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ELETROCARDIOGRAMA NORMAL - prova 1

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ELETROCARDIOGRAMA NORMAL
Quando o impulso cardíaco passa através do coração, uma corrente elétrica também se propaga do coração para os tecidos adjacentes que o circundam. E pequena parte da corrente se propaga até a superfície do corpo. Se eletrodos forem colocados sobre a pele, em lados opostos do coração, será possível registrar os potenciais elétricos gerados por essa corrente.
CARACTERÍSTICAS DO ECG:
O ECG normal é composto pela onda P, o complexo QRS e pela onda T.
O complexo apresenta (nem sempre) três ondas distintas, a onda Q, onda R e onda S.
A onda P é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam (antes da contração atrial começar).
O complexo QRS é produzido pelos potenciais gerados quando os ventrículos se despolarizam (antes de sua contração).
Portanto a onda P e as ondas do complexo QRS são ondas de despolarização.
A onda T é produzida pelos potenciais de ação gerados enquanto os ventrículos se restabelecem do estado de despolarização.
A onda T é conhecida como onda de repolarização.
Ondas de despolarização x ondas de repolarização:
Durante a despolarização o potencial de ação negativo normal presente no interior da fibra se inverte, ficando levemente positivo no interior e negativo no exterior.
Quando a despolarização atinge metade do comprimento da fibra, o registro sobre até o valor positivo máximo. Quando a fbra se despolariza por completo o registro torna a base 0 porque ambos os eletrodos estão em áreas igualmente negativas. A onda completa é uma onda de despolarização, pois resulta da propagação da despolarização ao longo da membrana da fibra muscular.
Quando ocorre a repolarização o registro mostrado fica negativo, porque é o resultado da propagação da repolarização ao longo da membrana da fibra muscular.
Nenhum potencial é registrado no ECG quando o ventrículo está completamente polarizado ou completamente despolarizado. Somente quando o m. está em parte polarizado e em parte despolarizado é que a corrente flui de uma parte do ventrículo para outra, e consequentemente, flui também para a superfície, permitindo o registro eletrocardigráfico.
Relação entre a contração atrial e a ventricular e as ondas do ECG:
Antes que a contração do músculo possa ocorrer é preciso que a despolarização se propague pelo músculo para iniciar os processos químicos da contração.
Na onda P ocorre o início da contração dos átrios e no complexo QRS ocorre o início da contração dos ventrículos. O ventrículos permanecem contraídos até que a repolarização tenha ocorrido, ou seja, até o final da onda T.
Os átrios se repolarizam cerca de 0,15 a 0,20 segundos após o término da onda P. Nesse instante o complexo QRS está sendo registrado. Como consequencia a onda de repolarização atrial (onda T atrial) é encoberta pelo complexo QRS que é muito maior.
A repolarização ventricular começa em algumas fibras, cerca de 0,2 segundo após o ínicio da onda de despolarização (complexo QRS), mas em muitas outras fibras demora até 0,35 segundo. Assim, o processo de repolarização ventricular se estende por longo período, cerca de 0,15 segundo.
Calibração da voltagem e do tempo do ECG:
1mm na horizontal = 0,04 segundos.
1 mm na vertical = 0,1 mv.
Linhas grossas a cada 5 mm = 0,5 mv e 0,2 s
Voltagens normais do ECG nas derivações periféricas:
QRS = 1 a 1,5 mv.
P = 0,1 a 0,3 mv.
T = 0,2 a 0,3 mv.
Intervalos:
Intervalo P Q ou P R – início da onda P até o início do complexo QRS – 0,16 s. Se está aumentado pode significar retardo no envio do estímulo (bloqueio AV). Se está diminuído pode indicar que existe um caminho anômalo para a passagem do estímulo (taquicardia paroxística).
Intervalo Q T – início QRS até o fim da onda T (período de contração ventricular) – 0,35 s. Se está aumentado significa arritmias graves. Corresponde a 40% do ciclo cardíaco. Se FC aumenta interto Q T diminui.
FLUXO DA CORRENTE NO TÓRAX AO REDOR DO CORAÇÃO:
O coração está suspenso em meio condutor . Quando parte dos ventrículos se despolariza e fica eletronegativa em relação ao restante, a corrente elétrica flui de área despolarizada para área polarizada por meio de grandes curvas.
