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Transferência de Calor
Resumo
Profª. Flavia Miranda
Símbolos, letras gregas e subscritos
Q- quantidade de calor [J].
q- taxa de transferência de calor [W]=[J/s].
- taxa de geração de energia por unidade de volume [W/m3].
q’-taxa de transferência de calor por unidade de comprimento. [W/m].
q”- fluxo térmico [W/m2].
k - condutividade térmica [w/mK].
h- coeficiente de transferência de calor por convecção [W/m2K].
ε- emissividade (0< ε <1)
α- absortividade (0< α <1)
σ- constante de Stefan-Boltzmann (σ=5,67 x 10-8 [W/m2 K4])
- taxa de transferência de energia que entra no volume de controle [W].
- taxa de transferência de energia que sai do volume de controle [W].
- taxa de geração de energia [W].
- taxa de aumento de energia armazenada no interior de um volume de
controle [W].
viz - vizinhança.
cond. - condução.
conv. - convecção.
rad. - radiação.
abs- absorvido
Mecanismos de Transferência de Calor
1. Condução
Este mecanismo pode ser visualizado como a transferência de energia de partículas
mais energéticas para partículas menos energéticas de uma substância devido a
interações entre elas. A transferência de energia ocorre em um meio estacionário, que
pode ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura.
Lei de Fourier:
sendo que:
logo o fluxo térmico é:
ou
obs.:
Fluxo:
2. Convecção
A transferência de energia ocorre entre uma superfície e um fluido em movimento
em virtude da diferença de temperatura entre eles.
Lei de Resfriamento de Newton
onde,
Transferência de calor
unidimensional por condução.
(Parede plana)
Fluxo de calor
Transferência de calor por convecção em
uma superfície aquecida
- Temperatura do fluido.
q”
dx
dT
kq x "
L
TT
dx
dT 12
L
TT
kq x
)(
" 12
L
TT
kq x
)(
" 21
][
][..
"
2mArea
Wcalordetaxa
A
q
q
)(" TThThq s
T
3. Radiação
A troca de energia é feita por meio de ondas eletromagnéticas.
Características:
• Não precisa de contato (meio) entre os corpos;
• Todo corpo acima do zero absoluto emite radiação térmica.
Um corpo negro é um perfeito emissor (ε=1) e um perfeito absorvedor (α =1).
Corpos com ε<1 são denominados corpos cinza.
Lei de Stefan-Boltzmann
Radiação
- Poder Emissivo: (corpo negro)
(corpo cinza)
ε- emissividade (fração da energia de radiação que é emitida, 0< ε <1).
Irradiação
(corpo negro)
(corpo cinza)
α- absortividade (fração da energia de radiação que é absorvida, 0< α <1).
Quando existir troca de radiação de uma superfície com uma vizinhança de
temperaturas diferentes (Ts ≠ Tviz) temos:
- Fluxo:
Supondo que: ε=α
4
sTE
4" sTqE
4
. vizabs TG
)(" 44 vizsradiação TTq
absradiação GEq "
Superfície emitindo e
absorvendo radiação
A radiação de um corpo negro representa a
quantidade máxima de radiação que pode ser
emitida por uma superfície em uma
determinada temperatura.
q”incidente
q”emitido
Vizinhança
q’’ radiação
4
. " vizabs TqG
Fluxo de calor
Importância
1) O fluxo de calor tem sentido. De acordo com a lei de zero absoluto, o calor se
propaga da região de maior T para região de menor T, logo o ΔT é um decaimento ou
declive.
2) O fluxo é uma grandeza direcional. Sempre se propaga na direção ortogonal à área
transversal de troca térmica.
3) Se o fluxo de calor apresente direção e sentido, então ele se caracteriza como um
campo vetorial.
4) Mesmo que o fluxo de calor seja um campo vetorial ele se relaciona com T (campo
escalar) a partir do operador
(gradiente).
