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Propriedades dos Materiais (Capítulo 6 – Callister) CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Prof: Jailson Rolim Teodosio 2014.2 Propriedades Mecânicas dos Metais Ao selecionarmos um devemos levar em conta as condições de serviço que o mesmo será submetido. O primeiro passo consiste em analisar sua aplicação, a fim de determinarmos as características mais importantes que este material deverá possuir. Deverá ser resistente, rígido ou dúctil? Estará submetido a aplicação de um força cíclica ou a uma força súbita e intensa; a um grande esforço a temperatura elevada ou a condições abrasivas?. Uma vez conhecidas as propriedades requeridas, se pode então selecionar-se o material apropriado. Mais de 90% em peso dos materiais usados pelo homem são ligas ferrosas. A maioria dos projetos de engenharia que exigem suporte de carga estrutural ou transmissão de energia envolve estes tipos de ligas. INTRODUÇÃO Tensão de engenharia ( (Mpa)) – e definida como: onde F é a carga instantânea aplicada em uma direção perpendicular à seção transversal do corpo de prova (Newton) e A0 é a área original da seção transversal antes da aplicação da carga (m2) Deformação de engenharia (ε) - é definida pela expressão: Onde l0 é o comprimento original antes de qualquer carga ser aplicada e li é o comprimento instantâneo. A deformação é adimensional . Ocasionalmente é expressa em porcentagem. L representa o alongamento da deformação TENSÃO – DEFORMAÇÃO DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Conceitos de tensão e deformação Existem três maneiras principais pelas quais uma carga pode ser aplicada, quais sejam: tração compressão e cisalhamento. Na prática muitas cargas são de torção em vez de puramente cisalhante. Ensaio de tração – é um dos ensaios de tensão - deformação mais comum, onde uma amostra é deformada, geralmente até a fratura, por uma carga de tração que é aumentada gradativamente, sendo está aplicada uniaxialmente ao longo do eixo maior do corpo de prova, normalmente de seção transversal circular. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Ensaios de Compressão E conduzido de maneira semelhante ao ensaio de tração, exceto pelo fato de que a força é compressiva e o corpo de prova se contrai ao longo da direção da tensão. As equações anteriores são usadas para calcular a tensão e a deformação de compressão, respectivamente. Por convenção, uma força compressiva é considerada negativa, o que produz uma tensão negativa, sendo desta forma a deformação de compressão também negativa. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Ensaios de cisalhamento e de Torção Ensaios realizados para aplicação de uma força puramente cisalhante, segundo a seguinte expressão: Onde F é a carga ou força aplicada na direção paralela às faces superior e inferior, cada uma delas com uma área A0. A deformação de cisalhamento γ é definida como sendo a tangente do ângulo de deformação θ. ENSAIOS DE CISALHAMENTO A torção é uma variação do cisalhamento puro, onde o elemento estrutural é torcido, as forças de torção produzem um movimento de rotação em torno do eixo longitudinal de uma das extremidades do elemento em relação a outra extremidade. São encontrados nos eixos de máquinas e nos eixos de acionamento, e, também, em brocas helicoidais. ENSAIOS DE CISALHAMENTO Deformação Elástica Processo no qual a tensão e a deformação são proporcionais, resultando em uma relação linear quando relacionadas graficamente. O grau no qual uma estrutura se alonga depende da magnitude da tensão que lhe é imposta. A tensão e a deformação podem ser relacionadas de acordo com a equação Essa relação é conhecida como a lei de Hooke, e a constante de proporcionalidade E (Gpa) é o módulo de elasticidade, ou módulo de young. COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO Diagrama esquemático tensão-deformação mostrando a deformação linear para ciclos carga descarga COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO O coeficiente angular (inclinação do segmento linear) corresponde ao módulo de elasticidade e representa a resistência do material à deformação elástica. Quanto maior o valor do módulo de