde 
Art. 102, inc. VIII, “d” Licença em virtude de acidente em serviço ou doença 
profissional 
Art. 102, inc. VIII, “e” Licença capacitação 
Art. 102, inc. VIII, “f” Convocação para serviço militar 
Art. 102, inc. IX Deslocamento por remoção 
Art. 102, inc. X Participação em competição representando o país 
 
A lei permite que a posse se dê mediante procuração 
específica, ou seja, que seja exclusiva no sentido de outorgar poderes 
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ao terceiro para proceder à investidura no cargo em nome do nomeado, 
nos termos do art. 13, §3º, que assim dispõe: 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo 
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, 
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer 
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração 
específica. 
 
Acaso o nomeado não tome posse no prazo fixado, 
torna-se sem efeito o ato de nomeação. 
 
Com a posse abre-se o prazo quinzenal (15 dias) 
para o empossado entrar em exercício. 
 
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público, de modo que não poderá ser conferido a terceiro (é 
personalíssimo). Não entrando o empossado em exercício no prazo 
legal será exonerado. No caso de função de confiança o exercício, em 
regra, coincide com a data da designação e acaso não se entre em 
exercício torna-se sem efeito a designação. 
 
Os servidores têm jornada de trabalho com duração 
máxima semanal de quarenta horas, devendo observar o limite mínimo 
e máximo de seis horas e oito horas diárias. 
 
As demais formas de provimento são derivadas. A 
vertical é a promoção, a horizontal é a readaptação, as outras são por 
reingresso. 
 
Readaptação é a investidura de servidor, ocupante de 
cargo efetivo, em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental. 
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Aqui se aplica ao servidor estável ou não, e sempre é 
precedida de inspeção médica, pois se o servidor for julgado incapaz 
será aposentado. 
 
A readaptação deverá observar o seguinte: atribuições 
condizentes com sua limitação; habilitação exigida para o cargo; 
mesmo nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. 
 
Reintegração é o retorno, ou investidura, do servidor 
estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de ter sido 
invalidada, por decisão administrativa ou judicial, sua demissão. 
 
O servidor reintegrado terá direito ao ressarcimento de 
todas as vantagens durante o período de seu afastamento. 
 
Se o cargo que ocupava tiver sido transformado em 
outro, voltará para o cargo objeto da transformação. Se extinto, ficará 
em disponibilidade. 
 
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio 
probatório ou por reintegração do anterior ocupante. 
 
Aproveitamento é o retorno do servidor posto em 
disponibilidade e, por isso, estável, a cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 
Reversão é o retorno à atividade do servidor 
aposentado. Ocorre nos casos de aposentadoria por invalidez quando 
Junta Médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, ou 
por aposentadoria voluntária, no interesse da administrativa,e desde 
que não tenha ocorrido há mais de cinco anos, sendo o servidor estável 
quando em estava na ativa, havendo cargo vago, e ter ocorrido a 
solicitação de retorno. 
 
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Promoção é a elevação funcional do servidor dentro de 
uma carreira, ou seja, é a passagem de um servidor de uma 
categoria/classe para outra. 
 
Assim, por exemplo, Delegado de Polícia de terceira 
categoria, sendo promovido, por antiguidade ou merecimento, para 
Delegado de Polícia de segunda categoria, depois, primeira e, por fim, 
para a categoria especial. 
 
É importante destacar que a Lei nº 8.112/90 trazia a 
previsão da ascensão e da transferência, duas formas que eram tidas 
por inconstitucionais, já que violavam o princípio da acessibilidade por 
meio de concurso público. 
 
A ascensão era a modalidade de provimento por 
transposição ou verticalidade, de modo que o indivíduo tinha acesso a 
outro cargo, de nível superior ao que ocupava, sem concurso público. 
Referida modalidade foi revogada pela Lei nº 9.527/97, pois estava 
suspensa pelo STF que certamente a declararia inconstitucional. 
 
Na transferência o servidor passava de um cargo para 
outro em órgãos ou entidades distintas. Por também ser 
inconstitucional, foi objeto de revogação pela Lei nº 9.527/97. 
 