A partir das características do fluxo de calor, a lei de Fourier pode ser expressa da
seguinte maneira:
Equação de Fourier na forma Tridimensional
Da observação 2:
- Área transversal de troca térmica, exemplos:
Para parede plana (unidimensional):
A= w x h
Para um cilindro maciço na horizontal com fluxo entrando e saindo pelas bases
(unidimensional):
A= π r2
z
T
k
y
T
j
x
T
ikq"
Tkq "
zyx qkqjqiq "."."."
q”
L
h
w
Balanço de Energia
O balanço de energia para qualquer sistema sofrendo qualquer processo pode ser
expresso na forma:
[J] (1)
O balanço em taxa líquida de transferência de energia:
[W] (2)
Em problemas de transferência de calor, é conveniente escrever um balanço térmico
e representar as conversões de energia nuclear, química, mecânica, elétrica, etc, em
energia térmica, como calor gerado. O balanço de energia pode, nesse caso, se escrito
como:
[J] (3)
[J] (4)
Balanço de energia térmica em um volume de controle:
[W] (5)
[W] (6)
dt
dE
EE sistsaientra
.
sistemasaientra EEE
Taxa líquida de transf.
de energia por calor,
trabalho ou massaTaxa de mudança na
energia cinética,potencial,
etc.
sistemagsaientra EEEE
sistemagsaientra EEQQ
Calor líquido
transferido
Calor gerado Mudança na energia
térmica do sistema
sistemagsaien tra EEEE
acumuladagsa ien tra EEqq
Taxa de calor líquido
transferido
Taxa de geração
de calor
Taxa de variação de
energia armazenada
(acumulada)
A
Resumindo:
Em um volume de controle:
[W] (7)
Entrada e saída: fenômenos de superfície (transferência de calor por condução,
convecção, radiação).
Geração de energia: fenômeno volumétrico (conversão de outra forma de energia
– química, elétrica, eletromagnética – em térmica).
Acumulo de energia: fenômeno volumétrico (variações de energia interna, cinética
e/ou potencial).
Para um sistema fechado:
Considera-se sempre o mesmo conjunto de matéria. Desta forma, a massa do
sistema não pode variar, logo só existe troca térmica na superfície de controle.
.acugse EEEE
Superficiais Volumétricas
0
.
sistdt
dm
0 se EE
(8)
Equação do Calor
1. Coordenadas Retangulares
Balanço de Energia:
[W] (1)
t
T
Cq
z
T
k
zy
T
k
yx
T
k
x
p
.
2. Coordenadas Cilíndricas
.acugse EEEE
(2)
(3)
2. Coordenadas Esféricas
4. Reduzindo as Equações de calor para coordenadas retangulares
a) Para k constante
t
T
k
C
k
q
z
T
y
T
x
T p
.
2
2
2
2
2
2 (4)
onde
pC
k
.
(Difusividade Térmica)
b) Regime estacionário
0
t
T
0
q
z
T
k
zy
T
k
yx
T
k
x
(5)
r
T
kqr
T
r
k
q
T
senr
k
q
.
t
T
cq
T
senk
senr
T
k
senrr
T
rk
rr
p
222222 111
(4)
c) Regime estacionário, sem geração de energia e unidimensional.
0
dx
dT
k
dx
d
(6)
como k= constante , logo:
0
2
2
dx
Td (7)
A solução geral para a Equação 7 é dada por:
21.)( CxCxT
(8)
5. Condições de Contorno e Inicial
a) Condição inicial
Especifica a distribuição de T na origem do tempo (t=0).
b) Condições de Contorno
1) Temperatura da superfície constante (C.C de Dirichlet):
T(x,t) = Ts
2) Fluxo térmico na superfície constante (C.C de Newmann):
2.1) Fluxo térmico diferente de zero
"0 sx q
x
T
k
2.2) Superfície isolada termicamente ou adiabática
00
x
x
T
3) Condição de Convecção na superfície:
x
tT
ktTTh
),0(
)],0(.[ 1,1
em x=0
x
tLT
kTtLTh
),(
]),(.[ 2,2
em x=L
x
tT
ktTTh
),0(
)],0(.[ 1,1
em x=0
x
tT
kTtTh
),0(
]),0(.[ 1,1
x=0 (Sentido negativo de x)
Condução Unidimensional em Regime Estacionário
1. Distribuição de Temperaturas
a) Parede Plana (Regime unidimensional, estacionário e sem geração de calor)
0
2
2
dx
Td
21.)( CxCxT
(solução geral)
Como vimos anteriormente devemos introduzir as condições de contorno para
encontramos as constantes C1 e C2.
