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DE PERNAS PARA O AR - Introdução ao Modernismo Brasileiro

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DE PERNAS PARA O AR
O Século XX e o início do modernismo
CONTEXTO 
HISTÓRICO
CONTEXTO HISTÓRICO MUNDIAL
Belle Époque (1817-1914)
I Guerra Mundial (1914-1918) e o ultranacionalismo
Revolução Russa de 1917 e o comunismo
Novas teorias e inovação tecnológica
“Crash” da Bolsa de Valores de Nova Iorque (1929)
CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO
Revoltas, como a da Chibata (1910) e do Forte de Copacabana (1922)
Industrialização brasileira
Ascensão e declínio da burguesia
Política do “café-com-leite” (1894-1930)
Oligarquias rurais
INFLUÊNCIAS
Einstein e a Teoria da Relatividade;
Karl Marx e Friedrich Engels, com “O Capital”;
Sigmund Freud e os estudos psicanalíticos;
Friederich Nietzsche.
VANGUARDAS
EUROPÉIAS
CUBISMO (1907)
Pablo Picasso (1881 -1973) e Georges Braque;
"A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade".  - Pablo Picasso
Narrativas que fragmentavam a realidade e permitiam uma desconstrução da visão clássica sobre o tempo e o espaço;
Influência na Literatura Brasileira: 
Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade.
Fundo de slide: “O Português”, de Georges Braque (1911)
CUBISMO (1907)
LITERATURA:
Precursor: Guillaume Apollinaire (1880-1918);
Liberdade das palavras e a invenção de palavras;
Destruição das sintaxes
Versos Livres
Colagens em textos poéticos
CUBISMO (1907)
reconheça
 essa adorável pessoa é você
sem o grande chapéu de palha
olho
nariz
boca
aqui o oval do seu rosto
seu     lindo  pescoço
                                   um pouco
                                   mais abaixo
                                   é seu coração
                                               que bate
aqui enfim
a imperfeita imagem
de seu busto adorado
visto como
se através de uma nuvem
Fundo de slide: “Guernica”, de Pablo Picasso (1937)
CUBISMO (1907)
 
Hípica 
(Oswald de Andrade)
Saltos records					
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis 
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails 
poema de influência cubista com a presença de elementos como a fragmentação da realidade, a predominância de substantivos e flashes cinematográficos.
FUTURISMO (1909)
Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944) no jornal francês Le Figaro, em 20 de fevereiro de 1909;
“Les mots en liberté” ("Liberdade para as palavras")
Rejeição do moralismo e do passado;
Desejo dos jovens artistas de parar de copiar os modelos europeus e criar uma arte brasileira;
Exaltação da vida moderna.
FUTURISMO (1909)
O Manifesto Técnico da Literatura (1912)
destruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem;
uso do o verbo no infinitivo
abolição do adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial.
abolição do advérbio
a da pontuação, que será substituída por sinais da matemática (+, -, =, #, ˂, ˃) e pelos sinais musicais;
destruição do eu psicologizante.
FUTURISMO (1909)
PRINCIPAIS ESCRITORES:
Vladimir Maiakovski (Russo)
Filippo Tommaso Marinetti (Italiano)
Fernando Pessoa (Português)
Oswald de Andrade (Brasileiro)
FUTURISMO (1909)
Vício na fala
Oswald de Andrade 
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
DADAÍSMO (1916)
Fundado na Suíça em 1916, foi o mais radical dos movimentos de vanguarda;
Pregavam a destruição do passado, do presente e do futuro;
Total falta de perspectiva diante da guerra;
Urro contra a guerra e contra o capitalismo burguês;
Objetivo principal: criar palavras que rompiam com as barreiras da sonoridade.
DADAÍSMO (1916)
Na literatura:
Agressividade; 
Improvisação; 
Desordem; 
Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio; 
Livre associação de palavras (técnica de escrita automática, que mais tarde seria aproveitada pelo Surrealismo); 
Invenção de palavras com base na exploração apenas de sua sonoridade.
DADAÍSMO (1916)
“Para fazer um poema dadaísta”
Tristan Tzara
Peque um jornal.
Peque a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público. 
DADAÍSMO (1916)
“Ode ao burguês”
Mário de Andrade
“Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco! (...)”
SURREALISMO (1924)
Surgiu em 1924, em Paris, quando André Breton lançou o Manifesto do Surrealismo;
Foi muito influenciado pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, o pai da psicanálise.
Questionando a sociedade e a arte, eles se propunham destruí-la, para recriá-la a partir de técnicas renovadoras;
Procuravam fundir a imaginação, que dorme no inconsciente, com a razão (super-realidade);
SURREALISMO (1924)
PRINCIPAIS NOMES:
André Breton
Guillaume Apollinaire
Paul Éluard
Louis Aragon
Jacques Prévert
Murilo Mendes
Jorge de Lima
Roberto Piva
Salvador Dalí
SURREALISMO (1924)
CARACTERÍSTICAS NA LITERATURA:
a liberdade
as livre associação de ideias
frases montadas com palavras recortadas de revistas e jornais
imagens mostravam um pouco do inconsciente, misturando a criatividade
SURREALISMO (1924)
“Pré-História”
Murilo Mendes
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.
“POÉTICA”, DE MANUEL BANDEIRA
“POÉTICA”, DE MANUEL BANDEIRA
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
 [manifestações de apreço ao Sr. diretor
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no
 [dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
[...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
REFERÊNCIAS
TUFANO, Douglas. Estudos de língua e literatura. 5. ed. Volume 3. São Paulo: Moderna, 1998. 
CEREJA, William Roberto; COCHAR, Thereza. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2003.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro. 10 ed. Rio de Janeiro: Record, 1987. 
http//.www.google/search

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