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Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Prof. Béda Barkokébas Junior, Dr. Gestão em Gestão em SeguranSegurançça e Saa e Saúúde de do Trabalhodo Trabalho Controle dos Riscos e dos AcidentesControle dos Riscos e dos Acidentes Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – POLI/UPE Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. ConteConteúúdo Programdo Programááticotico I.I. IntroduIntroduçção;ão; II.II. ClassificaClassificaçção dos agentes ão dos agentes ocupacionais;ocupacionais; II.II. Agentes ambientaisAgentes ambientais a.a. Agentes fAgentes fíísicos;sicos; b.b. Agentes quAgentes quíímicos;micos; c.c. Agentes biolAgentes biolóógicos.gicos. III.III. Agentes de seguranAgentes de seguranççaa a.a. Agentes ergonômicos;Agentes ergonômicos; b.b. Agentes de acidentes.Agentes de acidentes. Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco – POLI/UPE Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Os riscos profissionais são também denominados de riscos ambientais. A NR 9 considera riscos ambientais , os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. INTRODUÇÃO Para efeito legal, os agentes são considerados riscos, quando estes representam danos às pessoas Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Vale salientar que a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) apresenta uma divisão diferenciada quanto à classificação dos riscos. A ABHO (2004) reconhece os riscos ambientais como os agentes físicos, químicos e biológicos, devido a estes se propagarem pelo ambiente. Já os agentes mecânicos e ergonômicos são considerados riscos de segurança, pelo fato de serem estáticos ou devido à inadequação do ambiente ao homem. INTRODUÇÃO Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Agentes Ambientais • Agentes Físicos • Agentes Químicos • Agentes Biológicos Agentes de Segurança • Agentes Ergonômicos • Agentes de Acidentes São estáticos, podendo ocorrer também devido a inadequação do ambiente ao homem. Encontram-se e propagam- se no meio ambiente. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES OCUPACIONAIS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Agentes ambientais ou riscos ambientais são os elementos ou substâncias presentes nos diversos ambientes humanos, que quando encontrados acima dos limites de tolerância podem causar danos à saúde das pessoas. Os agentes ambientais são estudados pela ciência denominada ‘Higiene Industrial’, que tem por objetivo promover a saúde dos trabalhadores através do estudo dos efeitos destes agentes no ser humano. A Higiene Industrial é uma área de conhecimento relacionada a Saúde Ocupacional e a Engenharia de Segurança. AGENTES AMBIENTAIS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: • Temperaturas extremas • Ruído • Vibrações • Pressões anormais • Radiações AGENTES FÍSICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Presença em operações industriais como: • Fundição de metais, • Laminação a quente • Altos fornos • Fornos de cerâmica Trabalho efetuado com exposição a altas temperaturas provoca: fadiga intensa, diminuição do rendimento normal, maior desgaste físico, perda de água e sais. Possíveis quadros clínicos: desidratação, prostração térmica, câimbras de calor e problemas de pele. Medida Preventiva: Controle médico rigoroso principalmente na fase de aclimatação inicial e de retorno ao trabalho. AGENTES FÍSICOS: CALOR Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. O ruído, a uma intensidade maior que o permitido pela nossa legislação, causa aos operários expostos durante longo tempo, a perda total ou parcial e irreversível da audição. A surdez profissional depende: • Intensidade do ruído • Período de exposição • Susceptibilidade individual Medida Preventiva: O controle médico deve ser feito por meio do exame audiometrico pre-admissional e periódico, para diagnóstico precoce da lesão auditiva, visando, portanto, impedir que a exposição continue por mais alguns anos e acabe por resultar numa surdez total. AGENTES FÍSICOS: RUÍDO Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Utilização de instrumentos vibrantes como: • Marteletes pneumáticos • Lixadeiras • Perfuratrizes • Moto-serras Podem causar: • Lesões deformastes das articulações das mãos e dos punhos • Doença na circulação arterial da mão, que atinge principalmente os dedos das mãos Medida Preventiva: A prevenção a nível médico é feita por meio de exames periódicos dos indivíduos expostos, para diagnosticar precocemente as alterações e, portanto, evitar a completa instalação da