I. Aplicando a C.C da temperatura da superfície constante:
1,)0( STT
e
2,)( STLT
Substituindo as condições de x = 0 e x = L na equação geral:
em x=0
21 0.)0( CCT
21,)0( CTT s
em x=L
21.)( CLCLT
1,12, .)( SS TLCTLT
L
TT
C
SS 1,2,
1
Agora que encontramos as constantes C1 e C2 podemos substituí-las na Eq. da
solução geral.
1,
1,2,
.)( S
SS
Tx
L
TT
xT
Distribuição de Temperaturas
obs: Para está análise em questão verifica-se que T varia linearmente com x.
b) Cilindro (sistema radial)
Equação do calor para coordenadas
cilíndricas em regime estacionário,
unidimensional, e sem geração de calor.
0.
1
dr
dT
rk
r
d
r
Solução Geral:
21 ln.)( CrCxT
I. Aplicando a c.c da temperatura da superfície constante:
1,1)( STrT
e
2,2 )( STrT
Substituindo as condições de r = r1 e r = r2 na equação geral
em r = r1
2111,1 .ln)( CrCTrT S
em r = r2
2212,2 .ln)( CrCTrT S
Distribuição de Temperaturas
1,
112
1,2,
ln.
)/ln(
)( S
SS
T
r
r
rr
TT
rT
2. Resistência Térmica
a) Analogia da transferência de calor com a eletricidade:
- Para definir a analogia, é necessário que o processo de troca térmica seja
unidimensional, sem geração interna de energia e que as propriedades da matéria
sejam constantes.
I) Resistência Elétrica:
I
V
Relet
.
II) Resistência Térmica:
q
T
Rterm
.
b) Parede Plana
- Resistências de Condução e Convecção
- Parede Plana
I) Resistência de Condução
- Pela Lei de Fourier temos:
L
T
kAqx
II) Resistência de Convecção
- Pela Lei de Newton temos:
ThAqx
hAq
T
RConv
1
.
kA
L
q
T
RCond
.
III) Resistência de Radiação
- Pela Lei deStefan-Boltzann temos:
i)
)(
44
vizSx TTAq
ou
ii)
)).().((
22
vizSvizSvizSx TTTTTTAq
Podemos escrever de outra forma:
THq radx .
, onde
)).((
22
vizSvizSrad TTTTAH
rad
rad
H
R
1
.
Em uma parede plana observa-se que
1,
1,2,
.)( S
SS
Tx
L
TT
xT
, sendo que,
.
1,2,
L
TT
dx
dT SS
. Substituindo agora
dx
dT
na eq. de Fourier:
L
TT
kA
dx
dT
kAq
SS
x
1,2,
Verifica-se que a taxa de calor q e o fluxo de calor q” são independentes de x para
condições de regime estacionário, unidimensional e sem geração de calor. Sendo q e q”
constantes ao longo da parede.
Para o caso da Figura acima onde temos uma parede plana, onde ambas as superfícies
são submetidas à convecção, verificamos a seguinte análise para o cálculo da resistência
térmica.
Como as resistências estão em série podemos encontrar a resistência total
pelo somatório das resistências de cada mecanismo de transferência de calor:
AhkA
L
Ah
RRRRR
n
i
itotal
21
321
1
11
Como vimos anteriormente, a taxa de calor é constante em todos os pontos.
Ah
TT
AkL
TT
Ah
TT
q
SSSS
x
./1././1 2
2,2,2,1,
1
1,1,
Em termos de diferença de temperatura global temos:
total
x
R
TT
q
2,1,
c) Parede Composta
Caso I: Parede composta com camadas de materiais diferentes ligadas em série:
(Circuito térmico)
A parede é composta quando existem camadas de materiais diferentes, ou seja,
camadas com k diferentes, conforme pode ser visto na Figura acima.
Como o comportamento das resistências estão em serie temos que a resistência total
é calculada pelo somatório das resistências em cada mecanismo.
AhAk
L
Ak
L
Ak
L
Ah
RRRRRR
C
C
B
B
A
A
total
41
54321
1
...
1
- Taxa de calor:
)./1()./()./()./()./1( 4
4,4433221,
1
1,1,
Ah
TT
AkL
TT
AkL
TT
AkL
TT
Ah
TT
q
CCBBAA
SS
x
- Taxa de calor em termos de diferença global de temperatura:
...
..