2.5 Vacância 
 
A vacância é o ato administrativo pelo qual o cargo 
público fica vago, em razão de exoneração, demissão, aposentadoria, 
promoção, falecimento, posse em outro cargo inacumulável, conforme 
estabelece o art. 33, que assim dispõe: 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
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V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
 
 
2.6 Estabilidade x Vitaliciedade 
 
A Lei nº 8.112/90 não estabelece qualquer garantia de 
vitaliciedade ou inamovibilidade para servidores públicos. Tais 
garantias estão previstas constitucionalmente para algumas carreiras, 
consideradas típicas de Estado, tal como a magistratura, membros do 
Ministério Público (promotores de justiça, procuradores da República) 
e a inamovibilidade também para Defensores Públicos. 
 
Para os servidores públicos, ocupantes de cargos 
efetivos, a Lei nº 8.112/90, nos moldes preconizados pela Constituição 
Federal (art. 41), possibilita a estabilidade no serviço público, após três 
anos de efetivo exercício. 
 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício 
os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público 
 
São requisitos para a estabilidade que o servidor tenha 
sido aprovado em concurso público, nomeação para cargo público 
efetivo, ter três anos de efetivo exercício do cargo (conforme 
entendimento do STF e STJ), bem como ter realizado e ter sido 
aprovado na avaliação especial de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade. 
 
2.7 Direitos e Vantagens 
 
Conforme estabelece o art. 40 do RJU, vencimento é a 
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retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado 
em lei. E, a remuneração, de acordo com o art. 41, é o vencimento do 
cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei. 
 
O servidor público além do vencimento poderá perceber 
indenizações, gratificações e adicionais, conforme art. 49 que assim 
estabelece: 
 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor 
as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
 
No entanto, as indenizações não se incorporam ao 
vencimento ou provento para qualquer efeito, incorporando-se apenas 
as gratificações e adicionais, conforme art. 49, §§1º e 2º do RJU. 
 
2.7.1 Indenizações 
 
a) Ajuda de custo (arts. 53 a 57) 
 
É destina-se a compensar as despesas de instalação do 
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova 
sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. 
 
A Administração assume, ainda, as despesas de 
transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, 
bagagem e bens pessoais. 
 
Valor máximo: 3 meses de remuneração. 
 
O servidor é obrigado a restituir a ajuda de custo 
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo 
de 30 dias. 
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b) Diárias (arts. 58 e 59) 
 
A Lei nº 8.112/90, conforme art. 58, dispõe que o 
servidor que se afastar, em caráter eventual e transitório, para outro 
ponto do território nacional ou do exterior, a serviço fará jus a 
passagens e diárias, nestes termos: 
 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter 
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
É importante salientar que as diárias serão concedidas, 
com base em regulamento, por dia de afastamento, sendo devida pela 
metade no caso de não haver pernoite fora da sede. 
 
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo 
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite 
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as 
despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada 
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir 
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
 
Assim, quando não houver o afastamento da sede não 
serão devidas as diárias, ficando o servidor obrigado a devolvê-las, no 
prazo de cinco dias, conforme o art. 59, do RJU, que assim estabelece: 
 
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, 
por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, 
no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
De igual forma, quando se tratar de região 
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metropolitana, aglomerados urbanos ou microrregiões, ou seja, 
municípios limítrofes também não serão devidas as diárias, conforme 
o art. 58, §3º, que assim dispõe: 
 
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar 
dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou 
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e 
regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado 
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência 
dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se 
estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipótesesem 
que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os 
afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei nº 
9.527, de 10.12.97) 
 
c) Indenização de transporte (art. 60) 
 
É devida ao servidor que realiza serviços externos 
utilizando meio de transporte próprio. 
 
2.7.2 Gratificações 
 
a) Pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento. 
 
É o acréscimo à remuneração que ocorre pelo exercício 
de cargo comissionado (DAS). 
 
b) gratificação natalina 
 
Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a 
que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no 
respectivo ano, sendo fração igual ou superior a 15 (quinze) dias 
considerada como mês integral para efeito de cálculo (art. 63). 
 
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2.7.3 Adicionais 
 
a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas 
ou penosas 
 
Insalubridade: devido ao servidor que, em razão de 
suas funções, está em constante contato com substâncias ou 
elementos que podem, em longo prazo, provocar deterioração de sua 
saúde. 
 
