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Polícia Militar do Estado do Maranhão GEOGRAFIA DO BRASIL E DO MARANHÃO PROFESSOR KLEYTTON HALLEY LOCALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ONDE ESTÁ O BRASIL? • Esta pergunta pode ter varias respostas, ele pode ser localizado no globo terrestre de acordo com: • Os hemisférios; • As zonas climáticas; • A distribuição das terras emersas; • Entre outros aspectos. OS HEMISFÉRIOS •93% do Brasil está no hemisfério sul ou meridional, ao sul da Linha do Equador; •7% está no hemisfério norte, ao norte da Linha do Equador; •O Brasil está totalmente no hemisfério oeste ou ocidental, ou seja a oeste do Meridiano de Greenwich. AS ZONAS TÉRMICAS •A maior parte do território brasileiro está situada na zona intertropical; •Predominam climas tropicais; •Uma parte do território está localizada na zona temperada, região de climas com temperaturas mais baixas que nas áreas de clima tropical. O BRASIL E OS CONTINENTES • O Brasil está localizado no continente americano, na parte chamada de América do Sul. Essa localização de acordo com a posição geográfica, no continente; • Do ponto de vista histórico-cultural, o Brasil se localiza na porção denominada de América Latina, que compreende os países que foram colônias de exploração, colonizados principalmente por Portugal e Espanha; O BRASIL NA AMÉRICA DO SUL • Tem uma costa de 7.367 km, banhada pelo oceano Atlântico; • Tem 15.719 km de fronteira terrestre; • Limita-se com quase todos os países da América do Sul (com exceção do Equador e do Chile). EXTENSÃO LATITUDINAL E AS PAISAGENS DO BRASIL • Extensão latitudinal (norte-sul) 4.394 km; • Extensão longitudinal (leste-oeste) 4.319 km; •O Brasil é um pais equidistante; •A grande extensão latitudinal influencia os diversos tipos de paisagens naturais, com climas e vegetações diferenciadas. O ESTADO DO MARANHÃO LOCALIZAÇÃO • O Estado do Maranhão está localizado na região Nordeste do Brasil, entre os paralelos 1°01’ e 10°21’de latitude sul e os meridianos 41°48’ e 48°50’ de longitude oeste. • É o segundo maior estado do Nordeste, depois da Bahia, com uma extensão territorial de 331.983 km2 , suas dimensões territoriais, corresponde aproximadamente a 4% do território brasileiro e 18% do tamanho do Nordeste. • Situa-se numa faixa transicional entre a Amazônia quente e úmida da região Norte e o sertão quente e seco nordestino. • É o único estado do Nordeste brasileiro que compõem a Amazônia Legal. LIMITES E SUAS FRONTEIRAS NATURAIS •Ao norte: Oceâno Atlântico •Ao sul: O Estado do Tocantins (Rios Tocantins e Manuel Alves Grande e a Chapada das Mangabeiras) •A leste: O Estado do Piauí (Rio Parnaíba) •A Oeste: O Estado do Pará (Rio Gurupi e a Serra dos Gurupi) PONTOS EXTREMOS • Ao Norte: Ponta do Tacundeo (Carutapera) • Ao Sul: Alto Parnaíba (MA) e Chapada das Mangabeiras em Mateiros (TO) • A Leste: Convexidade mais Oriental do Rio Parnaiba - Araioses (MA) • A Oeste: Confluência do Rio Araguaia com o Rio Tocantins em São Pedro da Água Branca (MA) HISTÓRIA E SIGNIFICADO A bandeira do estado do Maranhão foi oficialmente adotada em 6 de dezembro de 1889. O decreto nº 6 estabeleceu a adoção da bandeira do Maranhão como símbolo da afirmação da política do Estado. A bandeira maranhense é composta por nove listras horizontais, intercaladas, sendo três na cor vermelha (a primeira, a última e a do meio), quatro brancas e duas pretas. No canto superior esquerdo há um quadrado azul com uma estrela branca no centro. O quadrado ocupa uma terça parte do comprimento da bandeira e a metade da sua largura. SIGNIFICADO DAS CORES As cores, de acordo com o decreto nº 6, representam as três raças (etnias) que formam a população maranhense: brancos, negros e indígenas. • A BANDEIRA DO MARANHÃO FORMA OU CONFIGURAÇÃO •Possui uma configuração de um Trapézio em função do processo histórico de ocupação do território, com a implantação das atividades econômicas. •No processo de ocupação do território podemos identificar três vertentes migratórias a saber: AS PRINCIPAIS CORRENTES MIGRATÓRIAS: • A corrente Litorrânea: Ao longo do litoral ocidental e oriental, nos vales dos rios Itapecuru, Mearim e Pindaré, entre os séculos entre XVII e XIX, com interiorização da cultura do algodão, Cana – de – Açucar e do Arroz. • A corrente da Pecuária: Criadores oriundos do caminho do São Francisco, chegaram ao Maranhão na região de Pastos Bons, ao Sul, e ramificou-se por quase todo territorio maranhense, apartir do século XVII. • A Corrente da Seca ou Sertaneja: Um caminho mais recente – ao longo da primeira metade do século XX – em função das estiagens sertanejas e o declinio da economia da borracha na porção extremo-ocidental do norte brasileiro, a “opção” passou a ser o caminho para o oeste maranhense. DIVISÃO POLÍTICA •Os municípios maranhenses estão distribúidos em cinco mesorregiões geográficas – Norte Maranhense, Oeste Maranhense, Centro Maranhense, Leste Maranhense e Sul Maranhense –, em 21 Microrregiões Geográficas e 217 municípios conforme o IBGE. DIVISÃO POLÍTICA É formada pela união de 60 municípios, agrupado em seis microrregiões, a saber: Aglomeração Urbana de São Luís, Baixada Maranhense, Itapecuru Mirim, Lençóis Maranhenses, Litoral Ocidental Maranhense e Rosário. Caracteriza-se como sendo a mais importante do Estado, nela está situada a Ilha do Upaon-Açu ou do Maranhão, engloba o Litoral e a Baixada •01 - Mesorregião Norte Maranhense É formada pela união de 19 municípios, agrupado em três microrregiões, a saber: Chapadas das Mangabeiras, Gerais de Balsas e Porto Franco. Destaca-se pela presença constante do Cerrado que outrora pensava-se ser uma área imprópria para agricultura, depois da correção através da Calagem, esta área vem se formando a nova Fronteira Agrícola , não só do Maranhão como de todo o Brasil, onde se cultiva com muito sucesso principalmente a soja •02 - Mesorregião Sul Maranhense É formada pela união de 44 municípios, agrupado em seis microrregiões, a saber: Baixo Parnaíba Maranhense, Caxias, Chapadas do Alto Itapecuru, Chapadinha, Codó e Coelho Neto. Onde encontramos algumas poucas manchas de carrascos nos vales dos rios Itapecuru e Parnaíba; Nesta mesorregião, além da pecuária extensiva (de corte e leiteira), merece destaque também a extração do Babaçu •03 - Mesorregião Leste Maranhense É composta por 52 municípios, agrupado em três microrregiões, conforme segue: Gurupi, Imperatriz e Pindaré. Também conhecida como Pré-Amazônia, caracteriza- se pela forte presença da Floresta Amazônica e teve o seu crescimento econômico acelerado depois da implantação da Ferrovia Carajás Ponta da madeira •04 - Mesorregião Oeste Maranhense É formada pela união de 42 municípios, agrupado em três microrregiões, a saber: Alto Mearim, Grajaú, Médio Mearim e Presidente Dutra. Abrange o vale do médio Mearim, caracteriza-se por ser uma das mais antigas áreas de colonização e povoamento do interior maranhense; A agricultura, a Pecuária e a extração do Babaçu na área de Cocais são as principais atividades econômicas nela desenvolvidas. • 05 - Mesorregião Centro Maranhense O ESTADO DO MARANHÃO É DIVIDIDO GEOGRAFICAMENTE EM VINTE E UMA MICRORREGIÕES: 1 - Aglomeração Urbana de São Luís 2 - Alto Mearim e Grajaú 3 - Baixada Maranhense 4 - Baixo Parnaíba Maranhense 5 - Caxias 6 - Chapadas do Alto Itapecuru 7 - Chapadas das Mangabeiras 8 - Chapadinha 9 - Codó 10 - Coelho Neto 11 - Gerais de Balsas 12 - Gurupi 13 - Imperatriz 14 - Itapecuru Mirim 15 - Lençóis Maranhenses 16 - Litoral Ocidental Maranhense 17 - Médio Mearim 18 - Pindaré 19 - Porto Franco 20 - Presidente Dutra 21 - Rosário CLIMAS DO BRASIL •Graças a posição geográfica do seu território o Brasil apresenta um clima majoritariamente tropical: 92% do território encontra-se na faixa intertropical, com temperaturas médias superiores a 20ºC.•Entre os principais fatores determinantes do clima no país, destacamos a altitude, latitude e continentalidade e maritimidade. Climograma • Esse tipo de diagrama é formado pela superposição de um diagrama de colunas, que representa as quantidades mensais de chuva, e de uma curva, que mostra a evolução da temperatura média ao longo dos meses do ano. Clima equatorial • Apresenta temperaturas elevadas o ano todo. • Pequena amplitude térmica anual. • Chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano ( em algumas áreas mais de 3000mm/ano). • Abrange a maior parte da Amazônia brasileira. Clima semiárido • Apresenta temperaturas elevadas (superiores a 25ºC). • Chuvas escassas e irregulares. • Estiagens bem pronunciadas. • Abrange áreas do sertão nordestino e norte de Minas Gerais. Clima tropical • Trata-se do clima predominante do Brasil. • Apresenta duas estações bem definidas: o verão, quente e chuvoso e o inverno frio e seco. • Apresenta variações no território, como o tropical de altitude e o tropical úmido. • Destaque para áreas do Brasil Central. Clima tropical de altitude • Apresenta as mesmas características do clima tropical, mas em função da altitude temos uma média térmica menor e quedas mais acentuadas de temperatura no inverno. • Como bons exemplos destacamos a cidade de São Paulo, Belo Horizonte e Campos do Jordão. Clima tropical úmido • Provocado pela atuação da MTA e MPA no litoral brasileiro durante o inverno. • Marcado pelo maior índice pluviométrico no período dos meses de junho a agosto. • Típico do litoral oriental do Nordeste. Clima subtropical • Trata-se do clima predominante na região Sul do país. • Marcado pelas estações bem definidas e pelas chuvas bem distribuídas ao longo do ano. • Apresenta grande amplitude térmica. CLIMAS DO MARANHÃO • No Maranhão predomina um clima tropical com duas estações distintas com base nas chuvas, nas altas temperaturas e na alta umidade durante a estação das chuvas. • As temperaturas são altas, mas há menor umidade durante a estação seca. • Ao longo da costa a precipitação é maior e a estação seca é limitada a um curto período entre Agosto e Novembro. • Na parte Noroeste o clima tende a se tornar equatorial e a estação seca é ainda mais reduzida e é a área do estado que apresenta o maior volume de chuvas (mais de 3.000 mm). • A cidade de São Luís do Maranhão (clima tropical) tem mais de 2.200 milímetros de chuva por ano, a maioria dos quais caem entre Janeiro e Maio. • Os meses mais chuvosos são os de Março e Abril. • No interior a estação seca dura mais tempo e as precipitações tendem a diminuir nessas regiões. São entre 1.600 mm e 1.200 mm de chuva por ano. • A estação seca vai de Maio a Novembro. • As chuvas caem principalmente entre Dezembro e Abril ou Maio. • O mês mais chuvoso é Março. •As temperaturas estão estáveis em cada estação com pouca variação. •As temperaturas máximas tendem a ser alguns graus maior no interior do que na costa. • Elas variam entre 29°C e 31°C ao longo da costa e entre 31°C e 34°C/36°C no interior. •As temperaturas mínimas têm variações mais baixas e variam entre 22°C e 24°C ao longo da costa e entre 19°C/20°C e 22°C/23°C no interior. ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL ESTRUTURA GEOLÓGICA E RECURSOS MINERAIS A litosfera ou crosta terrestre, é a camada sólida da Terra e apresenta uma espessura variada. A crosta terrestre é constituída por três grandes conjuntos de rochas magmáticas ou ígneas, sedimentares e metamórficas, denominadas de estruturas geológicas que se movimentam, em forma de placas tectônicas, sobre magma pastoso na camada intermediária da Terra. ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL Escudos cristalinos: 36% Bacias sedimentares: 64% Escudos Cristalinos - Armazenamento de jazidas minerais - Ferro - Níquel - Ouro - Prata - Chumbo - Diamantes Bacias Sedimentares - Produção de Combustíveis fósseis - Petróleo - Carvão Mineral - Xisto Betuminoso - Materiais de construção - Cascalho, areia, calcário A CLASSIFICAÇÃO ATUAL DO RELEVO BRASILEIRO Jurandyr Ross (1995) - Fruto do Projeto Radam Brasil. - Planalto: superfície irregular, com altitude acima de 300m, resultante de erosão. - Planície: superfície plana, com altitude inferior a 100m, formada pelo acúmulo de sedimentos. - Depressão: intensa ação erosiva nas bordas das bacias sedimentares. ESTRUTURA GEOLÓGICA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO MARANHÃO • O território maranhense possui uma formação geológica, onde mais ou menos 90% do seu território estão inseridos nas bacias sedimentares de cobertura fanerozóica (Eras: Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico); • Enquanto uma pequena parcela, 10% do território, corresponde a terreno pré-cambriano, representados pelo fragmentos cratônicos de São Luís e o Cinturão Gurupi, compondo o embasamento aflorante no extremo noroeste do Estado. • Por suas características geológicas, as bacias de coberturas sedimentares hospedam minerais e rochas pertencentes às classes de minerais industriais de uso na construção civil, cerâmica, insumos para agricultura, gemas, recursos energéticos e água mineral/potável. RECURSOS MINERAIS OURO • Os depósitos e ocorrências de ouro concentram-se nos núcleos cristalinos do Pré-cambriano de São Luís e Gurupi, no norte e noroeste do estado do Maranhão. • Municípios de destaque: • Godofredo Viana • Cândido Mendes • Luís Domingues • Centro Novo do Maranhão • Centro do Guilherme. BAUXITA FERROSA • O alumínio, metal tão amplamente usado nos dias de hoje devido as características como leveza, resistência, aparência, entre outras, tem como principal fonte a bauxita – mineral terroso e opaco – encontrado mais comumente em regiões de clima tropical e subtropical. • No Maranhão, as reservas estão distribuídas na serra de Pirocaua (município de Godofredo Viana), Ilha Trauíria (município de Cândido Mendes), Itinga do Maranhão e Bom Jardim, no Noroeste e Oeste do Estado CALCÁRIO • O calcário é uma rocha sedimentar composta por carbonato de cálcio e magnésio, extraído de jazidas e largamente utilizado na agricultura para neutralizar a acidez do solo. • No Maranhão, as reservas estão diluidas pelo território, mas merece destaques as áreas dos municípios de Balsas, Codó, Imperatriz, Barra do Corda, Grajaú, Tuntum, Presidente Dutra e Caxias • OBS: A incorporação de calcário no solo chama- se calagem GÁS NATURAL • No segundo semestre de 2010, a empresa brasileira MPX encontrou gás mineral no município de Capinzal do Norte, a aproximadamente 250 km ao Sul de São Luís. • As reservas de gás natural na Bacia do Parnaíba, em território maranhense já sendo explorado na microrregião de Codó e médio Mearim nos jazimentos dos campos de Gavião Azul (Capinzal do Norte) e Gavião Real (Santo Antônio dos Lopes) ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS (RELEVO) O território maranhense possui um conjunto de formas de relevo que combina: Um litoral – com a planície litorânea representada por extensas dunas e costões rochosos; As planicies fluviais ao longo dos seus rios – , com as formas interioranas, com um relevo de planaltos e a depressão de Balsas. Da porção centro-sul do Maranhão, onde predomina as formas de planaltos – erodido pela ação dos elementos físicos da tropicalidade e principalmente pela erosão fluvial – para direção ao centro-norte, até litoral, há um declive resultante dos depósitos dos sedimentos fluvial e marinho. A porção centro-sul do Maranhão (Planalto Maranhense), de acordo com as classificaçoes do relevo existentes, estão agrupada: De acordo com Aroldo de Azevedo, faz parte do Planalto central; De acordo com Aziz Nacib Ab Saber, Faz parte do Palnalto Meio Norte; De acordo com Jurandir Ross, faz parte do Planalto e chapada sedimentar do Meio Norte O Planalto Maranhense, encontra-se dividido em: Planalto Meridional, PlanaltoOriental, Planalto Ocidental e Planalto Central. AS ELEVAÇÕES MARANHENSES Noroeste – Serra da Piranhinha – divisa de Santa Luzia do Paruá e Cândido Mendes. Oeste – Serra do Tiracambu – divisa de Bom Jardim e Carutapera – Serra do Gurupi – nos municípios de Imperatriz, Açailândia e João Lisboa. Sudoeste – Serra da Cinta – Sítio Novo e Porto Franco – Serra da Menina – Sítio Novo, Grajaú e Estreito – Serra do Oeste de Carolina – Chupador e Grande – Serra do Leste. Sul – Chapada das Mangabeiras. DOMINÍOS GEOLÓGICOS Centro-Sul – Domínios de Chapadões, Chapadas, Tabuleiros – sendo as maiores altitudes, a medida que se dirige para o Norte diminuem gradativamente. Região Central – superfície semi-plana. Golfão Maranhense – Ocupa o centro litoral, resultante de uma intensa sedimentação fluvial com domínios de planície aluviais Lençóis Maranhenses – ocupa o litoral oriental, com uma média de 50 Km do continente sob o domínio de dunas. Costa de Rias , dominam a porção ocidental do litoral com pontas, ilhas, reentrâncias e manguezais. BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS Características da hidrografia brasileira • Riqueza em rios e pobreza em formações lacustres. • Todos rios direta ou indiretamente são tributários do Oceano Atlântico. • Predomínio de foz em estuário. • Domínio de rios de planalto. • Regime pluvial tropical austral • Rios de drenagem exorréica e perenes. Destaque para três divisores de água: Cordilheira dos Andes, planalto das Guianas e formações planálticas no Brasil Pequeno dicionário do aluno perdido • Divisores de água: são elementos geográficos que distinguem duas ou mais bacias hidrográficas. • Bacia hidrográfica: é o conjunto de terras (área) drenadas por um rio principal e seus afluentes. • Regime: equivale às variações verificadas entre as cheias e vazantes. Diversos elementos influem sobre essas variações: clima, relevo, natureza do solo. • Rede hidrográfica: é o padrão inter-relacionado de drenagem formado por um conjunto de rios. • Foz: é a desembocadura ou “final” do rio, que pode ser no oceano, outro rio ou em um lago. A foz pode ser do tipo delta e estuário. Bacias hidrográficas • O Brasil apresenta grande quantidade de rios, reunidos em conjuntos conhecidos como bacias hidrográficas. • As bacias são divididas em dois tipos: as principais e as secundárias. • Entre as principais bacias destacamos: Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Platina. Bacia amazônica • Maior bacia hidrográfica do mundo. • Drena algo em torno da metade do território do Brasil. • Maior potencial hidráulico/hidroelétrico. • Principal rio é o Amazonas. Inúmeros problemas e desastres para a construção de usinas hidroelétricas na área. Destaque: Balbina. Curiosidades • O rio Amazonas é considerado o maior rio do planeta tanto em extensão como em volume de água. Em sua porção mais estreita (Óbidos), apresenta 1.800 metros. • Tipicamente de planície. • Apresenta um regime complexo com águas provenientes dos dois hemisférios e uma pequena parcela do degelo dos Andes. • Apresenta foz mista. O rio Amazonas apresenta fenômenos notáveis como terras caídas ( desmoronamento das margens devido a pequena resistência das margens) e pororoca (ocorre na foz, quando a maré alta se encontra com a água do rio. Bacia do Tocantins-Araguaia • Maior bacia totalmente brasileira. • Presença da maior usina totalmente brasileira: Tucuruí, no rio Tocantins. • Possibilidade de navegação ampliada com algumas obras de engenharia. A usina de