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Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Geometria Analı´tica e A´lgebra Linear II Espac¸o Vetorial - Parte II Docente: William R. P. Conti1 DCMar - IMar - UNIFESP 2o semestre de 2018 1e-mail: wrpconti@gmail.com Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Suma´rio desta Aula 1 Combinac¸o˜es Lineares 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores 1 Combinac¸o˜es Lineares Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Definic¸a˜o (Combinac¸a˜o Linear) Sejam v1, . . . , vn elementos de um espac¸o vetorial V . Dizemos que v ∈ V e´ combinac¸a˜o linear de v1, . . . , vn se existirem nu´meros reais a1, . . . , an tais que v = a1v1 + · · · + anvn. Observac¸a˜o Sejam V um espac¸o vetorial e W ⊂ V um subespac¸o vetorial. Se w1, . . . ,wn ∈ W e b1, . . . , bn ∈ R, enta˜o a combinac¸a˜o linear b1w1 + · · · + bnwn pertence a W. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Exemplo 1. Considere o espac¸o vetorial R3, e v1 = (1, 0, 0) e v2 = (1, 1, 0) dois elementos desse espac¸o. O vetor v = (2, 3, 0) pode ser escrito como uma combinac¸a˜o linear de v1 e v2, a saber, v = −v1 + 3v2. Exemplo 2. Considere o espac¸o vetorial R3, e v1 = (1, 0, 0) e v2 = (1, 1, 0) dois elementos desse espac¸o. O vetor v = (2, 3,−10) NA˜O pode ser escrito como uma combinac¸a˜o linear de v1 e v2. Exemplo 3. Considere o espac¸o vetorial P2(R), e p1(x) = 1, p2(x) = x e p3(x) = x2 treˆs elementos desse espac¸o. O polinoˆmio p(x) = 2 + 5x2 pode ser escrito como uma combinac¸a˜o linear de p1(x), p2(x) e p3(x), a saber, p(x) = 2p1(x) + 0p2(x) + 5p3(x). Exemplo 4. Considere o espac¸o vetorial P2(R), e q1(x) = 1, q2(x) = 1 + x e q3(x) = 1 + x + x2 treˆs elementos desse espac¸o. O polinoˆmio p(x) = 2 + 5x2 pode ser escrito como uma combinac¸a˜o linear de q1(x), q2(x) e q3(x), a saber, p(x) = 2q1(x)− 5q2(x) + 5q3(x). Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Definic¸a˜o Sejam V um espac¸o vetorial e {v1, . . . , vn} um subconjunto na˜o vazio de V . O conjunto W de todas as combinac¸o˜es lineares de v1, . . . , vn e´ chamado subespac¸o gerado por v1, . . . , vn e e´ denotado por W = [v1, . . . , vn]. Formalmente, escrevemos W = [v1, . . . , vn] = {v ∈ V : v = a1v1 + · · · + anvn, ai ∈ R, 1 ≤ i ≤ n}. Os elementos v1, . . . , vn sa˜o chamados de geradores de W. Proposic¸a˜o Sejam V um espac¸o vetorial e {v1, . . . , vn} um subconjunto na˜o vazio de V . W = [v1, . . . , vn] e´ um subespac¸o vetorial de V . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Exemplo 5. Descreva algebricamente e geometricamente o conjunto gerado pelo vetor v = (2,−4) (de R2). Exemplo 6. Mostre que R2 = [(1, 1), (1,−1)]. Exemplo 7. Verifique se o subconjunto V = {[ a b c d ] : a, b, c, d ∈ R com b = c } , e´ um subespac¸o deM2(R) (o conjunto das matrizes quadradas de ordem 2 com coeficientes reais). Em caso afirmativo, exiba um gerador. Exemplo 8. O espac¸o S = {(x1, x2, x3) ∈ R3 : x2 = 0, x3 = 2x1} e´ um subespac¸o vetorial de R3. Exiba um gerador. Exemplo 9. O espac¸o S = {(x1, x2, x3) ∈ R3 : x1 − x2 + x3 = 0} e´ um subespac¸o vetorial de R3. Exiba um gerador. