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TRABALHO DE SISTEMA FINANCEIRO

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FASC – Faculdade Santa Catarina
Curso: Ciências Contábeis
Disciplina: Economia
Professor: Alexandre Barros
Período: 2º
Alunos: Ladenildo Souza;
	 Laís Souza;
	 Nathalia Barreto;
	 Thyago Eurico;
	 Willian Verneck.
Apresentação
Conceito de Sistema financeiro;
Origem e evolução;
Era da Estabilidade;
O Surgimento do Sistema Financeiro;
A Estrutura do Sistema Financeiro;
Subsistema Normativo;
Subsistema de Intermediação;
Instituições Bancárias;
Instituições Não-bancárias;
Instituições Mistas;
Conclusão;
Bibliografia
Introdução
O sistema financeiro nacional do Brasil é formado por um conjunto de instituições, financeiras ou não, voltado para a gestão da política monetária do governo federal. É composto por entidades supervisoras e por operadores que atuam no mercado nacional e orientado por três órgãos normativos: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional da Previdência Complementar (CNPC).
De acordo com o art. 192 da Constituição Federal: "O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram."
Origem e evolução
A formação do sistema financeiro teve seu início com a vinda da Família Real portuguesa, em 1808, quando foi criado o Banco do Brasil. Com o tempo novas instituições foram surgindo, como a Inspetoria Geral dos Bancos (1920), a Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Paulo (1932), dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas Econômicas fortalecendo o Sistema.
Era da estabilidade
A Constituição de 1988, que busca estruturar o Sistema Financeiro Nacional de forma a promover o desenvolvimento e equilíbrio do país e a servir aos interesses da coletividade, e a estabilidade econômica, dão nova cara ao SFN. Mercados, como o de previdência privada, passam a ganhar musculatura e exigir maior atenção.
Em 1996, no Governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) é criado o Copom, ligado ao BACEN, que estabelece as diretrizes da política monetária, como a Taxa SELIC.
Desenvolvimento
O surgimento do Sistema Financeiro
O Sistema Financeiro Nacional conforme pesquisamos é caracterizado por quatro fases distintas:
O Sistema Financeiro Nacional em sua primeira fase caracterizou-se pela intermediação financeira na sua forma mais simples através de atividades relacionadas ao setor cafeeiro e a implantação de projetos no setor de infra-estrutura.
A partir da segunda fase caracterizada pelo período das Guerras e da Depressão, que se estendeu de 1914 a 1945, houve uma série de processos de considerável importância no quadro geral da intermediação financeira no Brasil, com destaque aos seguintes:
- Expansão do sistema de intermediação financeira de curto e médio prazo;
- Disciplina, integração e ampliação das margens de segurança, em face de criação da Inspetoria Geral dos Bancos (1920), instalação da Câmara de Compensação (1921) e a implantação da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil (1921);
- Estudos para criação de um Banco Central no país.
Esses destaques trouxeram amplos benefícios ao sistema financeiro do país, à medida que deu maior consistência ao processo de intermediação.
A terceira fase que se estendeu de 1945 a 1964, caracterizou-se como fase de transição entre a estrutura simples de intermediação financeira da primeira metade do século e a complexa estrutura montada a partir das reformas institucionais de 1964-65. Nos anos de transição as principais transformações no sistema financeiro nacional foram:
- Consolidação e penetração no espaço geográfico da rede de intermediação financeira de curto e médio prazo;
- Implantação de um órgão normativo, de assessoria, controle e fiscalização, o SUMOC - Superintendência da Moeda e do Crédito;
- Criação de uma instituição financeira central de fomento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, BNDE;
- Criação de instituições financeiras de apoio a regiões carentes;
- Desenvolvimento espontâneo de Companhias de crédito, financiamento e investimento de médio e longo prazo.
A última fase da evolução da intermediação financeira no Brasil iniciou-se em 1964-65, com a promulgação de três leis que introduziram profundas alterações na estrutura do sistema financeiro nacional:
- Lei n° 4.380 - 21/08/64: instituiu a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, criou o Banco Nacional de Habitação e institucionalizou o Sistema Financeiro de Habitação;
- Lei n° 4.595 - 31/12/64: definiu as características e as áreas específicas de atuação das instituições financeiras e transformação do SUMOC e seu Conselho em Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional, respectivamente;
- Lei n° 4.728 - 14/07/65: disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu desenvolvimento.
