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Aula 04 DOS SUJEITOS DO PROCESSO: (JUIZ, MP, ACUSADO, DEFENSOR, ASSISTENTES, FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA, PERITOS E INTÉRPRETES).

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Aula 04
Noções de Direito Processual Penal p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas)
Professor: Renan Araujo
 
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AULA 04: DOS SUJEITOS DO PROCESSO: (JUIZ, 
MP, ACUSADO, DEFENSOR, ASSISTENTES, 
FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA, PERITOS E 
INTÉRPRETES). 
 
SUMÁRIO 
1. SUJEITOS PROCESSUAIS ............................................................................. 2 
1.1. Conceito e espécies .................................................................................. 2 
1.2. Do Juiz ................................................................................................... 2 
1.3. Do Ministério Público ................................................................................. 5 
1.4. Do acusado ............................................................................................. 6 
1.5. Do defensor do acusado ............................................................................ 8 
1.6. Do assistente de acusação ....................................................................... 11 
1.7. Dos auxiliares da Justiça ......................................................................... 13 
2. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 14 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 20 
4. GABARITO ................................................................................................. 34 
 
 
Olá, meus amigos! 
 
Hoje vamos estudar os sujeitos do Processo, que são aqueles que, 
de uma forma ou de outra, atuam no processo penal. 
 
 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
 
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1. SUJEITOS PROCESSUAIS 
 
1.1. Conceito e espécies 
Sujeitos do processo são as pessoas que atuam, de maneira 
obrigatória ou não, no processo criminal. Podem ser: 
• Sujeitos essenciais – Casos devam, necessariamente, fazer 
parte do processo criminal. São apenas três: Juiz, acusador 
(MP ou querelante) e acusado (ou querelado), bem como o 
defensor deste; 
• Sujeitos acessórios (não essenciais) – São aqueles que não 
necessariamente atuaram no processo, agindo somente em 
alguns casos. Exemplo: Assistente de acusação. 
 
Sujeito do processo não é necessariamente aquele que integra 
a relação processual. Sujeito do processo é toda pessoa que pratica ato 
no processo. A relação processual, por sua vez, é composta pelos sujeitos 
que possuem interesse no processo (Juiz, acusador, acusado e assistente, 
que faz parte da acusação). Pode ocorrer de um sujeito não possuir 
nenhum interesse na causa (perito, por exemplo). O interesse do Juiz se 
constitui na prestação da tutela Jurisdicional em nome do Estado. 
Os sujeitos do processo estão regulamentados nos arts. 251 a 281 do 
CPP. Vamos estudá-los individualmente. 
 
1.2. Do Juiz 
O sujeito processual, na verdade, é o Estado-Juiz, que atua no 
processo através de um órgão jurisdicional, que é o Juiz criminal. 
O Juiz criminal possui alguns poderes: 
a) Poder de polícia administrativa – Exercido no curso do 
processo, com a finalidade de garantir a ordem dos trabalhos e a 
disciplina. Ao contrário do que a nomenclatura possa transparecer, não 
está relacionada à força policial, mas ao conceito administrativo de poder 
de polícia (limitação ou regulamentação das liberdades individuais). Está 
previsto no art. 251 do CPP, dentre outros: 
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a 
ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força 
pública. 
 
b) Poder Jurisdicional – Relativo à condução do processo, no que 
toca à atividade-fim da Jurisdição (instrução, decisões interlocutórias, 
prolação da sentença, execução das decisões tomadas, etc.). Dividem-se 
em: b.1) Poderes-meio (atos cuja prática é atingir uma outra finalidade 
– a prestação da efetiva tutela jurisdicional), que se dividem em atos 
ordinatórios e instrutórios; b.2) Poderes-fins (que são relacionados à 
 
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prestação da efetiva tutela jurisdicional e seu cumprimento), dividindo-se 
em atos decisórios (dizem o direito, condenando, absolvendo, etc.) e atos 
executórios (colocam em prática o que foi decidido); 
Existem determinadas hipóteses nas quais o Juiz não pode atuar, 
pelo fato de se considerar prejudicada a sua condição de 
imparcialidade. São as hipóteses de impedimento ou suspeição. 
As hipóteses de impedimento estão previstas no art. 252 do CPP, 
e são consideradas como ensejadoras de incapacidade absoluta para 
atuar no processo: 
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: 
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, 
órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; 
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido 
como testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato 
ou de direito, sobre a questão; 
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha 
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente 
interessado no feito. 
 
Nestas hipóteses o CPP estabelece uma presunção absoluta (jure 
et de jure) de que o Juiz seria parcial, violando um dos deveres da 
Jurisdição, que é a imparcialidade. 
Este rol é considerado um rol taxativo (numerus clausus), não 
admitindo interpretação extensiva, portanto. 
Ocorrendo uma dessas hipóteses, o Juiz tem o dever de se declarar 
impedido, não podendo atuar no processo. Se não o fizer, qualquer das 
partes poderá arguir seu impedimento, nos termos do art. 112 do CPP. 
Se, por acaso, se tratar de processo nos Tribunais, nos quais o 
julgamento se dá através de órgãos colegiados (mais de um Juiz), o art. 
253 estabelece que: 
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os 
juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive. 
 
CUIDADO! Parte da Doutrina entende que este art. 253 se refere a uma 
incompatibilidade (e não impedimento ou suspeição). As 
incompatibilidades seriam situações de impossibilidade de atuação em 
razão de fatos que geram graves hipóteses de inconveniência na atuação 
do magistrado, mas que não estejam previstas como impedimento ou 
suspeição.1 
1 Outra parcela da Doutrina simplesmente se refere a este art. 253 como mais uma 
hipótese de impedimento. Ver, por todos: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de 
processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 490. 
 
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A suspeição, por sua vez, é considerada uma incapacidade 
subjetiva do Juiz, que pode ou não se declarar suspeito (vejam a 
diferença!). Caso o Juiz não se declare suspeito, as partes poderão 
entender que está prejudicada sua imparcialidade e arguir a 
suspeição, nos termos do mesmo art. 112 do CPP. As hipóteses de 
suspeiçãoestão previstas no art. 254 do CPP: 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado 
por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a 
processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro 
grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser 
julgado por qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no 
processo. 
 
Entretanto, o CPP traz uma regra curiosa em seu art. 256: Se a 
parte, de alguma forma, der causa, de maneira proposital à situação de 
suspeição, esta não poderá ser declarada nem reconhecida: 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a 
parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
EXEMPLO: Imaginem que Fulano está sendo julgado pelo crime de 
estupro por uma Juíza extremamente rigorosa. Entretanto, fulano sabe 
que o outro Juiz criminal da comarca não é tão rigoroso. Assim, fulano 
cria, propositalmente, uma rixa pessoal com a Juíza, de forma a arguir, 
posteriormente, sua suspeição, com base no art. 254, I do CPP, afim de 
que o processo seja remetido para julgamento ao outro Juiz. 
Nessa hipótese, o CPP veda o reconhecimento ou declaração da 
suspeição. 
 