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Proposic¸a˜o Sejam S e T subconjuntos na˜o-vazios de um espac¸o vetorial V . Temos: 1. S ⊂ [S]. 2. Se S ⊂ T , enta˜o [S] ⊂ [T ]. 3. [[S]] = [S]. 4. Se S e´ um subespac¸o vetorial, enta˜o S = [S]. 5. [S ∪ T ] = [S] + [T ]. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Subespac¸o Gerado e Geradores Definic¸a˜o Dizemos que um espac¸o vetorial V e´ finitamente gerado se existir um subconjunto finito S ⊂ V tal que V = [S]. Sa˜o exemplos de espac¸os vetoriais finitamente gerados: 1. Pn(R) = [1, x, . . . , xn]. 2. Rn e´ gerado por e1 = (1, 0, . . . , 0), e2 = (0, 1, 0, . . . , 0), . . . , en = (0, . . . , 0, 1). Ja´ P(R), o espac¸o vetorial formado por todos os polinoˆmios com coeficientes reais, NA˜O e´ finitamente gerado. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades 1 Combinac¸o˜es Lineares 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Definic¸a˜o Seja V um espac¸o vetorial e v1, . . . , vn ∈ V. Dizemos que o conjunto {v1, . . . , vn} e´ linearmente independente (l.i., abreviadamente), ou que os vetores v1, . . . , vn sa˜o l.i., se a combinac¸a˜o linear a1v1 + · · · + anvn = O so´ for satisfeita se a1 = · · · = an = 0. Observac¸a˜o Note que, se a1 = · · · = an = 0, enta˜o a1v1 + · · · + anvn = O. Pore´m, a recı´proca nem sempre e´ va´lida: basta ver que, por exemplo, em R2 temos 1(1, 1) + 1(−1,−1) = (0, 0). Observac¸a˜o A noc¸a˜o de independeˆncia linear para conjunto {v1, . . . , vn} equivale a dizer que se ai 6= 0 para algum i ∈ {1, . . . , n}, enta˜o a1v1 + · · · + anvn 6= O. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Definic¸a˜o Seja V um espac¸o vetorial e v1, . . . , vn ∈ V. Dizemos que o conjunto {v1, . . . , vn} e´ linearmente dependente (l.d., abreviadamente) se na˜o for linearmente independente. Observac¸a˜o A definic¸a˜o de dependeˆncia linear para o conjunto {v1, . . . , vn} e´ equivalente a dizer que e´ possı´vel encontrar nu´meros reais a1, . . . , an na˜o todos nulos tais que a1v1 + · · · + anvn = O. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Exemplo 10. Os vetores (1, 0) e (0, 1) de R2 sa˜o l.i.. Exemplo 11. Os vetores (1, 0), (0, 1) e (3, 4) de R2 sa˜o l.d.. Exemplo 12. Os vetoresO, v1, . . . , vn de um espac¸o vetorial V sa˜o l.d.. Exemplo 13. Os vetores (1, 1, 1), (1, 1, 0) e (1, 0, 0) de R3 sa˜o l.i.. Exemplo 14. Considere os vetores em R3 dados por v1 = (x1, y1, z1), v2 = (x2, y2, z2), v3 = (x3, y3, z3). Encontre uma condic¸a˜o necessa´ria e suficiente para que o conjunto {v1, v2, v3} seja l.i.. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Exemplo 15. Verifique se as matrizes( 1 0 0 1 ) , ( 1 1 0 1 ) , ( 0 1 0 0 ) sa˜o l.i. emM2(R). (sa˜o l.d.) Exemplo 16. Verifique se as func¸o˜es sin e cos sa˜o l.d. em C1(R;R). (sa˜o l.i.) Exemplo 17. Verifique se as func¸o˜es sin2, cos2 e 1 sa˜o l.d. em C1(R;R). (sa˜o l.d.) Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Proposic¸a˜o Se v1, . . . , vn sa˜o l.d. em um espac¸o vetorial V , enta˜o pelo menos um destes vetores se escreve como combinac¸a˜o linear dos outros. Proposic¸a˜o Se v1, . . . , vn em V sa˜o l.d., enta˜o qualquer sequ¨eˆncia finita de vetores de V que os contenha tambe´m sera´ l.d.. Proposic¸a˜o Se v1, . . . , vn, vn+1, . . . , vm sa˜o l.i. em um espac¸o vetorial V , enta˜o qualquer subsequ¨eˆncia destes vetores tambe´m e´ l.i.. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Definic¸a˜o e Exemplos Propriedades Proposic¸a˜o Se v1, . . . , vn sa˜o l.i. em um espac¸o vetorial V e v1, . . . , vn, vn+1 sa˜o l.d., enta˜o vn+1 e´ combinac¸a˜o linear de v1, . . . , vn. Proposic¸a˜o (Unicidade) Sejam v1, . . . , vn vetores l.i. em um espac¸o vetorial V . Enta˜o, cada vetor v ∈ [v1, . . . , vn] se escreve de maneira u´nica como v = a1v1 + · · · + anvn. voltar Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas 1 Combinac¸o˜es Lineares 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas Base Dimensa˜o Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas A noc¸a˜o de base de um espac¸o vetorial e´ muito simples. Ela consiste em escolher um conjunto de geradores que seja o menor possı´vel, isto e´, um conjunto que gere o espac¸o, mas que se deste conjunto for subtraı´do qualquer elemento, o que resta na˜o gera mais o espac¸o todo. Vejamos a definic¸a˜o precisa de base. Definic¸a˜o Seja V 6= {O} um espac¸o vetorial finitamente gerado. Uma base b de V e´ uma sequ¨eˆncia de vetores l.i. de V que gera V . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Exemplo 18. Os vetores de b = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} formam uma base de R3. Exemplo 19. Os vetores de b = {e1, e2, . . . , en}, em que e1 = (1, 0, . . . , 0), e2 = (0, 1, 0, . . . , 0), . . . , en = (0, . . . , 0, 1) sa˜o vetores com n entradas, formam uma base de Rn. Exemplo 20. Os vetores (1, 1) e (1,−1) formam uma base de R2. Exemplo 21. As matrizes em b = {( 1 0 0 0 ) , ( 0 1 0 0 ) , ( 0 0 1 0 ) , ( 0 0 0 1 )} formam uma base deM2(R). Exemplo 22. Os elementos de b = {1 + x, 1− x, 1− x2} formam uma base de P2(R). Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Proposic¸a˜o Seja {v1, . . . , vn} uma base de V. Enta˜o {v1, . . . , vn−1} na˜o e´ uma base de V. Teorema Todo espac¸o vetorial V 6= {O} finitamente gerado admite uma base. Em outras palavras, ha´ uma sequ¨eˆncia de vetores l.i. de V formada por geradores. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Teorema Em um espac¸o vetorial V 6= {O} finitamente gerado, toda base possui o mesmo nu´mero de elementos. Definic¸a˜o Seja V um espac¸o vetorial finitamente gerado. Se V = {O}, definimos a dimensa˜o de V como sendo 0. Se V 6= {O}, definimos a dimensa˜o de V como sendo o nu´mero de elementos de uma base qualquer de V . Usaremos o sı´mbolo dimV para designar a dimensa˜o de V . Definic¸a˜o Se um espac¸o vetorial na˜o e´ finitamente gerado, dizemos que V possui dimensa˜o infinita. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Proposic¸a˜o Em um espac¸o vetorial de dimensa˜o m, qualquer sequ¨eˆncia de vetores com mais de m elementos e´ linearmente dependente. Proposic¸a˜o Todo subespac¸o vetorial de um espac¸o vetorial de dimensa˜o finita tambe´m tem dimensa˜o finita. Proposic¸a˜o Se V e´ um espac¸o vetorial n-dimensional e v1, . . . , vn sa˜o vetores de V linearmente independentes, enta˜o estes vetores formam uma base de V. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Exemplo 23. dimRn = n. Exemplo 24. A dimensa˜o de P(R) e´ infinita. Exemplo 25. dimPn(R) = n + 1. Exemplo 26. dimMm×n(R) = mn. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Extra - Dimensa˜o de Soma de Subespac¸os Vetoriais Teorema (Teorema do Completamento) Seja V um espac¸o vetorial de dimensa˜o n. Se os vetores v1, . . . , vr , em que r < n, sa˜o l.i. em V, enta˜o existem vr+1, . . . , vn tais que v1, . . . , vr , vr+1, . . . , vn formam uma base de V. Este resultado e´ utilizado para demonstrar o seguinte: Proposic¸a˜o Seja V um espac¸o vetorial de dimensa˜o finita. Se U e W sa˜o subespac¸os vetoriais de V , enta˜o dimU ≤ dimV e dimW ≤ dimV. Ale´m disso, dim(U + W ) = dimU + dimW − dim(U ∩W ). Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Sejam V um espac¸o vetorial finitamente gerado e b uma base de V formada pelos vetores v1, . . . , vn. Como b e´ uma base de V , todo elemento de v ∈ V se escreve como v = a1v1 + · · · + anvn, com coeficientes a1, . . . , an ∈ R. Pela Proposic¸a˜o “Unicidade”, enunciado da Proposic¸a˜o “Unicidade” os coeficientes a1, . . . , an sa˜o unicamente determinados pelo vetor v . Estes coeficientes sa˜o denominados coordenadas de v em relac¸a˜o a` base b. Representaremos as coordenadas de v em relac¸a˜o a` base b como [v ]b = a1 ... an . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Base Dimensa˜o Coordenadas Exemplo 27. Considere o espac¸o vetorial V = R2, e o elemento v = (4, 3) ∈ R2. Em relac¸a˜o a` base b = {(1, 0),(0, 1)}, [v ]b = [ 4 3 ] . Em relac¸a˜o a` base c = {(1, 1), (0, 1)}, [v ]c = [ 4 −1 ] . Exemplo 28. Mostre que os vetores (1, 1, 1), (0, 1, 1) e (0, 0, 1) formam uma base de R3. Encontre as coordenadas de (1, 2, 0) ∈ R3 em relac¸a˜o a` base b formada pelos vetores acima. Exemplo 29. Mostre que os polinoˆmios 1, x e x2 − x formam uma base de P2(R). Encontre as coordenadas de 1 + x + x2 em relac¸a˜o a` base b formada pelos polinoˆmios acima. Encontre tambe´m as coordenadas deste mesmo polinoˆmio em relac¸a˜o a` base formada pelos polinoˆmios 1, x e x2. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base 1 Combinac¸o˜es Lineares 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Sejam b = {v1, . . . , vn} e c = {w1, . . . ,wn} duas bases ordenadas de um mesmo espac¸o vetorial V . Dado um vetor v ∈ V , podemos escreveˆ-lo como v = x1v1 + · · · + xnvn ⇔ [v ]b = x1 ... xn e v = y1w1 + · · · + ynwn ⇔ [v ]c = y1 ... yn . Ja´ que b = {v1, . . . , vn} e´ uma base de V , podemos escrever os vetores wi como combinac¸a˜o linear dos vj , isto e´, w1 = a11v1 + a21v2 + · · · + an1vn w2 = a12v1 + a22v2 + · · · + an2vn ... wn = a1nv1 + a2nv2 + · · · + annvn . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Isso implica que v = y1w1 + · · · + ynwn = (a11y1 + a12y2 + · · · + a1nyn)v1 + · · · + (an1y1 + an2y2 + · · · + annyn)vn. Mas v = x1v1 + · · · + xnvn, e como as coordenadas em relac¸a˜o a uma base sa˜o u´nicas, temos que x1 = a11y1 + a12y2 + · · · + a1nyn x2 = a21y1 + a22y2 + · · · + a2nyn ... xn = an1y1 + an2y2 + · · · + annyn . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Definindo [I]cb = a11 a12 a13 · · · a1n a21 a22 a23 · · · a2n ... ... ... ... an1 an2 an3 · · · ann , temos [v ]b = [I] c b [v ]c . A matriz [I]cb e´ chamada matriz de mudanc¸a da base c para a base b. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Exemplo 30. Sejam b = {(2,−1), (3, 4)} e c = {(1, 0), (0, 1)} duas bases ordenadas de R2. Para montar a matriz [I]cb , fazemos: 1. w1 = (1, 0) = a11(2,−1) + a21(3, 4) ⇒ a11 = 4/11 e a21 = 1/11; 2. w2 = (0, 1) = a12(2,−1) + a22(3, 4) ⇒ a12 = −3/11 e a22 = 2/11. Portanto, [I]cb = [ a11 a12 a21 a22 ] = [ 4/11 −3/11 1/11 2/11 ] . Podemos usar esta matriz para encontrar, por exemplo, [v ]b para v = (5,−8): [(5,−8)]b = [I]cb [(5,−8)]c = [ 4/11 −3/11 1/11 2/11 ][ 5 −8 ] = [ 4 −1 ] , isto e´, (5,−8) = 4(2,−1)− 1(3, 4). Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Exemplo 31. Consideremos em R2 a base b = {e1, e2} e a base c = {f1, f2}, obtida da base canoˆnica b pela rotac¸a˜o de um aˆngulo θ. Dado um vetor v ∈ R2 de coordenadas [v ]b = [ x1 x2 ] em relac¸a˜o a` base b, quais sa˜o as coordenadas [v ]c = [ y1 y2 ] em relac¸a˜o a` base c? Temos enta˜o v = x1e1 + x2e2 = y1f1 + y2f2 e queremos calcular [v ]c = [I] b c [v ]b, ou seja, temos de achar a matriz [I]bc . Para isto, devemos escrever e1 e e2 em func¸a˜o de f1 e f2: e1 = cos θ f1 − sin θ f2 e e2 = sin θ f1 + cos θ f2. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Portanto, [I]cb = [ cos θ sin θ − sin θ cos θ ] , donde [ y1 y2 ] = [ cos θ sin θ − sin θ cos θ ][ x1 x2 ] , ou seja, y1 = cos θ x1 + sin θ x2 e y2 = − sin θ x1 + cos θ x2. Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Matriz de Mudanc¸a de Base A Inversa da Matriz de Mudanc¸a de Base Se voltarmos ao inı´cio da subsec¸a˜o anterior (slide 42) e comec¸armos escrevendo os ui em func¸a˜o dos wj , chegaremos a` relac¸a˜o [v ]c = [I] b c [v ]b. Um fato importante e´ que as matrizes [I]bc e [I] c b sa˜o inversı´veis e ([I]cb) −1 = [I]bc . Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias 1 Combinac¸o˜es Lineares 2 Dependeˆncia e Independeˆncia Linear 3 Base, Dimensa˜o e Coordenadas 4 Mudanc¸a de Base 5 Refereˆncias Docente: William R. P. Conti Combinac¸o˜es Lineares Dependeˆncia e Independeˆncia Linear Base, Dimensa˜o e Coordenadas Mudanc¸a de Base Refereˆncias Refereˆncias [1] J. L. Boldrini, S. I. R. Costa, V. L. Figueiredo e H. G. Wetzler, ”A´lgebra Linear”. Editora Harbra Ltda., 3a edic¸a˜o. [2] Serge Lang, “Linear Algebra”. Springer Verlag, New York, 3a edic¸a˜o, 1987. [3] David Poole, ”A´lgebra Linear”. Cengage Learning, 5a reimpressa˜o da 1a ed. de 2004, 2012. [4] Reginaldo J. Santos, “Um Curso de Geometria Analı´tica e A´lgebra Linear”. Imprensa Universita´ria da UFMG, Belo Horizonte, 2012. Disponı´vel no site do Prof. Reginaldo: http://www.mat.ufmg.br/~regi/livros.html [5] Se´rgio Luı´s Zani, “A´lgebra Linear”. Disponı´vel no site do Prof. Zani: http://conteudo.icmc.usp.br/pessoas/szani/alglin.pdf Docente: William R. P. Conti Combinações Lineares Definição e Exemplos Subespaço Gerado e Geradores Dependência e Independência Linear Definição e Exemplos Propriedades Base, Dimensão e Coordenadas Base Dimensão Coordenadas Mudança de Base Matriz de Mudança de Base A Inversa da Matriz de Mudança de Base Referências
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