Buscar

Agentes públicos-Creditos digitais D

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 68 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito administrativo- créditos digitais 
• Agentes públicos 
DESCRIÇÃO 
Noções sobre agentes públicos e suas principais características como 
instrumento de materialização dos princípios da Administração 
Pública. 
PROPÓSITO 
Compreender os principais conceitos e normas jurídicas relacionados 
ao regime jurídico aplicável aos agentes públicos, seus direitos e 
obrigações constitucionais e legais. 
PREPARAÇÃO 
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos a Constituição Federal 
de 1988 e a Lei n. 8.112, de 10 de dezembro de 1990. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Distinguir cada tipo de agente público e o tipo de regime a ele 
aplicável 
MÓDULO 2 
Identificar as regras de acesso ao serviço público, estabilidade e 
direitos sociais aplicáveis aos agentes públicos 
MÓDULO 3 
Categorizar os direitos e deveres aplicáveis aos servidores públicos e 
as responsabilidades decorrentes de eventual conduta ilícita 
INTRODUÇÃO 
Vamos aprender sobre as principais características relacionadas aos agentes 
públicos, quais são os tipos de agentes identificados pela doutrina, assim como 
o regime jurídico atinente a cada um. Por fim, vamos descobrir como isso se 
relaciona com o conceito de cargo, emprego e função na Administração 
Pública. 
MÓDULO 1 
 
Distinguir cada tipo de agente público e o tipo de regime a ele 
aplicável 
AGENTES POLÍTICOS, 
SERVIDORES ESTATAIS E 
SERVIDORES PÚBLICOS 
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello (2003), a expressão 
“agentes públicos” engloba, de maneira genérica e indistinta, sujeitos 
que servem ao Poder Público — de forma ocasional ou esporádica — 
como instrumentos de sua vontade. 
Em relação ao ordenamento jurídico normativo, o art. 2º da Lei n. 
8.429/1992 define como agente público. 
[...] TODO AQUELE QUE EXERCE, AINDA 
QUE DE FORMA TRANSITÓRIA OU NÃO 
REMUNERADA, POR ELEIÇÃO, 
NOMEAÇÃO, DESIGNAÇÃO, 
CONTRATAÇÃO OU OUTRA FORMA DE 
INVESTIDURA SEM VÍNCULO, MANDATO, 
CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO DA 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA, INDIRETA OU 
FUNDACIONAL DE QUALQUER UM DOS 
ENTES DA FEDERAÇÃO. (ART. 2º DA LEI 
N. 8.429/1992) 
Art. 2º da Lei n. 8.429/1992 
O Código Penal, por sua vez, em seu art. 327, prevê também a figura 
do “funcionário público”, expressão que corresponde à categoria de 
agente púbico, sendo este: “para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou 
função pública”. Atualmente, a expressão “funcionário público” não é 
mais utilizada, embora o texto legal possa servir a título exemplificativo 
para conceituar agente público. 
ATENÇÃO 
Existem conceitos e classificações criadas por autores específicos que 
você pode encontrar em seus estudos. Aqui, utilizaremos a 
classificação mais atual utilizada pelos principais autores de Direito 
Administrativo. 
Para fins didáticos, deve-se considerar como agente público todo 
aquele que exerce função pública. Trata-se, portanto, de um gênero 
que abrange algumas espécies com características próprias, sendo 
alguns regidos por estatuto próprio, pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), por regime especial ou mesmo sem um vínculo 
específico com o poder público, quando há mera colaboração, 
conforme veremos. 
Nesse sentido, o conceito de agente público é amplo, podendo ser 
dividido e classificado em espécies apontadas pelos autores. Embora 
existam nomenclaturas diferentes em alguns livros, para fins didáticos, 
é correto classificar os agentes públicos em três espécies: 
AGENTES POLÍTICOS 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO 
COM O PODER PÚBLICO 
SERVIDORES ESTATAIS 
 
Foto: Shutterstock.com 
AGENTES POLÍTICOS 
De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2011), não há 
uniformidade de pensamento quanto ao conceito de agentes políticos 
na doutrina. Apesar disso, o conceito mais adequado consideraria tais 
agentes como aqueles que desempenham “típicas atividades de 
governo e exercem mandato, para o qual são eleitos apenas os chefes 
dos poderes executivos federal, estadual e municipal, os ministros e 
secretários de Estado, além de senadores, deputados e vereadores”. 
A característica central seria a atividade de governo mediante eleição 
(salvo para Ministros e Secretários, os quais são nomeados livremente 
para auxiliar o chefe do Executivo). As regras, direitos e deveres dos 
agentes públicos estão estabelecidos em lei específica e pela 
Constituição Federal de 1988. 
Atenção: Apesar desse conceito, vale destacar que há, de acordo com 
o Supremo Tribunal Federal (STF) — vide RE 228.997/SP — e com a 
doutrina mais atual, uma tendência em se considerar também agentes 
políticos os membros da Magistratura e do Ministério Público, tendo 
em vista seu regime jurídico constitucional. 
Também é importante ressaltar que o STF já chegou a afirmar que os 
membros do Tribunal de Contas da União (TCU) não são 
considerados agentes políticos (Rcl 6.702 AgR-MC/PR). 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO Os 
particulares em colaboração com o poder público são aqueles que 
atuam, em situações excepcionais e sem perder a qualidade de 
particular, em nome do Estado. Essas situações excepcionais podem 
ser temporárias ou ocasionais, mesmo sem vínculo jurídico 
estabelecido. Eles são classificados em quatro espécies: 
DESIGNADOS 
Aqueles que são convocados pelo Poder Público para exercerem 
múnus público (obrigação de participar quando convocados), como os 
mesários nas seções eleitorais e os jurados no âmbito do júri. 
 
Foto: Shutterstock.com. 
VOLUNTÁRIOS 
Aqueles que atuam de forma voluntária nas repartições, escolas, 
hospitais públicos ou situações de calamidade por meio de programa 
de voluntariado oferecido pelo Poder Público. 
DELEGADOS 
Aqueles que atuam mediante delegação do Estado para prestação de 
serviço público por meio de ato ou contrato, como as concessionárias 
e permissionárias de serviço público. 
CREDENCIADOS 
Aqueles que atuam em virtude de credenciamento do Poder Público, 
como os médicos privados em convênio com o Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
SERVIDORES ESTATAIS 
Os servidores estatais ou agentes administrativos são aqueles que 
exercem função pública mediante vínculo administrativo com o 
Estado. Nesse caso, há uma relação de trabalho de natureza 
profissional com os entes da Administração Pública. Geralmente, a 
doutrina caracteriza servidores estatais por critério de exclusão entre 
as classificações acima. 
De acordo com a doutrina, os servidores estatais ou agentes 
administrativos podem ser divididos em três espécies: 
SERVIDORES PÚBLICOS OU ESTATUTÁRIOS 
São aqueles que possuem vínculo de trabalho permanente com a 
Administração decorrente da lei/estatuto. O vínculo decorrente dessa 
relação advém da própria lei sem a celebração de contrato de 
emprego. Não há assinatura da carteira de trabalho, já que não há 
contrato. O vínculo surge, após a nomeação, mediante termo de 
posse. 
SERVIDORES CELETISTAS 
São aqueles que possuem vínculo contratual com o Estado, mantendo 
relação de emprego sob o regime da CLT, subsidiariamente às 
normas previstas em leis específicas. É importante destacar que, na 
atualidade, a contratação dos empregados celetistas é voltada aos 
entes de direito privado (exemplo: Empresas Públicas, Sociedades de 
Economia Mista e Fundações Públicas regidas pelo direito privado). 
Embora não possuam estabilidade, de acordo com a doutrina, é 
necessário que a dispensa de empregados celetistas seja motivada. 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS 
São aqueles contratados para atendimento em caráter excepcional de 
necessidades não permanentes dos órgãos. O art. 37 da CF/1988 
estabelece três requisitos para ocorrer a regular contratação dos 
servidores temporários, sendo eles: 
1. Serviço temporário: lei específica deverá prever as 
características e limites de duração dos contratos 
temporários. 
2. Interesse público: devendo ser justificado pela autoridade 
responsável pela contratação temporária.3. Excepcionalidade: a contratação deverá ser feita apenas em 
situações excepcionais. 
A Lei n. 8.745/1993 regula esse tipo de contratação no âmbito federal, 
mas cada ente federativo tem liberdade para estabelecer seu regime 
jurídico por lei própria. É importante destacar que eles não adquirem 
estabilidade e não é obrigatória a realização de concurso público para 
a contratação desses agentes. 
Os militares são considerados com regime jurídico diferenciado e, 
portanto, estudados em disciplina própria: o Direito Militar. 
[...] OS MILITARES ESTÃO SUJEITOS A 
ESTATUTOS PRÓPRIOS 
ESTABELECIDOS ATRAVÉS DE LEI 
ESTADUAL ESPECÍFICA, NOS CASOS 
DOS MILITARES DOS ESTADOS, OU LEI 
FEDERAL (NO CASO DOS MILITARES 
DAS FORÇAS ARMADAS), DISPONDO 
SOBRE OS LIMITES DE IDADE, A 
ESTABILIDADE, OS DIREITOS E 
DEVERES, A REMUNERAÇÃO, AS 
PRERROGATIVAS AFETAS À CARREIRA 
MILITAR. 
SANTOS, 2016, p. 266-267 
No vídeo a seguir, o professor Marcílio da Silva Ferreira Filho faz um 
panorama sobre os tipos de agentes públicos. Vamos assistir! 
REGIME ESTATUTÁRIO, 
TRABALHISTA, ESPECIAL E 
JURÍDICO ÚNICO 
Os servidores estatais ou agentes administrativos são submetidos a 
certos regimes jurídicos de acordo com sua classificação. Esses 
regimes variam quanto às garantias, direitos, vantagens, 
responsabilidades, entre outros. 
REGIME ESTATUTÁRIO 
O regime estatutário é o regime aplicável aos servidores denominados 
de “estatutários” em decorrência de uma vinculação legal/estatutária. 
Nessa hipótese, o regime decorre integralmente da lei (chamada de 
estatuto) que rege o vínculo dos servidores. Não há contrato de 
emprego firmado pelos agentes (a carteira de trabalho não é 
assinada), mas apenas o termo de posse que determina a 
aquiescência da pessoa com o regime jurídico legal. A título de 
exemplo, os servidores públicos federais são regidos pela Lei n. 
8.112/1990. 
 