doença. AGENTES FÍSICOS: VIBRAÇÃO Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Necessária para o trabalho em: • Tubulões; • Túneis escavados por Shiled (tatuzão) • Trabalho submarinos (mergulhadores) O trabalhador pode sofrer problemas durante compressão ou descompressão: • Barotrauma Sinusal e/ou Pulmonar • Embolia gasosa Medida Preventiva: A melhor prevenção é obedecer corretamente as tabelas de compressão e descompressão, procedimento que, seguramente, evita a ocorrência de doença descompressiva. AGENTES FÍSICOS: PRESSÕES HIPERBÁRICAS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. São basicamente os raios-X, raios–γ, e as partículas α e β, emitidas de equipamentos de radiologia ou materiais radiativos utilizados em grade variedade de atividades. A exposição a essas radiações pode causar doenças graves como: • Câncer • Alterações genéticas • Síndrome com anemia, vômitos, perda de apetite, fraqueza intensa e sangramentos • Morte poucos dias após exposição maciça deste tipo de radiação Medida Preventiva: Controle rigoroso da exposição do indivíduo exposto AGENTES FÍSICOS: RADIAÇÕES IONIZANTES Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. As mais comuns em industrias são: • Infravermelho • Ultravioleta A radiação ultravioleta provém principalmente da operação de solda elétrica, podendo provocar queimaduras na pele e irritação nos olhos A radiação infravermelha provém principalmente do aquecimento intenso de metais ou vidros fundentes ou semifundetes. A exposição pode provocar a longo prazo: • Catarata, • Doença ocular do cristalino que pode levar a cegueira Medida Preventiva: Controle rigoroso da exposição do indivíduo exposto AGENTES FÍSICOS: RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. A enorme utilização de produtos químicos acarreta grande incidência de doenças profissionais causadas por esses produtos. Os produtos químicos são encontrados no ambiente de trabalho sob as formas líquida, gasosa, vapores e sólida, e podem penetrar no organismo pelas vias respiratórias, digestiva e, também, através da pele, dependendo das características físico-químicas das substâncias. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. 1. Metais e Metalóides Os principais metais do ponto de vista da Toxicologia Industrial são: o chumbo, o mercúrio, o manganês, o cádmio e os metalóides, como arsênico e o fósforo. a) Chumbo É amplamente utilizado em fundições, fábricas de baterias, cerâmicas, pigmentos inorgânicos e etc.. A intoxicação por ele provocada causa anemia, dor abdominal, fraqueza, problemas de nervos periféricos e problemas renais. Medida Preventiva A prevenção a nível médico é feita por meio de dosagens de chumbo no sangue e de metabolitos urinários e sangüíneos que aparecem quando existe a intoxicação. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. b) Mercúrio É utilizado como eletrodo em inúmerosprocessos industriais, como por exemplo na eletrólise da salmoura para fabricação de soda cáustica. A intoxicação por mercúrio provoca lesão renal e grave alteração cerebral que causa tremores nas extremidades e dificuldade de andar, de escrever e falar. Medida Preventiva • Analisar o mercúrio presente na urina, • Realizar acurado exame neurológico dos expostos. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. c) Manganês É utilizado na fabricação de aços especiais e de outras ligas metabólicas. A intoxicação causa graves problemas cerebrais. Medida Preventiva • Exames neurológicos específicos e • Dosagens de manganês na urina. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. 2. Solventes Aromáticos Os solventes aromáticos são amplamente utilizados nas indústrias plásticas, de borracha, química e petroquímica. Os mais difundidos são o benzeno, o tolueno e o xileno. Podem causar, mediante exposição maciça, a grandes quantidades, sonolência, coma, podendo causar a morte por parada respiratória. Medida Preventiva - Quanto ao Benzeno: O controle médico é feito por exames de sangue periódicos, e avaliações freqüentes de absorção de benzeno, por meio de análises de fenol urinário. Mas o ideal mesmo é a eliminação completa do benzeno. - Quanto ao Xileno e ao Tolueno: A exposição a ambos pode ser controlada facilmente pela análise de seus metabolitos urinários. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. 