A partir desses três institutos legais, o sistema financeiro brasileiro passou a contar com maior e mais diversificado número de intermediários financeiros não bancários, com áreas específicas e bem determinadas de atuação. “Ao mesmo tempo, foi significativamente ampliada à pauta de ativos financeiros, abrindo-se um novo leque de opções para aplicação de poupanças e criando-se, em decorrência disto, condições mais efetivas para a ativação do processo de intermediação”.
A quarta fase iniciou-se pela implementação dessas reformas até os dias atuais. Além daquelas instituições citadas, foi incorporado ao quadro do sistema a Comissão de Valores Mobiliários, criada pela Lei n° 6.385, de 7/12/76.
Após o período de 1968 a 1973, o país passou a conviver com uma conjuntura adversa internacional (choque do petróleo de 73 e 79 e a crise da dívida externa de 82) e conturbada a nível interno (redemocratização e inflação). Influenciado também por esses acontecimentos, surgiu por parte dos agentes econômicos a necessidade de se protegerem quanto às oscilações adversas a que estão sujeitos, tanto a fatos e políticas internas, quanto externas.
A transformação que vem passando a intermediação financeira nos últimos anos é motivada pelo desenvolvimento da economia, refletindo em processos de fusões e incorporações, resultando em aumento de competitividade.
Diante disso a atividade de intermediação financeira, além de minimizar a incerteza e os riscos a níveis compatíveis com as exigências de maximização dos ganhos, terá que proporcionar cada vez mais segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos.
Estrutura do Sistema Financeiro
	O Sistema financeiro nacional subdivide-se em dois subsistemas. O primeiro normativo é constituído por autoridades monetárias que zelam pela liquidez do sistema como um todo fixa diretrizes de política monetária, de crédito e cambial, estabelecem normas para emissão e negociação de emissões de capital e fiscaliza as operações praticadas no segundo subsistema, chamado, o de intermediação. Este é constituído por agentes especiais e por instituições bancárias, não – bancárias e auxiliares.
	Observa-se que ocorreu redução no número de bancos e outras instituições no período, como resultado de reestruturação societária e de maiores exigências para o funcionamento dessas instituições desde a vigência do Plano Real.
 
	Subsistema 
Normativo
	Subsistema
Intermediação
	
 Conselho Monetário
 Banco Central do Brasil
Bancos de bancos.
Superintendente do Sistema. Financeiro Nacional.
Executor da Política Monetária.
Banco Emissor.
Banqueiro do Governo.
Comissões de Valores Mobiliários
	
 Instituições Bancárias
Bancos Comerciais.
Caixas Econômicas.
Instituições não – bancárias
Bancos de desenvolvimento.
Bancos de Investimentos.
Sociedades de Créditos,Financiamento e Investimentos.
Sociedades de Créditos Imobiliários.
Associações de Poupança e Empréstimos.
Instituições do Mercado de Capitais.
Instituições Bancárias Mistas
Bancos Múltiplos.
	
	
Subsistema Normativo
	O subsistema normativo é constituído pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, pelo Banco Central do Brasil – BACEN, e pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM.
Conselho Monetário Nacional: O CMN é um órgão normativo por excelência. Não tem funções executivas. Fixam, em sentindo abrangente, todas as diretrizes de atuação do setor financeiro, compatibilizando-as com o desempenho projetado para o setor real da economia. Atua como um conselho de política econômica, procurando harmonizar as diretrizes para os mercados monetários, de crédito, de capitais e cambiais com as medidas adotadas em outros segmentos de ação do governo.
