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Eletrocardiograma normal

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MIRIÃ ORTEGA . 1 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
Bases do eletrocardiograma 
CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO 
-Feito pelo sistema de condução: nodo sinoatrial → nodo atrioventricular → retardo do sinal elétrico → PA para o 
ventrículo por meio do feixe de His e suas ramificações direita e esquerda das fibras de purkinje 
-Importância dos discos intercalares: possui junções comunicantes que ajudam na condução mais rápida do potencial 
de ação 
BASES DO ECG 
-é um registro indireto da atividade elétrica cardíaca 
-O potencial de ação gera um dipolo: uma parte da membrana é carregada intracelular por uma carga + e outra parte 
- → na parte celular o mesmo ocorre 
-Nas fases 0, 1 e 2 do potencial de ação, o potencial de 
membrana atinge valores positivos, havendo inversão local 
da polaridade da membrana → separação de cargas na 
superfície da célula: a área ativa (local de despolarização) 
fica mais negativa em relação a área inativa (local onde a 
despolarização ainda não começou) → formação de dipolo 
 
Figura 1- A separação de cargas entre a região ativa 
(despolarizada) e a inativa (repouso) cria dipolos na 
superfície cardíaca (pares de cargas opostas dentro das 
elipses). As setas representam a magnitude e a direção de 
propagação dos dipolos. B. Campo elétrico de um dipolo em 
um volume condutor. Os círculos são linhas isopotenciais. Os 
eletrodos a e b detectam os potenciais de dipolo em dois 
pontos do volume condutor. 
PROPAGAÇÃO DO ESTÍMULO E O ECG 
• ONDA P: causada pela despolarização dos átrios 
-Quando o potencial de ação já despolarizou todos os átrios e ainda não foi 
transmitido pelos ventrículos→ despolarização do nodo AV 
• LINHA ISOELÉTRICA: passagem pelo nodo AV → o estímulo é muito pequeno 
e não consegue ser captado, mesmo que esteja acontecendo uma 
despolarização e gere um campo elétrico 
-chamado de segmento PR 
-Se houver um aumento no tempo desse 
intervalo: significa que o potencial de 
ação está demorando mais para passar pelo nodo atrioventricular 
-Intervalo entre o início da despolarização do átrio e o início da 
despolarização do ventrículo 
-tempo de aproximadamente 0,10 segundo 
• COMPLEXO QRS: despolarização ventricular 
-Primeiro os septos intraventriculares e posteriormente a contração 
ventricular 
-O prolongamento desse tempo pode indicar algum bloqueio na 
condução ventricular 
 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 2 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
• SEGMENTO ST: período em que não ocorre um potencial de ação → período isoelétrico após a contração 
ventricular 
-Alterações tanto para baixo ou para cima: indica danos isquêmicos (infartos do miocárdio) 
• ONDA T: repolarização ventricular 
• O intervalo QT: ocorreu a despolarização ventricular e repolarização ventricular (contração e relaxamento)→ 
varia de acordo com a frequência cardíaca: aumento de intervalo é quando a frequência cardíaca diminui 
-Alterações nas ondas T: pode indicar infarto do miocárdio ou hipertrófica cardíaca ou alterações elétricas 
como Potássio 
-Tanto a onda P quanto o complexo QRS: são ondas de despolarização 
 