Periculosidade: é pago ao servidor que coloca em risco 
sua integridade física em razão do exercício de suas funções. 
 
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não 
podem ser recebidos cumulativamente. 
 
Penosidade: pago aos servidores em exercício em 
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida (penosas) 
o justifiquem. 
 
d) adicional pela prestação de serviço extraordinário 
 
O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo de 
50% em relação à hora normal de trabalho (art. 73). O limite máximo 
de horas-extras permitido é de 2 horas por jornada (art. 74). 
 
e) adicional noturno (art. 75) 
 
É devido pela prestação de serviço no horário 
compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia 
seguinte. 
 
O adicional compreende o acréscimo de 25% sobre o 
valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno, 
considerando-se hora noturna de 52min e 30s. 
 
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O adicional de serviço noturno é calculado 
cumulativamente com o adicional de serviço extraordinário (se for o 
caso de o serviço noturno ser extraordinário). 
 
f) adicional de férias 
 
Corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração do 
período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, 
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva 
vantagem será considerada no cálculo do adicional. 
 
2.8 Benefícios da Seguridade Social 
 
a) Auxílio-natalidade (art. 196): O auxílio-natalidade é devido à 
servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente 
ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de 
natimorto, e caso de parto múltiplo será acrescido de 50% por cada 
nascituro. 
 
b) Salário-família: O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao 
inativo, por dependente econômico, devendo o valor ser estabelecido 
em lei. 
 
2.9 Férias 
 
O servidor faz jus a 30 dias de férias anuais, após 
completar 12 meses de efetivo exercício. Podem ser parceladas em até 
três etapas, a requerimento do servidor, no entanto, a concessão do 
parcelamento é discricionária. 
 
Podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, 
no caso de necessidade do serviço. 
 
Para o primeiro período aquisitivo de férias serão 
exigidos 12 meses de exercício (art. 77, § 1º). 
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O pagamento da remuneração das férias será efetuado 
até 2 dias antes do início do respectivo período (art. 78). 
 
As férias somente poderão ser interrompidas por motivo 
de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço 
militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela 
autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 80). 
 
2.10 Licenças 
 
a) Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
 
Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, 
do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas 
expensas e conste do seu assentamento funcional. 
 
Somente será concedida se o servidor comprovar 
indispensável sua assistência direta e essa não puder ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação 
de horário. 
 
É vedado ao servidor o exercício de atividade 
remunerada durante o período da licença. 
 
O período máximo de licença será de 150 dias, sendo 
que os primeiros trinta dias a licença será remunerada. Os trinta dias 
seguintes poderão ser de licença remunerada, dependendo essa 
prorrogação de parecer de junta médica oficial. O restante (90 dias) 
não serão remunerados. 
 
O período de licença remunerada é contado como tempo 
de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 
103, II). 
 
b) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
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Para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi 
deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou 
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e 
Legislativo. 
 
A licença será por prazo indeterminado e sem 
remuneração e o período de fruição não é computado como tempo de 
serviço para qualquer efeito. 
 
c) Licença para o Serviço Militar 
 
Ao servidor convocado para o serviço militar será 
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação 
específica. 
 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias, 
sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo. 
 
O período de licença é considerado como de efetivo 
exercício (art. 102, VIII, “f”). 
 
d) Licença para Atividade Política 
 
O servidor poderá obter licença durante o período que 
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato 
a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a 
Justiça Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de 
serviço, será sem remuneração. 
 
Também poderá obter a licença a partir do registro da 
candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, com a 
remuneração do cargo efetivo. 
 
Nessa hipótese, a remuneração somente será paga pelo 
período de três meses. Caso o período entre o registro da candidatura 
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e o décimo dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor 
poderá permanecer de licença, mas sem direito à remuneração. Esse 
período de licença será computado como tempo de serviço apenas para 
efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III). 
 
 
e) Licença para Capacitação 
 
Após cada cinco anos de efetivo exercício, não 
acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração, 
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até três meses, para participarde curso de 
capacitação profissional. 
 
