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ÉTICA PARA OAB.

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Resumos das questões – ética
Atividade privativa
É dever do advogado atuar com destemor e independência, tratando todos com urbanidade, porém devendo zelar por suas prerrogativas.
É ato privativo do advogado visar os atos constitutivos de pessoas jurídicas, conforme dispõe o estatuto da oab, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
Importante lembrar que, na obrigação de conter visto do advogado nos atos constitutivos de pessoas jurídicas, temos no regulamento geral do estatuto da advocacia e da oab que: 
Art. 2º O visto do advogado em atos constitutivos de pessoas jurídicas, indispensável ao registro e arquivamento nos órgãos competentes, deve resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. (NR)1 
Parágrafo único. Estão impedidos de exercer o ato de advocacia referido neste artigo os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro. 
Rememorando ainda que, a LC 123/06, que instituiu o estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e prevê tratamento diferenciado, favorecido e simplificado às sociedades qualificadas como tal, abriu uma exceção à exigência de serem os contratos sociais visados por advogados. Veja-se:
§ 2o  Não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte o disposto no § 2o do art. 1o da Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994.
Além do visto para os atos constitutivos e arquivamento de pessoas jurídicas, temos outras atividades que são privativas dos advogados.
Art. 7º A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB. 
Também é privativo do advogado, a atividade judicial pugnando pela defesa dos interesses de seus clientes e na consultoria jurídica.
O regulamento geral nos ensina que é considerado efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no art. 1º do EOAB.
Art. 5º Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. 
Parágrafo único. A comprovação do efetivo exercício faz-se mediante: a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; b) cópia autenticada de atos privativos; c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados. REGULAMENTO GERAL 
Já sabemos que a postulação à órgão do poder judiciário é ato privativo do advogado, no entanto é exceção a impetração de Habeas Corpus em qualquer instância ou tribunal. Previsão contida na lei 8.906/94.
Assim, podemos dividir as atividades privativas da advocacia em: postular a órgãos do Poder Judiciário, consultoria jurídica, assessoria jurídica e direção jurídica. 
Postulação a órgãos do Poder Judiciário
Presença facultativa – Juizados Especiais Cíveis nas causas que envolvam até 20 salários mínimos;
Presença obrigatória – Juizados Especiais Cíveis nas causas eu envolvam de 20 a 40 salários-mínimos e também nos Juizados Especiais Criminais.
A legislação trabalhista prevê a capacidade postulatória do reclamante de ingressar com a reclamação sem a presença de advogado, não constituindo, portanto, atividade privativa do advogado.
Obs: Juiz de paz não possui poderes jurisdicionais, razão pela qual a postulação perante referidos juízes também não constitui atividade privativa do advogado.
Inventários, separações e divórcios extrajudiciais
É indispensável a intervenção de advogado nesses casos, devendo constar do ato notarial o nome, o número de identidade e assinatura do profissional, sendo, portanto, uma atividade privativa do advogado.
 
Contratos constitutivos de pessoas jurídicas
 O Estatuto também disciplina que os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos o registro, quando visados por advogados, razão pela qual referida atividade também é privativa da advocacia. Com exceção das micro empresa e empresa de pequeno porte.
Assessoria jurídica, consultoria jurídica e direção jurídica
As atividades acima mencionadas também são privativas do advogado. Portanto, o bacharel em direito apenas, mesmo já tendo se formado na Graduação, por exemplo, não pode nem ao menos praticar atos de consultoria ou assessoria, uma vez que tal exercício configurará exercício ilegal da profissão.
Nulidade dos atos praticados por pessoa não regularmente inscrita na OAB
São nulos os atos praticados por pessoa não regularmente inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Ainda, são também nulos os atos praticados por advogado impedido, suspenso, licenciado ou eu passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Atividade
À respectiva fazenda pública (estado, união e município) que o remunere, não pode o servidor advogar contra.
Conforme o CED, é defeso (PROIBIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto de empregador ou cliente.
Conforme o CED, na advocacia pro bono, é extremamente proibido exercê-la como instrumento de publicidade para captação de clientes.
Conforme o CED, o advogado deve imprimir à causa a orientação que mais lhe pareça adequada, sem se subordinar as orientações do cliente, mas sempre procurando esclarecê-lo quanto a estratégia traçada.
O estagiário de direito inscrito na oab, pode subscrever todos os atos privativos do advogado, MAS EM CONJUNTO COM O ADVOGADO OU DEFENSOR PÚBLICO. Mas existe atos que podem ser praticados isoladamente pelo estagiário – o que não isenta a responsabilidade do advogado. São eles: retirar e devolver autos em cartório, inclusive pode assinar a carga; obter (com escrivães ou secretarias) certidão de peças ou autos de processos em curso ou findos; e assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
Conforme o EOAB, o advogado que renunciar continuará durante os 10 dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes desse prazo.
Conforme o Provimento 139/2010, art. 7º: os membros da OAB (art. 45 da EOAB afirma que são órgãos da oab I- o Conselho Federal; II - os Conselhos Seccionais; III - as Subseções; e IV - as Caixas de Assistência dos Advogados) titulares ou suplentes (todos), no decurso de 3 anos para o qual foram eleitos, NÃO poderão inscrever-se no processo seletivo de escolha das listas sêxtuplas, ainda que tenham se licenciado ou declinado do mandato, por renúncia.
Conforme o art. 18 do RG: o desagravo público é um instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, não dependendo, portanto, da concordância do ofendido, nem mesmo podendo ser dispensado por este, devendo ser efetuado a critério do conselho. O desagravo pode ser de ofício, a seu pedido (advogado) ou de qualquer outra pessoa.
Conforme o EOAB, é direito do advogado exercer sua profissão com liberdade em todo o território nacional.
Conforme o RG, na hipótese de o fato imputado a advogado decorrer do exercício da profissão ou em razão desse exercício, ressalvado a ele o direito de escolha do patrono, o representante da OAB INTEGRA A DEFESA, como assistente, no inquérito ou processo em que seja indiciado, acusado ou ofendido o advogado.
Conforme o EOAB, é indispensável à administração da justiça, dispondo ainda que, NO SEU MINISTÉRIO PRIVADO, o advogado presta serviço público e exerce uma função social.
Conforme o EOAB, não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do MP, devendo todos tratar-secom consideração e respeito recíproco.
Conforme o EOAB, é direito do advogado reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei.
Tipos de advocacia
Conforme o EOAB, art. 3º, § 1º, exercem atividade advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da advocacia geral da união, da procuradoria da fazenda nacional, da defensoria pública, e das procuradorias e consultorias jurídicas dos estados, DF, e dos municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.
Código de ética e disciplina permite que o advogado recuse o patrocínio em ação que a lei ou o direito que também lhe seja aplicável, ou que contrarie expressamente orientação sua, manifestada anteriormente.
O estagiário pode praticar todos os atos privativos em conjunto com o advogado, e sob sua responsabilidade.
O estagiário pode ser oferecido pela instituição de ensino autorizada e credenciada, em convenio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do estatuto e do código de ética e disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 horas, distribuídos em 2 ou mais anos.
Conforme o EOAB, a relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerente à advocacia.
Mandato

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