elasticidade mais resistente será o material, ou menor será a deformação elástica resultante da aplicação de uma dada tensão. Como a deformação elástica não é permanente, a peça retornará a sua configuração original, quando da liberação da carga aplicada. Anelasticidade Até o momento foi considerado que a deformação elástica de um material é independente do tempo, ou seja que a deformação elástica é instantânea que permanece constante durante o período de tempo de existência da tensão aplicada. Também foi considerado que a deformação é totalmente recuperada, quando da liberação da carga. No entanto para a maioria dos materiais de engenharia, existira uma componente da deformação elástica que permanecerá após a aplicação da tensão quando da liberação da carga, ou seja essa componente é dependente do tempo. Para a maioria dos metais, a componente anelástica e geralmente pequena. No entanto, para alguns materiais poliméricos, a sua magnitude é significativa e também conhecida por comportamento viscoelástico. COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO Deformação Plástica Para a maioria dos materiais metálicos, a deformação elástica persiste apenas até deformações de aproximadamente 0,005. A partir deste ponto, a tensão não é mais proporcional a deformação ( a lei de Hooke deixa de ser válida), ocorrendo a deformação permanente, não- recuperável ou deformação plástica. COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO A transição do comportamento elástico para o plástico é gradual para a maioria dos metais. Uma curvatura se forma no ponto de surgimento da deformação plástica, a qual aumenta mais rapidamente com o aumento da tensão. PROPRIEDADES DA TRAÇÃO Escoamento e limite de escoamento Uma estrutura é projetada para assegurar que ocorrerá apenas deformação elástica quando uma tensão é aplicada. Dessa forma é desejável que seja conhecido o nível de tensão na qual a deformação plástica inicia-se, ou seja, onde ocorre o fenômeno de escoamento. Nos metais este fenômeno se inicia quando do afastamento da linearidade da curva tensão deformação, sendo algumas vezes chamado de limite de proporcionalidade. Limite de escoamento É a tensão necessária para produzir determinada quantidade de deformação (p.ex., ε = 0,005). Deformação Te n sã o Comportamento tensão-deformação típico de um metal, mostrando as deformações elástica e plástica. Limite de Resistência à tração A tensão necessária, após o escoamento para continuar com a deformação plástica nos metais aumenta até um valor máximo e então diminui até a eventual fratura do material. O limite de resistência à tração, LRT, (MPa) é a tensão no ponto máximo da curva tensão-deformação de engenharia. Este ponto corresponde à tensão máxima que pode ser suportada por uma estrutura sob tração. Se essa tensão for aplicada e mantida, ocorrerá fratura. PROPRIEDADES DA TRAÇÃO Ductilidade A ductilidade mede o grau de deformação que um material pode suportar sem romper-se, ou seja, o grau de deformação plástica que foi suportado até à fratura. A ductilidade pode ser medida segundo a equação abaixo onde a % de alongamento representa a distância que a amostra se distende plasticamente antes da fratura. onde lf é a distância entre as marcas calibradas depois da ruptura do material. A ductilidade também pode ser calculada através da variação percentual da área da seção transversal no ponto da fratura antes e depois do ensaio, ou seja onde Af é a área da seção transversal na superfície da fratura. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS % AL O conhecimento da ductilidade éimportante pelo menos por dois motivos. – Ela indica ao projetista o quanto uma estrutura ira se deformar plasticamente antes de fraturar; – Especifica o grau de deformação que é permitido durante as operações de fabricação. Os materiais considerados frágeis são aqueles que possuem uma deformação de fratura inferior a aproximadamente 5%. Representações esquemáticas do comportamento tensão-deformação em tração para materiais frágeis e dúcteis carregados até a fratura DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Resiliência Capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia. Para os profissionais de engenharia, a resiliência dos materiais, como o aço, é fator extremamente importante para projetos de estruturas de grande porte (ex: Ponte Rio-Niterói). O aço de alta resiliência é muito utilizado na fabricação de molas. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Tenacidade Tenacidade é uma medida de quantidade de energia que um material pode absorver antes de fraturar. A geometria do corpo de prova, assim a maneira como a carga é aplicada, são fatores importantes nas determinações da tenacidade. Pode ser medida pelo: – Ensaio ao impacto: Para condições de carregamento dinâmico (elevada taxa de deformação); – Ensaio de tensão-deformação em tração: para situação estática (pequena taxa de deformação) Adicionalmente, a tenacidade à fratura é uma propriedade indicativa da resistência de um material à fratura quando uma trinca está presente. Para que um material seja tenaz, ele deve exibir tanto resistência como ductilidade e, com frequência, os materiais dúcteis são mais tenazes do que os materiais frágeis. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Dureza: Os ensaios de Dureza mede a resistência da superfície de um material a penetração por um objeto duro. Existem um diversidade de provas de Dureza, sendo as de uso mais comum os ensaios de Brinell e Rockwell. Ensaios de Dureza de Rockwell Consiste no método mais utilizado para medir a dureza. A dureza é determinada pela diferença na profundidade de penetração resultante da aplicação de uma carga inicial menor seguida por uma carga principal maior, existindo dois tipos de ensaio; – Rockwell – Rockwell superficial DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS Ensaios de Dureza de Brinell Nesse tipo de ensaio um penetrador duro e esférico é forçado contra uma superfície do metal a ser testado. O diâmetro do penetrador de aço endurecido (ou de carbeto de tungstênio) é de 10,00 mm. O número de dureza de Brinnel, HB, é função tanto da magnitude da carga quanto do diâmetro da impressão resultante. As cargas padrões utilizadas variam de 500 a 3000 kg (a carga é mantida de 10 a 30 s). Correlação entre Dureza e o Limite de Resistência à Tração O limite de resistência à tração como a dureza são aproximadamente proporcionais, sendo ambos indicadores da resistência de um material à deformação plástica. DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS A maioria das ligas ferrosas é de aços carbono de baixa liga. Os motivos para isso são simples . Essas ligas possuem: preço moderado; são suficientemente dúcteis para serem prontamente conformadas; produto final forte e durável; ampla faixa de aplicação; A adição de elementos de liga deve ser feita com cuidado e justificadamente, pois eles são caros. Os aços inoxidáveis exigem a adição de elementos de liga para impedir os estragos de uma atmosfera corrosiva. Os aços ferramentas exigem a adição de elementos de liga para obter dureza suficiente para aplicações de usinagem. As superligas exigem a adição de elementos de liga para estabilidade em aplicações de alta temperatura, como lâminas de turbina. LIGAS METÁLICAS Microestruturas para as ligas de ferro-carbeto de ferro que possuem composições diferentes da composição eutetóide: – Ligas Hipoeutetóides: possuem composição entre, entre 0,022 e 0,76%p C; – Ligas Hipereutetóide: contêm entre, entre 0,022 e 0,76%p C – Perlita: A reação eutetóide do sistema Fe-C envolve a formação simultânea de ferrita e cementita a partir da austenita com composição eutetóide. A perlita assim formada possui cerca de 12% de cementita e 88% de ferrita. Essa mistura é caracteristicamente lamelar (composta de camadas alternadas de ferrita e cementita), sendo muito importante na tecnologia do ferro e do aço. SISTEMA FERRO-CARBONO Liga Hipoeutetóide Liga Hipereutetóide Eutetóide Eutético Cementita Fe3C SISTEMA FERRO-CARBONO As ligas são classificadas segundo sua composição em ferrosas e não ferrosas. As ligas ferrosas são aquelas em que o ferro é o principal constituinte e incluem os ferros fundidos e os aços. As ligas ferrosas são muito importantes como material de construção de engenharia, sendo produzidas em maiores quantidades do que qualquer outro tipo de metal. Aços São ligas de ferro-carbono que