POR ESTABELECER DIREITOS E DEVERES 
PRÓPRIOS, O REGIME ESTATUTÁRIO POSSUI 
ALGUMAS NUANCES, DIFERENÇAS E 
CARACTERÍSTICAS ÚNICAS ENTRE OS 
DEMAIS REGIMES, SENDO ELAS: 
ESTABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO, 
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
(RPPS), POSSIBILIDADE DE DISPONIBILIDADE 
REMUNERADA NOS CASOS DE EXTINÇÃO DE 
CARGO PÚBLICO ETC. AS SUAS GARANTIAS, 
DEVERES, DIREITOS ETC. ESTÃO FIXADAS 
NA LEI DE CADA ENTE. 
 
REGIME JURÍDICO ÚNICO 
Cada ente federativo possui liberdade para criar lei que defina o 
regime jurídico aplicável aos servidores de sua Administração Direta, 
autarquias e fundações públicas de direito 
público. Ocorre que, de acordo com o art. 39, caput, da Constituição 
de 1988, é vedada a opção de adoção de mais de um regime 
simultâneo. Logo, o ente deverá aplicar ou o regime de cargos ou de 
empregos públicos. Isso é o que chamamos de regime jurídico único, 
que, como regra, segue o modelo estatutário. 
ATENÇÃO 
Houve grande polêmica sobre o regime estatutário após a aprovação 
da Emenda Constitucional 19/1998. Esse diploma normativo alterou a 
Constituição para permitir a utilização de mais de um regime jurídico 
pelos entes federativos (o que incluiria a utilização do regime 
trabalhista da CLT), extinguindo o regime jurídico único. Analisando a 
referida alteração, o Supremo Tribunal Federal concedeu medida 
liminar, por meio da ADI 2.135, para suspender, até a decisão final, a 
nova redação dada pela Emenda Constitucional 19/1998. 
Sendo assim, a regra atual, de acordo com a doutrina e o STF, é a 
aplicação do regime jurídico único para a Administração Direta 
Federal, autarquias e fundações públicas de direito público federal e a 
liberdade de cada ente para definir qual regime jurídico aplicará para 
seus empregados, ressalvada a implantação de mais de um regime no 
mesmo ente. 
 
O REGIME JURÍDICO ÚNICO, NO ÂMBITO 
FEDERAL, É O REGIME ESTATUTÁRIO, 
DELIMITADO PELA LEI N. 8.112/1990, QUE É 
UTILIZADO COMO MODELO POR DIVERSOS 
ENTES FEDERATIVOS. ESSE DIPLOMA OU. 
NORMATIVO ESTABELECEU O ESTATUTO 
APLICÁVEL A TODOS OS SERVIDORES 
FEDERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, 
AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL DE DIREITO 
PÚBLICO. 
REGIME TRABALHISTA 
O regime trabalhista, por sua vez, é o regime aplicável aos servidores 
celetistas dos entes privados da Administração Pública (ex.: empresas 
públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas regidas 
pelo direito privado). Além desses casos, a CLT também será aplicada 
no âmbito federal de forma subsidiária à Lei n. 9.962/2000 (regime de 
emprego público do pessoal da administração federal direta, 
autárquica e fundacional). 
Conforme mencionado, o contrato de trabalho para o regime 
trabalhista — feito pelo ente privado da Administração Pública — 
deverá ser firmado por prazo indeterminado. 
De acordo com a Súmula 390, II, do Tribunal Superior do Trabalho, o 
empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista 
não possui a estabilidade prevista no art. 41, da CF/1988. 
 
ATENÇÃO 
De acordo com a doutrina, embora os servidores com vínculo pelo 
regime trabalhista não possuam estabilidade, há posicionamento de 
que a rescisão deverá ser feita de forma motivada, garantindo o 
contraditório aos servidores das empresas públicas e sociedades de 
economia mista com atuação na execução de serviços públicos. O 
tema foi reconhecido pelo STF como de repercussão geral e deverá 
ser julgado em breve (Tema 1022). 
REGIME ESPECIAL 
Além do regime estatutário e trabalhista, há também o regime especial 
aplicável aos servidores temporários do Poder Público. Conforme 
mencionado, não se aplica nesses casos a CLT, nem o regime jurídico 
único, mas sim lei específica que trate sobre o assunto. Importante 
destacar que, no âmbito federal, o diploma normativo que regula esse 
regime é a Lei n. 8.745/1993. Cada ente federativo tem liberdade 
para editar sua própria lei sobre o assunto. 
ATENÇÃO 
De acordo com a doutrina, as ações decorrentes de controvérsias dos 
servidores temporários são de competência da justiça comum e não 
da justiça trabalhista. Esse foi o entendimento do STF no Rcl 4351 
MC-AgR/PE. 
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO 
PÚBLICA 
O desempenho de atividades em nome da Administração Pública 
pode acontecer por três formas: 
FUNÇÃO PÚBLICA 
CARGO PÚBLICO 
EMPREGO PÚBLICO 
 
FUNÇÃO PÚBLICA 
 
A função pública é qualquer atividade exercida em nome do Estado, 
seja por meio de cargo, de emprego ou de uma simples designação. 
Se uma pessoa executa atividades em prol da administração pública, 
estará exercendo uma função pública. Assim, por exemplo, um 
mesário da Justiça Eleitoral, embora não tenha cargo ou emprego, 
exerce uma função pública por atuar em nome do Estado mediante 
designação. 
 
A FUNÇÃO PÚBLICA REFERE-SE 
ÀS TAREFAS QUE SERÃO EXECUTADAS 
PELO AGENTE PÚBLICO. NESSE SENTIDO, 
TODO CARGO OU EMPREGO POSSUI UMA 
FUNÇÃO. PORÉM, NEM TODA FUNÇÃO 
POSSUI UM CARGO OU EMPREGO, JÁ QUE 
HÁ FUNÇÕES SEM CARGO, COMO AS 
ATRIBUÍDAS A UM PARTICULAR EM 
COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO. 
 
CARGO PÚBLICO 
O cargo público, por sua vez, é definido pela natureza estatutária 
(legal) do vínculo. Quem possui cargo público detém uma vinculação 
legal decorrente da posse, não havendo necessidade de assinar 
contrato de emprego. 
DE ACORDO COM CELSO ANTÔNIO 
BANDEIRA DE MELLO (2003, P. 234), CARGOS 
PÚBLICOS SÃO “UNIDADES DE 
COMPETÊNCIA A SEREM EXPRESSAS POR 
UM AGENTE, PREVISTAS EM NÚMERO 
CERTO, COM DENOMINAÇÃO PRÓPRIA, 
RETRIBUÍDAS POR PESSOAS JURÍDICAS DE 
DIREITO PÚBLICO E CRIADAS POR LEI”. 
Levando em consideração o ordenamento jurídico normativo, o art. 3º da Lei n. 
8.112/1990 estabelece cargo público como um conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor. 
 
CARGO PÚBLICO É UM CONJUNTO DE 
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES 
DESIGNADAS A UM SERVIDOR PÚBLICO COM 
VÍNCULO ESTATUTÁRIO — DE NATUREZA 
PROFISSIONAL E PERMANENTE — PARA A 
CORRETA EXECUÇÃO DE SUAS ATIVIDADES. PARA 
CRIAR, TRANSFORMAR EEXTINGUIR CARGOS 
PÚBLICOS É NECESSÁRIA EXPRESSA PREVISÃO 
EM LEI DE COMPETÊNCIA DO PODER PARA O 
QUAL SERÁ DESIGNADO, CONFORME ART. 48, X, 
DA CF/1988. 
 
É importante ressaltar que há duas exceções ao parágrafo anterior: 
A primeira é em relação à dispensa de lei para nomeação de cargos 
de serviços auxiliares nos órgãos do Poder Legislativo. Para esse 
caso, basta a edição de resolução de cada uma das casas do 
Congresso Nacional. 
 
Palácio do Planalto. Foto: Gastão guedes / Wikimedia commons / CC 
BY-SA 4.0. 
A segunda é em relação ao art. 84, VI, da CF/1988, que estabelece 
competência ao Presidente da República, mediante decreto, para 
extinguir cargos e funções públicas, quando vagos. 
De acordo com a doutrina, o cargo público tem três classificações: 
QUANTO À ESFERA DE GOVERNO 
Federais (União), estaduais (estados), distritais (Distrito Federal) e 
municipais (municípios). 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL 
Essa classificação refere-se à estrutura organizacional, sendo dividida 
em: 
1. cargos de carreira (cargos organizados em classes ou 
categorias escalonadas com possibilidade de progressão 
funcional e promoção); 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
2. cargos isolados (cargos não organizados e não escalonados 
sem possibilidade de progressão funcional e promoção). 
QUANTO À GARANTIA CONFERIDA AO OCUPANTE 
Essa classificação refere-se à garantia que o cargo público dá ao 
agente integrante de sua estrutura, sendo dividida em: 
1. cargo em comissão (também chamado de comissionado 
ou de confiança), designado para atribuições de direção, 
chefia ou assessoramento a serem preenchidas por quaisquer 
pessoas, integrantes ou não da Administração Pública, 
mediante livre nomeação, sem aprovação e nomeação em 
concurso público do qual poderá ser exonerado sem 
motivação; 
2. cargo efetivo, ocupado por agente devidamente aprovado 
em concurso público, podendo vir a adquirir estabilidade em 
três anos, mediante vínculo estatutário após o prazo fixado 
legalmente; 
3. cargo vitalício, regime semelhante ao do efetivo, mas com 
maior garantia, já que a perda do cargo dar-se-á apenas com 
sentença judicial transitada em julgado. Importante destacar 
que a perda não será admitida por meio de decisão 
meramente administrativa. A vitaliciedade será adquirida, em 
regra, em dois anos. 
Vale destacar que, conforme art. 37, V, da Constituição, “as funções 
de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia 
e assessoramento”. Assim, o dispositivo constitucional traz 
regramento distinto quanto à função de confiança e ao cargo em 
comissão. 
COMENTÁRIO 
Enquanto a função de confiança é destinada apenas para aqueles que 
já possuem um cargo efetivo (ex.: Auditor Fiscal é nomeado 
Superintendente), o cargo em comissão pode ser preenchido por 
qualquer pessoa, inclusive por aquele que não seja servidor efetivo, 
desde que um percentual mínimo seja destinado a servidores de 
carreira. 
EMPREGO PÚBLICO 
O emprego público se refere ao vínculo profissional entre a 
Administração Pública e os agentes regidos pela CLT por meio da 
celebração de contrato. 
 
OS EMPREGADOS PÚBLICOS DEVERÃO 
ATENTAR-SE ÀS NORMAS FIXADAS POR 
MEIO DO “CONTRATO DE EMPREGO” PARA O 
DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES. ESSAS 
NORMAS DEVERÃO RESPEITAR TANTO A 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 QUANTO A 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS. 
 
