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ELETROSTÁTICA Alana Indah Boaventura, Anderson Souza, Thiago Dieminger Albring Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA Engenharia Mecânica CEP 97546-550, Alegrete – RS Brasil e-mail: alanaboaventura@hotmail.com, andbahia_10@hotmail.com, thiagodalbring@hotmail.com Resumo – O seguinte artigo tem como objetivo relatar os experimentos que comprovam na prática o comportamento das cargas elétricas dentro da eletrostática, que tem como princípio o equilibrio dessas e o comportamento da atração e repulsão nos corpos. Tais corpos podem ser eletrizados das seguintes maneiras: Atrito, contato e indução. Palavra-Chave – Atrito, Cargas elétricas, Condução, Eletrização, Eletrostática, Indução. ELECTROSTATICS Abstract – The following article aims to report experiments that demonstrate the practical behavior of electrical charges within the electrostatic, whose principle is the balance of these and the behavior of attraction and repulsion in the bodies. Such corpses can be electrified in the following ways: friction, contact and induction. Keywords –Friction, Electric charge, Conduction, Electrization, Electrostatics Induction. I. Introdução Os efeitos da eletrostática são observados desde a antiguidade clássica em diversos fenômenos naturais, mas devido à falta de recursos tecnológicos na época, tais estudos não eram muito aprofundados e os resultados encontrados eram obtidos geralmente de forma empírica. Apesar de não se saber tudo a respeito da eletrostática, atualmente há um maior conhecimento sobre o assunto explicado através de teorias e comprovações práticas. A seguir podemos ver alguns conceitos importantes para o entendimento dos experimentos realizados. Os átomos são formados por uma grande quantidade de partículas. Dentre elas as mais conhecidas são o próton (carga positiva), o elétron (carga negativa) e o nêutron (carga nula). Quando o número de prótons em um átomo é igual ao número de elétrons, este se encontra no estado neutro. Pode-se estender este raciocínio à matéria em geral. Esta condição é chamada de Equilíbrio Eletrostático. A eletrostática baseia-se em três princípios básicos: Conservação de cargas elétricas, atração e repulsão. O principio da conservação de cargas define que em um sistema isolado a soma das cargas é constante. Nos outros dois princípios observa-se respectivamente que cargas de sinais contrários se atraem e de mesmo sinal se repelem [1]. Os corpos na maioria das vezes estão neutros, isso impede que fenômenos elétricos sejam notados, deve se então gerar um desequilíbrio entre a quantidade de prótons e elétrons no interior do material. Se um corpo é carregado positivamente significa que perdeu elétrons e estando carregado negativamente recebeu elétrons [2]. O desequilíbrio entre as cargas é possível a partir de um processo chamado de Eletrização, que pode ocorrer de três maneiras: atrito, contato e indução. A eletrização por atrito ocorre devido à eletrovalência, capacidade de doar ou receber elétrons, dos materiais, onde um corpo ficará eletrizado positivamente e o outro negativamente. A eletrização por contato necessita que um dos corpos esteja eletrizado e o outro neutro, o corpo eletrizado atrairá as partículas de sinais contrários presentes no corpo neutro até que ambos fiquem como o mesmo potencial elétrico. De diferente modo, no processo de eletrização por indução um corpo eletrizado, indutor, é posto próximo (sem contato) a um corpo neutro, o induzido, o indutor atrairá as cargas de sinal contrário no induzido, polarizando-o. Tais métodos de eletrização são empregados de acordo com o resultado que se deseja obter [3]. Conceitos preliminares a respeito dos dispositivos utilizados nos experimentos: O gerador Van de Graaff é um dispositivo eletrostático, que foi projetado para produzir altas tensões elétricas e torna-lá disponível para experimentos. O gerador é composto