A suspeição ou o impedimento em decorrência de parentesco por 
afinidade (parentesco que não é de sangue) cessa com a dissolução do 
casamento que fez surgir o parentesco. Esta é a regra. No entanto, 
existem duas exceções: 
No mesmo sentido, Eugênio Pacelli entende que este art. 253 se refere a uma causa de 
IMPEDIMENTO. As incompatibilidades, para o autor, referem-se apenas àquelas 
situações em que não há previsão legal expressa aplicável ao caso, mas nas quais há 
inconveniência da atuação do Juiz (ex.: hipótese em que o Juiz se declara suspeito para 
atuar no caso, por razões de foro íntimo). PACELLI, Eugênio. Curso de processo penal. 
16º edição. Ed. Atlas. São Paulo, 2012, p. 444/445 
 
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a) Se do casamento resultar filhos, o impedimento ou suspeição 
não se extingue em hipótese nenhuma; 
b) Havendo ou não filhos da relação, o impedimento ou suspeição 
permanece em relação a sogros, genros, cunhados, padrasto e 
enteado (e os correspondentes femininos, é claro)2; 
Mas e se o Juiz suspeito ou impedido continuar atuando no 
processo, como se nada tivesse acontecido? Haverá um vício 
processual. Esse vício irá variar conforme o caso (suspeição ou 
impedimento. Se o Juiz for impedido, a Doutrina entende que o ato 
é inexistente, pelo fato de que o Juiz está impedido de exercer a 
Jurisdição naquele caso, ou seja, os atos foram praticados por Juiz sem 
Jurisdição. No caso de Juiz suspeito, a Doutrina se divide. Parte 
entende que se trata de nulidade absoluta e outra parte entende 
que é causa de nulidade relativa, que é o que vem prevalecendo, 
inclusive no STJ. 
Os institutos (inexistência jurídica e nulidade absoluta) são 
parecidos, mas possuem efeitos bem diferentes. No caso de inexistência, 
o ato simplesmente não existe, é um “nada jurídico”. No caso de nulidade 
absoluta o ato existe, sendo apenas viciado pela nulidade. Os efeitos que 
decorrem são graves. No caso de inexistência, como o ato não existe, 
uma sentença proferida, por exemplo, sequer é considerada sentença, 
sendo desconsiderada. Já no caso de uma sentença nula, ela existe e 
produzirá efeitos caso a nulidade não seja arguida. 
Assim, se um réu é absolvido por um Juiz suspeito, e a decisão 
transita em julgado, “já era”, o acusado não poderá ser julgado 
novamente. Entretanto, se o Juiz fosse impedido, simplesmente o 
processo seria retomado em seu andamento, pois a sentença proferida 
NÃO EXISTE. 
Por fim, o art. 274, que trata dos funcionários da Justiça, 
estabelece que a eles se aplicam as prescrições do CPP no que se refere 
às hipóteses de suspeição do Juiz: 
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos 
serventuários e funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável. 
 
1.3. Do Ministério Público 
O MP é o órgão responsável por desempenhar as funções do 
Estado-acusador no processo. É Instituição permanente, essencial à 
Justiça e com previsão no art. 127 da Constituição da República. 
O MP é o responsável por ajuizar a ação penal pública 
(condicionada e incondicionada), bem como fiscalizar o cumprimento da 
lei na ação penal privada e também na ação penal pública! 
O MP é rotulado pela Doutrina majoritária como “parte imparcial” 
(esquizofrênico isso...), pois sua função não é ver o acusado ser 
∗ NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 495 
 
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condenado, mas promover a Justiça (daí o nome: Promotor de Justiça), 
fazendo com que a verdade surja e o acusado seja culpado, se for o caso. 
Tanto é assim que o MP pode, inclusive, pedir a absolvição do acusado 
quando, no decorrer do processo, entender que a denúncia foi um 
equívoco e que não ficou provada sua culpa. Nos termos do art. 385 do 
CPP: 
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença 
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela 
absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido 
alegada. 
Ao membro do MP se aplicam, no que for cabível, as mesmas 
hipóteses de suspeição e impedimento previstas para os Juízes. 
Além disso, o membro do MP não pode atuar em processo que o Juiz ou 
qualquer das partes for seu parente, nos termos estabelecidos pelo art. 
258 do CPP: 
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em 
que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se 
estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e 
aos impedimentos dos juízes. 
 
Vale ressaltar que o simples fato de o membro do MP ter participado 
da fase investigatória não é causa de impedimento ou suspeição 
(verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ). 
 
 
1.4. Do acusado 
O acusado é aquele que figura no polo passivo do processo 
criminal, ou seja, a pessoa a quem se imputa a prática de uma infração 
penal. Nem todas as pessoas, no entanto, podem figurar no polo 
passivo de um processo criminal: 
a) Entes que não possuem capacidade para serem sujeitos de 
direito. Ex.: mortos; 
b) Menores de 18 anos – É hipótese de inimputabilidade que gera a 
ilegitimidade da parte, em razão da disposição expressa na Lei no sentido 
de que os menores de 18 anos respondam por seus atos infracionais 
perante o ECA; 
c) Pessoas detentoras de imunidade diplomática; 
d) Pessoas que possuam imunidade parlamentar. Ex: Deputados, 
Senadores, etc. (Essa espécie é discutível, pois em alguns casos eles 
podem ser sujeitos passivos do processo criminal); 
As pessoas jurídicas podem ser sujeitos passivos no processo 
criminal, pois a Constituição previu a possibilidade de se imputar à 
 
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pessoajurídica a prática de crimes (art. 225, § 3° da CRFB/88). O 
STF corrobora este entendimento.3 
Quanto aos inimputáveis em decorrência de doença mental, 
desenvolvimento mental incompleto e embriaguez total decorrente de 
caso fortuito ou força maior, nada impede que integrem o polo passivo do 
processo, pois, ao final, eles serão absolvido, sendo-lhes aplicada medida 
de segurança (salvo no caso da embriaguez). Entretanto, devem se 
submeter ao processo criminal. 
A identificação do acusado deve ser feita da forma mais ampla 
possível. No entanto, a impossibilidade de identificação do acusado por 
seu nome civil não impede o prosseguimento da ação, nos termos do art. 
259 do CPP: 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro 
nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a 
identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou 
da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a 
retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos 
precedentes. 
O CPP prevê, ainda, que o acusado deverá comparecer a todos os 
atos do processo para o qual for intimado e, caso não compareça a algum 
ato que não possa ser realizado sem ele, o Juiz poderá determinar sua 
condução à força: 
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, 
reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, 
a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os 
requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável. 
 
Embora o art. 260 diga “autoridade”, sem distinguir autoridade 
policial e autoridade judiciária, a Doutrina entende que esse poder 
está restrito ao Juiz, pois o CPP fala em acusado, o que dá a 
entender que esta norma se aplica somente àquele que já está 
sendo processado judicialmente. Caso o Delegado necessite da 
presença do indiciado (no IP) em algum ato, deverá solicitar ao Juiz que 
determine a condução do indiciado. 
A Doutrina diverge, ainda quanto à extensão desta norma. Parte da 
Doutrina entende (e o STJ também) que a condução do acusado à força 
só é possível nos casos de recusa ao comparecimento a ato processual 
cuja presença deste seja indispensável. Outra parcela entende que o art. 
260 viola o princípio da vedação à autoincriminação e, portanto, o 
acusado não poderia ser conduzido à força.4 
O acusado possui, ainda, direitos, previstos na Constituição e na 
Legislação infraconstitucional, dentre eles: 
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Ε NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 500 
 
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a) Não produzir prova contra si mesmo (Nemo tenetur se 
detegere) – Previsto no art. 5°, LXIII da Constituição e art. 186 do CPP 
(que tratam do direito ao silêncio, um dos corolários mais clássicos desse 
princípio); 
b) Direito de ser processado e sentenciado pela autoridade 
competente – Consubstancia-se no princípio do Juiz Natural, e está 
previsto no art. 5°, LIII da Constituição; 
c) Direito ao contraditório e à ampla defesa – Direito de 
contradizer tudo o que for dito pela acusação e se manifestar sempre 
após esta. Trata-se de princípio constitucional previsto no art. 5°, LV da 
Constituição; 
d) Direito à entrevista prévia e reservada com seu defensor – 
Direito que decorre do princípio da ampla defesa, e está materializado no 
art. 185, § 2° do CPP. 
Muitos outros existem, previstos tanto na Constituição quanto no 
CPP. 
O CPP prevê, também, que se o acusado for menor de idade, não 
poderá figurar no polo passivo do processo sem que lhe seja nomeado um 
curador: 
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador. 
CUIDADO! Quando o art. 262 se refere ao acusado “menor” não está se 
referindo à menoridade penal (nesse caso nem poderia ser acusado!), 
mas à menoridade CIVIL. Durante muito tempo a maioridade civil era 
atingida somente aos vinte e um anos, enquanto a maioridade penal era 
atingida antes, aos 18 anos. Assim, o acusado que tinha entre 18 e 
21 anos, embora PENALMENTE MAIOR, não possuía maioridade 
civil, sendo, para estes efeitos, menor. 
É com relação a este acusado (Que tinha mais de 18 e menos de 21 
anos) que se aplicava o art. 262. 
Atualmente, a maioridade civil também se atinge aos 18 
anos, ou seja, não há possibilidade de haver um acusado que seja 
civilmente menor. Portanto, este artigo está temporariamente sem 
aplicação. Contudo, nada impede que futuramente a maioridade civil e a 
maioridade penal voltem a ser alcançadas em idades diferentes. 
 
