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Vibrações Mecânicas 1 2 Vibração: Estudo de movimentos que repetem-se periodicamente (ou não). Um sistema vibratório contém: Um meio para armazenar energia potencial; Um meio para armazenar energia cinética; Mecanismo para dissipação de energia; O movimento vibratório/oscilatório ocorre com a transferência de energia potencial para cinética, e vice-versa. Um corpo é dito estar vibrando quando ele descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição de referência. O número de vezes de movimento completo (Ciclos) tomados durante o período de 1(um) segundo é chamado de frequência e sua unidade é hertz (hz). 3 O movimento vibratório pode consistir em um único componente ocorrendo em uma única freqüência, como acontece com um desbalanceamento puro, ou em vários componentes que ocorrem em freqüências diferentes, simultâneamente, como, por exemplo, no caso de folgas em máquinas rotativas. ANÁLISE DE VIBRAÇÕES: Toda a estrutura de uma máquina rotativa vibra em função dos esforços dinâmicos decorrente de seu funcionamento. A freqüência de vibração é idêntica àquela dos esforços que os provocam. O sinal de vibração, tomado em algum ponto da máquina, será a soma das respostas vibratórias da estrutura às diferentes freqüências dos esforços excitadores. O sinal de vibrações medido em pontos determinados de uma máquina ou estrutura contém uma grande quantidade de informações dinâmicas relacionadas as diversas forças de excitações aplicadas à máquina. A deterioração da máquina pode traduzir- se por uma alteração na distribuição de freqüências do sinal de vibrações, cuja conseqüência é o aumento do nível de vibrações. 4 Assim sendo, pode-se acompanhar a evolução do nível de vibrações de uma máquina rotativa, a partir da análise do espectro de freqüências do sinal de vibrações e identificar o surgimento de novos esforços dinâmicos ou o aumento repentino da amplitude do nível de vibrações, que são fortes indicadores do surgimento de defeitos ou degradação do funcionamento da máquina rotativa. O sinal de vibrações pode ser analisado através do domínio do tempo e do domínio da freqüência (espectro de freqüência). A figura 1 ilustra a representação do sinal. ANÁLISE DE VIBRAÇÕES: 5 ANÁLISE DE VIBRAÇÕES: O domínio de tempo é uma representação bidimensional de amplitude no eixo vertical e o tempo no eixo horizontal. O domínio da freqüência representa a amplitude no eixo vertical e as freqüências no eixo horizontal. 6 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Em geral, os métodos de análise de falhas no domínio do tempo alertam para o surgimento e o desenvolvimento de falhas, contudo, não permitem um diagnóstico preciso e não localizam a falha. A análise de falhas no domínio da freqüência é mais atrativa, porque fornece informações mais detalhadas sobre o estado da máquina, enquanto a análise no domínio do tempo fornece informações qualitativas sobre as condições da máquina. Uma abordagem mais simples na análise no domínio do tempo é usada para extrair alguns valores do sinal de vibração, como: (i) o valor RMS; (ii) o valor de pico; (iii) o fator de crista; (iv) a curtose. 7 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Valor RMS (Root Mean Square) O método mais simples no domínio do tempo é a medição do nível global RMS. Estes níveis são medidos e comparados com valores tabelados para indicar a severidade da vibração. Esta técnica não localiza o defeito, apenas dá uma indicação que está havendo um aumento de energia no sinal, que pode ser causado pelo desenvolvimento da falha. Nos estágios iniciais do defeito o nível RMS pode não ser afetado. Essa medição de nível de vibração é a medida mais importante no domínio do tempo. Porque leva em consideração o histórico do sinal de vibração no tempo e de um valor de nível, que é relacionado com a energia contida no sinal. 8 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Valor RMS (Root Mean Square) Matematicamente para fins de cálculo, o valor RMS é dada por: Onde: (1) (2) Valor médio do sinal Nº de amostras 9 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Valor RMS (Root Mean Square) Severidade de Vibração Na análise do comportamento do equipamento rotativo pelo valor RMS de Vibração, o controle do estado do equipamento é realizado com base nesse valor, calculado para o sinal de vibração, medido em pontos críticos da superfície da máquina. Como esse valor é decorrente de um sinal de resposta da estrutura ás excitações dinâmica decorrentes do funcionamento do equipamento, ele representa uma medida do nível de energia do seu sinal vibratório, ou seja, a medida de energia emitida pela vibração, também é conhecida como severidade da vibração. 10 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Valor RMS (Root Mean Square) Severidade de Vibração A severidade de vibração não é representada por uma escala de valores única. Isto se deve à grande diversidade de formas, massa, montagem e condições operacionais dos equipamentos, o que acarreta valores RMS diferentes, para classes de máquinas diferentes, com níveis de severidade aceitáveis. Para máquinas girantes com velocidades de rotação na faixa de 600 a 12.000 rpm (10 a 200 Hz), a norma ISO 10816 (antiga ISO 2372)e a NBR 10082, adotam o valor RMS da velocidade do sinal de vibração, conhecido como valor global de velocidade RMS, como unidade de medida para identificação da severidade de vibração. 