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Eritropoetina Recombinante Humana

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EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante 
EritropoetinaHumanaRecombinante
ERITROPOETINA
Humana Recombinante
 
Monografia do Produto
Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
ERITROPOETINA Humana Recombinante
Monografia do Produto
Monografia do Produto
� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
ERITROPOETINA
Humana Recombinante
 
Índice
1.	 Propriedades	Farmacológicas	
2.	 Resultados	de	Eficácia	
3.	 Indicações	
4.	 Contra-Indicações	
5.	 Modo	de	Uso	
6.	 Precauções	e	Advertências	
7.	 Interações	Medicamentosas	
8.	 Reações	Adversas	
9.	 Superdosagem	
10.	 Informações	Complementares
Monografia do Produto
� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
1. Propriedades Farmacológicas
1.1. O que é a Eritropoetina Humana Recombinante 
A	 eritropoetina	 é	 uma	 glicoproteína	 produzida	 pelo	 rim,	 mais	
precisamente	pelas	células	adjacentes	aos	túbulos	proximais	renais;	sua	
produção	é	estimulada	por	hipóxia.	Ela	atua	como	fator	hormonal	de	
estimulação	mitótica	 e	 de	 diferenciação,	 aumentando	 a	 formação	 de	
eritrócitos	maduros	a	partir	das	células	progenitoras	eritróides.	
A	Eritropoetina	Humana	Recombinante	 contém	165	aminoácidos	
e	 é	 obtida	 por	 tecnologia	 de	 DNA	 recombinante.	 Possui	 um	 peso	
molecular	de	34.000	Dalton	e	é	produzida	em	células	CHO	(células	de	
ovário	de	hamster	chinês)	nas	quais	o	gene	da	eritropoetina	humana	foi	
inserido.	O	produto	contém	uma	seqüência	de	aminoácidos	idêntica	à	
da	eritropoetina	natural.
2. Resultados de Eficácia
Foram	 realizados	 dois	 estudos	 clínicos	 para	 a	 avaliação	 do	 efeito	
terapêutico	 e	 da	 farmacocinética	 do	 uso	 intravenoso	 e	 subcutâneo	
da	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 no	 tratamento	 da	 anemia.	
O	primeiro	estudo	 teve	 como	objetivo	caracterizar	 a	 farmacocinética	
do	 medicamento,	 avaliar	 seu	 efeito	 terapêutico	 no	 tratamento	 da	
insuficiência	renal	crônica	 terminal	 (IRCT)	e	determinar	a	 tolerância	
e	 surgimento	 de	 eventos	 adversos	 pela	 sua	 administração.	 Para	 o	
cumprimento	desses	objetivos	realizou-se	um	ensaio	clínico	fase	I-IIa,	
prospectivo,	 aberto,	 com	 um	 único	 grupo	 submetido	 ao	 tratamento	
durante	16	semanas.	A	dose	inicial	utilizada	foi	de	50	UI/kg,	três	vezes	
por	 semana,	 por	 via	 intravenosa.	 Foram	 selecionados	 25	 pacientes	
com	 IRCT	 em	 hemodiálise	 ou	 diálise	 peritoneal,	 com	 diagnóstico	
de	 anemia	 com	 valores	 de	 hematócrito	 ≤	 28%	 e	 de	 hemoglobina		
�
�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
≤	9,5	g/dl	e	idade	entre	18	e	70	anos.	Para	avaliação	da	farmacocinética,	
as	variáveis	primárias	analisadas	foram	t1/2,	AUC,	MRT,	Vc,	CL,	Cmáx	
e,	 para	 avaliação	 de	 seu	 efeito	 terapêutico,	 os	 níveis	 de	 hematócrito,	
hemoglobina	(semanal)	e	número	de	transfusões	de	sangue	durante	o	
tratamento.	A	avaliação	da	tolerância	dos	efeitos	adversos	foi	verificada	
através	de	exames	laboratoriais,	parâmetros	bioquímicos	e	clínicos.