Trata-se de ato discricionário, não gerando direito 
adquirido. Não devendo ser confundido com a licença prêmio, pois esta 
foi extinta. 
 
O período de licença para capacitação é considerado 
como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de serviço. 
 
f) Licença para Tratar de Interesses Particulares 
 
O servidor poderá requerer licença para tratar de 
interesses particulares, sem remuneração, que poderá durar até três 
anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor 
ou no interesse do serviço. 
 
É vedada, no entanto, para servidor em estágio 
probatório. Sendo, ademais, ato discricionário da Administração. 
 
O período de licença, evidentemente, não é computado 
como tempo de serviço para qualquer efeito. 
 
g) Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
 
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O servidor poderá obter licença para desempenho de 
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito 
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade 
fiscalizadora da profissão. 
 
Será de forma não remunerada, sendo, no entanto, ato 
vinculado, ou seja, obrigatória a concessão. 
 
A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser 
prorrogada, no caso de reeleição, por uma única vez. 
 
O tempo de fruição da licença é computado como de 
efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeito de promoção 
por merecimento (art. 102, VIII, “c”). 
 
h) Licença para Tratamento de Saúde 
 
O servidor poderá obter licença para tratamento de sua 
própria saúde. Trata-se de licença remunerada. 
 
O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de 
saúde é de 24 meses. 
 
O período de licença é computado como tempo de efetivo 
exercício até o limite de vinte e quatro meses, cumulativos ao longo do 
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
efetivo. 
 
A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de todo o 
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço 
apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
 
i) Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade 
 
Gestante: 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem 
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prejuízo da remuneração. Podendo ser prorrogado por mais 60 dias. 
 
O direito à licença pode ser exercido pela servidora a 
partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por 
prescrição médica. No caso de nascimento prematuro, a licença terá 
início a partir do parto. 
 
Adotante: (a) 90 dias se a criança tiver até 1 ano de 
idade; ou (b) 30 dias se a criança tiver mais de 1 ano de idade, que 
também poderá ser prorrogado, conforme o seguinte: 
 
Art. 1o Fica instituído, no âmbito da Administração Pública 
federal direta, autárquica e fundacional, o Programa de 
Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante. 
 
Art. 2o Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogação da 
Licença à Gestante e à Adotante as servidoras públicas 
federais lotadas ou em exercício nos órgãos e entidades 
integrantes da Administração Pública federal direta, autárquica 
e fundacional. 
 
§ 1o A prorrogação será garantida à servidora pública que 
requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto 
e terá duração de sessenta dias. 
 
§ 2o A prorrogação a que se refere o § 1o iniciar-se-á no dia 
subsequente ao término da vigência da licença prevista no art. 
207 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou do 
benefício de que trata o art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de julho 
de 1991. 
 
§ 3o O benefício a que fazem jus as servidoras públicas 
mencionadas no caput será igualmente garantido a quem 
adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança, na seguinte proporção: 
 
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I - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que 
trata o art. 71-A da Lei nº 8.213, de 1991: 
a) sessenta dias, no caso de criança de até um ano de idade; 
b) trinta dias, no caso de criança de mais de um e menos de 
quatro anos de idade; e 
c) quinze dias, no caso de criança de quatro a oito anos de 
idade. 
II - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que 
trata o art. 210 da Lei nº 8.112, de 1990: 
a) quarenta e cinco dias, no caso de criança de até um ano de 
idade; e 
b) quinze dias, no caso de criança com mais de um ano de 
idade. 
§ 4o Para os fins do disposto no § 3o, inciso II, alínea “b”, 
considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade 
incompletos, nos termos do art. 2o da Lei no 8.069, de 13 de 
julho de 1990. 
 
Paternidade: Pelo nascimento ou adoção de filhos, o 
servidor terá direito à licença-paternidade, remunerada, de 5 dias 
consecutivos. 
 
Os períodos de gozo das licenças descritas nesse tópico 
consideram-se como de efetivo exercício para efeito de contagem do 
tempo de serviço (art. 102, VIII, “a”). 
 
j) Licença por Acidente em Serviço 
 
Se do acidente em serviço resultar invalidez permanente 
do servidor, será ele aposentado com proventos integrais, não importa 
quanto tempo tenha de serviço. 
 
