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MENSAGEM DE BOAS VINDAS A vida acadêmica é repleta de descobertas e desafios que propiciam aos acadêmicos, um aprendizado constante e o despertar para o aprofundamento nas pesquisas científicas, com intuito de solucionar problemas considerados sem solução. Segundo Demo (1993, p. 127), "a alma da vida acadêmica é constituída pela pesquisa, como princípio científico e educativo, ou seja, como estratégia de geração de conhecimento e de promoção da cidadania". No intuito de promover a cidadania e a disseminação do conhecimento, a Faculdade do Seridó – FAS, idealizou o I Congresso Seridoense de Ensino, Pesquisa e Extensão - CONSEPE, um evento paralelo às atividades realizadas em dias letivos, dedicado à prática científica por meio da participação em apresentação de trabalhos de iniciação científica, oficinas, palestras, mini cursos, dentre outras atividades, pelos alunos de graduação e pós graduação envolvidos ou não em projetos de iniciação científica, sob a coordenação e orientação do Corpo Docente da Instituição. O I CONSEPE ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 do mês de novembro, e será incorporado ao calendário oficial da Faculdade do Seridó – FAS. O I CONSEPE é um evento voltado para alunos e professores que desejam participar de projetos de iniciação científica, extensão e experiências multi e interdisciplinares, em outras instituições de ensino superior. Nesse contexto, considerando o momento institucional, em que a Faculdade do Seridó – FAS busca incentivar a interdisciplinaridade a partir de diretrizes da CAPES e do MEC, torna-se relevante ampliar espaços de reflexão sobre a temática em questão, articulando a interdisciplinaridade como nova forma de produção de conhecimento em todas as modalidades de formação. Durante o I CONSEPE, os alunos da graduação apresentarão os projetos interdisciplinares desenvolvidos no semestre de 2014.2, e os de pós graduação, apresentarão os trabalhos desenvolvidos em algumas disciplinas específicas. Por se tratar de um congresso multidisciplinar, o evento será aberto aos estudantes da pós graduação da FAS e de outras IES, com formação em diversas áreas do conhecimento. Essa iniciativa proporcionará além do desenvolvimento teórico/reflexivo dos participantes, o conhecimento e a divulgação das descobertas científicas através do inter-relacionamento disciplinar e institucional. Os trabalhos serão avaliados por professores pesquisadores da FAS, e por professores convidados de outras IES. A coordenação do evento prevê, além das apresentações nas modalidades orais e pôsteres, palestras, mini cursos, oficinas e apresentações culturais durante os três dias do evento. Para finalizar, agradecemos a todos os professores, alunos e profissionais idealizadores e colaboradores desse evento, que não mediram esforços para transformar metas em ações concretas. Este, configura-se como um trabalho digno de nosso reconhecimento! Aos nossos patrocinadores e parceiros, nossa gratidão pelo apoio e confiança nesse projeto que já se consolida diante da visão empreendedora de todos. Sejam Bem Vindos! Francisco Igo Leite Soares Lisiana de Fátima Silva Comissão Científica Comissão Organizadora CORPO DIRETIVO Alexandre Nícolas Dantas Santos (Mantenedor) Max Rosan dos Santos (Diretor Geral) Francisco Igo Leite Soares (Diretor Acadêmico/Administrativo) Maria das Vitórias Nunes Silva Lourenço (Coordenadora do Curso de Direito) Marcelo da Silva Costa (Coordenador Adjunto do Curso de Ciências Contábeis) COMISSÃO ORGANIZADORA Francisco Igo Leite Soares Israel Dério da Silva Lisiana de Fátima Silva Marcelo da Silva Costa Max Rosan dos Santos Monalysa Kelly Araújo Gomes Maria das Vitórias Nunes Silva Lourenço Rita Saldanha Dantas dos Santos COMISSÃO CIENTÍFICA / AVALIADORES Prof. MSc. Kléber Formiga Miranda (UFERSA) Prof. MSc. Moisés Osório de Souza Neto (UFERSA) Prof. Esp. Hugo Azevedo Rangel Morais (UERN) Prof. Esp. Patrício Luciano da Silva Dantas (FAS) Prof. Esp. Sebastião Aésio Marinho Cézar (FAS) Prof. MSc. Francisco Igo Leite Soares (FAS) Prof. Esp. Marcelo da Silva Costa (FAS) Profa. Esp. Karla Dayane Bezerra (UFRN/FAS) Profa. Esp. Renilda Pereira de Medeiros (FAS) Profa. Esp. Monalysa Kelly Araújo Gomes (FAS) SUMÁRIO A FUNÇÃO DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO PÚBLICA O USO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL PARA A GESTÃO ECONOMICO/FINANCEIRA DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR .............................................................. 01 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS COLABORATIVOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO DA SOCIEDADE ................................................................ 02 A RELAÇÃO DOCENTE/DISCENTE COMO PRODUTORA DE SUBJETIVIDADES ...................................................................................................................................... 03 A TELEVISÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO NA CULTURA CURRAISNOVENSE: SIDY’S TV, UM CASO DE SUCESSO ............................... 19 A UTILIZAÇÃO DA MÚSICA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES VISUAIS ................................. 20 AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NAS EMPRESAS ................................................................................................................. 21 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO FORMAL: UM ESTUDO COM OS EMPREENDEDORES DE UM MUNICÍPIO NO ALTO-OESTE POTIGUAR .. 22 CONTABILIDADE GERENCIAL: SEU PAPEL NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NAS ORGANIZAÇÕES ............................................................................ 34 CONTABILIDADE PÚBLICA: ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS DE DECISÃO NAS EMPRESAS ...................................................................................... 35 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ................. 36 E-COMMERCE: UMA NOVA PERSPECTIVA NO MERCADO ............................ 37 HABILIDADES DO CONTADOR CONTEMPORÂNEO: UM ESTUDO COM DISCENTES, DOCENTES E PROFISSIONAIS CONTÁBEIS ................................ 38 LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA MATA CILIAR E VEGETAÇÃO AO LONGO DAS MARGENS DO RIO APODI-MOSSORÓ NO ENTORNO DO MUNICÍPIO . 54 O USO E APLICAÇÃO DO MÉTODO “ECONOMIC VALUE ADDED” (EVA) - VALOR ECONÔMICO AGREGADO ........................................................................ 62 PLANEJAMENTO E CONTROLE: FERRAMENTAS EMPRESARIAIS ............... 63 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: ANÁLISE DE SWOT NA EMPRESA BATALHA VARIEDADES ........................................................................................ 64 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES .......................................... 65 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS COMO BASE PARA TOMADA DE DECISÃO NAS EMPRESAS ...................................................................................... 66 TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA DE FISCALIZAÇÃO ....................................................................... 67 1 A FUNÇÃO DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO PÚBLICA Maria José de Pontes Leandro; Albanita Silva de Macedo; Hilmaria Barreto da Silva Nunes; Thiago de Araújo Souto. RESUMO O controle externo visa a comprovar a probidade da Administração e a regularidade da guarda e do emprego dos bens, valores e dinheiro público. Neste sentido, apresenta-se como imprescindível ao pleno funcionamento da ‘máquina’ administrativa. Assim ao apresentar a estrutura do Controle Externo, suas funções e competências, o presente trabalho permeia uma discussão, mostrando de que forma este controle pode contribuir para a vigilância e controle na gestão pública. Para tanto, tem o objetivo de observaro papel fiscalizador do controle externo público e sua contribuição social para a cidadania, que se deve aos diferentes tribunais de contas, e aos órgãos técnicos independentes que auxiliam ao Poder Legislativo a exercer o controle externo, fiscalizando os gastos dos Poderes Executivo, Judiciário e do próprio Legislativo. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa, com base na coleta de dados, através de fontes secundárias como publicações em revistas e periódicos, análise e interpretação de dados. Ainda, elaborou-se um plano de trabalho que desenvolveu uma proposta de abordagem exeqüível da temática, valorizando: conceitos, palavras-chave, ideias principais, seleção e organização das fontes por meio de fichas de leitura. Os resultados apontaram que a transparência com o gasto público tornou-se de fundamental importância à moderna Administração. Sua ampliação e divulgação, através de órgãos governamentais, além de contribuir para o fortalecimento da democracia observam as noções de cidadania. Portanto, todo cidadão tem direitos e deveres e deve fazer valer a sua cidadania. Consoante, no Art. 15 da Declaração dos Direito do Homem e do Cidadão (1789), está escrito que: “a sociedade tem o direito de pedir conta a todo agente público de sua administração.” Mas, para que tal pedido tenha relevância nos termos de suas análises é necessário que o cidadão seja bem informado, exigente, participativo, somente assim poderá lutar para que as leis sejam cumpridas e se façam valer os direitos do cidadão. PALAVRAS-CHAVE: Controle Externo. Administração. Cidadania Área Temática: Ciências Humanas e Sociais 2 A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS COLABORATIVOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE CONHECIMENTO DA SOCIEDADE. Natália Cardoso da Silva Allida Nely de Medeiros Bezerra Gislene Lilian Silva de Melo Katiocelia Damasceno Souza RESUMO O presente trabalho trata acerca dos Sistemas Colaborativos e suas múltiplas utilidades para a comunicação de indivíduos que buscam um mesmo objetivo. Esse sistema tem como seu principal objetivo fornecer aqueles que usam esse tipo de sistema vários tipos de interação que visam aumentar e facilitar a colaboração e também a comunicação entre todos os indivíduos do grupo. Os participantes desse grupo não precisam estar no mesmo espaço geográfico, pois é exatamente isto que os Sistemas Colaborativos permitem que diversos indivíduos em vários lugares possam trocar informações e conhecimentos mesmo estando longe geograficamente, porém ligados no mesmo proposito. As empresas visando essa evolução e aliadas aos avanços tecnológicos têm investido cada vez mais nesses projetos e tem conseguido excelentes resultados. Dentro dos diversos modelos de Sistemas de Colaboração podemos destacar três, que são eles: Comunicação, Coordenação e Colaboração. No momento em que os indivíduos passam a trabalhar em grupo podem produzir ainda mais que individualmente aumentando assim a possibilidade ainda maior de êxito nas tarefas desenvolvidas. Todos em conjunto aumentando assim cada vez mais a produtividade. PALAVRAS – CHAVE: Sistemas Colaborativos. Interação. Colaboração. Área Temática: Ciências Humanas e Sociais 3 A RELAÇÃO DOCENTE/DISCENTE COMO PRODUTORA DE SUBJETIVIDADES. Teresa Jorgeanni Pinto de Oliveira Benevides1 Emerson Augusto de Medeiros2. RESUMO O presente artigo apresenta um estudo acerca da relação docente/discente enquanto constituidora de subjetividades. Trata-se de uma reflexão teórica que tem como objetivo analisar as relações de saber-poder e os processos dialéticos que atravessam a relação docente/discente; bem como compreender como essas relações são produtoras de subjetividades. Compreendendo a grandeza e a complexidade que é discorrer acerca dos atravessamentos vivenciados no âmbito educacional, o nosso desejo não foi o de esgotar este assunto ou retomar discussões outrora apresentadas, mas proporcionar (re)leituras, olhares, fazeres, novos ou não, produtores e produtos de subjetividades. O caminho em busca de apreender e compreender os processos dialéticos que atravessam os territórios da educação foi alicerçado nas discussões de Paulo Freire e Foucault. Desta forma, acredita-se que o presente trabalho contribuirá para o entendimento sobre como as vivências advindas da relação docente-discente são produtoras de subjetividades, bem como para a compreensão da relação pré-estabelecida, para que por meio desta, se possa oportunizar novos olhares e ações que venham a desenvolver a sensibilidade e capacidade de autoanálise nos diferentes atores educacionais. PALAVRAS-CHAVE: Discente; docentes; subjetividades; saber; poder. Área Temática: Educação e Cultura THE RELATIONSHIP OF TEACHERS / STUDENTS AS PRODUCING SUBJECTIVITIES. ABSTRACT This article presents a study of case about the relationship between instructor and student as a constitutor factor of subjectivities. It is a theoretical reflection and its objective is to 1 Bacharel em Psicologia pela Universidade Potiguar, Especialista em Metodologia e Docência no Ensino Superior pela a Faculdade Vale do Jaguaribe-FVJ. E-mail: jorgeanni@hotmail.com. 2 Mestre em Educação. Professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA. Colaborador da Faculdade Vale do Jaguaribe. Coordenador do Curso de Licenciatura em Educação do Campo. Vice- líder do Grupo de Estudo e Pesquisa Educação, Formação e Movimentos Sociais - UFERSA. E-mail: emerson.au@hotmail.com. 4 analyze the relationships between knowledge-power and dialectic which goes through the relationship between instructor and student. It will also help to comprehend how these relationships produce subjectivities. By comprehending the greatness and complexity of writing about the phenomena faced in the educational ambit, our desire was not exhausts this topic or recapture discussions presented before, but to provide re-readings, looks, doings, either new or not, producers and products of subjectivity. The way in search of learning and understanding the dialectic processes, which cross the territories of education, was grounded in discussions of Paulo Freire and Foucault. Because of that, it is believed that this work will contribute to the understanding about how experiences from the relationship between instructor and student are producers of subjectivities and comprehension of the predetermined relationship. Then, it will be possible to provide new views and actions which will develop sensibility and capacity of self-analysis in different educational actors. KEY-WORDS: Student; instructors; subjectivity; knowledge; power. INTRODUÇÃO É partindo da premissa de que a Educação brasileira, em seus distintos cenários constitucionais, foi sendo estruturada como um mecanismo utilizado pelos detentores do “Poder” para disciplinar os sujeitos, tornando-os assujeitados da sua própria condição sócio-histórica, que esse trabalho busca discutir as relações docentes/discentes como relações atravessadas por vivências constituidoras de subjetividades. É por meio da análise das discussões de Michel Foucault, que elegeu como objeto de estudo o Poder e as suas diferentes formas de manifestação; e de Paulo Freire, que defende o Saber enquanto prática libertária, que atém a capacidade de criação de formas de resistência e linhas de fuga, que esse trabalho objetiva analisar as relações de saber-poder e os processos dialéticos que atravessam a relação docente/discente; bem como compreender como essas relações são produtoras de subjetividades. A priori, você leitor poderá questionar qual a articulação entre as escritas de Foucaulte Freire? Como se pode traçar um paralelo entre ambas as escritas? E, eis que vem a resposta: o que se propõe aqui, não é homogeneizar teorias e/ou uniformizar saberes, mas buscar apreender, em ambas as concepções teóricas, a relação docente/discente como campo dialético e horizontal, produtor e produto de subjetividades. 5 O artigo foi estruturado em três momentos. O primeiro momento apresenta um breve resgate histórico da Educação no Brasil que inicia no Brasil Colônia até a contemporaneidade. O segundo momento será propulsor de uma problematização do saber enquanto poder que atravessa a relação docente/discente e produz subjetividades; O terceiro e último momento retratará como se tecem as subjetividades nessas relações. Compreendendo a grandeza e a complexidade que é discorrer acerca dos atravessamentos vivenciados no âmbito educacional, o desejo aqui firmado não foi o de esgotar este assunto ou retomar discussões outrora apresentadas, mas proporcionar (re)leituras, olhares, fazeres novos ou não, construtores e constructos de subjetividades. Desta forma, acredita-se que o presente trabalho contribuirá para uma reflexão acerca do papel do discente enquanto ator e autor de suas histórias de vida, agente potencializador e transformador social. I. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO As formas de ser, de sentir, de ler e de narrar o mundo segundo Albuquerque Júnior (2007), fazem parte da produção historiográfica, uma vez que, se o espaço é construído, interpretado e significado pelos homens, que por sua vez são atravessados e constituídos a partir dos processos externos: econômicos, políticos, culturais, sociais; e internos (valores morais). Logo, se faz necessário uma sucinta discussão acerca da história da educação no Brasil e o seu processo de institucionalização, para que se possa compreender os atravessamentos sócios históricos e como os mesmos influenciaram nos moldes educacionais contemporâneos. Retrospecto ao período colonial, período este que ficou marcado pela exploração da colônia, temos na Igreja Católica a principal referência pela educação. Os principais incentivadores e promotores de educação foram às ordens religiosas (jesuíticas, carmelitas, beneditinos e franciscanos), que pautavam as práticas educacionais na doutrina cristã e preocupavam-se mais em condicionar e moldar os povos indígenas de acordo com os interesses religiosos e econômicos da época, do que com a sua cidadania (MASCARELLO, 2006). 