Tucuruí, foi construída com o objetivo de fornecer energia para os grande projetos de exploração da região norte. Sofre com o processo de apodrecimento da floresta no fundo do lago. Bacia do São Francisco • Principal rio: São Francisco. • Bacia tipicamente de planalto. • Trata-se de uma bacia totalmente brasileira. • Navegável de Pirapora até Juazeiro. • Apresenta afluentes intermitentes. Principais hidrelétricas: Três Marias, Sobradinho e Paulo Afonso. Apelidos do São Francisco • Nilo brasileiro: comparação exagerada com o Nilo africano. Os dois apresentam curso sul-norte, cabeceiras em áreas úmidas e atravessam áreas de déficit hídrico. • Rio dos currais: em virtude do transporte e criação de gado nas margens desde o período colonial. • Rio da Unidade Nacional: em função de unir a região Sudeste e Nordeste. A questão da transposição • Não é uma ideia nova: a primeira vez que tal proposta foi levantada foi durante o governo de D. Pedro II. • Trata-se do bombeamento de água do rio em duas áreas de captação. Com o objetivo de tornar perene alguns rios temporários e aumentar a oferta de água em alguns reservatórios para atender áreas críticas. • Grande discussão em relação ao real benefício da obra. • Existência de propostas alternativas. ROTA DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias do Nordeste Setentrional • Histórico: o projeto foi apresentado e debatido pela primeira vez no ano de 1918, sendo lembrando sempre em situações de estiagens; Objetivo do projeto • Retirar água do rio São Francisco para irrigar áreas do semiárido nordestino setentrional, beneficiando agricultores familiares através de 400 pontos de captação. A meta é levar água para 12 milhões de pessoas até 2025 em 390 municípios do PE, CE, PB e RN; A obra • O custo total das obras está estimado em R$ 4,5 bilhões e mais R$ 5,2 bilhões em ações para revitalização das margens do rio); Será retirado do rio entre 26,4 (1,4% da vazão do rio) e 127m³/s de água que poderá ser utilizado para o consumo humano e irrigação, através de 720 km de canais, em dois eixos (norte e leste), prevendo-se a perenização de cerca de 1.000 km de rios temporários da região; “Dois semiáridos” • o Semiárido da Bacia do São Francisco, com 2.000 a 10.000 m³/hab./ano de água disponível em rio permanente, e o Semiárido do Nordeste Setentrional, com pouco mais de 400m³/hab./ano disponibilizados através de açudes construídos em rios intermitentes e em aquíferos com limitações quanto à qualidade e/ou quanto à quantidade de suas águas. Segundo o ex-ministro Ciro Gomes, o padrão mínimo de acesso à água estabelecido pela ONU é de 1.500 m³/hab. por ano. Debate: estados favoráveis (CE, PE, PB e RN) Argumentos: • 95% da água do rio, liberada pela barragem de Sobradinho, é despejada em sua foz, sendo apenas o restante utilizado; • não haveria impactos significativos; • garantia de água para milhões de pessoas afetadas pelas constantes estiagens; • o Nordeste Setentrional possui apenas 3% da disponibilidade de água e 28% da população brasileira; A indústria da seca Desde os primórdios da colonização do sertão nordestino que pessoas lucram com o desespero decorrente da falta de água. Assegurar ao nordestino que não lhe faltará água é como conceder a ele uma carta de alforria em relação àqueles que se aproveitam dessa condição e mantêm um status quo através da indústria da seca, que passa necessariamente pela submissão do sertanejo. Debate: estados contrários (MG, BA, AL e SE) Argumentos: • temem a diminuição do volume de água do rio e prejuízos em relação à produção de eletricidade; • possibilidades de maiores danos ambientais futuros, ao exemplo do que ocorreu com o Mar de Aral na ex-URSS; • possibilidade de maior valorização das áreas beneficiadas pelo projeto e consequente especulação imobiliária; Ambientalistas e lideranças sociais se perguntam: • Qual seria o verdadeiro destino da água? A quem beneficiará? • Não existem alternativas mais baratas, como cisternas para conservação da água da chuva e aproveitamento de aquíferos? • De que adianta levar água para uma região onde a concentração fundiária é um dos maiores problemas? Bacia Platina • Trata-se da Bacia mais importante do ponto de vista da atividade econômica.• Formada por três bacias menores: Uruguai, Paraguai e Paraná. • O rio Paraná apresenta 4200 km de extensão. Bacia do Paraná • Bacia tipicamente de planalto. • Maior bacia em potencial hidroelétrico instalado. • Sem espaço para grandes intervenções. • Questão da usina de Itaipu. Grande potencial perdido em relação ao transporte hidroviário, em função da construção de usinas sem eclusas. Bacia do Paraguai • Tipicamente de planície. • Corta a área do pantanal. • Utilizada para a navegação: destaque para o escoamento da produção de grãos de parte do Centro-Oeste. • Problema grave de assoreamento. Grande problema ambiental para o pantanal, ligado ao projeto de aprofundamento da calha do rio Paraguai. http://www.corumba.ms.gov.br/modules/xcgal/thumbnails.php?album=693 Bacia do Uruguai • Apresenta como rio principal o rio Uruguai. • Rio Uruguai formado da junção do rio Pelotas e Canoas. • Potencial limitado tanto para a geração de energia como para a navegação. • O rio Uruguai apresenta 1400 Km de extensão. Principais formações lacustres • As principais formações lacustres são encontradas no Rio Grande do Sul. • Destaque para a Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa Mangueira. • Formações ligadas as restingas. Restingas são extensos cordões de sedimentos arenosos, depositados paralelamente a linha da costa por ação das correntes marinhas. HIDROGRAFIA MARANHENSE HIDROGRAFIA •O Estado do Maranhão é detentor de um grande potencial hídrico, o que lhe atribui destaque a nível nacional e internacional. •97,2% das águas do Estado são subterrâneas, e somente 2,8% são águas superficiais. •Em geral há abundância de água, ocorrendo escassez somente em áreas de excessiva demanda. ABASTECIMENTO •Quanto ao abastecimento: •74% das sedes municipais são abastecidas exclusivamente por mananciais subterrâneos (poços) •21% dos municípios são abastecidos com águas superficiais. •Os 5% restantes são abastecidos por sistemas híbridos, mananciais superficiais e subterrâneos O Maranhão em virtude de sua localização geográfica e condições climáticas possui uma rica hidrografia. O Maranhão possui rios limítrofes e genuínos. Os limítrofes são: Tocantins, Gurupi, Manuel Alves Grande e Parnaíba. Os principais rios genuinamente maranhenses são: Munim, Itapecuru, Mearim e Pindaré (Golfão Maranhense). Os rios maranhenses correm no sentido Sul-Norte. BACIAS HIDROGRÁFICAS Os rios que banham o espaço maranhense, pertencem naturalmente em dois grupos de bacias hidrográficas: As bacias limítrofes e as bacias genuinamente maranhenses constituídas pelos rios que nascem e banham somente o espaço maranhense. Bacias Limítrofes – Parnaíba – Tocantins - Gurupí BACIA DOS RIOS GENUINAMENTE MARANHENSE Golfão Maranhense 1-Bacia do Munim 2-Bacia do Itapecuru 3-Bacia do Mearim 4-Bacia do Pindaré Bacias Secundárias Litoral Ocidental – (Bacia do Maracaçumé – Bacia do Turiaçu – Bacia de Pericumã). Litoral Oriental – (Bacia do Periá e do Preguiça) AS PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MARANHÃO Genuinamente maranhense Bacia do Litoral oriental – 1 Bacia do Litoral ocidental – 2 Bacia do Pindaré – 3, Bacia do Mearim – 4 Bacia do Itapecuru – 5 Bacia do Munim – 8 Bacias fronteiriças Bacia do Parnaíba – 6 Bacia do Gurupí – 7 Bacia do Tocantins – 9 O LITORAL MARANHENSE • O litoral do Estado do Maranhão possui extensão aproximada de 640 km; • Estendendo-se no sentido oeste-leste da foz do rio Gurupi, no extremo oeste maranhense, na divisa com o Pará, até o delta do rio Parnaíba, no extremo leste, na divisa com o Piauí. • É o segundo mais extenso do Brasil, superado apenas pelo Estado da Bahia. • A faixa litorânea do Maranhão possui características geoambientais diferenciadas que justificam sua divisão em Litoral Ocidental, da foz do rio Gurupí até a foz do rio Periá e Litoral Oriental, da foz do rio Periá até a foz do rio Parnaíba. • A ilha de Upaon-açú, ilha maranhense, está situada no norte do estado, no Golfão maranhense • Se encontra entre a Baia de São marcos, a oeste; a Baia de São José, a leste e pelo Estreito dos Mosquitos ao Sul, separando a ilha da porção continetal. • Possui uma hidrografia formada por rios de pequena extensão. • A bacia hidrografica de São Luis pelos rios Anil, Bacanga, Tibiri, Itaqui, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro, Guarapiranga, geniparana, Estiva, Santo Antonio, Inhaúma e Cachorros São Luís do Maranhão A cidade dos azulejos Município de São Luís "São Luís do Maranhão" "Jamaica Brasileira" "Ilha do Amor" "Atenas Brasileira" "Cidade dos Azulejos" "Capital Brasileira do Reggae" "Ilha Magnética" ETIMOLOGIA • O nome da cidade é uma homenagem dada pelos franceses ao rei daFrança Luís XIII • Posteriormente o nome passou a referenciar Luís IX, chamado de "São Luís Rei de França". • O rei Luís IX ficou popular pois morreu numa Cruzada na Idade Média, sendo posteriormente canonizado pela Igreja. • Aniversário • 8 de setembro • Fundação • 8 de setembro de 1612 • Gentílico • são-luisense ludovicense • Prefeito • Edivaldo Holanda Junior(PDT) (2013–2020) UM POUCO DA HISTÓRIA • É a única cidade brasileira fundada por franceses, no dia 8 de setembro de 1612, tendo sido posteriormente invadida porholandeses; • • Em seguida, foi colonizada pelos portugueses; • • Localiza-se na ilha de Upaon-Açu, no Atlântico Sul, entre as baías deSão Marcos e São José de