O impulso cardíaco chega primeiro ao septo ventricular e em seguida se propagada para as superfícies internas da parte restante dos ventrículos. Isso faz com que a parte interna dos ventrículos fique eletronegativa e as paredes externas dos ventrículos eletropositivas, com a corrente fluindo pelos líquidos que banham os ventrículos , seguindo percursos elípticos.
Se for calculado algebricamente a média de todas as linhas do fluxo de corrente, será constatado que o fluxo médio da corrente é negativo em direção à base do coração e positivo em direção ao ápice.
Assim nos ventrículos normais a corrente flui das áreas negativas para as áreas positivas, principalmente da base do coração para o ápice, durante quase todo o ciclo de despolarização (exceto bem próximo do final do processo).
Se um aparelho medidor for conectados a eletrodos posicionados na superfície do corpo, o eletrodo que estiver mais próximo da base ficará negativo, ao passo que o eletrodo que estiver mais próximo do ápice ficará positivo, e o aparelho medidos mostrará registro positivo no ECG.
DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS:
Três derivações bipolares dos membros:
Conexões elétricas entre os membros do paciente – obter os registros eletrocardiográficos das chamadas derivações bipolares padrão dos membros.
O termo bipolar quer dizer que o ECG é registrado por dois eletrodos posicionados em lados diferentes do coração.
Derivação I – terminal negativo é conectado no braço direito e o terminal positivo ao braço esquerdo. Portanto quando a área pela qual o braço direito se une ao tórax esté eletronegativa, em relação a área pela qual o braço esquerdo se une ao tórax, o eletrocardiográfo registra valor positivo acima da linha, quando ocorre o oposto registra valor abaixo da linha.
Derivação II – terminal negativo é conectado no braço direito e o terminal positivo na perna esquerda. Portaneto quando o braço direito está negativo em relação a perna esquerda o eletrocardiógrafo exibe registro positivo.
Derivação III – terminal negativo é conectado no braço esquerdo e terminal positivo é conectado na perna esquerda. Isso significa que o eletrocardiográfo registra valor positivo quando o braço esquerdo estiver negativo em relação a perna esquerda.
Triângulo de Einthoven – triângulo traçado ao redor da área do coração, os dois braços e a perna esqueda formam os ápices de um triângulo que circunda o coração.
Lei de Einthoven – afirma que se os potenciais elétricos de duas ou três derivações eletrocerdiográficas dos membros forem conhecidos em um dado momento, o potencial elétrico da terceira derivação poderá ser determinado pela simples soma dos dois primeiros.
Os ECG obtidor por essas três derivações são semelhantes entre si, porque eles registram onda P e T positivas, e a onda principal do complexo QRS também é positiva.
Derivações torácicas (derivações pré-cordiais):
Eletrodos colocados na superfície anterior do tórax, diretamente sobre o coração. 
Esse eletrodo é conectado ao terminal positivo do eletrocardiografo, e o eletrodo negativo (eletrodo indiferente) é conectado simultaneamente ao braço direito, ao braço esquerdo e a perna esquerda, por meio de resistências elétricas iguais.
Registro de 6 derivações torácicas: V1, V2, V3, V4, V5, V6.
Cada derivação torácica registra principalmente o potencial elétrico da musculatura cardíaca situada imadiatemente abaixo do eletrodo.
Por essa razão, anormalidades relativamente pequenas dos ventrículos, em especial na parede ventricular anterior, podem provocar alterações acentuadas nos eletrocardiogramas.
Derivações V1 e V2 – registros do complexo QRS em coração normal são, na maioria das vezes, negativos.
V1 – 4º EID na linha paraesternal.
V2 – 4º EIE na linha paraesternal.
V3 – entre V2 e V4.
V4 – 5º EIE na linha hemiclavicular.
V5 – 5º EIE na linha axilar anterior.V6 – 5º EIE na linha axilar média.
Derivações unipolares aumentadas dos membros:
Nesse tipo de registro, dois dos membros são conectados ao terminal negativo do eletrocardiógrafo por meio de resistâncias elétricas, e o terceiro membro é conectado ao terminal positivo.
Positivo no braço direiro – aVR.
Positivo no braço esquerdo – aVL.
Posivita na perna esquerda – aVF.
Derivação aVR é invertida.

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