11 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Valor RMS (Root Mean Square) Severidade de Vibração Figura 2 - Norma ISO 10816 (antiga ISO 2372) 12 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Fator de Crista O Fator de Crista é definido como a razão entre o nível de pico do sinal de vibração pelo nível RMS, medidos em uma banda de freqüência. Este método parte do princípio que quando o rolamento sofre um dano, o nível de pico da aceleração aumenta mais rapidamente do que o nível RMS. 13 Análise de Falhas no Domínio do Tempo: Fator de Crista Na vibração normal do rolamento, sem defeitos, o fator de crista é baixo, de 2 a 6. Com o surgimento e evolução das falhas, o fator de crista atinge valores altos, acima de 6. Quando as falhas deixam de ser localizadas e se espalham pelas superfícies do rolamento, os picos discretos desaparecem e o nível RMS vai crescendo, fazendo com que diminua o fator de crista, indicando a necessidade de troca do rolamento. Variação típica do Fator de Crista durante o processo de degradação de um rolamento. 14 Número de Graus de Liberdade: Número mínimo de coordenada generalizadas necessárias para descrever a configuração do sistema. Sistemas com 1 grau de liberdade: 15 Sistemas com 2 graus de liberdade: 16 Sistemas com 3 graus de liberdade: 17 Sistemas Contínuos e Discretos: A maioria dos sistemas mecânicos reais necessita de um número infinito de graus de liberdade para sua descrição completa. Estes são sistemas contínuos. Um sistema que pode ser descrito por um número finito de graus de liberdade é um sistema discreto. Métodos computacionais (MEF, MDF, etc.) normalmente geram modelos discretos. 18 Forças Externas: Vibração Livre: Após uma perturbação inicial, não há mais ação externa sobre o sistema. Não há ação de forças sobre o sistema. Vibração Forçada: O sistema sofre ação de forças (periódicas ou não). No caso de vibração forçada, é possível a ocorrência de ressonância. 19 Amortecimento: Vibração Amortecida Existe um mecanismo de dissipação que transforma energia mecânica em energia térmica, em um processo irreversível. Pode ser atrito viscoso, seco, interno, etc.Vibração Não Amortecida Não há um mecanismo dissipativo, a energia mecânica total é conservada. Na prática, o amortecimento muitas vezes pode ser desprezado, exceto próximo à ressonância. 20 Linearidade: Vibração Linear: Todas as relações massa aceleração, rigidez deslocamento e amortecimento velocidade, são lineares. Vale o princípio da superposição. Técnicas relativamente simples e bem conhecidas; Vibração Não Linear Alguma das relações constitutivas não é linear. Não vale o princípio da superposição. Técnicas menos bem determinadas. As vezes uma solução linearizada é possível. 21 Determinismo: Vibração Determinística: Todas as propriedades mecânicas, relações constitutivas e forças são perfeitamente conhecidas em qualquer instante de tempo. Vibração Não Determinística: Alguma das grandezas que descrevem o sistema, normalmente as forças de excitação, são conhecidas apenas de forma estocástica. Não é possível prever o comportamento futuro, exceto através de estatísticas. 22 Exemplos: terremotos, vento, ondas, estradas. Determinismo: 23 Molas: Características: • Elemento mecânico que produz uma força em reação a um deslocamento; • Mecânicas (helicoidais, torcionais, pneumáticas, etc.); • Aplicações: Para molas lineares: F = kx; Energia de deformação: U = ∫ x 0 F dx; Para molas lineares, U = 1/2 Kx2; 24 Molas Não Lineares: • Qualquer relação diferente de F = kx; • Normalmente, F(x) = k(x)x; • Pequenas não linearidades usualmente são representadas por molas cúbicas: F(x) = ax + bx3, isto é, k(x) = a + bx2 25 Molas Não Lineares: 26 Molas Não Lineares: 27 • Barra homogênea de seção uniforme: Constante de Molas de Barras: 28 • Barra homogênea de seção uniforme: Constante de Mola para Viga em Balanço: 29 Combinação de Molas: 30 Amortecimento: • Nos sistemas vibratórios reais, a energia mecânica é transformada em calor ou som. • As amplitudes de vibração diminuem progressivamente, no caso de vibração livre. • O efeito do amortecimento é particularmente importante próximo à ressonância, pois é o fenômeno que limita a amplitude. • Nos modelos simplificados, os amortecedores não tem massa nem elasticidade. • Só existe amortecimento quando há velocidade relativa entre as extremidades do amortecedor. • Três tipos: viscoso, seco ou de material. 31 Movimento Harmônico: • Se o movimento se repete em intervalos constantes de tempo o movimento é periódico. • O tipo de movimento periódico mais simples e útil na prática é o movimento harmônico. 32 Movimento Harmônico - Exemplo: 33 Movimento Harmônico – Eixo X e Y : 34 Definições Importantes: 35 Definições Importantes: 36 Decibel: 37 Batimento: 38 Batimento: OBRIGADO PELA ATENÇÃO 39
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