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REVISANDO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO (norma jurídica, fontes do direito, teoria tridimensional e procedimento de integração)

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REVISANDO PARA AV2 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Este material foi produzido pela monitora Viviane Cruz Brito da disciplina Introdução ao Estudo do Direito sob orientação da professora Joseane Vieira Queiroz, com a finalidade de revisar os conteúdos ministrados pela professora em sala para a realização da AV2.[1: Estudante do curso de Direito do Centro Universitário Leão Sampaio. E-mail: brito.viviane99@gmail.com][2: Qualquer discrepância neste trabalho é de inteira responsabilidade da monitora Viviane Brito]
Norma Jurídica: 
Conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico.
É responsável por regular a conduta do indivíduo, uma regra de conduta imposta.
 É a proposição normativa inserida em uma fórmula jurídica (lei, regulamento), garantida pelo Poder Público (Direito Interno) ou pelas organizações internacionais (Direito Internacional). 
Compõe-se, em sua maioria, de preceito e sanção. 
Sua principal função é coagir os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada. 
Suas características são Bilateralidade, Generalidade, Abstratividade, Imperatividade e Coercibilidade. 
Na Teoria Pura do Direito, Kelsen visa separar a Ciência do Direito das demais teorias, buscando extrair o verdadeiro conteúdo da ordem jurídica. Nela, o autor estabelece a sanção como fator primordial para que haja distinção entre a Ciência do Direito e as demais ordens sociais. Kelsen classifica as normas como sendo secundária (Dada a não prestação, deve ser aplicada a sanção) e primária(Dado um fato temporal deve ser feita a prestação).
O Juízo Disjuntivo de Carlos Cossio estrutura as regras jurídicas como um juízo disjuntivo, que reúne também duas normas: endonorma que se equipara à norma primária de Kelsen e perinorma que corresponde à norma secundária de Kelsen. Carlos Cossio não concordou com o reduzido significado atribuído por Kelsen anteriormente à norma secundária, que prescrevia a conduta obrigatória, lícita.
O estudo sobre a norma jurídica não estará completo se não for acompanhado da abordagem dos atributos de vigência, efetividade e eficácia. Vigência: Para que a norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e nele produza efeitos, é indispensável que apresente validade formal, isto é, que possua vigência. Se o processo de formação da lei foi irregular, não tendo havido, por exemplo, tramitação perante o Senado Federal, as normas reguladoras não obterão vigência. Efetividade: Este atributo consiste no fato de a norma jurídica ser observada tanto por seus destinatários quanto pelos aplicadores do Direito. É intuitivo que as normas são feitas para serem cumpridas, pois desempenham o papel de meio para a consecução de fins que a sociedade espera. As normas devem alcançar a máxima efetividade. Eficácia: O atributo eficácia significa que a norma jurídica produziu, realmente, os efeitos sociais planejados. Para que a eficácia se manifeste indispensável é que seja observada socialmente. A lei que institui um programa nacional de combate a determinado mal e que, posta em execução, não resolve o problema, mostrando-se impotente para o fim a que se destinava, carece de eficácia. 
Fontes do Direito: 
Vejamos a definição de Miguel Reale: “Por "fonte do direito" designamos os processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no contexto de uma estrutura normativa”. São fontes do direito as leis, os costumes, a jurisprudência e a doutrina, dispostas em uma ordem de força impositiva objetiva, contudo, não absoluta.
Leis: A primeira fonte do direito é a legislação, normas escritas que emanam da autoridade soberana de uma dada sociedade (ao exemplo do Poder Legislativo) e impõe a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a ela sob pena de sanções. A lei, portanto, é uma norma formal e predeterminada que obriga o indivíduo. Costumes: entendemos pela conduta do indivíduo em sociedade, que passa a ser praticada por todos, reiteradamente e por um longo período, tornando-se obrigatória, sob pena de reprovação social. Jurisprudência: representa a aplicação do entendimento dos tribunais sobre determinado assunto, que se consolida por meio do exercício da jurisdição. Desta forma, a jurisprudência se forma por meio de diversas decisões no mesmo sentido. Doutrina: é o entendimento formado por juristas renomados, ou seja, pelos ensinamentos dos professores, pelos pareceres dos jurisconsultos, pelas opiniões dos tratadistas.
Tridimensionalidade do Direito:
Miguel Reale (1910-2006) buscou unificar três visões unilaterais do Direito: o sociologismo (associado aos fatos e à eficácia), moralismo (associados aos valores e fundamentos) e normativos (associados às normas e vigência do Direito). 
Tridimensionalidade genérica: vincula os três elementos como uma adição e com a prevalência de um deles. 
Tridimensionalidade especifica: dialética entre os três elementos, os quais estariam relacionados na sociedade de maneira irredutível e de mútua dependência. 
A norma pode se tornar um fato é a sociedade atribuir um valor a esse fato, que faça com que mude a norma (FATO) surgindo uma nova norma jurídica.
FATO
NORMA
VALOR
Questionário: 
OBS: As respostas certas estão grifadas em azul e as justificativas das alternativas incorretas estão de vermelho. 