Ribamar; • Em 1621, quando o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas — Estado do Maranhão eEstado do Brasil — São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa. LOCALIZAÇÃO • Está localizada a Oeste da ilha; • Ocupa uma área de 828,01 km²; • Perímetro urbano de 96,27 % e rural de 3,73 %; • Está à 24 metros acima do nível do mar. LIGAÇÕES VIÁRIAS • A cidade está ligada ao interior do estado por meio de uma linha férrea e também aos estados vizinhos do Pará, Tocantins e Piauí o que facilita e barateia a escoação agrícola vinda do interior do país para o porto de Itaqui, sendo que, com a conclusão da Ferrovia Norte-Sul, a cidade vai estar interligada a todas as regiões brasileiras por ferrovias. • Por rodovia, a ilha já é servida pela BR-135. que a liga ao continente; • Por ar, conta com o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado CLIMA • O clima de São Luís é tropical, quente e úmido. • A temperatura mínima na maior parte do ano fica entre 21 e 27 graus e a máxima geralmente entre 27 e 34 graus. • Apresenta dois períodos distintos: um chuvoso, de janeiro a julho, e outroseco, de agosto a dezembro. • A média pluviométrica é de 2290 mm/ano, concentrados entre fevereiro e maio, sendo abril o mês de maior precipitação (476 mm). VEGETAÇÃO •A cidade apresenta grande quantidade de coqueiros e muita vegetação litorânea. •Há pequenas áreas de Floresta Amazônica que resistiram ao processo de urbanização da cidade, todas protegidas por parques ambientais. RELEVO • Encontra-se a altitude de 24 metros acima do nível do mar. • Existem baixadas alagadas, praias extensas e dunas que formam a planície litorânea. • A bacia de São Luís é composta por rochas sedimentares • Apresenta vários tipos de minerais, o calcário é um encontrado em abundância. HIDROGRAFIA • Os principais rios que cortam São Luís são o Bacanga, que atravessa oParque Estadual do Bacanga, e o Anil, que divide a cidade moderna e o centro histórico. • O rio Itapecuru abastece a cidade, embora não passe pela ilha. • A hidrografia da região é formada pelos rios de Anil, Bacanga, Tibiri, Paciência, Maracanã, Calhau, Pimenta, Coqueiro e Cachorros. • São rios pequenos que deságuam em diversas direções abrangendo dunas e praias. • A laguna da Jansen (laguna, por existir saídas para o mar) é a principal e maior laguna da ilha, com seis mil metros quadrados de área. POPULAÇÃO• Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística contou a população em 1 014 837; • São Luís é o município mais populoso do estado, o 15° município mais populoso do Brasil, e o 4° da Região Nordeste (ficando atrás somente de Salvador, Fortaleza eRecife) sendo ainda, a décima terceira capital mais populosa do Brasil. • Segundo este Censo 2010, a população jovem chegava a 63,87 por cento (555 709 habitantes) com idade inferior a 29 anos, destacando-se que 375 624 (40,17 por cento) menores de 19 anos. Composição étnica • Como o resto do Brasil, São Luís possui, em sua composição, ancestralidades europeia, indígena e africana. • De acordo com um estudo genético de 2005: • A contribuição europeia atinge 42%; • A indígena, 39%; • A africana, 19%. IDH •O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município, segundo dados dasNações Unidas datados do ano 2010, é de 0,768, alto se comparado ao índice de desenvolvimento humano do Maranhão (que foi de 0,639 no mesmo ano), e acima da média brasileira, sendo a decima quinta capital estadual brasileira com maior IDH e a terceira capital do Nordeste com maior IDH, perdendo apenas para Recife e Aracaju. Subdivisões •Oficialmente, São Luís esta dividido em dois distritos: São Luís e Anil. •A cidade esta dividida em 38 bairros, mas se contar as subdivisões dos bairros, palafitas, favelas, chegam a 96 e em alguns casos, ultrapassam mais de 100 bairros. ECONOMIA • A economia ludovicense baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos serviços. • São Luís possui o maior PIB do estado, sediando duas universidades públicas(UFMA e UEMA) e vários centros de ensino e faculdades particulares. • Segundo o último levantamento de dados do IBGE, a cidade possui o produto interno bruto de 9 340 944 000 reais, sendo, assim, a 29º economia nacional entre os mais de 5 560 municípios brasileiros e ocupando a 14º posição entre as capitais. • A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, atualmente o segundo em profundidade no mundo, ficando atrás apenas do de Roterdã, na Holanda, e um dos mais movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Companhia Vale do Rio Doce. • A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. CULTURA • São Luís tem manifestações muito fortes como o bumba-meu- boi, festa de tradição afro-indígena que aflora na cidade nas festas do mês de junho. • Além disso, possui o Tambor de Crioula, o Cacuriá, o "Tambor de Mina" (religião afro-brasileira, que tem na Casa Grande das Minas Jeje - fundada em meados do século XIX - seu mais importante terreiro, ou Querebetan). • Estas manifestações acontecem no período das festas juninas. • No carnaval, a tradição é um forte carnaval de rua, onde os blocos populares se misturam aos brincantes e às bandinhas tradicionais. OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL Conceito Os domínios morfoclimáticos são divisões que se baseiam nos diferentes tipos de relevos que são resultantes das condições climáticas atuais e do passado bem como na cobertura vegetal e nos tipos de solo. Quantos são? Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, hidrológicas entre outras. Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios. Quais são? Domínio Amazônico: • Localização: É a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. • Clima: Equatorial, a qual é o mais quente e o mais úmido da Terra. • Rios: Apresenta a maior bacia fluvial da Terra ocupando ¼ das terras da América do Sul (Amazonas). • Vegetação: Predomina a floresta equatorial Amazônica. Domínio do Cerrado: • Localização: Região central do Brasil, o domínio morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). • Relevo: Chapadas e Chapadões. • Clima: Tropical com uma estação seca bem definida. • Solos: Ácidos. • Rios: Diminuem muito na época das secas e transbordam na época das chuvas. • Vegetação: Campos que apresentam árvores retorcidas com cascas grossas. Domínio da Caatinga: • Localização: Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. • Relevo: Chapadas e serras. • Clima: Semi-Árido quente, com chuvas escassas e mal distribuídas. • Solos: ricos em minerais e pobres em matérias orgânicas. • Rios temporários – predominantes. • Vegetação: Arbustos espinhentos e cactos além de árvores que perdem suas folhas nas secas. Domínio dos Mares de Morros: • Localização: Acompanha a faixa litorânea do Brasil, do nordeste até o sul do País, obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². • Relevo: Morros arredondados que resultam da alternância de períodos de secas e de chuvas . • Clima: Tropical quente, com uma estação seca e outra chuvosa. • Solos Férteis. • Rios: Muito importantes pelo grande potencial hidroelétrico. • Vegetação: Predomina a Mata Atlântica que está muito devastada. Também apresenta campos e cerrados. Domínio das Araucárias: • Localização: Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das araucárias ocupa uma área de 400.000 km². • Relevo: Predomina o planalto. • Clima: Subtropical. • Solos: fértil • Rios: Importantes para a navegação e para a geração de eletricidade. • Vegetação: Floresta dos Pinhais ou de Araucária a qual está muito devastada. Domínio das Pradarias : • Localização: Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão de 45.000 km² a 80.000 km² . • Relevo: Planícies. • Clima: Subtropical. • Solos: Férteis. • Rios de planície. • Vegetação: Gramais que formam imensos campos muito utilizados para a pecuária. VEGETAÇÃO MARANHENSE •O maranhão apresenta uma diversidade de cobertura vegetal, típicas das condições de transição do Meio norte do Nordeste brasileiro. •Em função do caráter transicional, os tipos de vegetação vão refletir as características das condições atmosféricas, (variações de temperatura e umidade), das caracteristicas do solo e do baixo relevo Floresta Amazônica • Está localizada no noroeste e oeste do território maranhense, cobrindo um pouco mais de 35% do teritório. É uma vegetação Ombrófila densa (baseada no regime de chuvas) e aberta que reflete a transacionalidade do território. Possui uma grande heterogêneidade de espécies de vegetais, é Latifoliada, higrófila (úmida) e megatérmica. Desde a década de 1960, sofre antropização com implantação das atividades da agropecuária, madereira e mineração, ampliado o desmatamento na Amazônia Legal, na porção Maranhense. Floresta Amazônica Cerrado • Cobre as áreas do Centro-sul, algumas “manchas” nas porções Leste e Nordeste do território. • É a vegetação predominante no Maranhão e está adaptada ao clima tropical. • Apresenta umaformação arbustva com um elevado grau de endemismo, em solos do tipo latossolos amarelo (Predominante) • Desde a década de 1980, sofre com o avaço – Na confluência com os Estados do Piaui, Tocantins e Bahia – da sojicultura mecanizada com destaque para os minicípios de Balsas, Fortaleza dos Nogueiras, Alto do Parnaíba e São Raimundo das Mangabeiras. Cerrado Matas de Cocais • É a vegetação característca do Maranhão. •Possui uma maior concetração nos vales médios dos rios Mearim, Grajaú, Itapecuru e Munim. • É uma vegetação Secundária mista com a marcante presença da palmeira de Babaçu. • É típica da faixa de transição entre a Floresta Amazônica, a