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Compreende os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais (essa área excede a divisão político- administrativa do Nordeste – a região mineira mais famosa que é incluída no Polígono das Secas é a denominada Vale do Jequitinhonha). ESTADOS POLÍGONO SEMI-ÁRIDO MARANHÃO -------------- ------------------ PIAUÍ 234.084 125.692 CEARÁ 143.080 119.081 R.GRANDE DO NORTE 51.210 48.344 PARAÍBA 56.972 48.502 PERNAMBUCO 90.067 85.574 ALAGOAS 14.704 13.900 SERGIPE 13.163 10.928 BAHIA 120.701 392.955 NORTE DE MINAS GERAIS 57.530 ------------------ Fonte: IBGE O Polígono das Secas foi criado pela Lei nº 175, de 7 de janeiro de 1936 e posteriormente teve complementado o seu traçado pelo decreto-lei nº 9.857, de 13 de setembro de 1946. Pela Constituição de 1946, Art. 198, Parágrafos 1º e 2º, foi regulamentada e disciplinada a execução de um plano de defesa contra os efeitos da denominada seca do Nordeste. A Lei nº 1.004, de 24 de dezembro de 1949 regulamentou as alterações constantes na Lei Maior, entretanto não foi alterada a área do Polígono. Desde o Império, o governo brasileiro adota uma postura de combate aos efeitos da seca, valendo-se da construção de açudes para represar os rios locais e, assim, conseguir reservatórios de água para tornar perenes os rios temporários. Em 1909, foi criada a Inspetoria de Obras contra as Secas (IOCS) que mais tarde transformou-se em DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). A primeira iniciativa desenvolvida pelo IOCS foi realizar estudos climáticos, geológicos, hidrológicos, geomorfológicos e botânicos sobre a região e, em seguida desenvolver uma política de construção de reservatórios, para acumular água nos anos chuvosos. DNOCS 100 ANOS “Dentre os órgãos regionais, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, se constitui na mais antiga instituição federal com atuação no Nordeste. Criado sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS através do Decreto 7.619 de 21 de outubro de 1909 editado pelo então Presidente Nilo Peçanha, foi o primeiro órgão a estudar a problemática do semi-árido. O DNOCS recebeu ainda em 1919 (Decreto 13.687), o nome de Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas – IFOCS antes de assumir sua denominação atual, que lhe foi conferida em 1945 (Decreto-Lei 8.846, de 28/12/1945), vindo a ser transformado em autarquia federal, através da Lei n° 4229, de 01/06/1963. Sendo, de 1909 até por volta de 1959, praticamente, a única agência governamental federal executora de obras de engenharia na região, fez de tudo. Construiu açudes, estradas, pontes, portos, ferrovias, hospitais e campos de pouso, implantou redes de energia elétrica e telegráficas, usinas hidroelétricas e foi, até a criação da SUDENE, o responsável único pelo socorro às populações flageladas pelas cíclicas secas que assolam a região. Chegou a se constituir na maior "empreiteira" da América Latina na época em que o Governo Federal construía, no Nordeste, suas obras por administração direta tendo marcado com a sua presença, praticamente, todo o solo nordestino. Além de grandes açudes, como Orós, Banabuiú, Araras, podemos registrar a construção da rodovia Fortaleza-Brasília e o início da construção da barragem de Boa Esperança.” Fonte: www.dnocs.gov.br/ •MEIO NORTE Formada pelos estados do Piauí e Maranhão, é uma área de transição entre o Sertão e a Amazônia. Os índices de pluviosidade são elevados na porção oeste e diminuem em direção ao leste e sul. Encerra a Zona dos Cocais, área de vegetação peculiar, caracterizada por extensos babaçuais. ECONOMIA O Nordeste vem apresentando um crescimento econômico acelerado nos últimos anos. A “guerra fiscal” implementada pelos estados têm atraído inúmeras novas