São suas funções:
- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento;
- Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;
- Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;
- Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas, tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional;
- Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
- Coordenar as políticas monetárias, de crédito, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Compete ao Conselho Monetário Nacional;
Compete ao Conselho Monetário Nacional:
- Autorizar a emissão de papel moeda;
- Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;
- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer operações em direitos especiais de saque e em moeda estrangeira;
- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras;
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta Lei, bem como a aplicação das penalidades previstas;
- Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central do Brasil, assegurando taxas favorecidas aos financiamentos que se destinem a promover:
- recuperação e fertilização do solo; - reflorestamento;
- combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; - eletrificação rural;
- mecanização;
- irrigação;
- investimentos indispensáveis às atividades agropecuárias;
- Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestara um mesmo cliente ou grupo de empresas;
- Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, imobilizações e outras relações patrimoniais, a serem observadas pelas instituições financeiras;
- Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras;
- Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais;
- Estabelecer para as instituições financeiras públicas a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como das respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o artigo 10 inciso I II, desta Lei.
- Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária;
- Outorgar ao Banco Central do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação;
- Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado;
- Autorizar o Banco Central do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado;
- Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos;
- Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta Lei;
- Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.
Banco Central do Brasil: Órgão executivo central do sistema financeiro, com responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN. Através do BC o Estado intervém diretamente no sistema financeiro e, indiretamente, na economia.
Principais atribuições:
- Emitir moeda de acordo com condições do CMN; - executar os serviços do meio circulante;
- Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
- Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
- Regular a compensação de cheques e outros papéis;
- Efetuar política monetária através da compra e venda de títulos federais;
- Exercer o controle de crédito;
- Fiscalizar as instituições financeiras;
- Autorizar o funcionamento e operacionalidade das instituições;
- Controlar o fluxo de capitais estrangeiros.
Pelo elenco de suas atribuições, o BACEN pode ser considerado:
Banco dos bancos: recebe, com exclusividade, os depósitos compulsórios dos bancos comerciais, fornece empréstimos de liquidez e redescontos para atender às necessidades imediatas das instituições financeiras e regulamenta o funcionamento dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Superintendente do sistema financeiro nacional: Adapta o desenvolvimento do sistema às reais necessidades e transformações verificadas na economia do país, baixando normas, fiscalizando e controlando as atividades das instituições financeiras.
Executor da política monetária: Regula a expansão dos meios de pagamento, elaborando o orçamento monetário e utilizando os instrumentos de controle de liquidez da economia como um todo.
Banco emissor: Detém o monopólio de emissão do papel-moeda e da moeda metálica e executa os serviços de saneamento do meio circulante.
Banqueiro do governo: Financia o Tesouro Nacional, com a colocação de títulos públicos, administra a dívida pública interna e externa, administra as reservas internacionais do país e executa operações ligadas a organismos financeiros nacionais.
Comissão de Valores Mobiliários: Órgão normativo do sistema financeiro, voltado para o desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de valores mobiliários, basicamente o mercado de ações e debêntures.
Principais objetivos:
- Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário;
- Assegurar o funcionamento às bolsas de valores e instituições auxiliares;
- Proteger os titulares de valores mobiliários contra irregularidades;
- Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos;
- Fortalecimento do Mercado de Ações.
Subsistema de Intermediação
O subsistema de intermediaçãoé conceitualmente desdobrado em dois blocos: o das instituições bancárias, que operam com ativos monetários e o das instituições não-bancárias, que operam com ativos não monetários. Este desdobramento conceitual é de alta relevância para a compreensão da economia monetária, quanto aos mecanismos de contratação e de expansão de liquidez fortemente associados às operações do bloco bancário.
Daí a subdivisão conceitual do subsistema de intermediação: apenas as instituições que captam e operam com depósitos a vista são considerados bancárias; as demais, que realizam outras formas de captações, como depósitos em cadernetas de poupança, colocação de certificado de depósito a prazo remunerado, letras de câmbio e quotas de fundos de aplicações em títulos de renda fixa ou variável, são consideradas não-bancárias. 
 Repetindo: os depósitos a vista no sistema bancário são ativos monetários; outros ativos financeiros captados pelo subsistema de intermediação são conceituados como não monetários.
Por ora, olhando o subsistema de intermediação por esse ângulo, vamos desdobrá-los em três grupos de instituições:
Instituições Bancárias
Bancos Comerciais.
Caixas Econômicas.
Instituições não – bancárias
Bancos de desenvolvimento.
Bancos de Investimentos.
Sociedades de Créditos, Financiamento e Investimentos.
Sociedades de Créditos Imobiliários.
Associações de Poupança e Empréstimos.
Instituições do Mercado de Capitais.