por: uma correia de material isolante, dois roletes, uma cúpula de descarga, um motor, duas escovas metálicas e uma coluna de apoio. A seguir pode-se ver a ilustração do gerador de Van de Graaf, representado na fig.1. Seu princípio de funcionamento se baseia na excitações por atrito, ou seja: Através da movimentação da correria que é eletrizada por atrito na parte inferior do gerador, ao atingir a parte superior, as cargas elétricas que surgiram com o processo de eletrização são transferidas para a superfície interna do metal, sendo então distribuídas para toda a superfície da cúpula que fica carregada de cargas elétricas. [4] Fig. 1. Imagem ilustrativa do Gerador de Van de Graaff. O eletroscópio é um aparelho destinado a indicar se um corpo está ou não eletrizado. Os eletroscópios mais comuns são o pêndulo eletrostático e o eletroscópio de folhas. O pêndulo eletrostático constitui numa esfera de isopor ou cortiça, que é presa em um fio de náilon, preso em uma haste firme. Este pêndulo funciona como um indutor, e quando é preciso saber se o corpo está ou não eletrizado, deve-se aproximá-lo da esfera. Se a esfera continuar em repouso quer dizer que o corpo está neutro, agora se a esfera for atraída pelo corpo significa que o mesmo está eletrizado. [5] O eletroscópio de folhas é composto por duas finas lâminas de alumínio presas numa das extremidades de uma haste metálica, sendo que na outra extremidade dessa mesma haste é presa uma esfera de material condutor, representado na figura 2. Este sistema é acondicionado dentro de um recipiente de vidro totalmente isolado. Quando aproxima-se um corpo eletrizado da esfera condutora, as lâminas de alumínio do eletrocópio se abrem, pois o corpo eletrizado induz na esfera condutora cargas de sinal contrário às dele, produzindo assim a repulsão entre as folhas. Fig. 2. Imagem ilustrativa do eletroscópio de folhas. Serão apresentadas algumas experiências que demostram esses efeitos, os quais serão descritos e esclarecidos brevemente nesse artigo, que visa o entendimento do comportamento e as propriedades de cargas elétricas em repouso, ou dos corpos que se tornam eletrizados de alguma maneira. II. Metodologia de Implementação A. Experimento 1 Uma flanela de tecido foi atritada em um canudo de plástico, para assim eletrizar o mesmo com uma carga desconhecida, depois o canudo foi aproximado sem tocar à cúpula do gerador ligado. Após esse procedimento foi observado que o canudo se afastava da cúpula quando se tentava o contato entre eles, se repelindo mutuamente, esse fenômeno ocorreu pelo motivo de que tanto o canudo quanto a cúpula estavam eletrizados com cargas de mesmo sinal, comprovando assim a lei de atração e repulsão [6]. B. Experimento 2 Foi atritado, em um só sentido, dois canudos plásticos a uma folha de papel. Ao aproximar uma haste na outra, notou-se uma reação de repulsão, isso acontece por terem a mesma carga, ou seja ambos canudos receberam cargas elétricas negativas da folha de papel. Exemplo disso no cotidiano é quando se esvazia um saco de arroz, percebe-se que alguns grãos ficam grudados no saco plástico devido ao atrito gerado, assim ficando os grãos eletrizados [7]. Ao aproximá-las de uma superfície neutra (parede), na teoria formar-se-ia o dipolo e elas se fixaram, devido à atração por cargas diferentes. C. Experimento 3 Utilizou-se um pêndulo eletrostático, que possui uma lâmina circular de alumínio presaentre os dois por uma linha, em seguida foi aproximado do globo do gerador de Van de Graaff. Constatou-se que como o globo estava eletricamente carregado e a lâmina de alumínio estava inicialmente neutra ocorreu uma indução no alumínio e por causa disso, uma atração à medida que o alumínio era aproximado em direção do globo, representado na Fig. 3. Porém, no lugar da lamina de alumínio, uma esfera de um material isolante aconteceria à polarização das cargas elétricas da esfera. Fig. 3. Imagem ilustrativa