Os	resultados	encontrados	mostraram	que	92%	dos	pacientes	tratados	
com	a	Eritropoetina	Humana	Recombinante	alcançaram	o	hematócrito	
alvo	em	12	semanas	de	tratamento.	Obteve-se	um	aumento	global	médio	
de	hematócrito	de	9,5%	e	de	hemoglobina	de	2,7	g/dl	nas	16	semanas	
de	tratamento	(figs.	1	e	2).	Não	houve	necessidade	de	transfusões	por	
anemia	associada	à	IRCT,	a	não	ser	para	reposição	sangüínea	por	perda	
aguda	em	virtude	de		cirurgia	ou	acidente	dialítico	(fig.	3).	
																																																																							
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fig.	1	-	Aumento	
semanal	da	média	
de	hematócrito
	aumento	da	média	global	de	hematócrito:
	
	24,56%																																										34,05%
	
35
30
25
20
15
10
5
0
semanas	de	tratamento	(0	a	16)
Hto
(%)
Média de Hematócrito Semanal
Monografia do Produto
� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
aumento	da	média	global	de	hemoglobina:
		
	7,59	g/dl																																														10,26	g/dl
Fig.	2	-	Aumento	
semanal	da	média	de	
hemoglobina
12
10
8
6
4
2
0
semanas	de	tratamento	(0	a	16)
Média Semanal de Hemoglobina
pré	tratamento pós	tratamento* pós	tratamento
Fig.	3	-	Índice	
médio	de	
transfusões	pré	e	
pós	tratamento	
com	Eritropoetina	
Humana	
Recombinante
*	reposição	de	sangue	por	intervenção	cirúrgica	ou	acidente	dialítico
�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Houve	 reações	 adversas	 moderadas,	 sendo	 que	 o	 aumento	 da	
hipertensão	arterial	preexistente	 foi	 controlado	em	 todos	os	 casos	 com	
aumento	das	doses	dos	fármacos	anti-hipertensivos	(tabela	1).	
Reação	adversa	 Número	de	casos	 Intensidade	 Relação	de		 Tratamento
	 	 	 causalidade	
		
	 0	 __	 __	 __
	
	 	 	 	 aumento	das	
	 4	 moderada	 altamente	provável	 doses	de
	 	 	 	 	anti-hipertensivos
	 2	 fraca	 possível	 não	houve
Aparecimento	de	
hipertensão	arterial
Aumento	da
hipertensão	arterial
Hiperemia	conjuntival
As	 características	 farmacocinéticas	 deste	 produto	 foram	 similares	
às	 reportadas	 para	 moléculas	 comerciais	 de	 eritropoetina	 humana	
recombinante	(tabela	2).
Tabela	2	-	Parâmetros	
farmacocinéticos	
médios
	 T1/2	 5,21	h
	 CL	 0.47	l/h
	 AUC		 8967,42	mUI*h/ml
	 Vc	 3,24	l
	 MRT	 7,58	h
	 Co	 1766,12	mUI/ml
Tabela	1	-	Incidência,	
relação	de	causalidade,	
severidade	e	tratamento	
específico	das	reações	
adversas	(n	=	25)
Monografia do Produto
� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
O	segundo	estudo	teve	como	objetivo	avaliar	a	segurança	e	eficácia	
clínica	 da	 administração	 por	 via	 subcutânea	 do	 medicamento	 no	
tratamento	 da	 anemia	 associada	 à	 insuficiência	 renal	 crônica.	 Foi	
realizado	um	 estudo	 clínico	 em	24	 pacientes	 com	 insuficiência	 renal	
crônica	terminal	em	hemodiálise	ou	diálise	peritoneal,	com	diagnóstico	
de	 anemia	 com	 valores	 de	 hematócrito	≤	 28%	 e	 idade	 superior	 a	 18	
anos.	A	dose	inicial	utilizada	foi	de	20	UI/kg,	três	vezes	por	semana,	por	
via	subcutânea	após	sessão	de	hemodiálise.	Para	a	avaliação	do	efeito	
terapêutico,	as	variáveis	analisadas	foram	hematócrito,	hemoglobina	e	
número	de	 transfusões	 de	 sangue	 durante	 o	 tratamento.	A	 avaliação	
da	tolerância	dos	efeitos	adversos	foi	verificada	através	de	registro	em	
banco	de	dados.	
