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1 CARINA RODRIGUES. GISLAINE LOPES DE OLIVEIRA. HUGO VICENTE PACHECO BRANDT. MIRIAN PEDROSO DOS SANTOS. RENAN EDUARDO MAITO. SCHARLES W. LIMA DE PAULA. MARCHA ATLÉTICA. GUARAPUAVA/PR 2018 2 CARINA RODRIGUES. GISLAINE LOPES DE OLIVEIRA. HUGO VICENTE PACHECO BRANDT. MIRIAN PEDROSO DOS SANTOS. RENAN EDUARDO MAITO. SCHARLES W. LIMA DE PAULA. MARCHA ATLÉTICA. Trabalho a ser entregue ao Professor Luiz Augusto, da disciplina de Atletismo para obtenção de nota parcial bimestral, referente ao primeiro semestre do Curso de Educação Física Bacharelado. GUARAPUAVA/PR 2018 3 INTRODUÇÃO. No presente trabalho será abordado questões referentes a Modalidade Marcha Atlética, esporte pouco conhecido mas que gradativamente está se tornando grande aliado do profissional da educação física. Pois, esta atividade auxilia na prevenção e combate de doenças de degeneração óssea e coronarianas, tonifica os músculos, possui um alto consumo de energia, e contribui no processo de emagrecimento. Especialistas ressaltam que a marcha atlética propicia um impacto duas vezes menor do que a corrida, sobre os tendões e articulações das pernas e pés, reduzindo os riscos de lesões nestas áreas. Por tanto é de suma importância o conhecimento e a inserção desta modalidade esportiva no currículo acadêmico, pois, esta engloba várias disciplinas e técnicas. Durante o trabalho foram destacados fatos que aconteceram na história do esporte no Brasil e no mundo, e as mudanças que ocorreram para que tivéssemos este leque de possibilidades que a marcha atlética nos abre. E de qual maneira pode-se aplicar durante as aulas de educação física tal desporto para a completa inserção do aluno. 4 DEFINIÇÃO. A marcha atlética é uma modalidade do atletismo pouco conhecida, exige dos seus atletas além das passadas curtas e rápidas, atenção, concentração, ritmo, coordenação, treino extensivo e muita resistência devido as distancias que são percorridas durante a prova e que podem chegar a duas horas seguidas de competição. Se destaca pela técnica em que é praticada, uma sequência de passos, de forma que o atleta sempre mantenha contato com o solo com pelo menos um dos pés. A perna que avança tem que estar reta desde o momento do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical, não pode ocorrer a flexão no joelho até que o movimento seja realizado por completo. As provas de marcha atlética são disputadas na distância de 20km feminino, e 20km e 50km masculinos, e se realizam em um circuito na rua de no mínimo 1km, e no máximo 2,5km. HISTORIA DA MARCHA ATLÉTICA. A marcha atlética teve origem nas competições de caminhada na Inglaterra por volta só século XVII. Esta pratica no início foi considerada estranha por varias pessoas, mas com o passar do tempo veio ganhando cada vez mais popularidade. Em 1908 a marcha atlética foi estreada nos jogos olímpicos tornando-se uma modalidade olímpica mas não com as distâncias que temos atualmente, nessa Olimpíada os vencedores foram o húngaro Gyorgy Sztantics e o americano George Bonhag, nos 1500 e 3000 metros. Nos anos seguintes a 1908, devido á grande quantidades de criticas que a modalidade sofreu após os jogos de 1908 a marcha atlética não voltou a ser praticada em mais nenhuns jogos olímpicos. Voltando a ser oficialmente praticada nos jogos em 1928. Com o passar dos anos a marcha atlética continuou a evoluir até que em 1956 esta modalidade começou a ser competida em novas distancias, as mesmas que existem atualmente. 5 José Carlos Daudt e Túlio de Rose trouxeram para o Brasil a modalidade logo que voltaram dos jogos Olímpicos de Berlim em 1936 e em 1937 que aconteceu em Porto Alegre, a primeira disputa, da qual o vencedor foi Carmindo Klein. O atleta da modalidade mais conhecido mundialmente é o polonês Robert Korzeniowski, que entre 1996 e 2004 foi tetracampeão olímpico e tricampeão mundial nas duas distâncias. Em 1992, passou a ser disputada também na categoria feminina. O regulamento estabelece que os juízes de marcha têm que avisar aos atletas que por sua forma de marchar correm o risco de cometer alguma falta, e para isso utilizam placas amarelas com o símbolo de uma possível infração. No julgamento de Marcha, quando um atleta comete infração é anotado no quadro de advertências um cartão