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TRBALHO DE SERVIDORES PÚBLICOS CARLOS AGUIAR

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES 
CAMPUS: PADRE MIGUEL 
 
 
 
TEMA: SERVIDORES PÚBLICOS 
 
TRBALHO DE DIREITO ADMINISTRATIVO II 
PROFESSOR: CARLOS AGUIAR 
MATÉRIA: DIREITO ADMINISTRATIVO II 
ALUNO: FLAVIANO VINICIUS DOS SANTOS MACHADO 
MATRICULA: 21222009 
CURSO: DIREITO 
5º PERÍODO TURNO: MANHÃ/NOITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 27 de Novembro de 2014 
 
 
 
Sumário: 
1. Noções iniciais ------------------------------------------------------------------------------------------------------3 
1.1 – Cargo, emprego e função pública ----------------------------------------------------------------------3 
1.2 – Conceito e regime jurídico do servidor público -----------------------------------------------------4 
1.3 – Ingresso, estágio probatório e estabilidade no serviço público ---------------------------------4 
1.4 – Exoneração, demissão, disponibilidade e aproveitamento --------------------------------------5 
2 – Da responsabilidade dos servidores -------------------------------------------------------------------5 
2. Referências bibliográficas----------------------------------------------------------------------------------------6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 - NOÇÕES INICIAIS 
Servidores públicos são subespécies dos agentes públicos administrativos, abrangem a 
grande massa de prestadores de serviços à Administração e são vinculados por relações 
profissionais, em razão de investidura em cargos e funções, a título de emprego e com 
retribuição pecuniária. A Constituição reformulou o tratamento do pessoal do serviço 
público civil, separando-os dos militares e instituindo o regime jurídico único e planos de 
carreira para Administração Direta, Autárquica e Fundacional. São excluídos do Regime 
Jurídico Único, as empresas públicas e sociedades de economia mista, que poderiam ter 
regimes diversificados, sujeitando-se, contudo às disposições constitucionais referentes à 
investidura em cargo ou emprego por concurso público, bem como à proibição de 
acumulação de cargo, emprego ou função. 
A EC 19/98 alterou por completo a redação do art. 39 da CF, nada foi mantido, mas o STF 
(ADIn 2.135), em decisão recente, considerou inconstitucional o atual art. 39 da CF (EC 
19/98), mantendo sua antiga redação, ainda na pendência de ser julgado o mérito. 
 
1.1 - CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA 
 Existe distinção entre cargo, emprego e função pública; 
Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura 
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. São espécies de Cargos: 1) Cargos 
efetivos: titularizados através de concurso público, de forma definitiva, após alcançar o final 
do estágio probatório de 3 anos, gerando a estabilidade, que seria o direito de não ser 
afastado do cargo sem as formalidades de um processo administrativo em que seja 
garantida a ampla defesa, pode ser por decisão judicial, processo administrativo disciplinar, 
insuficiência de desempenho ou para corte de gastos com pessoal. 2) Cargos vitalícios: Seus 
ocupantes só os perdem por meio de decisão judicial. 3) Cargos em comissão: Cargos de 
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livre nomeação e exoneração, são os cargos de confiança destinados à chefia, 
assessoramento e direção. 
Empregos públicos parecem com cargos, porém o vínculo é regulado pela CLT, é o vínculo 
profissional estabelecido entre a pessoa e a Administração Pública, materializado por meio 
de contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. 
Função pública é a atribuição ou o conjunto de atribuições que o Poder Público entrega a 
uma dada categoria profissional ou comete individualmente a certos servidores para a 
execução de serviços eventuais. 
 
