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Temor da morte

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TEMOR DA MORTE
Antigamente, a morte de crianças era frequente e poucas eram as famílias que não tinham perdido um parente. A medicina progrediu nas últimas décadas. A vacinação erradicou muitas doenças, a quimioterapia e o uso de antibióticos, contribuiu para que diminuísse o número de casos de doenças infecciosas. Com isso a população jovem passou a viver mais, e hoje os idosos viver com suas limitações e a enfrentar a solidão e o isolamento em que vivem.
Em nosso inconsciente, a morte nunca é possível quando se trata de nós mesmos, a morte sempre está ligada a uma ação má.
Nunca diga a uma criança que sua mãe morreu porque Deus queria ela mais perto dele, ou que Deus levou seu irmão por amar as crianças, isso faz com que jamais supere sua mágoa com Deus. 
A morte constitui ainda um acontecimento medonho, pavoroso, um medo universal, mesmo sabendo que podemos dominá-lo algumas vezes. Quando permitimos que um paciente, termine seus dias no querido ambiente familiar, isto requer dele, uma melhor adaptação da morte. O fato de permitirem que as crianças continuem em casa, onde ocorreu uma desgraça, e participem da conversa, das discussões e dos temores, faz com que não se sintam sozinhas na dor. Morrer é triste demais sob vários aspectos, sobretudo é muito solitário e desumano. Morrer se torna um ato solitário e impessoal, porque o paciente é removido de seu ambiente familiar e levado ás pressas para uma sala de emergência. O caminho para o hospital é o primeiro capítulo da morte. Quando um paciente está gravemente enfermo, é tratado como alguém sem direito a opinar. Quase sempre é outra pessoa quem decide sobre si, quando e onde um paciente deverá ser hospitalizado. Devemos lembrar que o doente também tem sentimentos, desejos, opiniões e acima de tudo, o direito de ser ouvido. Pouco a pouco, começa a ser tratado como um objeto. Decisões são tomadas sem o seu parecer. O paciente está sofrendo bem mais, talvez não fisicamente, mas emocionalmente. Suas necessidades não mudaram através dos anos, mudou apenas nossa aptidão em satisfazê-las

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