Os	 resultados	 encontrados	 mostraram	 que	 88,88%	 dos	 pacientes	
tratados	 com	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 alcançaram	 o	
hematócrito	 alvo	 (30	 -	 36%)	 durante	 as	 12	 semanas	 de	 tratamento.		
As	necessidades	 transfusionais	 se	 reduziram	de	94%	antes	do	uso	do	
medicamento	 a	 14%	 depois	 de	 12	 semanas	 (fig.	 4).	 Houve	 reações	
adversas	 moderadas,	 sendo	 que	 o	 aumento	 da	 hipertensão	 arterial	
preexistente	foi	controlado	em	todos	os	casos	com	aumento	das	doses	
dos	fármacos	anti-hipertensivos.
Fig.	4	-	Necessidades	
transfusionais	antes	e	
depois	de	12	semanas	
de	tratamento
100%
80%
60%
40%
20%
0% antes depois
94%
14%
�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
3. Indicações
3.1. Tratamento da Anemia Associada à Insuficiência 
Renal Crônica
Eritropoetina	Humana	Recombinante	está	indicada	no	tratamento	
da	anemia	associada	à	insuficiência	renal	crônica,	incluindo	pacientes	
queestejam	ou	não	em	diálise.	Este	produto	é	indicado	para	elevar	ou	
manter	o	nível	de	eritrócitos	no	sangue	que	se	manifesta	ou	expressa	
pelo	nível	de	hematócrito	ou	de	hemoglobina	e,	assim,	reduzir	o	número	
de	transfusões	necessárias	nestes	pacientes.
Eritropoetina	Humana	Recombinante	não	é	indicada	para	resolver	os	
casos	de	anemias	graves	que	requeiram	correção	imediata.	Este	produto	
substitui	a	necessidade	de	tratamento	da	anemia	com	transfusão,	mas	
não	a	transfusão	de	emergência	em	qualquer	que	seja	o	caso.
As	reservas	de	ferro	devem	ser	avaliadas	em	todos	os	pacientes	antes	
e	 durante	 o	 tratamento	 com	 o	 produto.	 A	 saturação	 de	 transferrina	
(ferro	sérico	dividido	pela	capacidade	ligadora	do	ferro)	deve	ser	de	no	
mínimo	20%	e	a	ferritina	sérica	de	no	mínimo	100	ng/ml.	
A	pressão	arterial	deve	ser	monitorada	e	cuidadosamente	controlada	
antes	e	durante	o	tratamento	com	o	produto.	
Pacientes	anêmicos	que	não	se	encontram	em	tratamento	dialítico	
devem	possuir	hematócrito	inferior	a	30%	para	iniciar	o	tratamento.	
3.2. Tratamento da Anemia de Pacientes com AIDS em Regime 
Terapêutico com Zidovudina
Recomenda-se	avaliar	previamente	o	nível	de	eritropoetina	endógena,	
porque	foi	descrito	que,	para	níveis	endógenos	superiores	a	500	mUI/
ml,	não	há	resposta	ao	tratamento.
Monografia do Produto
10 Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
11Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 está	 indicada	 neste	 grupo	
de	 pacientes	 para	 elevar	 ou	 manter	 o	 nível	 de	 hematócrito	 ou	 de	
hemoglobina	e,	assim,	reduzir	o	número	de	transfusões.
Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 não	 está	 indicada	 para	 os	
casos	de	anemia	grave	que	requeiram	correção	imediata.	Este	produto	
substitui	 a	 necessidade	 de	 tratamento	 com	 transfusão,	 mas	 não	 a	
transfusão	de	emergência	em	qualquer	que	seja	o	caso.	Também	não	é	
indicada	para	a	correção	da	anemia	neste	grupo	particular	de	pacientes	
quando	esta	 for	devida	a	outros	 fatores	como	a	deficiência	de	 folato,	
hemólise	ou	sangramento	gastrointestinal.
3.3. Tratamento de Pacientes Oncológicos em Quimioterapia
Eritropoetina	Humana	Recombinante	está	indicada	para	pacientes	
oncológicos	com	malignidades	de	origem	não	mielóide,	cuja	anemia	se	
deva	diretamente	ao	efeito	concomitante	de	quimioterapia	administrada	
por	no	mínimo	2	meses,	com	o	objetivo	de	elevar	ou	manter	o	nível	
de	hematócrito	e	hemoglobina	e	reduzir	a	necessidade	de	transfusões	
sangüíneas.
Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 não	 está	 indicada	 para	 os	
casos	de	anemia	grave	que	requeiram	correção	imediata.	Este	produto	
substitui	 a	 necessidade	 de	 tratamento	 com	 transfusão,	 mas	 não	 a	
transfusão	de	emergência	em	qualquer	que	seja	o	caso.	Também	não	é	
indicada	para	a	correção	da	anemia	neste	grupo	particular	de	pacientes	
quando	esta	 for	devida	a	outros	 fatores	como	a	deficiência	de	 folato,	
hemólise	ou	sangramento	de	qualquer	etiologia.
4. Contra-Indicações 
Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 é	 contra-indicada	 para	
pacientes	 que	 apresentem	 hipersensibilidade	 conhecida	 a	 quaisquer	
componentes	da	formulação,	bem	como	em	pacientes	com	hipertensão	
não	controlada,	gravidez	e	lactação	e	leucemia	eritróide.
Monografia do Produto
1� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
5. Modo de Uso
Não	agite	o	conteúdo	do	frasco.	A	agitação	vigorosa	pode	desnaturar	
a	 glicoproteína	 e	 afetar	 sua	 atividade	 biológica.	 Todo	 produto	 deve	
ser	 examinado	 visualmente	 para	 identificar	 que	 não	 existe	 formação	
de	 partículas	 e	 se	 ele	 se	 mantém	 incolor.	 A	 Eritropoetina	 Humana	
Recombinante	é	fornecida	em	frascos	de	uso	único.	A	parte	não	utilizada	
deve	 ser	 descartada	 imediatamente.	 Utilize	 técnicas	 assépticas.	 Não	
dilua	o	conteúdo	do	frasco	nem	o	misture	com	outros	medicamentos.		
As	vias	de	administração	são	subcutânea	ou	intravenosa.	
5.1. Posologia
Pacientes com Insuficiência Renal Crônica 
Dose Inicial
Via	intravenosa:	40	UI/kg,	 três	vezes	por	semana.	Via	subcutânea:	
20	UI/kg,	três	vezes	por	semana.	Estas	doses	têm	se	mostrado	efetivas	
e	seguras	para	incrementar	os	níveis	de	hematócrito	e	para	eliminar	a	
dependência	e	a	necessidade	de	transfusões.	A	dose	do	produto	deve	ser	
diminuída	quando	o	nível	de	hematócrito	alcançar	36%.
A	Eritropoetina	Humana	Recombinante	pode	ser	administrada	por	
via	 subcutânea	 ou	 intravenosa.	 Em	 pacientes	 em	 hemodiálise,	 pode	
ser	 administrada	 em	 “bolo”	 intravenoso.	 A	 administração	 pode	 ser	
independente	da	diálise,	mas	pode	ser	administrada	na	veia,	ao	final	do	
procedimento	de	diálise.