 
1.2 - CONCEITO E REGIME JURÍDICO DO SERVIDOR PÚBLICO: 
Conceito: Servidor público é a pessoa física que se liga à Administração Pública direta, 
indireta, autárquica e fundacional, mediante uma relação de trabalho de natureza 
profissional não eventual para lhe prestar serviços. Os servidores públicos mantêm com o 
Poder Público um vínculo de natureza profissional. 
Regime jurídico do servidor público: Existem três regimes jurídicos distintos entre a 
Administração Pública e os servidores; 1) Regime Estatutário: verdadeiro regime de direito 
público para os servidores de qualquer esfera federativa; sendo que na União vem 
disciplinado pela Lei 8112/90; 2) Regime Celetista ou Contratual: Contrato baseado na CLT, 
esse regime é acolhido para regular as relações entre a Administração e servidores das 
estatais, por conta de atividades econômicas, como é o caso das sociedades de economia 
mista, empresas públicas, autarquias e fundações públicas; 3) Regime Jurídico Especial: 
Regime adotado por lei especial local para regular os direitos e obrigações entre a 
Administração e os servidores contratados por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público. 
1.3 – INGRESSO, ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO 
Regra geral, o acesso o ingresso dos cargos, empregos e funções públicas por intermédio de concurso 
público, tirante as hipóteses excepcionais dos cargos de livre nomeação, ou seja, cargos em comissão 
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e da contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária do interesse 
público. A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso de 
provas ou provas e títulos, nos termos da complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei. 
O estágio probatório é o período de tempo em que o servidor fica em observação, para que a 
Administração possa comprovar se preenche os requisitos exigidos para o cargo, caso não seja 
aprovado, será exonerado por insuficiência de desempenho, mediante a procedimento disciplinar 
com as garantias da ampla defesa, contraditório, etc. Estarão estáveis após 3 anos de efetivo 
exercício, só poderão perder o cargo em razão de sentença judicial transitada em julgado, em face do 
desfecho de processo administrativo disciplinar ou ainda em decorrência de avaliação de 
desempenho desfavorável, ou redução de gastos com pessoal, assegurada respectiva indenização. Os 
agentes políticos, juízes e membros dom Ministério Público adquirem vitaliciedade após 2 anos de 
efetivo exercício funcional, só perdendo o cargo por sentença judicial. Os Ministros do Tribunal de 
Contas da União, adquirem a vitaliciedade imediatamente com a posse. 
1.4 – EXONERAÇÃO, DEMISSÃO, DISPONIBILIDADE E APROVEITAMENTO 
Exoneração é o ato administrativo desconstitutivo que tem por finalidade extinguir o vínculo 
funcional existente entre servidor e a Administração Pública, pode ser a pedido do funcionário ou ex 
officio que seria dispensa de cargo de confiança ou se efetivo por incapacitação apurada durante 
estágio probatório. 
Demissão é ato punitivo decorrente da prática de ilícito administrativo, tendo como principal efeito o 
desprovimento do cargo ocupado com caráter sancionatório. 
Disponibilidade é uma garantia constitucionalmente assegurada ao servidor estável, que impede seu 
desligamento da Administração Pública quando extinto o cargo, declarada sua desnecessidade ou 
reintegrado seu titular, percebendo, enquanto durar a disponibilidade, proventos proporcionais ao 
tempo de serviço, é um direito do servidor, utilizado em face do interesse público. 
Aproveitamento é o retorno do servidor em disponibilidade ao serviço ativo, em cargo de atribuições 
e remuneração compatíveis com o que outrora ocupava. 
2 – DA RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES 
O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de 
suas atribuições ficando sujeito,cumulativamente, às respectivas cominações(tríplice 
responsabilidade). 
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Responsabilidade Civil – Decorre do ato praticado pelo servidor, omissivo ou comissivo, 
doloso ou culposo que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Cuida-se de 
responsabilidade subjetiva ou com culpa, porque a responsabilidade objetiva é tão somente 
da Administração, conforme art. 37, § 6°, da CF. É assegurada à Administração ação 
regressiva contra o agente responsável pelo dano, desde que ele tenha agido com culpa ou 
dolo. 
Responsabilidade Penal – É a que deriva de conduta que a lei penal tipifica como sendo 
infração penal, seja crime ou contravenção, sobretudo dos ilícitos penais funcionais, 
previstos nos arts. 312 e seguintes do CP, a sanção penal, após sentença prolatada pelo juízo 
criminal, nem sempre acarreta sanção administrativa, é necessário que a infração penal seja 
também considerada ilícito administrativo(dupla tipicidade). 
Responsabilidade Administrativa – É independente da civil e da criminal, mas será 
reintegrado ao serviço público, no cargo que ocupava e com todos os direitos e vantagens 
devidas, o servidor absolvido pela justiça, mediante simples comprovação do trânsito em 
julgado de decisão que negue a existência de sua autoria ou do fato que deu origem à sua 
demissão. A contrário sensu, nem sempre a absolvição criminal afasta a condenação 
administrativa, como a absolvição por falta de provas, não autorizam a reintegração do 
servidor. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si. 
 
REFERÊNCIA BILBLIOGRÁFICA: 
Apostila “Servidores públicos” fornecida para fotocópia deixada pelo professor Carlos Aguiar na 
Universidade.

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