1.5. Do defensor do acusado 
A presença do defensor no processo criminal é obrigatória5, e 
decorre do princípio da ampla defesa, previsto no art. 5°, LV da 
Constituição. O defensor (advogado ou Defensor Público) é quem realiza a 
chamada defesa técnica (a defesa prestada por profissional habilitado). 
Sua presença obrigatória está prevista, ainda, no art. 261 do CPP: 
Φ PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 468 
 
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Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado 
ou julgado sem defensor. 
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou 
dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. >Γ&<42;(8
6)4∋ Η)% &Ι ϑΚ∆ΛΜ∗3 () ϑΙ∆ϑ∗∆∗ΚΚ+? 
 
Vejam que o § único trata da chamada “Defesa técnica eficiente”, o 
que obriga o Defensor Público ou defensor dativo a prestar a defesa 
técnica de maneira eficiente, e não apenas protocolar. Isso se dá não em 
razão de preconceito técnico da Lei para com defensores dativos e 
Defensores Públicos, mas em razão de que estes não foram nomeados 
pelo acusado e não estão sendo pagos por este, o que poderia gerar certa 
displicência. 
ATENÇÃO! O STF editou o verbete nº 523 de sua súmula de 
jurisprudência, no seguinte sentido: 
SÚMULA 523 
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE 
ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE 
PREJUÍZO PARA O RÉU. 
A Doutrina entende que esta disposição se aplica tanto à defesa realizada 
pelo defensor nomeado quanto a realizada pelo defensor constituído pelo 
próprio acusado. 
Isso implica dizer que o Judiciário pode reconhecer a deficiência da 
defesa técnica, ex officio. Isso porque seria pouco razoável exigir que a 
alegação de deficiência da defesa partisse do próprio defensor.6 
 
Caso o acusado não possua defensor, o Juiz nomeará um para 
que o defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva 
constituir advogado de sua confiança ou defender-se a si próprio 
(caso possua habilitação para isso), poderá destituir o defensor 
nomeado pelo Juiz, A QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do 
CPP: 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, 
ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou 
a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. 
O § único deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a 
quem for nomeado defensor, não for pobre, será obrigado a pagar os 
honorários do defensor dativo que lhe for nomeado. Em se tratando de 
Defensor Público, embora estes não possam receber honorários, a lei 
permite (LC n° 80/94) o recebimento de honorários pela Instituição 
Defensoria Pública, em conta própria.Nos termos do art. 263, § único: 
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os 
honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
 
Ν PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 470/471 
 
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A nomeação do defensor dativo não pode ser por este recusada, 
salvo no caso de motivo relevante. Também não poderá o defensor 
abandonar o processo senão por motivo de força maior (imperioso 
motivo), hipótese na qual deverá comunicar PREVIAMENTE o Juiz: 
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão 
obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu 
patrocínio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz. 
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo 
imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 
100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
E se o defensor não comparecer à audiência? Os §§ 1° e 2° do 
art. 265 do CPP determinam que o defensor que não puder comparecer à 
audiência, deverá informar este fato ao Juiz, justificando a ausência, 
hipótese na qual a audiência poderá ser adiada . Se o defensor não 
justifica a impossibilidade de comparecimento, o Juiz não adiará o ato, 
devendo constituir outro defensor para o acusado, ainda que só para a 
realização daquele ato processual7: 
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não 
puder comparecer. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. 
Não o fazendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do 
processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou 
só para o efeito do ato. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
O art. 266 do CPP, por sua vez, determina que a constituição de 
defensor independe de mandato, quando o acusado o indicar no 
interrogatório. Trata-se da chamada procuração apud acta: 
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, 
se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório. 
 
Por fim, o defensor se encontra impedido de atuar nos processos em 
que atue Juiz que seja seu parente: 
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como defensores os 
parentes do juiz. 
Este parentesco restringe-se às hipóteses previstas no art. 252, I do 
CPP. Além disso, pode acontecer de o defensor já estar atuando no caso 
quando um Juiz, parente seu, assume o caso. Nessa hipótese, quem está 
impedido não é o defensor, mas o Juiz. 
CUIDADO! Estará impedido quem entrar por último no processo, 
permanecendo quem já está atuando. 
 
7 O STJ corrobora este entendimento (HC 228.280/BA, Rel. Ministro JORGE MUSSI, 
QUINTA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 25/03/2014) 
 
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1.6. Do assistente de acusação 
O ofendido, seu representante legal, ou qualquer das pessoas 
mencionadas no art. 31 do CPP (cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão) poderão atuar como assistentes da acusação nas ações 
penais públicas (condicionadas e incondicionadas). Nos termos do art. 
268 do CPP: 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 
A intervenção de qualquer destas pessoas como assistente da 
acusação pode se dar a qualquer momento, ATÉ O TRÂNSITO EM 
JULGADO DA SENTENÇA: 
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
 
Entretanto, a admissão do assistente depende da análise de dois 
fatores pelo Juiz: 
a) Tratar-se o requerente de um dos legitimados para figurar 
como assistente. 
b) Estar o requerente assistido por advogado ou Defensor 
Público. 
 
Além disso, a admissão do assistente de acusação depende, 
sempre da oitiva prévia do membro do MP, não cabendo recurso 
contra a decisão que negar ou deferir a habilitação do assistente: 
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do 
assistente. 
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, 
devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. 
O ofendido, aqui, não atua como autor do processo (o autor é o MP), 
mas como assistente do MP. Assim, duas podem ser as situações do 
ofendido no processo criminal: 
a) Atua como querelante – Nas ações penais privadas exclusivas 
e na subsidiária da púbica, o ofendido atua como autor do processo. 
b) Atua como assistente – Nas ações penais públicas que 
efetivamente tiverem sido ajuizadas pelo MP. 
 
O CPP, em seu art. 270, proíbe que o corréu (aquele que também é 
acusado) no mesmo processo atue como assistente da acusação. 
 
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Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente 
do Ministério Público. 
EXEMPLO: Imagine a hipótese em que duas pessoas tentaram cometer 
homicídio uma contra a outra simultaneamente. Sendo julgadas no 
mesmo processo, ambas como rés (é claro), não pode uma pretender ser 
assistente de acusação do MP (com vistas à condenação do outro 
acusado). 
 
O STF e o STJ, no entanto, entendem que o corréu, embora 
não possa se habilitar no processo como assistente de acusação, 
pode recorrer (apelar) para reformar a sentença que absolve o 
outro corréu.8 
O assistente de acusação poderá atuar de inúmeras maneiras, 
propondo provas, participando dos debates, orais, etc.. No entanto, as 
provas requeridas pelo assistente da acusação serão deferidas a critério 
do Juiz, após ser ouvido o MP. Nos termos do 271 e seu § 1° do CPP: 
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer 
perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do 
debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por 
ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598. 
§ 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das 
provas propostas pelo assistente. 
 