Com base no conhecimento adquirido sobre Norma Jurídica marque a alternativa INCORRETA: 
É a proposição normativa inserida em uma fórmula jurídica (lei, regulamento), garantida pelo Poder Público (Direito Interno) ou pelas organizações internacionais (Direito Internacional).
É um conjunto de normas que compõem o ordenamento jurídico, é responsável por regular a conduta do indivíduo, uma regra de conduta imposta.
Sua principal função é coagir os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada.
Desempenha várias funções, que não devem ser confundidas com as finalidades ideais da norma (justiça, segurança, etc.).
A norma jurídica é Abstratividade, pois contém um comando, obrigatório a todos em mesma situação jurídica.
A alternativa e está errada, pois a norma é abstrata quando procurando enquadrar o maior número de fatos e não visa apenas casos singulares. A definição dada trata-se da característica Generalidade.
“O estudante e o operador do Direito devem conhecer a origem das normas que integram nosso ordenamento jurídico, a fim de encontrar fundamentos para suas teses com base em fontes confiáveis. Conhecer e entender as fontes do direito pode ser o grande diferencial na construção e na defesa de uma tese jurídica”. Com base no conhecimento adquirido sobre Fontes do Direito marque a alternativa CORRETA: 
Por costume, como fonte do direito, entendemos pela conduta do indivíduo em sociedade, que passa a ser praticada por todos, provisoriamente e por um curto período, tornando-se facultativa, sob pena de reprovação social.
Está errada, pois o costume possui dois elementos para que se verifique: Corpus (material): repetição constante e uniforme de uma prática social. Animus (psicológico): é a convicção de que a prática social reiterada, constante e uniforme é necessária e obrigatória.
A jurisprudência representa a aplicação do entendimento dos tribunais sobre determinado assunto, que se consolida por meio do exercício da jurisdição. Desta forma, a jurisprudência se forma por meio de algumas decisões desproporcionais dos juízes.
Está errada, pois a Jurisprudência é um conjunto de decisões reiteradas, constantes e pacíficas do Poder Judiciário sobre determinada matéria num determinado sentido. 
A doutrina é formada pela atividade dos juristas, ou seja, pelos ensinamentos dos professores, pelos pareceres dos jurisconsultos, pelas opiniões dos tratadistas.
A lei é o preceito jurídico escrito, emanado do legislador e dotado de caráter específico e facultativo. É, portanto, toda norma especial de conduta, que disciplina as relações de fato incidentes no Direito, cuja observânciaé imposta pelo poder estatal.
Está errada, pois a Lei é dotada de caráter genérico e obrigatório. 
“HOMEM É PRESO APÓS SE ENVOLVER EM ACIDENTE AO DIRIGIR EMBRIAGADO. O crime aconteceu na noite deste domingo (17/9). Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro no local do acidente e danificou o carro oficial da Polícia Militar ao ser colocado no veículo. O homem foi levado para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), já que não tinha habilitação. Ele foi submetido ao teste de etilômetro, que apontou 0,74 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, índice superior à incidência penal, que é de 0,33 mg/l. Ele recebeu voz de prisão e foi autuado por embriaguez ao volante e por dano ao bem público. A lei brasileira determina que a tolerância para álcool e direção seja zero. A partir de 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, a ação já é considerada crime. Além da punição administrativa, de multa de R$ 2.931,70, o condutor perde sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), tem o direito de dirigir suspenso e responde a processo criminal. ’’ (Texto obtido em http://www.correiobraziliense.com.br) 
“Para Reale (2000), o Direito não é apenas a norma ou a letra da lei, pois é muito mais do que a mera vontade do Estado ou do povo, é o reflexo de um ambiente cultural de determinado lugar e época, em que os três aspectos – fático, axiológico e normativo – se entrelaçam e se influenciam mutuamente(...)”. Como posicionar a Teoria Tridimensional do Direito diante de situações de desobediência civil generalizada como no caso da lei nº. 11.705/08, que inibe o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor? 
Podemos afirmar que o fato, em sentido amplo, é todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas. Sobre a notícia em questão, temos como fato a condução de veiculo automotivo por motorista com nível de álcool no organismo acima de determinado limite. Em relação ao caso analisado, a noticia diz que o motorista recebeu voz de prisão por dano ao bem público, logo, temos que o valor seria a proteção das pessoas, ante a possibilidade de lesão a direitos, tanto pessoais como patrimoniais, em decorrência da condução de veiculo automotivo por motorista com níveis de álcool no organismo acima de determinado limite. A norma, em uma visão genérica, traz a ideia de regra, modelo a ser seguido por todo homem de bem, a ser obedecida na forma da lei, mas não entendido com a norma dura, a norma pura, mas as próprias realidades traduzidas em uma ideia inovadora que congrega as forças transformadoras de quantos pretendam sua atualização. No nosso caso essa norma social se revela na lei nº. 11.705/08.
Entender o porquê há determinada norma é ter uma visão global e crítica...
Bons estudos!

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