vermelho correspondente a infração cometida. Quando três juízes diferentes mostram os cartões vermelhos a um atleta, o juiz chefe procede a sua desqualificação. O atual recorde mundial masculino na categoria de 20 km é do japonês Yuzuke Suzuke, com 1 h 16 min 36 s e nos 50 km pertence ao russo Denis Nizhegorodov, com 3 h 35 min 29 s. DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE Dentre as modalidades que compõe o atletismo temos a marcha atlética que tem regras e gestos técnicos específicos (FRÓMETA et al. 2004). A história da marcha atlética está diretamente ligada com a caminhada tendo sua origem nessas competições que datam dos séculos XVII a XIX. Ela se consolidou como um esporte olímpico em 1928, no entanto, somente em 1956, a prova passou a ter as atuais distâncias de percurso. Oficialmente, segundo a IAAF, a marcha pode ser disputada em três distâncias diferentes: 10.000 metros - apenas mulheres • 20.000 metros - homens e mulheres ▪ 50.000 metros - apenas homens 6 Além de disputada em Olimpíadas e Mundiais, a marcha também possui seu próprio Mundial em separado, disputado a cada dois anos. Geralmente as provas são disputadas nas ruas e o atleta que pratica o esporte é chamado de marchador. A modalidade proporciona um intenso trabalho cardiovascular, define o corpo e causa menos impacto que a corrida De acordo com Polischuk (2000) quando há uma continuação da prática da marcha, há um melhoramento técnico e uma maior velocidade e soltura de movimentos, permitindo segurar ritmos de alta velocidade com um menor risco de perda de contato com o solo. Assim como na corrida ou na marcha, o que se pretende é uma projeção continua do corpo pela ação das pernas, e para que isso ocorra o fundamental é a impulsão sobre o terreno; essa impulsão é menos potente na marcha por falta da ação do joelho que deve estar estendido durante a fase de apoio. (JUNCOSA, 1974; BALLESTEROS, 1980). A colaboração dos braços e ombros para equilibrar e compensar a ação das pernas e quadris faz com que todo o corpo intervenha com um movimento conjunto, originando um caminhar uniforme e fluido. A ação dos quadris permite manter a cabeça e o tronco sempre na mesma altura média, tanto na fase de apoio simples como na fase de apoio duplo, evitando que se elevem a cada passo para não originar um desgaste inútil de energias. (JONATH, 1983; SCHMOLINSKY, 1982). A marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo que o atleta mantenha um contato continuo com o solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a perda de contato com o mesmo. A perna que avança deve estar estendida desde o momento do primeiro contato com o solo, até a posição ereta vertical. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO, 2012). É obrigatório que o atleta mantenha um dos pés sempre no chão, e o joelho daperna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Para que esse movimento em progressão seja possível, há necessidade de uma pequena torção do quadril, o que leva a um “requebrado”. Esse movimento ritmado e curioso acontece porque a marcha não é uma prova de corrida, mas de “andada”, e, assim como quando a gente anda está sempre com um dos pés tocando o chão, as regras da marcha proíbem que o atleta fique sem nenhum dos pés em contato com o solo simultaneamente – ele só pode mover um depois que pisar com o outro. Um atleta que tire os dois pés do chão é advertido, e um atleta advertido três vezes é desclassificado. Para ver se todos estão cumprindo as regras, vários árbitros 7 ficam espalhados pelo percurso, apenas prestando atenção nos movimentos dos pés dos atletas. Ação dos braços e ombros: Os braços e ombros de acordo com Bravo et al. (1990) têm a função de equilibrar e coordenar as forças da inércia geradas pelas pernas e o quadril, contrabalanceando os movimentos de ambos são, no entanto, colaboradores das forças positivas mas não uma verdadeira força que pode projetar o corpo pra frente como fazem as pernas. Os braços realizam um movimento de torção no sentido contrário ao do quadril, para compensar o avance do mesmo, a posição do tronco é vertical e se inclina ligeiramente para frente seguindo a fase. (SANT, 1996). Segundo Schmolinsky (1982) os braços auxiliam com seus movimentos ritmados, mantendo o ritmo da passada. Quanto mais rápida