A lista de atos que o assistente pode praticar, estabelecida no 
art. 271 do CPP, é considerada pela maioria da Doutrina e da 
Jurisprudência como um rol taxativo, ou seja, somente podem ser 
praticados aqueles atos, e não outros que não estejam na lista. 
Embora não conste na lista de atos permitidos ao assistente, a 
Doutrina e a Jurisprudência admitem, no entanto, a legitimidade 
do assistente para recorrer em três hipóteses: 
1) Apelar da sentença (art. 593).9 
2) Apelar da sentença de impronúncia, nos processos do Tribunal do 
Júri (art. 416 do CPP). 
3) Apelar da sentença que julga extinta a punibilidade. 
 
Esta legitimidade é conferida ao assistente não pela sua 
qualidade de assistente, mas por ser permitido ao ofendido 
recorrer nestes casos, ainda que não tenha se habilitado como 
assistente. ☺ 
8 No mesmo sentido, a Doutrina. Por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 511 
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O assistente será intimado para todos os atos processuais. 
Entretanto, se devidamente intimado o assistente não comparecer, de 
maneira injustificada, a qualquer ato de instrução ou julgamento, o 
processo irá prosseguir sem que o assistente seja intimado novamente: 
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do 
assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos 
da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente 
comprovado. 
Recentemente, com as alterações promovidas pela lei 
12.403/11, foi conferida ao assistente de acusação a possibilidade de 
requerer a prisão preventiva do acusado! 
 
1.7. Dos auxiliares da Justiça 
Os peritos e intérpretes não possuem interesse na causa (não 
acusam, não julgam, não são acusados), mas contribuem para que a 
tutela jurisdicional seja efetivamente prestada. Estão regulamentados nos 
arts. 275 a 281 do CPP. 
O CPP regulamenta a atividade dos peritos, e equipara a estes, os 
intérpretes. Nos termos do art. 281 do CPP: 
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
Os peritos também podem ser suspeitos, de forma a não poder atuar 
no processo. Isso acontece porque o perito TAMBÉM DEVE SER 
IMPARCIAL. Nos termos do art. 280 do CPP: 
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre 
suspeição dos juízes. 
Além disso, o art. 279 do CPP traz três vedações ao exercício da 
função de perito: 
Art. 279. Não poderão ser peritos: 
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV 
do art. 69 do Código Penal; 
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado 
anteriormente sobre o objeto da perícia; 
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Entretanto, o inciso III deve ser analisado à luz do Código Civil de 
2002, que alterou a maioridade civil para 18 anos (quando da publicação 
do CPP, a maioridade civil era de 21 anos). Assim, atualmente a 
vedação em razão da idade se dá somente para os menores de 18 
anos. 
Quanto ao inciso I, ele se refere ao art. 69, I a IV do CP. No entanto, 
essa referência se dá ao texto original do CP. Atualmente vigora, na parte 
geral do CP, a redação conferida pela Lei 7.209/84, que revogou este art. 
69 do CP, conferindo a ele outra redação, que não guarda qualquer 
pertinência com essa vedação. Assim, entende-se que esse inciso I 
perdeu vigência. 
 
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O inciso II trata de uma hipótese de impedimento, pois no caso de o 
perito ter prestado depoimento anteriormente no processo ou ter nele 
opinada, nitidamente há prejuízo à sua imparcialidade. 
A nomeação do perito é ato privativo do Juiz (óbvio, dada a sua 
imparcialidade), não cabendo às partes intervirem nesse ato. Além disso, 
o perito nomeado não poderá recusar o encargo, salvo se provar 
motivo relevante para isso, sob pena de multa: 
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. 
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o 
encargo, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa 
atendível. 
Poderá ser multado, ainda, o perito que, sem justa causa, faltar com 
suas obrigações de auxiliar da Justiça. Estas obrigações estão previstas 
no art. 277, § único do CPP: 
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, 
provada imediatamente: 
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos 
estabelecidos. 
No caso de o descumprimento da obrigação ser o não 
comparecimento a algum ato para o qual tenha sido intimado, poderá o 
perito ser conduzido à força, à semelhança do que ocorre com o 
acusado. Nos termos do art. 278 do CPP: 
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a 
autoridade poderá determinar a sua condução. 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
 
 
2. EXERCÍCIOS DA AULA 
 
01 - (CESPE – 2002 – CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) 
Lauro está sendo acusado, em juízo, por crime que deixou vestígios, 
havendo a polícia arrecadado os objetos que compõem o corpo de delito.!
De acordo com a legislação pertinente ao caso descrito no texto, julgue o 
item subseqüente. 
Se Lauro, comprovadamente, possuir elevada renda e, ainda assim, 
recusar-se a contratar advogado por não ter interesse em defender-se da 
acusação, o juiz não deverá nomear-lhe defensor, mas decretar a sua 
revelia. 
 
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02 - (CESPE – 2002 – CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) 
Lauro está sendo acusado, em juízo, por crime que deixou vestígios, 
havendo a polícia arrecadado os objetos que compõem o corpo de delito.!
De acordo com a legislação pertinente ao caso descrito no texto, julgue o 
item subsequente. 
Se a vítima habilitar-se como assistente do Ministério Público, não será 
óbice à sua habilitação o fato de o processo já estar em grau de recurso. 
 
03 - (CESPE – 2012 – TJ/PI – JUIZ) 
Em relação aos sujeitos processuais, assinale a opção correta. 
a) O juiz deve dar-se por suspeito se possuir parente consanguíneo, na 
linha colateral até o terceiro grau, que esteja respondendo a processo por 
fato análogo sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. 
b) O membro do MP possui legitimidade para proceder, diretamente, à 
colheita de elementos de convicção para subsidiar a propositura de ação 
penal, incluindo-se a presidência de inquérito policial. 
c) Mesmo após a vigência do novo Código Civil, faz-se necessária a 
nomeação de curador especial para acusado com idade entre dezoito e 
vinte e um anos, em respeito ao princípio da especialidade, porquanto tal 
exigência não foi suprimida do CPP. 
d) Se o advogado do réu for devidamente intimado, por meio da imprensa 
oficial, para a sessão de julgamento da apelação, na hipótese de 
adiamento, a intimação da nova data da sessão deverá ser feita 
pessoalmente. 
e) O assistente de acusação possui legitimidade para interpor apelação 
contra sentença absolutória, caso o MP se quede inerte após regular 
intimação. 
 
04 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ) 
A respeito das normas aplicadas ao MP, ao acusado e ao defensor e do 
disposto nas normas procedimentais aplicáveis aos processos que 
tramitam perante o STJ e o STF, de acordo com o entendimento dos 
tribunais superiores, assinale a opção correta. 
a) Considere que o réu constitua advogado que, devidamente intimado, 
não compareça à audiência de inquirição das testemunhas arroladas 
exclusivamente pela defesa nem apresente motivação justificada de sua 
ausência. Nessa situação, realizada a audiência na presença de advogado 
ad hoc, ocorrerá nulidade processual ante à ofensa dos interesses do 
acusado. 
b) A lei não permite que as intimações dos processos que tramitam 
perante o STJ e STF sejam feitas por carta registrada. 
 
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c) No processo penal, os prazos são contados a partir da juntada do 
mandado de intimação aos autos. 
d) O oferecimento de contrarrazões a recurso interposto contra a rejeição 
da denúncia, por meio de defensor dativo, ante a não intimaçãodo 
denunciado para oferecê-la, não implica ofensa a direito do acusado. 
e) Os órgãos do MP sujeitam-se às mesmas prescrições relativas à 
suspeição dos juízes, no que lhes for aplicável, implicando a sua 
inobservância nulidade relativa. 
 
05 - (CESPE – 2013 – TJDFT – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Caso, em seu interrogatório, o acusado afirme que sua defesa será 
patrocinada por advogado particular, não haverá necessidade de o 
defensor apresentar o instrumento de mandato. 
 