1
1
4,1,4,1,
Ak
L
Ak
L
Ah
TT
R
TT
q
B
B
A
Atotal
x
Caso II: Parede composta com camadas de materiais diferentes ligadas em série-paralelo:
Resistência em paralelo:
GF
n
i itotal
RRRR
1111
1
GF
GF
GF
RR
RR
R
.
,
Agora todas as resistências estão em série, logo a resistência total do circuito será:
Ak
L
AkLAkL
AkLAkL
Ak
L
RRRR
H
H
GGFF
GGFF
E
E
HGFEtotal
.)]2/.(/[)]2/.(/[
)]2/.(/)].[2/.(/[
.
,
Transformando as resistências em
paralelo em uma resistência em série
d) Resistência de Contato
Embora desprezada anteriormente, é importante reconhecer que, em sistemas
compostos, a queda de temperatura entre as interfaces dos vários materiais pode ser
considerável. Isto devido a imperfeição do contato entre as camadas dos materiais,
conforme mostrado na Figura abaixo. Essa mudança de temperatura é atribuída ao que é
conhecido por resistência térmica de contato, Rt,c.
c
ct
ct
A
R
R
,
,
"
sendo,
"
" ,
x
BA
ct
q
TT
R
, assim:
x
BA
ct
q
TT
R
)(
,
e) Resistência para Sistemas Radiais
- Cilindro
I) Resistência de Condução
- Pela Lei de Fourier temos:
dr
dT
Lrk
dr
dT
kAqr )..2(
Sabendo-se que a distribuição de temperaturas (visto na seção anterior) é dada por:
1,
112
1,2,
ln.
)/ln(
)( S
SS
T
r
r
rr
TT
rT
,
rrr
TT
dr
dT SS 1
.
)/ln( 12
1,2,
e substituindo na equação de
Fourier:
)/ln(
)(
...2
1
.
)/ln(
)(
)....2(
12
2,1,
12
1,2,
rr
TT
Lk
rrr
TT
Lrkq
SSSS
r
Sabendo-se que
q
T
RCond
.
, então:
Lk
rr
R Condt
..2
)/ln( 12
.,
I) Resistência de Convecção
- Pela Lei de Newton temos:
TAhqr ..
Sabendo-se que
q
T
RConv
.
, então:
)..2(
11
.,
LrhhA
R Convt
Raio crítico de isolamento:
Considere-se um tubo cilíndrico de raio externo r1 cuja temperatura exterior é T1
mantida constante. O tubo encontra-se isolado com uma material cuja condutibilidade
térmica é k e o seu raio externo é r2, o calor é dissipado para o meio ambiente, que se
encontra a temperatura T∞ com o coeficiente de transferência de calor por convecção h.
O calor dissipado do isolamento para o ambiente pode-se calcular de:
)..2(
1
2
)/ln(
2
12
11
LrhLk
rr
TT
RR
TT
q
convisol
r
O valor de r2 para o qual qr atinge o seu máximo é determinado na Equação abaixo.
0
2
dr
dqr
Uma ótima espessura de isolamento esta associada ao valor de r2 que minimiza o qr e
maximiza a Rtot que se pode obter.
Tubo cilíndrico isolado, exposto à
convecção na superfície externa e
rede térmica associada a ele.
- Derivando a equação qr temos:
0
)..2(
1
2
)/ln(
...2
1
....2
1
).(
2
12
2
2
2
1
2
LrhLk
rr
rLkrLh
TT
dr
dqr
0
....2
1
...2
1
2
22
hrLrLk
Logo, o raio crítico rcr = r2 é dado por:
h
k
rcr
(m)
Este termo tem que ser igual a zero,
para que
0
2
dr
dqr
, pois os demais
termos são constantes.
Resumo dos Resultados da Condução Unidimensional
Parede Plana Parede Cilíndrica
Equação do
Calor
0
2
2
dx
Td
0.
1
dr
dT
rk
dr
d
r
Distribuição
de
Temperaturas
1,
1,2,
.)( S
SS
Tx
L
TT
xT
1,
112
1,2,
ln.
)/ln(
)( S
SS
T
r
r
rr
TT
rT
Fluxo Térmico
(q”)
L
T
kqx
"
)/ln(.