Embora o vínculo seja regido pela CLT, para que o contrato de 
emprego seja celebrado e o emprego público efetivado, é necessário 
que o empregado público tenha sido previamente aprovado em 
concurso público, em virtude da exigência de observância ao 
princípio da impessoalidade, previsto no art. 37, caput, da CF/1988. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTENHA, 
RESPECTIVAMENTE, UM EXEMPLO DE AGENTE 
POLÍTICO E UM DE SERVIDOR ESTATUTÁRIO: 
A-Deputado Estadual de Minas Gerais e os voluntários do “Amigos da 
Escola”. 
B-Vereador do município de Tabocas e os mesários. 
C-Ministro da Saúde e os empregados da Caixa Econômica Federal. 
D- Juiz Federal e os empregados do Banco do Brasil. 
D-Secretário da Saúde do Ceará e os analistas judiciários do Tribunal 
de Justiça de Goiás. 
2. DE ACORDO COM A DOUTRINA, OS SERVIDORES 
ESTATAIS POSSUEM QUATRO TIPOS DE REGIMES: 
REGIME ESTATUTÁRIO, TRABALHISTA, ESPECIAL E 
JURÍDICO ÚNICO. SOBRE O ASSUNTO, ASSINALE A 
ALTERNATIVA CORRETA: 
A- Cada ente federativo deve adotar o regime estatutário aplicável aos 
servidores públicos federais. 
B-O Regime Jurídico Único é aplicável apenas para a Administração 
Pública Direta. 
C-Embora os empregados celetistas não possuam estabilidade, o 
contrato de trabalho pelo regime trabalhista deverá ser feito por prazo 
indeterminado. 
D-Dependendo do caso, poderá ser aplicada a CLT no regime 
especial. 
E-As ações decorrentes de litígios relacionados ao regime especial 
são de competência da justiça do trabalho. 
GABARITO 
1. Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, um 
exemplo de agente político e um de servidor estatutário: 
A alternativa "E " está correta. 
 
 
• Embora sejam agentes públicos, esses dois tipos de agentes 
possuem diferenças. Os agentes políticos exercem função 
política de Estado por meio de cargos estruturais à organização 
política do país. Já os servidores estatutários exercem função 
pública por um vínculo permanente com a Administração Pública 
em uma relação estabelecida por lei. 
2. De acordo com a doutrina, os servidores estatais possuem 
quatro tipos de regimes: regime estatutário, trabalhista, especial 
e jurídico único. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta: 
A alternativa "C " está correta. 
 
 
• De acordo com a doutrina majoritária, não se admite 
estabilidade aos detentores de emprego público. Porém, o 
contrato de trabalho a ser celebrado deverá ser feito por prazo 
indeterminado, podendo ser rescindido caso o empregado pratique 
alguma falta grave estabelecida na CLT. 
MÓDULO 2 
 
Identificar as regras de acesso ao serviço público, estabilidade e direitos 
sociais aplicáveis aos agentes públicos 
REGRAS CONSTITUCIONAIS, CONCURSO PÚBLICO E 
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA 
O ingresso no serviço público como servidor estatutário ou celetista dar-se-á, 
como regra, após aprovação em concurso com posterior nomeação e posse do 
cargo. Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, II, e a 
legislação brasileira trazem algumas regras e requisitos para a realização do 
certame para provimento de cargos. Os cargos públicos, conforme o art. 37, I, 
da CF/1988, podem ser preenchidos por brasileiros e estrangeiros, na forma da 
lei. 
 
O ART. 37, II, DA CF/1988 ESTABELECE 
O CONCURSO PÚBLICO COMO A REGRA DE 
INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO. ESSA 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL É UM REFLEXO DOS 
PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE, MORALIDADE E 
ISONOMIA NO ACESSO A CARGOS PÚBLICOS, 
POIS HÁ ANÁLISE EM CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 
OBJETIVOS ANTES, DURANTE E APÓS O 
CERTAME. 
PORÉM, COM BASE NO PRINCÍPIO DA 
RAZOABILIDADE, A LEI PODERÁ DEFINIR OUTRAS 
EXIGÊNCIAS PARA O INGRESSO NA CARREIRA 
PÚBLICA, DESDE QUE RESPEITE O MÉRITO DO 
SUJEITO COMO CRITÉRIO DE AVALIÇÃO NA 
ESCOLHA. 
 
Alguns cargos públicos, no entanto, não precisam de aprovação em 
concurso por previsão constitucional expressa. A doutrina elenca algumas 
exceções dessa regra que estão previstas no próprio texto constitucional, 
sendo elas: 
CARGOS EM COMISSÃO (ART. 37, II, DA 
CF/1988) 
Não há necessidade de aprovação em concurso público para o 
exercício de funções de direção, chefia e assessoramento previstos 
em lei. Por serem cargos de confiança pessoal, eles são de livre 
nomeação e exoneração, independentemente de motivação (adnutum). 
 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS OU 
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA (ART. 37, 
IX DA CF/1988) 
Essa hipótese constitucional determina que a Administração Pública 
poderá contratar profissionais, sem a obrigatoriedade de concurso 
público, para atender necessidade temporária de excepcional 
interesse público. 
CARGOS ELETIVOS 
Essa hipótese refere-se aos agentes políticos nomeados para 
representarem a sociedade após eleição democrática. Por tratar-se 
da vontade do povo, não é necessária a submissão em prova e 
títulos. 
 
EX-COMBATENTES 
Essa hipótese refere-se aos combatentes que tenham participado de 
forma efetiva na Segunda Guerra Mundial, de acordo com o art. 35, I, 
do ADCT. 
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E 
AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS 
De acordo com a Lei n. 11.350/2006, para esses agentes, é 
necessária a realização de um processo seletivo público diferenciado 
de provas ou, se for o caso, de provas e títulos. 
Existem também outras hipóteses constitucionais que permitem a 
nomeação pelo Chefe do Executivo, sem prévia aprovação em 
concurso público, como a nomeação dos Ministros dos Tribunais de 
Contas, do Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, 
assim como também do Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior do 
Trabalho e do Tribunal Superior Eleitoral, e ainda do quinto 
constitucional. 
O concurso público é um procedimento de seleção que deve seguir 
regras objetivas e embasadas na constituição e na lei. Algumas das 
principais regras são: 
PRAZO DE VIGÊNCIA 
O edital deverá definir o prazo de validade do concurso público, mas 
para isso deverá respeitar a regra constitucional prevista no art. 37, III, 
da CF/1988 (prazo de validade de dois anos prorrogável por igual 
período). 
ALTERAÇÕES EDITALÍCIAS 
Após a publicação do edital, tanto a Administração Pública quanto os 
participantes do certame estarão vinculados aos seus termos, de 
acordo com o princípio de vinculação ao instrumento convocatório. 
Contudo, em casos específicos e excepcionais — devidamente 
justificados em alterações legislativas nos casos de modificação do 
regime de cargos e empregos a serem preenchidas —, o Poder 
Público poderá alterar algumas disposições editalícias. 
CONTROLE JUDICIAL 
Por ser um ato discricionário da Administração Pública, tanto o edital 
quanto o concurso público não se sujeitam ao controle do Poder 
Judiciário no que se refere ao mérito, com base no princípio da 
separação dos poderes. Porém há uma 
exceção: o instrumento convocatório estará sujeito ao controle 
jurisdicional — desde que seja provocado — caso ele estabeleça 
critérios de escolha ou requisitos de admissão que passem dos limites 
dos princípios da razoabilidade e isonomia. 
OBSERVÂNCIA DA ORDEM DE 
CLASSIFICAÇÃO 
Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego na carreira, conforme art. 37, IV, da 
CF/1988. 
RESERVA DE VAGAS PARA PESSOAS 
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA 
De acordo com o art. 37, VIII, da CF, a lei reservará percentual dos 
cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão. No âmbito federal, 
o art. 5º, § 2º, da Lei n. 8.112/1990, prevê 20% para fins de reserva. 
FASES DO CONCURSO 
Conforme o art. 11 da Lei n. 8.112/1990, o concurso será de provas ou 
de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, 
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado 
no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as 
hipóteses de isenção nele expressamente previstas. 
Nesse sentido, em regra, o curso lógico para o ingresso no serviço 
público seria a publicação do edital e a realização do concurso público 
com devida aprovação, nomeação e posse do servidor, entrando em 
exercício na sequência. No curso desse trâmite, algumas questões 
chegaram a ser suscitadas e geraram questionamentos perante a 
jurisprudência. Entre elas, destacaram-se: 
EXIGÊNCIA DE EXAME PSICOTÉCNICO 
CLÁUSULA DE BARREIRA 
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO 
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps2
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps3
EXIGÊNCIA DE EXAME PSICOTÉCNICO 
O exame psicotécnico em sede de concurso público só pode ocorrer 
se contar com previsão expressa em lei e no edital. De acordo com a 
Súmula Vinculante 44 do STF: “Só por lei se pode sujeitar a exame 
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. Entende-se 
também que o referido exame, caso realizado, deve seguir critérios 
objetivos (STF, AI 758.533 QO-RG). 
CLÁUSULA DE BARREIRA 
A cláusula de barreira foi outra questão analisada pelo STF. Essa 
cláusula é uma previsão, contida em Edital, que permite apenas um 
número de candidatos passar para as próximas fases do concurso. A 
título de exemplo, seria permitir que apenas os duzentos melhores 
classificados na prova objetiva passem para a segunda fase e 
realizem uma discursiva. O debate chegou ao STF, que definiu que tal 
previsão editalícia é constitucional (RE 635739). 
DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO 
Outro ponto também analisado pela Suprema Corte diz respeito ao 
direito subjetivo à nomeação de candidatos aprovados dentro do 
número de vagas, mas não nomeados pela Administração Pública. O 
Supremo Tribunal Federal decidiu, em 2007, que o candidato 
aprovado dentro do número de vagas definido no instrumento 
convocatório possui direito subjetivo à nomeação, com base nos 
princípios da boa-fé e segurança jurídica. 
Assim, por exemplo, se um concurso é lançado com vinte vagas de 
preenchimento imediato e um candidato é aprovado na décima 
colocação, ele tem direito subjetivo à nomeação, podendo ajuizar 
demanda para obrigar o Estado a nomeá-lo dentro do prazo de 
validade do concurso. Registre-se que a Súmula 15 do STF dispõe 
que “[d]entro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado 
tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem 
observância da classificação”. 
ATENÇÃO 
De acordo com o STF, o candidato aprovado no número de vagas tem 
direito subjetivo à nomeação: 
1. Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 
2. Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de 
classificação; 
3. Quando surgirem novas vagas ou for aberto novo concurso durante a 
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma 
arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima (tese 
definida no RE 837.311). 
Ocorre que, para essa regra, há uma exceção. De acordo com o Supremo, a 
Administração Pública poderá deixar de convocar os candidatos dentro do 
número de vaga desde que ela demonstre — de forma comprovada e 
justificada — situação excepcional por motivo de necessidade superveniente 
(RE 598.099). 
É necessário destacar que, mesmo se o candidato for nomeado, ele deverá 
preencher os requisitos legais e constitucionais para ocupar o cargo, como: 
 
Imagem: Governo Brasileiro / Wikimedia commons / Domínio público. 
NACIONALIDADE BRASILEIRA 
De acordo com o art. 37, I, da CF/1988, para ingressar no serviço 
público brasileiro, é necessário que o agente seja brasileiro nato ou 
naturalizado. Admite-se o preenchimento de cargo público por 
estrangeiro, na forma da lei. 
 