6 Nesse período a nossa sociedade só dispôs de um conhecimento elementar, ou seja, estudavam em escolas de instrução elementar com a duração de seis anos. Após isso, quem desejasse cursar nível superior teria que estudar fora do país, o que só era possível para a elite. Segundo Gadotti a pedagogia de caráter colonizadora formou muita gente submissa, obediente ao autoritarismo do colonizador, Nessa pedagogia, o educador teve a função de policiar a educação para que não se desviasse da ideologia do dominador. Paulo Freire (2005) em seu livro Pedagogia do Oprimido referencia o período colonial, como um período marcado por uma “pedagogia das ausências”, tendo em vista que foi um momento histórico marcado pela invisibilidade de práticas sociais, bem como por uma educação bancária, excludente, limitante, classista e monocultural. Com a vinda da Família Real para o Brasil em 1808, esse cenário muda e começa a se pensar em Educação, pois com a transferência de todo o governo Português, despertou-se uma preocupação com a educação da realeza. O período correspondente ao imperialismo no Brasil constitui-se como o berço da educação primaria. Com ênfase nesse esboço, foram criadas as primeiras escolas de ordem primária, como Liceus, os Ginásios e Academias. No entanto, apesar de ser um período que ficou conhecido como a raiz da “educação primaria” e de ter esse direito assegurado no art. 179 da Constituição Imperial como direito de todos os cidadãos e como um dever do império esse direito foi limitado, posto que no período em questão só eram considerados ‘cidadãos’ homens brancos que detinha um certo poderio econômico. Mais uma vez a o direito educacional não se expandiu a toda a sociedade, continuou detido nas mãos daqueles que detinham poder e soberania, enquanto a maioria da população ainda continuava sem acesso escolar. Ao tornar-se república independente o Brasil passa a desenvolver novas perspectivas quanto da ordem institucional de ensino, dentre elas é instituído uma comissão com o intuito de elaborar um plano para a educação (PAIVA, 2003). Na Constituição de 1891, com a abolição da escravatura e o surgimento de um novo modelo político até então não vivenciado pelo Brasil (o presidencialismo), traz novas esperanças para a sociedade. No entanto, o ensino ainda se fez restrito as elites! Aos poucos foram 7 se organizando um sistema escolar no país, aonde por meio de lutas e reivindicações populares vão se organizando pequenas escolas que tinham à frente, na grande maioria das vezes, professores laicos, “muitos deles pouco mais do que “alfabetizados”” (BRANDÃO, 2009. P. 14). Na Constituição de 1934 foi reconhecida a importância da Educação para o desenvolvimento sociocultural da nação brasileira, tendo em vista que o País estava passando por transformações impulsionadas pelo crescimento industrial. Nessa mesma década foi criada a educação profissionalizante para a classe trabalhadora. No entanto, vale salientar que essa ênfase a educação se deu pelo interesse político e econômico de formar mão-de-obra qualificada para trabalharem nas fábricas. Formaram homens- máquinas que foram capturados pelo poder (econômico) e foram produzindo subjetividades com uma pseudo-ideologia que remeta a educação, até então ofertada, o poder de transformação social e um direito de todos. A Constituição Federal de 1988 inaugura novos tempos no Brasil e lança um novo olhar frente aos direitos e deveres do Estado, propiciando assim, grandes avanços nas áreas civis, política e em especial na área dos direitos sociais. O direito fundamental a educação assegurado a todos os brasileiros, de forma indiscriminada e universal, e constitui pressuposto para a efetivação do Estado Democrático de Direito que tem como fundamento “a cidadania e a dignidade”. Essa conquista foi proveniente de intensas mobilizações realizadas pelos movimentos sociais que lutavam em busca de uma (re)democratização da nossa sociedade. Em linhas gerais a educação brasileira, enquanto “Instituição”, traz consigo um histórico de falência, exclusão e desigualdade. Uma política que foi suprimida por relações de poder de uma minoria elitizada e marginalizando o grande contingente populacional advindos das heranças africanas, indígenas, mestiças entre outros povos. II. O SABER COMO MECANISMO DE CONTROLE: SABER É PODER! Pensar na díade docência/discência é pensar em um processo dialético e alinear, produtor e produto social e histórico. Em conformidade, agregam-se os processos de subjetivações, que horas impulsionam novas tessituras de SER e ESTAR no mundo e, 8 horas são capturados pelos modelos sociais normativos e excludentes, em movimentos simultâneos e ininterruptos. Esses modelos sociais são constituídos e constituem diversos sistemas, dentre eles podemos citar o sistema de ensino. O sistema de ensino organiza-se segundo regras de convívio e funcionamento que vão se organizando ao longo das construções sócio/histórico/cultural. E são essas regras e perspectivas que irão estabelecer direitos e deveres e determinar os papéis a serem desempenhados nesse contexto, inclusive a relação entre docentes e discentes (PERRENOUD, 2000). Para Freire (2013, p.25) “não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, nãose reduzem a condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. Desta forma podemos apreender a relação docente-discente enquanto relação didático/pedagógica que rege as situações de ensino e aprendizagem que vão constituindo os papeis dos diversos atores do processo educativo e suas relações interpessoais. Gadotti (2007, p.12) apresenta a escola como um “espaço de relações”. E são nesses espaços que vão acontecendo vivências singulares, peculiares das relações e propulsora de representações sociais. É um encontro paradoxal com o novo e o histórico, com o social e o subjetivo, com o político, com o ético e com a moral. Um encontro com aquilo que é da ordem do real, mas também do imaginário, do virtual, fazendo-nos acessar objetos que são palpáveis, mas também movimentos e encontros abstratos, aquilo que é norma e aquilo que é contradição, fuga, medo, desejo. Contudo, essas representações sociais, quando se aliam ao imaginário social que está permeado por outras representações (crenças e expectativas construída em outros espaços) podem atuar engessando as práticas educacionais, bem como cristalizando os diferentes papeis. Pois, o processo relacional docente-discente é constituído na espacialidade do concreto (cidades, escolas, territórios) e nas subjetivações lá tecidas. Posto que, os modos de vida inspiram maneiras de pensar e modos de pensar criam maneiras de viver (DELEUZE apud PRECIOSA, 2010). Esses espaços imputam regras de conduta e estabelecem as formas de ser e agir. Somos adestradores e adestrados! A todo instante é forjado uma lógica em nome da 9 “ordem”, do “bom” e do “certo”, mais pra quem? De acordo com Foucault (1987) essa ordem é controlada pelas normas e são estabelecidas pelo poder judiciário, político e econômico vigente. Foucault nos afirma que a princípio não existe o Sujeito, ou seja, para o filósofo o Sujeito em si é uma invenção criada e regulamentada pelas práticas discursivas e pelas relações de poder-saber. Como assegura Foucault “o indivíduo é sem dúvida o átomo fictício de uma representação ‘ideológica’ da sociedade; mas é também uma realidade fabricada por essa tecnologia específica de poder que se chama a ‘disciplina’”. (FOUCAULT, 1987, p. 185). Em Vigiar e Punir, Foucault (1987) nos fala da lógica disciplinarizadora e nos apresenta a Escola como um dos vários cenários utilizados para docilização e normalização dos corpos. Deparamo-nos com o que Foucault (1987) veio a chamar de poder disciplinar, ou seja, “métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade” (FOUCAULT, 1987, p. 133). Antonio Nunes Ribeiro Sanches (apud ALMEIDA, 2003, p. 105) afiança que “domina os poderes da sociedade quem tiver o poder do saber”. Num contexto como a universidade, onde os papéis são definidos a partir da função social da instituição, as relações entre as pessoas são também reguladas por normas que regem a instituição. Discentes e docentes regulam-se uns aos outros o tempo todo e, querendo ou não, uma relação de poder instaura-se entre eles. Este poder, que atua na (in)visibilidade das relações e vai moldando e uniformizando os sujeitos por eles atravessados, é um poder que se firma e (re)afirma nas figuras dos “experts”, que opera de forma a homogeneizar o social, que segrega, que exclui, que reduz o processo educativo a avaliações e que diminui a relação docente- discente (na maioria das vezes) apenas as relações acadêmicas vivenciadas no espaço escolar. No entanto, para além das edificações escolares e das vivências tecidas, delineia-se a fundição de outros saberes. Saberes em partes! Saberes do todo! Saberes herdados! Saberes-tradição! Saberes coletivos que moldam os discentes, que esculpem os 10 futuros médicos, professores, design, psicólogos, artesãos, aprendizes por tradição, homens e mulheres da geração! Saberes que transitam dentro e fora das edificações escolares. Que dialogam, que questionam, que se afetam e afetam. Que nos leva a cogitar que o DisCENTE “sente”; e sentindo, será que “diz que sente”; e dizendo, será que “diz o que sente”. Há toda uma vivência que, contrapondo-se a tão utópica neutralidade (grifos meus), nos revela que a relação docente/discente não se resume a mera “mediação” de conhecimentos. Souza (2009) assinala que, O trabalho de um professor pode proporcionar sensações prazerosas, pode proporcionar a satisfação oriunda das aulas e dos contatos ali vivenciados, pode proporcionar aprendizado permanente devido ao planejamento das aulas, das leituras, da produção de textos. Nem somente segurança, estabilidade, nem somente movimento e invenção. Tampouco somente marasmo, tampouco somente novidades e desafios. Todos esses aspectos são possíveis, pois o trabalho docente não é algo pronto e acabado, ele se faz e refaz a todo o momento, conforme o vivenciamos (SOUZA, 2009, p. 108). A esse respeito Freire (2013) nos chama a atenção para a necessidade de instigação de uma consciência crítica em ambos os atores do cenário educacional. Uma construção consciente das implicações sociais atribuídas a cada sujeito, tornando-os conscientes na construção da própria presença “como presença consciente no mundo não posso escapar à responsabilidade ética no meu mover-me no mundo” (FREIRE, 2013, p. 20). É fundamental que, mesmo submisso ao poder apassivador do bancarismo (prática educacional cunhada por Freire), o discente mantenha acesa a chama da rebeldia, do criar e recriar, do não conformar-se, pois somente por meio desses movimentos instituintes, que os discentes poderão superar os determinismos sociais. Em seu livro Pedagogia da Indignação, Freire (2000) diz que: É preciso que tenhamos na resistência que nos preserva vivos, na compreensão do futuro como problema e na vocação para o ser mais como expressão da natureza humana em processo de estar sendo, fundamentos para a nossa rebeldia e não para a nossa resignação em face das ofensas que nos destroem o ser. Não é na resignação mas na rebeldia em face das injustiça que nos afirmamos” (FREIRE, 2000. p. 37). 11 Não obstante Foucault (2003) apregoa que se “há uma relação de poder, há também uma possibilidade de resistência. Jamais somos aprisionados pelo poder: podemos sempre modificar sua dominação em condições determinadas e segundo uma estratégia precisa” (FOUCAULT, 2003, p.241). Resistir é criar “linhas de fugas”, é permitir-se enveredar por outros caminhos, trilhados ou não, é romper com toda e qualquer lógica padronizante, homogeneizante. É reconhecer que o processo educativo transcende regras pré- estabelecidas, e que a relação docente-discente se constrói a partir da interação social, histórica, econômica, política, ética. É permitir-se sair da condição de assujeitado e passar a ser sujeito, é ser ator, mas também autor da sua história. É tornar-se copartícipe dessa relação. É compreender que onde há dialogicidade, há socialização de saberes, fazeres, de valores, do respeito mútuo, do direito de ir e vir, de decidir, entre outros. III. SUBJETIVIDAS (RE)PRODUZIDAS NA RELAÇÃO DOCÊNCIA/DISCÊNCIA. Quando um sujeito inicia a vida escolar, o primeiro desafio do docente é colocá-lo em contato com o mundo mágico que perpassa não apenas o ensinar a “ler e a escrever”, mas é sobrepô-la ante afecções que paralelam o pensar, o agir, o fazer, o querer, o criar, o desejar, o Ser. Enfim, é um misto de fazeres e saberes que vão se tecendo concomitantemente, horas interligando-se, horas desviando-se. É um complexo de vias que se imbricam ao longo da sua constituição e que vão compondo as subjetividades em múltiplos devires. Ensinar, aprender, desaprender e reaprender;quatro ações basilares que alicerçam o processo do saber. Ensinar requer aprendizagem; aprender requer ensinamentos; da mesma forma acontece com os demais agenciamentos: desaprender/aprender; aprender/ desaprender; ensinar/reaprender; reaprender/ensinar; ensinar/desaprender; desaprender/ensinar; ensinar/ensinar; aprender/aprender. São agenciamentos coletivos de enunciação que segundo Guattari e Rolnik (1999) são práticas sociais que formam, transformam e reformam. É um processo paradoxal, complexo e infinito que vai concebendo formas de ser, de viver, de atuar, de 12 compreender o mundo, as relações externas e internas, e constituindo subjetividades. Este procedimento de agenciamento, de perturbações, é produzido “no encontro entre territórios, provocando desterritorializações e reterritorializações variáveis em ambos – um bloco de devir, relação de intercessão – a intervenção e a criação: em/de novos conjuntos de signos, em/de novos territórios; variação, diferença” (OLIVEIRA, 2009, p. 178). De acordo com Guattari e Rolnik (1999), a subjetividade seria uma representação de si que é criada entre a relação da pressão do ambiente (universos sociais e culturais) e a resposta obtida (relação entre desejos e sensações). As formas como as subjetividades são produzidas estão intimamente relacionados com o sistema político- econômico-cultural-social vigente. Se não é possível desconhecer, de um lado, que é nas condições materiais da sociedade, em que se gestam a luta e as transformações políticas, não é possível, de outro, negar a importância fundamental da subjetividade na história. Nem a subjetividade faz, todo-poderosamente, a objetividade nem esta perfila, inapelavelmente, a subjetividade. Para mim, não é possível falar de subjetividade a não ser se compreendida na sua dialética relação com a objetividade. Não há subjetividade na hipertrofia que torna como fazedora da objetividade nem tampouco na minimização que a entende como puro reflexo da objetividade (FREIRE, 2000, p. 57). A subjetividade entendida como “produção dos modos de existência e invenção cultural do mundo, modos de viver, (re)produzir a história, produzir cultura e reinventar a vida” (FELIX-SILVA, 2010). Como emergência histórica de processos, não determinados pelo social, mas em conexões com os processos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos, midiáticos, ecológicos, urbanos, que participam de sua constituição e de seu funcionamento. Estudar a produção de subjetividades nos territórios educacionais, não é estudar algo concreto, estável e materializável, mas buscar compreender o que permeia as relações (saber e poder), as forças que compõem, regem e atuam na transformação de si e do mundo; é conceber esses territórios como um espaço onde forças se relacionam com outras forças; é debruçar-se sobre o vácuo espacial e dele abstrair os átomos necessários para a captação dos fenômenos que materializaram um ‘aqui e agora’ 13 instantâneo e inconstante, uma vez que, “existe igualmente, em cada instante de demarcação do aqui e agora, um folheado sincrônico de espaços heterogêneos.” (GUATARRI, 1992, p. 153). Ao fazer um recorte da escola e das relações nelas tecidas para compreender a produção de subjetividades desses e nesses territórios, encontramos um território que apregoa discursos de verdade e poder. Nessa perspectiva o território escolar desempenha um papel fundamental no adestramento e na docilização dos corpos dos indivíduos, tendo em vista que é palco das diversas situações que propiciam interação, principalmente no que tange sua dimensão socializante, a qual “prepara” o indivíduo, por meio de normas e punições, para a convivência em grupo e em sociedade, constituindo assim os seus processos de subjetivação. [...] a instância do poder pode ser percebida operando por meio da instância do discurso vinculado à educação (instância do saber) que regra e tenta padronizar os comportamentos dos profissionais da área. E, operando em meio a esses acontecimentos que povoam o cotidiano educacional, percebemos a instância da produção de subjetividade. Instância na qual, há diversas tentativas de padronização, ao mesmo tempo em que há diversas tentativas de escapar a esse processo. (SOUZA, 2009 p 106 e 107). O pensamento de Souza (2009) só reafirma o que vem sendo apresentado ao longo desse trabalho. Para o autor, é por meio do saber que o poder vai ganhando formas e formando “exércitos”. Traçando um paralelo com a práxis, podemos perceber que os discursos docentes ainda atribuem aos discentes a culpabilização pelo seu fracasso, ou seja, se o discente não atinge uma média X no final do semestre, foi unicamente porque ele não estudou. Não se é levado em consideração às questões sociais e pessoais que atravessam estas relações. Cada dia mais os discursos acadêmicos vão sendo pautados na lógica da dialeticidade e dialogicidade, no entanto se há uma “quebra nos acordos” estabelecidos entre si (horários, avaliações, prazos, produções entre outras), há uma série de punições que só reafirmará a esse discente que ele é o único “culpado” pelo seu fracasso acadêmico. O que queremos apresentar aqui não é uma culpabilizaç;ão do docente em defesa do discente, mas problematizar e refletir como as instancias de saber e poder influenciam diretamente na produção de subjetividades. Há uma relação diretamente 14 proporcional entre as expectativas dos docentes para com os discentes e o desempenho destes no processo de aprendizagem. É difícil obter um bom resultado acadêmico de um discente que percebe que o docente não tem boas expectativas em relação a ele. De acordo com Martineli e Schiavoni (2009) a maneira como o docente vê o aluno baseia-se muitas vezes na aparência física, personalidade, maneira como fala e até mesmo o lugar onde senta em sala. Essa percepção é muito comum, rotuladora, e limitante no que diz respeito à formação da relação docente/discente, uma vez que esta será a base que tanto discentes quanto docentes utilizarão para analisar como se sentem e agem em relação ao processo de ensino e aprendizagem. Freire (2013) em seu livro Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa socializa uma vivência e o seu reflexo em seu processo de subjetivação. Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à assunção do educando por si mesmo. [...] O gesto do professor valeu mais do que a própria nota dez que atribuiu à minha redação. O gesto do professor me trazia uma confiança ainda obviamente desconfiada de que era possível trabalhar e produzir. [...] A melhor prova da importância daquele gesto é que dele falo agora como se tivesse sido testemunhado hoje [...] (FREIRE, 2013. p. 43-44). Essa função subjetiva no gesto do professor de Freire nos reafirma como as subjetividades estão atravessadas e são influenciadas pelas tramas vivenciadas no espaço escolar. Para tanto, é necessário que a relação docente/discente se alicerce em um esquema horizontal de respeito e de intercomunicação, alicerçado numa perspectiva que compreende que as relações são condicionantes, mas que os sujeitos da relação são mutáveis, ou seja, apesar de estarem sendo “condicionados” (processos de subjetivação) não são por eles determinados. Dessa forma é de fundamental importância buscar compreender a natureza da relação pré-estabelecida (docente/discente), para que assim, se possam oportunizar novos olhares e ações que venham a desenvolver a sensibilidade e capacidade de autoanálise nos diferentes atores educacionais, levando em conta o contexto em que os atores educacionais estão inseridos, mas não limitando as expectativasa esta questão. 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS O saber no decorrer histórico raiou como uma forma de apropriação para se chegar ao poder. Posto que, é por meio de discursos (tendenciosos ou não) e práticas das manifestações cotidianas advindas das manifestações relacionais, que vão desencadeando e produzindo modos de ser e de pensar. Essas manifestações relacionais, quando vivenciadas em territórios educacionais, vão criando e recriando os diferentes papeis sociais a serem desenvolvidos, tendo a centralidade nas figuras docentes e discentes. Deste modo, pensar a complexidade de qualquer território por meio do reconhecimento deste enquanto uma produção subjetiva, que a cada instante também produz subjetividades, é buscar dentro do próprio território movimentos, relações e afetações que nos permitam acessá-lo por meio do diálogo com os sujeitos que o compõem. Nesta perspectiva a relação docente-discente nos remete a uma postura centrada no paradigma ético-estético-político, conceito cunhado por Guatarri (1992). Ético, pois concebe os docentes-discentes enquanto sujeitos de mudança e trans- FORMAÇÃO, valorizando suas particularidades, dando-lhes “vozes”, escutando e respeitando suas diferenças. Estético, pois esse movimento de devir-ensinar para devir- aprender vai tecendo novas formas de (co)existir, novos estilos de vida que não são pré- fixados, mas que estão a todo instante produzindo e reproduzindo novos modos de existência. E político por se tratar de um movimento que atravessa a esfera individual mais que também influencia e é influenciado por vetores da coletividade, logo essa produção de modos de existência não se dá apenas na esfera do intrasubjetivo, mais em um movimento dialético entre o intra e intersubjetivo. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M. de; Preconceito contra a origem de lugar: as fronteiras da discórdia / Durval Muniz de Albuquerque Júnior. – São Paulo: Cortez, 2007. Preconceitos Vol. 3. 16 ALMEIDA, A. C. L. 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Disponível em: http://publicacoes.ufes.br/PRODISCENTE/article/download/5719/4167. Acesso em: 14 de abril de 2004 18 A TELEVISÃO COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO NA CULTURA CURRAISNOVENSE: SIDY’S TV, UM CASO DE SUCESSO Autora: Zoraya Jatobá Bezerra de Menezes Coautores: Joelma de Medeiros Alves; Maria Jackcione Soares Gonçalves; Richeliny Maria Campelo Salustiano RESUMO A globalização trouxe mudanças radicais para a economia mundial, e com elas, a abertura das fronteiras de mercado e a facilidade tecnológica que possibilitou a troca de informações. Neste sentido, a comunicação e a tecnologia são ferramentas imprescindíveis para o bom desenvolvimento da cultura universal. Essas constantes inovações forçaram os meios de comunicação a fornecerem informações à sociedade, favorecendo o desenvolvimento através da discussão e argumentação dos conhecimentos. O aperfeiçoamento da comunicação possibilitou aos meios de informação ferramentas para educar e influenciar na formação da identidade cultural de uma população. Na era da comunicação, a televisão é considerada fonte de lazer e entretenimento, veículo acessível de grande importância no cotidiano das pessoas. São inúmeras as suas programações destinadas a agradar o público: canais educativos, esportivos, infantis que compõem a variada grade das redes de televisão. Este estudo propôs como objetivo mostrar o impacto que a empresa SidysTv a Cabo provocou no desenvolvimento cultural do município de Currais Novos. Essa pesquisa foi realizada entre os meses de março e abril de 2014, com coleta de dados secundários e teve a finalidade de mostrar o alcance da comunicação que a empresa oferece a seus clientes, promovendo entretenimento, lazer e qualidade de vida. O estudo evidenciou a televisão como fator determinante para a análise de informações, sendo um meio que contribui positivamente para a educação, cultura e a informação, destacando-se pela capacidade de influenciar as pessoas em suas opiniões, e comportamento a, aliando à velocidade da informação, e o fascínio de suas imagens. Com isso, essa ferramenta da comunicação possibilita o desenvolvimento, a promoção da cultura, do aprendizado, do lazer, levando informações pautadas na ética e com imparcialidade. PALAVRAS–CHAVE: Comunicação. Tecnologia. Cultura. ÁREA TEMÁTICA: Ciências Humanas e Sociais 19 A UTILIZAÇÃO DA MÚSICA COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES VISUAIS Autor: Luiz Carlos de Lucena Andrade Orientador: Francisco Igo Leite Soares RESUMO O presente trabalho consiste em um estudo de caso acerca da importância do uso da música como ferramenta de inclusão de alunoscom deficiência visual, no Ensino Superior. Objetiva-se apreender os benefícios e contribuições da música no processo de inclusão social, bem como compreender a sua ação potencializadora enquanto recurso didático-pedagógico no trabalho com alunos deficientes visuais. Este trabalho embasou- se no Estudo de Caso como modalidade investigativa, apoiando-se na abordagem Qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado uma entrevista composta por questões abertas. As discussões foram pautadas sob a ótica de Jeandot (1997) que afirma que a música é considerada uma linguagem universal, vivida em muitos dialetos que variam de cultura para cultura, servindo de instrumento socializador do conhecimento. Desse modo, quando o foco passa ser a educação e o ensino de alunos com necessidades educacionais especiais, a música pode ser uma riquíssima e inesgotável fonte de possibilidades a serem trabalhadas pelo docente, propiciando assim diversas formas de inclusão. Como resultados obtidos, acredita-se que esse estudo contribuirá para facilitar o processo ensino-aprendizagem, por meio da utilização da música como instrumento didático, tornando o ensino de igual forma e proveito para todos os alunos. PALAVRAS-CHAVE: Música. Ensino Superior. Necessidades Especiais Visuais. Inclusão. ÁREA TEMÁTICA: Ciências Humanas e Sociais 20 AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL NAS EMPRESAS Gisele Nunes Teixeira Araújo Rocha. Acadêmica do curso de Ciências Contábeis pela FAS – Faculdade do Seridó. Orientador: Msc. Igo Leite Soares. Currais Novos/RN, Brasil. giselenunes1@hotmail.com. RESUMO Atualmente um dos assuntos que vem preocupando grande parte da população mundial é a sustentabilidade. A atenção com o meio ambiente vem sendo discutida cada vez mais pela sociedade, como também tem sido uma exigência do mercado na consolidação de negócios. Com isso, a Contabilidade Ambiental como ciência social articula medidas para corrigir as agressões à natureza, através da utilização de dados contábeis e de medidas para preservação, proteção e recuperação dos danos causados pela empresa ao meio ambiente. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da utilização da Contabilidade Ambiental nas empresas, expondo os benefícios econômicos, ambientais e sociais. O presente trabalho utiliza-se de pesquisas bibliográficas e em artigos acadêmicos, consultas a sítios da Internet, correlacionados a Contabilidade Ambiental, Meio Ambiente e seus benefícios para as organizações. Os resultados levam a entender que a aplicação da Contabilidade Ambiental nas empresas provoca grandes benefícios econômicos, sociais e estratégicos, como a redução do consumo de matéria-prima, energia, água e outros materiais, a preservação e a restauração das partes que foram desmatadas, aumento das receitas ambientas, que são lucros advindos da venda de material reciclado e sobras do processo de produção, redução de multas geradas por poluição e desmatamento, um aumento na partição no mercado, pois a empresa inova gerando boa visualização das pessoas que passam a adquirir produtos que beneficiam o meio ambiente, assim diminuindo sua concorrência com outras empresas, e em consequência disso acarretando livre acesso ao mercado externo. Conclui-se que a Contabilidade Ambiental é uma ciência relativamente nova no mercado, conhecida por poucos, mas que pode trazer grandes benefícios para a sociedade em geral e principalmente para a própria empresa, é de suma importância que a classe empresarial esteja conectada com essa nova modalidade e a acolha no mercado, para que juntos possamos garantir um futuro melhor às próximas gerações com consciência ecológica e sustentabilidade. Palavras-chave: Contabilidade Ambiental; Meio Ambiente; Benefícios 21 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO FORMAL: UM ESTUDO COM OS EMPREENDEDORES DE UM MUNICÍPIO NO ALTO-OESTE POTIGUAR Autor: Kennedy Paiva da Silva3 Coautor: José Marcione da Costa RESUMO Nos últimos anos o empreendedorismo vem ganhando cada vez mais destaque no meio organizacional e social, e o seu estudo constitui uma papel importante tendo em vista a busca de melhorias e soluções para possíveis problemas existentes na área. A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar o perfil do empreendedorismo formal na cidade de Rafael Godeiro/RN, tendo como objeto de estudo as empresas que solicitaram ou renovaram o alvará de funcionamento no decorrer desses dois anos na cidade em questão. A população da pesquisa foi composta por um total de 16 empresas, sendo que dessas, 11 foram pesquisadas, constituindo assim a amostra da investigação. Quanto aos aspectos metodológicos, a pesquisa pode ser considerada exploratório-descritiva quanto aos objetivos e uma pesquisa de campo em relação a sua modalidade.Diante dos resultados obtidos no estudo, constatou-se que o empreendedorismo na cidade de Rafael Godeiro-RN ainda se encontra em um estágio pouco profissional com a maioria das decisões, tanto de abertura como de planejamento do empreendimento, sendo tomadas com base no “achismo”. Palavras-chave: Empreendedorismo; Gestão de Pequenas Empresas; Rafael Godeiro- RN. FORMAL CHARACTERIZATION OF ENTREPRENEURSHIP: A STUDY WITH THE ENTREPRENEURS OF A CITY IN WEST HIGH POTIGUAR ABRSTRACT In recent years entrepreneurship is gaining more prominence in the organizational and social environment, and their study is an important role in order to search for improvements and possible solutions to existing problems in the area.This study aimed to analyze the profile of entrepreneurship in the formal town of Rafael Godeiro/RN, with the object of study of companies claiming or renewed business license during these two years in the city in question.The research population consisted of a total of 16 companies, and these, 11 were surveyed, constituting the sample investigated.Regarding 3 kennedypaiva@hotmail.com 22 methodological aspects, the survey can be considered exploratory and descriptive of goals and a field survey regarding your sport.Results obtained in the study, it was found that entrepreneurship in the city of Rafael Godeiro-RN is still in a bit internship with most decisions, both opening as planning the project, and are taken based on "guesses ". Key Words: Entrepreneurship.Small Business Management. Rafael Godeiro-RN. 1. INTRODUÇÃO Em um mundo marcado pelas crises econômicas, pelas inovações tecnológicas e organizacionais, e ainda pela instabilidade existente nas relações de trabalho atualmente, muitas pessoas tem buscado no empreendedorismo uma alternativa para geração de emprego e renda. No Brasil intensificou-se, a partir da década de 1990, o estudo das questões relacionadas ao empreendedorismo, tendo essa temática chamado cada vez mais atenção, principalmente devido a busca de soluções para os processos de gestão dos pequenos negócios como também pela necessidade de diminuição dos altos índices de mortalidade dos novos empreendimentos (DOLABELA, 2004). Destacando a importância da inovação e do espirito empreendedor, Drucker (1987, p. 349) diz que são “necessários na sociedade tanto quanto na economia. [...] O que precisamos é de uma sociedade empreendedora, na qual a inovação e o empreendimento sejam normais, estáveis e contínuos”. Desta forma, vê-se que o empreendedorismo constitui um fator de grande relevância para o desenvolvimento econômico e para a sociedade, sendo oportuno o desenvolvimento de pesquisas que busquem o levantamento de informações concernentes a este assunto. Assim, o presente estudo teve como objetivo principal analisar o perfil do empreendedorismo formal na cidadede Rafael Godeiro/RN, tendo como objeto de estudo as empresas que solicitaram e/ou renovaram o alvará de funcionamento nos últimos anos. Buscou-se ainda especificamente, fazer um levantamento teórico sobre as principais questões relacionadas ao empreendedorismo e sobre a gestão de micro e pequenas 23 empresas, caracterizar o perfil dos empreendedores estudados e propor soluções de melhorias para a gestão dos negócios pesquisados. Este estudo está estruturado em cinco etapas principais. Na primeira tem-se o referencial teórico, onde se apresentam o contexto histórico do empreendedorismo, os conceitos e características dos empreendedores e os principais aspectos da gestão de micro e pequenas empresas. Em seguida, mostram-se os aspectos metodológicos utilizados no estudo. No terceiro momento, é mostrado as características mais relevantes do município de Rafael Godeiro-RN. Após isso, são apresentados os resultados da pesquisa e, por fim, as considerações finais. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Empreendedor e Empreendedorismo: história, conceitos e características Traçando o contexto do surgimento do empreendedorismo, Hisrich e Peters (2005) afirmam que inicialmente o termo empreendedor foi usado para definir aqueles que faziam negociações entre no extremo oriente, tendo os lucros das negociações divididos com aqueles que eram detentores do capital. Já na idade média, o termo foi utilizado para descrever aqueles que geriam grandes projetos. No século XVII passa a existir uma certa conexão entre o termo a ideia de risco, com os empreendedores assumindo contratos com o governo para a prestação de serviços ou venda de produtos, sendo que qualquer lucro ou prejuízo eram do contratado. No decorrer do século XVIII o empreendedor foi definitivamente separado daqueles que forneciam o capital. E no decorrer dos séculos XIX e XX os empreendedores eram confundidos frequentemente com os administradores. Fazendo-se uma breve consideração quanto ao contexto histórico do empreendedorismo, Costa, Nunes e Lima (2013, p. 4) dizem que: “Fazendo-se uma análise histórica do emergir do empreendedorismo até os dias atuais pode-se perceber que os empreendedores tiveram suas atribuições enormemente transformadas devido às mudanças pelas quais a sociedade 24 passou como o decorrer dos anos. Principalmente por isso, tornou-se necessário também que as conceituações dos termos “empreendedor” e “empreendedorismo” fossem alteradas.” Devido a todas essas mudanças, ainda hoje existem certas divergências quanto a uma definição mais especifica e clara do termo empreendedorismo, com cada pessoa definindo-o a maneira como acham mais adequado. São muitos os teóricos que escrevem sobre empreendedorismo e, devido a isso, são muitos os conceitos existentes sobre o termo atualmente. Dentre essas conceituações uma que é amplamente aceita na literatura acadêmica é a de Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2001, p. 37) o autor diz que: “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas ou pela exploração de novos recursos e materiais.” Segundo Dornelas (2001, p. 37) “empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela”. Aqui o autor define o empreendedor como um indivíduo de ampla visão de mercado e que possui a coragem de assumir riscos sobre as ideias criadas e as oportunidades visualizadas. E para Costa, Nunes e Lima (2013, p. 5) “o empreendedor é alguém capaz de alterar a realidade existente em seu espaço de abrangência, por meio da introdução de novas ideias que são, na maioria das vezes, capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas.” Já no que concerne ao empreendedorismo, segundo Ronstadt (1984 apud HISRICH e PETERS 2004, p. 28) o empreendedorismo “é o processo dinâmico de criar mais riqueza.” Sendo tal riqueza criada por indivíduos que visualizam uma ideia e uma oportunidade no mercado, agem sobre ela e passam a ganhar dinheiro. Por fim, mostram-se as principais características do indivíduo empreendedor na visão de Dornelas (2001). Segundo o autor eles são visionários, são indivíduos que fazem a diferença, são dedicados, sabem explorar ao máximo as oportunidades que aparecem, são determinados e dinâmicos, são otimistas e apaixonados pelo o que fazem, sabem planejar, são organizados, assumem riscos, criam valor para a sociedade e são líderes e formadores de equipe. 