Oeste; o Cerrado ao Sul e a Caatinga do sertão, a leste. Mata dos cocais Vegetação litorânea • Encontamos a formação de mangue ao longo do litoral ocidental maranhense (entre a foz do rio gurupí e do rio Periá), • E as formações de Dunas e Restingas no litoral Oriental, (entre a foz do rio Periá e a foz delta do rio Parnaíba). • A vegetação de Mangue é arbustiva e está adaptada ao solo lodoso, halófito, muito orgânico e pobre em oxigênio, de rica biodiversidade. É considerada por muitos a “Maternidade” da vida marinha. Manguezal x Restinga Campos Inundáveis •Localiza-se próximo ao Golfão Maranhense, de formação herbácea, que no período chuvoso é alagado pelo aumento do volume dos rios que formam a Bacia do Golfão, nos seus baixos cursos. Campos inundáveis Carrasco •É uma vegetação de transicão entre o Cerrado e a caatinga, encontrada em espaços descontínuos na porção leste do maranhão, na fronteira com o Estado do Piauí CARRASCO MAPITOBA conheça a última fronteira agrícola do Brasil •Uma região geográfica que há duas décadas era considerada esquecida no interior do Norte e Nordeste está sendo apontada como o próximo grande celeiro do agronegócio no Brasil. Batizada de “MAPITOBA” ou “MATOPIBA” pelo Ministério da Agricultura, hoje a região é a que mais cresce em área plantada no país. •O nome curioso é referente às duas primeiras letras dos estados em que faz divisa: Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. •A dimensão do território é calculada em 414 mil quilômetros quadrados, quase o tamanho da Alemanha, e com uma população de 1.800.000 habitantes espalhada por 337 municípios. • Até a primeira metade do século 20, essa grande área era coberta por pastagens em terras planas e vegetação de cerrado e caatinga. • A agricultura era considerada improdutiva. Desde 2005, houve um fenômeno de expansão da atividade agrícola com o surgimento de fazendas de monocultura que utilizam tecnologias mecanizadas para a produção em larga escala, destinada à exportação de grãos como: • soja • Milho • algodão. • Segundo o Ministério da Agricultura, em 2012, os produtores rurais do MAPITOBA produziram 15 milhões de toneladas de grãos. • Projeções indicam que em 2022 a produção vai pular para mais de 18 milhões de toneladas. • Enquanto a média de crescimento da produção de grãos do país é de 5%, no MAPITOBA esse número atinge 20% ao ano. • O cultivo de soja é a atividade de maior rentabilidade e de maior expansão. Dados apontam que a região já é responsável por 10,6% da soja no país e que o preço das terras naquela região é bem mais vantajoso do que no Mato Grosso, outro grande produtor do grão. • A ocupação remonta à época da colonização portuguesa no Brasil, com o surgimento de arraiais movidos pela mineração, a criação de gado e a agricultura de subsistência. • As populações tradicionais incluem indígenas e quilombolas, raizeiros e quebradeiras de coco. • O MAPITOBA começou a ser explorado para o agronegócio a partir da década de 1980. • Agricultores da região Sul chegaram primeiro, atraídos pelas terras baratas. • Logo, as pastagens extensivas em cerrados foram substituídas por uma agricultura mecanizada e áreas de irrigação. • Atualmente, o agronegócio é responsável pelo maior volume de exportações do Brasil e o setor é fundamental para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Crescimento das “cidades do agronegócio” • A riqueza transformou as áreas urbanas vizinhas com a chegada de indústrias e serviços integrados a agropecuária. • Houve um aumento do fluxo migratório e o crescimento de uma nova estrutura urbana e econômica. • A cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), que tem o maior polo de produção agrícola do Estado e que converge boa parte da produção de soja destinada à exportação. Hoje, o município é o que mais cresce em população no Brasil. Desde sua emancipação, em 2000, sua população saltou de 18 mil habitantes para 80 mil. • As cidades de Balsas (MA), Araguaína (TO) e Uruçuí (PI) também estão crescendo e se tornando novos vetores do agronegócio. • A produção de grãos do MAPITOBA é escoada principalmente por meio da ferrovia Carajás e do porto de Itaqui, no Maranhão. No Oeste, os destaques são os portos baianos de Salvador e Cotegipe. A pressão sobre o meio-ambiente • A questão da expansão da produção agrícola e a preservação da vegetação nativa é um conflito comum no espaço rural brasileiro. • A região do MAPITOBA é a maior em conversão de vegetação natural em uso agrícola na atualidade. • Ambientalistas avaliam que a expansão agrícola poderá acabar com áreas remanescentes do bioma cerrado. • O MAPITOBA abriga as últimas áreas de cerrado nativas e o bioma está presente em 90% do território. • Nos últimos anos, grandes extensões de terras foram desmatadas. • Pequenos e médios produtores têm promovido desmatamentos ilegais no território e plantio sem manejo adequado. • Para que o equilíbrio de processos ecológicos na zona rural seja mantido é necessária a destinação de áreas de proteção com cobertura natural, de forma a cumprirem sua função de conservação e proteção da fauna e da flora originais. ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) E PARQUES NACIONAIS. • Dentre as diferentes unidades de conservação existentes, deve-se destacar a Reserva Biológica do Gurupi, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o Parque Estadual do Mirador e o Parque Nacional da Chapada das Mesas. • As unidades de conservação de proteção integral, ou seja, aquelas com maior grau de restrição de uso pelo homem, totalizam cerca de 15 mil km², 4,5% da superfície territorial do Estado. • As unidades de conservação de uso sustentável, embora permitam um uso menos restritivo e até em certos casos a propriedade privada, têm papel estratégico para a conservação ecossistêmica. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO •As unidades de conservação de uso sustentável no Maranhão distribuem-se em duas categorias principais: •Áreas de Proteção Ambiental (APAs) •Reservas Extrativistas (RESEX) •As APAs ocupam 13,2% das áreas protegidas de uso sustentável •As RESEX ocupam apenas 0,7%. GESTÃO ESTADUAL (SEMA) UNIDADE DECRETO ÁREA* (ha) MUNICÍPIOS ABRANGIDOS Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense Nº 11.900 de 11 de Junho de 1991 e reeditado em 05 de Outubro de 1991 1.775.036 Anajatuba, Arari, Bequimão, Bacurituba, Cajapió, Central do Maranhão, Conceição do Lago Açu, Lago Verde, Matinha, Mirinzal, Monção, Olho D’Água das Cunhas, Olinda Nova do Maranhão, Palmeirandia, Pedro do Rosário, Penalva, Peri-Mirim, Pinheiro, Pindaré-Mirim, Pio XII, Presidente Sarney, Santa Helena, São Bento, São João Batista, São Mateus, São Vicente de Férrer, Viana, Vitória do Mearim, e Ilha dos Caranguejos Área de Proteção Ambiental do Itapiracó Nº 15.618 de 23 de junho de 1997 322 Ilha de São Luís e São José de Ribamar Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Preguiças - Pequenos Lençóis – Região Lagunar Adjacente Nº 11.899 de 11 de Junho de 1991 e reeditado em 05 de Outubro de 1991 269.684 Barreirinhas, Paulino Neves, Tutóia Água Doce do Maranhão e Araióses Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses Nº 11.901 de 11 de Junhode 1991 e reeditado em 09 de Outubro de 1991 2.680.911 Cedral, Guimarães, Mirinzal, Bequimão, Cândido Mendes, Cedral, Porto Rico do Maranhão, Apicum-Açu, Serrano do Maranhão, Turiaçú, Luís Domingues, Godofredo Viana, Cururupu, Bacuri, Carutapera e Alcântara. Área de Proteção Ambiental do Maracanã Nº 12.103 de 01 de Outubro de 1991 1.831 Ilha de São Luís GESTÃO ESTADUAL (SEMA) UNIDADE DECRETO ÁREA (ha) MUNICÍPIOS ABRANGIDOS Área de Proteção Ambiental Estadual Upaon- Açu – Miritiba – Alto Preguiças Nº 12.428 de 05 de junho de 1992 1.535.310 Axixá, Barreirinhas, Humberto de Campos, Icatu, Morros, São Luís, Paço do Lumiar, Presidente Juscelino, Primeira Cruz, Rosário, Santa Quitéria do Maranhão, Santa Rita, São Benedito do Rio Preto, São Bernardo, São José de Ribamar, Tutóia, Belágua, Cachoeira Grande e Urbano Santos. Área de Proteção Ambiental Estadual dos Morros Garapenses Nº 25.087 de 31 de dezembro de 2008 234.768 Duque Bacelar, Buriti, Coelho Neto e Afonso Cunha Parque Estadual do Bacanga Nº 7.545 de 02 de março de 1980 2.633 Ilha de São Luís Parque Estadual do Mirador Nº 7.641 de 04 de junho de 1980, alterado pela Lei nº 8.958 de 08 de maio de 2009 766.781 Mirador Parque Estadual Marinho do Parcel do Manuel Luís Nº 11.902 de 11 de junho de 1991 45.238 Ao largo do município de Cururupu Estação Ecológica do Sítio do Rangedor Nº 21.797 de 15 de dezembro de 2005, alterado pelo Decreto nº 23.303 de 07 de agosto de 2007 121 Ilha de São Luís Área de Proteção Ambiental Estadual da Nascente do Rio das Balsas Nº 14.968 de 20 de março de 1996 655. 