06 - (CESPE – 2013 – TJDFT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O assistente de acusação poderá intervir na ação penal pública em 
qualquer tempo, desde que não haja trânsito em julgado da sentença. 
 
07 - (CESPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) 
Nos termos da legislação processual penal vigente, admite-se, no curso 
regular da persecução penal, na fase pré-processual, em feito de ação 
penal privada, a possibilidade de habilitar-se como assistente de acusação 
a companheira do ofendido. Pode esta, por intermédio do advogado 
regularmente constituído, caso não possua capacidade postulatória, valer-
se das garantias estabelecidas pela lei quanto à prova técnica pericial e 
apresentar assistente técnico, na sobredita fase, a fim de acompanhar a 
elaboração de exame pericial de alta complexidade que abranja mais de 
uma área de conhecimento especializado, oferecendo, desde logo, 
quesitos a serem respondidos pelo perito e pelo assistente técnico. 
 
08 - (CESPE – 2008 – MPE/RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
O ofendido ou seu representante legal poderão oficiar como assistentes 
de acusação, podendo propor meios de prova, apresentar perguntas às 
testemunhas, participar dos debates orais e arrazoar os recursos 
apresentados pelo Ministério Público. Poderão, ainda, interpor recursos, 
mas, nesse caso, será imprescindível demonstrar que promoveram sua 
habilitação como assistentes antes de ser proferida a sentença. 
 
09 - (CESPE – 2009 – DPE-ES – DEFENSOR PÚBLICO) 
Ainda que o acusado indique seu defensor por ocasião de seu 
interrogatório, a constituição regular desse defensor depende do 
 
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instrumento de mandato, que, nessa situação, deve ser juntado aos autos 
no prazo de cinco dias, se outro prazo não for fixado pelo juiz. 
 
10 - (CESPE – 2013 – SERPRO - ANALISTA) 
A legislação brasileira adota o sistema de escolha do perito pelo próprio 
juiz. 
 
11 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS) 
São extensivas aos peritos as disposições referentes a suspeição dos 
juízes, como, por exemplo, a hipótese de o perito ser filho da vítima. Por 
outro lado, o perito, mesmo não sendo testemunha, poderá ser conduzido 
coercitivamente à presença do juiz, caso não compareça nem apresente 
justificativa. 
 
12 - (CESPE – 2012 – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Caso um advogado experiente, que patrocina a defesa de acusado da 
prática de crime hediondo, intencionalmente profira, durante a instrução 
criminal, injúrias contra o magistrado, e isso provoque animosidade 
circunstancial entre ambos, mesmo assim, nos termos do CPP, a 
suspeição não poderá ser declarada. 
 
13 - (CESPE – 2012 – PC-AL – AGENTE DE POLÍCIA) 
Segundo a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, a 
participação do membro do Ministério Público na fase de investigação 
policial não acarreta nem o seu impedimento nem a sua suspeição para o 
oferecimento da denúncia. 
 
14 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS) 
O assistente do Ministério Público somente poderá ser habilitado após o 
início da ação penal pública e antes do trânsito em julgado, razão por que 
não se admite tal habilitação durante o inquérito policial, na execução 
penal nem em crime de ação privada. 
 
15 - (CESPE – 2013 – POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO) 
Considere que, no curso de inquérito policial em que se apure crime de 
ação pública incondicionada, quando da primeira remessa dos autos ao 
Poder Judiciário com solicitação de retorno para novas diligências, a 
vítima do delito requeira a sua habilitação nos autos como assistente de 
acusação. Nessa situação, o pedido deve ser negado, visto que a figura 
do assistente é admitida no processo somente após o recebimento da 
denúncia e antes do trânsito em julgado da sentença. 
 
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16 - (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O juiz se dará por suspeito, não caracterizando hipótese de impedimento, 
se seu ascendente estiver respondendo a processo por fato análogo, 
sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. 
 
17 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não 
acarreta seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
 
18 - (CESPE – 2013 – TJDF – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Nos crimes de ação penal pública, não poderá o ofendido intervir no 
processo na qualidade de assistente, já que a titularidade da ação é do 
MP. 
 
19 - (CESPE – 2013 – PC-BA – INVESTIGADOR) 
A intervenção do ofendido é admitida na ação penal pública ou privada, 
podendo ele habilitar-se como assistente de acusação desde o inquérito 
policial e, se for o caso, acompanhar a execução da pena. 
 
20 - (CESPE – 2013 – PGE-DF – PROCURADOR) 
Em conformidade com o que estabelece o CPP, do despacho que admitir 
ou não o assistente do MP jamais caberá recurso. 
 
21 - (CESPE – 2013 – PGE-DF – PROCURADOR) 
A jurisprudência sumulada do STF veda de modo irrestrito que o 
assistente do MP maneje recurso extraordinário contra decisão concessiva 
de habeas corpus. 
 
22 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
O assistente de acusação, de acordo com a jurisprudência do STJ, não 
tem direito a manejar recurso de apelação que objetive o aumento da 
pena do sentenciado. 
 
23 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
Segundo a jurisprudência do STJ, o assistente de acusação não detém 
legitimidade para recorrer de decisão judicial que conceda a suspensão 
condicional do processo. 
 
24 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
 
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A interveniência do assistente de acusação não é permitida no curso do 
inquérito policial ou da execução penal. 
 
25 - (CESPE – 2014 - CÂMARA DOS DEPUTADOS - POLICIAL 
LEGISLATIVO) 
No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue os itens 
subsequentes. 
Admitido, pelo juiz, o assistente técnico, que poderá ser indicado e pago 
pela parte, terá este acesso ao material probatório, no ambiente do órgão 
oficial e na presença do perito oficial. 
 
26 - (CESPE – 2014 – TJ/SE – TÉCNICO) 
Julgue os próximos itens, acerca da prisão temporária e das disposições 
do CPP a respeito do juiz. 
O CPP veda ao juiz o exercício de jurisdição no processo em que tiver 
funcionado como auxiliar da justiça seu cônjuge ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau. 
 
27 - (CESPE – 2013 – TRF5 – JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) 
Conforme previsão do CPP, a atuação do assistente de acusação, que 
receberá a causa no estado em que ela se encontra, é admitida enquanto 
não transitar em julgado a sentença, vedada a participação de corréu no 
mesmo processo como assistente do MP. 
 
28 - (CESPE – 2013 – TRF5 – JUIZFEDERAL - ADAPTADA) 
Será configurada a suspeição do juiz, admitindo-se a recusa por qualquer 
das partes, quando ele tiver funcionado como juiz de outra instância, 
tendo se pronunciado, de fato ou de direito, sobre a questão. 
 
29 - (CESPE – 2013 – TRF5 – JUIZ FEDERAL - ADAPTADA) 
A atividade probatória do assistente de acusação independe do MP, 
sendo, por isso, dispensável a oitiva do órgão de acusação no que se 
refere às postulações probatórias propostas pelo assistente. 
 
30 - (CESPE – 2011 – TJ-PB – JUIZ) 
Conforme a jurisprudência do STJ, ao assistente de acusação não é 
conferida legitimidade para interpor apelação de sentença condenatória 
com o fim de aumentar a pena. 
 
31 - (CESPE – 2015 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO) 
 
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Júlio foi preso em flagrante pela prática de furto de um caixa eletrônico 
da CEF. Júlio responde a outros processos por crime contra o patrimônio. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens. 
O representante da CEF poderá habilitar-se como assistente da acusação 
a partir da instauração do inquérito policial, não cabendo impugnação da 
decisão judicial que negar a habilitação. 
 