Instituições Bancárias Mistas
Bancos Múltiplos.
Bancos Comerciais e Caixas Econômicas: Eles diferenciam-se das demais instituições do sistema financeiro porque sua principal operação passiva é a capitação de depósitos a vista em conta corrente. Os agentes econômicos que realizam depósitos a vista nessas instituições movimentam seus saldos como meios de pagamentos, emitindo cheques. O cheque é, assim, o instrumento de manejo da moeda escritural.
Propiciar a movimentação de meios de pagamentos é a diferença essencial entre bancos comerciais e caixas econômicas e as demais instituições financeiras. Outra característica diferenciadora é o tipo predominante de suas operações ativas: elas se concentram no mercado de crédito e financiam deficiências correntes de caixa, relacionadas a dispêndios de consumo e giro de negócios.
Instituições não-bancárias
Bancos de desenvolvimento e de Investimento: As operações ativas desses bancos estão essencialmente vinculadas ao processo de acumulação: sua principal função é financiar a formação de capital fixo. 
Os bancos de desenvolvimento caracterizam-se como instituições oficiais de fomento. O principal é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, criado na década de 50. Com sua criação, desencadearam-se os processos de diversificação e de especialização, que passaram a marcar o desenvolvimento do sistema financeiro no país. Suas atividades de fomento centram-se no aporte de recursos de longo prazo para fortalecimento do sistema empresarial, dando suporte para a formação da grande empresa nos setores básicos da economia, no direcionamento preferencial de recursos para regiões carentes e para pontos de estrangulamento observados no setor real da economia e no suprimento de recursos para investimentos públicos de interesse social. 
Já os bancos de investimentos atuam preponderantemente no fortalecimento do capital das empresas. Entre suas operações destacam-se as de UNDERWRITING – aquisição de grandes lotes de ações, no mercado primário, injetando-as no mercado de capitais. Para lastrear suas operações, os bancos de investimentos captam recursos de alta expressão no país e no exterior. Os principais instrumentos de captação são certificados de depósito a prazo fixo e quotas de participação em fundos de investimentos.
Sociedades de crédito, financiamento e investimentos: Estes intermediários financeiros não bancários atuam no mercado de crédito, em operações de médio prazo, predominantemente destinadas ao financiamento da compra de bens de consumo de uso durável pro usuários finais. Eles surgiram na estrutura financeira do país no segundo pós-guerra. Inicialmente, financiavam tanto a aquisição de bens de capitais para implantação de unidades industriais, quanto à aquisição de bens finais pelos consumidores. Com a criação dos bancos de desenvolvimento e investimentos, passaram a concentrar suas operações no mercado de crédito para o consumidor. Suas operações ativas são, assim, realizadas junto a unidades familiares adquirentes de bens finais duráveis de consumo, ou junto a empresas comerciais que tomam os recursos, repassando-os aos consumidores. E as operações passivas são realizadas como venda de letra de câmbio.
Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimos: As SCIs e as APEs atuam no mercado de crédito. São intermediários não-bancários especializados para a concessão de empréstimos e financiamentos de médio e longo prazo para aquisição de habitações por unidades familiares. Integram o sistema brasileiro de poupança e empréstimos, SBPE, do qual as caixas econômicas, CEs, também fazem parte. Esse sistema, através das operações da CEs, vai além do financiamento habitacional, concedendo empréstimos e financiamentos também para projetos de interesse social, nas áreas de saúde e saneamento básico, educação e cultura e implantação de projetos de urbanização. Para as operações ativas de médio e longo prazo, a contrapartida passiva das instituições do SBPE é a captação de depósitos em cadernetas de poupança e a venda de letras hipotecárias.
Outras instituições de mercado de crédito: A complexidade operacional do subsistema de intermediação financeira comporta ainda outras instituições que operam no segmento do mercado de crédito. As Companhias de arrendamento mercantil intermediam recursos para locação de bens de consumo ou de capital, geralmente com cláusula de compra pelo usuário no final do contrato. As Companhias de factoring são intermediárias que operam na aquisição incondicional do faturamento das empresas, assumindo os riscos da liquidação da operação. A atuação dessas instituições completa os créditos e financiamentos obtidos pelas empresas junto às instituições bancárias e não-bancárias dos mercados de créditos. Por fim, as empresas administradoras de consórcios também integram o mercado de crédito, gerindo fundos providos por recursos de futuros adquirentes de bens de consumo de uso durável ou de bens de capital, mediante processo de intermediação que se fundamenta na liberação parcial e cumulativa dos recursos geridos, até liquidação final de cada grupo consorciado.