3. Solventes Halogenados São de grande utilização industrial principalmente no desengraxamento de peças em metalúrgicas; são também usados como solventes de tintas e vernizes, nos pesticidas, nas lavagens a seco em tinturarias etc.. Entre os halogenados, os mais utilizados são os solventes clorados, como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno, o tetracloroetileno, o tricloroetano etc. Estes, quando em exposição maior, podem causar sonolência, torpor e até a morte, se a dose absorvida for muito alta (efeito anestésico geral). Medida Preventiva O controle deve ser feito por meio de avaliação hepática e de exames periódicos e análises de metabolitos urinários dos solventes. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. 4. Poeiras minerais As poeiras minerais são causadoras de grandes doenças pulmonares crônicas, denominadas pneumoconioses. A silicose pode ser causada em processos industriais como no jateamento de areia, em lixamento de peças de cerâmica, na britagem de pedras, no trabalho com tijolos refratários, no corte e polimento de granito, na mineração. A asbestose pode ser causada pela longa exposição ocupacional ao amianto, ou asbesto, causa também fibrose pulmonar intensa e muito grave podendo levar ainda ao câncer pulmonar. A exposição pode ocorrer em trabalhos de mineração de amianto, fabricação de fibro-cimento, fiação de tecidos com amianto etc. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. A Fibrose é causada pelo acúmulo de poeira sílica livre e cristalina no pulmão que provoca cicatrizes internas, a qual diminui a capacidade de troca gasosas do pulmão. Medida Preventiva O controle médico faz-se por radiografias de tórax, semestralmente, e se aparecer um mínimo sinal de fibrose, afasta-se imediatamente o trabalhador da exposição. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. 5. Óleos e Graxas O contato prolongado com óleos e graxas causa uma lesão de pele conhecida como elaioconiose. Essa moléstia acomete freqüentemente os trabalhadores mecânicos e metalúrgicos, e é de tratamento prolongado, exigindo longos afastamento do trabalho para a cura completa. Na elaioconiose, a pele apresenta vários pequenos pontos com pus e perda de pêlos nas regiões afetadas. Medida Preventiva • Boa higiene corporal após o trabalho, • Uso de avental de plástico que impeça o borrifo de óleo nas roupas do trabalhador. AGENTES QUÍMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. São consideradas doenças do trabalho as causadas por microorganismos (bactérias, vírus, fungos e protozoários) adquiridos em virtude de condições ligadas à natureza do trabalho, como em hospitais, laboratórios de análise e patologia clínica. Ainda no trabalho em esgotos, nos matadouros e em outros locais, onde se manipulam produtos de origem animal, uma doença infecciosa pode ser considerada como ocupacional. AGENTES BIOLÓGICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Consideram-se agentes ergonômicos as más condições de trabalho, as quais venham causar desconforto, insegurança, e que não atendam às características psicofisiológicas dos trabalhadores. Exemplo: má iluminação do ambiente de trabalho. As atividades no ambiente de trabalho devem ser realizadas estabelecendo parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A falta dessas características traz ao trabalhador sérios problemas de saúde como, por exemplo, dores lombares. AGENTES ERGONÔMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. NR 17 - Ergonomia 17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados: • ao levantamento, transporte e descarga de materiais; • ao mobiliário (posição e postura no posto de trabalho); • aos equipamentos; • às condições ambientais do posto de trabalho (iluminação, temperatura, umidade, ruído); • à própria organização do trabalho (normas de produção, ritmo de trabalho, conteúdo de tarefas, exigência de tempo). 17.1.2 ... Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo ... abordar no mínimo as condições de trabalho. AGENTES ERGONÔMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Recomendações gerais: • Evitar contração prolongada dos músculos, isto é, trabalho estático, pois ele resulta em sintomas de fadiga por deficiência de circulação sanguínea. • A contração e o relaxamento alternado de músculos, isto é, trabalho dinâmico, é a forma mais adequada e vantajosa de execução de trabalho. • Manejo manual de cargas (usar as técnicas corretas) AGENTES ERGONÔMICOS Prof. Dr. Béda Barkokébas Jr. Consideram-se agentes de acidentes qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar a sua integridade, bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas defeituosas, armazenamento inadequado, pontas de vergalhões de aço desprotegidas, ou outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. AGENTES DE ACIDENTES
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