GOZO DE DIREITOS POLÍTICOS 
De acordo com o art. 5º, II, da Lei n. 8.112/1990, quem não estiver 
em pleno gozo de direitos políticos não poderá ingressar na carreira 
pública federal. Ressalta-se que a CF/1988 estabelece algumas 
hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos, como no caso 
do art. 37, § 4º. 
QUITAÇÃO COM AS OBRIGAÇÕESMILITARES E ELEITORAIS 
De acordo com o art. 5º, III, da Lei n. 8.112/1990, deverá ser 
demonstrada a quitação com as obrigações militares e eleitorais para 
o acesso ao cargo público estatutário civil federal. 
APTIDÃO FÍSICA E MENTAL PARA O 
EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES DO CARGO 
Essa regra pode impedir a posse apenas quando as vedações físicas 
ou mentais sejam amparadas nas funções específicas do cargo a ser 
assumido. 
ATIVIDADE JURÍDICA 
De acordo com o art. 93, I, da CF/1988, existem hipóteses em que será 
exigida, para o ingresso no serviço público, a demonstração de tempo de 
atividade na área jurídica como forma de atestar a experiência devida para a 
execução das funções a serem desempenhadas. 
No vídeo a seguir, o professor Marcílio da Silva Ferreira Filho comenta 
aspectos sobre a estabilidade dos servidores públicos. Vamos assistir! 
ESTABILIDADE, DIREITO DE 
GREVE, DIREITOS SOCIAIS E 
SINDICALIZAÇÃO 
O vínculo dos servidores públicos com a Administração Pública é 
estabelecido por meio do regime estatutário que prevê direitos, 
deveres e prerrogativas inerentes a esses servidores, com base na lei 
ou na Constituição Federal de 1988. Vejamos mais detalhadamente a 
seguir: 
ESTABILIDADE 
Uma das prerrogativas conferidas a ocupantes de cargo efetivo, por 
meio do Texto Constitucional e por lei, é a estabilidade. 
A estabilidade é uma prerrogativa dos servidores públicos que advém 
da Constituição Federal de 1988. Ela atribui aos servidores públicos, 
detentores de cargos de provimento efetivo, após preenchidos os 
requisitos constitucionais, permanência no serviço público, desde 
que não infrinjam alguma situação estabelecida pela própria 
Constituição. 
 
A ESTABILIDADE É ADQUIRIDA APENAS 
PELOS AGENTES DETENTORES DE CARGO 
PÚBLICO EFETIVO. A EFETIVIDADE É UM 
ATRIBUTO DO CARGO PÚBLICO E UM 
REQUISITO INDISPENSÁVEL PARA A 
AQUISIÇÃO DA ESTABILIDADE. IMPORTANTE 
DESTACAR QUE ESSA PRERROGATIVA NÃO 
É CONFERIDA AOS DETENTORES DE 
EMPREGO PÚBLICO OU DE CARGOS EM 
COMISSÃO. 
 
O servidor público, detentor de cargo de provimento efetivo, adquirirá 
a estabilidade após o preenchimento de dois requisitos 
cumulativos: três anos de efetivo serviço no cargo e a aprovação 
em avaliação especial de desempenho, por comissão 
especialmente constituída. O prazo para aquisição da estabilidade e 
desenvolvimento do estágio probatório é o mesmo: três anos (STF, AI 
754802). 
ATENÇÃO 
De acordo com o STF, “o ato de exoneração do servidor é meramente 
declaratório, podendo ocorrer após o prazo de três anos fixados para 
o estágio probatório, desde que as avaliações de desempenho sejam 
efetuadas dentro do prazo constitucional”. Assim, por exemplo, se a 
avaliação do estágio probatório ocorreu nos três anos, mas a 
exoneração só saiu no quarto ano, ela será válida. (STF, RE 805.491 
AgR) 
De acordo com o art. 41, § 1º, da CF/1988, existem hipóteses em que 
o servidor público estável perderá o cargo mesmo após a aquisição da 
estabilidade, sendo elas: 
Em virtude de sentença transitado em julgado. 
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa. 
Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
Essa última hipótese (avaliação periódica de desempenho) depende 
de lei complementar, que — até o presente momento — ainda não foi 
editada. Assim, por se tratar de uma norma constitucional de eficácia 
limitada, a terceira hipótese não tem aplicação prática até o advento 
da lei complementar. 
 SAIBA MAIS 
Importante: Vitaliciedade diferencia-se de estabilidade, uma vez que a 
primeira possui uma prerrogativa maior em relação à segunda quanto 
à perda do cargo (na vitaliciedade, só se perde o cargo por sentença 
judicial transitada em julgado). 
DIREITO DE GREVE 
Embora os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo tenham 
estabilidade, é conhecido e pacificado na doutrina e jurisprudência que 
esses agentes possuem direito de greve (art. 37, VII, da CF/1988). A 
CF/1988 determinou que para ele ser exercido é necessária a edição 
de lei específica. 
Acontece que a referida lei específica ainda não foi editada. O 
Supremo Tribunal Federal, além de ter decidido que esse artigo se 
refere a uma norma de eficácia limitada, determinou que, enquanto 
não houver a edição da respectiva lei específica a regulamentar a 
greve dos servidores, será utilizada, até então, a Lei n. 7.783/1989 (lei 
geral de greve), julgamento que ocorreu nos Mandados de Injunção 
n. 670, 708 e 712. 
Sobre o assunto, o STF também decidiu que os dias parados por 
greve de servidor devem ser descontados, exceto se houver acordo 
de compensação (RE 693456). No mesmo julgado, o STF afirmou que 
o desconto não será devido se a greve for causada em decorrência de 
ilícito cometido pelo Poder Público. 
ATENÇÃO 
Vale ressaltar a vedação constitucional de movimentos paredistas aos 
servidores militares. O art. 142, IV, da CF/88 proíbe que os servidores 
que prestam serviços às Forças Armadas (ex.: Exército, Marinha, 
Aeronáutica, militares e Corpos de Bombeiro) façam greve, pois 
poderia prejudicar as relações necessárias à garantia e manutenção 
da sociedade. O STF entende que policiais civis e todos os servidores 
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública 
também não podem exercer o direito de greve (ARE 654.432). 
DIREITOS SOCIAIS 
É conhecido pelo ordenamento jurídico brasileiro que o direito de 
greve é uma similaridade aplicada tanto para os servidores públicos 
quanto para os trabalhadores urbanos e rurais (art. 9º da CF/1988). 
Ocorre que o próprio Texto Constitucional traz outras similaridades 
entre esses agentes e trabalhadores, por exemplo os direitos sociais. 
De acordo com o art. 39, § 3º da CF/1988, aplicam-se aos servidores 
públicos, ocupantes de cargos efetivos, os seguintes direitos sociais: 
Salário mínimo 
(art. 7º, IV e VII) 
Décimo terceiro salário 
(art. 7º, VIII) 
Adicional noturno 
 
(art. 7º, IX) 
 
Salário-família 
(art. 7º, XII) 
Duração de trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e 
quatro semanais 
(art. 7º, XIII) 
Repouso semanal remunerado 
(art. 7º, XV) 
Hora extra (mínimo de 50%) 
(art. 7º, XVI) 
Férias anuais remuneradas e adicional de férias 
(art. 7º, XVII) 
Licença à gestante 
(art. 7º, XVIII) 
Licença-paternidade 
(art. 7º, XIX) 
Proteção ao mercado de trabalho da mulher 
(art. 7º, XX) 
Redução dos riscos inerentes ao trabalho 
(art. 7º, XXII) 
Proibição de diferença de salários por motivos discriminatórios 
(art. 7º, XXX) 
SINDICALIZAÇÃO 
Além do direito de greve e dos direitos sociais acima, o art. 37, IV, da 
CF/1988 garante aos servidores públicos a livre associação sindical. 
Ela objetiva a construção e facilitação do diálogo entre um grupo de 
servidores com o ente público na busca por boas condições de 
trabalho. Além da sindicalização ser optativa para esses agentes, é 
necessário apontar que é vedada a celebração de acordo ou 
convenção coletiva com a Administração Pública para fins de aumento 
salarial, conforme Súmula 679 do STF. 
REMUNERAÇÃO E 
APOSENTADORIA 
REMUNERAÇÃO 
Como qualquer empregado e trabalhador, o servidor público tem 
direito de ser remunerado pelos seus serviços prestados. Tanto o 
estatuto do servidor público federal quanto a Constituição Federal 
possuem previsões quanto à remuneração desses agentes. 
O sistema constitucional prevê duas formas de contraprestação, com 
regramentos diferentes: 
Por remuneração 
Por subsídio 
 
NO SISTEMA POR REMUNERAÇÃO, MAIS 
COMUM NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO, O 
SERVIDOR RECEBE O VENCIMENTO (VALOR 
BÁSICO PELO DESEMPENHO DO CARGO) E 
PODE RECEBER TAMBÉM VANTAGENS 
PECUNIÁRIAS, COMO ADICIONAIS, 
GRATIFICAÇÕES E/OU INDENIZAÇÕES. O 
SOMATÓRIO DO VENCIMENTO E DAS 
VANTAGENS É DENOMINADO DE 
REMUNERAÇÃO OU DE VENCIMENTOS (NO 
PLURAL). CADA LEGISLAÇÃO TEM 
LIBERDADE PARA FIXAR SUASREGRAS 
REMUNERATÓRIAS, OBSERVADAS AS 
REGRAS DA CONSTITUIÇÃO. 
 