CARACTERÍSTICAS DE UM ECG NORMAL 
• DESPOLARIZAÇÃO: potencial negativo no interior da fibra se 
inverte, ficando levemente positivo no interior e negativo no 
exterior 
2- . Registro da onda de despolarização (A e B) e da onda de 
repolarização (C e D) de fibra muscular do coração. 
• Os átrios se repolarizam cerca de 0,15 segundo, após o 
término da onda P: coincide, aproximadamente, com o momento 
em que o complexo QRS está sendo registrado → por isso não se 
consegue observar a onde T atrial 
• A onda de repolarização ventricular é a onda T: é uma onda 
de longa duração, mas de baixa voltagem se comparada ao 
complexo QRS 
• CALIBRAÇÃO DA VOLTAGEM E TEMPO DO ECG: a cada 10 
linhas horizontais correspondem a I milivolt 
-Linhas verticais: são as linhas de calibração de tempo: velocidade 
de 25 milimetros por segundo 
• VOLTAGEM NORMAL: dependem da maneira pela qual os 
eletrólitos são postos em contato com a superfície do corpo e o 
quão próximos eles estão do coração 
O impulso cardíaco chega primeiro ao septo ventricular e, logo em seguida, propaga-se para as superfícies internas da 
parte restante dos ventrículos, como mostram as áreas vermelhas e os sinais negativos da Figura. Esse processo faz 
com que a parte interna dos ventrículos fique eletronegativa; e as paredes externas dos ventrículos, eletropositivas, 
com a corrente elétrica fluindo pelos líquidos que banham os ventrículos, seguindo percursos elípticos como 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 3 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
mostrados pelas setas curvas da figura. Se for calculada algebricamente a média de todas as linhas do fluxo da 
corrente (as linhas elípticas), será constatado que o fluxo médio da corrente é negativo em direção à base do coração 
e positivo em direção ao ápice 
Assim, nos ventrículos normais, a corrente flui das áreas negativas para as áreas positivas, principalmente da base do 
coração para o ápice, durante quase todo o ciclo de despolarização, exceto bem próximo do final do processo. E, se 
um aparelho medidor for conectado a eletródios posicionados na superfície do corpo, como mostrado na Figura 11-5, 
o eletródio que estiver mais próximo da base ficará negativo, ao passo que o eletródio que estiver mais próximo do 
ápice ficará positivo, e o aparelho medidor mostrará registro positivo no ECG. 
 
 
 
 
QUESTÕES PARA FAZER QUANDO SE ANALISA UM TRAÇADO DE ECG: 
1. Qual é a frequência? Está dentro da faixa normal de 60 a 100 batimentos por minuto? 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 4 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
2. O ritmo é regular? Um ritmo irregular, ou arritmia, pode ser resultado de um batimento extra benigno ou de 
condições mais sérias, como a fibrilação atrial, na qual o nó SA perde o controle de marca-passo 
3. Todas as ondas normais estão presentes em uma forma reconhecível? Após determinar a frequência cardíaca 
e o ritmo, o próximo passo ao analisar um ECG é olhar as ondas individuais. Para ajudar na sua análise, você 
pode precisar escrever as letras sobre as ondas P, R e T. 
4. Existe um complexo QRS para cada onda P? Se sim, o comprimento do segmento P-R é constante? Se não 
existe um complexo QRS para cada onda P, mensure a frequência cardíaca usando as ondas P, depois mensure 
usando as ondas R. As frequências são iguais? Qual onda está de acordo com o pulso palpado no punho? Em 
caso negativo, pode haver um problema de condução dos sinais no nó AV. No bloqueio cardíaco (o problema 
de condução mencionado anteriormente), os potenciais de ação vindos do nó SA às vezes não são 
transmitidos para os ventrículos através do nó AV. Nessas condições, uma ou mais ondas P podem ocorrer 
sem iniciar um complexo QRS. Na forma mais severa de bloqueio cardíaco (terceiro grau), os átrios 
despolarizam regularmente em um determinado ritmo, ao passo que os ventrículos contraem em um ritmo 
muito mais lento 
DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS 
-Há 12 derivações 
-Em cada derivação, um par de eletrodos de registro é colocado em pontos pré-convencionais na superfície do corpo 
• DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL DO CORPO: 
-visão mais “global”: eletrodos são colocados sobre o braço direito (R); braço esquerdo (L); perna esquerda (F) 
-O arranjo desses eletrodos em pares permite três derivações bipolares e três derivações unipolares 
 