Ajuste de Dose
Após	 o	 tratamento	 com	 a	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante,	
deve-se	 esperar	 um	 período	 de	 2	 a	 4	 semanas	 para	 que	 as	 células	
progenitoras	eritróides	amadureçam	e	sejam	liberadas	para	a	circulação	
e	que	seja	finalmente	produzida	a	elevação	dos	níveis	de	hematócrito.	O	
ajuste	de	dose	não	deve	ser	realizado	por	mais	de	uma	vez	num	mês,	se	
não	for	clinicamente	imprescindível.
1�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Se	 o	 nível	 de	 hematócrito	 não	 incrementar	 em	 5	 ou	 6	 pontos	 no	
período	de	8	semanas,	a	dose	deve	ser	incrementada	e	avaliada	de	novo,	
depois	 de	 2	 -	 4	 semanas,	 e	 novamente	 pode-se	 voltar	 a	 incrementar	
depois	de	intervalos	de	4	-	6	semanas.
Se	 o	 nível	 de	 hematócrito	 for	 elevado,	 ultrapassando	 36%,	 a	 dose	
deve	ser	reduzida	para	que	se	mantenha	no	 intervalo	33%	-	36%.	 	Se	
isso	não	for	conseguido,	recomenda-se	suspender	o	tratamento,	até	que	
o	hematócrito	caia	para	o	intervalo	de	33%	-	36%.
Dose de Manutenção
Ainda	que	a	dose	de	manutenção	deva	ser	individualizada,	a	média	
de	dose	de	manutenção	pode	ser	de	60	UI/kg	para	pacientes	em	diálise,	
três	vezes	por	semana.
Resposta Diminuída ou Retardada
Cerca	de	95%	dos	pacientes	com	insuficiência	renal	crônica	que	foram	
tratados	 com	 a	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 responderam	
ao	 tratamento.	 Se	 for	 encontrado	 algum	 paciente	 que	 não	 responda	
ao	tratamento,	deve-se	analisar	o	nível	de	reserva	de	ferro	ou	deve-se	
analisar	outra	possível	etiologia	para	a	anemia.
Pacientes com AIDS em Tratamento com Zidovudina
Dose Inicial
100	 UI/kg,	 por	 via	 subcutânea,	 três	 vezes	 por	 semana	 durante	 8	
semanas,	se	o	nível	de	eritropoetina	endógena	for	inferior	a	500	mUI/
ml	e	a	dose	de	zidovudina	for	inferior	a	4.200	mg	por	semana.
Incremento de Dose
Se	a	resposta	não	for	satisfatória	para	reduzir	transfusões	ou	elevar	o	
hematócrito	em	8	semanas,	a	dose	pode	ser	incrementada	em	50	ou	100	
UI/kg,	três	vezes	por	semana,	e	a	resposta	poderá	ser	avaliada	em	4	-	8	
semanas.	Se	for	necessário,	incrementar	novamente	em	50	-	100	UI/kg	
somente	até	300	UI/kg.	Doses	mais	altas	não	são	recomendáveis.
Monografia do Produto
1� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Pacientes com Câncer em Tratamento Quimioterápico 
Dose Inicial
150	UI/kg,	por	via	subcutânea,	três	vezes	por	semana.	
Incremento de Dose
Se	a	resposta	não	for	satisfatória	para	reduzir	transfusões	ou	elevar	o	
hematócrito	em	8	semanas,	a	dose	pode	ser	incrementada	em	50	ou	100	
UI/kg,	três	vezes	por	semana,	e	a	resposta	poderá	ser	avaliada	em	4	-	8	
semanas.	Se	for	necessário,	incrementar	novamente	em	50	-	100	UI/kg	
somente	até	300	UI/kg.	Doses	mais	altas	não	são	recomendáveis.
1�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
6. Precauções e Advertências
Gerais
A	 administração	 parenteral	 de	 qualquer	 produto	 biológico	 deve	
ser	cuidadosa	e	devem	ser	tomadas	as	devidas	precauções	em	caso	de	
alergia	ou	reação	inesperada.