Para que os servidores públicos gozem dessa contraprestação, em 
regra, é necessária a edição de lei específica que defina o quanto 
devem receber, sendo cada um dos Poderes do Estado responsável 
pela edição dessa lei para os seus agentes. Entretanto, a Constituição 
estabelece algumas exceções referentes à exigibilidade de edição de 
lei, como a edição de decreto legislativo para definir a remuneração 
do Presidente da República e do Vice-Presidente (art. 40, VIII da 
CF/1988) e os subsídios dos Vereadores (art. 29, VI, da CF/1988). 
Por ser uma contraprestação decorrente da natureza alimentar, a 
remuneração do servidor público é irredutível e não poderá 
sofrer atrasos em seu pagamento. Entretanto, de acordo com o 
Supremo Tribunal Federal, a irredutibilidade prevista no art. 37, XV da 
Constituição Federal refere-se ao caráter nominal e não real. Logo, 
a irredutibilidade não se estende às perdas decorrentes do aumento 
inflacionário. 
VOCÊ SABIA 
É admitido o desconto da remuneração do servidor público quando 
sobrevir alguma imposição legal/decisão judicial ou consignação em 
folha de pagamentos. 
Existe, também, outra forma de pagamento realizada pelo Poder 
Público: o subsídio, que é uma forma de pagamento realizada 
em parcela única, sendo atribuída a parte dos cargos do serviço 
estatal. Nesse modelo, é vedado o pagamento de gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória. Apesar disso, é possível o pagamento de verbas 
indenizatórias e direitos constitucionais (ex.: décimo terceiro). 
 
O SUBSÍDIO PODERÁ SER IMPLEMENTADO 
PARA OS SERVIDORES DE ACORDO COM A 
FACULDADE DO PODER PÚBLICO, 
EXCEPCIONADO PARA AS CARREIRAS QUE 
SUA INSTITUIÇÃO SEJA OBRIGATÓRIA. O 
ART. 39, § 4º, DA CF, PREVÊ QUE A 
SISTEMÁTICA DE SUBSÍDIO É APLICÁVEL A 
MEMBRO DE PODER, O DETENTOR DE 
MANDATO ELETIVO, OS MINISTROS DE 
ESTADO E OS SECRETÁRIOS ESTADUAIS E 
MUNICIPAIS. 
 
Conforme mencionado, cada um dos Poderes do Estado é 
responsável pela edição da lei que fixa a remuneração de seus 
agentes. Acontece que essa lei deverá respeitar o requisito 
constitucional do teto remuneratório, conforme estabelecido pela 
Emenda Constitucional 19/1998 e 41/2003. Essas emendas 
estabeleceram as seguintes regras como requisitos na definição das 
remunerações: 
Teto remuneratório, subteto estadual e municipal 
Teto 
remuneratório 
Subsídio dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal 
Subteto 
estadual (e 
do DF) 
Subsídio do 
Governador (Executivo) 
Subsídio dos Deputados 
Estaduais/Distritais (Legislativo) 
Subsídio dos desembargadores 
dos TJs em 90,25% do subsídio 
do ministro do Supremo Tribunal 
Federal (Judiciário, Ministério 
Público, Defensoria Pública e 
Procuradorias) 
Subteto 
municipal 
Subsídio do Prefeito 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
De acordo com a doutrina, não se submetem ao teto remuneratório as verbas de natureza 
indenizatória (exemplo: valores de diárias pagos pelo servidor), direitos sociais (exemplo: 
décimo terceiro salário), abono de permanência (art. 40, § 19º da CF/1988) e remuneração da 
atividade de magistério (exemplo: ministro do Supremo Tribunal Federal que também exerce 
função como cargo público de professor). 
 
 
APOSENTADORIA 
Além da remuneração, os servidores públicos, assim como os 
trabalhadores urbanos e rurais, também podem se aposentar, 
havendo um regime especial para os ocupantes de cargo público 
efetivo. Esse direito estabelece aos servidores o recebimento de uma 
remuneração/provento após determinado tempo de serviço e 
preenchimento de certos requisitos sem se manter na execução de 
sua atividade original. 
Diferentemente dos empregados privados, os servidores públicos, 
detentores de cargo efetivo, vinculam-se ao Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS), que possui regras próprias de 
aposentadoria. Seguem algumas de suas características: 
CARÁTER CONTRIBUTIVO DO REGIME 
Após a edição da Emenda Constitucional 20/1998, não será levado 
em conta apenas, para o cálculo e concessão de aposentadoria, o 
tempo de serviço público, mas sim o de contribuição. 
 
CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
Será considerado como tempo de contribuição qualquer dos regimes 
de previdência com que o agente tenha contribuído, salvo o tempo de 
contribuição simultânea entre o exercício particular de professor e em 
cargo público. 
CARÁTER SOLIDÁRIO 
Não é aplicado o regime de capitalização, logo, o agente não contribui 
para seu benefício de forma isolada. No RPPS, os servidores 
contribuem para a manutenção de todo o sistema. 
Com o advento das alterações promovidas por Emendas 
Constitucionais, sendo a mais recente a reforma de previdência, 
seguem as hipóteses atuais de aposentadoria dos servidores públicos 
federais: 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA 
APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
Será concedida a aposentadoria por invalidez após a apresentação de 
um laudo médico oficial que demonstre a incapacidade do agente para 
a prestação de serviço público, sendo, portanto, concedida a 
aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
salvas as hipóteses do art. 40, I, da CF/1988. 
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA 
De acordo com o art. 40, II, da CF/1988, a aposentadoria compulsória 
será aplicada, tanto para homens quanto para mulheres, quando o 
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps2
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps3
agente completar 75 anos, sendo pago com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição, podendo ser integral, nos casos em que o 
agente tenha contribuído o tempo necessário. 
APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA 
Após a reforma da previdência, para ter acesso à aposentadoria 
voluntária, é necessário que o servidor público federal apresente o 
preenchimento dos seguintes requisitos: idade (65 anos para os 
homens e 62 para as mulheres), tempo de trabalho (10 anos de 
serviço público, sendo 5 no cargo). Nesse caso, a renda será 60% da 
média de todos os salários de contribuição, sendo assegurado o 
salário mínimo. 
Os critérios acima estabelecidos foram determinados pela 
Constituição Federal, porém, em alguns casos, os critérios poderão 
ser diferenciados para a concessão do benefício. 
O art. 40, § 4º, da CF/1988 estabelece que os portadores de 
deficiência, os agentes que exerçam atividades de risco e aqueles 
cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou integridade física poderão — mediante Lei 
Complementar — ter critérios diferenciados para concessão de 
benefício. 
COMENTÁRIO 
De acordo com a Lei n. 10.887/2004, a alíquota de contribuição do 
regime próprio de previdência social do servidor público é de 11%. 
Vale destacar que os servidores inativos que ganham acima do teto do 
RPPS também contribuem sobre tudo o que o provento ultrapassar do 
teto, sendo o valor da alíquota de 14%. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. QUANTO ÀS REGRAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 
DO CONCURSO PÚBLICO, ASSINALE A ALTERNATIVA 
CORRETA: 
A-É prescindível a aprovação em concurso público para cargo em 
comissão, uma vez que se trata de cargo de confiança pessoal. 
B-De acordo com a CF/1988, para ingressar no serviço público, é 
necessário que o agente seja brasileiro nato ou português naturalizado 
brasileiro. 
C- Viola a Constituição Federal de 1988 qualquer previsão editalícia 
que exija demonstração de tempo de atividade jurídica como condição 
para ingresso no serviço público. 
D-O prazo de validade expresso pela CF/1988 para os editais é de 
dois anos, prorrogável por mais um ano. 
E-Por ser um ato discricionário, é vedado, em qualquer circunstância, 
controle judicial nos concursos públicos.2. ESTUDAMOS QUE A ESTABILIDADE É UMA 
PRERROGATIVA DOS SERVIDORES PÚBLICOS QUE 
ADVÉM DO PRÓPRIO TEXTO CONSTITUCIONAL. ELA 
POSSIBILITA QUE OS SERVIDORES EFETIVOS 
PERMANEÇAM NO SERVIÇO PÚBLICO, DESDE QUE 
NÃO INFRINJAM ALGUMA SITUAÇÃO PREVISTA PELA 
CONSTITUIÇÃO. SOBRE ESSE TEMA, ASSINALE A 
AFIRMATIVA CORRETA: 
A-De acordo com a jurisprudência, a estabilidade 
 
é conferida tanto para os agentes detentores de cargo efetivo quanto para os 
empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. 
B-Estabilidade e vitaliciedade não possuem diferenças, uma vez que os dois 
institutos protegem os servidores públicos contra eventuais perseguições ou 
demissões injustificadas pela Administração Pública. 
C-De acordo com a doutrina, o servidor público poderá perder o cargo, após a 
aquisição da estabilidade, por meio do deferimento de alguma tutela ou 
segurança no curso de uma ação judicial. 
D-Existem dois requisitos para a aquisição da estabilidade: três anos de efetivo 
serviço e aprovação em avaliação especial de desempenho. 
E-O servidor público, após a aquisição da estabilidade, perderá o seu cargo 
apenas por meio de sentença judicial transitada em julgado. 
GABARITO 
1. Quanto às regras constitucionais e legais do concurso público, 
assinale a alternativa correta: 
A alternativa "A " está correta. 
 
 
• Por se tratar de cargo de confiança, é dispensável a realização de 
concurso público para o preenchimento de vagas de cargos em 
comissão. Nesse sentido, não há estabilidade, uma vez que são de livre 
nomeação e exoneração. 
2. Estudamos que a estabilidade é uma prerrogativa dos servidores 
públicos que advém do próprio Texto Constitucional. Ela possibilita que 
os servidores efetivos permaneçam no serviço público, desde que não 
infrinjam alguma situação prevista pela Constituição. Sobre esse tema, 
assinale a afirmativa correta: 
A alternativa "D " está correta. 
 