for a marcha mais rápido será a ação dos braços, porém isso varia de individuo para individuo. Os ombros têm que contrariar o movimento do quadril exercendo assim um efeito benéfico no comprimento da passada.De acordo com Juncosa (1974) são os ombros que movem para trás assegurando o movimento compensador da ação das pernas, os braços se movem como conseqüência dos movimentos dos ombros, os braços são usados apenas para o ritmo e equilíbrio.Bravo et al. (1990) descreve que os braços devem estar flexionados a um ângulo de 90º graus e devem estar relaxados até os ombros, convergindo até o eixo longitudinal do corpo; as mãos devem ficar em igual postura, ou seja, com os dedos flexionados de uma maneira cômoda e os polegares retos. Ação das pernas e quadril: De acordo com Bravo et al. (1990) as pernas são o verdadeiro meio de locomoção e gerador das forças positivas, e seu trabalho pode ser analisado através de duas fases; uma fase de tração e outra de impulsão. A perna deve chegar ao solo estendida, o pé deve fazer um contato suave com a parte externa do calcanhar formando com a perna um ângulo aproximado de 90º graus.Quando a perna chega estendida ao solo a sua amplitude de passada é maior do que quando ela chega em flexão, outra observação que pode ser feita é que, o ângulo do pé com o solo também é maior com a perna em extensão, o que vai facilita o movimento de tração realizado pela perna ser maior.Segundo Sant (1996) a tração se inicia no instante do contato do calcanhar com o solo e termina quando o corpo está em vertical sobre o pé de apoio. E a impulsão se inicia no instante em que o centro de gravidade sobre - passa à vertical do pé de apoio, a mesma perna que realizou a tração começa a impulsionar com uma acentuada extensão do tornozelo até que a outra perna vá passando adiante.A ação completa do impulso unida ao movimento horizontal do quadril resulta em uma maior 8 amplitude natural da passada, marcha em linha reta, pois na fase de duplo apoio os pés situam-se sobre uma linha imaginária reta traçada do calcanhar a ponta dos pés, distinguindo-se atletas marchadores que sobrepõem a metade da parte interna de cada pé sobre ela e outros que por maior flexibilidade ou ao melhor emprego do quadril conseguem colocar o centro da planta do pé sobre a linha (JONATH, 1983; BRAVO et al. 1990). REGRAS Existem algumas regras que todos os especialistas da marcha devem atender escrupulosamente e que servem para distinguir a marcha da corrida. A marcha é definida, nos regulamentos competitivos, do seguinte modo: os passos devem ser executados de modo que um dos pés esteja sempre em contato com o solo. O pé deve assentar primeiro com o calcanhar. A perna de apoio tem de estar estendida em certo momento do ciclo. Os juízes da prova têm a incumbência de verificar se os movimentos são conformes a estas regras e podem advertir ou eliminar os atletas que as não respeitem. O atleta experiente não necessita de prestar atenção no movimento durante a prova, ele pode se concentrar inteiramente no ritmo e no resultado a obter. Falta grave: perda de contato com o solo. Três gestos básicos pra observarmos o risco de perdermos o contato com o solo: Durante a sustentação em apenas 1 perna (fase de transição), a perna deverá estar reta; Na movimentação dos braços, as mãos passarem pelo eixo da Cintura Escápulo-Umeral; A coluna inclinada para frente ou pra trás. São gestos indicativos de perda de contato com o solo. Os Juízes de Marcha nomeados terão de eleger um Juiz-Chefe, caso este não tenha sido nomeado previamente. 9 Os Juízes de Marcha terão de atuar de forma independente e o seu julgamento basear-se-á em observações visuais (a olho nu). Nas competições todos os Juízes terão de ser Juízes Internacionais de Marcha. Em provas de estrada, por norma haverá um mínimo de seis e um máximo de nove Juízes de Marcha, incluindo o Juiz-Chefe. Em provas de pista por norma haverá seis Juízes de Marcha, incluindo o Juiz- Chefe. Quando três notas de desclassificação de três Juízes de marcha diferentes forem enviadas ao Juiz-Chefe de Marcha, o atleta é desclassificado e terá de ser notificado dessa desclassificação pelo Juiz-Chefe de Marcha. Em provas de pista, um atleta que seja desclassificado terá de abandonar imediatamente a pista e, em provas de estrada, terá de