Se, ao término de 24 meses, o servidor for considerado 
inapto para o serviço, será aposentado por invalidez permanente com 
proventos integrais. 
 
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A prova do acidente deve ser feita no prazo de 10 dias, 
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. 
 
2.11 Afastamentos e concessões 
 
Afastamentos: (1) Afastamento para Servir a Outro 
Órgão ou Entidade (art. 93); (2) Afastamento para Exercício de 
Mandato Eletivo (art. 94); Afastamento para Estudo ou Missão no 
Exterior (art. 95) 
 
2.12 Concessões: 
 
Conforme o art. 97 da Lei nº 8.112/90, sem qualquer 
prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço, por 1 (um) dia, 
para doação de sangue; por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; 
por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: 
 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e 
irmãos. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
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3. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Em sentido estrito, todas as 
pessoas que servem ao poder público, de forma transitória ou 
definitiva, remuneradas ou não, são consideradas servidores 
públicos. 
 
Comentário: 
 
Em sentido amplo, servidor público ou agente público é 
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, 
emprego ou função nas entidades integrantes da Administração Pública 
ou queprestem serviços públicos. 
 
Contudo, em sentido estrito, servidor público é o 
ocupante de cargo público efetivo ou comissionado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) Integram 
a categoria dos agentes administrativos aqueles que são 
contratados temporariamente para atender a uma necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
 
Comentário: 
 
Realmente, os agentes administrativos são divididos em: 
servidores públicos, empregados públicos e os temporários, estes são 
contratados temporariamente para atender a uma necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
 
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Gabarito: Certo. 
 
 
3. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são 
entidades integrantes da administração indireta, portanto, aos 
seus funcionários aplica-se o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais. 
 
Comentário: 
 
A CF/88, em seu artigo 39, estabeleceu a 
obrigatoriedade da Administração Pública Direta, autárquica e 
fundacional de adotar regime jurídico único para seus servidores, 
conforme assim expresso: 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de 
carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 
Diante disso, como observado, no âmbito federal, foi 
editada a Lei nº 8.112/90, que criou o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais, o denominado Regime Jurídico Único (RJU), que, 
consoante dispõe o art. 1º: 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações 
públicas federais. 
 
Portanto, tal regime não se aplica às empresas públicas 
e as sociedades de economia mista na medida em que o regime de 
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seus empregados é o contratual (celetista). 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
4. (ANALISTA – ECT – CESPE/2011) Os ocupantes de cargo 
público ou de emprego público têm vínculo estatutário e 
institucional regido por estatuto funcional próprio, que, no caso 
da União, é a Lei n.º 8.112/1990. 
 
Comentário: 
 
Apenas os ocupantes de cargo público é que têm vínculo 
estatutário e institucional regido por estatuto funcional próprio, que, 
no caso da União, é a Lei n.º 8.112/1990. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) O regime 
jurídico instituído pela Lei n.o 8.112/1990 aplica-se aos 
servidores civis da União e das autarquias, fundações, 
empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 8.112/90, denominado RJU, aplica-se aos 
servidores públicos civis da União (administração direta) e das 
autarquias e fundações públicas (de direito público). 
 
Portanto, não se aplica às pessoas jurídicas de direito 
privado integrantes da administração pública (empresa pública, 
sociedade de economia mista e fundação pública de direito privado). 
 
Gabarito: Errado. 
 
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6. (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) As 
empresas públicas são submetidas ao regime jurídico instituído 
pela Lei n.º 8.112/1990. 
 
Comentário: 
 
O regime jurídico dos empregados públicos é o celetista. 
Com efeito, as empresas públicas não estão submetidas ao regime 
jurídico instituído pela Lei nº 8.112/90. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – PRF – CESPE/2012) O regime 
estatutário, como o instituído pela Lei n.º 8.112/1990, abrange 
somente os servidores titulares de cargos efetivos. 
 
Comentário: 
 
Ao servidor público é aplicado o regime estatutário (Lei 
nº 8.112/90). E, conforme estabelece o RJU, servidor público é aquele 
que ocupa cargo público, seja de provimento efetivo ou em comissão. 
 