 
• Para que o servidor público possa adquirir a estabilidade, é necessário 
que ele preencha dois requisitos: três anos de efetivo serviço no cargo e 
aprovação em avaliação especial de desempenho, por comissão 
especialmente constituída. 
MÓDULO 3 
 
Categorizar os direitos e deveres aplicáveis aos servidores públicos e as 
responsabilidades decorrentes de eventual conduta ilícita 
DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES 
ESTATUTÁRIOS 
 
O estatuto dos servidores públicos federais (Lei n. 8.112/1990) 
estabeleceu direitos e vantagens, que materializam os princípios da 
administração pública na execução dos serviços públicos. Esses 
direitos e vantagens estão previstos no Título III da Lei n. 8.112/90, 
sendo eles: 
Vencimento e remuneração 
Vantagens 
Férias 
Licenças 
Afastamentos 
Concessões 
VENCIMENTOS 
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, 
com valor fixado em lei. A ele podem ser acrescidas vantagens, que 
são parcelas pecuniárias acrescidas ao vencimento dos servidores 
públicos em decorrência de condição fática prevista em lei. Logo, 
quando preenchidas, o servidor terá direito de recebê-las. Elas são 
divididas em: 
Indenizações 
Gratificações 
Adicionais 
 SAIBA MAIS 
O somatório do vencimento e das vantagens é chamado de 
remuneração ou de “vencimentos”, no plural. O servidor público tem 
direito a receber como remuneração (total) pelo menos um salário 
mínimo, conforme Súmula Vinculante 16. 
INDENIZAÇÕES 
Indenizações são vantagens pagas como uma forma de reparar 
eventuais gastos feitos pelo servidor na prestação da atividade 
pública. Elas possuem natureza ressarcitória, portanto, não são 
consideradas acréscimo patrimonial. O Estado deverá ressarcir o 
prejuízo causado ao servidor que precisou despender seus próprios 
recursos para prestar o serviço público. De acordo com a Lei n. 
8.112/1990, elas são divididas em quatro tipos: 
DIÁRIA 
Indenização devida quando houver deslocamento temporário para 
prestação do serviço público, como as despesas de alimentação e 
locomoção urbana. A lei traz algumas exceções, como no caso de o 
deslocamento do servidor ocorrer dentro da mesma região 
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 
municípios limítrofes e regularmente instituídas ou em áreas de 
controle integrado mantidas com países limítrofes, nos quais há 
extensão de jurisdição e competência dos órgãos. 
AJUDA DE CUSTO 
Essa indenização será paga quando houver deslocamento 
permanente da sede, com mudança de domicílio e no interesse da 
Administração Pública. Esse tipo de indenização não objetiva custear 
as despesas com a mudança, já que o Estado deverá custear gastos 
de transporte tanto do servidor quanto de sua família, assim como a 
passagem, bagagem e os bens pessoais. 
TRANSPORTE 
Essa indenização será devida quando houver despesas relacionadas 
à execução de serviços públicos externos por meio próprio de 
locomoção por força das atribuições inerentes ao cargo. 
AUXÍLIO-MORADIA 
Essa indenização será paga para o servidor que tiver sido deslocado 
de sua sede para exercer cargos em comissão de DAS 4, 5 e 6, 
cargos de natureza especial ou de ministros de estado. Para que ele 
seja devido, é necessário que não exista imóvel funcional disponível 
para uso pelo servidor, que o cônjuge ou o companheiro do servidor 
não ocupe imóvel funcional; que o servidor ou seu cônjuge ou 
companheiro não seja ou tenha sido proprietário promitente 
comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no 
Município onde for exercer o cargo; que nenhuma outra pessoa que 
resida com o servidor receba auxílio-moradia; que o município no qual 
assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se 
enquadre dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana 
ou microrregião; que o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha 
residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o 
cargo em comissão ou função de confiança; que o deslocamento não 
tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo 
efetivo; que o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
GRATIFICAÇÕES 
As gratificações foram regulamentadas no art. 61, I, II e IX da Lei 
8.112/1990, sendo divididas em: 
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO 
GRATIFICAÇÃO NATALINA 
GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE 
CURSO OU CONCURSO 
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO 
É paga ao agente pelo exercício de uma função de direção, chefia ou 
assessoramento. Ela é uma forma de remuneração devida em virtude 
do exercício de funções não inerentes à estrutura do cargo de origem 
do agente. 
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps1a
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps2a
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps3a
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01297/index.html#collapse-steps3a
GRATIFICAÇÃO NATALINA 
É devida ao servidor até o dia 20 de dezembro de cada ano. Ela é 
calculada a partir da proporção de doze avos da remuneração de 
dezembro para cada mês de serviço público que tenha sido prestado 
pelo agente. 
GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO DE 
CURSO OU CONCURSO 
É devida para o servidor que: 
a. atuar como instrutor em curso de formação, de 
desenvolvimento ou treinamento regularmente instituído no 
âmbito da Administração Pública Federal; 
b. participar de banca examinadora ou de comissão para 
exames orais, para análise curricular, para correção de 
provas discursivas, para elaboração de questões de provas 
ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; 
c. participar da logística de preparação e de realização de 
concurso público envolvendo atividades de planejamento, 
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, 
quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas 
atribuições permanentes; 
d. participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame 
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essasatividades. 
ADICIONAIS 
Os adicionais são acréscimos patrimoniais estabelecidos por meio do 
art. 61, VI, VII e VIII da Lei n. 8.112/1990. Para que eles sejam 
devidos, é necessário que o servidor dependa de uma situação fática 
que não configure vantagem pessoal. De acordo com a referida lei, 
eles podem ser divididos em: 
ADICIONAL PELO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES 
INSALUBRES, PERIGOSAS OU PENOSAS 
É devido para os servidores que exercem atividades prejudiciais à saúde, como 
aqueles que têm contato com substâncias tóxicas, com perigo de vida ou 
atividades que exijam grande esforço para serem realizadas. 
 
ADICIONAL PELA PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO 
Refere-se à hora extra. Ele é uma verba acessória devida ao servidor 
que trabalha além de sua jornada de trabalho diária por conta da 
necessidade do serviço público. O tempo de hora extra não poderá 
ultrapassar duas horas por jornada, sendo remunerado com adicional 
de 50% a mais em relação à hora normal. 
ADICIONAL NOTURNO 
É devido para os servidores que trabalham entre as vinte e duas horas 
até as cinco horas do dia seguinte em um percentual de 25% da 
remuneração da hora normal. Vale ressaltar que a hora noturna tem 
duração de cinquenta e dois minutos e trinta segundos, logo, o 
servidor fará jus tanto ao adicional noturno, quanto ao cômputo 
diferenciado da hora de trabalho no turno noturno. 
 
ADICIONAL DE FÉRIAS 
Deverá ser pago ao servidor público por conta de suas férias. Ele 
corresponde a 1/3 de sua remuneração. 
FÉRIAS 
De acordo com o art. 7º, XVIII, e o art. 39, § 3º, da Constituição 
Federal, o terceiro direito e vantagem conferido ao servidor estatutário 
são as férias. É necessário que o agente complete doze meses de 
exercício (período aquisitivo) para que consiga gozar de seu primeiro 
período de férias (30 dias). A Lei n. 8.112/1990 estabelece três 
características próprias desse direito para os servidores públicos, 
sendo elas: 
ACUMULAÇÃO 
O servidor poderá acumular o período de férias por, no máximo, dois 
períodos. Essa opção não se refere a uma faculdade do agente 
público, mas sim do próprio interesse da Administração Pública. 
PARCELAMENTO 
Essa característica trata-se de uma possibilidade de parcelamento das 
férias em três períodos. Essa hipótese é uma faculdade do servidor 
público que poderá ser aceita ou não pela Administração Pública. 
INTERRUPÇÃO 
De acordo com o art. 80, da Lei n. 9.527/1997, o servidor poderá ter 
suas férias interrompidas caso atue na prestação de atividade de 
interesse público. Contudo, ela poderá ser interrompida uma única vez 
no mesmo período, e o restante será usufruído pelo servidor sem uma 
nova interrupção. 
LICENÇAS 
O quarto direito e vantagem conferido ao servidor são as licenças. Em 
algumas situações legais, o servidor público poderá se afastar do 
exercício da atividade pública de forma regular sem configurar 
ausência injustificada. Com base na Lei n. 8.112/1990, existem sete 
hipóteses de licenças: 
POR MOTIVO DE DOENÇA FAMILIAR 
Para fazer jus a essa licença, o servidor deverá comprovar por junta médica 
oficial que alguma pessoa da família (exemplo: cônjuge, companheiro, pais, 
filhos, padrasto, madrasta, enteado ou dependente) esteja doente, dependa de 
sua assistência direta e que seja difícil conciliar a ajuda com o exercício de sua 
função pública. Aprovada a licença, o servidor terá direito de até 60 dias (com 
remuneração), podendo esse prazo ser prorrogado por até 90 dias (sem 
remuneração). 
POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE 
Acontece quando o cônjuge do servidor é deslocado para outro lugar do 
território nacional, ou exterior, para exercício de mandato eletivo (Poder 
Legislativo ou Executivo). Ela não tem prazo definido em lei, podendo ser até 
mesmo concedida por tempo indeterminado. 
PARA EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLÍTICA 
Licença concedida ao servidor que queira participar das eleições como 
candidato. Ela é fracionada em dois momentos: 
a. escolha do servidor, na convenção partidária, até a véspera do registro da 
candidatura na justiça eleitoral (sem remuneração); 
b. registro da candidatura e até dez dias após as eleições (com remuneração 
em um prazo máximo de até três meses). 
PARA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR 
Será concedida para o servidor que prestar atividade militar. Ela dura todo o 
tempo do serviço militar. Logo, quando terminar o exercício da referida função, 
a licença será expirada. 
POR MOTIVO DE INTERESSE PARTICULAR 
Trata-se de uma licença imotivada, ou seja, o servidor não precisa explicar o 
motivo. Ela poderá ser concedida por até três anos, improrrogáveis e sem 
remuneração, ao critério da Administração Pública, tendo em vista o interesse 
público. 
PARA CAPACITAÇÃO 
O servidor público terá direito a até três meses de licença (com remuneração) 
para participar de curso de capacitação, desde que ele cumpra cinco anos de 
efetivo exercício no serviço público. Vale ressaltar que os períodos são 
inacumuláveis, ou seja, se o servidor completar dez anos de exercício, ele não 
terá direito a seis meses de curso de capacitação. 
PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA 
De acordo com o art. 92, da Lei n. 8.112/1980, é assegurado ao servidor o 
direito à licença (sem remuneração) para o desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, 
sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da 
profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em 
sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar 
serviços a seus membros. 
AFASTAMENTOS 
O quinto direito e vantagem conferido aos servidores são os 
afastamentos, que são outras hipóteses de ausência do servidor 
público para o exercício de outras atividades de interesse coletivo ou 
social. A Lei n. 8.112/1990 cita quatro tipos de afastamentos: 
PARA O EXERCÍCIO DE MANDADO 
ELETIVO 
Afastamento de servidores eleitos, em cargos efetivos, para a funções 
com representatividade popular. Essa hipótese trata-se de uma 
manifestação clara da soberania do interesse público em virtude de 
um processo democrático. A Constituição Federal traz alguns casos 
em que o servidor poderá acumular o exercício das funções em 
mandato eletivo, como nos casos dos vereadores. 
PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU 
ENTIDADE 
Afastamento do servidor público cedido para exercício em outro órgão 
ou entidade da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, para o exercício de cargo em comissão, função de 
confiança ou outros descritos por lei. 
PARA ESTUDO OU MISSÃO NO 
EXTERIOR 
Afastamento com a finalidade de estudo ou missão oficial fora do país. 
Para que ele seja concedido, é necessária a autorização do 
Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo 
e do Presidente do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a lei, 
essa ausência não poderá exceder quatro anos. 
PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA 
DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO 
SENSU NO BRASIL 
Afastamento concedido ao servidor público para participação em 
programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-
doutorado) em instituição de ensino superior no Brasil. 
CONCESSÕES 
O sexto e último direito e vantagem conferidos aos servidores são as 
concessões. Elas, também, são hipótese de ausência – como efetivo 
serviço – do servidor no serviço público. De acordo com a Lei n. 
8.112/1990, elas são divididas em: 
DOAÇÃO DE SANGUE – 1 DIA 
ALISTAMENTO ELEITORAL- 2 DIAS 
CASAMENTO OU LUTO PELO 
FALECIMENTO DO CÔNJUGE, 
COMPANHEIRO, PAIS, MADRASTA, 
PADRASTO, FILHOS, ENTEADOS, 
MENOR SOB GUARDA E TUTELA OU 
IRMÃOS- 8 DIAS 
DEVERES E 
RESPONSABILIDADES DOS 
SERVIDORES ESTATUTÁRIOS 
Conforme estudado, por terem um vínculo com o Estado diferente dos 
celetistas e temporários, os servidores públicos possuem direitos 
próprios decorrentes da Constituição ou de seu respectivo estatuto. 
Além desses direitos,os servidores estatutários devem laborar de 
modo eficiente e produtivo para que honrem os princípios da 
Administração Pública. Para isso, a Lei n. 8.112/1990 estabelece 
deveres aos servidores estatutários: 
EXERCER COM ZELO E DEDICAÇÃO AS 
ATRIBUIÇÕES DO CARGO 
Em consonância com o princípio da eficiência do serviço público, o 
servidor estatutário deverá exercer com zelo, cuidado e dedicação as 
atribuições de seu cargo, tanto em caráter quantitativo quanto 
qualitativo. 
 