retirar os seus números identificativos e abandonar o percurso, imediatamente após ser desclassificado. A partida: As provas serão iniciadas com um disparo de pistola. Utilizar-se-ão as vozes e procedimentos de partida definidos para as provas de distâncias superiores a 400 m. Em provas com um número elevado de atletas, deverá dar-se um sinal de aviso 5 minutos antes da partida, podendo haver outros avisos se for necessário. ATLETAS BRASILEIROS No Brasil Caio Bonfim conquistou o bronze na marcha atlética e mostrou que a modalidade vem sendo a que mais impulsiona os outros atletas do País, com resultados regulares e pódios nos últimos anos. Além dele, Erica Sena, também nos 20 km, ficou na quarta colocação e por pouco não foi premiada. Já Nair da Rosa chegou em quinto lugar nos 50 km. Mas podem-se citar outros atletas brasileiros desta modalidade tais como: Masculino: 20 km Caio Bonfim (CASO-DF) Moacir Zimmermann (AABLU-SC) José Alessandro Bagio (AABLU-SC) 10 50 km José Alessandro Bagio Cláudio Richardson dos Santos (AABB Currais Novos-RN) Jonathan Riekmann (Orcampi/Unimed-SP) Luiz Felipe dos Santos (ASSEM-SP) 10 km – Menor Murilo Coutinho Ribeiro Luan Henrique de Almeida Ferreira (FECAM-PR) Feminino: 20 km Erica Sena Cisiane Dutra Lopes (convidada CBAt) Elianay Santana da Silva Pereira (CASO-DF) Nair da Rosa (AABLU-SC) Liliane Priscila Barbosa METABOLISMO UTILIZADO Nessa prova o atleta se utiliza da fonte energética aeróbia e não acumula grandes quantidades de ácido láctico. Glicólise Aeróbia - acima de 3 min Corridas 5000 m p/ mais Aeróbia Aláctica. Assim como nas corridas intermediárias, as corridasde resistência também podem ser divididas em 3 momentos: largada, estado estável e chegada. A grande diferença entre as duas está no fato de que nas corridas de resistência o momento de estado estável é muito maior. Por conseqüência, o sistema aeróbio se constituirá como principal 11 fonte de energia para este tipo de corrida. Neste caso vale salientar que até por volta dos 20 minutos de prova os carboidratos se constituem como principais nutrientes energéticos. Dos 20 minutos ao período de 1 hora, carboidratos e gorduras começam a se equivaler como fontes de ATP. Quando o tempo de desempenho ultrapassa 1 hora, os depósitos de glicogênio começam a mostrar reduções significativas na concentração e as gorduras tornam-se mais importantes como fontes para a ressíntese de ATP. Daí justificar-se o fato dos corredores de longa distância apresentar um percentual de gordura corporal tão baixo quando comparados aos corredores de velocidade. PLANO DE ATIVIDADES 1- CAMINHAR SOBRE A LINHA DA QUADRA 2- MARCHA COM AS MÃOS PARA TRÁS 3- MOVIMENTO “CRUZADA DE QUADRIL” 4- VAI E VOLTA COM PISADAS CRUZADAS 5-”PEGA-PEGA” NA LINHA DA QUADRA 6- “PEGA-PEGA” COM OBSTACULOS 7- MOVIMENTAÇÃO DOS BRAÇOS 8- MARCHA EM ZIG-ZAG 9- VAI E VOLTA GIRANDO OS BRAÇOS PARA A FRENTE 10- MARCHA A DISTÂNCIA COM OS CONES. 12 CONCLUSÃO Conclui-se neste trabalho a importância de marcha atlética e o que ocorreu até se tornar o esporte que conhecemos na atualidade, também pode-se conhecer seus principais atletas e seus recordes na modalidade. Foram apresentados dez planos de atividades que podem ser aplicados nas aulas como meio de inserir pessoas que não possuem conhecimento deste desporto. Cumprimos todos os objetivos que nos foram propostos, sabendo que este trabalho teve grande valia para nosso aprendizado acadêmico, pois através deste pudemos compreender e nos aprofundarmos neste tema do qual ainda não havíamos conhecimento suficiente. Também permitiu-nos aperfeiçoarmos nossas competências e desenvolvermos em grupo as habilidades no esporte. 13 REFÊRENCIAS: http://www.efdeportes.com/efd174/descricao-tecnica-da-marcha-atletica.htm https://www.portalsaofrancisco.com.br/esportes/marcha-atletica http://www.dicionarioolimpico.com.br/atletismo/cenario/marcha-atletica https://sportlife.com.br/regras-marcha-atletica/ http://www.livresportes.com.br/reportagem/marcha-atletica-e-historia-no-atletismo http://www.posugf.com.br/noticias/todas/2197-o-que-e-a-marcha-atletica http://www.brasil.gov.br/esporte/2014/01/atletismo-define-lista-de-atletas-que- disputarao-marcha-atletica https://www.passeidireto.com/arquivo/970355/bioenergetica/2
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