200 Balsas GESTÃO FEDERAL (ICMBIO) UNIDADE DECRETO ÁREA aprox. (ha) MUNICÍPIOS ABRANGIDOS Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba S/N° de 16 de julho de 2002 729.813 (42% no MA) Alto Parnaíba (MA), Mateiros e São Félix (TO), Formosa do Rio Preto (BA), Gilbués, Barreiras do Piauí, São Gonçalo do Gurgéia e Corrente (PI) Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses N° 86.060 de 02 de junho de1981 155.000 Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas ParqueNacional da Chapada das Mesas S/N° de 12 de dezembro de 2005 19.206 Carolina, Riachão e Estreito Reserva Biológica do Gurupi N° 95.614 de 12 de janeiro de 1988 341.650 Bom Jardim, Centro Novo e São João do Carú Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba Decreto s/n° de 28 de agosto de 1996 313.800 Luís Corrêa, Morro da Mariana e Parnaíba (PI); Araioses e Tutóia (MA); Chaval e Barroquinha (CE) Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba Decreto s/n° 16 de novembro 2000 27.021 Água Doce, Araioses (MA) e Ilha Grande (PI) Reserva Extrativista de Chapada Limpa Decreto s/n° de 26 de setembro de 2007 11.971 Chapadinha Reserva Extrativista de Ciriáco Decreto n° 534 de 20 de maio de 1992 7.050 Cidelândia Reserva Extrativista de Mata Grande Decreto n° 532 de 20 de maio de 1992 10.450 João Lisboa, Davinópolis, Senador LaRoque GESTÃO FEDERAL (ICMBIO) UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DECRETO ÁREA (ha) MUNICÍPIOS Reserva Extrativista Marinha de Cururupu Decreto s/n° de 02 de junho de 2004 185.046 Cururupu e Serrano do Maranhão Reserva Extrativista do Quilombo do Frexal Decreto n° 536 de 20 de maio de 1992 9.542 Mirinzal TERRAS INDÍGENAS • No século XVII, a população indígena no Estado do Maranhão era formada por aproximadamente 250.000 pessoas. • Essa população era composta por cerca de 30 etnias diferentes. • Povos indígenas como os Tupinambás que habitavam a cidade de São Luís, os Barbado, os Amanajó, os Tremembé, os Araioses, os Kapiekrã, dentre outros, foram simplesmente exterminados ou descaracterizados social e culturalmente. • Outras etnias existentes na época, como os Krikati, Canela, Guajajara-Tenetehara e Gavião, continuam presentes até hoje. • São notórias as causas do desaparecimento de cerca de 20 povos indígenas no Maranhão: as guerras de expedição para escravizar, as doenças importadas, a miscigenação forçada, a imposição de novos modelos culturais, entre outras. • Segundo informações da FUNAI no Maranhão, atualmente existem nove povos indígenas no Estado, os quais derivam de três famílias linguísticas e têm juntos população com cerca de 27 mil pessoas. Atualmente, o Maranhão possui 16 terras indígenas demarcadas e homologadas, além de outra em fase de reconhecimento ASSENTAMENTOS • Segundo dados do INCRA existem hoje no Maranhão 936 projetos de assentamento, distribuídos em 5 categorias principais: • assentamentos estaduais • Projeto casulo (assentamentos municipais) • Assentamentos federais • Assentamentos especiais quilombolas • outros tipos agrupados. • Estes projetos abrangem uma área de 43,16 mil km2, ou seja, 13% do território estadual, onde vivem 117 mil famílias, com população estimada em 464,5 mil pessoas (considerando o tamanho médio das famílias de 3,97 pessoas, ou seja, 19% da população rural. • Do total de projetos no Estado 630 são assentamentos federais, distribuídos por • 136 municípios, ocupando uma área total equivalente a 28,06 mil km2 (8,45 % da superfície territorial). • Estes projetos atendem a um total de 81.178 famílias (ou aproximadamente 322 mil pessoas), destas 1.019 famílias contam com o título definitivo da terra e 80.159 ainda não foram tituladas. • A emissão de títulos constitui-se na última etapa da emancipação dos assentamentos, sendo que o processo todo contempla as seguintes etapas: aquisição de terras, georreferenciamento, investimentos em infraestrutura, construção das moradias, licenciamento e finalmente a emissão de títulos. • O licenciamento constitui-se na etapa fundamental para a autonomia dos assentamentos, sem ele as atividades econômicas ficam bastante limitadas. AGRICULTURA BRASILEIRA Agricultura • Setor primário da economia • Dependente de fatores naturais • Tipos de cultivos: • Temporários • Permanentes • Objetivos: • Obtenção de alimentos • Produção de insumos industriais • Obtenção de matéria - prima Fatores da Agricultura • Terra • Capital • Trabalho Diagrama da agricultura de precisão dependente do fator CAPITAL Sistemas Agrícolas • Roça tropical/ agricultura intinerante de subsistência • Agrossilvicultura • Plantation • Agronegócio/agricultura comercial Preparo da terra em roça tropical Características da Agricultura Brasileira • Dois tipos: • De rico • De pobre • Principal fator: • Terra • Avanço da fronteira agrícola para aumento da produção • Grande produtora mundial de insumos • Exportação para obtenção de divisas Características da Agricultura Brasileira • Formas de exploração da mão de obra: • Assalariamento • Parceria • Arrendamento • Escravidão • Bóias – frias / Corumba Principais Produtos • Exportação: • Soja • Cana de açúcar • Café • Laranja • Madeira • Consumo Interno • Milho • Mandioca • Feijão • Arroz • Importação: • TRIGO • Frutas de clima temperado Desvio Padrão Produtividade 239 a 485 179 a 239 128 a 179 31 a 128 Desvio Padrão da Produtividade (kg/ha) Soja Solos Brasileiros •Maioria: • Pouco fértil •Manchas de fertilidade: • Terra – roxa • Massapê • Salmourão • Solo de várzea http://www.biodieselbr.com/i/energia/agricultura-energia.jpg Conflitos no Campo Personagens • Posseiro • Grileiro • Jagunço • Latifundiário • Situação • Muita terra para pouca gente • Mecanização e exclusão do camponês • Falta de oportunidades nas cidades • Ambiente democrático favorece organização Habitação típica de POSSEIRO Conflitos no campo Principais áreas de conflito •Bico do papagaio •Pontal do paranapanema •Arco do desflorestamento •ou do “povoamento recente” Assentamento Lagoa do Junco (continuação) Direitos efetivados com MST De chegar perto de novos direitos 4% Aposentadoria 4% Bloco do produtor rural 4% Salário maternidade 8% Direito de plantar 4% Igualdade entre os homens e as mulheres13% Direito de lutar por um pedaço de chão 4% Direito à propriedade 4% Lugar para morar 4% Direito à terra 17% Direito de participar 21% Direito de ser cidadão 13% MTST – Movimento Dos Trabalhadores Rurais Sem Terra As conjeturas históricas da construção do MST fundamentaram os três grandes pressupostos do Movimento, quais sejam: 1- terra; 2- reforma agrária; 3- mudanças gerais na sociedade. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra está organizado em todo o país. As instâncias deliberativas são: - a) Congresso Nacional – ocorre a cada 5 anos; - b) Coordenação Nacional; - c) Direção Nacional; - d) Coordenação Estadual; - e) Direção estadual; - f) Coordenações Regionais; g) Coordenações dos Assentamentos e Acampamentos. A principal características do MST é a sua organização. O MST envolve mais de 1,5 milhões de pessoas, sendo 300 mil famílias assentadas e 60 mil que ainda vivem em acampamentos. No ano de 2001, teve-se a quantidade de 585 acampamentos, nos quais participaram 75.730 famílias. No mesmo ano, o número de assentamentos foi o de 1.490, sendo 108.849 famílias assentadas. De lá para cá se reduziu a média de criação de assentamentos REFORMA AGRÁRIA Outros Problemas Fundiários Posse da Terra Conflitos Entre Usuários Capacidade de Suporte Risco Ambiental • Desertificação http://www2.uol.com.br/JC/_1999/imagens/deserto05.gif Riscos da Economia Agrícola Brasileira Características do agronegócio brasileiro •É um sistema único Tropical Importância da tecnologia Dificuldades agronômicas Integração lavoura-pecuária AGRICULTURA DO MARANHÃO • A agricultura maranhense vem passando por uma nova fase, com a implantação da agricultura comercial no centro-sul, a partir dos anos 80 com o avanço pela região dos cerrados, que se transformou em um novo “Eldorado” da agricultura. • Abriu-se uma oportunidade para uma nova frente agrícola voltada para o “Agribusiness”. Apoiado nos incentivos governamentais, os médios e grandes produtores, somados ao grande capital industrial, estão explorando esta região de forma intensiva e, ao mesmo tempo, agravando os problemas ambientais e sociais com uma ocupação sustentada no grande capital, • O desmatamento de grandes extensões de terras que estão produzindo danos irreparáveis ao meio ambiente na chamada ultima fronteira agrícola dos cerrados, que nos traz grandes preocupações. • A ocupação e a exploração dos cerrados maranhenses não podem fugir da perspectiva do desenvolvimento sustentável, ou seja, de assegurar o bem estar dos recursos naturais e a preservação e conservação dos recursos hídricos da região, promovendo o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ecológica. AS PRINCIPAIS LAVOURAS DE AGRICULTURA TEMPORÁRIA DO ESTADO SOJA O cultivo da soja no Meio-Norte do Brasil, concentrou -se nos cerrados do Sul do Maranhão e do Sudoeste do Piauí, em função das condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da cultura e das politicas públicas adotadas para atração dos capitais oriundo do sul do Brasil. • A partir da década de 1980, a sojicultura passa gradativamente a ocupar solos que outrora seria utilizado pela Rizicultura e torna os Cerrados maranhenses o “Novo El dorado” econômico. • Os principais municipios produtores de soja do Estado são: Balsas, Tasso Fragoso, Riachão – os primeiros a se destacarem na produção • no início do século XXI, outros municípios ganharam evidência na produção de soja, tais como: Alto Parnaíba, São Raimundo das Mangabeiras, Sambaíba, Fortaleza dos Nogueiras e Chapadinha. ARROZ • As primeiras produções significativas de arroz no Maranhão só apareceram na segunda metade do século XVIII e, desde então, passou a fazer parte da economia maranhense para consumo interno. • Como item importante também para a exportação por muito tempo, na história do Maranhão, as áreas produtivas se ampliaram e avançaram pelos Vales dos rios Mearim, do Itapecuru e na Baixada Maranhense. • Atualmente, o Maranhão ao longo das safras de 2012 a 2014, manteve a posição entre os maiores prodotores de Arroz do Brasil. • Hoje, a produção ocorre com maior intensidade nas microrregiões do Pindaré, Alto Mearim, Grajaú e, também, nas microrregiões das Chapadas do Alto Itapecuru, Presidente Dutra, Imperatriz, Caxias