SER LEAL ÀS INSTITUIÇÕES A QUE 
SERVIR 
A lealdade às instituições pressupõe a observância tanto de regras 
quanto dos princípios da atividade administrativa. Além disso, esse 
dever proíbe o uso da imagem institucional desvinculada do interesse 
público. 
OBSERVAR AS NORMAS LEGAIS E 
REGULAMENTARES 
Em consonância com o princípio da legalidade, o servidor estatutário deve 
observar todas as normas jurídicas no exercício da atividade administrativa. 
 
CUMPRIR ORDENS SUPERIORES, 
EXCETO QUANDO MANIFESTAMENTE 
ILEGAIS 
De acordo com o poder hierárquico, o servidor público deverá acatar e 
cumprir as ordens superiores, salvo quando manifestamente ilegais. 
ATENDER COM PRESTEZA 
Ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por 
sigilo; 
À expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
Às requisições para a defesa da Fazenda Pública: o servidor público deverá atender com 
presteza e agilidade quaisquer solicitações vindas dos superiores ou de qualquer cidadão, salvo 
as informações sigilosas. 
Nesse sentido, estará configurada como ato ilícito a demora ou lentidão injustificada na 
prestação do serviço público. 
 
LEVAR AS IRREGULARIDADES DE QUE TIVER CIÊNCIA EM RAZÃO DO CARGO AO 
CONHECIMENTO DA AUTORIDADE SUPERIOR OU, QUANDO HOUVER SUSPEITA DE 
ENVOLVIMENTO DESTA, AO CONHECIMENTO DE OUTRA AUTORIDADE COMPETENTE PARA 
APURAÇÃO 
Em respeito aos princípios da moralidade e legalidade, o servidor público deverá comunicar 
qualquer irregularidade de que tiver ciência à autoridade superior competente. 
ZELAR PELA ECONOMIA DO MATERIAL 
E A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO 
PÚBLICO 
O servidor público deverá zelar pela economia de todo o material 
utilizado na execução do serviço público e pela conservação da 
repartição pública, uma vez que ela faz parte do patrimônio público. 
 
GUARDAR SIGILO SOBRE ASSUNTO DE 
REPARTIÇÃO 
O servidor público tem o dever de guardar sigilo sobre assunto de 
repartição. Importante destacar que constitui infração administrativa 
sujeita à sanção de demissão a revelação de segredo da qual o 
servidor tenha se apropriado em razão do cargo. 
MANTER CONDUTA COMPATÍVEL COM A 
MORALIDADE ADMINISTRATIVA 
Em harmonia com o princípio da moralidade, o servidor público deverá pautar 
suas condutas em padrões éticos. Atos de improbidade, desonestos e imorais 
configuram ofensa ao decoro administrativo. 
 
SER ASSÍDUO E PONTUAL AO SERVIÇO 
O servidor público deverá comparecer assiduamente ao local de 
trabalho. Importante destacar que a chefia poderá descontar na 
remuneração do servidor se ele faltar ou atrasar injustificadamente. 
TRATAR COM URBANIDADE AS 
PESSOAS 
Durante o exercício da atividade pública, os servidores deverão prezar 
pelas boas maneiras, linguagens e cortesia, tanto na forma verbal 
quanto não verbal, como na escrita e nos gestos. 
 
REPRESENTAR CONTRA ILEGALIDADE, 
OMISSÃO OU ABUSO DE PODER 
Para preservar os princípios da administração pública, o servidor 
deverá representar contra qualquer ilegalidade, omissão ou abuso de 
poder. De acordo com o parágrafo único do artigo acima, a 
representação deverá ser encaminhada pela via hierárquica e 
apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, 
assegurando ampla defesa ao representado. 
ATENÇÃO 
Conforme estabelecido pela Lei n. 8.112/1990, o servidor estatutário 
que atentar contra um desses deveres poderá 
ser responsabilizado na esfera civil, penal e administrativa, conforme 
a natureza do ato. A referida lei regulamenta as penalidades que 
podem ser aplicadas a esses agentes por meio do regime disciplinar. 
Importante destacar que deverá ser oportunizado ao servidor o 
contraditório e ampla defesa antes, durante e após a apuração da 
conduta ilícita. 
RESPONSABILIDADE DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS 
Constituídos os direitos e deveres dos servidores públicos, o estatuto 
do servidor federal (Lei n. 8.112/1990) também estabeleceu a 
responsabilidade dos servidores públicos quando houver a prática de 
condutas ilícitas. As consequências das práticas dessas condutas 
ensejarão a responsabilização na esfera penal, civil e administrativa. 
Vejamos a seguir: 
SANÇÕES PENAIS 
Serão aplicadas ao servidor que cometer crimes ou contravenções no 
exercício da atividade pública, sendo aplicadas as disposições 
previstas na legislação penal. 
SANÇÕES CIVIS 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Serão aplicadas ao servidor que praticar infrações que ensejem dano 
à Administração Pública ou a terceiros. Esse tipo de sanção está 
previsto na Lei n. 8.429/1992. 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 
Serão aplicadas ao servidor que descumprir normas funcionais. Esse 
tipo de sanção está previsto na Lei n. 8.112/1990. 
É POSSÍVEL QUE O SERVIDOR PÚBLICO 
SOFRA – CUMULATIVAMENTE – SANÇÕES EM 
CADA UMA DESSAS ESFERAS. CADA UMA 
DESSAS INSTÂNCIAS É INDEPENDENTE 
(PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DE 
INSTÂNCIAS) ENTRE SI E TEM SEU 
FUNDAMENTO DIVERSO DAS OUTRAS, LOGO, 
NÃO HÁ A OCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. 
 
Cada legislação dos entes federativos pode definir o regime disciplinar 
dos seus servidores públicos no âmbito da responsabilidade 
administrativa. Vejamos a definição de Marçal Justen Filho para a 
responsabilidade administrativa: 
javascript:void(0)
CONSISTE NO DEVER DE O AGENTE 
ESTATAL RESPONDER PELOS EFEITOS 
JURÍDICO-ADMINISTRATIVOS DOS ATOS 
PRATICADOS, NO DESEMPENHO DA 
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA ESTATAL, 
INCLUSIVE SUPORTANDO A SANÇÃO 
ADMINISTRATIVA COMINADA EM LEI 
PELA PRÁTICA DE ATO ILÍCITO. 
JUSTEN FILHO, 2009, p. 850 
Conforme visto, em regra, as esferas são independentes e podem 
aplicar sanções de forma isolada e cumulativa em relação às demais. 
Porém, a legislação apresenta uma exceção: quando o servidor for 
absolvido na esfera penal por inexistência de fato ou negativa de 
autoria. Por consequência, o servidor deverá ser absolvido na esfera 
civil e administrativa quando houver a incidência de uma dessas 
hipóteses. 
COMENTÁRIO 
O estatuto do servidor público federal abrange, também, a 
possibilidade de as sanções patrimoniais serem transmitidas aos 
herdeiros e sucessores do servidor público falecido que tenha 
cometido alguma sanção, nos limites da herança. 
No vídeo a seguir, o professor Marcílio da Silva Ferreira Filho fala 
sobre as diferentes espécies de responsabilidade do servidor público. 
Vamos assistir! 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. EM RELAÇÃO AOS DIREITOS E VANTAGENS DOS 
SERVIDORES ESTATUTÁRIOS DEFINIDOS PELA LEI N. 
8.112/1990, ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA: 
A-Ajuda de custo refere-se ao custo do servidor em relação ao 
deslocamento temporário para prestação do serviço público, como 
despesas relacionadas a alimentação ou locomoção. 
B-O adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas é devido apenas ao trabalhador urbano ou rural, uma vez que 
o servidor estatutário não pode valer-se das normas estabelecidas 
pela CLT. 
C-As férias são um direito constitucional aplicável ao servidor público, 
logo, elas não poderão, em hipótese nenhuma, ser interrompidas. 
D-A licença por motivo de interesse particular refere-se a uma licença 
imotivada, podendo ser concedida por até quatro anos com 
remuneração. 
E-É possível que o servidor acumule o período de férias por, no 
máximo, dois períodos, e, caso queira, poderá parcelar suas férias em 
três períodos. 
2. JOÃO, SERVIDORPÚBLICO FEDERAL, FOI 
INDICIADO NA ESFERA PENAL POR CORRUPÇÃO 
PASSIVA. DE FORMA CONJUNTA E INDEPENDENTE, A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ABRIU UM PROCESSO 
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PARA CONSTATAR OS 
FATOS ILÍCITOS ATRIBUÍDOS A JOÃO. OCORRE QUE, 
DURANTE A AUDIÊNCIA CRIMINAL, O JUIZ 
SENTENCIOU EM FAVOR DE JOÃO POR ALEGAR 
“INEXISTÊNCIA DE FATO”. APÓS ALGUNS MESES, A 
SENTENÇA FOI TRANSITADA EM JULGADO. ASSINALE 
A AFIRMATIVA VERDADEIRA: 
A-A Administração Pública não poderá absolver João na esfera 
administrativa, uma vez que as esferas são independentes e não se 
comunicam. 
B-A Administração Pública poderá absolver João na esfera 
administrativa desde que fique comprovado que ele não praticou o ato 
ilícito. 
C-A Administração Pública poderá aplicar uma sanção branda a João 
uma vez que ele foi absolvido na esfera criminal. 
D-A Administração Pública deverá isentar João de eventuais punições 
na esfera administrativa tendo em vista que a “inexistência de fato” é 
uma exceção à regra da independência das instâncias. 
E-A Administração Pública deverá absolver João 
na esfera administrativa, porém deverá aplicar advertência por ter “manchado” 
a imagem da União. 
 