indústrias paras a região, como por exemplo a Ford, na Bahia, e a Grendene e a Schincariol, no Ceará. Na região destaca-se ainda a produção petrolífera nos estados da Bahia, área do Recôncavo Baiano, e no Rio Grande do Norte, em cidades como Mossoró. TURISMO O turismo aparece como uma das principais atividades econômicas da região, o grande número de cidades litorâneas com belíssimas praias contribui para o desenvolvimento da atividade turística. Os investimentos governamentais evidenciam esse potencial turístico, como podemos observar na tabela abaixo: ESTADOS VALOR EM MILHÕES (prodetur + iniciativa privada) PRINCIPAIS AÇÕES BA R$ 500 Costa do Sauipe CE R$ 160 Costa do Sol SE R$ 298 Pólo S.Cristovão - Pólo Litoral Sul – Pólo Litoral Norte. MA R$ 74 São Luís AL R$ 71 Costa Dourada PE R$ 68,1 Pólo Guadalupe PB R$ 349 Pólo Cabo Branco PI R$ 54 Costa do Delta RN R$ 47 Costa das Dunas TOTAL R$ 900 ----------------------- Fonte: BNDES, 2005. Os investimentos aplicados por programas como o PRODETUR-NE (Programa de Desenvolvimento do Turismo) objetivam melhorar a infraestrutura turística (saneamento, transporte, urbanização e outros) além de implantar projetos de proteção ambiental e de alguns patrimônios histórico-culturais. O PRODETUR-NE investiu entre 1995 e 2003 cerca de 900 milhões de reais GEOGRAFIA DO NORDESTE – BNB Profs.: Italo Trigueiro / Joanilson Jr. 12 nos nove estados. Esses recursos são oriundos do BID e têm como órgão executor o BNB. O PRODETUR/NE apresenta duas fases, a primeira fase foi realizada entre 1995 e 2003. Fonte: Relatório Final de Projeto do PRODETUR/NE 1. Os estados com maior potencial turístico e infraestrutura instalada, como Bahia e Ceará, receberam um volume maior de recursos para investir na atividade. O Programa prevê ainda a recuperação do Patrimônio Histórico nas cidades de Aracajú, João Pessoa, Maceió, Recife, Salvador e São Luis, além, da recuperação de sítios históricos como o de Alcântara (MA), Oeiras (PI), São Cristovão (SE) e Porto Seguro/Trancoso (BA). TURISMO SEXUAL De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), as desigualdades sociais da região combinadas com o desenvolvimento do turismo provocam também efeitos negativos: a exploração de crianças e adolescente e o turismo sexual (“prostiturismo”) – com destaque para Fortaleza e Recife –, além do tráfico de mulheres, principalmente em Pernambuco e no Maranhão. DEMOGRAFIA A população é a segunda maior do país, com mais de 50 milhões de habitantes e cerca de 29% do total do país. A maior parte desta população, cerca de 70%, localiza-se na zona litorânea, que representa apenas 20% do território da região, evidenciando a desigual distribuição populacional da área. As maiores cidades nordestinas, em termos populacionais, são: Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, Maceió, Teresina, Natal, João Pessoa, Jaboatão dos Guararapes, Feira de Santana, Aracaju, Olinda, Campina Grande, Caucaia, Paulista, Vitória da Conquista, Caruaru e Petrolina. Todos esses municípios possuem mais de 250 mil habitantes, segundo as listas de municípios de estados do Nordeste por população. As maiores densidades situam-se próximo ao litoral, na Zona da Mata, Recôncavo Baiano, sul da Bahia e Regiões Metropolitanas, além das áreas úmidas, denominadas regionalmente de brejos. Em áreas como centro-sul do Piauí, oeste de Pernambuco e parte da Bahia (sertão central) as densidades são as menores da região. A expectativa de vida na região é de 70,1 anos, isso faz com que a região tenha uma média bem abaixo da brasileira que é de 76,3 anos. Outro índice que evidencia os contrastes dentro do território brasileiro é a mortalidade infantil. Enquanto no Sul a mortalidade é de 15,6 para cada mil nascidos, a do Nordeste chega próximo dos 35 de