da distribuição de cargas na lâmina circular de papel alumínio. D. Experimento 4 Utilizando uma régua de plástico previamente eletrizado, esta foi aproximada á haste superior do eletroscópio, sem tocá-la, verifiou-se que ao aproximar a régua previamente eletrizada negativamente ao cobre, repeliu os elétrons contidos na haste, polarizando o corpo. Os elétrons repelidos ao se aproximarem da lamina de alumínio atraíram os prótons de seu interior juntando assim as duas bandas da lamina. Com essa observação se evidencia e se comprova a lei de atração e repulsão, pois o único motivo pelo qual as laminas afastavam-se era que as suas cargas elétricas possuíam o mesmo sinal. [8]. E. Experimento 5 Uma régua foi tocada na cúpula do gerador ligado para torná-la eletrizada e depois a mesma foi posta em contato com a haste superior de um eletroscópio. Após esse procedimento se observou que nada aconteceu às duas hastes inferiores do eletroscópio por um motivo desconhecido até aquele momento (vale lembrar que as condições do laboratório no momento do experimento não eram ideais, apresentando umidade excessiva levando a resultados inesperados). Teoricamente as duas lâminas deveriam se afastar, pois estariam carregadas com cargas de mesmo sinal comprovando assim a lei de atração e repulsão [6]. F. Experiência 6 Foi acoplada ao gerador de Van de Graaff uma hélice com extremidades pontiagudas, semelhante a uma cruz suástica. Quando foi ligado o gerador se observou que devido à parte externa da cúpula do gerador estar carregada positivamente e também ao formato geométrico da hélice ser pontiagudo, ocorreu uma concentração de cargas elétricas nas extremidades fazendo com que essa mesma concentração liberasse elétrons, dessa forma ionizando a atmosfera em volta das pontas da hélice com carga de mesmo sinal. Assim com elétrons liberados e atmosfera ionizada de mesma carga houve repulsão entre eles, promovendo um giro na hélice de forma que essa movimentação circular se dava em sentido oposto às pontas da mesma, esse movimento foi proporcionado também por causa da ação da força elétrica entre as cargas envolvidas [6]. III. Conclusão Através dos experimentos realizados foi possível observar e compreender o princípio de funcionamento de alguns dispositivos básicos, a exemplo do pêndulo eletrostático, eletroscópio e o gerador de Van de Graaf, para consequentemente entender de forma bem sucinta os fenômenos que ocorrem na eletrostática, os quais são de grande importância para aplicação em diversos setores da ciência e indústria, tais como: fotocopiadora, pintura eletrostática, proteção contra raios, motores eletrostáticos e maquinas de raios-X. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS [1] Princípios da eletrostática <http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/fenom enos/principios/>. Acessado em 12/07/13 as 17:30. [2] Processos de eletrização <http://www.brasilescola.com/fisica/processo- eletrizacao.htm>. Acessado em 12/07/13 as 17:53. [3] Eletrização por atrito, contato e indução <http://educacao.uol.com.br/fisica/eletrizacao- eletrizacao-por-atrito-contato-e-inducao.jhtm>. Acessado em 12/07/13 as 18:24. [4] O gerador de Van de Graaff <http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/o- gerador-van-graaff.htmf>. Acessado em 12/07/13 as 19:00 [5] Eletrostática <http://www.colegioweb.com.br/trabalhos- escolares/fisica/tv-fisica/eletroscopio.html>. Acessado em 12/07/13 as 19:15. [6] Experimentos propostos referentes à eletrostática < http://fisicaeletro.blogspot.com.br/2011/06/ experimentos-propostos-referentes.html>. Acessado em 15/07/13 as 8:43 [7] Noções de eletrostática <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnic aAula. html?aula=4782>. Acessado em 15/07/13 as 9:03 [8] Eletrostática <http://www.dfq.feis.unesp.br/docentes/MarceloII /01-Eletrostatica.pdf>. Acessado em 15/07/13 as 10:01.
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