1. DERIVAÇÕES BIPOLARES: DI; DII; DIII (I; II; III) 
-Medem a diferença de potencial entre dois membros de cada vez: ou seja, o 
eletrocardiograma é registrado por dois eletródios posicionados em lados 
diferentes do coração 
DERIVAÇÃO I: Terminal negativo no braço direito e o positivo no braço esquerdo. 
DERIVAÇÃO II: Terminal negativo é conectado no braço direito e o terminal positivo 
na perna esquerda 
DERIVAÇÃO III: Terminal negativo no braço esquerdo e o terminal positivo na perna 
esquerda 
 TRIÂNGULO DE EINTHOVEN: Os 
eletrodos do ECG são fixados nos braçose na 
perna, formando um triângulo. Uma derivação 
consiste em um par de eletrodos, um positivo 
e um negativo. Um ECG registra uma 
derivação de cada vez 
 LEI DE EINTHOVEN: A lei de Einthoven 
afirma que se os ECGs forem registrados 
simultaneamente nas três derivações dos 
membros, a soma dos potenciais registrados 
nas derivações I e III é igual ao potencial da 
derivação II. 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 5 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
 OS ECG DESSAS DERIVAÇÕES SÃO 
SEMELHANTES: todos eles registram P e T positivos e 
a parte principal do complexo QRS também é positiva 
-Por isso, esse tipo de derivação não é muito ideal 
para diagnóstico de arritmias cardíacas → uma vez 
que o diagnóstico de arritmias cardíacas dependem 
das relações temporais entre as diferentes ondas do 
ciclo cardíaco 
-IDEAL PARA: diagnostico de lesão no musculo atrial 
ou ventricular, além de falhas de condução pelas 
células de purkinje 
 
2. DERIVAÇÕES UNIPOLARES AUMENTADAS DOS 
MEMBROS : aVR; aVL; aVF → medem a diferença de 
potencial entre o eletrodo de um membro e o 
eletrodo comum aos dois outros membros 
-Dois membros são conectados ao terminal negativo 
do eletrocardiógrafo por meio de resistências 
elétricas e o terceiro membro é conectado ao 
terminal positivo 
-TERMINAL POSITIVO NO BRACO DIREITO: aVR 
-TERMINAL POSITIVO NO BRAÇO ESQUERDO: aVL 
-TERMINAL POSITIVO NA PERNA ESQUERDA: aVF 
 
 
 
 
 
• DERIVAÇÕES DP PLANO HORIZONTAL 
- são formadas por seis derivações unipolares → informações mais específicas 
-Podem ser chamadas de derivações precordiais 
-V1; V2; V3; V4; V5; V6 → os eletrodos são posicionados sobre o tórax e medem a diferença de potencial entre 
aquele local e um potencial nulo, resultante da união dos três eletrodos dos membros 
-Pelo fato de as superfícies do coração estarem próximas da parede do tórax, cada derivação torácica registra 
principalmente o potencial elétrico da musculatura cardíaca situada imediatamente abaixo do eletródio → 
anormalidades relativamente pequenas dos ventrículos, em especial na parede ventricular anterior, podem 
provocar alterações acentuadas nos ECG registrados pelas derivações torácicas individuais 
3 - Derivações bipolares (DI, DII e DIII) e unipolares 
aumentadas (aVR, aVL e aVF). A figura ilustra as 
posições dos eletrodos explorador (+) e referência 
(–), empregados no registro do eletrocardiograma 
no plano frontal. 
Figura 4- Eletrocardiogramas normais, registrados das três 
derivações eletrocardiográficas padrão 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 6 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
❖ DERIVAÇÕES V1 E V2: complexo QRS são negativos → isso pois o eletródio torácico dessas derivações 
está mais próximo da base cardíaca que do ápice → a base permanece eletronegativa durante a maior 
parte do processo de despolarização ventricular 
❖ DERIVAÇÕES V4, V5 E V6: complexos QRS são positivos: forma contrária do que ocorre nas derivações V1 
e V2 → os eletródios torácicos dessas derivações está mais próximo do ápice (que permanece 
eletropositivo) 
 
5- Derivações unipolares precordiais. A figura 
ilustra a posição do eletrodo explorador (+) na 
superfície torácica para registro do 
eletrocardiograma no plano horizontal. V1 : quarto 
espaço intercostal, na margem direita do esterno; 
V2 : quarto espaço intercostal, na margem 
esquerda do esterno; V3 : intermediário entre V2 e 
V4 ; V4 : quinto espaço intercostal, na linha média 
da clavícula esquerda; V5 : quinto espaço 
intercostal, na linha anterior da axila esquerda; V6 
: quinto espaço intercostal, na linha média da axila 
esquerda. O eletrodo de referência (–) está ligado 
ao terminal central de Wilson (W). 
DERIVAÇÕES 
• V1: átrios, parte do septo interventricular 
e parede anterior do VD; 
• V2: Ventrículo direito; 
• V3: Septo interventricular; 
• V4: Ápice do VE; 
• V5 e V6: miocárdio ventricular esquerdo. 
 