 
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
01 - (CESPE – 2002 – CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) 
Lauro está sendo acusado, em juízo, por crime que deixou 
vestígios, havendo a polícia arrecadado os objetos que compõem o 
corpo de delito. 
De acordo com a legislação pertinente ao caso descrito no texto, 
julgue o item subseqüente. 
Se Lauro, comprovadamente, possuir elevada renda e, ainda 
assim, recusar-se a contratar advogado por não ter interesse em 
defender-se da acusação, o juiz não deverá nomear-lhe defensor, 
mas decretar a sua revelia. 
COMENTÁRIOS: A presença do defensor no processo criminal é 
obrigatória, e decorre do princípio da ampla defesa, previsto no art. 
5°, LV da Constituição. O defensor (advogado ou Defensor Público) é 
quem realiza a chamada defesa técnica (a defesa prestada por 
profissional habilitado). Sua presença obrigatória está prevista, ainda, no 
art. 261 do CPP: 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado 
ou julgado sem defensor. 
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou 
dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada. >Γ&<42;(8
6)4∋ Η)% &Ι ϑΚ∆ΛΜ∗3 () ϑΙ∆ϑ∗∆∗ΚΚ+? 
 
Vejam que o § único trata da chamada “Defesa técnica eficiente”, o 
que obriga o Defensor Público ou defensor dativo a prestar a defesa 
técnica de maneira eficiente, e não apenas protocolar. Isso se dá não em 
razão de preconceito técnico da Lei para com defensores dativos e 
Defensores Públicos, mas em razão de que estes não foram nomeados 
pelo acusado e não estão sendo pagos por este, o que poderia gerar certa 
displicência. 
Caso o acusado não possua defensor, o Juiz nomeará um para 
que o defenda. Entretanto, caso o acusado, posteriormente resolva 
constituir advogado de sua confiança ou defender-se a si próprio 
(caso possua habilitação para isso), poderá destituir o defensor 
 
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nomeado pelo Juiz, A QUALQUER TEMPO. Nos termos do art. 263 do 
CPP: 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, 
ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou 
a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. 
 
O § único deste artigo, por sua vez, determina que se o acusado, a 
quem for nomeado defensor, não for pobre, será obrigado a pagar os 
honorários do defensor dativo que lhe for nomeado. Em se tratando de 
Defensor Público, embora estes não possam receber honorários, a lei 
permite (LC n° 80/94) o recebimento de honorários pela Instituição 
Defensoria Pública, em conta própria. No termos do art. 263, § único: 
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os 
honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
02 - (CESPE – 2002 – CONSULTOR LEGISLATIVO DO SENADO) 
Lauro está sendo acusado, em juízo, por crime que deixou 
vestígios, havendo a polícia arrecadado os objetos que compõem o 
corpo de delito. 
De acordo com a legislação pertinente ao caso descrito no texto, 
julgue o item subseqüente. 
Se a vítima habilitar-se como assistente do Ministério Público, não 
será óbice à sua habilitação o fato de o processo já estar em grau 
de recurso. 
COMENTÁRIOS: O ofendido, seu representante legal, ou qualquer das 
pessoas mencionadas no art. 31 do CPP (cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão) poderão atuar como assistentes da acusação 
nas ações penais públicas (condicionadas e incondicionadas). Nos 
termos do art. 268 do CPP: 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
A intervenção de qualquer destas pessoas como assistente da 
acusação pode se dar a qualquer momento, ATÉ O TRÂNSITO EM 
JULGADO DA SENTENÇA: 
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
03 - (CESPE – 2012 – TJ/PI – JUIZ) 
Em relação aos sujeitos processuais, assinale a opção correta. 
a) O juiz deve dar-se por suspeito se possuir parente 
consanguíneo, na linha colateral até o terceiro grau, que esteja 
 
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respondendo a processo por fato análogo sobre cujo caráter 
criminoso haja controvérsia. 
b) O membro do MP possui legitimidade para proceder, 
diretamente, à colheita de elementos de convicção para subsidiar 
a propositura de ação penal, incluindo-se a presidência de 
inquérito policial. 
c) Mesmo após a vigência do novo Código Civil, faz-se necessária 
a nomeação de curador especial para acusado com idade entre 
dezoito e vinte e um anos, em respeito ao princípio da 
especialidade, porquanto tal exigência não foi suprimida do CPP. 
d) Se o advogado do réu for devidamente intimado, por meio da 
imprensa oficial, para a sessão de julgamento da apelação, na 
hipótese de adiamento, a intimação da nova data da sessão 
deverá ser feita pessoalmente. 
e) O assistente de acusação possui legitimidade para interpor 
apelação contra sentença absolutória, caso o MP se quede inerte 
após regular intimação. 
COMENTÁRIOS: 
A) ERRADA: O Juiz só seria considerado suspeito nesta hipótese caso a 
pessoa que respondesse ao processo análogo fosse seu cônjuge, 
ascendente ou descendente, nos termos do art. 254, II do CPP;!
B) ERRADA: O MP tem poder de investigar, realizar colheita de elementos 
de informação, etc., conforme entendimento pacificado no STF e no STJ, 
mas lhe é vedado presidir o IP, cuja presidência é exclusiva da autoridade 
policial; 
C) ERRADA: Com o novo Código Civil, a maioridade civil passou a se dar 
aos 18 anos, de forma que não há mais a possibilidade de réu civilmente 
incapaz, já que se menor de 18 anos não poderá ser réu. Portanto, o 
artigo que determina a nomeação de curador ao réu que tenha entre 18 e 
21 anos está temporariamente sem aplicação; 
D) ERRADA: O STJ não possui este entendimento: 
PROCESSO PENAL. RECURSO ESPECIAL. REGULAR INTIMAÇÃO DO 
ADVOGADO DO PACIENTE PARAA SESSÃO DE JULGAMENTO DO RECURSO 
DE APELAÇÃO. ADIAMENTOS QUE NÃO SE EXIGEM NOVA PUBLICAÇÃO. 
INEXISTÊNCIA DE CERCEAMENTO. EMENDATIO LIBELLI. ENQUADRAMENTO 
DE TODAS AS CONDUTAS NUM ÚNICO CRIME. RATIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO. PRETENSÃO DE MANTER UMA DAS IMPUTAÇÕES SUBMETIDAS À 
EMENDATIO. INVIABILIDADE. BIS IN EADEM. CRIME DE PREVARICAÇÃO. 
PRATICAR CONDUTA CONTRA DISPOSIÇÃO DE LEI ESTADUAL. NORMA NÃO 
SUJEITA À ANÁLISE DESTA CORTE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. 
SÚMULA 280 DO STF. 
Sendo o advogado do paciente devidamente intimado, pela Imprensa Oficial, 
para a sessão de julgamento do recurso de apelação, na hipótese de 
adiamento, não ocorre a nulidade por falta de intimação ante a nova data da 
sessão. 
Ao se permitir a emendatio libelli para unir num mesmo tipo penal todas as 
condutas imputadas ao réu, não resta outro caminho ao órgão de acusação 
 
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se não pugnar pela manutenção do quadro acusatório, sob pena de admitir 
um bis in eadem em torno de único quadramento fático. 
No caso, não se afigura possível o órgão de acusação ratificar a emendatio 
libelli e, ao mesmo tempo, pugnar para que seja mantida uma das 
imputações da denúncia. 
O crime de prevaricação, conforme previsão do art. 319 do CPM, tem como 
um dos núcleos a conduta de "praticar ato contrário a disposição de lei", 
sendo, na hipótese, considerada a previsão de norma estadual, a qual não se 
sujeita à análise desta Corte.!
Aplicação da Súmula 280 do STF. 
Recurso conhecido em parte e provido, para manter a decisão do Juízo de 
primeiro grau. 
(REsp 941.367/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA 
TURMA, julgado em 14/04/2011, DJe 09/05/2011) 
E) CORRETA: Esta é a posição do STJ: 
HABEAS CORPUS. LESÕES CORPORAIS GRAVÍSSIMAS. SENTENÇA 
CONDENATÓRIA QUE DESCLASSIFICOU A CONDUTA IMPUTADA AOS 
PACIENTES PARA LESÕES CORPORAIS GRAVES. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO 
PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. 
APELAÇÃO DO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO. PROVIMENTO DO RECURSO DO 
OFENDIDO. RECLASSIFICAÇÃO DA CONDUTA PARA O CRIME PREVISTO NO 
ARTIGO 129, § 2º, INCISOS III E IV, DO CÓDIGO PENAL. LEGITIMIDADE DO 
ASSISTENTE PARA RECORRER. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO 
EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. 
1. A legitimidade do assistente de acusação para apelar, quando inexistente 
recurso do Ministério Público, é ampla, podendo impugnar tanto a sentença 
absolutória quanto a condenatória, visando ao aumento da pena imposta, já 
que a sua atuação justifica-se pelo desejo legítimo de buscar justiça, e não 
apenas eventual reparação cível. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF. 
(....)(HC 137.339/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado 
em 09/11/2010, DJe 01/02/2011) 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
 