e Médio Mearim MANDIOCA • O Brasil ocupa a segunda posição na produção mundial de mandioca. • A mandioca é cultivada em todas as regiões do Brasil, assumindo destacada importância na alimentação humana e animal, além de ser utilizada como matéria-prima em inúmeros produtos industriais. • Tem ainda papel importante na geração de emprego e de renda, notadamente nas áreas pobres da Região Nordeste. • No Maranhão, a produção de Farinha de Mandioca estão em todos os seus duzentos e dezessete municípios. • Os maiores produtores no Brasil são o Pará, Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo, • No Maranhão, a maior produção de mandioca é observada na região Oeste, Norte e Nordeste. • Apesar do crescimento da produção de mandioca em outras regiões – pricipalmente na porção central do Maranhão – a Mesorregião Oeste permanece como maior taxa de produção, com dstaque para os Municípios de Zé Doca, Centro Novo do Maranhão, Bom Jardim, Nova Olinda do Maranhão, Presidente Médici, Pedro do Rosário e Maracaçumé. CANA-DE –AÇÚCAR • No Maranhão, o cultivo da cana e a fabricação do açúcar tiveram papel relevante até o século XIX com a instalação de numerosos engenhos nos vales dos principais rios – concentrado principalmente no Vale do rio Itapecuru –, posteriormente com a produção açucareira se espalhou pelos vales dos rios Mearim e Pindaré. • Atualmente, o Maranhão é o quinto maior produtor de cana – de – Açucar do Nordeste brasileiro, atrás de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. • O cultivo da cana-de-açúcar embora distribuida pelo território maranhense, tem sua produção marcante nas Microrregiões sul e leste do estado, com forte presença nos municípios de São Raimundo das Mangabeiras, Porto Franco e Coelho Neto. • No chamado período Brasil–Colônia, o Maranhão destacou-se como o principal polo produtor de algodão e se tornou um importante produto econômico do Estado entre período colonial até o inicio do século XX. • A cotonicultura, além de expandir a economia, deu ao Maranhão a condição de pioneiro no Brasil em alguns aspectos do negócio do algodão. • Em fins do século XVIII, o Maranhão foi o primeiro grande produtor e exportador brasileiro, o que levou o Estado, no século XIX, vivênciar a denominada “economia do algodão”. • Atualmente o Maranhão é o segundo maior produtor de de algoão do Nordeste brasileiro. ALGODÃO Pecuária maranhense A pecuária maranhense se caracteriza por ser o tipo extensiva, onde os rebanhos são criados soltos, pastando naturalmente sem cuidados técnicos, apresentando baixa produtividade. Os principais rebanhos • Bovinos: Criado em todo espaço maranhense, este rebanho desempenhou importante papel no povoamento do interior do Estado. Hoje é o rebanho mais importante economicamente, sendo criado por toda a população rural, desde o pequeno produtor, onde o gado é criado solto, ocupando principalmente as capoeiras o centro-leste do Estado, até as grandes fazendas do centro-oeste, onde há maiores cuidados e o gado é destinado a produção de carne e leite. • Suíno: Também criado pelo pequeno e grande pecuarista, sendo o segundo principal rebanho do Estado, onde nos arredores das maiores cidades vem passando por um aprimoramento, aumentando a produtividade, no entanto a maior criação é do pequeno pecuarista, sendo a mesma criada solta, condicionada as pastagens naturais. • Caprino e Ovino: Rebanhos sem grande expressão na pecuária maranhense, sendo voltado mais para o consumo familiar, pois os seus produtos são mais raros para o consumidor maranhense.A principal área de criação é o centro-leste do Estado. • Bubalino: Rebanho criado nos campos alagados da baixada maranhense, fazendo do Maranhão o terceiro criador nacional. Embora não seja explorado comercialmente, o búfalo vem assumindo importante papel na produção alimentar, apesar do rebanho apresentar ritmo de crescimento bastante lento em relação aos demais. • Aves Liderado pela galinha este é um rebanho que assume um importante papel na alimentação do trabalhador urbano de baixa renda, pois os baixos custos tem proporcionado a redução dos preços em relação às outras fontes. • Equinos, Muares e Asininos: São rebanhos de grande importância no transporte para o pequeno trabalhador urbano rural, auxilia a criação dos outros rebanhos. Localização • Bovinos: Açailândia, Santa Luzia, Imperatriz e Riachão. • Suíno: Caxias, Pinheiro, Codó e Santa Luzia. • Bubalino: Pinheiro, Viana e Cajari. • Caprino: Caxias, Chapadinha, Buriti e Codó, São Francisco do Ma, Barão de Grajaú. • Equino: Codó, Caxias e Lago da Pedra. • Asinino: Caxias, Barra do Corda, Bacabal e Lago da Pedra. • Muares: Lago da Pedra, Bacabal, Barra do Corda e Santa Luzia. • Aves: São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Santa Luzia, Imperatriz e São Luís. EXTRATIVISMO VEGEGETAL • O extrativismo é uma atividade econômica que faz referência a toda coleta animal, vegetal ou mineral de produtos espontaneamente gerados pela natureza. • No Brasil, essa atividade marca o início da história econômica com a exploração do pau-brasil e extração das "drogas do sertão", borracha, madeira, castanha, metais preciosos e cacau são outros importantes exemplos da atividade extrativista ao longo da história econômica brasileira. Com relação ao extrativismo vegetal, no território maranhense, podemos destacar: babaçu Jaborandi Extração de Madeira O BABAÇU • Principal fonte de renda do Extrativismo vegetal do Maranhão; • Encontrada principalmente nos vales dos rios Munim, Itapecuru, Mearim, Grajaú, Pindaré entre outros rios maranhenses. • É um gerador de emprego e renda para milhares de famílias do Estado. • Tem no extrativismo da palmeira de babaçu grande força produtiva, tão importante quanto a pecuária e da agricultura. O BABAÇU É MATÉRIA-PRIMA NA PRODUÇÃO DE: • Estética - cremes, sabonetes. • Limpeza - detergentes. • Moda - artesanatos, brincos, pulseiras. • Cozinha - farinha, azeite, leite, temperos. MOVIMENTOS SOCIAIS PELO BABAÇU • A luta dos movimentos sociais em defesa dos babaçuais e da garantia do emprego e renda, levou a aprovação da Lei do Babaçu livre, em 1997, no município Lago do Junco – localizado na região central • Este processo de conquista, do movimento das quebradeiras de coco, posteriormente, ocorreu também em outros municipios, que aprovaram leis municipais com base no livre acesso aos babaçuais. MUNICIPIOS: • Lei n. 05/97 e Lei n. 01/2002 de Lago do Junco, • Lei n. 32/99 de Lago dos Rodrigues, • Lei n. 255/99 de Esperantinópolis, • Lei n. 319/2001 de São Luiz Gonzaga, • Lei n. 1.084/2003 de Imperatriz, • Lei n. 466/2003 de Lima Campos, • Lei n. 52/2005 de São José dos Basílios, • Lei n. 01/2005 de Cidelândia, • Lei n. 1.137/2005 de Pedreiras JABORANDI • Típica do Brasil, da Amazônia Oriental, sendo o Maranhão o grande produtor nacional. • Desta planta extrai-se uma substância denominada policarpina, longamente utilizada na indústria farmacêutica. • A maior extração desse produto ocorre nos meses secos no município de Arame, Morros, Barra do Corda, Santa Luzia e São Benedito do Rio Preto. EXTRAÇÃO DE MADEIRA •Avança no oeste do Maranhão, a Pré Amazônia maranhense, de floresta menos densa, pelo fato de está associada ao processo de ocupação da porção ocidental e a implantação de siderúrgicas na região. Extrativismo Mineral no Maranhão • A formação geológica confere ao Estado o seu potencial mineral, cuja atividade é de pequena expressão na economia, seja pela concentração de minerais, ou seja pela forma de extração. Entre os principais produtos, pode-se destacar: • Calcário: Bastante difundido pelo sudoeste, avançando de oeste para leste até Presidente Dutra, partindo para o nordeste, destacando-se Codó, Caxias e Coroatá. É matéria-prima para a fabricação de cimento, fertilizantes e utilizados na correção de solos. • Ouro: Turiaçu, Maracaçumé, Cândido Mendes, etc. • Cobre: Pingado no Vale do Parnaíba. • Diamante: Balsas e Carolina • Opala: Porto Franco • Urânio: Imperatriz • Água Mineral: São José de Ribamar, São Luís, Caxias e Imperatriz • Granito: No afloramento Pré-Cambriano nos municípios de Rosário, Morros e Axixá. • Mármore: Fortaleza dos Nogueiras e Caxias • Argila: São Luís, Paço do Lumiar, Rosário, Guimarães e Mirinzal. • Petróleo: Ocorrências em Barreirinhas. • Enxofre: Tutoia e Barreirinhas • Sal Marinho: É o principal produto do extrativismo mineral, onde o Maranhão possui a quarta produção nacional, sendo superado pelo Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, e Ceará. A extração ocorrer principalmente em Tutóia, Humberto de Campos, Araioses e Primeira Cruz. A POPULAÇÃO BRASILEIRA O crescimento da população brasileira De acordo com estimativas do IBGE, em meados de 2017 o Brasil possuía 207 milhões de habitantes. Com esse número, a população brasileira é a 5ª maior do mundo e a 2ª da América. Essa população numerosa foi resultado: • da entrada de muitos imigrantes entre os séculos XIX e XX; • das altas taxas de crescimento vegetativo verificadas a partir de 1940. • A intensificação da urbanização; • a maior participação da mulher no mercado de trabalho; • o aumento do uso de pílulas anticoncepcionais; • o aumento do número de abortos provocados; • a esterilização de mulheres e de homens São causas interligadas e que explicam a redução das taxas de crescimento vegetativo. A diminuição no ritmo de crescimento da população é consequência da redução da taxa de fecundidade. A tendência da população brasileira para o envelhecimento O processo de aumento da população idosa recebe o nome de envelhecimento populacional. É um fenômeno mundial