Antes	e	durante	o	tratamento	com	o	produto,	deve-se	avaliar	o	status	
de	ferro	corporal.	Todos	os	pacientes	requererão	suplemento	de	ferro	
para	uma	eritropoiese	efetiva.
Por	 via	 intravenosa,	 deve	 ser	 administradaem	 “bolo”.	 Não	
administrar	em	diluição	com	soros	intravenosos	ou	em	conjunto	com	
outras	soluções	de	medicamentos.		
Pacientes com Doença Renal Crônica
• Hipertensão:	nos	pacientes	com	doença	renal	é	muito	importante	o	
controle	da	pressão	arterial.	É	recomendável	que	a	dose	de	Eritropoetina	
Humana	 Recombinante	 seja	 diminuída	 se	 o	 nível	 de	 incremento	 de	
hematócrito	exceder	4	pontos	em	qualquer	período	de	2	semanas	(ver	
Reações	Adversas).
• Convulsões:	 foi	relatada	uma	convulsão	em	um	paciente	tratado	
com	Eritropoetina	Humana	Recombinante.	Nestes	casos,	recomenda-
se	que	a	dose	do	produto	seja	diminuída,	caso	o	hematócrito	aumente	4	
pontos	em	um	período	de	2	semanas	(ver	Reações	Adversas).
• Eventos Trombóticos:	 durante	 a	 hemodiálise,	 os	 pacientes	 em	
tratamento	com	Eritropoetina	Humana	Recombinante	podem	requerer	
um	incremento	de	anticoagulantes	para	evitar	aumento	de	coagulação	
no	dialisador	(ver	Reações	Adversas).
Monografia do Produto
1� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Pacientes com AIDS em Regime Terapêutico com Zidovudina 
e Pacientes com Câncer
Neste	grupo	de	pacientes	o	tratamento	com	Eritropoetina	Humana	
Recombinante	 não	 foi	 vinculado	 com	 exacerbação	 de	 hipertensão,	
convulsões	e	eventos	trombóticos.
Uso na Gravidez e Lactação
A	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 deve	 ser	 administrada	
durante	os	períodos	de	gravidez	e	lactação	somente	em	caso	claramente	
necessário	e	se	existir	um	equilíbrio	de	risco-benefício	aceitável	para	a	
mãe	e	o	feto	ou	a	criança.	Não	se	sabe	se	o	produto	pode	causar	prejuízos	
fetais	 ao	 ser	 administrado	 a	mulheres	 grávidas	 nem	 se	 pode	 afetar	 a	
capacidade	reprodutora.
7. Interações Medicamentosas
Não	 existem	 evidências	 indicativas	 de	 que	 o	 tratamento	 com	 a	
Eritropoetina	Humana	Recombinante	possa	alterar	o	metabolismo	de	
outras	drogas.
8. Reações Adversas
Pacientes com Insuficiência Renal Crônica
A	Eritropoetina	Humana	Recombinante	é	bem	tolerada.	Os	eventos	
adversos	 relatados	 são	 freqüentemente	 seqüelas	 da	 doença	 de	 base	
e	 não	 necessariamente	 atribuíveis	 ao	 tratamento	 com	 o	 produto.	Os	
efeitos	 secundários	 mais	 importantes	 do	 ponto	 de	 vista	 clínico	 nos	
pacientes	com	insuficiência	renal	crônica	são:	hipertensão,	convulsão,	
trombose	de	acessos	vasculares,	cefaléia,	taquicardia,	náuseas,	vômito	e	
hiperpotassemia.
1�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Nos	estudos	clínicos	 foram	observados	ocasionalmente	exantemas	
cutâneos.	 No	 entanto,	 não	 foi	 observada	 nenhuma	 reação	 alérgica	
sistêmica,	nem	reação	anafilática.
