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A articulação indígena-quilombola vem-se consolidando em Oriximiná, no Pará, desde 2012, com o objetivo de incentivar a parceria entre índios e quilombolas frente a novos desafios comuns. A aliança possibilitou, em 2015, a reaproximação entre índios da Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana e os quilombolas da Terra Quilombola Cachoeira Porteira, cujas relações, no processo de regularização de suas terras, haviam assumido ares de conflito. Reunidos no Quilombo Abuí, escolhido como local neutro e livre de influências externas, em maio de 2015, lideranças indígenas e quilombolas de ambas as terras, com a mediação de lideranças quilombolas de outras comunidades, acordaram os limites territoriais para fins de regularização fundiária. O acordo foi oficializado junto ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual. Disponível em: . Acesso em: 29 ago. 2016 (adaptado). A análise dessa situação evidencia a importância da autodeterminação dos povos tradicionais na definição de seus limites territoriais. intervenção prévia do Estado em situações de potencial conflito entre povos tradicionais. urgência de regularização das terras quilombolas e indígenas, priorizando-se áreas isentas de conflitos. definição, por atores externos, dos desafios comuns a serem enfrentados pelos povos tradicionais. participação do Ministério Público nas negociações de limites territoriais entre quilombolas e indígenas. Gabarito A 2 O plágio é daqueles fenômenos da vida acadêmica a respeito dos quais todo escritor conhece um caso, sobre os quais há rumores permanentes entre as comunidades de pesquisa e com os quais o jovem estudante é confrontado em seus primeiros escritos. Trata-se de uma apropriação indevida de criação literária, que viola o direito de reconhecimento do autor e a expectativa de ineditismo do leitor. Como regra, o plágio desrespeita a norma de atribuição de autoria na comunicação científica, viola essencialmente a identidade da autoria e o direito individual de ser publicamente reconhecido por uma criação. Por isso, apresenta-se como uma ofensa à honestidade intelectual e deve ser uma prática enfrentada no campo da ética. Na comunicação científica, o pastiche é a forma mais ardilosa de plágio, aquela que se autodenuncia pela tentativa de encobrimento da cópia. O copista é alguém que repete literalmente o que admira. O pasticheiro, por sua vez, é um enganador, aquele que se debruça diante de uma obra e a adultera para, perversamente, aprisioná-la em sua pretensa autoria. Como o copista, o pasticheiro não tem voz própria, mas dissimula as vozes de suas influências para fazê-las parecer suas. DINIZ, D.; MUNHOZ, A. T. M. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum, Vitória (ES), ano 3, v. 1, n.3, p.11-28, jan./jun. 2011 (adaptado). Considerando o texto apresentado, assinale a opção correta. O plágio é uma espécie de crime e, portanto, deve ser enfrentado judicialmente pela comunidade acadêmica. A expectativa de que todo escritor acadêmico reconheça a anterioridade criativa de suas fontes é rompida na prática do plágio. A transcrição de textos acadêmicos, caso não seja autorizada pelo autor, evidencia desonestidade intelectual. Pesquisadores e escritores acadêmicos devem ser capazes de construir, sozinhos, sua voz autoral, a fim de evitar a imitação e a repetição que caracterizam o plágio. O pastiche se caracteriza por modificações vocabulares em textos acadêmicos, desde que preservadas suas ideias originais, bem como sua autoria. Gabarito B 3 Inserir-se na sociedade da informação não significa apenas ter acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), mas, principalmente, saber utilizar essas tecnologias para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto. Assim, o uso das TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e de experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2016 (adaptado). Com base no texto apresentado, conclui-se que a inserção de um indivíduo nas relações sociais e virtuais contemporâneas exige mais que inclusão digital técnica. o domínio de recursos tecnológicos de acesso à internet assegura ao indivíduo compreender a informação e desenvolver a capacidade de tomar decisões. a solução para se democratizar o acesso à informação no Brasil consiste em estendê-lo a todo o território, disponibilizando microcomputadores nos domicílios brasileiros. o compartilhamento de informações e experiências mediado pelas TIC baseia-se no pressuposto de que o indivíduo resida em centros urbanos. os avanços das TIC vêm-se refletindo globalmente, de modo uniforme, haja vista a possibilidade de comunicação em tempo real entre indivíduos de diferentes regiões. Gabarito A 4 Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2016. A partir das ideias sugeridas pela charge, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A adoção de posturas de consumo sustentável, com descarte correto dos resíduos gerados, favorece a preservação da diversidade biológica. PORQUE II. Refletir sobre os problemas socioambientais resulta em melhoria da qualidade de vida. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. Gabarito C 5 O psicodiagnóstico pode ser considerado como um processo científico, porque deve partir de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou infirmadas por meio de passos predeterminados e com objetivos precisos. Tal processo é limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo. Quando o objetivo de uma avaliação psicológica clínica é realizar uma avaliação compreensiva: O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente. São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas. Procura-se fornecer subsídios para questões relacionadas com "insanidade", competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, entre outras. Procura-se identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos. Gabarito E 6 “Segundo Kant, em seus “Princípios metafísicos da ciência da natureza (1786)”, a psicologia empírica para se provar como ciência propriamente dita deveria: 1. descobrir o seu elemento de modo similar à química para com isto efetuar análises e sínteses; 2. facultar a esse elemento um estudo objetivo, em que sujeito e objeto não se misturem como na introspecção; 3. produzir uma matematização mais avançada que a geometria da linha reta, apta a dar conta das sucessões temporais da nossa consciência (o sentido interno).” (Adaptado de Ferreira, A.A.L. (2005). A psicologia no recurso aos vetos kantianos. In: A.M. Jacó-Vilela, A.A.L. Ferreira & F.T.Portugal (Orgs.). História da Psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: NAU.) Para ser considerada verdadeiramente ciência, a psicologia, na sua origem e em boa parte de sua história, se constitui como um esforço de resposta aos vetos kantianos, se esforçando para estabelecer: um método objetivo, que seja matematizado, e um objeto passível de ser decomposto e analisado. Quais das opções abaixo se enquadram nesse esforço? A psicologia da Gestalt, com a afirmação da consciência como uma totalidade dinâmica, dotada de qualidades e não passível de ser decomposta em supostos elementos constitutivos, e seu método fenomenológico. A psicanálise, com o privilégio do método clínico e do estudo de caso, e com o privilégio do conceito de inconsciente, a ser acessado indiretamente através do discurso do paciente. O estruturalismo norte-americano, com o método da introspecção experimental e a noção de que a consciência é formada por uma associação de elementos passível de ser decomposta experimentalmente. A psicologia social crítica, que vai entender o homem como um ser social por natureza, e a subjetividade como construída nas relações sociais, recusando assim o método quantitativo e experimental da psicologia social anterior. A psicologia humanista, com sua afirmação das potencialidades de autorrealização dos indivíduos e sua critica ao determinismo das demais correntes psicológicas. Gabarito C 7 Leia as afirmativas A contemporaneidade é o cenário no qual novos elementos despontam e convocam posicionamentos subjetivos. É nesse palco que a homossexualidade e a homofobia devem ser vistas e focalizadas, tanto teórica quanto pragmaticamente. PORQUE Autores como Bauman (1998) e Jameson (1997) voltam-se para as transformações sociais como deflagradoras de mudanças subjetivas: fragmentação, superficialidade, heterogeneidade discursiva e espacialização do tempo e fim da unidade e da centralidade típicos da organização subjetiva da modernidade. CREMASCO et al., 2009. (Adaptado) Analisando-se essas afirmações, é CORRETO afirmar que: A primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa As duas afirmações são falsas. As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. As duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. Gabarito E 8 Em construção de escalas para medir variáveis, conceitos ou constructos teóricos não observáveis diretamente, como inteligência, personalidade etc., é fundamental que as medidas sejam precisas e capazes de medir o que se propõem medir, definições essas cujos conceitos, respectivamente, são Validade e Fidedignidade Padronização e compatibilidade Fidedignidade e Validade Compatibilidade e padronização Gabarito C 9 De acordo com o Código de Ética Profissional (item c do Art. 16), o psicólogo na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para a produção do conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo Interesse manifesto destes. Solicitação de algum familiar. Interesse do solicitante judicial. Pedido de instituição escolar. Situação de infração social. Gabarito A 10 O termo diagnóstico diferencial apresenta mais de um significado dentro da medicina. Em primeiro lugar, ele pode se referir a um diagnóstico diferente do habitual ou usual, isto é, a determinação de uma doença diversa daquela que normalmente é encontrada mediante certo conjunto de sintomas. Por outro lado, o termo também pode dizer respeito aos diferentes métodos utilizados por um profissional de saúde no estabelecimento de um diagnóstico. Nestes casos, a obtenção de um diagnóstico diferencial designa a realização de exames clínicos e laboratoriais aprofundados que possibilitem a um médico confirmar qual condição está afetando seu paciente e, a partir daí, definir o tratamento mais adequado para ele. Para o psicólogo, o Manual de Diagnóstico e Estatístico da Associação Psiquiátrica Americana, o DSM, busca fornecer, através da observação direta dos fenômenos mentais, um sistema de classificação que objetiva: Um rol de categorias que possa servir de base para o movimento antimanicomial. A criação de uma nomenclatura única que forneça uma linguagem comum a pesquisadores e clínicos de diferentes orientações teóricas. A elaboração de práticas de saúde mental. A nosografia não formalizada das doenças mentais, levando em conta a subjetividade de cada paciente. O uso dos diagnósticos que justifiquem a prática psicanalítica com a finalidade de amenizar as alucinações e delírios infantis. Gabarito B
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