Instituições de mercado de capitais: As bolsas de valores são instituições responsáveis por manter locais adequados para o encontro de corretores de títulos e valores imobiliários (preponderantemente ações) que ali realizam operações de compra e venda de quotas-partes do capital das empresas. Os pregões da bolsa de valores tipificam mercados livre e abertos, onde operam com exclusividade as sociedades corretoras de títulos e valores imobiliários. São também instituições auxiliares desse segmento do mercado financeiro as sociedades distribuidoras de títulos e valores imobiliários. Estas têm uma faixa operacional mais restrita que a das corretoras. Sua atividade principal é a subscrição de lotes de ativos financeiros não monetários para revenda e a intermediação da colocação de emissões no mercado de capitais. 
A consolidação do mercado de capitais corresponde, na maior parte dos países, à última etapa da evolução do subsistema de intermediação. Na primeira etapa, o processo de financiamento dá-se por canais diretos, com alta proporção de mecanismo interna de formação de capital. Depois, vem a fase que se estabelecem processos indiretos realizados por instituições bancárias. Esta é seguida da aparição de instituições não-bancárias, que lastreiam suas operações com criação de mercados para ativos financeiros não-monetários: dilatam-se então os prazos de operações, sofisticam-se os instrumentos financeirose criam-se bases institucionais para a especialização operacional. Por fim, consolida-se o mercado de capitais, democratizando-se a estrutura da propriedade das empresas e alargando-se a base do financiamento da expansão do setor real por recursos não exigíveis.
 
Instituições Bancárias Mista
Bancos Múltiplos: Os bancos múltiplos que operam como bancos comerciais também captam depósitos a vista em conta corrente, mas realizam também outras operações passiva de captação de recursos: por isso, são instituições bancárias mista. Os agentes econômicos que realizam depósitos a vista nessas instituições movimentam seus saldos como meios de pagamentos, emitindo cheques. O cheque é, assim, o instrumento de manejo da moeda escritural.
Conclusão
O sistema financeiro nacional é usualmente subdividido em dois subsistemas: o normativo e o de intermediação. O normativo congrega as autoridades monetárias, responsáveis pela disciplina operacional e pela liquidez do sistema. O de intermediação congrega as instituições bancárias e não-bancárias.
As instituições bancárias são aquelas que operam com ativos monetários. As não-bancárias, com ativos não monetários. Esta diferenciação resulta do conceito convencional de moeda, dado pela soma da moeda manual (papel-moeda e moedas metálicas) com a moeda escritural (depósito a vista no banco). Somente estas duas formas de ativos financeiros são meios de pagamentos; todas as demais, não. E somente se consideram instituições bancárias aquelas que captam depósitos a vista. As que lastreiam suas operações com outras formas de captações são definidas como não-bancárias.
No Brasil, o subsistema normativo do sistema financeiro nacional é constituído pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. Estes órgãos são responsáveis pela formulação, execução e acompanhamento das políticas monetárias, de crédito, de emissão de capitais e cambial. O CMN vai ainda além: é um conselho econômico, à medida que se responsabiliza pela harmonização dessas políticas com as demais ações do governo.
Ainda no Brasil, o subsistem de intermediação é constituído por um diversificado complexo de instituições bancárias, não bancárias e mistas. Desse complexo fazem parte bancos comerciais, de desenvolvimento e de investimento, sociedades de créditos e arredondamento mercantil, instituições do mercado de capitais (bolsa de valores, corretoras, e distribuidoras) e bancos múltiplos.
 
Bibliografia
Introdução à economia- Livro de Rosseti- Editora Atlas.
Site: http://boaleitura.net/estrutura-do-sistema-financeiro-nacional/
Site: www.editoraferreira.com.br/publique/media/01SFN.pdf
Site: pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_financeiro_do_Brasil
FASC	Ciências Contábeis

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