25 Portanto, são essas as principais características que fazem dos indivíduos pessoas capazes de colocar em prática o seu próprio negócio, assumindo os riscos sobre aquilo que estão dispostos a realizar para, com isso, fazer a diferença no ambiente do qual fazem parte. 2.2 Contexto Brasileiro das Micro e Pequenas Empresas A partir de meados da década de 1970, o fenômeno de abertura de micro e pequenas empresas passou a fazer parte da economia mundial, tornando-se uma tendência que desde então não cessou. As razões para o esse crescimento são consideradas de difícil esclarecimento, porém fatores como o desenvolvimento de novas tecnologias, maior flexibilidade oferecida pelas pequenas empresas e ainda a possiblidade de oferta de bens personalizados ao invés de bens produzidos em massa podem justificar esse avanço (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 1997). Diante de todo esse avanço, percebe-se ainda que apesar da grande participação das micro e pequenas empresas na economia brasileira, sendo responsável por um percentual de 99% do total de empresas no país e por 52% do saldo de empregos formais gerados por suas atividades, vê-se que a renda obtida por essas ainda é baixa, representando apenas 25% do PIB nacional, enquanto que em países como a Alemanha esse número eleva-se para 33,50% (SEBRAE, 2013). Assim, torna-se oportuno a busca por maior eficiência dos processos produtivos dessas empresas para que elas obtenham ganhos de produtividades e ainda um maior incentivo a ações de inovação. Quanto à definição de micro e pequenas empresas, pode-se considerar que microempresas são aquelas pessoas jurídicas que auferem dentro do período de um ano, uma receita bruta igual ou inferior R$240.000,00. E empresas de pequeno porte são aquelas que ao final de cada ano obtém uma receita bruta superior a R$240.000,00 e igual ou inferior a R$2.400.000,00 (SEBRAE, 2007). Já em relação aos setores nos quais essas micro e pequenas empresas estão atuando, o setor de comércio prevalece com 49% destas, seguido do setor de serviços com 26 31%, da indústria com 15% e da construção civil com 5% (Receita Federal apud SEBRAE, 2013). Portanto, com base nos dados supracitados, vê-se a importância das atividades desenvolvidas pelas micro e pequenas empresas para o desenvolvimento econômico do Brasil, mesmo com alguns fatores relacionados a produtividade e eficiência sendo cabíveis de melhorias essas empresas são responsáveis por uma parte considerável da produção de bens e serviços, proporcionado a população, uma ampla gama de opções que sejam uteis para a satisfação de suas necessidades como clientes. 3. METODOLOGIA No que diz respeito aos aspectos metodológicos deste trabalho pode-se afirmar que, quanto aos objetivos, o presente estudo é considerado como exploratório e descritivo. Caracteriza-se como exploratório, pois, buscou familiarizar-se com a temática empreendedorismo e gestão de pequenas empresas e ainda proporcionar um maior entendimento sobre o assunto. Considera-se a presente pesquisa também como descritiva, pois, apresentou informações sobre as características de uma determinada população (COLLIS e HUSSEY, 2005; ANDRADE, 2009). Em relação a sua modalidade, pode-se considerar a presente pesquisa como um estudo campo.Segundo Gil (2002, p. 53), esse tipo de estudo: “focaliza uma comunidade, que não é necessariamente geográfica, já que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, de lazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. Basicamente, a pesquisa é desenvolvida por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre no grupo.” Assim, este estudo considera-se como uma pesquisa de campo devido ao fato de ter focalizado a comunidade dos empreendedores da cidade de Rafael Godeiro-RN e levantado informações sobre o assunto desejado. 27 A população da pesquisa foi composta por 16 empresas que estavam com o seu alvará de funcionamento regularizado perante a prefeitura da cidade, sendo que destas, 11 foram pesquisadas, constituindo assim a amostra do estudo. O questionário elaborado para o levantamento dos dados do presente trabalho foi constituído por doze questões, sendo estas divididas em quatro etapas. Na primeira, buscou-se informações sobre o perfil dos empreendedores. Na segunda, as perguntas eram concernentes ao planejamento do empreendimento. Na terceira, indagou-se sobre o perfil financeiro das empresas. E por fim, perguntou-se sobre as motivações para abrir os empreendimentos e as principais dificuldades enfrentadas no decorrer das atividades empresariais. Os dados obtidos foram tratados com a utilização do software Microsoft Excel 2010. 4. O MUNICÍPIO DE RAFAEL GODEIRO-RN Fundado no dia 19 de dezembro de 1964, o município de Rafael Godeiro é localizado na mesorregião Oeste Potiguar, mais especificamente na microrregião de Umarizal, ficando a342 km de distância da capital do estado. Segundo dados do IBGE (2013) o município tem como bioma predominante a caatinga, bioma esse que tem como principais características as altas médias de temperatura anuais, além de um solo pedregoso e raso, com suas plantas adaptadas ao clima seco e a pouca quantidade de água. Ainda segundo o IBGE (2013) a cidade conta atualmente com uma população de 3.063 habitantes e uma área com cerca de 100 km², assim, pode-se verificar uma densidade de 30,68 habitantes por km². Quanto à economia e geração de renda, está é baseada principalmente sobre o Fundo de Participação dos Municípios – FPM, as atividades de comércio, agropecuária e apicultura familiar. Portanto, essas são as principais características básicas que caracterizam a cidade objeto de estudo nesta pesquisa. 28 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS Com o intuito de conhecer o perfil dos empreendedores do município de Rafael Godeiro-RN, elaborou-se questões que forneceram informações concernentes ao ramo da empresa e ao gênero, a faixa etária, ao estado civil e grau de escolaridade dos empreendedores. Em relação ao ramo da empresa, o maior percentual de empreendedores encontram-se no setor de comércio, com 55%, seguido das empresas de comércio/serviço com 27% e aquelas que prestam apenas serviços com 18%. Quanto ao gênero, 55% dos empreendedores são do sexo feminino e 45% do sexo masculino e em relação à faixa etária, os empreendedores com idade entre 33 a 37 anos obtiveram o maior número de incidências com 37%, seguido dos empresários com idade acima de 41 e de 23 a 27 anos (18%), e ainda os de 18 a 22, 28 a 32 e 38 a 42 (9%). No que diz respeito ao gênero e a faixa etária dos empreendedores, Hisrish e Peters (2004, p. 32) afirmam que: “Geralmente, os homens empreendedores tendem a começar seu primeiro empreendimento importante no início dos 30 anos, enquanto as mulheres empreendedoras tendem a fazê-lo em meados dessa década da vida.” Assim, percebe-se que a maioria dos entrevistados estão entre a faixa etária relatada por Hisrish e Peters (2004). Em relação ao estado civil, constatou-se que a quantidade de empreendedores casados representa 73%, 18% são solteiros e 9% vivem em união estável. No que concerne ao grau de escolaridade, 73% possuem o ensino médio completo, 18% superior completo e 9% possuem o ensino superior incompleto. Segundo Dolabela (2004, p. 133) “quanto maior a escolaridade dos empreendedores, maior a chance de sucesso”. Os empreendedores também foram questionados sobre as ações de planejamento desenvolvidas antes de abrir o negócio. Quanto a isso, perguntou-se se os mesmos fizeram pesquisas de mercado, se elaboraram planos de negócio e se buscaram assessoria especializada. 29 Ao que diz respeito à pesquisa de mercado, apenas 18% afirmaram ter procurado algum tipo de informação junto às pessoas para encontrar a oportunidade de empreender, enquanto 82% não procuraram. Já em relação ao plano de negócio, foram detectados os mesmos percentuais da questão anterior. Enquanto que 18% afirmaram ter elaborado o plano de negócio, outros 82% não buscaram este recurso. E quanto à busca de assessoria, 91% buscaram a assessoria de contadores para abrir o negócio, e por outro lado, 9 % não buscaram nenhum tipo de ajuda. Pôde-se perceber durante a aplicação dos questionários que essa busca se devia principalmente devido ao fato de se resolver questões burocráticas. Percebe-se assim que, quanto ao processo de planejamento, a maioria dos empreendedores não fazem um estudo e um planejamento prévio do negócio que abriram, fato que pode prejudicar o andamento das atividades da empresa ou ainda levá-la ao fracasso. Com o intuito de caracterizar o perfil financeiro dos empreendedores, foram elaboradas questões nesse sentido. Primeiramente indagou-se sobre a fonte de recursos utilizada para a abertura do negócio. Tendo-se obtido os seguintes resultados: 64% dos empreendedores utilizaram de reservas/poupança, e empatados com 18% cada, empréstimos com amigos e/ou parentes e financiamentos. Outro fator de grande relevância quando se fala em empreendedorismo é a questão de se gerir os recursos da empresa de forma separada dos recursos da pessoa física. No concerne a essa questão, 55% dos empreendedores trabalham com os recursos administrados de forma separada, enquanto que 45% não executam essa ação. Assim, percebe-se que quase metade das empresas não trabalham com os recursos geridos de forma separada, este fato pode trazer complicações no processo de controle financeiro dos empreendimentos. Perguntou-se ainda, sobre os motivos que levaram essas pessoas a abrir seus empreendimentos e também sobre as principais dificuldades enfrentadas no andamento do negócio. 