Portanto, aplica-se o regime estatutário a ambos. Só 
deve ser ressalvado que o servidor ocupante de cargo comissionado 
está submetido para fins previdenciários ao regime geral de 
previdência social e não ao regime da Lei nº 8.112/90. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
8. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Para os 
efeitos da Lei n. o 8.112/1990, servidor público é o ocupante 
de cargo público, conceituação que abrange os ocupantes de 
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cargo em comissão e função de confiança. 
 
Comentário: 
 
De fato, servidor público é aquele que ocupa cargo 
público, seja de provimento efetivo ou em comissão. 
 
Os ocupantes de função de confiança obrigatoriamente 
devem ser servidores públicos e, portanto, também os ocupantes de 
função de confiança estariam englobados na noção de servidor público. 
 
Cuidado, a questão quer te induzir a erro, ou seja, não 
se confunde a função de confiança com função pública. Aquele que 
ocupa uma função pública não precisa ocupar cargo público 
necessariamente. No entanto, a função de confiança é destinada à 
servidor de carreira. 
 
Art. 37. 
V - as funções de confiança, exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia 
e assessoramento. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
9. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) O ocupante de cargo em comissão ou função de 
confiança submete-se ao regime de integral dedicação ao 
serviço e pode ser convocado sempre que houver interesse da 
administração 
 
Comentário: 
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O servidor ocupante de cargo em comissão ou função de 
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, 
podendo ser convocado sempre que houver interesse da 
Administração, conforme estabelece a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 
19, §1º, in verbis: 
 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada 
em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, 
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 
quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de 
seis horas e oito horas diárias, respectivamente. (Redação 
dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) 
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de 
confiança submete-se a regime de integral dedicação ao 
serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser 
convocado sempre que houver interesse da Administração. 
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Percebam que há uma diferença entre dedicação integral 
e dedicação exclusiva.Regime de dedicação integral quer dizer dedicação plena 
ao serviço, exigindo-se dedicação por inteiro ao cargo, ou seja, o 
servidor fica à disposição da Administração. No entanto, é possível que 
acumule o cargo efetivo e o comissionado, conforme estabelece o art. 
120 do RJU, quando houver compatibilidade de horário e local e 
declarado pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades 
envolvidas. 
 
De outro lado, dedicação exclusiva diz respeito à vedação 
de exercício de quaisquer outras atividades, públicas ou privadas, 
independentemente se dentro ou fora do horário de trabalho. 
 
Gabarito: Certo. 
 
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10. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) Os 
servidores temporários, ao serem contratados por tempo 
determinado para atender à necessidade temporária de 
excepcional interesse público, exercem função pública e, 
portanto, passam a estar vinculados a emprego público. 
 
Comentário: 
 
Os servidores temporários são agentes contratados 
de forma temporária, por excepcional interesse público, para exercer 
função por tempo determinado, conforme art. 37, inc. IX, CF/88, 
mantendo vínculo contratual, por prazo determinado, com a 
Administração Pública. Portanto, tais agentes não ocupam emprego 
público. Trata-se do exercício de uma função pública. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
11. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Os 
servidores contratados para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público estão sujeitos ao mesmo 
regime jurídico aplicável aos servidores estatutários. 
 
Comentário: 
 
Os servidores temporários são regidos pela Lei n. 
8.745/93 que estabelece um estatuto contratual próprio para o 
temporário, não lhes sendo aplicada a Lei nº 8.112/90. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
12. (TODOS OS CARGOS – SUPERIOR – ANEEL – CESPE/2010) 
No que se refere aos vocábulos cargo, emprego e função 
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pública, é correto afirmar que o servidor contratado por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público exerce função pública. 
 
Comentário: 
 
O servidor temporário, muito embora mantenha vínculo 
contratual com a Administração, exerce função pública por prazo 
determinado. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
13. (CESPE/2014 – MEC – TODOS OS CARGOS) No que se 
refere à contratação de pessoal por tempo determinado para o 
atendimento de necessidade temporária de excepcional 
interesse público, julgue os itens seguintes, com base na 
legislação de regência. Na referida forma de contratação, o 
recrutamento de pessoal prescinde de concurso público. 
 