e ocorre principalmente nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos industrializados. O aumento proporcional da população com mais de 65 anos Com a diminuição das taxas de crescimento vegetativo Vem diminuindo gradativamente a proporção de habitantes com menos de 14 anos no total da população. Vem ocorrendo uma mudança na estrutura etária da população brasileira, essa alteração tem se processado de forma rápida. Da redução das taxas de mortalidade e do aumento da esperança de vida ao nascer. É CONSEQUÊNCIA Observe os gráficos a seguir. Pirâmide etária da população brasileira (1980) Fonte: IBGE. Síntese PNAD, 2006. p.91. A formação do povo brasileiro • indígenas; • negros, trazidos como escravos da África; • europeus; • asiáticos Que emigraram para o Brasil em grandes quantidades entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX. Representação das três raças: a escrava africana, o português e o índio nativo. Muitos povos contribuíram para a formação da população brasileira: A emigração brasileira Em fins da década de 1970, a economia brasileira passou a enfrentar uma séria crise, a mais grave de sua história. Essa situação fez com que muitos brasileiros buscassem oportunidades de emprego fora do país. Assim, um movimento populacional expressivo, inédito em nossa história, passou a ocorrer: a emigração. Imigração para o Brasil segundo a nacionalidade (1820- 1980) Fonte: IBGE, 2000. [S IC ] C O M U N IC A Ç Ã O A maior concentração de brasileiros no exterior está nos EUA. Loja de brasileiros em Massachusetts, nos Estados Unidos (2008). As migrações internas Apesar de as migrações internas terem ocorrido desde a época colonial, elas passaram a ser muito mais significativas a partir de 1930. O Centro-Sulfoi se constituindo em uma importante área de atração, principalmente da população nordestina. O primeiro grande deslocamento populacional interno foi motivado pela descoberta de ouro na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Retirantes nordestinos no ano de 1958. Nos anos 1960 e 1970, o governo brasileiro desenvolveu projetos de colonização que estimularam a ocupação de terras na Amazônia. A concentração populacional próxima ao litoral A ocupação do litoral teve início na época da colonização. A maior parte da população brasileira — cerca de 75% — está concentrada numa faixa de até 300 km de distância do litoral. Nessa região, localiza-se a maioria das metrópoles do Brasil. A instalação de cidades na região litorânea facilitava a comunicação com a metrópole e, como a produção brasileira era voltada para a exportação, agilizava também o transporte dos produtos aos portos. Brasil Densidade Demográfica A população e os setores da economia A população que exerce atividade remunerada constitui a população economicamente ativa (PEA) de um país. Os desempregados, desde que estejam à procura de emprego, também fazem parte da PEA. Os estudantes que não trabalham, as crianças de modo geral, as donas de casa, os aposentados e os idosos que não trabalham constituem o grupo chamado população economicamente inativa (PEI). A PEA de um país se distribui em três grandes setores de atividades: • Setor primário: compreende a agricultura, a pecuária e o extrativismo animal, vegetal e mineral, desde que a quantidade extraída seja pequena e os equipamentos utilizados para a extração sejam simples. Criação de gado bovino em São Gabriel, RS (2008). Mauricio Simonetti/ Pulsar Imagens Fábrica de calçados em Ivoti, RS (2008). D el fi m M ar ti n s/ P u ls ar Im ag en s • Setor secundário: abrange a indústria, a construção civil e o extrativismo em geral, desde que nessa atividade sejam utilizados máquinas e equipamentos tecnologicamente avançados e a quantidade extraída seja grande. Sede da prefeitura de Belém, PA (2003). • Setor terciário: atividades que não produzem mercadorias mas são fundamentais à organização da vida em sociedade e da economia, como o comércio e os serviços (transportes, bancos, meios de comunicação, administração pública, saúde, educação). M ig u el C h ik ao ka / O lh ar I m ag e m A mudança de um setor para o outro decorreu do processo de industrialização e modernização da economia e da sociedade brasileira. Predominam no Brasil as atividades do setor terciário. Nem sempre foi assim: Há cerca de 50 anos, a maior parte dos trabalhadores brasileiros exercia atividades no setor primário. POPULAÇÃO MARANHENSE • De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico (IBGE), a evolução do crescimento da população do Maranhão entre 1872 e 2010 foi bastante significativa. • Em 1872 a população maranhense era de 359.040 habitantes, passando para:0 • 1.583.248 (1950) • 3.037.135 (1970) • 5.651.475 (2000) • 6.574.789 (2010). DISTRIBUIÇÃO E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MARANHENSE • Considerando o número total de habitantes no Maranhão, cerca de 4.147.149 residiam na área urbana (63%) e 2.427.640 na área rural (36%) • Apresentando o menor índice de urbanização dentre os estados brasileiros, o que indica que a estrutura econômica permanece fortemente ligada ao setor primário. • A Taxa Média de Crescimento Geométrico da população maranhense entre 2000 e 2010 foi de 1,52%, a qual corresponde, praticamente, à mesma taxa média dos demais estados da federação (1,55%) e supera a taxa nacional (1,17%). • São Luís, capital do Maranhão, ultrapassou a marca de 1 milhão de habitantes em 2010. MUNICÍPIOS MARANHENSES COM MAIORES POPULAÇÕES TOTAIS Município População Total (hab.) População Urbana (hab.) São Luís 1.014.837 958.522 Imperatriz 247.505 234.547 São José de Ribamar 163.045 37.709 Timon 155.460 135.133 Caxias 155.129 118.534 Codó 118.038 81.045 Paço do Lumiar 105.121 78.811 Açailândia 104.047 78.237 Bacabal 100.014 77.860 Balsas 83.528 72.771 DENSIDADE DEMOGRÁFICA • Em relação à densidade demográfica, a maioria da população maranhense esta concentrada em São Luis, com 1.215,7 hab./km² (15,4%) Seguida por: • Paço do Lumiar (842,6 hab. /km²); • São José de Ribamar (419,8 hab./km²); • Raposa (409,1 hab./km²); • Santa Inês (188,5 hab./km²); • Imperatriz (180,8 hab./km²); • Pedreiras (136,8 hab./km²); • Pindaré‐Mirim (127,3 hab./km²) • Timon (89,2 hab./km²). • Alto Parnaíba possui a menor densidade demográfica, com aproximadamente 0,97 hab./km². Principais Indicadores Sociais do Maranhão Indicadores Sociais do Maranhão População Total (2010) Habitantes 6.574.789 Densidade Populacional (2010) Hab/km² 19,8 Distribuição da População por Sexo (2010) Homens Mulheres 49,61% 50,39% Participação de Crianças, Jovens/Adultos e Idosos (2010) Crianças Jovens/Adultos Idosos 30,94% 60,41% 8,65% Homens Mulheres População Urbana (%) ‐ 2010 48,13% 51,87% População Rural (%) ‐ 2010 Homens Mulheres 52,14% 47,86% Distribuição da População por Cor ou Raça (2010) Branca Preta Parda 22,13% 9,69% 66,52% Amarela Indígena S/Declaração 1,13% 0,54% 0,001% População Economicamente Ativa (2009) 2.956 (Mil Pessoas) Média de Anos de Estudo (15 anos ou +) ‐ 2009 Branca Preta Parda 6,9 6,2 5,9 PIB Per Capita ‐ (2008) Em R$ 1.000,00 6,104 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH‐2005) 0,683 Índice de Gini do Rendimento das Pessoas Ocupadas (2008) 0,521 Taxa de Analfabetismo de 15 anos ou mais de idade (2009) Branca Preta Parda 15,50% 20,10% 20,00% A industrialização brasileira No decorrer do século XX A atividade industrial se expandiu para diversos lugares do globo A partir Dos países que se industrializaram primeiro (Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Itália, Estados Unidos, Japão). Sobretudo após 1950 Linha de montagem de uma fábrica de automóveis, São Paulo, SP, no fim dos anos 1950. Esse processo de expansão da atividade industrial foi marcado: Pela expansão de empresas multinacionais, grandes grupos empresariais que haviam acumulado enormes quantias de capital e queriam ampliar ainda mais seus lucros instalando-se em outros países. Multinacionais de diversos ramos instalaram-se nos países subdesenvolvidos. Investimentos do Estado em infraestrutura e inúmeros incentivos criaram condições para que essas empresas se instalassem fora de seus países. No Brasil instalaram-se indústrias têxteis, alimentícias, químicas, farmacêuticas, de eletrodomésticos, cigarros, bebidas e máquinas, com destaque para a indústria automobilística. O Estado teve participação significativa nesse processo, pois estimulou a vinda das multinacionais por meio de uma série de incentivos, como diminuição ou isenção de impostos e doação de terrenos. Além disso, o Estado garantiu: • fornecimento de energia, por meio da construção de usinas hidrelétricas; • fornecimento de matérias-primas para a indústria, como o aço, por meio de construção de indústrias siderúrgicas; • criação de infraestrutura de transporte, com modernização de portos e aeroportos e, principalmente, construção de rodovias; • produção de combustíveis e matérias-primas para as indústrias químicas, com a formação da Petrobras, e com a construção de diversas refinarias; • proteção em relação a concorrência externa por meio de impostos altos de importação e fixação de cotas. • A falta de produtos durante a Segunda Guerra Mundial; • as quedas de preço do café no mercado internacional nos anos 1930; • a forte dependência da economia brasileira em relação a este produto. Também contribuíram para que o governo estimulasse intensamente o processo de industrialização. Havia se formado um mercado consumidor, com condições de adquirir produtos industrializados, além de terem acesso aos benefícios da energia
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