• Hipertensão:	 o	 incremento	na	 pressão	 arterial	 foi	 relatado	nos	
diferentes	estudos	clínicos,	freqüentemente	durante	os	primeiros	90	dias	
do	tratamento.	Nos	resultados	de	um	estudo	clínico	com	o	produto	foi	
observada	uma	tendência	à	ocorrência	de	hipertensão	arterial	naqueles	
pacientes	que	incrementavam	rapidamente	seu	hematócrito	em	mais	de	
4	pontos,	com	uma	incidência	de	5%	nos	pacientes	tratados.	No	entanto,	
em	ensaios	duplos	cegos	foram	encontrados	resultados	semelhantes	nos	
dois	grupos	estudados.
• Convulsões:	a	incidência	de	crises	convulsivas	é	de	aproximadamente	
5%	 em	 pacientes	 em	 diálise	 tratados	 com	 Eritropoetina	 Humana	
Recombinante.	 Ainda	 que	 este	 número	 seja	 realmente	 baixo,	 parece	
haver	 uma	 tendência	 ao	 incremento	 do	 risco	 de	 convulsões	 nos	
primeiros	90	dias	do	tratamento.
Monografia do Produto
1� Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
• Eventos Trombóticos:	 durante	 a	 hemodiálise,	 os	 pacientes	 em	
tratamento	 com	 a	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 podem	
requerer	 um	 incremento	 de	 anticoagulantes	 caso	 haja	 evidências	 de	
aumento	de	coagulação	no	dialisador.
Não	foi	encontrada	uma	relação	estatisticamente	significativa	entre	
o	 incremento	 do	 hematócrito	 e	 a	 incidência	 de	 eventos	 trombóticos	
(incluindo	 trombose	 de	 acesso	 vascular).	 Nos	 ensaios	 clínicos,	 a	
incidência	anual	de	trombo	de	acesso	vascular	foi	de	0,25	por	paciente	
por	 ano,	 incidência	 esta	 que	 não	 é	maior	 do	 que	 nos	 pacientes	 não	
tratados	que	foram	submetidos	a	tratamento	dialítico.
Eventos	sérios	de	tromboembolismo	foram	relatados	muito	raramente,	
incluindo	tromboflebite	migratória,	trombose	microvascular,	embolia	
pulmonar	e	trombose	da	artéria	da	retina.	Em	geral,	a	freqüência	tem	
sido	de	1	evento	por	10.000	pacientes	por	ano.
Pacientes com AIDS em Tratamento com Zidovudina
Os	eventos	adversos	relatados	em	ensaios	clínicos	com	o	produto,	em	
pacientes	com	AIDS	tratados	com	zidovudina,	estavam	relacionados	ao	
avanço	da	doença.	Foi	registrada	uma	incidência	de	eventos	adversos	
igual	 ou	 superior	 a	 10%	 e	 não	 houve	 diferença	 significativa	 entre	 os	
grupos	de	pacientes	tratados	com	o	produto	e	os	tratados	com	placebo.	
Os	eventos	registrados	foram:	febre,	cefaléia,	tosse,	diarréia,	exantema,	
congestão	nasal,	náuseas,	dispnéia,	astenia	e	tonturas.
O	 tratamento	 com	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 não	 foi	
associado	ao	incremento	da	incidência	de	infecções	oportunistas	nem	de	
mortalidade.	A	incidência	de	convulsões	neste	grupo	de	pacientes	está	
relacionada	a	patologias	subjacentes,	tais	como	meningite	ou	neoplasias	
cerebrais,	e	não	ao	tratamento	com	o	produto.
Pacientes com Câncer em Tratamento com Quimioterapia
Os	 efeitos	 adversos	 relatados	 em	 pacientes	 com	 câncer,	 tratados	
com	 o	 produto,	 correspondem	 ao	 estágio	 da	 doença	 de	 base.	 Os	
eventos	 relatados	 neste	 grupo	 de	 pacientes	 foram:	 febre,	 diarréias,	
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1�Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
vômitos,	edema,	astenia,	fadiga,	dispnéia,	parestesias,	infecções	do	trato	
respiratório	superior	e	tonturas.	A	incidência	relatada	foi	superior	a	10%	
e,	ainda	que	tenham	sido	observadas	algumas	diferenças	significativas	
entre	 os	 grupos	 tratados	 e	 os	 controles,	 considera-se	 que	 o	 perfil	 de	
segurança	 do	 produto	 é	 consistente	 com	 o	 processo	 de	 uma	 doença	
neoplásica	avançada.
