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Glossário de termos literários

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Instituto Federal de Goiás – câmpus Goiânia
Departamento de Linguagem e suas tecnologias
Licenciatura em Letras- Língua Portuguesa
Disciplina: Introdução aos Estudos Literários - 1° período
Prof. Doutor: André Perez
Aluna: Lorena Pessoa Magalhães
Glossário de termos da Literatura.
Literariedade: Segundo Roman Jakobson, Literariedade e o conjunto de características especificas (linguísticas, semióticas, sociológicas) que permitem considerar um texto literário. O Texto Literário distingue-se, nomeadamente, pelo fato de transformar a realidade, servindo-se dela como modelo para arquitetar mundos “fantásticos”, que só existem textualmente e que se estabelecem através da metáfora, da caricatura, da alegoria e pela verossimilhança. Residindo aqui a ficcionalidade patente no Texto Literário,
Formalistas russos: O formalismo russo é caracterizado por sua ênfase no papel funcional dos dispositivos literários e sua concepção original de história literária. Os formalistas russos defenderam um método "científico" para estudar a linguagem poética para a exclusão das tradicionais abordagens psicológica e histórico-cultural. 
Eagleton salienta que a tônica do Formalismo russo, digamos, strictu sensu, reside na busca da “literariedade”, ou seja, a identificação de artifícios – como som, imagem, sintaxe, métrica, rima – que conduzem ao efeito de estranhamento da obra literária.
Gozo estético: A literatura como expressão artística busca, a expressão do belo, com a finalidade de provocar prazer estético e gozo intelectual. Quando existe fruição, quando a obra literária atrai em diversos aspectos há o gozo estético a alegria imensa e intelectual.
Automatização e desautomatização: A automatização ocorre quando o individuo está acostumado com o meio, se torna automático a sociedade. Não possui criticidade e nem possui em algumas vezes o capital cultural. A desautomatização acontece quando esse mesmo indivíduo ‘’acorda’’ busca conhecimento e adquiri capital cultural.
Estranhamento: Termo cunhado por Viktor Chklovski, O estranhamento para Chklovski seria então o efeito criado pela obra de arte literária para nos distanciar (ou estranhar) em relação ao modo comum como apreendemos o mundo e a própria arte, o que nos permitiria entrar numa dimensão nova, só visível pelo olhar estético ou artístico.
Polissemia (plurissignificação): A Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Do grego polis, significa "muitos", enquanto sema refere-se ao "significado". E plurissignificação: Variedade de sentidos, multiplicidade de significados que um texto pode apresentar, especialmente se tratando de um texto literário.
Denotação: O sentido real da coisa ou objeto. Ex:‘’ Esta e uma flor.’’ Usado em textos jornalísticos.
Conotação: O sentigo figurado da coisa ou objeto. Ex: ‘’Ela é uma flor.’’Usado na literatura’’.
Diferença de fábula e enredo: Fábula é uma narrativa curta pode ser em prosa ou verso e geralmente e contada por animais que se tornam como os seres humanos, e ilustram um preceito moral. Já o enredo e a forma que o autor conta sua história. 
Literatura lato e stricto sensu: A literatura lato sensu, seria ela em amplitude sem o aspecto acadêmico, Já a stricto voltada para a área acadêmica.
Diferença de poema e poesia (segundo Octavio Paz): Segundo Paz em sua obra prima ‘’O arco e a lira’’ existe diferença dentre poema e poesia. Pois, há poesia sem poema, a poesia pode estar presente no nosso dia-a-dia como exemplo: A paisagem. E ela pode acontecer no acaso. Já o poema: É obra literária, e a criação artística e, além disso, é uma linguagem erguida. Pode haver métrica e rítmica como exemplo: Soneto.
Paratexto: O Paratexto é um recurso textual que segue o texto mais importante. Ele está posicionado exatamente na fronteira do conteúdo fundamental de um livro. E nesta disposição espacial atua como princípio intermediário entre a obra e quem a lê. Esta intrincada ponte é realizada por meio de títulos, subtítulos, intertítulos, capas, prólogos, preâmbulos, apresentações, introduções, epígrafes, notas de rodapé, anotações no final do livro ou nas margens das páginas, observações, sumários, bibliografias, ilustrações impressas na folha de rosto, dedicatórias, tiras, entre outros.
Epopeia e poema épico: A epopeia (ou poema épico) é um extenso poema narrativo heroico que faz referência a temas históricos, mitológicos e lendários.
Uma das principais características dessa forma literária, que pertence ao gênero épico, é a valorização de seus heróis bem como de seus feitos.
Polifonia: Tem como principal propriedade a diversidade de vozes controversas no interior de um texto. Conforme a tese do linguista russo Mikhail Bakhtin, este conceito se caracteriza pela existência de outras obras na organização interna de um discurso, as quais certamente lhe concederam antecipadamente boas doses de ascendência e ideias iluminadas.
Pactos de leitura (pacto narrativo): Designa o contrato que todo enunciado literário supõe acontecer entre o emissor e o receptor, vale dizer, entre o sujeito da enunciação, ou narrador, e o narratário, ou entre o autor, o texto e o leitor; tal acordo implica as regras que presidem a realização do enunciado, tais como, questões do gênero, tipo, forma, de modo que o leitor tenha, com a representação literária, outra relação de cumplicidade diferente da que mantém com a realidade. Por essa convenção, está-se no reino do “faz de conta”, onde o discurso cria um mundo fictício, em que o leitor se envolve, vivendo outra realidade. 
 Autor empírico e modelo (segundo Umberto Eco): O autor modelo se parece muito com o "eu lírico", você não pode dizer que o autor real e o empírico ligado a realidade.
Leitor empírico e modelo (segundo Umberto Eco): O leitor modelo é aquele em que o narrador se projeta para um texto. E o empírico é o leitor real de ‘’carne e osso’’.
Intertextualidade: Segundo Julia Kristeva intertextualidade é: ‘’ Todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto e absorção e transformação de outro texto’’. 
Figuras de linguagem: metáfora, comparação, antítese, paradoxo e ironia.
Metáfora: pode ser entendida como um artifício linguístico capaz de promover uma transferência de significado de um vocábulo para outro, através de comparação não claramente explícita. Comparação: É uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. Antítese: É a figura de estilo que usa palavras ou expressões com sentidos opostos, que contrastam entre si. Ocorre quando há a aproximação destes termos contrários. Esta aproximação dá ênfase à frase e assegura maior expressividade à mensagem a ser transmitida. Paradoxo: É definido como aproximação de palavras contrárias, que podem ser associadas em um mesmo pensamento. Ironia: é a que consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual e produza um humor sutil. Para que a ironia funcione, esse jogo com as palavras deve ser feito com elegância, de uma maneira que não deixe transparecer imediatamente a intenção. A ironia deve estimular o raciocínio, deve fazer o leitor (ou ouvinte) considerar os diversos sentidos possíveis que uma determinada palavra ou expressão pode ter, até encontrar aquele que se encaixa na mensagem produzindo um significado inusitado.
Intersubjetividade: Segundo Bakhtim. Na linguagem poética lê-se pelo menos como dupla. (interdualidade)

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