"
12 rrr
T
k
dr
dT
kqr
Taxa de Calor
(q)
L
T
kAqx
)/ln(
)2(
12 rr
T
Lk
dr
dT
kAqr
Resistência
Térmica
de condução
(Rt,cond.)
kA
L
Rcond
kL
rr
Rcond...2
)/ln( 12
Resistência
Térmica
de convecção
(Rt,conv.)
hA
Rconv
1
.
Lrh
Rconv
...2.
1
.
Condução com Geração de Energia Térmica
I) Parede Plana
Equação de calor para regime estacionário,
unidimensional e com geração de calor é:
0.
q
dx
dT
k
d
d
(a)
- Para k=constante:
0
2
2
k
q
dx
Td (b)
A solução geral para a Eq. (b) é:
21
2 .).2/()( CxCxkqxT
(c)
Para encontrarmos a distribuição de Temperaturas devemos encontrar as constantes C1 e
C2.
I. Aplicando a c.c da temperatura da superfície constante:
1,)( STLT
e
2,)( STLT
Logo,
L
TT
C
SS
2
1,2,
1
e
22
2,1,2
2
SS TT
L
k
q
C
Assim a distribuição de Temperaturas é:
22
.
2
).2/()(
2,1,21,2,2 SSSS
TT
L
k
q
x
L
TT
xkqxT
(d)
Arranjando temos:
2
.
2
1
2
)(
2,1,1,2,
2
22
SSSS TT
x
L
TT
L
x
k
Lq
xT
(e)
O fluxo térmico em qualquer ponto da parede pode ser determinado pela lei de
Fourier, porém para sistema com geração de calor o fluxo térmico não é mais
independente de x,ou seja, o fluxo varia ao longo da parede. Foi visto anteriormente que
para o caso sem geração de calor, o fluxo era constante.
- Simplificando a Eq. (e) de acordo com as condições de contorno
existentes no problema analisado.
Caso I: Distribuição simétrica de temperatura em relação ao plano central
SSS TTT 2,1,
Logo:
2
2
.01
2
)(
2
22
STx
L
x
k
Lq
xT
Distribuição de T
ST
L
x
k
Lq
xT
2
22
1
2
)(
Obs: A Temperatura máxima se encontra no plano central, ou seja:
ST
k
Lq
TT
2
)0(
2
0
No Plano de simetria (x=0) o gradiente de temperatura é nulo, ou seja,
0
0
xdx
dT
.
Logo não existe transferência de calor cruzando esse plano central e ele pode ser
representado como uma superfície adiabática, conforme iremos mostrar no caso II.
Caso II: Superfície adiabática no plano central
Realizando um balanço de energia na
superfície:
I)
0 se EE
0"" convcond qq
)(
TTh
dx
dT
k S
Lx
(a)
Temos que encontrar
dx
dT
. Sabendo que:
ST
L
x
k
Lq
xT
2
22
1
2
)(
Assim:
x
k
q
dx
dT
.
, logo
L
k
q
dx
dT
Lx
.
(b)
Agora substituindo a Eq. (b) em (a) temos:
)(.
TThL
k
q
k S
(c)
Arranjando temos:
h
Lq
TTS
.
(Temperatura da superfície)
II) Cilindro
Equação de calor para regime estacionário,
unidimensional e com geração de calor é:
0.
1
q
dr
dT
rk
dr
d
r
(a)
- Para k=constante:
0.
1
k
q
dr
dT
r
dr
d
r
(b)
A solução geral para a Eq. (b) é:
21
2 .ln.).4/()( CrCrkqrT
(c)
Para encontrarmos a distribuição de Temperaturas devemos encontrar as constantes C1 e
C2.
I. Aplicando as condições de contorno
i)
0
0
rdr
dT
e ii) T(r0) = TS
Logo :
01 C
e
2
02 .
4
r
k
q
TC S
Substituindo C1 e C2 na equação geral (c):
ST
r
r
r
k
q
rT
2
0
2
2
0 1..
4
)(
(Distribuição de Temperaturas com geração de calor)
Para relacionar a temperatura na superfície, TS, com a temperatura do fluido, T∞,
deve-se realizar um balanço de energia na superfície ou um balanço global.
Balanço Global: I)
0 gs EE
II)
0. Vqqconv
[W]
III)
0)...()).(..2(
2
00 LrqTTLrh s
Arranjando temos:
h
rq
TTs
2
0