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Procedimentos Especiais nos Juizados Especiais Cíveis Estaduais

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Plano de Aula: PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA 
II. JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ESTADUAIS. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038 
Título 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NA LEGISLAÇÃO ESPARSA II. JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS 
ESTADUAIS. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
14 
Tema 
Critérios Norteadores do Sistema dos Juizados Especiais. Competência. Legitimidade. Procedimento. 
Sistema Recursal e as Ações Autônomas de Impugnação. Execução. 
 
 
Objetivos 
- Conhecer o sistema dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais. 
- Examinar as hipóteses de sua competência, bem como o desenvolvimento dos processos. 
- Estudar os critérios que norteiam e inspiram este sistema. 
- Diferenciar o modelo processual adotado nos Juizados Especiais em relação aos Juízos Cíveis, 
especialmente com o advento da Lei nº 13.105/15. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Sistema dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais. 
2. Critérios. Competência. Legitimidade ativa e passiva. 
3. Procedimento nos Juizados Especiais. 
4. Sistemática Recursal e executiva. 
Aplicação Prática Teórica 
1
a
 Questão: O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria 
mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão 
do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra 
essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, 
repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, 
afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais 
e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de 
Justiça? 2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas. 
2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos para impugnar 
sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15. 
 a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso 
inominado; 
 b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso 
inominado; 
c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais; 
d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão 
embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
 e) os embargos de declaração poderão ser empregados para a correção de erro material e nova 
valoração sobre as provas produzidas. 
 
Procedimentos de Ensino 
O presente conteúdo deve ser trabalhado já na primeira aula, após a apresentação da disciplina. É 
possível trabalhá-lo em uma única aula, podendo o profess or dosar o conteúdo de acordo com as 
condições (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma. 
Após a apresentação do plano de ensino e da metodologia, deverá o professor dar início à abordagem do 
tema, incluindo nesta abordagem referências ao caso concreto e questão de múltipla escolha. Sugerimos 
que nesta aula o professor aborde: o 
sistema dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, bem como os seus critérios orientadores que se 
encontram insculpidos no art. 2º da Lei nº 9.099/95. Também deverão ser tratadas as suas hipóteses de 
competência, tanto em razão da matéria quanto em razão do valor, tudo em cotejo com a Lei nº 
13.105/15. Outro ponto importante é a legitimação ativa e passiva para estes processos, bem como a 
análise do procedimento e da sistemática recursal e para execução das obrigações. 
Recursos Físicos 
Lousa. Data show e material complementar em mídias diversas. 
 
Avaliação 
Resposta da 1
a
 questão: 
Em relação ao primeiro questionamento, a resposta deve ser pelo uso do recurso ordinário. Quanto à 
segunda dúvida, o STJ vem admitindo, em caráter excepcional, que o Tribunal de Justiça exerça o 
controle sobre a competência dos processos que observam a Lei no 9.099/95, caso venha a ser 
impetrado mandado de segurança perante a Corte inferior. É o que constou, pelo menos, no seguinte 
julgado: ?Não se admite, consoante remansosa jurisprudência do STJ, o controle, pela justiça comum, 
sobre o mérito das decisões proferidas pelos Juizados Especiais. Exceção é feita apenas em relação ao 
controle de constitucionalidade dessas decisões, passível de ser promovido mediante a interposição de 
recurso extraordinário. A autonomia dos Juizados Especiais, todavia, não pode prevalecer para a decisão 
acerca de sua própria competência para conhecer das causas que lhe são submetidas. É necessário 
estabelecer um mecanismo de controle da competência dos Juizados, sob pena de lhes conferir um poder 
desproporcional: o de decidir, em caráter definitivo, inclusive as causas para as quais são absolutamente 
incompetentes, nos termos da lei civil. Não está previsto, de maneira expressa, na Lei no 9.099/95, um 
mecanismo de controle da competência das decisões proferidas pelos Juizados Especiais. É, portanto, 
necessário estabelecer esse mecanismo por construção jurisprudencial. Embora haja outras formas de 
promover referido controle, a forma mais adequada é a do mandado de segurança, por dois motivos: em 
primeiro lugar, porque haveria dificuldade de utilização, em alguns casos, da Reclamação ou da Querela 
Nullitatis ; em segundo lugar, porque o mandado de segurança tem historicamente sido utilizado nas 
hipóteses em que não existe, no ordenamento jurídico, outra forma de reparar lesão ou prevenir ameaça 
de lesão a direito. O entendimento de que é cabível a impetração de mandado de segurança nas 
hipóteses de controle sobre a competência dos Juizados Especiais não altera o entendimento anterior 
deste Tribunal, que veda a utilização do writ para o controle do mérito das decisões desses Juizados. 
Recurso conhecido e provido? (STJ. RESP no 17.524/BA. Rel.
a
 Min.
a
 Nancy Andrighi. DJ 02/08/2006). 
 
Resposta da 2ª questão: 
Gabarito: letra B 
Justificativa: O CPC/2015, em suas disposições finais, mais precisamente no art. 1.065, altera o disposto 
no art. 50 da Lei nº 9.099/95, que passa a prever que os embargos de declaração terão efeito interruptivo. 
 
Considerações Adicionais

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