Não	 foram	 relatadas	 reações	 alérgicas	 nem	 anafiláticas	 durante	 a	
administração	da	Eritropoetina	Humana	Recombinante.
9. Superdosagem
Não	foi	determinada	a	quantidade	máxima	de	Eritropoetina	Humana	
Recombinante	que	pode	ser	administrada	em	dose	simples	ou	múltipla.	
Foram	 administradas	 doses	 superiores	 a	 1.500	 UI/kg	 três	 vezes	 por	
semana.	Este	 tratamento	pode	produzir	policitemia	 se	o	hematócrito	
não	for	monitorado	cuidadosamente	e	as	doses	não	forem	ajustadas.
10. Informações Complementares
Forma Farmacêutica e Apresentações
Eritropoetina	Humana	Recombinante	2.000	UI,	solução	injetável					
Embalagem	com	10	frascos	(contendo	1	ml	cada)
Eritropoetina	Humana	Recombinante	4.000	UI,	solução	injetável
Embalagem	com	10	frascos	(contendo	1	ml	cada)
Eritropoetina	 Humana	 Recombinante	 pode	 ser	 administrada	 por	
injeção	subcutânea	ou	intravenosa.
Uso Pediátrico e Adulto
Composição:	cada	ampola	de	1	ml	contém	2.000	UI	ou	4.000	UI	de	
eritropoetina	humana	recombinante;	2,5	mg	de	albumina	humana;	5,8	
mg	de	citrato	de	sódio;	5,8	mg	de	cloreto	de	sódio;	0,069	de	ácido	cítrico	
e	0,22	mg	de	polissorbato	20	em	água	para	injeção	(USP	XXIII).
Monografia do Produto
�0 Bio-Manguinhos / Fundação Oswaldo Cruz
Condições de Armazenamento
	
Armazenar	 entre	 2º	 e	 8º	 C	 ao	 abrigo	 da	 luz.	 Não	 congelar	 nem	
agitar.
Prazo de Validade
Desde	 que	 observados	 os	 devidos	 cuidados	 de	 conservação,		
o	 prazo	 de	 validade	 da	 Eritropoetina	 Humana	 Recombinante		
é	de	24	meses	a	partir	da	data	de	fabricação.
DISPENSAÇÃO	SOB	PRESCRIÇÃO	MÉDICA
PROIBIDA	A	VENDA	AO	COMÉRCIO
Registro	no	M.S.	nº	1.0163.0110
Responsável	Técnico:
Maria	da	Luz	F.	Leal	CRF/RJ	nº	3726
Fabricado	por:
Centro	de	Inmunologia	Molecular	-	CIM
La	Habana	-	Cuba
Calle	216,esq.	a	15,	Siboney,	Playa
Ciudad	de	La	Habana	-	Cuba
Importado,	rotulado	e	embalado	por:
Instituto	de	Tecnologia	em	Imunobiológicos	/	Bio-Manguinhos	/	FIOCRUZ
Av.	Brasil,	4365	-	Manguinhos
Rio	de	Janeiro	-	RJ	-	CEP	21040-900	
CNPJ	33781.055/0015-30
Indústria	Brasileira
				
Lote,	fabricação	e	validade:	vide	cartucho
SAC	-	Serviço	de	Atendimento	ao	Consumidor
			0800	21	0310
			sac@bio.fiocruz.br
Assessoria de Comunicação (ASCOM) de Bio-Manguinhos
Av. Brasil, 4365 - Pavilhão Lima - Manguinhos
Rio de Janeiro - RJ - CEP 21040-900
Tel. (21) 3882 9393 / Fax (21) 2260 4727
www.bio.fiocruz.br
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