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TURISMO E MULTIDISCIPLINARIDADES 21, 22 e 23/11/2017 UEPG | CAMPUS CENTRAL ESTUDO BIBLIOMÉTRICO SOBRE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TURISMO: CARACTERÍSTICAS DAS REFERÊNCIAS Resumo: Compreender as fontes de pesquisa é de importância para o desenvolvimento de investigações consistentes e contributivas. O objetivo desse trabalho foi reconhecer as características das referências bibliográficas sobre o Turismo e Unidades de Conservação. Metodologicamente apoia-se em pesquisa bibliométrica realizada em um grupo de 45 artigos científicos indexados na base online brasileira “Publicações de Turismo” de 2007 a 2015, sobre a temática Turismo e Unidades de Conservação. Têm-se como principais resultados que a maior parte das referências utilizadas são 27,40% de livros, 26,60% materiais institucionais, 22,90% artigos de revistas científicas, 8, 30% teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso (TCCs), 7,62% materiais internacionais dentre livros e institucionais, 6,10% anais de congressos e 1,1% de outros tipos de fontes. Palavras-Chave: Referências Bibliográficas; Turismo; Unidades de Conservação; Bibliometria. 1 INTRODUÇÃO Como fenômeno social, econômico, cultural e ambiental, o Turismo busca estabelecer consensos teóricos com caráter científico, para ser fortalecido como campo do saber. No Brasil, as publicações relacionadas ao Turismo também se ampliam e compreender suas características, facilita o desenvolvimento de novas abordagens com maior relevância e contribuição para a pesquisa científica (SANTOS e REJOWSKI, 2013). Nesta investigação, o objetivo central é reconhecer as características das referências bibliográficas sobre o Turismo e Unidades de Conservação. As Unidades de Conservação (UCs) são definidas como “espaços territoriais e seus componentes, [...], com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo poder público, com os objetivos de preservação e conservação com limites definidos” (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2017). Estas áreas são importantes para a atividade turística, além de contribuírem para a construção da consciência de proteção à natureza, além de se configurarem como objeto de estudo de diferentes pesquisadores. Deste modo, a abordagem do trabalho é quali-quantitativa, com a utilização da técnica da bibliometria buscando caracterizar as fontes difundidas em artigos científicos presentes na base de dados online “Publicações de Turismo”. TURISMO E MULTIDISCIPLINARIDADES 21, 22 e 23/11/2017 UEPG | CAMPUS CENTRAL 2 METODOLOGIA O estudo bibliométrico foi utilizado para o desenvolvimento do presente trabalho, sendo esse caracterizado por: Uma metodologia de contagem sobre conteúdos bibliográficos, na sua essência. Portanto, o método não é baseado na análise de conteúdo das publicações, sendo o foco a quantidade de vezes em que os respectivos termos aparecem nas publicações ou a quantidade de publicações contendo os termos rastreados (YOSHIDA, 2010, p. 58). Assim, o estudo bibliométrico foi realizado na base de dados online “Publicações de Turismo”, ela disponibiliza para o público artigos de revistas brasileiras acadêmicas na área de interesse do Turismo e afins. A busca por artigos foi específica com o termo: Unidades de Conservação. Foram encontrados ao total 45 artigos científicos publicados de 2007 até o final de 2015. Assim, realizou-se a organização e tabulação das referências desses visando entender as características do conjunto de referências mediante uma classificação que foi delineada considerando: livros, materiais institucionais, teses, dissertações e TCC’s, revistas científicas, materiais internacionais, dentre outros; sendo estudadas ao total 590 referências. Também, foram destacados os autores mais citados. RESULTADOS E DISCUSSÃO As referências foram encontradas em diferentes formatos como é possível se observar no gráfico 1: TURISMO E MULTIDISCIPLINARIDADES 21, 22 e 23/11/2017 UEPG | CAMPUS CENTRAL Gráfico 1: Classificação dos trabalhos encontrados na base de dados online Publicações de Turismo sobre Turismo e Unidades de Conservação. Fonte: Autores, 2017. Os livros apareceram em maior número (27,4%), tanto em materiais impressos quanto online, já que são as fontes mais tradicionais de pesquisa. Pode- se destacar o título “Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos” de Antônio Carlos Diegues, de 2000 e “Ecoturismo e conservação da natureza em parques nacionais” de Sônia Kinker, de 2005. Cabe ressaltar que há dispersão expressiva de autores e fontes. Essa realidade é debatida por alguns autores como Hall (2011) que afirma não haver autor fundamental nas discussões em Turismo, assim, a dispersão e a heterogeneidade dos autores encontrados no conjunto de artigos pesquisados é evidente. Os materiais institucionais (26,6%) foram desenvolvidos na maioria pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Lei Federal n° 9985/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e outras leis ambientais brasileiras possuem relevância para as pesquisas da temática. Cabe ressaltar que o ICMBio foi criado em agosto de 2007 executando as ações do SNUC, o que anteriormente era de atribuição do IBAMA (ICMBio, 2017). TURISMO E MULTIDISCIPLINARIDADES 21, 22 e 23/11/2017 UEPG | CAMPUS CENTRAL Boa parte dos artigos de revistas científicas (22,9%) citados foi publicado na Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur). A revista eletrônica foi criada em 2008, possui periodicidade trimestral e oferece cinco eixos temáticos que envolvem direta e indiretamente as UCs: ecoturismo e educação ambiental, planejamento e gestão do ecoturismo, manejo e conservação dos recursos naturais através do turismo sustentável; ensino, pesquisa e extensão em ecoturismo no Brasil e ecoturismo de base comunitária (RBEcotur, 2017). Dentre as teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso (8,3%) destaca-se a tese de Leide Takahashi “Caracterização dos visitantes, suas preferências e percepções e avaliação dos impactos da visitação em duas unidades de conservação do estado do Paraná” de 2004. As dissertações foram mais recorrentes do que teses ou TCCs. Observou-se também, que as publicações brasileiras sobre Turismo e Unidades de Conservação recorrem a materiais internacionais (7,62%) incluindo livros, manuais e artigos científicos. Destacam-se publicações ligadas ao Serviço Florestal Norte Americano e publicações espanholas como de Jorge Morales e Francisco Guerra: “Uso público y recepción em espacios naturales protegidos: laatención a los visitantes reales y potenciales” de 1996. Os Anais de Congressos (6,1%) são na maioria de dois importantes eventos que abordam indiretamente a temática do Turismo e Unidades de Conservação: o: Encontro Nacional de Turismo com Base Local, que ocorre desde 1997, sendo que em 2016 ocorreu a 14ª edição (XIV ENTBL, 2017) e o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, promovido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, que também ocorre desde 2007 e em 2018 realizará a nona edição (IX CBUC, 2017). A listagem de todas as referências está disponibilizada como auxílio ao grupo de pesquisadores onde esse trabalho, de caráter de iniciação científica, foi desenvolvido durante o período de 2016/2017. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio da pesquisa bibliométrica foi possível reconhecer características das referências bibliográficas utilizadas para se desenvolver abordagens sobre TURISMO E MULTIDISCIPLINARIDADES21, 22 e 23/11/2017 UEPG | CAMPUS CENTRAL Turismo e Unidades de Conservação. A presença de fontes disponíveis online é expressiva, afirmando o que pode ser observado no senso comum, que a internet é o principal recurso para a busca de referências. Foi possível classificar as referências e destacar características que podem contribuir com pesquisadores da temática. As fontes destacadas não são tão recentes, devido ao critério de destaque ser a repetição de sua citação, e para isso há necessidade de tempo. Mas percebe-se que há material disponível para a produção de pesquisas com fontes recentes sobre Turismo e Unidades de Conservação, que vem sendo desenvolvidas periodicamente, apesar de haver maior concentração no início dos anos 2000. REFERÊNCIAS HALL, C. M. Publish and perish? Bibliometric analysis, journal ranking and the assessment of research quality in tourism. Tourism Management, v. 32, n. 1, p. 16- 27, 2011. ICMbio. O Instituto. Disponível em:< http://www.icmbio.gov.br/portal/oinstituto> Acesso jul 2017. IX CBUC. Disponível em:< https://eventos.fundacaogrupoboticario.org.br/IXCBUC> Acesso set 2017. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Unidades de conservação. 2017. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/ >. Acesso abr 2017. RBEcotur – Revista Brasileira de Ecoturismo. Foco e escopo. Disponível em:< http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/about/editorialPolicie s#focusAndScope> Acesso jul 2017. SANTOS, Glauber. E. de O.; REJOWSKI, Miriam. Comunicação científica em turismo no Brasil: Análises descritivas de periódicos nacionais entre 1990 e 2012. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, v. 7, n. 1, p. 149-167, 2013. XIV ENTBL. Disponível em:< http://www.sbecotur.org.br/ENTBL2016/> Acesso ago 2017. YOSHIDA, Nelson D..Análise bibliométrica: um estudo aplicado à previsão tecnológica. 2010. 84 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Administração, Mestrando do Programa da Pós-graduação em Administração, USP, São Paulo, 2010. Disponível em: < https://www.revistafuture.org/FSRJ/article/viewFile/45/68 > ESTUDO BIBLIOMÉTRICO SOBRE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E TURISMO: CARACTERÍSTICAS DAS REFERÊNCIAS
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