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RELATORIO DE NÃO CONFORMIDADES Identificação: Responsável técnica: Roberta Sanches Gomes CRN: 11146 Nome da Unidade – Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira. OBJETIVO: Identificar ocorrência de não conformidade, indicando qual a correção necessária para que ela fique dentro das normas exigidas. REFERENCIAS NORMATIVAS: RESOLUCAO – RDC N275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Praticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos. Resolução – RDC N26/2004 – Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Praticas para Serviços de Alimentação. DEFINICOES: Ação corretiva – ação implementada para eliminar as causas de uma não conformidade, de um defeito ou de outra situação indesejável existente, a fim de prevenir sua repetição. Não conformidade – não atendimento de um requisito especificado. Reparo – ação implementada sobre um produto não conforme de modo que este passe a satisfazer os requisitos de uso previsto, embora possa não atender aos requisitos originalmente especificados. Procedimento Operacional Padronizado – POP – procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções seqüenciais para a realização de operações rotineiras e especifica na produção, armazenamento e transporte de alimentos. Este procedimento pode apresentar outras nomenclaturas desde que obedeça ao conteúdo estabelecido nesta Resolução. Limpeza – operação de remoção de terra, resíduos de alimentos, sujidades e ou outras substancias indesejáveis. Desinfecção – operação de redução, por método físico e ou agente químico do numero de microrganismos a um nível que não comprometa a segurança do alimento. Higienização – operação que se divide em duas etapas, limpeza e desinfecção. Anti – Sepsia – operação destinada a redução de microrganismos presentes na pele, por meio de agente químicos, após lavagem, enxágüe e secagem das mãos. Controle Integrado de Pragas – sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a segurança do alimento. Medida de controle – procedimento adotado com o objetivo de prevenir, reduzir a um nível aceitável ou eliminar um agente físico, químico ou biológico que comprometa a qualidade higiênica sanitário do alimento. Resíduos – materiais a serem descartados, oriundos da área de produção e das demais áreas do estabelecimento. Manual de Boas Pratica de Fabricação – documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto final. Boas Praticas – procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. Contaminantes – substancias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos a saúde humana ou que comprometam a sua integridade. Manipuladores de alimentos – qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento. Manipulação de alimentos – operações efetuadas sobre a matéria prima para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição a venda. Registro – consiste de anotação em planilha e ou documento, apresentando data e identificação do funcionário responsável pelo seu preenchimento. Serviço de alimentação - estabelecimento onde o alimento e manipulado, preparado, armazenado e ou exposto a venda, podendo ou não ser consumido no local. LISTA DE VERIFICACAO DAS BOAS PRATICAS DE FABRICACAO EM ESTABELECIMENTOS PRODUTORES/ INDUSTRIALIZAORES DE ALIMENTOS 1.0 EDIFICACAO E INSTALACOES PLANO DE ACAO – Escola Municipal Juscelino K. de Oliveira NÃO CONFORMIDADE ACAO CORRETIVA 1.1 AREA EXTERNA Área em conformidade Área externa livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente. 1.2 AREA INTERNA Área interna possui rachaduras, objetos estranhos ou em desuso no ambiente e rede elétrica exposta ou instalações elétricas improvisadas. Identificação do risco e reparo das rachaduras, área livre de objetos estranhos ou em desuso, instalações elétricas projetadas de modo a prevenir acidentes. 1.3 PISO Piso apresenta falhas no revestimento como parte de algumas delas quebradas. Manter em adequado estado de conservação (livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos), evitando acidentes de trabalho. 1.4 TETOS/ PAREDES Teto não apresenta forro ou Lage. Paredes com até a metade com azulejos em cor clara. Acabamento liso, em cor clara, impermeável, de fácil limpeza. Em adequado estado de conservação, livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos e outros. O correto seria toda a parede azulejada. 