Comentário: 
 
O recrutamento de temporário é feito, em regra, por 
meio de seleção pública. Por isso, prescinde de concurso público. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
14. (POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL – PRF – CESPE/2013) 
A nomeação para cargo de provimento efetivo será realizada 
mediante prévia habilitação em concurso público de provas ou 
de provas e títulos ou, em algumas situações excepcionais, por 
livre escolha da autoridade competente. 
 
Comentário: 
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Nos termos do art. 37, inc. II, a investidura em cargo 
ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração. 
 
Ademais, não se trata de algumas situações 
excepcionais, mas nos casos em que a lei estabelece os cargos 
comissionados, que são de livre nomeação e exoneração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (CESPE/2014 – MTE – AGENTE ADMINISTRATIVO) Apenas 
por meio de prévia aprovação em concurso de provas ou de 
provas e títulos, poderá o cidadão brasileiro ter acesso aos 
cargos e empregos públicos. 
 
Comentário: 
 
Os cargos públicos, em regra, são acessíveis por meio de 
concurso público de provas ou provas e títulos (art. 37, inc. II, CF/88). 
Contudo, há diversos cargos que não são preenchidos por meio de 
concurso a exemplo dos cargos comissionados. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
16. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) As 
pessoas com qualquer tipo de deficiência física têm garantido o 
direito de se inscrever em concurso público para provimento de 
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de 
que são portadoras, além da reserva de, pelo menos, 25% das 
vagas oferecidas no concurso. 
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Comentário: 
 
Observe que o percentual não é de pelo menos 25% das 
vagas oferecidas no concurso, conforme art. 5º, §3º, Lei nº 8.112/90 
é de até 20% (vinte por cento) das vagas. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) 
Constitui requisito básico para a investidura em cargo público 
a nacionalidade brasileira, não se admitindo, portanto, o 
provimento de cargos com cidadãos estrangeiros, 
independentemente da instituição. 
 
Comentário: 
 
É de se observar que os cargos públicos são acessíveis 
aos brasileiros, natos ou naturalizados, e aos estrangeiros na forma da 
lei, conforme estabelece a Constituição Federal em seu art. 37, inc. I, 
que assim determina: 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, 
assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
Nesse sentido, a Lei nº 8.112/90 permite que as 
Universidades e Instituições de pesquisa científica e tecnológicas 
federais preencham seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, conforme art. 5º, §3º, assim expresso: 
 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com 
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as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
9.515, de 20.11.97) 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/RJ – 
CESPE/2012) Tendo em vista que a nacionalidade é um dos 
requisitos para investidura em cargos públicos, é correto 
afirmar que estrangeiro não pode exercer qualquer atividade 
de natureza pública. 
 
Comentário: 
 
Em que pese ser requisito para ingresso em cargo 
público a nacionalidade, a própria Lei nº 8.112/90, no sentido do que 
assegura a CF/88, permite que as Universidades e Instituições de 
pesquisa científica e tecnológicas federais preencham seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, conforme art. 5º, §3º, 
assim expresso: 
 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científicae 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com 
as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
9.515, de 20.11.97) 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
19. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) Observadas as garantias constitucionais, a 
elaboração de novos planos de carreira e a inovação no regime 
jurídico dos agentes administrativos estão sujeitas à valoração 
de conveniência e oportunidade da administração pública, não 
possuindo o servidor a ela estatutariamente vinculado qualquer 
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sorte de direito adquirido a enquadramento diverso daquele 
determinado legalmente, segundo os critérios 
discricionariamente normatizados. 
 
Comentário: 
 
De fato, a elaboração de novas planos de carreira, 
modificando-se o regime jurídico dos agentes, se insere no âmbito das 
atividades discricionárias, de modo que não há direito adquirido do 
agente à manutenção do regime antigo, conforme entendimento 
firmado pelo próprio Supremo Tribunal Federal. 
 
Ademais, o enquadramento que o servidor receberá será 
aquela fixado no novo regime, não podendo ser conferido 
enquadramento distinto, sob pena de ilegalidade do ato. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
20. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 10ª REGIÃO – CESPE/2013) 
A acumulação lícita de cargos públicos por parte do servidor é 
condicionada à demonstração de compatibilidade de horários. 
 