 
 
 
POSICIONAMENTO 
• V1: 4º Espaço intercostal D na linha 
paraesternal; 
• V2: 4º Espaço intercostal E na linha 
paraesternal; 
• V3: Entre as derivações V2 e V4; 
• V4: 5º Espaço intercostal E na linha 
hemiclavicular; 
• V5: 5º Espaço intercostal E na linha axial 
anterior; 
• V6: 5º Espaço intercostal E na linha axilar 
média
 
• FREQUÊNCIA CARDIACA: é expressa em bpm 
-Obtida dividindo-se 60 pela duração de um intervalo entre duas ondas R consecutivas 
- A frequência cardíaca é normalmente cronometrada do início de uma onda P até o início da próxima onda P, 
ou do pico de uma onda R até o pico da onda R seguinte. Uma frequência cardíaca de 60 a 100 batimentos 
por minuto é considerada normal, embora atletas treinados frequentemente tenham frequência cardíaca de 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 7 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
repouso menor. Uma frequência mais rápida que a normal é chamada de taquicardia, e mais baixa que a 
normal é chamada de bradicardia 
A SEQUÊNCIA DA DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR NORMAL 
I. Septo interventricular. A despolarização ventricular inicia-se no terço medio da superfície sertão esquerda e 
progride da esquerda para direita. 
II. Parede anterior. É a segunda poção dos ventrículos a se despolarizar. Esta região está junto ao septo 
interventricular e corresponde às massas parasseptais. 
III. Paredes livres dos ventrículos. A seguir, despolarizam simultaneamente as paredes livres dos ventrículos 
esquerdo e direito, do endocardio ao epicárdio, gerando forças elétricas mais importantes da ativação 
ventricular, devido à grande massa miocárdica. 
IV. Porções basais dos ventrículos e septo interventricular. Essas regiões, pobres em terminações de Purkinje, são 
as últimas partes dos ventrículos a serem despolarizadas. 
 
EXEMPLO DE COMPLEXO QRS NORMAL NO PLANO HORIZONTAL 
• Homem de 37 anos, assintomático 
• Morfologia rS em V1 e RS em V3 e V4 (transição) e QRS em V5 e V6; 
• A onda R aumenta de amplitude e a onda S diminui, à medida que se passa das derivações precordiais 
direitas às esquerdas (˜progressões normais da onda R”) 
• Duração 0,10s em V6. 
• O intervalo QRS representa 
quanto tempo esta levando para 
que o ventriculo se despolarize. 
Logo, uma qualquer alteração 
indica anormalidade elétrica nessas 
porções. A amplitude de onda 
significa alteração de voltagem. 
Dependendo da localização o 
eletrodo terá voltagem diferente, 
como, por exemplo, as precordiais 
V5 e V6 tem maior voltagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 8 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
CORRELAÇÕES ENTRE AS SEIS DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL E OS VENTRÍCULOS 
Considerando uma vista frontal do tórax, 
observem o plano hexaxial: 
• D2, D3 e aVF exploram diretamente a parede 
inferior do coração; 
• D1 e aVL orientam para a parede alta do VE; 
• aVR está voltada para a base dos ventrículos. 
 
 
 
CÍRCULO DE CABRERA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 9 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
O EIXO ELÉTRICO MÉDIO DO COMPLEXO QRS 
A atividade elétrica esta chegando no ventrículos pela 
região de septo por conta do sistema de condução e 
conforme essa condução segue em direção ao ápice do 
coração, ocorre dissipações de energia para as paredes do 
ventrículo. O que marca essa dissipação é as formações de 
vários vetores de elétricos em diferentes direções. Dessa 
forma, o QRS médio calcula o vetor resultante da soma de 
todos 10 vetores 
• Em adultos, o eixo normal do QRS situa-se 
geralmente entre 0º e +90º (área A). Eixo de 0º a -90º é 
descrito como desvio a esquerda. Entre 0º e -30º é descrito 
como desvio leve e entre -30º e -90º (área C) é descrito como 
desvio moderado a marcado. 
-As causas mais frequentes de desvio para esquerda incluem 
adultos normais brevilíneos, crescimento ventricular esquerdo, 
infarto de parede inferior e bloqueio fascicular anterior esquerdo. 
 