04 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ) 
A respeito das normas aplicadas ao MP, ao acusado e ao defensor 
e do disposto nas normas procedimentais aplicáveis aos processos 
que tramitam perante o STJ e o STF, de acordo com o 
entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta. 
a) Considere que o réu constitua advogado que, devidamente 
intimado, não compareça à audiência de inquirição das 
testemunhas arroladas exclusivamente pela defesa nem apresente 
motivação justificada de sua ausência. Nessa situação, realizada a 
audiência na presença de advogado ad hoc, ocorrerá nulidade 
processual ante à ofensa dos interesses do acusado. 
b) A lei não permite que as intimações dos processos que 
tramitam perante o STJ e STF sejam feitas por carta registrada. 
c) No processo penal, os prazos são contados a partir da juntada 
do mandado de intimação aos autos. 
 
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d) O oferecimento de contrarrazões a recurso interposto contra a 
rejeição da denúncia, por meio de defensor dativo, ante a não 
intimação do denunciado para oferecê-la, não implica ofensa a 
direito do acusado. 
e) Os órgãos do MP sujeitam-se às mesmas prescrições relativas à 
suspeição dos juízes, no que lhes for aplicável, implicando a sua 
inobservância nulidade relativa. 
COMENTÁRIOS: 
A) ERRADA: Não comparecendo o defensor do acusado, deverá o Juiz 
nomear um defensor dativo para a prática do ato, não havendo que se 
falar em nulidade por prejuízo à defesa, conforme entendimento do STJ; 
B) ERRADA: A lei permite este tipo de intimação, no art. 9º, §2º da Lei 
8.038/90; 
C) ERRADA: Os prazos, no processo penal, são contados a partir da 
realização da comunicação (citação ou intimação) e não da juntada do 
mandado aos autos, nos termos do art. 798, §5º do CPP; 
D) ERRADA: Se o denunciado não chegou a ser intimado para apresentar 
contrarrazões a este recurso, a apresentação destas por defensor dativo 
implica ofensa a direito do acusado, conforme entendimento do STJ; 
E) CORRETA: Nos termos do art. 258 do CPP, aplicam-se aos membros do 
MP as mesmas prescrições relativas à suspeição e impedimento dos 
Juízes, e sua inobservância, conforme o STJ, constitui nulidade relativa, 
que depende da comprovação de prejuízo: 
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em 
que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se 
estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e 
aos impedimentos dos juízes. 
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E. 
05 - (CESPE – 2013 – TJDFT – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Caso, em seu interrogatório, o acusado afirme que sua defesa será 
patrocinada por advogado particular, não haverá necessidade de o 
defensor apresentar o instrumento de mandato. 
COMENTÁRIOS: O CPP permite, expressamente, a chamada constituição 
de defensor apud acta, que é aquela na qual o acusado menciona, em seu 
interrogatório, que o seu advogado será fulano ou beltrano. Esta previsão 
se encontra no art. 266 do CPP: 
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, 
se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório. 
Nesse caso, uma vez nomeado o patrono quando do interrogatório, não 
será necessária a procuração, que é o instrumento de mandato. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
 
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06 - (CESPE – 2013 – TJDFT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
O assistente de acusação poderá intervir na ação penal pública em 
qualquer tempo, desde que não haja trânsito em julgado da 
sentença. 
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois a habilitação de um dos 
legitimados como assistente de acusação é admitida até o fim do 
processo, ou seja, até o trânsito em julgado, nos termos do art. 269 do 
CPP: 
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
07 - (CESPE – 2010 – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL) 
Nos termos da legislação processual penal vigente, admite-se, no 
curso regular da persecução penal, na fase pré-processual, em 
feito de ação penal privada, a possibilidade de habilitar-se como 
assistente de acusação a companheira do ofendido. Pode esta, por 
intermédio do advogado regularmente constituído, caso não 
possua capacidade postulatória, valer-se das garantias 
estabelecidas pela lei quanto à prova técnica pericial e apresentar 
assistente técnico, nasobredita fase, a fim de acompanhar a 
elaboração de exame pericial de alta complexidade que abranja 
mais de uma área de conhecimento especializado, oferecendo, 
desde logo, quesitos a serem respondidos pelo perito e pelo 
assistente técnico. 
COMENTÁRIOS: O item está errado por duas razões: Primeiro porque só 
se admite a figura do assistente de acusação na fase processual, vez que 
antes disso não há acusação; Segundo, porque só se admite na ação 
penal pública. Vejamos: 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
08 - (CESPE – 2008 – MPE/RR – PROMOTOR DE JUSTIÇA) 
O ofendido ou seu representante legal poderão oficiar como 
assistentes de acusação, podendo propor meios de prova, 
apresentar perguntas às testemunhas, participar dos debates 
orais e arrazoar os recursos apresentados pelo Ministério Público. 
Poderão, ainda, interpor recursos, mas, nesse caso, será 
imprescindível demonstrar que promoveram sua habilitação como 
assistentes antes de ser proferida a sentença. 
 
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COMENTÁRIOS: O item está errado, eis que a habilitação pode se dar a 
qualquer momento, enquanto não houver transitado em julgado a 
sentença. Uma vez habilitado, o assistente recebe o processo no estado 
em que se encontra, e se ainda houver prazo para a interposição de 
recurso, poderá fazê-lo, nos termos do art. 268, 269 e 271 do CPP: 
Art. 268 CPP - Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante 
legal, ou na falta, qualquer das pessoas do art. 31. 
Art. 269, CPP: O assistente será admitido enquanto não passar em 
julgado a sentença e receberá a causa do estado em que se achar. 
Art. 271 CPP - Ao assistente será permitido propor meios de prova, 
requer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, 
participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo 
Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, §1º e 598 
do CPP. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
09 - (CESPE – 2009 – DPE-ES – DEFENSOR PÚBLICO) 
Ainda que o acusado indique seu defensor por ocasião de seu 
interrogatório, a constituição regular desse defensor depende do 
instrumento de mandato, que, nessa situação, deve ser juntado 
aos autos no prazo de cinco dias, se outro prazo não for fixado 
pelo juiz. 
COMENTÁRIOS: O CPP permite, expressamente, a chamada constituição 
de defensor apud acta, que é aquela na qual o acusado menciona, em seu 
interrogatório, que o seu advogado será fulano ou beltrano. Esta previsão 
se encontra no art. 266 do CPP: 
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de mandato, 
se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório. 
Nesse caso, uma vez nomeado o patrono quando do interrogatório, não 
será necessária a procuração, que é o instrumento de mandato. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
10 - (CESPE – 2013 – SERPRO - ANALISTA) 
A legislação brasileira adota o sistema de escolha do perito pelo 
próprio juiz. 
COMENTÁRIOS: O item está correto, pois o perito judicial é um auxiliar 
do Juízo, alguém de confiança do Juiz e que possua os demais requisitos 
para assumir o encargo. Vejamos o art. 276 do CPP: 
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
11 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS) 
 