1.5 PORTAS Porta de aço inox enferrujada, e mantida aberta, não possui ajuste ou batente. Com superfície lisa, pintadas de tinta lavável, ajustadas aos batentes, sem falhas ou danos no revestimento. Portas externas com fechamento automático (mola) e com barreiras adequadas para impedir entrada de vetores e outros animais (telas milimétricas). 1.6 JANELAS Ausência de proteção nas janelas contra insetos e roedores. Janelas constituídas de grades metálicas, pintadas com tinta lavável e constituídas de telas milimétricas. 1.7 CANALETAS/ CAIXA DE GORDURA Ausência de canaletas/ ralos para escoamento da água. Presença orifício que permite aparecimento e proliferação de pragas Os ralos são constituídos de tampas em aço inox com dispositivo que permite seu fechamento. As canaletas apresentam grelhas, revestidas com telas milimétricas, de forma a impedir o acesso de pragas. Vedação de orifício. 1.8 INSTALACOES SANITARIAS E VESTIARIOS PARA OS MANIPULADORES Ausência de sanitários e vestiários para uso exclusivo dos manipuladores alimentos. Banheiros constituídos de uso exclusivo para manipuladores de alimentos, constituídos de alvenaria, com piso em concreto, alvenaria, paredes revestidas de azulejos na cor branca, vaso sanitário com assento de tampa, descarga automática, lavatório para higienização das mãos, suporte para sabonete liquido bactericida e papel toalha, lixeiras com pedal. A iluminação devera ser natural, complementada artificialmente (iluminação elétrica), sendo também natural a ventilação, encontrando-se em bom estado de conservação, mantidos limpos e organizados. 1.9 AREA DE HIGIENIZAÇÃO DE VASILHAMES Ausência de ralo de proteção, facilitando entrada de insetos e roedores, superfície do tanque de cerâmica lisa e antiderrapante, com alguns locais com parte da cerâmica quebrada. O correto seria o tanque ser em aço inox. Lavatórios em condições de higiene, dotadosde sabonete liquido inodoro bactericida, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem e coletor de papel acionados sem contato manual. 1.1.0 ILUMINACAO E INSTALACAO ELETRICA. Ausência de proteção adequada contra quebras e explosões. Lâmpadas sem proteção e fios expostos. Luminárias com proteção adequada contra quebras e explosões e em adequado estado de conservação. 1.1.1 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS Evidencia de presença de laudo de dedetização e desratização. Adoção de medidas preventivas e corretivas com o objetivo de impedir a atração, o abrigo o acesso e ou proliferação de vetores e pragas urbanas. Em caso de adoção de controle químico existência de comprovante de execução do serviço expedido por empresa especializada. 1.1.2 ABASTECIMENTO DE AGUA Ausência de higienização dos reservatórios de água. Existência de responsável comprovadamente capacitado para a higienização do reservatório da agua. Existência de registro da higienização do reservatório de água ou comprovante de execução de serviço em caso de terceirização. Presença de laudo de portabilidade da água. 1.1.3 MANEJO DOS RESIDUOS Ausência de sacolas próprias para manejo dos lixos. Lixeira de 100 lts de pedal danificada. Retirada freqüente dos resíduos da área de produção alimentos, evitando proliferação de insetos e conseqüentemente contaminação cruzada. 2.0 EQUIPAMENTOS MOVEIS E UTENSILIOS 2.0 UTENSILIOS Armazenamento de forma imprópria. Deposito de vasilhas com pouca ventilação de ar e claridade, cerâmica do piso quebrada. Prateleiras foram feitas de cimento revestida de cerâmica anti derrapante. Panelas são em aço inox e ferro fundido, copos para servir os alunos são de plásticos, pratos para merenda são de vidro, colheres são de aço inox, existe apenas uma tabua em plástico de polietileno que é usada para legumes e carne, o que favorece contaminação cruzada. Prateleira de suporte para micro-ondas enferrujada e amassada o que facilita para riscos de acidente de trabalho além de contaminação cruzada. Armazenados em prateleiras de aço inoxidável com pedra ardósia, de forma organizada e protegidos contra sujidades. Recomenda-se, o uso de pratos de vidro e local calmo e tranqüilo para realização das refeições. O correto seria tábua para legumes e tábua para carnes e diferenciadas por cores umas das outras. Fogão esta de acordo, pois se encontra em boas condições de uso. Prateleira deveria estar em perfeitas condições de uso. Forno industrial também se encontra em boas condições de uso. 2.1 HIGIENIZACAO Ausência de registro de Existência e freqüência de DOS EQUIPAMENTOS E MAQUINARIOS E DOS MOVEIS E UTENSILIOS higienização. registro da higienização. Diluição dos produtos de higienização, tempo de contato e modo de uso/ aplicação obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante. Produtos de higienização identificados e guardados em local adequado. 