• Eixo entre +90º e +180º (área D) representa desvio para 
direita e pode ser encontrado em crianças, adultos normais 
longilíneos e crescimento ventricular direito, dentre outras• Eixo entre -90º e -180º (área E) corresponde a desvio 
extremo para direita ou para esquerda. 
 
 
 
EXEMPLO DE CÁLCULO DO EIXO DO QRS 
No ECG a seguir, de uma mulher de 36 anos, assintomática, D2 mostra a maior deflexão e é positiva (onda R com 
10mm), significando que o eixo do QRS está paralelo a esta derivação e projeta-se em seu polo positivo; ou seja, em 
+60º. A presença de um complexo QRS isodifásico em aVL, que é perpendicular à D2, é uma comprovação deste fato. 
Para calcular o Eixo médio:, 
I. Identifica-se, entre as derivações do plano frontal (D1, D2, D3, aVR, aVL e aVF), onde a amplitude do QRS 
está maior (D2) 
II. deflexão é positiva ou negativa? 
III. No plano hexaxial, traçar uma seta correspondente. 
Dessa forma, +60º corresponde ao eixo elétrico médio. 
Figura 6- SIGNIFICADO DO EIXO ELÉTRICO MÉDIO QRS 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 10 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
 
Outra forma de calcular o eixo medio é por meio do QRS isodifásico, isto é, um QRS onde a onda R e S são 
praticamente do mesmo tamanho (aVL). Após encontrar o isodifásico, ir no plano hexaxial e procurar qual dos 
vetores que forma um angulo de 90º com a derivação do isodifásico (-30ºaVL) ou -150º aVR). 
EXEMPLO DE DESVIO DO EIXO DO QRS PARA A ESQUERDA 
No ECG a seguir, de um homem de 44 anos, com infarto do miocárdio recente na parede inferior, D3 é a derivação 
do plano frontal que mostra a maior deflexão e é negativa (onda QS), indicando que o eixo do QRS está paralelo a 
essa derivação e projeta-se em sua metade negativa; ou seja, em -60º. A presença de um QRS isodifásico em aVR, 
que é perpendicular à D3, confirma o desvio patológico do eixo à esquerda 
Identificando os planos frontais do ECG, encontra-se a maior amplitude em (D3) e negativa. No plano hexaxial está a 
-60º, indicado pela seta roxa, referenciando um desvio a esquerda. Para confirmação, identificando o QRS 
isodifásico, está em (aVR), que no plano hexaxial faz um alguma de 90º com o vetor em roxo, confirmando o achado. 
 
 
 
 
MIRIÃ ORTEGA . 11 
 
BBPM III FISIOLOGIA 
 
 
 
 
COMO ANALISAR UM ECG 
Um ECG deve ser interpretado à luz dos achados clínicos de forma sistêmica, abordando sequencialmente cada 
parâmetro do traçado eletrocardiográfico: 
I. Ritmo — Ritmo sinusal regular→ se os ciclos completos estão aparecendo em intervalos de tempo 
semelhantes 
II. Frequência cardíaca — FC 50 a 90bpm 
III. Onda P — Intervalo PR fixo entre 0,12s a 0,20s 
IV. Intervalo PR — Complexo QRS com duração ≤0,10s 
V. Complexo QRS — Eixo do QRS entre 0º e +90º 
VI. Segmento ST — Progressão da onda R de V1 a V5 ou V6 
VII. Onda T — Segmento ST isoelétrico ou levemente supradesnivelado 
VIII. Intervalo QT — Ondas T geralmente assimétricas positivas em D1, D2, V2 a V6, e negativas e VR 
IX. Onda U — Intervalo QT < 50° INTERVALO RR

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