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São extensivas aos peritos as disposições referentes a suspeição 
dos juízes, como, por exemplo, a hipótese de o perito ser filho da 
vítima. Por outro lado, o perito, mesmo não sendo testemunha, 
poderá ser conduzido coercitivamente à presença do juiz, caso 
não compareça nem apresente justificativa. 
COMENTÁRIOS: O item está errado. O fato de o Juiz ser filho de uma 
das partes não é causa de suspeição, mas de impedimento, nos termos 
do art. 252, IV do CPP: 
 Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: 
(...) 
 IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em 
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente 
interessado no feito. 
Tal situação de IMPEDIMENTO é aplicável aos peritos. Mas, lembrando, 
não se trata de suspeição, e sim impedimento. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
12 - (CESPE – 2012 – STJ – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
Caso um advogado experiente, que patrocina a defesa de acusado 
da prática de crime hediondo, intencionalmente profira, durante a 
instrução criminal, injúrias contra o magistrado, e isso provoque 
animosidade circunstancial entre ambos, mesmo assim, nos 
termos do CPP, a suspeição não poderá ser declarada. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Primeiro porque a animosidade 
entre o Juiz e o advogado da parte não gera suspeição. Em segundo 
lugar, ainda que tivesse sido a própria parte que tivesse injuriado, 
propositalmente, o Juiz, a suspeição, neste caso, não poderia ser 
declarada, por força do art. 256 do CPP: 
 Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, 
quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
13 - (CESPE – 2012 – PC-AL – AGENTE DE POLÍCIA) 
Segundo a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de 
Justiça, a participação do membro do Ministério Público na fase de 
investigação policial não acarreta nem o seu impedimento nem a 
sua suspeição para o oferecimento da denúncia. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Esta é a previsão contida no 
verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ: 
Súmula 234 do STJ 
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal 
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da 
denúncia. 
 
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
14 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS) 
O assistente do Ministério Público somente poderá ser habilitado 
após o início da ação penal pública e antes do trânsito em julgado, 
razão por que não se admite tal habilitação durante o inquérito 
policial, na execução penal nem em crime de ação privada. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Vejamos os arts. 268 e 269 do 
CPP: 
 Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Desta forma, se percebe que o assistente de acusação só é admitido 
durante o processo, nunca fora dele, de forma que não é admitido no 
inquérito policial (fase pré-processual) nem na execução penal (fase pós-
processual). 
Também não se admite na ação penal privada, por dois motivos: Primeiro 
porque o art. 268 é claro ao afirmar que só se admite na ação penal 
pública; Segundo porque na ação penal privada o ofendido já é o autor da 
ação, de forma que não poderia ser assistente dele mesmo. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.15 - (CESPE – 2013 – POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO) 
Considere que, no curso de inquérito policial em que se apure 
crime de ação pública incondicionada, quando da primeira 
remessa dos autos ao Poder Judiciário com solicitação de retorno 
para novas diligências, a vítima do delito requeira a sua 
habilitação nos autos como assistente de acusação. Nessa 
situação, o pedido deve ser negado, visto que a figura do 
assistente é admitida no processo somente após o recebimento da 
denúncia e antes do trânsito em julgado da sentença. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Vejamos os arts. 268 e 269 do 
CPP: 
 Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Assim, podemos perceber que o assistente de acusação só é admitido 
durante o processo, nunca fora dele, de forma que não é admitido no 
inquérito policial (fase pré-processual). A questão é clara ao dizer que o 
IP ainda não havia se encerrado (foi determinado o retorno à autoridade 
policial para novas diligências). 
 
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
16 - (CESPE – 2013 – CNJ – ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O juiz se dará por suspeito, não caracterizando hipótese de 
impedimento, se seu ascendente estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Temos, neste caso, uma das 
hipóteses de suspeição, prevista no art. 254, II do CPP: 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado 
por qualquer das partes: 
(...) 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a 
processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
17 - (CESPE – 2013 – TJ-DF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 
JUDICIÁRIA) 
A participação de membro do MP na fase investigatória criminal 
não acarreta seu impedimento ou suspeição para o oferecimento 
da denúncia. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Esta é a exata previsão contida no 
verbete nº 234 da súmula de jurisprudência do STJ: 
Súmula 234 do STJ 
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal 
não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da 
denúncia. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
18 - (CESPE – 2013 – TJDF – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
Nos crimes de ação penal pública, não poderá o ofendido intervir 
no processo na qualidade de assistente, já que a titularidade da 
ação é do MP. 
COMENTÁRIOS: O item está errado. O ofendido pode intervir na ação 
pública, na qualidade de assistente de acusação, nos termos dos arts. 268 
e 269 do CPP: 
 Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
19 - (CESPE – 2013 – PC-BA – INVESTIGADOR) 
 
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A intervenção do ofendido é admitida na ação penal pública ou 
privada, podendo ele habilitar-se como assistente de acusação 
desde o inquérito policial e, se for o caso, acompanhar a execução 
da pena. 
COMENTÁRIOS: O item está errado. Vejamos os arts. 268 e 269 do CPP: 
 Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na 
falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
 Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Assim, vemos que o assistente de acusação só é admitido durante o 
processo, jamais fora dele, de maneira que não é admitido no inquérito 
policial (fase pré-processual) nem na execução penal (fase pós-
processual). 
Também não se admite na ação penal privada, por dois motivos: Primeiro 
porque o art. 268 é claro ao afirmar que só se admite na ação penal 
pública; Segundo porque na ação penal privada o ofendido já é o autor da 
ação, de forma que não poderia ser assistente dele mesmo. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
20 - (CESPE – 2013 – PGE-DF – PROCURADOR) 
Em conformidade com o que estabelece o CPP, do despacho que 
admitir ou não o assistente do MP jamais caberá recurso. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Esta é a previsão contida no art. 
273 do CPP: 
 Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá 
recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
21 - (CESPE – 2013 – PGE-DF – PROCURADOR) 
A jurisprudência sumulada do STF veda de modo irrestrito que o 
assistente do MP maneje recurso extraordinário contra decisão 
concessiva de habeas corpus. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. O STF entende que o assistente de 
acusação não pode recorrer de decisão proferida no bojo de habeas 
corpus, pois não é sujeito processual nessa relação jurídico-processual, 
pois o habeas corpus é uma ação autônoma, independente da ação penal 
(Ver HC 74203/DF). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
22 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
 
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(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 3Κ
(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 21 () 23
O assistente de acusação, de acordo com a jurisprudência do STJ, 
não tem direito a manejar recurso de apelação que objetive o 
aumento da pena do sentenciado. 
COMENTÁRIOS: O item está errado. O STF entende que o assistente de 
acusação pode manejar recurso de apelação ainda que com a única 
finalidade de obter o aumento da pena imposta. 
Antigamente se entendia que o único interesse do assistente de acusação 
era obter uma sentença condenatória (para garantir futura reparação 
civil). 
Atualmente se entende que o assistente de acusação tem como interesse 
a busca pela Justiça, de forma que se admite seu recurso ainda que tenha 
por única finalidade o aumento da pena (Ver HC 137339/RS). 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. 
 
23 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
Segundo a jurisprudência do STJ, o assistente de acusação não 
detém legitimidade para recorrer de decisão judicial que conceda 
a suspensão condicional do processo. 
COMENTÁRIOS: O item está correto. Segundo o entendimento do STJ, o 
assistente de acusação não possui legitimidade para recorrer da decisão 
que concede a suspensão condicional do processo, pois sua legitimidade 
recursal está taxativamente prevista no art. 271 do CPP (ver REsp n. 
604.379/SP): 
 Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer 
perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do 
debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por 
ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. 
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. 
 
24 - (CESPE – 2014 – PGE-BA – PROCURADOR) 
A interveniência do assistente de acusação não é permitida no 
curso

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