3.0 MANIPULADORES 3.0 PROGRAMA DE CONTROLE DE SAUDE Ausência do controle de saúde dos manipuladores Existência de supervisão periódica do estado de saúde dos manipuladores. 4.0 PRODUCAO/ TRANSPORTE E ESTOQUE SECO 4.0 FLUXO DE PRODUCAO Controle de circulação e acesso ao pessoal. Ordenado, linear evitando contaminação cruzada. 4.1 ESTOQUE SECO Não existe área especifica para o estoque (freezers). Gêneros alimentícios armazenados em prateleiras de aço inox de cor acinzentada, pouca claridade e circulação de ar, fiação exposta, janela sem tela de proteção, local abafado. Alguns itens são armazenados em caixas de polietileno com tampas. Evita aparecimento de fungos, insetos, parasitas e roedores. Facilita organização e limpeza. Área destinada para estoque seco e frio, porém esta trancada. Área destinada para armazenação de freezers em cor clara sendo um (1) 4.2 AREA PRODUCAO Presença de mesa de madeira, local com pouca ventilação, Retirada e substituição de mesa madeira por inox, substituição rede elétrica comprometendo ambiente de trabalho, tanque para higienização de utensílios elaborada com retalhos de cerâmica facilitando contaminação. Área de difícil circulação, prateleira de madeira sendo usada como armário que favorece aparecimento de insetos e roedores. Não existe local especifico para o depósito doe gás, o que favorece explosões, o gás não é encanado. tanque de cimento por tanque inox, desativação com certa urgência dos sanitários feminino e masculino, reforma e ampliação da área de produção. Gás deveria ter local apropriado e encanado. 5.- CONSIDERACOES FINAIS Como responsável Técnico do Programa de Alimentação Escolar, comunico que ao realizar inspeção na área de produção da Escola Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira, foi averiguado algumas não conformidades, que necessitam de ações corretivas, pois não se encontram enquadradas nas normas de exigências da Vigilância Sanitária. A lista de verificação aplicada restringe-se especificamente as Boas Praticas de Fabricação de Alimentos, essa e fundamental para o andamento adequado de qualquer unidade processadora, nos quais sejam realizadas algumas das seguintes atividades: produção/ industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos industrializados. Deve-se considerar de importância tanto do ponto de vista da qualidade e integridade do alimento, como também da segurança alimentar. Faz-se necessário constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos, segundo as recomendações das legislações, confirma a necessidade de atenção redobrada para certos aspectos na produção de alimentos, visando à proteção da clientela atendida. A constante revisão e a realização de auditorias internas são extremamente importantes para a sobrevivência das Boas Praticas de Fabricação (BPF) dentro da empresa, pois os procedimentos devem ser absorvidos não só pelos elaboradores, mas também pelos funcionários, de maneira que se torne cultura vigente. Não há possibilidade de se pensar em um estabelecimento processador de alimentos sem as BPF, sem duvida alguma, as BPF são um dos pilares das empresas de alimentos e garantem a qualidade do produto final a ser produzido. Diante de todos os argumentos apresentados, reforço a necessidade de adequação, pois respondo legalmente por todas as atividades realizadas na área de produção da Escola Municipal Juscelino K. De Oliveira. 6- REGISTRO FOTOGRAFICO DE ALGUMAS NÃO CONFORMIDADES Cerâmica danificada e armazenamento inadequado de utensílios. Janela com pouca iluminação e circulação de ar. Presença de utensílios de madeira, favorecendo Substituição tanque revestido de cerâmica por