podem conter concentrações significativas de outros elementos de liga. LIGAS METÁLICAS LIGAS METÁLICAS Aços com Baixo Teor de Carbono Contêm geralmente menos do que 0,25%p C aproximadamente, são produzidos em maiores quantidades dentre todos os tipos de aço e apresentam o menor custo de produção. As microestrutura consistem em ferrita e perlita*. Em virtude da sua composição eles apresentam baixas dureza e resistência, excelente tenacidade e ductilidade e são usináveis e soldáveis. Aços com Médio Teor de Carbono Possuem concentrações de carbono entre 0,25 e 0,60%p, aproximadamente. Podem ser tratadas termicamente por austenização, têmpera e então revenido para melhorar suas propriedades mecânicas. Aços com Alto Teor de Carbono Contêm entre 0,60e 1,4%p C, sendo os mais duros e resistentes e, portanto os menos dúcteis dos aços-carbono. São utilizados como ferramentas de corte e como matrizes para moldar e conformar materiais entre outra aplicações. LIGAS METÁLICAS Aços inoxidáveis Altamente resistente à corrosão. Seu elemento de liga predominante é o cromo (pelo menos 11%). Com a adição de níquel e molibidênio a resistência a corrosão é melhorada. São divididos em três classes com base na fase constituinte predominante em sua microestrutura: • Martensíticos – alta resistência e baixa ductilidade (possui complexa estrutura cristalina tetragonal de corpo centrado); • Ferríticos - Sua estrutura mantém-se essencialmente ferrítica (CCC, do tipo ferro a) após os tratamentos térmicos normais; • Austeníticos – Possui estrutura CFC pelo acréscimo de um elemento de liga apropriado. LIGAS METÁLICAS Tetragonal: a = b ≠ c; α = β = γ = 90˚ As ligas ferrosas com teores de carbono de acima de 2,14% são classificadas como ferros fundidos. Na prática, a maioria dos ferros fundidos contêm um teor de carbono entre 3,0 e 4,5%, além de outros elementos de liga. Essas ligas são fundidas com facilidade (entre 1150 e 1300ºC), e apropriadas para fundição, visto que alguns ferros fundidos são muito frágeis. A cementita (Fe3C) é um composto metaestável*e, sob algumas circunstâncias, a cementita se decompõem em ferrita α e grafita, segundo a reação abaixo Fe3C 3Fe(α) + C(grafita) *Metaestabilidade – Na metaestabilidade, o sistema não está em equilíbrio e existem mudanças muito pequenas (e com freqüência imperceptíveis) nas características das fases ao longo do tempo. FERROS FUNDIDOS Os ferros fundidos geralmente contêm até 3%p de silício para controle da formação de carbeto de ferro. Existem quatro tipos gerais de ferros fundidos: 1. Ferro branco: É extremamente duro é muito frágil, a ponto de sua usinagem ser virtualmente impossível. Essa características se deve a formação de grandes quantidades de Fe3C durante a sua fundição possuindo uma superfície de fratura cristalina caracteristicamente branca;2. Ferro cinzento: Caracteristicamente frágil quando submetido à tração, possui uma quantidade de silício entre 2 e 3% o que promove a precipitação do grafite (C) em vez da cementita (Fe3C). A resistência e a ductilidade são muito maiores sob cargas de compressão; FERROS FUNDIDOS 3. Ferro ductil (ou Nodular): O acréscimo de magnésio (0,05%p) ao ferro cinzento aumenta a sua ductilidade em 20 vezes dobrando sua resistência. São mais resistentes e muito mais dúcteis do que o ferro cinzento, possuindo características próximas às do aço. 4. Ferro maleável: Com ductilidade razoável é a forma mais tradicional do ferro fundido. Este tipo de ferro é primeiro fundido como ferro branco e, depois , tratado termicamente para produzir precipitações de grafite nodular. FERROS FUNDIDOS PROPRIEDADES DAS FASES E CONSTITUINTES PRESENTES EM AÇOS AO CARBONO AUSTENITA - Consiste em uma solução sólida intersticial de C (com até 2,11%) no ferro CFC. Apresenta resistência mecânica em torno de 150 MPa e elevada ductilidade e tenacidade. A austenita não é magnética; ƒ FERRITA - Consiste em uma solução sólida intersticial de C (com até 0,022%) no ferro CCC. A ferrita é magnética e apresenta baixa resistência mecânica, cerca de 300 MPa, excelente tenacidade e elevada ductilidade; ƒCEMENTITA - Denominação do carboneto de ferro Fe3C contendo 6,7% de C e estrutura cristalina ortorrômbica. Apresenta