GABARITO 
1. Em relação aos direitos e vantagens dos servidores estatutários 
definidos pela Lei n. 8.112/1990, assinale a afirmativa correta: 
A alternativa "E " está correta. 
 
 
• De acordo com a Lei n. 8.112/1990, o servidor público poderá acumular 
o período de férias por, no máximo, dois períodos e parcelar suas férias 
em até três períodos. Porém, o parcelamento dependerá de aprovação 
da Administração Pública. 
2. João, servidor público federal, foi indiciado na esfera penal por 
corrupção passiva. De forma conjunta e independente, a Administração 
Pública abriu um processo administrativo disciplinar para constatar os 
fatos ilícitos atribuídos a João. Ocorre que, durante a audiência criminal, 
o juiz sentenciou em favor de João por alegar “inexistência de fato”. Após 
alguns meses, a sentença foi transitada em julgado. Assinale a afirmativa 
verdadeira: 
A alternativa "D " está correta. 
 
 
• As instâncias são independentes entre si, podendo, até mesmo, ocorrer 
acumulação de sanções cíveis, penais e administrativas em face de um 
agente público. Porém, de acordo com a doutrina e jurisprudência, a 
Administração Pública deverá isentar o servidor público de qualquer 
sanção desde que ele seja absolvido por “inexistência de fato” ou 
“negativa de autoria” na esfera criminal. 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Abordamos as principais características dos agentes públicos e os tipos de 
regime em que se enquadram. Em consonância com os princípios 
constitucionais, o Estado promove eficiência na prestação do serviço público ao 
definir regras para cada tipo de agente que o integra. 
Como vimos, as regras de acesso ao serviço público – temporário ou 
indeterminado – viabilizam um bom arranjo para a estrutura 
organizacional do Estado. Além disso, analisamos os principais 
direitos e deveres dos agentes públicos que possibilitam a garantia e 
segurança da fiel execução do serviço público e possíveis 
responsabilidades por eventuais condutas ilícitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	DESCRIÇÃO
	PROPÓSITO
	PREPARAÇÃO
	OBJETIVOS
	MÓDULO 1
	MÓDULO 2
	MÓDULO 3
	INTRODUÇÃO
	MÓDULO 1
	AGENTES POLÍTICOS, SERVIDORES ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS
	[...] TODO AQUELE QUE EXERCE, AINDA QUE DE FORMA TRANSITÓRIA OU NÃO REMUNERADA, POR ELEIÇÃO, NOMEAÇÃO, DESIGNAÇÃO, CONTRATAÇÃO OU OUTRA FORMA DE INVESTIDURA SEM VÍNCULO, MANDATO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, INDIRETA OU FUNDACIONA...
	ATENÇÃO
	AGENTES POLÍTICOS
	PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO
	SERVIDORES ESTATAIS
	AGENTES POLÍTICOS
	DESIGNADOS
	VOLUNTÁRIOS
	DELEGADOS
	CREDENCIADOS
	SERVIDORES ESTATAIS
	[...] OS MILITARES ESTÃO SUJEITOS A ESTATUTOS PRÓPRIOS ESTABELECIDOS ATRAVÉS DE LEI ESTADUAL ESPECÍFICA, NOS CASOS DOS MILITARES DOS ESTADOS, OU LEI FEDERAL (NO CASO DOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS), DISPONDO SOBRE OS LIMITES DE IDADE, A ESTABILIDADE...
	REGIME ESTATUTÁRIO, TRABALHISTA, ESPECIAL E JURÍDICO ÚNICO
	REGIME ESTATUTÁRIO
	POR ESTABELECER DIREITOS E DEVERES PRÓPRIOS, O REGIME ESTATUTÁRIO POSSUI ALGUMAS NUANCES, DIFERENÇAS E CARACTERÍSTICAS ÚNICAS ENTRE OS DEMAIS REGIMES, SENDO ELAS: ESTABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO, REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS), POSSIBILI...
	REGIME JURÍDICO ÚNICO
	ATENÇÃO
	O REGIME JURÍDICO ÚNICO, NO ÂMBITO FEDERAL, É O REGIME ESTATUTÁRIO, DELIMITADO PELA LEI N. 8.112/1990, QUE É UTILIZADO COMO MODELO POR DIVERSOS ENTES FEDERATIVOS. ESSE DIPLOMA ou. NORMATIVO ESTABELECEU O ESTATUTO APLICÁVEL A TODOS OS SERVIDORES FEDERA...
	REGIME TRABALHISTA
	ATENÇÃO
	REGIME ESPECIAL
	ATENÇÃO
	CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA
	FUNÇÃO PÚBLICA
	CARGO PÚBLICO
	EMPREGO PÚBLICO
	FUNÇÃO PÚBLICA
	A FUNÇÃO PÚBLICA REFERE-SE ÀS TAREFAS QUE SERÃO EXECUTADAS PELO AGENTE PÚBLICO. NESSE SENTIDO, TODO CARGO OU EMPREGO POSSUI UMA FUNÇÃO. PORÉM, NEM TODA FUNÇÃO POSSUI UM CARGO OU EMPREGO, JÁ QUE HÁ FUNÇÕES SEM CARGO, COMO AS ATRIBUÍDAS A UM PARTICULAR ...
	CARGO PÚBLICO
	DE ACORDO COM CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO (2003, P. 234), CARGOS PÚBLICOS SÃO “UNIDADES DE COMPETÊNCIA A SEREM EXPRESSAS POR UM AGENTE, PREVISTAS EM NÚMERO CERTO, COM DENOMINAÇÃO PRÓPRIA, RETRIBUÍDAS POR PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E CRIA...
	CARGO PÚBLICO É UM CONJUNTO DE ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DESIGNADAS A UM SERVIDOR PÚBLICO COM VÍNCULO ESTATUTÁRIO — DE NATUREZA PROFISSIONAL E PERMANENTE — PARA A CORRETA EXECUÇÃO DE SUAS ATIVIDADES. PARA CRIAR, TRANSFORMAR E EXTINGUIR CARGOS PÚ...
	COMENTÁRIO
	EMPREGO PÚBLICO
	OS EMPREGADOS PÚBLICOS DEVERÃO ATENTAR-SE ÀS NORMAS FIXADAS POR MEIO DO “CONTRATO DE EMPREGO” PARA O DESEMPENHO DE SUAS ATIVIDADES. ESSAS NORMAS DEVERÃO RESPEITAR TANTO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 QUANTO A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS.
	VERIFICANDO O APRENDIZADO
	1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CONTENHA, RESPECTIVAMENTE, UM EXEMPLO DE AGENTE POLÍTICO E UM DE SERVIDOR ESTATUTÁRIO:
	2. DE ACORDO COM A DOUTRINA, OS SERVIDORES ESTATAIS POSSUEM QUATRO TIPOS DE REGIMES: REGIME ESTATUTÁRIO, TRABALHISTA, ESPECIAL E JURÍDICO ÚNICO. SOBRE O ASSUNTO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
	MÓDULO 2
	REGRAS CONSTITUCIONAIS, CONCURSO PÚBLICO E CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
	O ART. 37, II, DA CF/1988 ESTABELECE O CONCURSO PÚBLICO COMO A REGRA DE INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO. ESSA PREVISÃO CONSTITUCIONAL É UM REFLEXO DOS PRINCÍPIOS DA IMPESSOALIDADE, MORALIDADE E ISONOMIA NO ACESSO A CARGOS PÚBLICOS, POIS HÁ ANÁLISE EM CRIT...
	PORÉM, COM BASE NO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE, A LEI PODERÁ DEFINIR OUTRAS EXIGÊNCIAS PARA O INGRESSO NA CARREIRA PÚBLICA, DESDE QUE RESPEITE O MÉRITO DO SUJEITO COMO CRITÉRIO DE AVALIÇÃO NA ESCOLHA.
	CARGOS EM COMISSÃO (ART. 37, II, DA CF/1988)
	SERVIDORES TEMPORÁRIOS OU CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA (ART. 37, IX DA CF/1988)
	CARGOS ELETIVOS
	EX-COMBATENTES
	AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS
	PRAZO DE VIGÊNCIA
	ALTERAÇÕES EDITALÍCIAS
	CONTROLE JUDICIAL
	OBSERVÂNCIA DA ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO
	RESERVA DE VAGAS PARA PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
	FASES DO CONCURSO
	EXIGÊNCIA DE EXAME PSICOTÉCNICO
	CLÁUSULA DE BARREIRA
	DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO
	ATENÇÃO
	NACIONALIDADE BRASILEIRA
	GOZO DE DIREITOS POLÍTICOS
	QUITAÇÃO COM AS OBRIGAÇÕES MILITARES E ELEITORAIS
	APTIDÃO FÍSICA E MENTAL PARA O EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES DO CARGO
	ATIVIDADE JURÍDICA
	ESTABILIDADE, DIREITO DE GREVE, DIREITOS SOCIAIS E SINDICALIZAÇÃO
	ESTABILIDADE
	A ESTABILIDADE É ADQUIRIDA APENAS PELOS AGENTES DETENTORES DE CARGO PÚBLICO EFETIVO. A EFETIVIDADE É UM ATRIBUTO DO CARGO PÚBLICO E UM REQUISITO INDISPENSÁVEL PARA A AQUISIÇÃO DA ESTABILIDADE. IMPORTANTE DESTACAR QUE ESSA PRERROGATIVA NÃO É CONFERIDA ...
	ATENÇÃO
	SAIBA MAIS
	DIREITO DE GREVE
	ATENÇÃO
	DIREITOS SOCIAIS
	SINDICALIZAÇÃO
	REMUNERAÇÃO E APOSENTADORIA
	REMUNERAÇÃO
	NO SISTEMA POR REMUNERAÇÃO, MAIS COMUM NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO,

Outros materiais