Comentário: 
 
A regra é a vedação da acumulação de cargos. No 
entanto, permite-se a acumulação nos casos autorizados pela CF/88, 
desde que haja compatibilidade de horário, conforme o seguinte: 
 
Art. 37 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
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científico; 
c) a de dois cargos privativos de médico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
21. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MT – CESPE/2010) O 
concurso público tem validade de três anos, podendo ser 
prorrogado uma única vez, por igual período. 
 
Comentário: 
 
Conforme estabelece a Constituição Federal, em seu 
artigo 37, inc. III, o concurso público terá validade de até dois anos, 
podendo ser prorrogado por igual período. Neste sentido também 
dispõe o art. 12 da Lei nº 8.112/90, que assim expressa: 
 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) 
anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual 
período. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
22. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) O edital do concurso público é o instrumento 
idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade para 
a inscrição no concurso. 
 
Comentário: 
 
Dispõe o art. 37, inc. I, da CF/88 que “os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei”. 
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Nesse aspecto, estabelece a Lei nº 8.112/90 os 
requisitos necessários para a investidura em cargo público, sendo: 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo 
público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental 
 
Deve-se observar que tais requisitos devem ser 
demonstrados no ato da posse, não se estabelecendo qualquer limite 
de idade para efeito de inscrição em concurso. 
 
Importante dizer que o Supremo Tribunal Federal tem 
firme entendimento no sentido de que estabelecer limite de idade para 
inscrição em concurso público depende de expressa previsão legal, 
conforme a súmula 14, que assim dispõe: 
 
Súmula 14: Não é admissível, por ato 
administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público. 
 
Entendimento que foi aplicado, inclusive, recentemente 
veja o informativo 580: 
 
INFORMATIVO Nº 580 
TÍTULO: Forças Armadas: Limite de Idade para Concurso de 
Ingresso e Art. 142, § 3º, X, da CF - 2 
PROCESSO: RE - 600225 
ARTIGO 
A Min. Cármen Lúcia, relatora, negou provimento ao recurso por 
entender que, tendo a Constituição Federal determinado, em seu art. 
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46 
142, § 3º, X, que os requisitos para o ingresso nas Forças Armadas 
são os previstos em lei, com referência expressa ao critério de idade, 
não caberia regulamentação por meio de outra espécie normativa. 
Considerou, por conseguinte, não recepcionada pela Carta Magna a 
expressão “e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica”, contida no art. 10 da Lei 6.880/80, que dispõe sobre o 
Estatuto dos Militares (“Art. 10 O ingresso nas Forças Armadas é 
facultado mediante incorporação, matrícula ou nomeação, a todos os 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei e nos 
regulamentos da marinha, do exército e da aeronáutica.”.). Afirmou 
ser inquestionável a prerrogativa das Forças Armadas de instituir por 
regulamento de cada Força, e até mesmo nos editais de concursos, 
os procedimentos relativos a todo o certame. Aduziu que o conteúdo 
definido constitucionalmente como sendo objeto de cuidado a ser 
levado a efeito por lei haveria de ser desdobrado, de forma detalhada, 
nos atos administrativos, tais como os regulamentos e editais. 
Observou, contudo, que esses atos não poderiam inovar nos pontos 
em que a legislação não tivesse estatuído. Registrou, ainda, que, no 
item específico relativo à definição dos limites de idade, a 
fixação do requisito por regulamento ou edital, categoria de 
atos administrativos, esbarraria, inclusive, na Súmula 14 do 
STF (“Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em 
razão da idade, inscrição em concurso para cargo público.”). 
RE 572499/SC, rel. Min. Cármen Lúcia, 25.3.2010. (RE-572499) 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012) O 
ato administrativo que motivadamente estabeleça idade 
mínima para preenchimento de determinado cargo público não 
viola o princípio da legalidade. 
 
Comentário: 
 
Nos termos da Súmula 14-STF, não é admissível, por ato 
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47 
administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público, tampouco a exigência de idade por meio de ato 
administrativo, pois os requisitos devem ser previstos em lei. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
24. (CESPE/2014 – TJ/SE – ANALISTA JUDICIÁRIO) O STF 
admite que

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