elevada dureza, baixa resistência, baixa ductilidade e baixa tenacidade; ƒ PERLITA - Consiste na mistura mecânica das fases ferrita (88,5% em peso) e cementita (11,5% em peso) formada pelo crescimento cooperativo destas fases. Apresenta propriedades intermediárias entre a ferrita e a cementita dependendo do tamanho e espaçamento das lamelas de cementita. SISTEMA FERRO-CARBONO As técnicas de fabricação de metais são precedidas geralmente por processos de refino, formação das ligas e, com freqüência , de tratamento térmico, os quais produzem ligas com características específicas. Nos trabalhos a quente são possíveis grandes deformações, que podem ser repetidas sucessivamente, pois o metal permanece pouco resistente e dúctil. No trabalho a frio produz um aumento na resistência com conseqüentemente diminuição da ductilidade, uma vez que o metal encrua; as vantagens em relação ao trabalho a quente incluem uma melhor qualidade do acabamento da superfície, melhores propriedades mecânicas e uma maior gama dessas propriedades, assim como o controle dimensional mais preciso da peça acabada. Os métodos escolhidos dependem de vários fatores, os mais importantes são as propriedades do metal. FABRICAÇÃO DE METAIS FABRICAÇÃO DE METAIS Operações de conformação São aquelas em que a forma da peça é alterada por deformação plástica. As técnicas mais usuais são o forjamento, laminação, extrusão e trefilação. Forjamento Consiste na deformação de uma única peça de um metal normalmente quente; isso pode ser obtido pela aplicação de golpes sucessivos ou por compressões contínuas, podendo ser: – matriz fechada - – ou de matriz aberta. FABRICAÇÃO DE METAIS Laminação É processo de deformação plástica de metais mais utilizado, consistindo na passagem de uma peça metálica entre dois rolos; devido as tensões de compressão exercidas pelos rolos peça exibe uma redução na sua espessura. A laminação a frio pode ser usada na produção de chapas, iras e folhas, com elevada qualidade de acabamento superficial. FABRICAÇÃO DE METAIS Extrusão Na extrusão, uma barra metálica é forçada através de um orifício em uma matriz pela ação de uma força de compressão aplicada sobre um êmbolo. A peça extrudada que emerge possui a forma desejada e uma área de seção transversal reduzida. Os produtos do processo de extrusão são as barras e os tubos que possuem geometrias de seção transversal relativamente complexas; tubos sem costura também podem ser extrudados. FABRICAÇÃO DE METAIS Operações de Conformação Trefilação Consiste em puxar uma peça metálica através de uma matriz que possui um orifício cônico, mediante uma força de tração aplicada pelo lado de saída do material. Tem-se como resultado uma redução na área de seção transversal, com o aumento correspondente no comprimento da peça. A operação completa de trefilação pode consistir na passagem através de várias matrizes posicionadas em série. Barras, arames e materiais para tubos são fabricados dessa maneira. FABRICAÇÃO DE METAIS Fundição Consiste no processo de fabricação em que um metal totalmente fundido é derramado na cavidade de um molde que possui a forma desejada; com a solidificação, o metal assume a forma do molde, mas sofre alguma contração. As técnicas mais comumente utilizadas são: – Fundição em Molde de Areia; – Fundição com Matriz; – Fundição de Revestimento ou de Precisão; – Fundição com Espuma Perdida; – Fundição Contínua. Técnicas Diversas – Metalurgia do Pó – Soldagem FABRICAÇÃO DE METAIS PROCESSAMENTO TÉRMICO Processos de recozimento Refere-se a um tratamento térmico em que o material é exposto a uma temperatura elevada durante um período de tempo prolongado e então resfriado lentamente. É utilizado para 1. Aliviar tensões; 2. Reduzir a resistência 3. Aumentar a ductilidade e tenacidade; 4. Produzir uma microestrutura específica Referências Bibliográficas 1. Ciência e Engenharia de Materiais; Uma Introdução – Willian D. Callister, Jr.; 2. Ciência dos Materiais -James F. Shackelford; 3. Princípios de Ciência dos Materiais - Lawrence H. Van Vlack; 4. Materiais de Engenharia – Angelo Fernando Padilha; 5. Processos de Fabricação Laminação (Telecurso Profissionalizante).
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