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Fogo morto

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Fogo morto
José Lins do Rego
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Fogo Morto (1943) é um romance de feição realista, revela o processo de mudanças sociais passados no Nordeste brasileiro, num período desde o Segundo Reinado até as primeiras décadas do século XX.
Na verdade, apesar de sua estrutura literária sólida, Fogo Morto é um documento sociológico, que retrata o Nordeste e a oligarquia composta pelos senhores de engenho, ameaçada com a chegada do capital proveniente da industrialização. 
Desponta assim um regionalismo novo, diferente do regionalismo romântico: o exotismo e o pitoresco não interessam mais. Surge agora um Brasil doente, com fome, escondido que estava sob uma capa de “civilizado”. 
Análise da obra
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Fogo Morto" é narrado em terceira pessoa e é dividido em três partes, que trazem em seus títulos o nome dos três personagens principais: “O mestre José Amaro”, “O Engenho de Seu Lula” e “O Capitão Vitorino”. Esses personagens representam, no plano psicológico e moral, a situação em que, no nível socioeconômico, estão os engenhos de cana-de-açúcar, com a decadência dessa cultura no processo histórico brasileiro.
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Cada uma das partes é dominada por uma personagem, a quem o narrador deixa falar, ou deixa mostrar-se, expressando a sua visão de mundo. Essa técnica é conhecida como onisciência multisseletiva, que permite revelar o mundo a partir do ponto de vista da personagem.
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Memória afetiva X denúncia social
Oralidade da narração
Transição econômica:
Do engenho a usina: modernização capitalista destrói a memória afetiva das relações sociais existente
Elite reformadora, luta pelos oprimidos
Escravos libertos, cangaceiros, policiais opressores
Fogo morto: engenho decaído
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