30 Quanto aos motivos que levaram a abrir a empresa, as respostas podem ser vistas no gráfico a seguir: Gráfico1: Motivo que levou a abrir a empresa Fonte: Elaborado pelos autores, 2013. Quanto a isso, faz-se necessário confrontar os dados das perguntas relacionadas ao planejamento das empresas. Tendo em vista que poucas fizeram algum tipo de plano do negócio, bem como de pesquisa de mercado, pode-se concluir que essa visualização de oportunidade foi feita com base no “achismo”, fato comum nos empreendimentos de pequeno porte. Já em relação às dificuldades enfrentadas tanto na abertura como no andamento do negócio, verifica-se as respostas no gráfico a seguir: Gráfico 2: Dificuldades Enfrentadas no Andamento do Negócio Fonte: Elaborado pelos autores, 2014. 31 Assim, vê-se que a inadimplência constitui a principal dificuldade dos empreendedores. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo teve como objetivo geral analisar o perfil do empreendedorismo formal na cidade de Rafael Godeiro/RN, tendo como objeto de estudo as empresas que solicitaram e/ou renovaram o alvará de funcionamento no decorrer desses dois anos. Buscando-se especificamente, elaborar um levantamento teórico sobre as principaisquestões relacionadas ao empreendedorismo e sobre a gestão de micro e pequenas empresas, traçar o perfil dos empreendedores do município pesquisado e fazer propostas de melhorias para a gestão dos negócios pesquisados. Diante dos resultados da pesquisa, percebe-se que o empreendedorismo na cidade de Rafael Godeiro-RN ainda se encontra em um estágio pouco profissional com a maioria das decisões, tanto de abertura como de planejamento do empreendimento, sendo tomadas com base no “achismo”. Contratação de consultorias mais especializadas como a do SEBRAE e realização de cursos na área gerencial são sugestões que podem ser acatadas pelos empresários para que se obtenha um maior conhecimento do negócio e de práticas de gestão que possam auxiliá-los a desenvolver com maior produtividade as atividades de suas empresas. REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração de trabalhos na graduação. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. COSTA, J. M.; NUNES, J. O. C.; LIMA, A. K. da C. Avaliação da Prática de Ensino de “Criação e Gerenciamento de Empresa Fictícia” da Disciplina de Iniciação Empresarial e as suas Implicações na Formação do Perfil Empreendedor dos Discentes do Curso de Administração da UERN em Mossoró/RN. In: Anais do XXIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas / 32 organizado por Paulo Tadeu Leite Arantes, Fernanda de Oliveira Andrade. – Recife/PE: ANPROTEC, 2013. DOLABELA, F. C. C. O Segredo de Luísa: uma ideia, uma paixão e um plano de negócio: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura, 2004. DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. DRUCKER, P. F. Inovação e Espírito Empreendedor (entrepreneurship): prática e princípios. Tradução de Carlos Malferrari. 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1987. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. HISRICH, Robert D.; PETERS, Michael P. Empreendedorismo. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2013. Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=241060&search=rio- grande-do-norte|rafael-godeiro|infograficos:-dados-gerais-do-municipio> Acesso em: 23 de Set. de 2014. LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. Willian. Administração de Pequenas Empresas: ênfase na gerência empresarial. São Paulo: Makron Books, 1997. SEBRAE. Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. 2007. Disponível em: <http://www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/_arquivos/capacitacao- empresarial/LeiGeral.pdf>. Acesso em: 15Set. de 2014. ______________. Pequenos Negócios no Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.agenciasebrae.com.br/indicadores/apresentacao_mpe_indicadores.pdf>. Acesso em: 13 Set. de 2014. 33 CONTABILIDADE GERENCIAL: SEU PAPEL NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NAS ORGANIZAÇÕES. Alexandra Oliveira Maria Marlene Fernandes Leite RESUMO Alguns fatos específicos têm alterado significativamente o ambiente organizacional nos últimos anos. Circunstancias como mudança da estratégia de grandes volumes, redução de mix de produtos, para menores volumes e mix mais variado; alterações substanciais na estrutura de custos e despesas, representativos dos recursos consumidos nas atividades empresariais; redução no ciclo de vida dos produtos; e menor poder, das empresas, de impor seus preços ao mercado, são apenas algumas das muitas indagações que permeiam o contexto empresarial diariamente. Neste sentido, a Contabilidade Gerencial tem sido reconhecida como um importante alimentador das informações utilizadas pelos gestores empresariais. Para alguns estudiosos, a informação gerencial contábil é uma das fontes informacionais primárias para a tomada de decisão e controle nas empresas, com o intuito de cada vez mais contribuir para o alcance da eficácia na condução dos negócios, através de instrumentos que assegurem o cumprimento de sua missão informativa. Sendo assim, o objetivo desse estudo é verificar de que forma a contabilidade gerencial pode contribuir para a melhoria de resultados diante da complexidade empresarial. Quanto aos procedimentos metodológicos, temos uma pesquisa de cunho bibliográfico, exploratória e qualitativa. Os resultados evidenciaram que a contabilidade gerencial tem como desafio aperfeiçoar-se ao ambiente empresarial, identificar oportunidades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos, assegurando assim que os administradores tomem a melhor decisão estratégica. Ainda, foi possível observar que os sistemas de contabilidade gerencial das empresas precisam ser continuamente renovados, com vistas, a produzir informações úteis e oportunas para o controle de processos, avaliação de desempenho de custo dos produtos e de desempenho dos gestores. Desse modo conclui-se que o uso apropriado da contabilidade gerencial, propicia aos gestores um conhecimento mais aprofundado sobre sua realidade, produzindo relatórios confiáveis aos usuários internos e externos e obedecendo as leis vigentes dos órgãos públicos corroborando para resultados sustentáveis no âmbito empresarial. PALAVRAS-CHAVE: Contabilidade Gerencial. Informação Gerencial. Tomada de decisão. 34 CONTABILIDADE PÚBLICA: ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS. Irinalva Bulhões da Silva Sâmera Karolly Berlamino da Silva Shirley Leila de Medeiros Dantas RESUMO O conhecimento do orçamento e das finanças públicas é de muita importância para a sociedade, pois é no orçamento que está registrada a arrecadação de receitas através dos tributos e como eles são distribuídos. O orçamento público em sentido amplo é documento legal contendo a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado exercício, Para que o orçamento seja elaborado corretamente, ele precisa se basear em estudos e documentos, cuidadosamente tratados que irão compor todo o processo de elaboração orçamentária de um governo. O objetivo deste estudo é mostrar a importância do orçamento público, sua utilização, como se dá o seu planejamento, execução e controle, para evitar desmandos com o dinheiro público e conhecer as principais leis que o regem. Utilizou-se como metodologia, a forma de pesquisa bibliográfica com base na Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Plano Plurianual (PPA). Os resultados apontaram que o planejamento público é essencial para que haja uma boa administração, e, portanto, deve orientar as receitas e as despesas orçamentárias, na definição dos gastos prioritários, ou seja, “a cara” do governo diante da realidade que vive a população. As leis citadas têm um papel muito importante no orçamento e nas finanças publicas, porque quando colocada em pratica ajuda no controle e manutenção do equilíbrio fiscal, e das finanças publicas ajudando aos gestores a obter maior eficiência na sua gestão e na prestação dos serviços básicos e essenciais a população. Palavras-chave: Orçamento. Finanças Públicas. Planejamento. 35 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Edna Santos de Lima Medeiros. Faculdade do Seridó – FAS. Currais Novos-RN, Brasil- ednaedley@gmail.com. RESUMO A carga tributária é indispensável para uma entidade com objetivo de reduzir custos, como tributos, e ao mesmo tempo detém de ferramentas essenciais a um vantajoso planejamento tributário para todos os contribuintes, outra
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